VivaDouro - Maio 2015

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Prova de ciclismo no Douro bate recorde de participações em ano de estreia

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Dia com o Presidente de Tabuaço

Carlos Carvalho: “A única rotina

dos dias é tentar fazer todos os dias um bocadinho melhor”

P. 6 e 7

Alijó e Torre de Moncorvo

Lamego

Leia as entrevistas aos

Feira de Santa Cruz

Presidentes

recebeu milhares de visitantes

Carlos Magalhães e Nuno Gonçalves P. 12 e 13 / P. 18 e 19

P. 22


2 VIVADOURO MAIO 2015

Editorial José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org

POSITIVO

Sumário: Breves Páginas 4 e 5

Vila Real

Um dia com o presidente Páginas 6 e 7

Rotunda em homenagem aos Oleiros de Bisalhães.

Vila Real Páginas 8 a 10 Grande Entrevista: Alijó e Torre de Moncorvo Páginas 12 e 13 / 18 e 19 Moimenta da Beira e S.João da Pesqueira Página 14 Destaque VivaDouro Páginas 16 e 17

Caros Leitores,

O Jornal Vivadouro é um enorme sucesso. E é um enorme sucesso por causa da fabulosa equipa, que está a trabalhar para o sucesso do nosso empreendimento e que leva a todos nesta região informação adequada, atempada, organizada e apresentada de modo a potenciar esta zona, privilegiada em muitas coisas como a beleza natural, o potencial para o turismo e para a agricultura em muitas culturas e produtos. Para lá do sucesso comprovado pela distribuição da primeira edição, que foi recebida de forma triunfal pelas forças vivas e pelos habitantes da região, há que registar o enorme sucesso do web-site do jornal, com mais de 1800 visualizações no curto espaço de um mês e que auspicia que a edição virtual do www.vivadouro.org vai ter um enorme contributo para o desenvolvimento do jornal. Pedia a todos os leitores, anunciantes, distribuidores, colaboradores, jornalistas, e outros simpatizantes e participantes no projeto para consultarem o web site e manterem-se assim informados do que se passa na região e para procederem à subscrição do nosso Facebook e outras redes sociais. Quero especialmente reforçar o agradecimento muito especial a todos os comerciantes, que se disponibilizaram para distribuir o jornal sem nada ganharem com isso e a levá-lo até aos leitores. Leitores a quem também temos que agradecer pois sabemos que só com leitores especialmente atentos e que nos chamam a atenção para os pontos a melhorar podemos ter a oportunidade para melhorar o jornal com opiniões e respetivos artigos. Para um jornal de distribuição gratuita poder existir precisa de publicidade institucional, das empresas e dos projetos que sustente a sua existência. Um agradecimento muito especial aos nossos anunciantes, pois são eles que permitem que o jornal chegue até todos. Obrigado a TODOS!

NEGATIVO

Peso da Régua Página 20

Lamego

Lamego Páginas 21 e 22

Os carros são obrigados a voltar à direita em direção a um local sem saída.

Vários Concelhos Páginas 11 e 23 a 26 Opinião / Vozes dos Municípios Página 27 e 28 Lazer / Venha Visitar Páginas 29 e 30

