jornal VivaDouro ed52 julho 2019

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A sua solução de transporte no Douro Ano 4 - n.º 52 - julho 2019

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Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida

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Relações de proximidade Soluções de confiança

Entrevista com José Magalhães, novo presidente da NERVIR "O Plano Nacional de Investimento, quase não considera esta região como estratégica"

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UTAD

prepara-se para novo ano letivo > Págs. 7, 8 e 9 Penedono

Medieval celebrou "Magriço Guerreiro" > Págs. 26 e 27

Vila Real

Tiago Monteiro venceu de novo em Vila Real > Pág. 36 > Págs. 30 e 31 PUB

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2 VIVADOURO JULHO 2019

Editorial Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário

Caros leitores,

Registo no ICS/ERC 126635 Número de Registo Depósito Legal 391739/15 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) miguel.almeida@vivadouro.org Tlm.: 916 430 038 Redação: Carlos Almeida carlos.almeida@vivadouro.org Tlm.: 912 002 672 Departamento comercial: Carlos Rodrigues Tel.: 962 258 630 Tel.: 910 599 481 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto

Sumário: Breves Página 4 Mesão Frio Página 5

O antigo Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Freixinho, no concelho de Sernancelhe, foi classificado como monumento de interesse público, de acordo com uma portaria publicada esta terça-feira (16 de julho) em Diário da República.

NEGATIVO O aeródromo de Vila Real foi encerrado, por tempo indeterminado “por razões ponderosas de segurança que afetam a pista do aeródromo”, segundo informou a autarquia vilarealense.

Mafra e Bom-Jesus Património Mundial, tal como o Alto Douro Vinhateiro

Vários Concelhos Página 6 Reportagem VivaDouro Páginas 7, 8 e 9 Tabuaço Página 10 Torre de Moncorvo Páginas 11 e 16 Lamego Páginas 12, 22 e 24 São João da Pesqueira Páginas 13 e 14 Armamar Página 15 Freixo de Espada à Cinta Página 17

Luís Braga da Cruz

NIF: 507632923

Boletim Informação Páginas 18, 19, 20 e 21

Engenheiro Civil

Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda. e Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha

Sabrosa Página 23

Estatuto Editorial: http://www.public. vivadouro.org/vivadouro

Sede de Redação:Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Fânzeres Tel.: 916 894 360 / 916 538 409 Sede do Editor: Travessa do Veloso - 87 4200-518 Porto Sede do Impressor: Arcozelo - Vila Nova de Gaia Colaboradores: António Costa, António Fontainhas Fernandes, Guilhermina Ferreira, José Penelas, Luís Alves, Manuel Cabral, Paulo Costa, Pedro Ferreira, Ricardo Magalhães, Sandra Neves e Silva Fernandes. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivadouro.org Facebook: www.facebook.com/ jornalvivadouro E-mail: geral@vivadouro.org Agenda: agenda@vivadouro.org

Próxima Edição 28 AGOSTO

Penedono Páginas 26 e 27 Régua Página 28 Entrevista VivaDouro Páginas 30 e 31 Sernancelhe Página 34 Vila Real Página 36 Opinião Página 38

FOTO: DR

Uma das mais antigas manifestações da expressão humana são as pinturas rupestres do Vale do Côa, que os peritos dizem terem sido produzidas há 20 mil anos. 20 mil anos é mesmo muito tempo, mas a presença de uvas na região é igualmente muito antiga, com cerca de 4 mil anos, tendo-se desenvolvido muito com a presença do Império Romano quer por causa do desenvolvimento das estradas e pontes quer por causa da indução do consumo. A ligação da região ao vinho é um grande indutor de desenvolvimento na região. Não só por causa do vinho do Porto mas também pelos vinhos de mesa e pelo aumento exponencial do turismo, quer do turismo que nos visita através do Rio Douro quer pelo turismo que percorre as nossas estradas e pontes, que muitas vezes fazem

lembrar as dos tempos do Império Romano. É urgente desenvolver a capacidade da região para ser capaz de fazer o turista repetir a sua visita, o que passa por desenvolver atividades, opções de visita e melhorar a orientação da região para o Turista. As pessoas da região recebem já muito bem quem nos visita. Mas receber bem, infelizmente, não chega. É preciso ir muito mais longe e deleitar os turistas que se dão ao trabalho de subir o Douro, qualquer que seja a forma como o fazem. E, para isso, é essencial que todos vejamos o Turista como um cliente especial que procura emoções, experiências, saberes e sabores únicos que o façam querer mais e procurar mais. E vir outra vez. Todos precisamos de participar com ambição e responsabilidade neste objetivo.

FOTO: DR

POSITIVO

Tive oportunidade de assistir à 43.ª Sessão do Comité do Património Mundial, que se realizou em Baku, no Azerbaijão, onde a inscrição de duas candidaturas portuguesas na Lista do Património Mundial foi apreciada e decidida favoravelmente: o Real Edifício de Mafra (Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada) e o Santuário do Bom-Jesus do Monte, em Braga. Das candidaturas submetidas pelos estados-parte, apenas 35 foram apreciadas sob a disciplina da Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural da UNESCO (1972). À lista dos 15 bens já antes inscritos

por Portugal, de que o Alto Douro Vinhateiro faz parte desde 2001, acrescentam-se agora mais dois importantes símbolos da Cultura Portuguesa, igualmente reconhecidos como de "valor universal excepcional". A estes 17 devem acrescentar-se outras 11 inscrições, dispersos pelo Mundo, que testemunham a diáspora portuguesa - Brasil(6), Marrocos (Cidade Portuguesa de Mazagão - El Jadida), Cabo Verde (Cidade Velha, Ilha de Santiago), Moçambique (Ilha de Moçambique), Índia (Igrejas e Conventos de Goa), China (Centro Histórico de Macau). Qualquer processo de inscrição é muito complexo, sendo cada vez mais difícil conseguir uma nova inscrição de bens portugueses. Por um lado, os 1.121 bens já inscritos a nível global estão concentrados na Europa, o que reclama corrigir esse desequilíbrio. Por outro, as Orientações Técnicas para a implementação da Convenção do Património Mundial têm-se tornado cada vez mais exigentes, específicas e de complexa satisfação. Ter conseguido este reconhecimento foi um feito importante para as entidades promotoras e para a diplomacia portuguesa. Mas é também factor de responsabilização pelas obrigações que estão associadas à

inscrição. A esta decisão, tal como no caso do Douro, associa-se um justo momento de júbilo, por culminar longos processos de trabalho técnico de preparação das candidaturas, de realização de obras de reabilitação, conservação e promoção. Mas também se abre um novo capítulo na nossa relação com esses bens, porque terão que ser implementadas as recomendações feitas pela UNESCO, as quais serão objecto de uma avaliação periódica, podendo esses bens passar para a "Lista dos Bens em Perigo" se o juízo não for satisfatório. A cada inscrição corresponde um impacto na auto-estima dos que têm alguma relação com esses bens. É justo que assim seja. É também o meu sentimento pessoal, em especial com o Bom-Jesus, tal como foi com o Douro em 2001, dadas as minhas raízes familiares a estes dois territórios. Tal como no Douro, evoco todos os que, ao longo de muitos séculos, contribuíram para que estes locais sejam destino simbólico de culto, trabalho ou simples vilegiatura. Cada inscrição tem efeito positivo na atração de novos visitantes e no aumento da demanda turística. Cumpre-nos a todos assumir as responsabilidades a que estas inscrições nos obrigam para que possamos beneficiar plenamente deste motivo de orgulho.


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Breves Alfândega da Fé celebra Dia dos Avós

Preço das casas aumenta

SIRESP: falta cobertura em Bragança e Vila Real FOTO: DR

O estudo do Instituto de Telecomunicações concluiu que a rede de emergência não cumpre os standards internacionais (PPDR) que são aplicados à recuperação de sistemas afetados por falhas técnicas ou catástrofes. O mesmo documento recomenda ainda um reforço da rede nos distritos Bragança e Vila Real, devido a falhas na cobertura.

No próximo dia 26 de julho celebra-se o Dia Mundial dos Avós, uma efeméride que é assinalada pela autarquia de Alfândega da Fé há vários anos com um encontro intergeracional entre avós e netos. Este ano, volta a realizar-se no Jardim Municipal, em Alfândega da Fé, e são esperados cerca de 1000 avós e netos de todo o concelho.

FOTO: DR

O preço das casas em Portugal voltou a registar uma subida durante o segundo trimestre de 2019, de acordo com os dados divulgados pela plataforma imobiliária “Idealista”. O ranking dos distritos mais caros continua a ser liderado por Lisboa (3.162 euros por metro quadrado), seguido por Faro (2.153 euros por metro quadrado) e Porto (1.816 euros por metro quadrado). Vila Real está entre os distritos com preço mais baixo com um valor de 730 euros por metro quadrado.

Apresentada app para explorar o parque Corgo de Vila Real A Câmara de Vila Real lançou um roteiro e uma aplicação móvel sobre o parque Corgo, que revelam a fauna e a flora e guiam os visitantes pelas obras de arte espalhadas por esta zona. O parque Corgo situa-se nas margens do rio que lhe dá nome, tem uma área de cerca de 33 hectares e é muito procurado por pessoas que ali correm, caminham ou descansam.

Novas confirmações para o Côa Summer Fest DJ Dadda, Deejay Telio, Supa Squad, Kiss Kiss Bang Bang, Los Bandidos e Funk You 2 fazem parte do cartaz do festival, que se realiza a 1, 2 e 3 de Agosto. À semelhança dos anos anteriores, tanto a entrada no recinto dos concertos como no parque de campismo, assim como as actividades, são gratuitas. Os festivaleiros podem ainda usufruir das piscinas municipais durante os dias do festival, por um valor simbólico.

Confraria do Vinho do Porto proclama 2017 ano vintage A Confraria do Vinho do Porto decidiu proclamar 2017 ano vintage, assinalando aquele que é considerado, por consenso, “um ano de excecional qualidade”. A proclamação, que inclui a criação de um lote de Vintage Confraria, a partir da junção de todos os vinhos do Porto Vintage das empresas exportadoras, vai decorrer por ocasião do Port Wine Day, que, a 6 de setembro, comemora o aniversário da Região Demarcada do Douro.

As obras de remodelação do Largo General Humberto Delgado, em Moimenta da Beira, devem iniciar-se no último trimestre de 2019. A adjudicação da empreitada, no valor superior a um milhão de euros, já foi aprovada em reunião de Câmara a uma empresa da região. O início da intervenção depende também do visto que terá de ser dado pelo Tribunal de Contas.

A construção do IC26 vai ser inscrita no Plano Nacional de Investimentos 2030. A garantia foi dada no passado dia 27 de junho pelos deputados da Assembleia da República na Comissão Parlamentar de Obras Públicas aos promotores de um abaixo-assinado que reclama a construção da via.

FOTO: DR

Adjudicada requalificação do largo General Humberto Delgado

IC26 vai ser inscrita no Plano Nacional de Investimentos

Resistência na Expodemo FOTO: DR

A banda Resistência vai atuar no Expodemo, em Moimenta da Beira. O certame irá decorrer este ano nos dias 13, 14 e 15 de setembro. A atuação do grupo que junta músicos como Miguel Ângelo, Tim e Olavo Bilac está marcada para o primeiro dia do Expodemo, às 22h30. A entrada é livre. Os Resistência nasceram em 1991 e já tocaram originais de outros grupos, como Delfins, Xutos & Pontapés, Rádio Macau e Sitiados.

Partidela Intergeracional da Amêndoa No âmbito do programa Mãos na Arte Produtos Nossos realiza-se no dia 25 de julho, uma partidela da amêndoa intergeracional, no Centro Escolar Visconde Vila Maior em Torre de Moncorvo.

Inauguração do Trilho de Santa Eugénia - Carlão No passado dia 14 de julho foi inagurado o PR4ALJ - Trilho de Santa Eugénia - Carlão, que liga estas duas freguesias e permite uma agradável experiência de caminhada e contacto com a natureza. Os amantes do Turismo de Natureza têm agora mais um excelente motivo para visitar Santa Eugénia e Carlão no concelho de Alijó e conhecer a sua gastronomia, vinhos, gentes e património.

Marcha e Corrida a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro Vão ser 5 quilómetros por uma boa causa! Todas as mulheres e todos os homens estão convidados a aderir à 10ª Marcha e Corrida da Mulher Duriense, uma caminhada solidária que será percorrida na manhã de 1 de setembro, a partir das 10h30. Uma parte do valor de cada inscrição reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro.


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15/07/19

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Mesão Frio

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Secretário de Estado da Educação visitou município O Secretário de Estado da Educação, João Costa, foi recebido durante a tarde do dia 4 de julho, em Mesão Frio, pelo presidente da Câmara Municipal, Alberto Pereira, para presidir à sessão de encerramento do VI Encontro da Microrrede TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), que decorreu durante todo o dia, na Biblioteca Municipal.

para dissertar acerca do tema «Educação Inclusiva: da utopia à realidade» e estiveram os representantes máximos dos Agrupamentos de Escolas do Sudeste de Baião, de Tarouca, de Resende e de Mesão Frio, para concretizarem um preâmbulo do tópico «Boas Práticas da microrrede TEIP». Os trabalhos prosseguiram ao longo da tarde, já depois de uma pausa para o almoço convívio, com todos os intervenientes, terminando com um pequeno momento musical proporcionado por professores do AEPAN. O plenário da tarde contou com várias sessões paralelas de debate, no final das quais, Anabela Macedo, Coordenadora TEIP de Mesão Frio realizou uma sinopse do mesmo. A sessão de encerramento terminou com chave de ouro, pelos três grupos do projeto da biblioteca municipal, «Bibliodance», que receberam o Secretário de Estado da Educação em ambiente de satisfação. O Secretário de Estado da Educação, João Costa assinou o livro de honra do município e, logo após, na sua intervenção, relembrou as políticas educativas implementadas pelo atual Governo e os instrumentos que convergem para a preocupação estrutural do insucesso escolar, apelando à inclusão e felicitando todos os presentes por trabalharem em rede. Desde há 6 anos que estes agrupamentos de escolas se encontram anualmente para refletirem e partilharem as suas experiências e boas práticas educativas, com profissionalismo, alegria, numa reflexão diversificada em Educação. ■ C

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GCI-UTAD

A iniciativa, organizada pelo Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade (AEPAN), em parceria com a Câmara Municipal de Mesão Frio, juntou cerca de duas centenas de docentes, maioritariamente, dos concelhos de Mesão Frio, Tarouca, Resende e Baião, sob a égide do tema «A educação na (Re) Construção de um futuro melhor». A atuação do Coro Infantil dos Pequenos Cantores de Mesão Frio abriu a sessão, que contou com as ilustres intervenções do Delegado Regional de Educação da Região Norte, João Miguel Gonçalves, do Presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, Alberto Pereira e da Diretora do AEPAN, Aldina Pereira. A integrar o painel de oradores que completaram o programa da manhã, esteve a psicoterapeuta Olívia Carvalho,

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Vários Concelhos

GNR e PSP do Douro com investimento de 6,5 milhões de euros O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou no início deste mês um investimento de cerca de 6,5 milhões de euros em infraestruturas e equipamentos para as forças de segurança da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro). No âmbito do “Roteiro MAI”, que o Ministério da Administração Interna está a concretizar pelo país, Eduardo Cabrita reuniu em São Martinho de Anta, no concelho de Sabrosa, com os autarcas dos 19 municípios que integram a CIM Douro. Após o encontro, o ministro anunciou um investimento global de 6,5 milhões de euros para obras em infraestruturas das forças de segurança deste território, dos quais 2,5

milhões de euros são destinados à GNR e quatro milhões de euros à PSP. “Temos identificadas quais são as prioridades, discutimos com as câmaras municipais aquilo que são os investimentos a fazer quer em postos da GNR em vários municípios e também intervenções no âmbito da PSP”, afirmou Eduardo Cabrita. O ministro disse ainda que estes "objetivos vão ser cumpridos até 2021", referindo, no entanto, que outras situações identificadas “poderão ser colocadas em programas de investimento que irão, em alguns casos, para lá de 2021". De acordo com o previsto, vão ser aplicados 1,2 milhões de euros na construção de raiz de um posto territorial para a GNR de Alijó, no centro desta vila e em terrenos cedidos pela autarquia local, 500 mil euros na beneficiação geral do posto de Murça, valor idêntico ao que será aplicado no posto de Sabrosa e 350 mil euros em Carrazeda de Ansiães. Em Vila Real, está previsto um investimento de quatro milhões de euros na constru-

ção, de raiz, de instalações para o comando distrital da PSP. A Lei de Programação das Infraestruturas e Equipamentos para as Forças e Serviços de Segurança, aprovada em 2017 e a concretizar até 2021, prevê um investimento de 450 milhões de euros para todo o país. Um montante que vai ser aplicado em viaturas, armamento, equipamento informático, de proteção individual e infraestruturas.

Ainda no âmbito da proteção civil, estão identificadas 129 freguesias prioritárias ou de risco elevado de incêndio espalhadas pelos municípios durienses, 79 das quais consideradas de primeira prioridade e 50 de segunda prioridade. Apenas Mesão Frio não tem freguesias identificadas como de risco. A CIM Douro tem 23 equipas de intervenção permanente, das quais sete foram criadas pelo atual Governo. ■

Casa do Douro continua pública e de inscrição obrigatória PS, PCP, BE e PEV aprovaram novamente o diploma que dá à Casa do Douro o estatuto de entidade pública de inscrição obrigatória, com ligeiras alterações após o veto de Marcelo Rebelo de Sousa. As alterações apresentadas pelos partidos da esquerda ao decreto que visa restaurar a Casa do Douro enquanto associação pública foram, no passado dia 5 de julho, aprovadas na Assembleia da República. O decreto que tinha sido vetado em abril pelo Presidente da República, que pediu “reflexão adicional” sobre “adoção de associação pública, os seus contornos concretos e, em particular, o exercício de funções reservadas a entidades patronais e sindicais”, volta novamente às mãos de Marcelo Rebelo de Sousa, que agora terá um prazo de 20 dias para o reapreciar. Em declarações à comunicação social as opiniões dividem-se entre direita e esquerda com os primeiros a considerarem que a

proposta agora aprovada não responde às preocupações do Presidente e os segundos a sustentarem a sua posição com o desejo da região. Para Francisco Rocha, deputado socialista eleito por Vila Real, as alterações propostas vão de encontro às preocupações de Marcelo. “Cremos que esta reformulação responde à maioria dos pontos do PR e não fere nem viola a alma do diploma”. Já Carlos Martins, do Bloco de Esquerda reforça a ideia da importância da representatividade dos produtores nesta “nova” Casa do Douro. “O essencial é a representação dos viticultores e isso manteve-se”, assegura. Em sentido contrário os partidos de direita, que votaram contra o diploma, declaram que as alterações agora apresentadas são apenas uns “retoques” no documento original não respondendo às apreciações do Presidente aquando do seu veto. António Lima Costa, deputado do PSD fala num paradoxo no sentido em que o modelo proposto pela esquerda pretender ser público, ainda que não lhe tenham sido atribuídas funções de carácter público. “As funções propostas são típicas de entidades privadas”, diz, dando como o exemplo o facto de Casa

do Douro poder “vender produtos agrícolas aos viticultores”, entrando assim “em concorrência direta com entidades privadas”, e de a entidade poder também “colaborar com as empresas na venda de vinhos no estrangeiro”, sendo que a “comercialização de vinhos é uma atividade privada”. Ao vetar o decreto, diz o deputado social democrata, o Presidente da República pôs em causa o modelo no seu todo dando mesmo um exemplo em concreto, referindo-se à necessidade de rever “o exercício de funções reservadas a entidades patronais e sindicais”, tal como consta no veto pre-

sidencial. “O PS, o BE e PCP pegam nesse exemplo apenas, eliminam essa função e dizem que responderam ao que o PR quis, que resolveram o problema. Mas isso não altera a filosofia do modelo, é um truque”, garante. Também Hélder Amaral, do CDS-PP, afirmou que as alterações propostas pela esquerda mostram “o desrespeito ao Presidente, ao ex-governo socialista e aos agricultores do Douro”. Após a receção do diploma Marcelo Rebelo de Sousa terá 20 dias para se pronunciar sobre o documento. ■

O que mudou na proposta de alteração ao decreto n.º 293/XIII: • A palavra “restauração” da Casa do Douro é substituída por “reinstitucionalização”; • A competência da Casa do Douro que dizia respeito a “representar os associados na celebração de acordos coletivos de caráter comercial ou técnico bem como em convenções coletivas de trabalho” é eliminada; • Passa a competir ao Conselho Geral “a determinação da existência de quotas a pagar pelos associados, bem como o seu valor”.


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Reportagem VivaDouro

Entrei na universidade, e agora? A entrada na universidade é um momento marcante na vida de qualquer estudante, é o expoente máximo da vida académica com tudo o que isso pode trazer, desde a alegria à ansiedade. Para muitos é também a primeira vez que vão viver sozinhos, numa cidade diferente, numa realidade à qual não estão habituados e onde muitas vezes falta o apoio. Texto e fotos: Carlos Almeida

A pensar nisto a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) tem-se preparado ao longo dos anos para dar resposta a todas estas ansiedades e dificuldades com que os alunos se deparam, minimizando assim o impacto desta grande mudança. Seja através do desporto, da cultura, do apoio médico ou de um apoio tutorial, são muitas as respostas da universidade transmontana para o seu corpo estudantil, não só para os que agora ali chegam mas para todos que ali escolheram continuar a sua formação. O VivaDouro foi conhecer melhor alguns destes departamentos conversando com os seus responsáveis de forma a perceber quais os principais problemas com que os alunos se deparam e de que forma essa resposta é dada.

Isabel Alves – Programa de tutoria aos estudantes Que apoio pode o seu gabinete dar ao aluno que chega pela primeira vez à UTAD? Aquilo que nós fazemos é essencialmente preocupar-nos com o aluno quando ele chega pela primeira vez à universidade e temos muito presente

que a mudança não é apenas uma mudança de espaço físico, não é apenas uma mudança de cidade ou de escola, é muito mais que isso. Temos presente que, no fundo, o aluno entra num novo patamar da sua vida, mudanças relacionadas com a própria idade, etc. Ou seja, temos consciência que é um momento de grande ansiedade, de grande mudança e transformação para o aluno. Claro que os alunos não são todos iguais e uns reagem de uma maneira bem mais relaxada que outros, mas tendo presente aquele aluno que poderá ter mais dificuldades aquilo que nós temos é desde logo um programa “Apoiar”, temos um observatório permanente para a promoção do sucesso escolar e do abandono a que damos importância, por exemplo, ao momento em que o aluno tenta desistir. Aquilo que nós fazemos é tentar perceber porque é que o aluno vai embora e se não temos maneiras de o ajudar e a partir daí estudamos formas de o ajudar que podem ir desde o encaminhamento psicológico, ou através dos serviços de ação social, que nos ajudam e ajudam o aluno a resolver problemas de ordem financeira, porque muitas vezes, lá está, uma daquelas transformações e mudanças que referi há pouco, é o aluno

sentir que pela primeira vez tem nas suas mãos um pequeno orçamento que tem de o gerir e ter a perceção que o dinheiro poderá não chegar. Encaminhamos o aluno para uma área onde ele possa ser ajudado. Podemos dizer que é uma construção do aluno como ser, como Homem? Sim nós tentamos, até porque desde há uns anos para cá temos tido um cuidado particular com a semana de integração, precisamente para que o aluno não se sinta sozinho e cresça. Neste momento temos mais desenvolvido o programa tutoria, portanto um tutor, significa um docente que vai de alguma forma ajudar, não é do ponto de vista estritamente académico, não se trata disso, mas sim de ajudar o aluno a compreender os mecanismos da Universidade, tendo uma dúvida a quem se poderá dirigir, qual o encaminhamento. Vamos este ano, pela primeira vez, desenvolver um programa de mentoria, ter um conjunto de pares, que possam desde o primeiro momento, desde as matriculas, orientar também aquele aluno que chega pela primeira vez, que vai desde a questão da casa, até ao saber onde é que são os serviços entre outras questões. É essa a nossa preocupação, fazer com que essa transição seja o mais suave e positiva possível. Temos estas estruturas que pretendem precisamente ajudar o aluno a que ele não se sinta só, ou seja há alunos que são extremamente independentes, como deve imaginar, e portanto não precisam destas estruturas de apoio, mas há outros alunos para quem isto é importante e que poderá fazer toda a diferença em manter-se ou sair. Do seu ponto de vista considera que é mais fácil um aluno ir de Vila Real para o Porto, ou do Porto para a UTAD? Claro que, eu diria que sendo Vila Real uma cidade do interior e, portanto, uma cidade mais pequena e uma cidade mais calma, que aparen-

temente tudo isto me parece ser mais fácil. Ou seja, a transição parece-me ser mais fácil, porque a cidade é mais pequena, o aluno mais facilmente e mais rapidamente percebe onde está, percebe os espaços e portanto, eu julgo que isso poderá ser mais fácil, mas como digo não tenho também elementos nem números que me permitam dizer que isso é sempre assim. Há muitos estudo que provam que o próprio contacto com a natureza acaba por ser um elemento benéfico para o bem-estar do o aluno e ele sente-se não só acarinhado pelo pelos humanos, digamos assim, mas também pelo próprio envolvimento natural que é agradável, e nisso o campus da UTAD é especial.

João Ribeiro – Unidades desportivas e culturais Que apoio pode o seu gabinete dar ao aluno que chega pela primeira vez à UTAD? Nós temos por missão precisamente promover um acesso democrático do desporto e da cultura a qualquer estudante sem qualquer diferenciação e portanto o que nós fazemos aqui dentro do nosso setor, que é o setor de atividades culturais e desportivas é basicamente isso, ou seja, é darmos acesso e promover uma série de dinâmicas e iniciativas no que toca à cultura, nomeadamente, absorvermos aqui tudo o que são secções culturais, como as tunas, o teatro universitário, o coro, por exemplo, ou seja, conseguimos ter aqui um espaço em que o estudante fora da sua atividade académica pedagógica, encontre outra atividade extracurricular que á a cultura. Ou seja, um estudante de enfermagem, ou de medicina veterinária, pode pertencer a um grupo de teatro? Qualquer estudante, independentemente de ser do primeiro, segundo, ou terceiro ciclo, não diferenciamos isso, nós queremos é que seja


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Reportagem VivaDouro

efetivamente um acesso democrático em que, obviamente, que estas secções culturais já estão organizadas, aliás, parte delas até fazem parte integrante da Associação Académica, que também têm por missão promover esse tipo de atividades e portanto, o que nós fazemos aqui é explicar o conceito de onde estamos sediados, é querermos que este edifício seja efetivamente quase o epicentro dos estudantes pós horário letivo. Logo, temos a cultura e depois temos outra valência, que se calhar é aquela que temos maior dispersão, que não deixa de ser cultura, que é o desporto. Portanto, o que nós fazemos em termos de dinâmicas desportivas, também de acesso a qualquer estudante, é naturalmente toda a área do fitness, em que estamos a falar em mais de 15 modalidades desportivas, como por exemplo as aulas de fitness body pump, body jump, steps, aeróbicas, danças rítmicas, etc. Temos a sala de condição física propriamente dita em que as pessoas são sempre acompanhadas, por técnicos de exercício físico, que são todos licenciados na área das ciências do desporto ou equivalente. Tudo isto num espaço com mais de 1600 m2. Em termos de preço nós diferenciamos naturalmente, há um preço que é para externos porque também não podemos ser um mercado concorrente e desleal com a comunidade local, mas para funcionários e fundamentalmente para estudantes, os preços são muito mais acessíveis. Temos outra área, mais duas aliás, que estamos a explorar neste momento, uma delas é uma área muito ligada diretamente à Associação Académica que é precisamente o desporto universitário de competição em que, não é de todo democrático, ou seja, é de acesso democrático numa fase inicial, mas depois há ali uma seleção de alunos que são os melhores atletas desportistas que vão representar a UTAD e a Associação Académica nos campeonatos nacionais universitários, nos campeonatos europeus e possivelmente, quem sabe, se a sua condição física e também desportiva for relevante podem ser chamados ainda à seleção universitária. A outra área implica precisamente a promoção da atividade física regular, nomeadamente um campo que temos lá em cima em frente à Reitoria que era um antigo campo de ténis que passou a ser um campo de futsal outdoor. Esse sim é de acesso democrático a toda a gente em que qualquer estudante através de uma reserva pode praticar desporto regularmente com os

seus colegas e com as suas pessoas mais próximas. Tal como os courts de ténis que funcionam no mesmo modelo. Temos um corpo técnico muito orientado, muito focado e completamente formado para a parte da prescrição do exercício físico, acompanhamento e respetiva avaliação. Todo esse acompanhamento é feito sempre cruzado com a parte da saúde, nomeadamente temos a parte da nutrição e temos depois a outra parte, que é a parte da fisioterapia em que ela também tem aqui três grandes áreas, nomeadamente a fisioterapia propriamente dita, a massagem desportiva e ainda a parte da osteopatia. São áreas que todas elas se complementam entre si. Este é um espaço que os estudantes podem usar fora do seu horário temos de ter consciência (se a memória não me falha, que mais de 70% dos alunos que são deslocados), assim essas pessoas saem do seu conforto e do seu lar, vêm para cá, se não têm qualquer proteção ou não são acompanhadas pelo menos neste ponto de vista do horário pós letivo, esse estudante fica um bocadinho à mercê do que a cidade lhe pode oferecer. Por isso a UTAD tem essa responsabilidade e quer acima de tudo assumir esse compromisso, que é de facto criar aqui condições para que o estudante não tenha comportamentos desviantes, que se sinta integrado, que conheça novas pessoas e assim faça toda a sua vida académica para além da parte pedagógica e científica, que tenha um espaço onde possa fazer tudo o resto que lhe é extracurricular digamos assim. Temos ainda no edifício outra grande valência que é precisamente uma sala de estudo 24 horas, que é fundamental para nós, porque o edifício tem sempre muita dinâmica. Entendemos que este é sem dúvida alguma um serviço que é fundamental com o estudante e aí sim, nós costumamos dizer um bocado isto, é que nós somos a “mãe dos estudantes” quando cá chegam estamos cá para os servir acima de tudo. Este é o nosso foco e é a nossa missão.

Mário Gonzalez Pereira – Provedoria do Estudante O que é o Provedor do Estudante e que apoio pode ele dar ao aluno? O provedor do estudante é uma figura que está definida na lei, tem como principal objetivo, mas é um objetivo a defesa dos direitos e dos interesses legítimos dos estudantes. Isto obviamente remete um bocadinho para aquilo que

serão os documentos legais que no fundo regem o funcionamento da universidade, desde logo o regulamento pedagógico, mas também todos os outros regulamentos que existem e que de alguma maneira tentam regular aquilo que é a atividade dos docentes, mas essencialmente do ponto de vista dos alunos. Logo o provedor dos estudante é aqui, de alguma maneira, uma figura que tenta apoiar os estudantes, na maior parte dos casos resolver os problemas que vão surgindo e noutros casos no fundo encaminhar o estudante para aquilo que deve de ser o procedimento que ele deve adotar para fazer no fundo fazer valer os seus direitos. Portanto a maior parte da minha atividade é exatamente essa, é no fundo recolher aquela sinalização que me é feita pelo estudante sobre situações que não estão a correr tão bem como deviam, isto nem sempre é por mal, ás vezes é porque

já está reformado, há muitas mais modalidades. As outras universidades adotaram processos que são ligeiramente diferentes, mas de facto é alguém que tem que despir a camisola de docente vestir a camisola quase de advogado sem ter formação em direito, de forma a poder fazer uma análise sobre se a situação que o estudante está a trazer de facto tem alguma sustentabilidade legal, isto no fundo se o estudante tem razão para se queixar ou não e tendo atuar de maneira a que resolver as situações que vão surgindo.

o regulamento mudou e a pessoa infelizmente ainda não está a par das ultimas novidades ou ás vezes tem a ver com uma prática que se acha que é a melhor ou que é a mais adequada mas que de facto ainda que se possa achar isso não é verdade. Sumariamente a atividade do provedor do estudante é esta, é de garantir que os direitos do estudante estão a ser cumpridos. Portanto, sumariamente é uma garantia que os estudantes têm de que há alguém dentro da universidade…

portanto, tenho ido a todos esses eventos. Habitualmente é também organizada uma sessão de receção aos estudantes, o provedor está presente, o provedor vai ás escolas, o provedor tem reuniões com grupos de estudantes, está em permanente contacto com a associação de estudantes e para além disso, a figura do provedor está em “n” páginas da universidade, desde logo na página principal, está no SIDE, está no outro site que é o CAMPUS. É difícil não descobrir que existe. Agora também devo confessar, ás vezes chegam-me aqui estudantes que dizem “eu não sabia que havia aqui o provedor de estudante”. Há sempre aqueles que estão de facto um bocadinho mais distraídos e não seguem.

Que não é um estudante. Que não é um estudante, é um docente de facto, porque o regulamento da UTAD, nos estatutos da UTAD definem que o provedor do estudante é um docente da UTAD. Podia não ser, podia ser alguém de fora, podia ser alguém que se calhar até já foi docente e se calhar até

Entrei na universidade agora e estou com um problema, como é que eu encontro o provedor de estudante? O provedor de estudante é uma figura que, por um lado está disponível para todos os eventos que são organizados quer pela universidade para os estudantes quer pelos estudantes e,

Joaquim Pereira e Daniel Borges – Bolsas, Unidade de Saúde e Residências


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Reportagem VivaDouro Através do preenchimento de um formulário, depois há um processo de escolha em que contam diversos fatores como por exemplo o ser ou não bolseiro, os primeiros têm vantagem sobre os segundos.

Que apoio pode o seu gabinete dar ao aluno que chega pela primeira vez à UTAD? Todos os alunos têm conhecimento das bolsas existentes a que podem concorrer mesmo antes de saber onde são colocados, essas não dependem de nós, depois nós aqui, especificamente na UTAD, temos outro tipo de apoio que é o chamado Fundo de Ação Social, que tem duas vertentes: o subsídio emergência e a bolsa de colaboração. Temos depois os chamados apoios indiretos que é o alojamento, que são as residências universitárias que nós temos e, para além das residências universitárias, há outro apoio que é, se o aluno não tiver lugar na residência universitária na bolsa de estudo é atribuído um complemento para o ajudar para ele alugar um quarto no exterior, a alimentação, a saúde e o bem-estar e a cultura e o desporto. No geral são estes os apoios que nós temos para os alunos quando vêm para a universidade. Depois temos dentro de isto, algumas especificidades. Dentro do alojamento temos quartos adaptados para alunos com deficiência. Na área da saúde, se me surge um problema que nos ultrapassa encaminhamos para onde for possível encaminhar e articularmos com os apoios que nós temos do Serviço Nacional de Saúde. Como é que o aluno tem conhecimento destes apoios? Temos uma página na internet onde colocamos toda a informação e estamos também presentes durante o período de matriculas para dar todas as explicações e onde podem ainda recolher um desdobrável onde sintetizamos toda a informação necessária. Se se quiserem candidatar à residência, também o podem fazer logo ali. Se, por exemplo, tivermos algum aluno que venha da Madeira e não tenha onde ficar logo naquele dia a gente dá resposta para aqueles alunos. Depois tentamos anunciar as colocações nas residências no mais curto espaço de tempo para que aqueles que não são colocados tenham algum tempo para procurar alojamento no exterior.

Sim, nem suficiente para o número de pedidos que temos. Só de alunos do primeiro ano da primeira fase, tivemos não colocados mais de 200 alunos. E estes cerca de 200 alunos que não ficam colocados, acabam todos por receber apoio do tal subsídio para alojamento no exterior? Temos disponível, mas eles têm de cumprir vários requisitos para poder beneficiar desse apoio, nomeadamente, tendo concorrido à residência e não ficarem colocados, nós não temos uma vaga para eles, têm de ser bolseiros, têm que ter contrato de arrendamento e recibo mensal de renda que sabemos que muitos deles, infelizmente não conseguem obter o contrato, que estão em situação ilegal. Para se ter ideia, nós o ano passado tivemos 986 candidatos do primeiro ano, ou seja, entraram na universidade 1300 alunos no primeiro ano, desses 1300, 986 candidataram-se a bolsa e foram bolseiros 719. Só neste universo de 719, 80% em média têm sido deslocados, ou seja, à volta de 500 alunos são deslocados, desses 500, cerca de 300 que se candidataram, 200 não ficaram colocados, 100 ficaram colocados. Ou seja, caso não consigam uma colocação nas residências, há outras formas de suporte da universidade? Sim, por decisão do Estado, foi alvo de um aumento, ou seja, até este ano era até o máximo 128,67€, para o ano que agora se iniciará esse apoio foi aumentado para até 174,30€. Foi um aumento considerável.

O Daniel está mais responsável pelas residências, neste momento qual é o número de camas disponíveis? Neste momento temos 532 camas.

Há também a chamada Bolsa de Colaboração, como é que funciona? A Bolsa de Colaboração no fundo é uma forma de apoiar os alunos que desenvolvem alguns trabalhos na universidade. No ano de 2017, isto é significativo porque são muitos alunos, tivemos 214 alunos a trabalhar, com horários comuns em várias situações, por exemplo, ali no desporto é quase todo ele assegurado por estudantes e alguns bolseiros de investigação, o João Ribeiro e outros alunos que estão lá como investigadores, a fazer mestrados, a fazer os doutoramentos. Não é só no desporto, há alunos na limpeza, no balcão de atendimento, etc.

Numa universidade em que 70% dos alunos são deslocados é uma resposta ainda parca?

Como é que o aluno pode concorrer a essa vaga?

E tem havido muita procura para este tipo de serviço? As vagas têm ficado ocupadas, tem sobrado vagas, tem faltado vagas para tanta gente? Isto é cíclico, enquanto as bolsas não saem há muitos pedidos. Começam a sair as bolsas, muitas vezes a gente precisa de alunos, mas já consegue para determinadas as áreas, principalmente estas áreas menos, mais difíceis, as limpezas. Aí já é mais difícil. E por um lado é bom, se eles conseguiram resolver os problemas deles, estarem mais desafogados é bom para nós, apoiamos na altura certa, é bom ser assim. Quando eles estão a precisar, pedem mais, a gente também tenta dar resposta nas várias áreas. A gente pensa que são poucas áreas, mas há muitas, por exemplo, o museu de geologia precisa sempre de alunos, o gabinete de imagem precisa sempre de alunos, principalmente quando há feiras, quando é a UTAD Júnior, quando há visitas de estudo, precisam sempre de muitos alunos, a veterinária, o hospital veterinário, ao lado na criação de animais na zootecnia. Há ainda um Subsídio de Emergência, pode-nos explicar em que consiste? O que é que a gente constatou a determinada altura? Que havia alunos que não eram bolseiros às vezes por dois cêntimos, três cêntimos. São feitas contas automaticamente, numa plataforma, é matemático e chega ali, vamos imaginar que a capitação é 7000€ para ser bolseiro, ele tem 7001€ já não é bolseiro. De forma a darmos alguma justiça ao sistema, aumentou-se o limite da capitação em mil e tal euros e os alunos que ficam entre o limite da capitação feito pela direção geral e o outro limite que nós criamos, pode-se candidatar a esta bolsa, a este subsídio de emergência. Ali falamos de 25.475€ certo? Sim, é o que tem sido. O subsídio de emergência é igual ao valor da propina. Esses alunos que estão entre a capitação estabelecida pela direção-geral do Ministério da Educação e a nossa capitação que a gente estabeleceu, que é uma percentagem acima da outra, se ele se candida-

tar atribuímos-lhe bolsa. E tem sido atribuído cerca de 25, 27 bolsas Dá cerca de 1000€ por cada um por ano. É a propina. É uma forma também de apoiar alguns alunos, nunca são muitos alunos, até porque nós privilegiamos sempre a questão da colaboração. Ou seja, mediante uma colaboração com os vários serviços, damos-lhe um determinado valor, isto em detrimento de priviligiar o subsídio de emergência porque o dinheiro vem do mesmo bolo.