10 ANOS d´A MAIS BELA CORRIDA DO MUNDO.

Paulo Costa Diretor executivo Global Sport

Parece que foi ontem, e já passaram dez anos desde o nascimento da EDP Meia Maratona do Douro Vinhateiro – A mais bela corrida do mundo. Uma história escrita entre milhares de quilómetros, com milhares de reuniões, muitas realizadas com sucesso, outras com desprezo e outras que não chegaram sequer a acontecer. Nesta década, enquanto esta brutal história de afirmação do Douro foi acontecendo, escrevendo a sua história na memória do território, tanta água correu, tanta coisa aconteceu. Quando regressei ao Douro, em 2005, a Região não tinha um único acontecimento de dimensão internacional realizado com regularidade e, nesta década, entre o sucesso que este gigantesco acontecimento foi cimentando, uns vieram e foram, outros se anunciaram e muitos se copiaram. O território precisa de mais, de melhor, o território precisa de todos. Incrível mesmo é a forma como muitos, que nada têm a ver com a Região, tentam replicar o modelo deste evento, olhando para a lista de parceiros e locais de realização e, um a um, tentam realizar algo diferente que seja tão igual. Fico orgulhoso neste modelo que considero o melhor, um modelo assente na Unidade Territorial para valorização da marca Regional. Um modelo assente no potencial que este Douro concentra e que só em Unidade Total é possível elevar ao nível que lhe é merecido. Neste momento preparamo-nos para realizar a décima edição da EDP Meia Maratona do Douro Vinhateiro, com muitas novidades e num envolvimento territorial nunca visto, com mais entidades envolvidas, mais inovação, mais organização, mais sofisticação e, importante, mais comunicação, com o envolvimento total da TVI. A Festa que este ano vamos celebrar no Douro não será apenas, e tão só, a festa de uma Corrida, será muito mais, uma Celebração do Douro no seu todo, da sua história, do seu património, do seu sumo, suor e lágrimas, das suas gentes. Adicionado a tudo isto, é o fato de esta edição estar oficialmente integrada num projeto maior, o Circuito RUNNING WONDERS - Circuito de Meias Maratonas em Patrimónios Mundiais, ao lado de destinos tão prestigiados e fantásticos como Guimarães, Dão, Coimbra e Évora. Falta pouco para materializar tudo isto, naquela que será a maior de sempre, iremos vestir a Região com o melhor dos fatos de gala, iremos abrir o nosso sorriso e as portas das nossas Quintas, Museus e Monumentos, iremos abrir os braços para receber o Mundo. Vem aí a mais bela corrida do mundo, a EDP Meia Maratona do Douro Vinhateiro. Venha connosco!

Próxima Edição 11 de junho

Registo no ICS/ERC 126635 Número de Registo Depósito Legal 391739/15 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873) Redação: Ana Portela Salomé Ferreira Departamento comercial: Diogo Rego Tel.: 914 944 212 Serafim Ribeiro Tel.: 910 600 079 Paginação: Bruno Duque Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 Porto Tel.: 916 894 360 / 916 538 409 Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, António Costa, António Fontainhas Fernandes, Emídio Gomes, Guilhermina Ferreira, José Penelas, Luís Alves, Manuel Cabral, Paulo Costa, Pedro Ferreira, Ricardo Caldas, Sandra Neves e Silva Fernandes. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivadouro.org Facebook: www.facebook.com/ jornalvivadouro E-mail: geral@vivadouro.org Agenda: agenda@vivadouro.org



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Breves Forno do Povo inaugurado em Mondim da Beira

Município de Vila Real inaugura monumento de homenagem ao Barro de Bisalhães FOTO: DR

Foi inaugurado em Tarouca, no dia 26 de Abril, o Forno do Povo da freguesia de Mondim da Beira, evento no qual estiveram presentes os presidentes da Junta de Freguesia, Rufino Queirós, Câmara Municipal, Valdemar Pereira, e Assembleia Municipal, Domingos Nascimento, concretizando assim uma aspiração antiga da população. Depois de uma caminhada pela freguesia, os mondinenses deliciaram-se com as iguarias que iam saindo do forno agora requalificado, resultado da intervenção em parceria da Junta de Freguesia e Câmara Municipal.

Inaugurado núcleo interpretativo do castro de Cidadelhe Foi inaugurado em Mesão Frio, no final de abril, o núcleo interpretativo do castro de Cidadelhe, no Água Hotels Douro Scala. O antigo povoado fortificado foi alvo de uma requalificação no valor de 600 mil euros que incluiu o restauro das muralhas e a construção do núcleo que tem como objetivo dotar os visitantes de informação detalhada sobre o povoado, visando a sua divulgação e preservação.

Concurso de Fotografia reforça geminação LamegoBouchemaine A distância de quase 1400 quilómetros que separa a cidade de Lamego e a municipalidade francesa de Bouchemaine parece cada vez mais curta. A Associação de Geminação Lamego-Bouchemaine, em parceria com a sua congénere francesa, lança o primeiro con curso de fotografia que nasce para aproximar e fortalecer a ligação entre as regiões do Douro e de Maine et Loire. A iniciativa, dirigida a fotógrafos amadores e profissionais, pretende potenciar através da imagem fotográfica a divulgação e valorização dos dois municípios nas vertentes do património humano, arquitetónico, cultural, paisagístico, histórico e industrial.