Antero Gonçalves – Unidades Alimentares No que diz respeito a cantinas, qual a oferta que a UTAD tem neste momento para os seus alunos? A cantina de Prados, que é a nossa cantina central, que está no Campus da UTAD. Depois temos a cantina de Codessais mas vai ser descontinuada, porque vamos apostar numa nova unidade aqui no Ex-CIFOP, para dar apoio ao Active Gym e também aos alunos residentes de Codessais. No fundo vamos replicar a oferta que estamos a fazer em Além-Rio e os complexos residenciais vão ter duas unidades alimentares onde nós podemos dar uma resposta muito mais eficaz num intervalo de tempo muito maior. Esta unidade só faz almoços ao público, só está aberta das 12h às 14:30. Abrindo a unidade no ex-CIFOP, em setembro já vamos para lá, conseguimos ter muito mais capacidade de resposta e, não só aos alunos residentes mas também aos clientes, aos alunos e não alunos do Active Gym, do nosso ginásio desportivo. Além disso, como temos ali aquela unidade a tipologia vai mudar um bocadinho e vamos sempre neste complexo, dar uma resposta também de refeições de jantar, por causa dos residentes. Nós neste ano quando encerramos esta unidade ao jantar, fizemos uns serviços de take-away para os residentes, eles pediam ao almoço, guardávamos num frigorifico específico ali na receção e eles levantavam a sua refeição. Todos os serviços de refeição estão agora centralizados no CAMPUS, uma vez que é aí que os alunos têm aulas, ao invés do que acontecia antigamente. ■


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Tabuaço

Vinte dias a celebrar o S. João A vila de Tabuaço celebrou, uma vez mais, o S. João com muita animação e cor, numa programação que incluiu diversas atividades culturais, desportivas e ainda as habituais marchas e a procissão solene. Ao longo dos vinte dias de celebração as ruas da vila duriense encheram-se para os diversos eventos que ali se realizaram, ficando as enchentes reservadas para o desfile das marchas luminosas no dia 23 de junho e a grandiosa procissão em honra de S. João na tarde de dia 24. Além da gastronomia, os produtos Locais e Regionais apresentados na Feira de Artesanato, o cartaz deste ano contemplou ainda a apresentação de duas curtas-metragens, realizadas em Tabuaço, ambas galardoadas em Festivais de Cinema. O desporto não ficou de lado na organização do evento, contando, entre outras, com a habitual Prova de Perícia Automóvel. A Procissão Solene em honra de S. João voltou a surpreender pelo número de participantes: 22 andores, representando cada uma das Freguesias e Lugares do Concelho, e cerca de 80 figuras bíblicas compuseram aquele que é o maior cortejo religioso e que trás a Tabuaço um número crescente de devotos e visitantes. Destaque ainda para o espetáculo dos Reis da Música Nacional que este ano trouxeram ao palco das festas nomes como Ágata, Iran Costa, Bruna, Saúl ou José Alberto Reis. Até ao final das celebrações o cartaz continuou com o concerto de fim de ano dos alunos do 1.º ciclo, a Gala de final de ano da Escola de Sol, o Rally Papper por uma causa solidária e, a terminar o cartaz das Festas de S. João 2019, a Prova Cronometrada 4x4 em pista de obstáculos. Para Carlos Carvalho, autarca tabuacense esta é uma celebração marcada pelo sucesso

> Marchas aminam noite de S. João em Tabuaço

e pelo envolvimento das gentes de Tabuaço em cada uma das iniciativas, sublinhando por isso o sucesso das festividades. “A par do que já aconteceu o ano passado, o balanço não podia ser mais positivo. A Câmara Municipal tem apostado essencialmente na prata da casa ao confirmar a presença de todas as freguesias do Concelho naqueles que são os pontos altos das Festas Sanjoaninas, nomeadamente, na Marcha Luminosa, que este ano voltou a contar com a participação de todas as freguesias, um total de 16 marchas em desfile, e na Procissão Solene em honra de S. João, no dia 24 de Junho, que voltou a surpreender pelo número de participantes: 22 andores, representando cada uma das Freguesias e Lugares do Concelho, e mais de 80 figuras bíblicas compuseram aquele que é o maior cortejo religioso e que, anualmente, traz a Tabuaço um número crescente de devotos e visitantes. Obviamente que o sucesso do S. João de Tabuaço se deve, fundamentalmente, ao espírito de entrega e compromisso de cada uma das povoações e das suas gentes. Falamos de pessoas que depois de um dia de trabalho, se reúnem nas sedes das Juntas de Freguesia ou das respetivas Associações para

ensaiar a marcha que irão trazer a Tabuaço naquela noite e, imediatamente no dia seguinte, são essas mesmas pessoas que trazem o andor da sua terra para a Procissão solene. Temos que nos orgulhar, honrar e congratular esta entrega e esta dedicação das gentes do Concelho de Tabuaço. Aliás, é este bair-

"Obviamente que o sucesso do S. João de Tabuaço se deve, fundamentalmente, ao espírito de entrega e compromisso de cada uma das povoações e das suas gentes" rismo que diferencia o S. João de Tabuaço e, a título de brincadeira, podemos mesmo dizer que é em Tabuaço que o S. João se sente em casa”. O autarca congratulou-se ainda, em declarações à nossa reportagem, pelo crescente número de turistas que se encontram nas

ruas de Tabuaço durante estas celebrações. “O São João é a festa mais popular de todas as festas e é assim que, ao longo dos anos, o S. João de Tabuaço vem conquistando a simpatia da Região pelo ambiente de festa e bairrismo que se vive. Mas para além da região, esta festa é marcada, acima de tudo, pela importância que tem para as gentes de todo o concelho através das quais este evento não teria o mesmo impacto. A festa não se faz com o intuito principal do turismo porque, se por um lado, no que toca ao turismo, não combatemos o S. João do Porto, por outro, como já referi, esta festa tem um significado maior para as nossas gentes. De qualquer forma, não podemos ignorar o facto de ser cada vez mais visível o número de turistas que assistem a esta festa popular, quer porque coincida com a sua estadia nos vários alojamentos do concelho quer porque, estando na Região, acabam por vir até cá e assistir e participar. Associado ao S. João de Tabuaço há todo um conjunto de atividades e eventos associados, nomeadamente a Feira dos Produtos Regionais ou os eventos desportivos que acabam por atrair públicos diferenciados, e pelos quais os turistas também se deixam seduzir”. ■

> Carlos Carvalho, autarca tabuacense, com Saúl


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Torre de Moncorvo

Festival das Migas e do Peixe do Rio

A 10ª edição leva até à mesa de vários restaurantes da vila de Torre de Moncorvo, mas também dos tradicionais restaurantes da Foz do Sabor e Cabanas de Baixo esta iguaria que são os peixes do rio fritos, em molho de escabeche ou assados, e as migas de peixe. Este ano, os visitantes podem apreciar este prato típico nos restaurantes as Piscinas, The

Garden House, Adega Regional o Caneco, o Pingo, o Artur, Lameirinho e Primavera. Uma vez que o Festival das Migas e do Peixe do Rio está inserido na II Exposição de Empresas, Emprego e Empreendedorismo estas especialidades serão servidas também no Pavilhão Municipal de Torre de Moncorvo pela Cozinha Regional de Carviçais, Tasquinha Félix e Sopas das Beira. Uma boa oportunidade para visitar a única aldeia Piscatória de Trás-os-Montes, a Foz do Sabor, apreciar os barcos tradicionais utilizados no dia a dia para a pesca e usufruir da idílica Praia Fluvial da Foz do Sabor. ■

FOTO: DR

De 19 a 21 de julho realiza-se em Torre de Moncorvo o Festival das Migas e do Peixe do Rio.

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12 VIVADOURO JULHO 2019 PUB

Lamego

Vinho, gastronomia e música: a receita do Wine & Music Valley O Wine & Music Valley é um evento dedicado ao vinho, música e gastronomia, que se realiza nos dias 14 e 15 de setembro num dos mais idílicos cenários a nível mundial, a margem do rio Douro. Foi a bordo de um cruzeiro no rio Douro que foi dado a conhecer o cartaz completo do festival que se irá estrear este ano nas margens do rio Douro, no Cais Comercial de Lamego. Aos já anunciados Bryan Ferry, Mariza, António Zambujo, Salvador Sobral, DJ Vibe e Rui Vargas, no dia 14, juntam-se Seu Jorge, Xutos & Pontapés, Wet Bed Gang e Carolina Deslandes no dia 15. Além dos quatro novos nomes, a organização do Wine & Music Valley anunciou ainda um segundo palco dedicado aos novos talentos, nacionais e internacionais. Para Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), presente na apresentação do festival, este evento será uma marca no turismo

da região e uma referência a nível mundial. “Este evento é muito mais do que um festival de música, é muito mais do que a relação com o vinho, vai ser a própria experiência do vinho e das vindimas e tudo isso. Aquilo que nos falta no Douro é mesmo festa e festa que seja fora do mês de julho e agosto. Nós concentramos ainda muito da nossa atividade nestes meses de verão e esquecemos depois os outros meses e felizmente hoje nós estamos a conseguir esbater a sazonalidade. Fizemos um desafio à organização que julgo que irá posicionar este festival como único até mesmo a nível europeu, e não temos que ter medo destas comparações, que é ser o primeiro festival de música sem cerveja. Fazer um festival, no Douro, com o nome Wine, na altura das vindimas, em setembro e fazer com cerveja não fazia sentido. Claro que isto é fácil dizer, mas muito difícil de organizar porque sabemos a força e a ajuda que era para a organização ter as cervejas, um desafio colocado pelo próprio TPNP e pelo IVDP, que a organização abraçou com coragem. Estamos a posicionar este festival noutro patamar e de certeza que quando isto começar a ter notoriedade fora do país, este vai ser um festival que vai ter tudo para crescer.

Da nossa parte eles sabem, estamos a dar os primeiros passos, mas já estamos aqui a prever, não só um apoio para esta edição, mas a trabalhar numas três edições à frente”. Da parte da organização, Manuel Osório, mostrou-se confiante no sucesso do festival até porque a venda antecipada de bilhetes tem sido acima das expectativas podendo crescer agora que se conhece o cartaz na sua totalidade. “As vendas têm superado e muito as nossas expectativas, inclusive as expectativas do nosso parceiro que está muito habituado a estas lides. Mesmo as vendas de passes gerais para os dois dias têm sido surpreendentes até porque ainda não eram conhecidos os nomes do segundo dia, até aqui estávamos apenas a vender um conceito e a paisagem. Acredito que com a apresentação do line-up no segundo dia, as vendas vão aumentar. Vamos começar a fechar o acordo com todos os media partners e aí vamos fazer uma divulgação mais personalizada. Este evento terá um grande impacto na região, a comunidade local está contente com tudo isto, e esse é que é o nosso objetivo, é que todos ganhem com isso”. Olhando ao cartaz podemos dizer que é transversal, composto por artistas concei-

tuados aos quais se juntam nomes mais recentes do panorama musical. Também nos géneros a escolha é bastante eclética passando por géneros como o rock, o pop, o fado ou a música brasileira, entre outros. Para Pedro Ribeiro, também da organização, este cartaz permitirá atrair públicos diversos, desde os mais novos aos menos novos. “Trazemos um pouco de tudo, os Wet Bed Gang são uma banda que está em alta, está na boca de todos os miúdos. Também para rejuvenescer esta região, trazer os jovens para perto do Douro. A própria Carolina Deslandes, que é uma miúda fantástica, que tem uma voz maravilhosa. Os Xutos, sem comentários, em especial no ano em que celebram os 40 anos, é super importante também estarem presentes na nossa primeira edição. Brian Ferry como grande senhor da música, o Zambujo, a Mariza, a maior fadista de todos os tempos para mim, o Salvador Sobral e obviamente os DJ’s Rui Vargas e Vibe que vão engradecer ainda mais junto o cartaz. O palco secundário será dedicado à musica dos novos talentos, temos essa grande ambição também de ajudar os novos talentos, de poder promovê-los, de lhes dar visibilidade estando num festival de renome nacional e internacional que é onde vamos chegar”. ■


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São João da Pesqueira

PUFF! Festival de música para ouvir devagar Uma iniciativa que teve a sua primeira edição no dia 13 de julho, em S. João da Pesqueira. Na data em que se comemorou o Dia Mundial do Rock, a Praça da República foi decorada a rigor com os mais variados tipos de puffs para dar cumprimento ao propósito que distingue este festival: ver e ouvir música confortavelmente sentado. Os Happy Mess e The Dixie Boys foram as bandas escolhidas para esta primeira edição que contou também com um Sunset animado por um dj set de Paulo Fragoso. PUFF! Festival de música para ouvir devagar foi marcado pela grande proxi-

midade entre o público e os músicos e ainda por atividades complementares que contribuíram para a criação de um ambiente familiar e de bem-estar, como provas de vinhos da responsabilidade da Capital Douro, disponibilização de um espaço de leitura dinamizado pela biblioteca municipal e uma feira de produtos culturais no interior dos emblemáticos arcos da Praça. A histórica e monumental Praça da República, em S. João da Pesqueira, onde decorreu este festival, foi escolhida com o propósito assumido de juntar o património a um novo e di-

ferenciador evento na região do Douro que aliou a cultura, o património,

o verão e a música num festival… para ouvir devagar. ■

Alice no País das Maravilhas - Espetáculo de encerramento do ano letivo Teve lugar no dia 14 de julho, no Cineteatro de S. João da Pesqueira, o espetáculo de encerramento do ano letivo, organizado pela Academia Allegro, entidade gestora

das escolas de bailado de S. João da Pesqueira, Régua e Leça da Palmeira, tendo sido apresentado o bailado: Alice no País das Maravilhas.

Este espetáculo teve várias coreografias protagonizadas pelas alunas de ballet das escolas referidas, numa tarde em que foi possível acompanhar o profícuo trabalho

que tem sido realizado nas aulas. Este evento contou com o apoio do Município de S. João da Pesqueira e teve a direcção artística de Maria João Resende. ■

Festa bienal dos idosos do concelho de S. João da Pesqueira No dia 10 de julho, decorreu a Festa Bienal dos Idosos do Concelho de S. João da Pesqueira, com a realização de um passeio e almoço que contou com mais de 900 participantes. A viagem teve o seu primeiro ponto de paragem no Santuário de N. Sr.º dos Caminhos, em Rãs-Satão, onde foi possível efetuar uma visita ao mesmo. Em seguida, para o almoço convívio, a paragem foi na Quinta de Santo Estêvão, em Aguiar da Beira, com animação ao som de concertinas e uma tarde recreativa com espetáculo musical e passeio de mini comboio pela quinta. Foi um dia bastante animado e de confraternização entre todos os séniores deste concelho. ■


14 VIVADOURO JULHO 2019

São João da Pesqueira

I Concurso de Azeites de Trás-os-Montes e Alto Douro Em São João da Pesqueira o 1º concurso de azeites de Trás-os-Montes e Alto Douro levou à prova este produto tão característico do nosso país, premiando os melhores produtores das duas regiões. No total estiveram reunidos no coração do Douro 52 produtores, de 22 concelhos, com um total de 75 marcas, sinal da crescente importância deste setor como afirmou à nossa reportagem o autarca pesqueirense, Manuel Cordeiro. “O Douro é mais do que o vinho, é a amêndoa, a maçã, e o azeite é também um produto importante para a região. Vemos que outras regiões têm apostado neste produto com designações IGP e DOP, algo que o Douro tardou em fazer mas agora estamos a apostar novamente neste produto e em força o que é uma excelente notícia para a região”. A mesma ideia foi defendida por Carla Alves, Diretora Regional de Agricultura, também presente no evento. “O Douro é muito mais que as vinhas e o vinho, da própria paisagem fazem parte as oliveiras, seja nos olivais tradicionais seja nas bordaduras das vinhas da região. Não podemos estar só obcecados com o vinho e sinal disso é que muitos destes produtores que aqui estão e que foram premiados, são também grandes produtores de vinho, ou seja, gente que está a expandir o seu negócio para oura área”. Ao VivaDouro a responsável pela agricultura da região congratulou-se ainda pelo

> Produtores e organização do 1º Concurso de Azeites de Trás-os-Montes e Alto Douro

crescimento deste setor, não só na quantidade de azeite produzido mas também pela qualidade e pelo desenvolvimento tecnológico. “Tem sido notória uma grande renovação neste setor, tanto ao nível de novas plantações como à evolução tecnológica dos olivais. Também registamos um crescimento do número de lagares o que demonstra bem que este é um setor em clara expansão. Há cerca de 37 mil produtores de azeite espalhados pelo país, muitos deles não são ainda comercializados mas penso que é esse o caminho a seguir. Outro fator muito interessante que notamos é que a investigação cientifica tem andado de mãos com este setor, resultando daí um maior conhecimento que nos permitirá desenvolver uma nova profissão de azeitólogo, como acontece com os enólogos no setor do vinho. Aqui hoje podemos ver azeites de excelente qualidade e isso refletiu-se nas pontuações dadas que ultrapassaram mesmo as do concurso nacional, e isto é um motivo dos quais nos devemos orgulhar”. Para Paulo Tolda, da Capital Douro, enti-

> Carla Alves e Manuel Cordeiro a apreciar os azeites a concurso

dade organizadora deste concurso em parceria com a Junta de Freguesia de Valongo dos Azeites e a Câmara Municipal de São João da Pesqueira, o sucesso do mesmo é assinalado pela quantidade de participantes e pela qualidade dos azeites levados a concurso, bem como a abrangência do mesmo, trazendo para junto dos azeites do Douro os de Trás-os-Montes. “Há dois anos fomos desafiados para trazermos alguma inovação a estas jornadas, era um evento com bastante interesse, com muitos workshops e outras atividades mas faltava ainda uma ligação ao setor empresarial, faltava dar o salto, daí termos pensado neste concurso. Inicialmente pensamos fazer um concurso só para o Douro mas como as fronteiras da denominação DOP que se está a trabalhar ainda não estão totalmente definidas, pareceu-nos que reduzir este concurso ao Douro que conhecemos como produtor de vinhos não seria a opção mais acertada, foi assim que decidimos juntar aqui as duas regiões. Em termos qualitativos destacamos os resultados dos azeites do Douro que nos dão força para apostar neste setor. Quase 90% das medalhas e menções honrosas aqui distribuídas foram para azeites do Douro, um sinal claro da qualidade do azeite da região. Não acredito que algum dia os azeites superem o vinho, contudo há ainda um longo caminho a percorrer, tanto em termos de quantidade como em termos de qualidade, hoje os nossos produtores estão mais preparados, têm mais conhecimento para que o resultado final seja cada vez mais de maior qualidade”. Para os intervenientes esta primeira edição do Concurso de Azeite de Trás-os-Montes e Alto Douro pautou-se pelo sucesso e pelo orgulho de ser organizado em São João da Pesqueira, concelho que é o maior produtor de vinhos da região. “Podemos afirmar que estamos perante uma iniciativa de sucesso. Em boa hora a

organização incentivou a realização deste 1º concurso e devemos congratular-nos pela resposta que foi dada por parte dos produtores a este desafio”, afirmou Carla Alves. Por seu lado Manuel Cordeiro destacou ainda o sucesso alcançado sublinhando o curto espaço de tempo, 2 meses, em que esta iniciativa foi organizada. “O balanço é muito positivo mesmo tendo sido um evento preparado num curto espaço de tempo. Tivemos aqui 75 marcas de 22 concelhos, o que não é fácil de organizar. É motivo de orgulho organizar aqui este 1º concurso e agora estamos apostados em manter este evento ao longo dos anos para promover o azeite do Douro e de Trás-os-Montes”. Já Paulo Tolda destacou o simbolismo deste concurso se realizar em São João da Pesqueira, ficando demonstrado que a região vai muito além da produção de vinho. “O simbolismo de organizarmos aqui, em São João da Pesqueira, este concurso é muito, aqui estamos no coração do Douro e no concelho que é o maior produtor de vinho da região, provando assim que há aqui outros produtos de excelência”. ■


VIVADOURO JULHO 2019 15

Armamar

9ª edição Dia da CPCJ

Medalha de Ouro para André Pinto

A CPCJ de Armamar organizou a nona edição do Dia da CPCJ nos dias 5 e 6 de julho. No dia 5 começou com uma caminhada com a temática para a sensibilização sobre a problemática dos comportamentos Aditivos “Diz não às Dependências e ao Sofrimento Familiar” No dia 6 uma tarde com atividades dedicadas às crianças, jovens e família. Muita música, teatro, dança, partilha de experiências, insufláveis e animação não faltou. ■

André Pinto é natural de São Cosmado, Armamar e participou na Seleção Nacional de Tricicleta na CPISRA Internacional CUP 2019 na Dinamarca.

Entrega dos Prémios de Excelência

Programa Voluntariado para a Natureza e Florestas

João Paulo Fonseca entregou ontem os prémios de excelência escolar aos alunos do Agrupamento de Escolas de Armamar que se distinguiram pelo seu desempenho no ano escolar que agora termina. Os jovens Armamarenses vão participar durante uma semana no programa Universidade Júnior, dinamizado

pela Universidade do Porto, para conhecer e explorar o ambiente universitário. O Autarca esteve acompanhado pelo Vice-Presidente e Vereador responsável pelo pelouro da educação. Em representação do Agrupamento de Escolas esteve o Professor Joaquim Duarte. ■

Estão abertas as inscrições para todos os jovens voluntários, dos 18 aos 30 anos (inclusive), ao Programa Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas.

O atleta é da Associação Mover Viseu que na sua 1ª participação internacional conquistou uma medalha de ouro. ■

A inscrição nestas atividades de voluntariado implica registo na plataforma https://programas.juventude. gov.pt/ ■

Exposição “Alto Douro visão demarcada" Está patente uma exposição, “Alto Douro visão demarcada" de Dominique Pichou, que é dada a conhecer na exposição promovida pela Fundação Museu do Douro, no salão nobre da Câmara Municipal de Armamar, até dia 16 de setembro. A exposição foi inaugurada no dia 9 de julho, pelas 16 horas.

Dominique Pichou dedica-se com mestria a uma forma de arte, tem no Douro uma paleta de cores, um catálogo de texturas e uma variedade infinita de motivos para criar verdadeiras obras de arte, que são hoje e amanhã testemunhos do poder que a natureza tem no fenómeno da criação do mundo. ■


16 VIVADOURO JULHO 2019

Torre de Moncorvo

Festival do Solstício deu as boas vindas ao verão A V edição do festival do solstício, que se realizou de 21 a 23 de Junho, em Torre de Moncorvo foi um sucesso. A participação nas atividades duplicou relativamente ao ano de 2018 e verificou-se um crescimento ao nível dos visitantes de fora do concelho. No decorrer do fim de semana muitas foram as famílias que visitaram o festival e aproveitaram as várias oficinas disponíveis no jardim Dr. Horácio de Sousa. Destaque para o projeto mais ciência, que fez a delícia dos mais pequenos com várias experiencias, mas também da casa do brincar que incentivava as crianças a jogar com materiais de desperdício e da Associação de Municípios do Baixo Sabor que de uma forma divertida estimulava a aprendizagem da fauna do Baixo Sabor. Nesta edição, salientamos ainda as performances do Grupo Alma de Ferro Teatro, nomeadamente as Estátuas Vivas, o concerto para bebés, o bodypainting e as atuações da Escola Municipal Sabor Artes. Durante a noite tiveram lugar vários concertos, atuação de Dj’s, Night Fun e um espetáculo de fogo. A mobilidade sustentável esteve em destaque nesta edição, através da integração de passeios de trotinetes elétricas pelo centro histórico da vila.

Liliana Gamboa - visitante Eu tenho uma filha de 7 anos e viemos de Freixo de Espada à Cinta porque acho que é importante vir aqui até para ganhar algum conhecimento, por exemplo, agora estão à pesca dos frascos de plástico, das garrafas de plástico, para terem noção da poluição que existe no mar hoje em dia. Apesar de estarmos longe do mar é preciso ter a noção que o que fazemos aqui se vai refletir lá. Ela adora participar e assim a brincar também aprendem. Acho que é a melhor maneira de incutir a realidade que se passa no quotidiano, é vendo com os próprios olhos.

Marta Miranda – Quinta da Ponte

Para Nuno Gonçalves, autarca moncorvense, esta é uma festa dedicada à família e às crianças que, em conjunto celebram assim a chegada do verão. “Este festival tem como principal público alvo as famílias e as crianças. Unindo todas as gerações é uma oportunidade para celebrar o início do verão com atividades em família. Grande parte das atividades

são dedicadas às crianças como as várias oficinas criativas, cientificas e ambientais, no entanto há concertos, performances e outras atividades destinadas aos pais. A componente ambiental está presente em todo o festival, tivemos um cuidado especial com a mobilidade sustentável, promovendo meios de mobilidade elétrica, em detrimento dos meios usuais, como os combustíveis que poluem muito o meio ambiente. O tema deste ano celebrou o mundo enquanto meio ambiente, através da criação de mundos imaginários, onde estava presente a água, os sonhos, a magia e a degradação do ambiente”. Para o edil o sucesso deste evento prende-se com a sua originalidade e a ligação aos temas ligados ao ambiente. “Eu acredito que sim, que o sucesso deste festival se deve à sua originalidade e ao facto de se fazer educação ambiental de uma forma bastante diferente do que as pessoas estão habituadas. Além da parte ambiental, o festival do solstício tem também uma vertente pagã relacionada com o solstício de verão e com os dias mais longos. Começamos em 2015 no miradouro de Santa Leocádia e devido às limitações no espaço transferimos o festival para o Jardim Dr. Horácio de Sousa. O festival do solstício é um dos 4 eventos âncora do Município e tem grandes potencialidades de crescimento”. ■

A Quinta da Ponte é um projeto familiar que se baseia em criar atividades e eventos para as crianças. Começou a partir do momento em que nós tivemos filhos, tínhamos de nos deslocar às grandes cidades para que eles pudessem usufruir de ofertas e começamos a pensar que se nós começamos a contratar alguns professores, monitores ou como queiram chamar e organizássemos as atividades, bastávamos reunir um grupo para poder pagar a essa pessoa que vem trabalhar connosco. Eu sou professora de Educação Visual e às vezes dizem porque é que eu levo os meus filhos a este tipo de atividades e eu costumo dizer, “porque lá em casa, ou eles organizam a atividade e eu vou com eles, eles guiam-me, ou eu organizo”, mas quando vamos a uma atividade dessas nós estamos em ponto de igualdade. É alguém que os vai guiar e nós vamos descobrir e é muito interessante porque depois há negociação, que é “ah a minha ideia é esta”, mas o outro tem a ideia. Já aconteceu a minha filha pedir ao pai para não mexer no trabalho, ou seja, aquela coisa do “tu vais estragar”. E estas negociações que se passam durante uma hora, uma hora e meia, são muito interessantes a nível de desenvolvimento e mesmo relações familiares, por isso eu aconselho as pessoas a participar que vão descobrir e vão se divertir.


VIVADOURO JULHO 2019 17

Freixo de Espada à Cinta

Mercado Manuelino evocou D. Manuel I Freixo de Espada à Cinta evocou D. Manuel I em recriação histórica inserida no Mercado Manuelino, evento sucedâneo do Mercado Medieval, que teve a sua primeira edição em 2017. Realizado entre os dias 21 e 23 de Junho, o centro histórico de Freixo de Espada à Cinta considerada a Vila Mais Manuelina, acolheu um programa verdadeiramente épico, que transportaram os visitantes para a época do Reinado do Rei Venturoso. Para Maria do Céu Quintas, Presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, o evento saldou-se por "um sucesso óbvio, desde logo pela participação crescente dos freixenistas, nomeadamente nos cortejos e na solicitação de trajes de época". Para além desse pormenor, a autarca destaca ainda "a importância deste evento

que ajuda a promover a nossa História, dinamiza o centro histórico, e no seu conjunto potencia a economia local". Saliente-se não apenas pelo seu legado arquitetónico, mas também pelo último Foral outorgado ao concelho, em 1512. A próxima edição ocorrerá no 2º fim-de-semana de Maio de 2020. ■


INFORMAÇ O Boletim Informativo da Cooperativa Agrícola de Penela da Beira Nº 28 - Julho de 2019

Trimestral

Ficha Técnica Ana Dias; Angela Martins; Igor Nora; José Angelo Pinto; José Fernando; João Pedro; Margarida Rodrigues; Rui Droga; Tânia Amaral

Diretamente da Administração José Angelo Pinto Economista e Docente ESTG.IPP.PT Presidente Coopenela O editorial deste boletim vai passar a procurar explicar aos nossos associados o que a administração anda a procurar fazer para a melhoria da instituição e dos serviços que prestamos aos nossos associados e às regiões em que estamos inseridos. Em janeiro publicamos neste espaço as principais definições estratégicas que realizamos na cooperativa. Assim, hoje, divulgamos um pouco do que temos vindo a fazer desde a nossa eleição em Setembro de 2018 para concretizarmos estes objetivos, para que todos saibam o que estamos a preparar e para que possam dar-nos opiniões e sugestões para que consigamos melhorar os projetos que temos vindo a preparar para alicerçar o futuro da nossa instituição. Um dos grandes objetivos que perseguimos é o aumento da quantidade e do preço pago aos agricultores pelos produtos que nos são confiados. A esse nível, foram batidos recordes em 2018 em volumes de comercialização, o que nos permitiu ter espaço financeiro para iniciar a concretização dos investimentos aprovados para 2018 e para 2019. Os sinais que temos para 2019 são po-

> Amigos do Sindicato Frances e da União Interchataigne

sitivos, esperemos que seja possível melhorar o que fizemos em 2018 a este propósito. Definimos as linhas gerais de uma campanha de sensibilização para a angariação de associados, aprovada na última Assembleia Geral, o que vai permitir que os produtores possam associar-se à Coopenela sem terem custos de entrada elevados. Procuramos prosseguir a diversificação, procurando-se trabalhar mais produtos em que a cooperativa seja líder de mercado, alargando o processamento e comercialização para outros produtos. Procuramos aumentar o reconhecimento regional e nacional pelo trabalho desenvolvido, assumindo, quando necessário, o papel de liderança institucional que seja adequado. Assim continuamos a trabalhar para o fortalecimento das instituições em que participamos, destacando-se este ano o papel de organizador do X Encontro Europeu da Castanha, que vai decorrer em Trancoso e em Penedono de 11 a 14 de Setembro. Apresentamos 3 projetos estruturantes para apoio à expansão e consolidação da Coopenela, quer na área da comercialização de fatores de produção e na inovação, quer na

> Redes para apanha de castanha em Perignord

> Aspeto de um nogueiral visitado em Perignord

área da transformação de produtos quer na área da produção do consumo. Estamos a executar com toda a força o programa operacional aprovado no final de 2014 e que passa por instalar e modernizar alguns dos equipamentos da cooperativa bem como por terminar alguns dos investimentos que não foram considerados prioritários no projeto anterior de expansão e modernização das instalações. Estes investimentos estão concretizados. No âmbito do reforço da cooperação institucional, recebemos recentemente a visita de representantes do movimento cooperativo global que nos honraram com as afirmações muito positivas que fizeram à organização e processos de trabalho que temos instituído. Também fomos convidados de honra no encontro da castanha de Perignord, França e participamos como observadores na reunião do sindicato francês da castanha, tendo tido oportunidade de partilhar com estes parceiros a nossa visão de futuro e como achamos que poderemos melhorar a perceção do consumidor da castanha para a castanha europeia. Reforçamos significativamente a capacidade de trabalho de campo por parte dos técnicos da instituição e o apoio direto realizado aos produtores para melhorar as culturas e a exploração dos seus terrenos, através de um aconselhamento mais proactivo e mais presente Procuramos reforçar e alargar a atividade da secção florestal, quer para mais associados quer procurando aumentar a sua eficácia, prosseguindo o desenvolvimento do trabalho da equipa de sapadores florestais, aumentando a sua formação, equipamento e condições de trabalho para que possa continuar a ser um exemplo nacional de referência.

São algumas das ações que estamos a desenvolver para melhorar os serviços que prestamos. Mas esses serviços só podem ser melhores se formos bem organizados e disciplinados. Também por causa disso, o ano de 2018 foi de transformação interna no que se refere à estrutura de funcionamento. Em consequência da revisão estatutária realizada por causa da fusão com a COFRAL, passamos a estar organizados no modelo de conselho de administração, assembleia geral e conselho fiscal. O conselho de administração eleito em 2018 numa das suas primeiras decisões, nomeou o presidente e o vice presidente diretores gerais da cooperativa. Na prática, isto significa que a gestão do dia a dia da instituição é da responsabilidade dessas pessoas e que o conselho de administração tem funções mais estratégicas e de definição de políticas a seguir. O modelo de funcionamento interno foi igualmente revisto, apostando-se na coordenação e responsabilização dos trabalhos pelas áreas de funcionamento. Assim, as OPFCR e OPF têm um coordenador técnico que é responsável por tudo o que tem a ver com as organizações de produtores e com elementos que lhe são conexos, como, por exemplo, as entregas de castanha de não associados que são de responsabilidade do OPCFR ou a intervenção florestal ou agrícola que é responsabilidade da OPF. Os serviços internos e de estrutura (vendas, marketing, comercial, financeiros) são igualmente coordenados por um elemento. Temos ainda a nova área de investigação e desenvolvimento tecnológico que será coordenada por um perfil definido especifico para esta área., Assim, a estrutura interna passou a ser composta por 4 coordenadores que reportam aos diretores gerais.


> Agricultores da Coopenela em reunião no Alentejo

Há depois os projetos concretos que vão necessitar de trabalho de vários dos serviços da Coopenela, tendo estes, habitualmente, um gestor do projeto nomeado. Considerando a dimensão e a necessidade de dar resposta cabal a todos os pedidos, em 2018 procedemos a algumas alterações internas, à contratação de novos recursos para capacitar e à formação e preparação da maior parte dos colaboradores para os novos desafios. O resultado foi a melhor campanha de sempre em organização e disciplina, que resultou destas alterações e também das equipas que foram selecionadas com pessoas tecnicamente experientes e sabedoras e que

proporcionaram um excelente ambiente de trabalho, com todo o profissionalismo e dedicação que são visíveis na satisfação evidenciada pelos cooperadores no que respeita ao atendimento e dinamismo dos recursos. Os resultados atingidos são reflexo do esforço de todos, em primeiro lugar obviamente dos cooperadores que nos confiam os seus produtos, mas também da equipa de colaboradores permanentes e da equipa de colaboradores eventuais que connosco fazem as campanhas, pois são todos que proporcionaram um serviço excecional aos nossos associados. Uma palavra especial é também devida

à equipa de sapadores florestais que com todo o empenho e força tem sido capaz de mostrar a todos como se deve trabalhar nesta área e que continua a ser vista como uma das melhores do país. É um orgulho e uma enorme honra poder trabalhar com todos os nossos colaboradores para melhorar a cooperativa, a região, a floresta e os frutos de casca rija! Mas não nos chega termos uma excelente equipa, termos bons projetos prontos para avançar e termos investimentos bem decididos. É preciso que as autoridades locais e regionais também ajudem, por um lado nos projetos específicos e concretos em que tal faça sentido, como tem acontecido quer com a Junta de Freguesia de Penela da Beira quer com a Camara Municipal de Penedono, mas também, pelo outro lado, dando-nos força quando precisamos de mais força e dando-nos estímulo quando precisamos de mais estímulo. É esta a experiência muito positiva que temos tido desde Setembro, de colaboração e disponibilidade total de todas as forças da região para fortalecer a nossa instituição e valorizar o trabalho que desenvolvemos em prol dos agricultores, o que muito agradecemos, também em seu nome. E temos sentido que os agricultores estão connosco. Ainda recentemente, numa reunião geral realizada no Alentejo, tivemos

uma sala completa de pessoas interessadas em ver o que estamos a fazer e de que modo podem participar. E avançamos muito em todos os projetos que temos vindo a trabalhar, com destaque para os que são dos grupos operacionais, os quais se pode constatar o seu estado noutro artigo deste boletim. E estamos prontos para o futuro. Um futuro em que maior organização, maior disciplina e maior união com os agricultores e com os clientes só nos pode vir a trazer resultados melhores. Para consolidar o crescimento da Coopenela, procedemos à aprovação de um novo Manual de Procedimentos e Regulamento Interno para os colaboradores, documentos que foram muito bem recebido por todos os colaboradores e sobre os quais estabelecemos uma ampla discussão interna. Claro que quando a Coopenela era mais pequena em recursos humanos este tipo de documentos era relativamente inútil, mas com o crescimento e com o desenvolvimento de novas áreas de negócio e de intervenção da Cooperativa é obrigatório que as regras sejam conhecidas, formalizadas e que todos as conheçam e respeitem. Os nossos colaboradores são incansáveis no seu trabalho e esforço para a melhoria das condições dos nossos agricultores e para a melhoria da Coopenela. Obrigado a todos!

Adira à OP de Frutos de Casca Rija por apenas 100 Euros! Ana Dias A Cooperativa Agrícola de Penela da Beira C.R.L. foi fundada em 1997 por um grupo de produtores de castanha, preocupados com as dificuldades no escoamento da produção e para conseguir controlar os valores de Mercado para as suas produções. O objectivo primordial da criação desta organização foi defender e valorizar a produção de castanha na região, principalmente a variedade Martaínha®, considerada por muitos um produto de excelência. Com o apoio de todos os cooperantes e parceiros, a Coopenela tem vindo a crescer e a implementar-se cada vez mais como uma organização de referência no sector em que opera, sendo reconhecida pela DRAPN como Organização de Produtores nº610 para o sector de Frutos de Casca Rija desde 2016. A Coopenela destaca-se ainda pela constante proximidade com instituições de educação e investigação promovendo a transferência de conhecimento entre as áreas de investigação e da produção, dando a conhecer aos seus associados os mais recentes produtos, serviços e técnicas de produção. Com o objectivo de corresponder ao mercado crescente da procura por produtos de qualidade, pretende-se aumentar a quantidade de frutos de casca rija comercializados pela cooperativa valorizando as produções locais, bem como combater o mercado paralelo que afecta gravemente a economia das regiões em que a Coopene-

la se encontra representada. Para isso, a Coopenela resolveu organizar uma Campanha de Angariação de Sócios que pretende abranger todos aqueles que procuram ter escoamento para a sua produção já na próxima campanha. São condições para beneficiar desta campanha: ● Ter produção de Frutos de Casca Rija; ● Entregar produção na próxima campanha e seguintes (Pelo menos 5 anos); ● Ter as parcelas registadas no ISIP (Se não tiver, a cooperativa disponibiliza este serviço); ● Cumprir com as boas práticas agrícolas e ambientais; ● Formalizar o processo de inscrição na nossa Organização de Produtores. A partir da entrada na Organização de Produtores de Frutos de Casca Rija, os associados comprometem-se a comercializar toda a sua produção de FCR por intermédio da Cooperativa. Se é produtor de Frutos de Casca Rija e se pretende tornar sócio na Cooperativa, aproveite a campanha, usufruindo assim de todas as vantagens que temos para si: Assistência técnica adequada: ● Visitas técnicas; ● Monitorização de pragas e doenças; ● Recolha de amostras de solo, água e material vegetal e encaminhamento para análise;

● Recomendações de fertilização. Serviço de Apoio ao Agricultor: ● Elaboração e acompanhamento de Projectos de Investimento; ● Elaboração e actualização de Parcelário; ● Candidaturas ao Pedido Único de Ajudas; ● Apoio nos procedimentos relacionados com a manutenção da actividade

agrícola. ● Disponibilidade para atendimento por telefone, correio electrónico ou presencialmente; ● Factores de produção a preços especiais – Campanhas promocionais; ● Acção de divulgação sobre os apoios disponíveis para o sector agrícola. ● Acções de formação e informação no âmbito da produção agrícola.


Doença da Tinta Margarida Rodrigues Em Portugal, a Doença da Tinta, terá surgido por volta do ano 1838 (século XIX) e constitui uma das maiores ameaças a algumas culturas, em especial no setor dos frutos secos nos dias de hoje. Embora, nessa época, a morte das plantas já fosse notória, a causa da mesma ainda não era conhecida como a “Doença da Tinta”. A tinta é uma doença do sistema radicular e do colo causada por fungos do género Phytophthora Estes são semi-parasitas que vivem em forma saprófita (alimentam-se de matéria orgânica originária de processos de decomposição), multiplicam-se fácil e rapidamente e desenvolvem todo o seu ciclo de vida no solo. Condições de desenvolvimento da doença Os solos com má drenagem, baixo teor de matéria orgânica, pobres em nutrientes e com exposições sudoeste, oeste e sul, se os declives forem superiores a 10%, constituem algumas das condições favoráveis para o desenvolvimento do fungo. A disseminação desta doença faz-se, essencialmente, através da água de rega, chuva, do transporte de terra e de material vegetativo infetado ou da maquinaria utilizada nas operações culturais nos terrenos. Para além dos aspetos mencionados anteriormente, a infeção também pode ocorrer através das feridas resultantes do corte das raízes das plantas que, geralmente, ocorrem aquando da utilização da maquinaria para realizar as lavouras dos terrenos. Nas estações mais adversas ao fungo (verão e inverno), o patogénico sobrevive nas raízes infetadas e na matéria orgânica. A maioria das infeções ocorre na primavera, pois é a época onde se reúne as melhores condições de humidade e temperatura ao desenvolvimento do fundo. A intensidade de ataque desta doença varia de ano para ano, ou seja, os danos provocados são mais notórios nas plantas em anos húmidos. Geralmente, o início da infeção localiza-se nas raízes mais finas ainda não lenhificadas , propagando-se depois as raízes lenhificadas (mais grossas), colo e por fim a toda a árvore. Sintomas A doença da tinta pode afetar plantas de qual-

quer idade, estando os sintomas da parte aérea diretamente relacionados com a invasão das raízes ou da zona do colo pelo fungo do solo. Os sintomas manifestam-se inicialmente na parte superior da copa das árvores, a partir da extremidade dos ramos que apresentam um aspeto de murchidão e uma clorose acentuada das folhas, que posteriormente murcham e acabam por secar. As folhas caem ou, no caso, de dessecamento rápido (impedimento da circulação da seiva), ficam agarradas à árvore mesmo na altura de repouso vegetativo. Na primavera, as folhas podem apresentar-se pouco desenvolvidas, pequenas ou enroladas. Os ouriços (no caso dos castanheiros), quando se formam, permanecem agarrados à árvore, normalmente de tamanho pequeno. Ao nível do colo da planta, é possível observar-se uma mancha escura em forma de contornos irregulares. Ao efetuarmos a limpeza superficial da casca, com o auxílio de uma navalha, observam-se manchas negras de forma triangular que se alongam para cima em direção ao tronco, o que indica a fase terminal da doença e a morte da planta (ver imagem acima). Ao nível das raízes, quando infetadas, estas apresentam manchas de cor escura (aspeto de “podridão das raízes”). Prevenção e medidas culturais As técnicas culturais, no momento, são aquelas que se têm observado como aquelas que de alguma forma contribuem para a limitação da doença nas plantas. São elas: ● Não efetuar plantações em solos sujeitos a encharcamento (fazer uma boa drenagem dos solos antes da plantação) e expostos a sul; ● Efetuar análises de solo antes da plantação e corrigir a acidez para valores de pH de 5-5,5; ● Efetuar uma boa preparação do terreno (ripagem, lavoura) para que haja um bom desenvolvimento radicular; ● Aplicar matéria orgânica nos solos; ● Aplicar adubações à base de fósforo e potássio para fortificação e bom desenvolvimento das plantas); ● Diminuir o número de mobilizações do solo – a lavoura provoca corte nas raízes que ficam assim, mais susceptíveis às infeções da

doença; ● Aplicar um bom sistema de rega para que as plantas sejam regadas de forma eficiente e em quantidades necessárias ao seu bom desenvolvimento; ● Utilizar plantas resistentes à doença (porta-enxertos resistentes à tinta) com certificado fitossanitário; ● Aquando a utilização de maquinaria agrícola, proceder à desinfeção prévia dos equipamentos para evitar a propagação da doença;

Atualmente, em relação à luta química, são vários os ensaios e experiências realizadas por entidades especialistas para que, no futuro, se possa combater a doença da forma mais eficaz e eficiente para controlar a propagação desta. Uma dessas entidades é a Cooperativa Agrícola de Penela da Beira que está empenhada em ajudar nesses mesmos ensaios e a obter os melhores resultados possíveis para disponibilizar essa informação aos agricultores.


Grupos Operacionais apoiam a dinamização e a organização das fileiras! Rui Droga Ação: 1.0.1 - Grupos Operacionais Aviso nº: PDR2020-101-001 Código: PDR2020-101-030957 BioChestnut- IPM - Implementar estratégias de luta eficazes contra doenças do castanheiro e amendoeira PROMOTOR Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos OBJECTIVOS I – Caracterização da população virulenta de C.parasitica; II – Conhecer a presença da hipovirulencia natural na população de C.parasitica em Portugal; III – Monitorizar a eficácia dos tratamentos; IV – Desenvolver formulações do bioproduto DICTIS para utilização em situações diferenciadas da doença no castanheiro PARCEIROS Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária Instituto Politécnico de Bragança Refcast Filipe Rodrigues Pereira Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte Agro Rio Bom Associação Regional dos Agricultores das Terras de Montenegro Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana Cooperativa Agrícola de Produtores de Frutos de Casca Rija Soutos os Cavaleiros Associação Florestal Vale Douro Norte Cooperativa Agrícola de Penela da Beira Proruris Instituto Politécnico de Viana do Castelo Ação: 1.0.1 - Grupos Operacionais Aviso nº: PDR2020-101-001 Código: PDR2020-101-030977 BioPest - Estratégias integradas de luta contra pragas-chave em espécies de frutos secos PROMOTOR Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos OBJECTIVOS I – Implementar um sistema de prospeção da vespa-das-galhas-do-castanheiro, D. kuriphilus e uma correta avaliação do risco. O conhecimento detalhado da dispersão da praga permitirá a avaliação e o planeamento dos meios de luta a aplicar; II – Estudar a bioecologia das pragas-chave: a) estudar o ciclo biológico de D. kuriphilus, C. splendana, C. elephas, C. tenebrionis, A. lineatella e C. pomonella; b) conhecer a fauna auxiliar e sua importância na limitação natural das pragas-chave; c) implementar medidas de valorização da fauna auxiliar. III – Combater as pragas-chave com meios de luta biológica: a) Torymus sinensis Kamijo, contra vespa-das-galhas-do-castanheiro, D. kuriphilus, em soutos em grande escala; b) Beauveria bassiana (Bals.) Vuill contra o bichado-da-castanha, C. splendana e o gorgulho, C. elephas, à escala laboratorial e posteriormente testar a sua eficácia no campo; c) nematodes entomopatogénicos dos géneros Steinernema e Heterorhabditis contra o cabeça de prego, C. tenebrionis, à escala laboratorial e posteriormente, testar a sua eficácia no campo. IV – combater as pragas-chave com meios de luta biotécnica: a) confusão sexual contra o bichado-da-castanha, C. splendana; b) confusão sexual contra o bichado, C. pomonella. V – Produzir o parasitoide T. sinensis: a) criar condições que permitam otimizar o processo de recolha e obtenção e de T. sinensis, em Portugal; b) otimização do processo de colheita de T. sinensis, preparação das largadas (separação, alimentação e acasalamento) e distribuição, de forma a disponibilizar parasitóides adaptados às condições climáticas

regionais; VI – Transferir conhecimento e tecnologia entre o público-alvo (agricultores, associações, cooperativas, etc.). PARCEIROS • Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária • Instituto Politécnico de Bragança • Refcast • Filipe Rodrigues Pereira • Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte • Agro Rio Bom • Associação Regional dos Agricultores das Terras de Montenegro • Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé • Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro • Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana • Cooperativa Agrícola de Produtores de Frutos de Casca Rija • Soutos os Cavaleiros • Associação Florestal Vale Douro Norte • Cooperativa Agrícola de Penela da Beira • Proruris • Instituto Politécnico de Castelo Branco • Instituto Politécnico de Viana do Castelo • Associação Florestal do Lima Ação: 1.0.1 - Grupos Operacionais Aviso nº: PDR2020-101-001 Código: PDR2020-101-032058 ClimCast – Adaptação do Castanheiro as condições climaticas PROMOTOR RefCast OBJECTIVOS No final dos 3 anos de funcionamento do GO, esperamos ter informação mais sustentada sobre a capacidade de adaptação desta cultura no contexto das alterações climáticas, perspetivando-se aquilo que poderá ser o futuro dos soutos nas situações mais limitantes da baixa altitude. Os estudos deste GO permitirão ainda alertar os produtores para a especificidade adaptativa das variedades, oferecendo indicações sobre as variedades mais adequadas para as diferentes situações climáticas. Inclusivamente este estudo poderá sugerir a introdução de variedades de umas regiões noutras. Serão assim propostos os modelos culturais melhor adequados às situações edafoclimáticas contrastantes. Será igualmente disponibilizada informação comparativa de todas as variedades estudadas em relação à calendarização dos seus estados fenológicos e respetivas necessidades de graus dia de crescimento (°D). Este parâmetro ajudará na previsão temporal dos diferentes estados fenológicos e será um instrumento da maior importância para ajudar a ajustar a escolha da variedade/local. A monitorização da evolução do solo, permitirá avaliar o impacto das alterações climáticas no solo e proceder aos ajustamentos necessários nos planos de fertilização. Será desenvolvido um modelo climático de produtividade e carta de produção potencial da castanha em Portugal. Este modelo permitirá sistematizar melhor o conhecimento sobre as condicionantes climáticas da produção e com alguma antecedência ajudar a prever a produção anual de castanha, aspeto da maior importância para a indústria. Por fim, mas não menos importante, é a rede de soutos complementada com estações meteorológicas que fica montada permitindo dar corpo a uma rede de avisos que funcionará a partir da RefCast. PARCEIROS REFCAST - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DA CASTANHA SERVIRURI PRESTAÇAO DE SERVIÇOS TECNICO AGRICOLAS LDA. ASSOCIAÇÃO FLORESTAL VALE DOURO NORTE AGUIAR FLORESTA -ASSOCIAÇÃO FLORESTAL E AMBIENTAL DE VILA POUCA D AGUIAR MUNICÍPIO DE MARVÃO INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU

ASSOCIAÇÃO FLORESTAL DO LIMA ARBOREA-ASSOCIAÇÃO AGRO-FLORESTAL E AMBIENTAL DA TERRA FRIA TRANSMONTANA COOPERATIVA AGRÍCOLA DE PENELA DA BEIRA CRL UNIVERSIDADE DE TRÁS OS MONTES E ALTO DOURO INSTITUTO POLITECNICO DE BRAGANÇA INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO SORTEGEL-PRODUTOS CONGELADOS S.A Ação: 1.0.1 - Grupos Operacionais Aviso nº: PDR2020-101-001 Código: PDR2020-101-031001 Egis - Estratégias para uma gestão integrada do solo e da água em espécies produtoras de frutos secos PROMOTOR Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos OBJECTIVOS I – Avaliar o efeito de diferentes cobertos vegetais naturais e semeados nas culturas do castanheiro com vista a selecionar o tipo de coberto melhor adaptado a cada cultura. II – Avaliar diferentes estratégias de fertilização ao solo, por via foliar e/ou fertirrega nas quatro espécies em estudo nesta iniciativa (castanheiro, amendoeira, aveleira e nogueira), com vista a conhecer a resposta destas espécies aos principais nutrientes e, no caso particular do castanheiro, à correção do pH do solo. III – Avaliar estratégias de rega deficitária com vista a esclarecer a que nível as dotações podem ser reduzidas sem efeito negativo na produtividade. PARCEIROS • Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária • Instituto Politécnico de Bragança • Refcast • Instituto Politécnico de Coimbra • Filipe Rodrigues Pereira • Cooperativa dos Lavradores do Centro e Norte • Agro Rio Bom • Instituto Politécnico de Viseu • Associação Regional dos Agricultores das Terras de Montenegro • Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé • Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro • Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana • Cooperativa Agrícola de Produtores de Frutos de Casca Rija • Soutos os Cavaleiros • Associação Florestal Vale Douro Norte • Cooperativa Agrícola de Penela da Beira Ação: 1.0.1 - Grupos Operacionais Aviso nº: PDR2020-101-001 Código: PDR2020-101-030758 ValNuts- Valorização dos frutos secos de casca rija PROMOTOR Amendouro OBJECTIVOS I – Avaliar as variedades de FSCR plantadas pelos produtores nacionais em termos físico-químicos, biológicos e sensoriais, de forma a identificar o seu uso final, nomeadamente, se são mais adequadas para a culinária, cosmética e indústria farmacêutica; II – Realizar ações de sensibilização aos produtores de modo a informá-los sobre as características das diferentes variedades de FSCR e da importância de realizar um tratamento pós colheita (ex. secagem) adequado e correto; III – Conhecer os principais agentes físicos, químicos e/ou biológicos responsáveis pelas perdas de qualidade do produto exportado; IV – Conhecer em pormenor as condições de transporte marítimo a que o miolo e laminados de amêndoa são sujeitos quando exportados para países tropicais (ex. Brasil) e determinar os principais agentes responsáveis pela perda da qualidade (deve ser referido que ao nível da exportação para

países tropicais, tais como o Brasil, a amêndoa é o único FSCR exportado pelas empresas da actual parceria); V – Demonstrar o comportamento e a adaptabilidade às condições ambientais encontradas no transporte e armazenamento de diferentes variedades de amêndoa (miolo e laminados) quando exportadas para regiões tropicais (ex. Brasil); VI – Estabelecer novas tecnologias de pós-colheita a aplicar a frutos com casca (noz), miolo (avelã e amêndoa) e laminados (amêndoa) adequadas para minimizar as perdas e que possam garantir a qualidade e segurança alimentar do produto, em relação à composição nutricional, às características físicas e sensoriais, bem como à carga microbiana, com particular atenção à presença de fungos produtores de micotoxinas, cuja presença se pretende reduzir; VII – Transferir conhecimentos e divulgar tecnologias de pós-colheita a aplicar a frutos com casca (noz), miolo (avelã e amêndoa) e laminados (amêndoa) a produtores e transformadores de FSCR para rentabilizar a sua produção e manter a qualidade do produto por um período de tempo mais longo, com ênfase especial à exportação, de modo a aumentar a competitividade deste setor; VIII – Criar novos produtos para introduzir no mercado nacional e internacional que tragam mais-valias aos produtores e transformadores destes FSCR. PARCEIROS Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos Instituto Politécnico de Bragança Cooperativa Agrícola de Penela da Beira Instituto Politécnico de Viseu Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro Pabi Ação: 1.0.1 - Grupos Operacionais Aviso nº: PDR2020-101-001 Código: PDR2020-101-032032 ValorCast – Valorização da Castanha PROMOTOR Refcast OBJECTIVOS Com as ações previstas no ValorCast pretende-se alcançar três grandes objetivos: 1- Melhorar o processo de colheita mecânica da castanha; 2- Melhorar a preservação da qualidade da castanha entre a colheita e o consumidor, nomeadamente: (a) desenvolver um método novo de desinfestação em alternativa ao atual (choque térmico) que é inadequado às exigências comerciais atuais e avaliar o seu efeito na qualidade da castanha; (b) desenvolver protocolo que permita um controlo fúngico eficiente durante a fase de armazenamento na receção de frutos e sua conservação e na câmara frigorífica, que permitam prolongar o seu prazo de comercialização e consumo; (c) encontrar forma de minimizar as perdas de água da castanha. 3- Promover outras formas de apresentação da castanha para o consumo em espécie, nomeadamente na forma de farinha, permitindo o aparecimento em maior escala no mercado de outros produtos transformados derivados destes, como é o caso do pão, das bolachas, da cerveja, etc., e também a criação de novos produtos inovadores, como a castanha liofilizada e/ou a castanha macia com e sem Salicórnia (sal verde). PARCEIROS REFCAST - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DA CASTANHA AGUIAR FLORESTA -ASSOCIAÇÃO FLORESTAL E AMBIENTAL DE VILA POUCA D AGUIAR COOPERATIVA AGRÍCOLA DE PENELA DA BEIRA CRL GEOSIL-EMPREENDIMENTOS AGROSILVICOLAS S.A. INSTITUTO POLITECNICO DE BRAGANÇA INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU UNIVERSIDADE DE TRÁS OS MONTES E ALTO DOURO ARATM - ASSOCIAÇÃO REGIONAL DOS AGRICULTORES DAS TERRAS DE MONTENEGRO ESPAÇO VISUAL - CONSULTORES DE ENGENHARIA AGRONÓMICA LDA AGROMONTENEGRO, LDA SORTEGEL-PRODUTOS CONGELADOS S.A UNIVERSIDADE DO PORTO


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Lamego

Ensino obrigatório das Escolas do Turismo de Portugal isento de propinas Os alunos do ensino obrigatório que frequentam as Escolas do Turismo de Portugal ficam isentos de propinas já a partir do próximo ano letivo, informou aquele organismo. O custo das inscrições e matrículas também vai ser reduzido em 50%, tanto para os alunos que frequentem cursos de nível IV, que corresponde aos que estão a cumprir a escolaridade obrigatória, como para os do nível V, que conferem Diploma de Técnico Superior Profissional com qualificação grau 5 do Quadro Nacional de Qualificações, segundo o comunicado enviado pelo Turismo de Portugal. Adicionalmente, os alunos dos cursos de nível V que se matriculem nas escolas situadas em Lamego, Portalegre e Vila Real de Santo António têm um financiamento de 50%, no âmbito da aposta da organização na “diferenciação positiva das escolas situadas nos territórios de baixa densidade”. A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, sublinha, no mesmo comunicado, que “a formação de Recursos Humanos no Turismo é fundamental e é uma prioridade do Governo” e por essa razão foram reforçadas as vagas nas Escolas do Turismo de Portugal e criados novos cursos para responder à procura. “O número de turmas e vagas para alunos dos cursos profissionais vai crescer cerca de 15%, procurando responder à necessidade de ter mais jovens a estudar nas áreas de Cozinha/ Pastelaria, Restaurante/Bar e Alojamento Hoteleiro”, acrescenta o Turismo de Portugal. Para Paulo Vaz, diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro-Lamego, a única no território CIM Douro, esta medida terá um impacto muito positivo em especial para as

famílias dos estudantes desta unidade. “Esta medida, que elimina o pagamento de quaisquer propinas nos cursos de Nível 4 ministrados nas Escolas de Turismo do Turismo de Portugal, constitui-se como um reforço no apoio às famílias que nos confiam os seus filhos para receberem uma formação de alta qualidade e elevado reconhecimento quer junto do público em geral quer junto dos empresários do setor. No caso da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro-Lamego, a medida vai certamente ter uma influência e impacto positivo na procura dos cursos em causa – Técnicas de Cozinha Pastelaria e Técnicas de Restaurante Bar – permitindo assim aumentar o universo de candidatos e por tal qualificar a seleção de alunos para estes cursos. Naturalmente que, para as famílias, haverá um aliviar dos encargos com algum significado. Importa referir que apesar da eliminação das propinas, não haverá qualquer degradação na qualidade da formação ministrada, ou diminuição do nosso grau de exigência, rigor e profissionalismo; continuamos por isso muito motivados com esta nova

fase da vida dos Cursos de Nível 4. Vamos continuar a contribuir para termos um país mais bem formado e treinado e disponibilizando profissionais ao sector para que este fique cada vez mais preformante e capaz de se evidenciar no que de bom possui e de bem faz. Para além das alterações referidas e que afetarão os cursos de Nível 4, também os Cursos de Especialização Tecnológica (Nível 5) verão reduzidos em 50% o custo das inscrições e matrículas, além de que no caso da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro-Lamego, o Turismo de Portugal financiará em 50% as propinas dos alunos dos cursos deste nível de formação, reforçando assim a atratividade dos cursos e consequentemente o reforço da captação de talento para o setor. Recordamos que a EHTDouro-Lamego terá em funcionamento no Ano letivo 2019/2020 os Cursos de Especialização Tecnológica (Nível 5) de Gestão Hoteleira Alojamento, Gestão de Restauração e Bebidas, Gestão e Produção de Pastelaria e Gestão e Produção de Cozinha”. Outra das novidades para o ano letivo

2019/2020 é a criação de um novo Curso de Especialização Tecnológica (CET) em Turismo da Natureza e Aventura, que substitui o CET em Turismo de Ar Livre. “O objetivo é inverter a atual pirâmide de formação: queremos que 60% dos recursos humanos do setor seja qualificado com ensino secundário ou técnico profissional”, referiu o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, em comunicado. Segundo o Estudo de Inserção Profissional, relativo a 2018, “os alunos formados nas Escolas do Turismo de Portugal têm uma taxa de empregabilidade de 94%”, sendo que a maioria (87%) trabalham nas áreas da Hotelaria e Restauração. Os resultados deste estudo também demonstram que “em 2018, 33,8% dos empregados auferiam rendimentos no escalão entre 751 euros a 1.000 euros, o que significa um aumento de 26% face a 2017”. A rede escolar do Turismo de Portugal é constituída por 12 escolas espalhadas pelo país: Porto, Douro/Lamego, Viana do Castelo, Coimbra, Oeste, Estoril, Lisboa, Portalegre, Setúbal, Vila Real de Santo António, Portimão e Faro. ■

São João da Pesqueira

“Novo Projeto Educativo ESPRODOURO: Atitude com Felicidade” A ESPRODOURO no âmbito da sua remodelação pedagógica está a ultimar os últimos passos na criação de um novo projeto pedagógico baseado na Felicidade de todos os seus stakeholders. Assim, nas palavras do seu Diretor Geral e Pedagógico, Fernando Rodrigues, “neste

projeto que denominamos “Atitude com Felicidade” pretendemos desenvolver no primeiro ano o Ecossistema de Felicidade, trabalhar no segundo ano sobre a Visão da Felicidade e no terceiro ano incentivar os alunos sob o mote “Atreve-te...”. Neste processo estão a ser envolvidos professores,

alunos, comunidade educativa e regional, empresas e demais parceiros sociais. Mais do que conteúdos, hoje temos que trabalhar relações e afetos e por isso queremos trabalhar sobre o que devemos fazer sobre a Felicidade!” A escola terá várias atividades e encontros

subordinados ao tema, que promete trazer Felicidade a São João da Pesqueira e a todos os intervenientes com a escola! Ainda restam algumas vagas para matrículas, por isso, como refere o Diretor Geral e Pedagógico “esta é uma oportunidade para ser feliz e fazer os outros felizes!” ■


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Sabrosa

Assinado acordo de colaboração da Via Panorâmica de Acesso ao Alto Douro Vinhateiro O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, estiveram em Sabrosa, no passado dia 28 de junho, para a cerimónia de assinatura do acordo de colaboração com o Turismo de Portugal, referente ao projeto “Via Panorâmica de Acesso ao Alto Douro Vinhateiro”, entre Sabrosa e Pinhão, e que contempla um apoio financeiro do Turismo de Portugal de trezentos mil euros. Na cerimónia, que decorreu na Biblioteca do CEISDTAD, em que estiveram ainda presentes o Secretário de Estado da

Economia, João Neves, e o Secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, foi referida a importância da requalificação desta via, “procurando dar-lhe, sobretudo, condições de segurança, até agora escassas, para que todos possam usufruir da imensa beleza da paisagem que a rodeia, sendo esta uma via estruturante de acesso ao coração do Douro Vinhateiro, e crucial para o desenvolvimento turístico do concelho de Sabrosa, e de toda uma Região”, referiu o Presidente do município de Sabrosa, Domingos Carvas. Também o Ministro Pedro Siza Vieira destacou “a importância que esta obra tem para a Região, e sobretudo para Portugal, enquanto parte de uma estratégia nacional que visa apoiar e dotar o nosso país de condições para melhor recebermos quem nos visita, procurando valorizar e incrementar a economia nacional através do turismo”. No final da cerimónia, a comitiva deslocou-se ao local onde a primeira fase da

obra já decorre, aproveitando o momento para verificar o decorrer dos trabalhos, contemplando também a paisagem. O acordo hoje assinado entre a Câmara Municipal de Sabrosa, representada pelo Presidente Domingos Carvas, e o

Turismo de Portugal, representado pelo Vogal do Conselho Diretivo, Carlos Abade, refere-se à candidatura da Linha de Apoio à Valorização do Interior, do projeto “Via Panorâmica de Acesso ao Alto Douro Vinhateiro”.■

VOLT'A PORTUGAL EM REVISTA levou a Sabrosa António Calvário e Natalina José O festival Rir Sem Bilhete recebeu a revista à portuguesa VOLT'A PORTUGAL EM REVISTA com António Calvário e Natalina José. O espetáculo aconteceu no Auditório Municipal de Sabrosa no dia 6 de julho e trouxe um elenco de referência que proporcionou mais de duas horas de entretenimento e boa dispo-

sição ao público sabrosense. António Calvário cantou ainda alguns dos temas mais emblemáticos da sua carreira, num momento para mais tarde recordar por todos os presentes. O Rir Sem Bilhete é o festival de humor e comédia, com entrada livre, do Município de Sabrosa. ■

Município recebe placa de homenagem a Fernão de Magalhães por parte de “La Ruta de los 18 Héroes” Uma comitiva de dois espanhóis, vindos de Madrid, pertencentes ao grupo La Ruta de Los 18 Héroes visitou Sabrosa no dia 12 de julho para homenagear Fernão de Magalhães através da entrega de uma placa de homenagem a Fernão de Magalhães ao executivo camarário sabrosense. Durante a visita, o grupo teve oportunidade de enaltecer o feito conseguido à época pelo navegador ao executivo que os recebeu, e de visitar alguns dos pontos mais emblemáticos relacionados com Fernão de Magalhães na vila de Sabrosa. Esta visita foi também acompanhada por Jim Foster, cientista norte-america-

no residente no Alaska, e manager do projeto The Magellan Project – Retracing the route 500 years later. O grupo La Ruta de Los 18 Héroes está a percorrer a pé todas as localidades dos 18 tripulantes da nau Vitória que completaram a viagem de circum-navegação que, por ter sido programada e capitaneada pelo navegador sabrosense, também incluíram Sabrosa no seu roteiro de homenagens. Na sua totalidade, os caminhantes percorrerão dez localidades, numa viagem que se iniciou no passado dia 1 de junho em Getária e que terminará a 10 de agosto na cidade de Sevilha. ■


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Domingos Nascimento Presidente da Agência Social do Douro

Um Douro Sul estruturado deve exigir projetos políticos claros! No contexto do Distrito de Viseu há um território muito particular. São dez concelhos, qual deles o mais rico e diferenciador. Estes dez concelhos atingem um número interessante de habitantes, 100.000. Só dois destes não estão na CIM Douro. Há uma ligação entre eles no âmbito da Associação de Municípios do Vale do Douro Sul. Entretanto, alguns, estão a juntar-se para as questões da distribuição de água. Viseu tem igualmente o mesmo número de habitantes. É uma escala com relevância económica e social. Reforço hoje a necessidade de se intensificar esta relação. Reitero a ideia da Cidade Douro Sul. Uma cidade conceptual. Uma cidade de Aldeias, Vilas e Cidades. A primeira cidade territorial em Portugal. A cidade que dá força, alento e importância Juntos teremos mais força. A cidade que abre oportunidades de investimento e de criação de emprego. A cidade que fará dos produtos agrícolas uma referência e lhes dará identidade e origem geográfica. A cidade que pode dinamizar o ensino superior. Que pode melhorar e aumentar os cuidados de saúde. Que fará certamente as delícias dos turistas. É, não tenho dúvidas, um bom caminho para o combate à desertificação humana e ao desamparo de muitas pessoas. Mas, precisamos estruturar o Douro Sul. Dar-lhe mais força política. O peso político faz-se com representação nos órgãos nacionais, mas obrigatoriamente com um projeto político claro. Os candidatos dos diferentes partidos ficam obrigados a clarificarem o que ambicionam para este território. Alguns poderão voltar a pedir-nos o voto e, como nunca disseram ao que foram, e nunca nos disseram o que fizeram, não lhe poderemos voltar a passar um cheque em branco. Aos novos fica o aviso: digam ao que vão! Douro Sul é a Cidade que se impõe, com um projeto político claro!

Lamego

7ª edição do Ciclo de Cinema do Museu de Lamego marca regresso de João Botelho Este ano, pela primeira vez, integrada num plano de descentralização das atividades do Museu de Lamego, a sua extensão aos monumentos do Vale do Varosa, com sessões programadas para os mosteiros de São João de Tarouca e de Santa Maria de Salzedas. Tema comum aos filmes escolhidos: a Viagem, numa pluralidade de sentidos do termo, e tal como só o cinema, com os seus recursos audiovisuais, no-la permite experienciar. Outra novidade do ciclo em 2019: a exibição de um filme de João Botelho, grande cineasta natural de Lamego, apresentado pelo próprio. Cumpre-se assim o desejo formulado há um ano pelos ZigurFest na peça que apresentaram, no Museu de Lamego, de João Pedro Fonseca:

#VOLTAJOÃOBOTELHO. Com programação e apresentação a cargo de Sousa Dias, a partir de 19 de julho e até 10 de agosto, o ciclo de cinema arranca no Mosteiro de São João de Tarouca, com Meia-noite em Paris de Woody Allen, seguindo depois para o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, onde será exibido, no dia 26, o já clássico Cinema Paraíso, de Giuseppe Tornatore. Em sessão especial, Peregrinação, de João Botelho será apresentado pelo realizador, no Museu de Lamego, a 4 de agosto, numa exibição que conta também com a presença do artista plástico, João Pedro Fonseca, afinal, o responsável pelo pedido de regresso de João Botelho a Lamego. O ciclo termina no fim-de-semana seguinte, com filme de Yasujiro Ozu, Viagem a Tóquio. O Ciclo de Cinema´19 é organizado pelo Museu de Lamego, Município de Lamego e Município de Tarouca, em parceria com o ZigurFest e o apoio das Caves da Raposeira, Casa de Santo António de Britiande e InovTerra. De acesso gratuito, todas as sessões têm início às 21.00 horas, podendo consultar toda a programação no site do Museu de Lamego. ■


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26 VIVADOURO JULHO 2019

Penedono

Penedono evoca a “Memória dos Durante três dias, Penedono reviveu os tempos medievais num ambiente de grande animação e momentos de recriação histórica Sílvia Pereira - comerciante

Texto e fotos: Carlos Almeida

No primeiro fim-de-semana de julho, milhares de visitantes encheram o centro histórico da vila de Penedono que se vestiu a rigor para mais uma edição da Feira Medieval, um evento que, uma vez mais, a autarquia promoveu. Durante três dias, Penedono relembrou a “Memória dos Tempos Medievais”, num ambiente repleto de animação onde não faltaram treinos de armas, espetáculos de acrobacias e malabarismos, encantadores de serpentes, cuspidores de fogo, músicos, trovadores e danças. Com a recriação de um mercado histórico, produtos típicos, tabernas, mercadores e gastronomia da época, o encantador cenário histórico apelou à participação das gentes locais evidenciando a valorização de tudo o que é endógeno. Associações, entidades culturais, artesãos, artífices, mercadores alimentares, comerciantes de doces e bebidas, entre outros, fizeram as delícias dos milhares de pessoas que assistiram ao certame deste ano. “É um

evento que está absolutamente consolidado, não apenas no concelho, direi mesmo em toda a região e até cada vez mais com expressão nacional”, afirma Carlos Esteves de Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Penedono. O núcleo histórico foi, à semelhança dos anos anteriores, o epicentro de uma festa que entre vários momentos de recriações vividas da época, teve como destaque a encenação histórica do assalto ao Castelo, precedida este ano, por uma projeção videomaping no castelo, subordinada ao tema “ O Despertar da História”. Uma multidão de gente “invadiu” aquele espaço e avenida principal da vila deslumbrados com o cenário que lhe era oferecido. “A avaliação de mais esta edição da nossa

Feira Medieval deixa-nos muito satisfeitos, tendo ultrapassado em absoluto todas as nossas expetativas. Com um aumento muito significante do número de visitantes que vieram de todo o país, este ano com relevância da zona centro de Portugal, da zona da capital e península de Setúbal, o turista estrangeiro também continua a ser uma realidade na nossa Feira Medieval, evidenciando a todos um interesse crescente neste que é um dos maiores eventos do município», afirma o Presidente da Autarquia, perspetivando já a edição do próximo ano, «temos de continuar a inovar e criar coisas novas, apresentado sempre algo diferenciador, na procura em manter sempre o rigor histórico. É assim que deve ser e é também por isso que tem obtido o sucesso que tem”.

Este evento tem uma importância muito grande porque Penedono é uma vila pequena, com poucos habitantes e isto vem trazer muito movimento, muita gente, gente de vários sítios do país e é sempre bom para nós,para os que cá estão. Este ano apostamos mais numa coisa virada ao turismo porque sei que vêm muitos turistas. Por exemplo, na última feira Medieval que eu participei, uma das coisas que mais vendi foram ímanes, que é uma coisa pequena, barata e as pessoas levam para a família inteira. Este ano tenho pouco mais do que isso. É bom também ter um bocadinho de variedade e as pessoas verem o que é que a gente faz e o que é que a gente tem.

Antónia Santos - comerciante Este evento é muito importante para Penedono porque aqui há pouca população e acho que é bom para movimentar aqui um bocadinho a vila. É também uma oportunidade para nós divulgarmos os nossos produtos e as nossas tradições aos muitos turistas que aqui vêm. Aqui nós temos pão caseiro, temos os biscoitos, as filhoses, são vários produtos. Tudo feito à mão, tudo amassado à mão como antigamente e em forno de lenha.


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Penedono

Tempos Medievais” se a sua honra, mas lá chegou o magriço, Álvaro Gonçalves Coutinho, com a sua determinação e conseguiu, realmente, defender a honra da dama que lhe pertencia. Claro que isto é relatado por Luís Vaz de Camões, num episódio dos Lusíadas. Realidade, ficção, exagero? Não sei. Mas que de facto alguma coisa poderá ter havido, houve, de certeza.

No final da cerimónia inaugural da Feira Medieval deste ano, o VivaDouro esteve à conversa com o presidente da Câmara Municipal de Penedono, Carlos Esteves de Carvalho que nos falou um pouco mais do certame e da importância que este tem na afirmação do seu concelho. Mais uma edição da Feira Medieval de Penedono e as ruas estão cheias de gente. Como autarca, qual é o sentimento que lhe vai na alma? É gratificante. Nós acabamos de iniciar a nossa Feira Medieval deste ano e é gratificante ser uma sexta-feira, final do dia, dia de trabalho, e como disse, com as ruas com gente, um número considerável de pessoas, de facto. É a confirmação da aposta ganha da sexta-feira da nossa Feira e efetivamente que nos dá força e ânimo, para que continuamos a apostar neste primeiro dia, em que de um modo simples, pouco formal, nós damos início a esta nossa iniciativa e de facto, neste momento, vai-se viver a situação de oferecer ao povo que está connosco um porco, que os donos da terra oferecem à população, dando assim intro-

dução a uma série de iniciativas que vamos viver ao longo dos próximos três dias. Pelas ruas de Penedono são vários os idiomas que se ouvem dando corpo ao seu objetivo de que este evento seja um fator de atração turística ao seu concelho. Considera que este objetivo está atingido? Está atingido, sem dúvida nenhuma. Estamos no início, as nossas ruas têm gente, mas vamos ter muito mais amanhã e no domingo então, vamos ter ainda mais. O público estrangeiro aqui presente dá-nos uma satisfação brutal porque tem sido essa a aposta. Nós começamos de uma forma muito calculista, muito planeada, com muitos cuidados, porque eu entendo que o caminho se faz caminhando, porque efetivamente, dar às vezes passos maiores do que as pernas, resulta num trambolhão de todo o tamanho. Nós temos conseguido, ultrapassar as expetativas de ano para ano e este ano também vamos conseguir. Graças a muitas parcerias que temos, a intervenção do público espanhol é uma evidência aqui já de alguns anos a esta parte. Esta questão da raia espanhola

é fundamental para nós e é uma presença que se sente, da Galiza hoje veio muita gente até pela proximidade geográfica. Depois há todo aquele leque de gente que utiliza a língua inglesa, francesa, italiana e brasileira, essencialmente. Conforme vos disse na última vez que tive convosco, o brasileiro está muito aqui presente connosco. Este ano o tema é “O Magriço Guerreiro”. Vimos agora que se iniciaram as festas para a sua partida. Conte-nos um bocadinho dessa história para quem não conhece tão bem. Aquilo que aqui presenciamos, no início desta celebração, foram os cumprimentos e a bênção aos doze de Inglaterra que se vão deslocar àquele país para, efetivamente, defenderem a honra das damas que tinham sido ofendidas por nobres ingleses, cavaleiros ingleses. Entretanto, para defender a honra das damas, não havia cavaleiros de lado nenhum que as defendessem, os portugueses, sempre com aquele espírito voluntarioso, ofereceram-se doze cavaleiros daqui, para de facto, defender a honra das damas e, dos doze, um deles era o nosso magriço, Álvaro Gonçalves Coutinho. Todos eles saíram de Portugal, do reino, de barco e ele foi o único que, face ao seu espírito aventureiro, se dispôs a ir a cavalo, daqui para Inglaterra. Esta lenda dos doze de Inglaterra, esta fantasia, há muita gente que diz que de facto era uma real fantasia. Mas, no caso do Magriço e da sua viagem a cavalo, há documentos escritos na Flandres, que relatam façanhas dele. Reconhecimentos de lá, de quem mandava na altura, a reconhecer façanhas que ele levou a cabo neste percurso para Inglaterra. E, portanto, as coisas aconteceram assim. Lá se encontraram todos, ele foi o último a chegar, já ninguém esperava por ele. Havia uma dama que não tinha quem defendes-

Havendo exatamente essas evidências, um evento destes, numa vila como Penedono é importante também para preservar essa memória, que se pode perder no tempo? Sim, é muito importante para nós, por dois fatores. Desde logo o preservar a memória, afirmar a história de Portugal e a beleza que ela nos transmite. Depois também evocar este património grandioso que temos aqui, que é o castelo, que é testemunha disto tudo. Nós andamos por aqui, recriamos, fazemos festas... Mas ele assistiu em direto. Ele está em silêncio. Aliás no dia de amanhã, sábado, vamos ter aqui um momento de vídeo maping, em que o castelo vai acordar. Vai acordar e vai questionar as pessoas: “Mas o que é que estais aqui a fazer?”. Acorda do sono e começa a falar um pouco da história da vila e do próprio castelo. Vai ser um momento muito interessante, fizemos isso há coisa de cinco, seis anos e este ano vamos repetir. Após isso é que o assalto ao castelo se vai realizar. Mas isto para lhe dizer que, este “monstro patrimonial” permita-me que lhe chame assim, que aqui temos, é de facto um dos grandes motivos desta realização. Para além disso, evidentemente, há a questão económica associada áquilo que para nós, é um grande objetivo, a dinamização turística do território, do nosso concelho e consequentemente de todos os territórios, de toda a região. É uma grande mais-valia para os nossos agentes económicos e, portanto, é uma aposta que a Câmara faz, não regateia, tudo aquilo que possa utilizar da concretização desta feira, para nós serão sempre investimentos. E quando a gente está a investir, está a investir em alguma coisa, neste caso, estamos verdadeiramente a investir nas pessoas, na economia real e estamos a investir em Penedono. Podemos afirmar que, por estes dias, camas e mesas de restaurante é coisa difícil de encontrar em Penedono? Sim, não há hipótese. Aliás, nós não conseguimos responder, mas a visão hoje é global e os concelhos em volta também têm preenchidas muitas das suas unidades. ■


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Unidade de Saúde Pública do ACES Douro I Ana Luísa Santos Emília Sarmento Helena Pereira

Enfermeiras Especialistas em Enfermagem Comunitária

Festivais de verão: divirta-se com segurança Com a época de calor chegam os festivais, estes eventos juntam milhares de pessoas no mesmo espaço, pelo que é importante estar atento a pequenos detalhes que podem fazer a diferença. Por norma, lembramo-nos do lado positivo dos festivais de verão: da música, dos amigos e das noites quentes. Mas por vezes o calor pode tornar-se impiedoso, a bebida na mão pode acentuar os sintomas de desidratação e, com tudo isso, pode nem se desfrutar da música. Assim, é importante que se tome as devidas precauções para que não aconteça um desfecho que não se programou e que não se deseja. Nesse sentido apontam-se alguns eventos para os quais se deve estar atento: • Alergias- Quando sofre de alergias e toma regularmente medicação, deve estar particularmente atento e não se esquecer de a tomar, porque há sol, há calor e, portanto, esse ambiente é mais propício à ocorrência de alergias. • Entorses e algumas fraturas - sobretudo nos casos em que o terreno é muito acidentado, são frequentes, já que as pessoas se deslocam-se bastante dentro do recinto. • Desidratação/insolação - é outro evento frequente que merece particular atenção. A prevenção passa por proteger-se do sol e escolher as sombras, beber água e colocar protetor solar. A hidratação deve ser apenas com água. As cervejas e as bebidas açucaradas não são bons aliados se quer combater o calor e estar hidratado. No caso do álcool, trata-se até de um falso amigo porque, na realidade, este acelera a desidratação. Deve estar-se particularmente atento aos sinais de desidratação, sendo os mais evidentes a sensação de sede e dores de cabeça. Os sinais mais frequentes de insolação passam por dores de cabeça, pele vermelha e quente com eventual queimadura solar. • Intoxicação alcoólica - neste tipo de eventos é relevante que as pessoas tenham presente qual é o seu limite em termos de ingestão, até porque dada a temperatura ambiente no evento, o risco da pessoa não se hidratar devidamente leva a que o risco de intoxicação seja muito maior. • Distúrbios gastrointestinais/Intoxicação alimentar – É possível fazermos escolhas mais saudáveis nestes espaços, nomeadamente prevenindo problemas do foro gástrico. Prefira os cozinhados (e bem cozinhados) aos produtos frescos. Aqui, a segurança dos alimentos é preferível aos cuidados com uma boa nutrição. Procure opções mais simples, evitando a adição de molhos ricos em gordura. Evite saladas, em particular se não estiverem embaladas nem conservadas no frio. Se quiser consumir hortícolas, escolha a sopa (mesmo com calor). Pode sempre optar por levar comida de casa. Opções como: frutos oleaginosos (nozes, amêndoas, amendoins, avelãs), fruta fresca lavada, sandes de pão de mistura enriquecido com hortícolas, são alternativas saudáveis e práticas. Devem ser conservados a temperaturas o mais baixo possível. Em caso de dúvida dirija-se a um profissional de saúde de serviço no recinto ou ligue para a saúde 24: 808 24 24 24. Divirta-te em segurança!

Régua

Escola Profissional da Régua promove Eficiência Energética Nos passados dias 2 e 3 de julho, no âmbito do seu projeto de articulação disciplinar, os alunos do 2º ano do Curso Técnico de Instalações Elétricas, procederam à substituição da iluminação existente no pavilhão gimnodesportivo da Escola Profissional da Régua. Esta atividade vem no seguimento do investimento que a escola tem vindo a fazer com o objeti-

vo de reduzir os consumos energéticos, podendo dizer-se que, neste momento, 92% da iluminação da escola está já equipada com recurso a lâmpadas LED. Com a substituição das luminárias do pavilhão, o consumo foi reduzido de 11,97 kW/h para 3,6 kW/h, o que, em termos económicos, permitirá uma poupança na ordem dos 72%, passando de um gasto de 1,92€/hora para 0,58€/hora. Aliado à redução dos consumos existiu a vertente pedagógica que permitiu que os alunos colocassem em exercício as competências adquiridas, reconhecendo a utilidade e aplicabilidade práticas dos conceitos transmitidos nas aulas das diferentes disciplinas, tendo os alunos comprovado as vantagens do trabalho colaborativo e em rede. ■

Escola Profissional realiza intercâmbio com escola de Tomar No âmbito do Projeto de Flexibilidade Curricular, as turmas de 1º ano dos Cursos Técnico de Instalações Elétricas e Técnico de Apoio Psicossocial da Escola Profissional da Régua participaram, nos dias 13, 14 e 15 de junho, no projeto “EDP Partilha Com Energia”, do qual fez parte um intercâmbio com o Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria da cidade de Tomar. O programa “EDP Partilha com Energia” é dedicado a professores e alunos do ensino secundário (entre os 15 e os 19 anos) de escolas em regiões do país onde a EDP possui centrais de produção de energia e visa promover o desenvolvimento de competências sociais e relacionais, fomentando também o sentimento de pertença ao território

onde os intercâmbios se desenvolvem. Este projeto pretendeu proporcionar o desenvolvimento de capacidades empreendedoras dos alunos, sendo suas responsabilidades de planear e operacionalizar as atividades, alimentação, transportes e dormidas nos 3 dias de intercâmbio, cabendo-lhes obter patrocínios e angariar verbas que permitissem custear parcialmente essas despesas. Durante três dias, os alunos de ambas as escolas, acompanhados por professores, desenvolveram diferentes atividades, entre as quais visitas à região do Peso da Régua, do Pinhão e de Vila Real, um passeio de barco Rabelo no rio Douro e atividades desportivas e de lazer. Visitaram, ainda, o Museu do Douro e a Barragem de Bagaúste. Nos dias 20, 21 e 22 de junho, foi a vez das turmas da Escola Profissional da Régua se deslocarem a Tomar, onde puderam visitar inúmeros monumentos, nomeadamente o Convento de Cristo, realizar passeios de canoa e stand up paddle no rio Zêzere e visitar a barragem de Castelo do Bode. Este intercâmbio foi uma experiência única e promoveu a aprendizagem mútua, a troca de experiências, mediante a participação ativa num conjunto de iniciativas de interesse comum. ■


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Entrevista VivaDouro

José Magalhães: "Sempre estive Natural do Porto, José Magalhães tem raízes no Douro, mais propriamente na Régua de onde o seu pai é natural. No seu percurso são várias as ligações à região, tanto a nível pessoal como profissional. José Magalhães assume agora a direção da NERVIR, cargo que havia ocupado entre 2001 e 2004. Texto e fotos: Carlos Almeida

Como é que surge a sua ligação ao movimento associativo? Desde sempre estive muito ligado ao associativismo e acredito que é fundamental o trabalho das associações regionais no apoio às empresas em especial na definição de estratégias para o futuro das regiões, apesar de não ser essa a visão dos diferentes governos que temos tido. Eu acho que as associações regionais, juntamente com a colaboração das locais, têm que ser ouvidas e têm que transmitir aquilo que é fundamental acontecer nas regiões. Lisboa está muito longe, Lisboa não ouve normalmente e quando ouve, ouve muitas vozes e não tem que ouvir muitas vozes, tem que ouvir uma voz que seja resultante da conversa, do diálogo, do entendimento local das diversas entidades e diversas organizações que há. Aliás, sobre isso existe um trabalho da SIPE, que foi feito no ano passado a nível regional, que propõe exatamente um caminho para a reorganização do movimento associativo regional, que é fundamental. Existem demasiadas associações por este país fora. A nossa

região nem está muito mal nesse aspeto, mas existem muitas a nível nacional e depois cada um fala para o seu lado e como sabemos, o poder aproveita isso, “divide para reinar”. Quais são as linhas orientadoras que definiu? Vamos começar pela questão do associativismo. Nós consideramos que é preciso agregar, cada um com a sua independência, mas agregar, participar e comunicarmos o que é que nós queremos, o que é que esta região quer daqui por cinco ou dez anos. Se o país não souber é um problema, mas pelo menos a região deve saber o que é que quer fazer. Queremos ser bons, queremos ser importantes, em quê? No turismo, nos vinhos, na indústria, na agricultura. Temos que saber. Tradicionalmente as pessoas veem o seu sindicato, a sua associação, o seu grémio como selo e sem partilhar. Nós achamos que temos que partilhar para ganharmos reforços. Nós vemos que esta região tem sido abandonada, digamos assim, mesmo as perspetivas que temos para o 20-30 são muito limitadas, o Plano Nacional de Investimento, quase não considera esta região como estratégica. Temos que inverter isso rapidamente, temos que nos fazer ouvir para inverter o que está planeado. Para conseguir ainda mudar o documento. Exato, fazer com que o 20-30 seja algo que traga coisas positivas para a região. Não adianta politicamente dizer que estão muito preocupados, que o Interior é um objetivo e na prática não haver decisões políticas que levem a que isso aconteça, senão vamos ter mais dez ou vinte anos sem que nada aconteça, mais do mesmo. Isso só se consegue com força e para termos força, temos que falar todos a mesma voz. Isso é um dos objetivos fundamentais, é agregar. E quando digo agregar, não digo só as associações. Nós temos que jogar nisto com as autarquias e as CIM’s na nossa área de ação. Como é que se agregam tantas vontades tao diferentes?

Nesta região há um vasto conjunto de atividades importantes desde o setor primário à industria. A NERVIR tem trabalhado, historicamente, com os setores mais relacionados com a exportação, nomeadamente nos vinhos. Temos um trabalho que eu considero muito bem feito. O azeite também começa a vir atrás, até porque muitos dos produtores de vinho, também produzem azeite. Exploram a vertente da exportação através dos vinhos. Levam os vinhos e podem levar também os azeites. E já está ali o canal construído… Já está construído, tem os contactos, evoluindo por aí. Nós temos feito aí um trabalho muito importante e conhecemos o setor. A NERVIR conhece perfeitamente o setor dos vinhos, nomeadamente, para exportação. Aqui há dias no Regia Douro Park, no TGV, eu pude constatar que haviam grandes dificuldades, por exemplo, na questão das carnes. Comercializar as carnes e exportar as carnes. Notou-se exatamente uma falta de organização. Exportar carne não é tão fácil como exportar outros produtos. Havia uma dificuldade que desde logo se notava que era de associação, eu não vejo nenhum problema porque é que um produtor de carne bovina não pode associar-se a um de carne caprina ou de carne suína. Mas pronto, isso é um problema que é preciso resolver e estamos aqui para ajudar nisso, não queremos organizar nós uma associação, queremos é que se organizem, contribuindo com a nossa experiência para que se organizem, para que depois possam participar nas nossas reuniões, nas nossas ações, em conjunto sermos uma força só. Por isso é que é preciso enquadrar esses produtores, tanto da carne como de outros setores em associações, para que ganhem força e capacidade, quer técnica, quer comercial, porque um só produtor não consegue comercializar com qualidade, não consegue fazer estudos de mercado, mas vários já conseguem. É fundamental e é urgente que o façam, como se sentiu no TGV. Falta essa proatividade na região de uma forma geral? Claro, mas é também verdade, e temos de o admitir, que nós não temos tendência associativa. Os portugueses no geral, o interior ainda mais, eu na minha atividade comercial sinto isso, não há associativismo, não se juntam as pessoas para discutir os assuntos. Não somos pro-associativo, ao contrário dos espanhóis, por exemplo, onde a comunidade é muito mais pro-associativa. Nesta região, e importa-nos ver nesta região, nós para sobreviver, temos que o fazer. Olhando agora mais para dentro, mais para a NERVIR em si, para estes quatro anos, quais são os objetivos como presidente? Os objetivos mais próximos da NERVIR, vão ser objetivamente contribuir para uma melhoria das condições aos sócios, ou seja, nós temos uma série de benefícios que, hoje em dia, os sócios da NERVIR têm, desde logo, desconto significativo nos projetos que aqui

façam, um desconto de 30% é significativo. Em muitas ações que façamos têm sempre desconto, cursos de formação, por exemplo, também têm desconto. Ainda há pouco tempo fizemos um curso de gestão de AL, que é uma coisa que nesta região começa a ser importante, os sócios tinham 20% de desconto, tudo isso é importante, mas nós queremos alargar. Alargar, nomeadamente, com serviços, com seguros de grupo, descontos nos combustíveis, etc. Coisas mais palpáveis no dia a dia. Depois temos como objetivo também alargar o número de sócios. A NERVIR tem bastantes sócios, mas se olharmos à dimensão da região são ainda poucos, temos que estar muito mais presentes e as pessoas têm que sentir que as podemos apoiar. Na vertente escola, que é componente da NERVIR, não podemos desassociar a escola da NERVIR, aumentar também o número de alunos e o número de cursos. A questão do número de curos e o tipo dos cursos depende não só da nossa vontade mas de uma aprovação superior, de uma aprovação do governo e nem sempre estamos de acordo, normalmente não estamos de acordo. Ainda este ano foi nos recusado fazer um curso de turismo. O Douro está a disparar para o Turismo, as necessidades vão sendo muitas de formação na área do Turismo. Mais específica temos a escola de Lamego, mais vocacionada para as artes fundamentais da restauração, hotelaria, etc. Mas depois é preciso muito mais, é preciso animadores turísticos, é preciso guias, um sem número de pessoas, que tem que falar línguas, não pode ser só uma pessoa que saiba umas coisas e tal. Estamos a tentar agora ver se nos autorizam meia turma pelo menos. Esperamos que no próximo quadro haja uma alteração a isto que está a acontecer ou ainda antes do próximo quadro possa haver alguma abertura para a formação feita por formadores da região, por as associações da região que estão no terreno, até mesmo para contribuir também para o emprego. Posso dizer que, nos alunos que não seguiram para a Universidade, a empregabilidade é de 85%. Ou seja, nós formamos pessoas para trabalhar, para irem para as empresas e ter emprego, trabalhar, o que é importante. É uma forma de aumentar a empregabilidade na região, não é? Claro, a própria NERVIR já teve três ou quatro vezes mais funcionários do que os que tem hoje. Porque tinha formadores, tinha pessoas ligadas à formação. Claro que muitas delas às vezes eram contratadas como professores locais, mas tínhamos uma estrutura de suporte, uma estrutura de direção dos projetos que tivemos que reduzir. Neste momento quantos alunos é que tem a escola? Tem cinco turmas em funcionamento, já teve quinze. Isto é também um reflexo da desertificação que cada vez mais se vive aqui? Ou é só o desinteresse por parte dos alunos?


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Entrevista VivaDouro

muito ligado ao associativismo" nessas coisas todas e deixar o apoio empresarial às associações. Não tem sentido criar gabinetes de apoio ao empresário numa câmara, quando existe uma associação, por exemplo, como a NERVIR ou outra. Quanto muito criam ali um gabinete dentro no edifício da autarquia para a NERVIR ter lá alguém, digo eu. Quando for lá alguém com uma dúvida está lá aquela pessoa para prestar apoio? Está lá, passa o assunto aqui para os nossos técnicos. Isso é uma ideia que nós temos, haja vontade às câmaras para trabalhar. Também tencionamos trabalhar com as câmaras, propor-lhes formação profissional, mesmo para os seus próprios funcionários. Por exemplo, nós agora temos um curso que nos propuseram, de Francês técnico, que não foi uma câmara, foi um empresário, e que estamos a tentar organizar, vamos ver se é possível, a que custos fica, porque não é comparticipado,. Não, são vários causas. Por um lado, o ensino profissional começou a ser feito também nas escolas tradicionais, pelo ministério da Educação. Mas nós não temos tido assim tanta dificuldade em ter alunos e acreditamos que se nos deixarem fazer alguns cursos que pretendemos continuamos a ter alunos. Era mais fácil há uns anos atrás? Era, mas esse não é o problema. Se eu estou a dizer que não foram autorizados cursos é porque nós queríamos ter cursos e teríamos alunos para eles. É difícil, dá muito mais trabalho hoje em dia. O diretor da escola tem muito mais trabalho na angariação de alunos hoje do que tinha há cinco anos. Nós, por exemplo, temos um curso de administrativo um de secretariado e um de sistemas informáticos. É muito fácil arranjar alunos para esses cursos, de facto. Vamos arrancar, no ano letivo 2019/20, com um curso de contabilidade que é um curso com muita empregabilidade. Continua a haver falta pessoas com formação contabilística. É total a empregabilidade, eles saem do curso e têm emprego ou às vezes até querem levá-los antes. O turismo é indiscutível. Podíamos era abrir, se calhar, duas turmas, não era uma. Agora estamos a tentar que nos deixem pelo menos abrir meia, mas a meia turma também é muito penalizante para nós porque não rentabiliza a estrutura. No meu anterior mandato tentamos fazer cursos de climatização, técnicos de climatização, para os quais inclusivamente arranjávamos todo o equipamento gratuito, mas acabamos por nem sequer apresentar candidatura porque nos disseram que não seria aprovada. Dos 20 alunos de uma turma que fizéssemos todos teriam emprego no dia seguinte, ainda hoje, isso já foi há 15 anos, não é? Mas ainda hoje teriam. Falta mais autonomia às escolas para fazer essa gestão? Sim, falta muito mais autonomia, o próprio Estado tem que ouvir as associações empre-

sariais que estejam organizadas e que estejam capacitadas para isso. No seu discurso de tomada de pose, falou também que tinha como objetivo atrair empresas com maior índole tecnológica. Exato, isso faz parte do projeto de Vila Real, do Regia Douro Park, da própria Câmara, da UTAD. Nós queremos ser um parceiro aí e colaborar dentro das nossas possibilidades. Se nós todos tivermos a trabalhar nesse sentido. Se eu for trabalhar para o Brasil e não me lembrar de nada, não me lembrar que sou presidente da NERVIR, se calhar não contacto com ninguém, nem proponho nada. Mas se tirar isso da cabeça e os meus colegas da direção também, então conseguiremos com certeza trazer essa massa critica das empresas novas. Não quer dizer isto que vamos conseguir, mas temos é de ter na cabeça isso como objetivo e contribuir de todas as formas para que isso aconteça. Acho que é fundamental todos nós colaboramos nesse objetivo. O trazer empresas desta índole mais tecnológica pode ser uma mais valia na atração e fixação de pessoas vindas de fora da região? Claro. Aliás penso que está a acontecer já isso com as empresas ligadas à informática. Aproveitam alguns da região, nomeadamente da UTAD, mas quando recrutam já têm que ir buscar fora e passamos a ter outro tipo de habitantes e depois é, de facto, uma bola de neve, uns puxam outros, e criam-se novas empresas. Para isso é importante fazer um trabalho próximo da universidade, das autarquias e das CIM’s? O nosso desejo é trabalhar em conjunto. Há pouco disse uma coisa, que não expliquei, que é “como estar presente?”. Nós podemos organizar, haja vontade da parte de alguns municípios, não precisamos de estar em todos, mas haja vontade dos municípios nomeadamente dos mais distantes. Sei lá, se pensarmos em Penedono,

Sernancelhe, por exemplo, para um associado desses concelhos pode ser difícil vir aqui até à nossa sede em Vila Real mas podemos ter um ponto, uma antena, na Câmara Municipal, por exemplo. O que é uma antena? É no fundo um canal aberto com a NERVIR. É termos alguém que encaminhe o associado, ou mesmo um empresário que não seja associado. Podemos dar muitas informações a gente que não é sócia, nós apoiamos toda a gente, não apoiamos só os sócios, pretendemos que se façam sócios claro, até porque tem outras vantagens como disse há pouco, mas apoiamos toda a gente. Qualquer dúvida com que venham cá, sobre projetos, saber se podem fazer um projeto, se não podem, sei lá, todo o tipo de informação, nós cedemos. Por isso, a nossa ideia depois de agosto, é marcar reuniões com todos os presidentes de Câmara, até para os conhecer e eles me conhecerem a mim. Falamos um pouquinho sobre esta ideias e nalguns casos, naqueles que assim entenderem, nós estamos preparados para plantar antenas que sirvam de acompanhamento, de apoio, aos empresários que estão mais distantes na nossa sede. Isso é uma ideia que eu penso que é relativamente fácil, haja vontade também das autarquias. Da nossa parte nós temos os técnicos. É preciso deslocarmo-nos lá? Ok, nós vamos, sem marcação sem nada. Isso é a forma de nós podermos ajudar todo o tecido empresarial da região, seja ele qual for. A câmara nestas regiões é fundamental, é o edifício onde se vai normalmente, e por outro lado a Câmara não tem que ter pessoal só afeto para isso. Cada uma tem que ter um técnico ou dois técnicos para apoiar. Quando vamos para autarquias maiores já acontece isso. Muitas vezes as Câmaras pretendem substituir-se às associações. Isso é um caminho que eu considero errado. As câmaras deviam-se concentrar no que é a política, ação social etc,

Faz muito sentido. Faz muito sentido para a realidade atual. Para uma série de construtores, gente dos alumínios, uma série de atividades que estão no estrangeiro a trabalhar. Têm muito trabalho em França e não sabem falar francês. Como eu digo esse, podemos fazer “n” de cursos de acordo com as necessidades locais das Câmaras, das pessoas, dos empresários, podemos fazer isso, temos capacidade para o fazer. Pronto, é o que eu digo, temos trabalho para fazer, nós queremos é trabalhar e participar e, lá está, tornar cada vez mais isto importante e estarmos presentes em todo lado. As pessoas que nos usem, nós queremos que as pessoas que nos usem no bom sentido, que nos utilizem para prestarmos serviço. Isso é que é fundamental. ■


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Eduardo Graça Presidente da direção da CASES

Conta Satélite da Economia Social (CSES) A terceira edição da CSES, com dados de 2016, está concluída na sequência das CSES com dados de 2010 e 2013. Está também concluído o segundo Inquérito do Trabalho Voluntário (ITV) com dados de 2018. O resultado apresentado por esta CSES/2016 pode ser descrito em duas palavras: o setor cresce e conhecemo-lo cada vez melhor. Permitam-me que vos diga que não é coisa pouca, mais que não seja por estarmos perante uma série estatística. A informação é cada vez mais relevante em todas as áreas da atividade humana permitindo iluminar os caminhos da gestão micro e das políticas públicas. Apesar dos cuidados necessários à leitura da evolução dos indicadores, por inevitável alteração de metodologias, passámos a dispor de mais e melhor informação acerca do setor da Economia Social. É um acontecimento com o qual, enquanto responsáveis públicos, rejubilamos, também pelo fato desta conta resultar de uma parceria frutuosa com o INE. Não se trata, pois, de uma iniciativa pontual ou dispersa. Na verdade, a Lei de Bases da Economia Social, integra no seu art.º 6.º, n.º 2 a obrigatoriedade da criação e manutenção de uma Conta Satélite da Economia Social (CSES). O que diz a lei: “Deverá ainda ser assegurada a criação e a manutenção de uma Conta Satélite para a Economia Social, desenvolvida no âmbito do sistema estatístico nacional”. Esta disposição corresponde ao desafio da Resolução do Parlamento Europeu de 19 de março de 2009, sobre Economia Social, publicada em 25 de março de 2010, a qual apela a todos os Estados Membros da União Europeia que elaborem Contas Satélite e que deem visibilidade estatística à Economia Social. A conceção e criação deste instrumento estatístico compete à autoridade estatística nacional, o INE, tendo sido, por essa razão, celebrados desde abril de 2011, sucessivos protocolos de cooperação entre a CASES e o Instituto tendo em vista a concretização da Conta Satélite da Economia Social. Não será arriscado afirmar que, no presente, as Contas Satélite portuguesas continuam a ser originais e únicas, distinguindo-se de todas as restantes por abarcarem, no seu universo de estudo, um perímetro no qual cabem todas as entidades da Economia Social consideradas quer no conceito americano, quer no conceito europeu. Acresce que foi concebida como um agregado de subcontas nas quais são tratadas as realidades das diversas “famílias” de entidades da Economia Social, quais sejam, cooperativas, mutualidades, misericórdias, fundações e associações, e outras Entidades da Economia Social a que acresce o conjunto eclético, em termos da configuração jurídico-formal, das organizações com estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS). Trata-se, pois, de uma Conta Satélite de “vasto espectro”, integrando sempre inovação, com os riscos inerentes a uma metodologia que se confronta com a necessidade de congregar informação estatística de entidades tão próximas, pelos princípios e valores que encerram e, ao mesmo tempo, tão diversas, nos planos económico e sociológico, nunca antes estudadas de forma tão vasta e abrangente, em particular, no que respeita ao sector associativo. Em nome da CASES, devo agradecer o empenho do INE, dos seus responsáveis e técnicos, na elaboração deste instrumento estatístico, na expectativa de que prossigamos no próximo futuro e que, para tal, não nos falte nem a força da vontade, nem os recursos quanto bastem para levar adiante, em continuidade, este projeto tão aliciante e desafiador.


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Sernancelhe

Ser+Cultura animou centro histórico Durante três dias, subiram aos diferentes palcos do Centro Histórico da Vila de Sernancelhe dezenas de artistas, mostrando um conceito inovador, dinâmico, onde a cultura e os seus intérpretes foram protagonistas, numa mostra diversificada que visou cativar públicos com diferentes sensibilidades e valorizar o património cultural e arquitetónico. Nascido para dinamizar o centro histórico da vila, o Ser+Cultura é um evento pensado não só para a população residente mas para todos aqueles que ao longo de três dias se deslocam até Sernancelhe para assistir a um vasto leque de expressões artísticas, levadas a palco por mais de 230 artistas. “Este evento não é apenas pensado para a nossa população. Inicialmente o intuito foi de dinamizar o nosso centro histórico com vários palcos, vários espetáculos em simultâneo, várias formas expressivas de arte e cultura e é claro que isso para a nossa população é bom porque têm acesso a manifestações culturais que antes não tinham mas ele não é exclusivo às pessoas de cá mas sim para todos os que nos querem visitar estes dias. Obviamente que há uma prevalência das pessoas do nosso concelho, em especial das residentes aqui na sede do concelho que se sentem muito satisfeitas com esta revitalização da sua vila. O Ser+Cultura quer trazer a cultura, por isso é que não cobramos bilhete, não há restrições de entrada, esse deve ser o propósito da cultura, o enriquecimento pessoal de cada

um, não é apenas ouvir uma música bonita, ver um quadro bem pintado ou uma escultura bem trabalhada. No meu entender, a cultura, e este evento em particular, é mais do que isso, é um desafio à própria pessoa para que se interrogue sobre o que encontra nestas expressões artísticas”, afirma Armando Mateus, vereador da cultura, à nossa reportagem. Para o responsável autárquico, este é um evento de cariz familiar por onde passam uma média de 2 mil pessoas por dia que podem assistir a diversos espetáculos e exposições. “Tentamos que Sernancelhe, durante este

"No meu entender, a cultura, e este evento em particular, é mais do que isso, é um desafio à própria pessoa para que se interrogue sobre o que encontra nestas expressões artísticas" fim-de-semana, seja um local onde as pessoas se sintam bem, onde possam trazer a família e amigos. Temos diversos momentos culturais e muito diversificados, algo que nos enriquece a todos. Este é um evento sem bilheteira, com várias entradas e por isso é difícil quantificar o número de visitantes que passam por aqui. Como é em espaço aberto dependemos também muito da meteorologia mas habitualmente passam por aqui em média

cerca de 2 mil pessoas por dia”. Uma das características deste festival é a ligação que existe entre os artistas e Sernancelhe, tendo todos eles uma ligação ao concelho. “Procuramos sempre que os artistas envolvidos tenham alguma ligação ao concelho, seja por serem naturais daqui, que tenham cá familiares, que já tenham participado em outro qualquer evento que organizamos, abrindo assim uma porta para que se mostrem. Temos muitos artistas que mostram aqui o seu trabalho ao público pela primeira vez”. De realçar que os espetáculos, todos gra-

tuitos, tiveram um carácter rotativo entre os diversos palcos e foram complementados com apontamentos de espetáculos de rua que surgiram espontaneamente em alguns recantos estratégicos do centro histórico com o objetivo de interligar os diferentes palcos e ajudar no encaminhamento dos visitantes. O artesanato e a gastronomia estiveram igualmente em destaque com barraquinhas estrategicamente colocadas junto aos palcos. Mais de uma dezena de espaços representaram as artes e os ofícios do concelho e nas tasquinhas foi degustada a nossa gastronomia, com os sabores mais autênticos da Terra da Castanha. ■


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Vila Real

Tiago Monteiro regressou e venceu o WTCR

> Alegria estampada no rosto do piloto no final da prova

Vila Real e não escondeu a emoção ainda durante a prova. “Foi difícil concentrar-me nas duas últimas voltas, devido à emoção. Ouvir as pessoas gritar por mim, ver as bandeiras no ar, foi muito difícil”. Esta é a quarta vitória do piloto em Portugal que com este resultado, conquista 25 pontos, fazendo um total de 58 nesta 6ª prova do campeonato do mundo. Também Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, não ficou indiferente ao feito de Tiago Monteiro, destacando que "em nenhum outro sítio há um pódio com estas características. A recuperação do Tiago Monteiro já foi um milagre. Chegar aqui e voltar a ganhar foi um milagre maior, mas os milagres acontecem".

A continuidade do WTCR ainda está em cima da mesa e ainda não está assegurada para o próximo ano, já que o contrato com o WTCR terminou em 2019. “Estamos a ver as várias hipóteses, as várias alternativas, aquilo que direi é que temos a determina-

ção de ter o Circuito Internacional de Vila Real em 2020 e se for possível melhor do que temos em 2019, esse é o nosso objetivo”, garantiu Rui Santos que promete não baixar os braços e trazer para o ano mais uma edição do WTCR à capital transmontana. ■ FOTO: DR

Na derradeira corrida do fim de semana da Taça do Mundo de Carros de Turismo, Tiago Monteiro partiu na segunda posição da grelha de partida, ao lado do seu colega de equipa da Honda, Attila Tassi. O piloto portuense de 42 anos alcançou a liderança à terceira volta e manteve a primeira posição até ao final da 50.ª edição do Circuito Internacional de Vila Real. O português da Honda Civic Type R terminou à frente do pentacampeão Yvan Muller e de Yann Ehrlacher, respetivamente, com uma vantagem de 2,295 segundos sobre o segundo classificado. Tiago Monteiro foi recebido em festa no pódio, repetindo a vitória da edição de 2016 do WTCC, em Vila Real. A vitória na edição deste ano terá certamente um sabor especial, depois da sua carreira ter sido interrompida em setembro de 2017 devido a um acidente, durante testes do WTCC no Circuito de Barcelona, acidente esse que o piloto ainda tem bem presente. “Os últimos dois anos foram os mais difíceis da minha vida. A minha recuperação foi muito difícil. Não sabia se poderia regressar ou em que condições poderia regressar. Felizmente, estou aqui e consegui vencer hoje.” O português, que já não vencia desde 14 de maio de 2017 no WTCC de Hungaroring, agradeceu o apoio do público presente em

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De regresso a uma casa que conhece bem, Tiago Monteiro voltou às vitórias dois anos depois do grave acidente em Barcelona que ameaçou colocar um fim à sua carreira.

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Opinião

A aposta numa formação universitária

António Fontainhas Fernandes Reitor da UTAD

Conhecidas as classificações dos exames nacionais, os jovens terão de escolher o curso e a instituição onde irão obter a sua formação superior. Os indicadores comprovam que os diplomados pelas Universidades têm maior capacidade de inserção no mercado de trabalho, pelo que, a empregabilidade tem vindo a ganhar maior relevância como critério de escolha. Este tem sido o percurso da UTAD nos últimos anos. De forma progressiva adaptou a sua oferta educativa ao mercado de trabalho e, de forma complementar, apostou na criação de condições para atrair empresas e em dinâmicas de investigação que geram mais emprego qualificado. A titulo de exemplo, destaca-se a ins-

talação na região de dois Laboratórios Colaborativos, de uma delegação do Instituto Fraunhoffer e o aumento dos níveis de financiamento em linhas de investigação vocacionadas para os recursos da região. É claro o papel da UTAD na atração de empresas para a região na área das novas tecnologias, que vão garantir a fixação e atração de emprego qualificado. Esta orientação estratégica de adaptar a oferta educativa ao mercado de trabalho e a aposta na criação de empregos exige transformações internas e de posicionamento, assumindo este desígnio institucionalmente. Esta estratégia é determinante para a região e a própria Universidade. Senão vejamos! No último ano letivo, pautado

por uma redução de cerca de três mil candidatos, a UTAD teve a maior taxa de ocupação de vagas e consequentemente o maior crescimento de estudantes. A aposta na qualificação dos jovens com formação superior e a sua fixação na região é determinante para travar o declínio demográfico e o envelhecimento da população nas regiões, como o Douro. Uma estratégia de desenvolvimento regional integrado e coesivo deve definir entre os seus objetivos principais a retenção e a atração de talento. É vital criar condições competitivas de investimento baseadas na produção, aplicação e valorização de conhecimento. A valorização do conhecimento será tanto maior, quanto melhor a estratégia se adaptar ao local, isto é, quanto mais

harmoniosamente considerar as especificidades regionais, nomeadamente a realidade demográfica e socioeconómica, os ativos endógenos e a articulação com as estratégias e as políticas de investigação nacionais e europeias. De facto, a importância que a criação e difusão de conhecimento têm na economia do século XXI confere às universidades e às estruturas de inovação um papel central, envolvendo diferentes atores a nível regional, nacional e global. Quando se avizinha um ciclo eleitoral, é vital perceber as prioridades dos partidos políticos e a sua visão para um País regionalmente mais equilibrado, que tenha como pilar a incorporação do conhecimento em atividades especializadas geradoras de valor.

Port Wine Day 2019: um brinde à beleza absoluta

Gilberto Igrejas Gilberto Igrejas Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP)

"O Douro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a refletir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta." (Miguel Torga in Diário XII) Quando no próximo dia 10 de Setembro comemorarmos os 253 anos da Re-

gião Demarcada do Douro é igualmente àquela beleza absoluta que brindaremos: às pessoas, à paisagem, aos socalcos, às vinhas e ao rio. Ao património arquitetónico, monumental e escultural. Ao marulhar das folhas, à corrente da água e ao silêncio do xisto. Certamente estrofes de um poema geológico que também encantaram Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras. De resto, e conforme alimenta a história, seria o futuro Marquês de Pombal a mandar instalar os 335 marcos de granito que viriam a delimitar os primeiros 40 mil hectares da mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo. O Port Wine Day pretende celebrar a data com magnificência, promovendo uma série de atividades cujo impacto gostaríamos de estender ao longo do Vale do Douro e dos seus afluentes, de

Barqueiros até Barca D'Alva. A intenção é atrair os apaixonados e os curiosos, mas paralelamente todos os outros que ainda ignoram a sua arrebatada paixão pelo vinho. Caber-nos-á somente guiá-los de forma autêntica nesse caminho de afetos, emoções, paladares, perfumes e fascínios. O romance iniciar-se-á no dia 7 de Setembro, no Palácio da Bolsa, no Porto, com uma Grande Prova Porto Vintage 2017 (16h). Seguir-se-á um dos momentos altos do Port Wine Day 2019: a declaração de Ano Vintage pela Confraria do Vinho do Porto. Na verdade, e depois de 2000, 2003, 2007 e 2011, apenas para enumerar os anos declarados vintage no século XXI, 2017 foi um ano de condições bastante particulares que possibilitaram um néctar de características excecionais.

O programa comemorativo terá continuidade no dia seguinte, 8 de Setembro, no Jardim das Oliveiras, no Porto, com uma Sunset Party. A decorrer entre as 17h e as 22h, e aberta ao público. O sucesso da iniciativa em anos anteriores transformou-a num clássico do Port Wine Day. Novidade da edição 2019 será a atribuição de quatro prémios – Enoturismo, Viticultura, Enologia e Revelação – a projetos que conseguiram destacar-se na Região Demarcada do Douro. Estas distinções evidenciam, também, a vitalidade de uma região e o envolvimento de todos na preservação de um território único. A entrega será efetuada no decorrer do Jantar "Douro Sustentável", que terá lugar no Museu de Lamego no dia 10 de setembro (20h). Restará acrescentar que o roteiro completo está disponível em www.ivdp.pt

O Douro e o programa INTERREG V-A Espanha-Portugal

Prof.ª Ester Gomes da Silva Vice-Presidente da CCDR-N

Detentor de um ativo específico e inimitável, o território do Douro continua a ser confrontado com um cenário económico e demográfico preocupante. Não obstante os investimentos e programas especialmente dirigidos a este território, de que são exemplo os diferentes PROVERE, e as indubitáveis melhorias operadas nas condições médias de vida, não foi ainda possível constituir uma base económica suficientemente sólida que permita reverter o processo de desertificação e de abandono progressivo da região. Neste contexto, e também porque as fragilidades económicas e sociais têm expressão similar nos dois lados da fronteira, faz sentido pensar na cooperação transfronteiriça como um instrumento útil para o esbatimento da fronteira e

para a criação de condições para a realização de ganhos de escala e de dinamismo económico. O reforço da cooperação é tanto mais oportuno quando se percebe haver ainda um atraso considerável na matéria nesta zona da fronteira comparativamente a áreas de cooperação mais consolidada, como a que liga a Galiza à região do Norte de Portugal. Para além de todas as iniciativas de cooperação transfronteiriça que podem ser desenvolvidas pelos agentes regionais e locais com recurso a fontes de financiamento próprias (ou mesmo sem encargos financeiros de monta), há um conjunto importante de atividades que podem beneficiar do apoio proporcionado pelo programa de financiamento europeu INTERREG V-A Espanha-Portugal. No atual quadro comunitário e após

duas convocatórias, foram aprovados 15 projetos com implantação territorial no Douro (7 na primeira convocatória, 8 na segunda), cujo investimento total ultrapassa os 18 milhões de Euros (com cerca de 14 milhões de Euros de fundos europeus). Dirigidos predominantemente para a valorização do património natural e cultural e com uma articulação com a vertente turística, o impacto destes projetos não deve ser menosprezado, pese embora o seu número e valor sejam relativamente modestos e permaneça um desequilíbrio considerável na repartição de verbas entre os lados português e espanhol. De realçar ainda que esta área de cooperação tem apresentado um número relativamente baixo de candidaturas e uma menor diversidade de atores/temáticas abrangidas, situação que decor-

re das condições objetivas do território, mas em que será necessário trabalhar em momento futuro. Tendo em conta a negociação do próximo quadro comunitário e, concretamente, dos programas de Cooperação Territorial Europeia, será importante ver refletido um maior investimento dos dois Estados nestes instrumentos de cooperação. Tal permitirá aprofundar a cooperação entre as regiões vizinhas, melhorando a integração económica e social nas zonas de fronteira, que em Portugal são geralmente zonas mais vulneráveis, reduzindo as disparidades de desenvolvimento entre regiões, contrariando alterações demográficas adversas e, em complemento com outros programas, contribuindo para a correção de constrangimentos estruturais.


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