Armamar nas Viagens Abreu No mês de abril, o concelho de Armamar esteve em Lisboa, numa das maiores feiras de viagens, o Mundo Abreu. O principal objetivo foi o de promover produtos e serviços turísticos, apostando no envolvimento de vários dos agentes económicos. Armamar esteve também no espaço do stand do Porto e Norte de Portugal, onde sorteou estadias em algumas unidades de alojamento do município.

Sessão de esclarecimento sobre vespa do castanheiro FOTO: DR

Realiza-se hoje, dia 14 de maio, pelas 18 horas, no Auditório Municipal Adácio Pestana, em Tarouca, uma sessão de esclarecimento sobre a vespa do castanheiro, praga que coloca em causa a normal produção de castanha. Este é um inseto minúsculo, originário da China que causa a formação de galhas nos gomos e nas folhas. Provoca assim a diminuição do crescimento dos ramos e impede a frutificação, podendo conduzir ao declínio e morte dos castanheiros.

Santa Marta de Penaguião veste-se de azul contra os maus-tratos na infância

Já abriu a Loja Interativa de Turismo em Vila Real A Loja Interativa de Turismo de Vila Real foi inaugurada, no passado dia 30 de abril, pelo Presidente da Câmara, Rui Santos. Desta forma, a cidade passa a integrar a Rede de Lojas Interativas do Turismo Porto e Norte de Portugal. O espaço, localizado na Casa dos Marqueses de Vila Real, na Avenida Carvalho Araújo, foi criado com o objetivo de colmatar a lacuna que existia na região no que diz respeito a informação turística e de apoio ao visitante. O que se pretende é que a região no seu todo, incluindo os seus produtos, os seus monumentos, os seus valores naturais, a sua gastronomia, a sua gente, se mostre ao turista, em cada loja, como se este estivesse mesmo a percorrê-la.

Quinta edição do Triatlo Municipal em São João da Pesqueira O Complexo Desportivo municipal de São João da Pesqueira recebeu, no passado dia10 de maio, a 5.ª edição do Triatlo Municipal. A iniciativa foi organizada pela autarquia, em parceria com o Agrupamento de Escolas de São João da Pesqueira, tendo em conta a importância que o desporto deverá assumir na vida dos munícipes. A organização acredita que a prática de des porto pode ser “um hábito que poderá ser rentabilizado para além das questões de saúde e bem-estar a nível pedagógico”..

Vila Real dedica mês de maio à juventude Município de Vila Real dedica o mês de maio à juventude, com um conjunto de iniciativas direcionadas para a classe jovem do concelho. Esta iniciativa realiza-se em parceria com todas as escolas do 2.º e 3 CEB, Secundárias e Profissionais de Vila Real, bem como com o apoio de outras entidades. Desta forma, o município oferece aos jovens um programa amplo e diversificado de atividades que vão desde a música, ao desporto, à literatura, ao voluntariado, às artes, à cidadania ambiental, entre outros.

Jogo do Andebol Clube de Lamego no Centro Multiusos FOTO: DR

FOTO: DR

Mais de duas centenas de crianças participaram no final do mês de abril, numa caminhada contra os maus-tratos na infância, promovida pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Santa Marta de Penaguião, em colaboração com o município penaguiense. Uma caminhada simbólica, realizada no âmbito da campanha nacional Laço Azul, que pretendeu alertar a população para a necessidade de combater este flagelo, que anualmente vitima dezenas de crianças em Portugal.

A Câmara Municipal de Vila Real inaugurou monumento de homenagem ao Barro deBisalhães, localizado na rotunda das piscinas. A nova rotunda, realizada no âmbito das requalificações da Avenida de Europa, brinda quem ali passa com a réplica de uma bilha de rosca, com 2,5 metros de altura. O monumento realizado pelo arquiteto Carlos Santelmo é uma homenagem aos olei ros que preservaram até hoje esta arte. O descerramento da placa que assinala o momento foi feito pelos oleiros, numa cerimónia que contou com a atuação da Tuna de Bisalhães.

O Centro Multiusos de Lamego, uma nova infraestrutura preparada para acolher grandes eventos desportivos, culturais e de lazer, recebeu no início do mês uma partida de andebol a contar para o Campeonato Nacional de Iniciados da 1ª Divisão. No recinto de jogo defrontaram-se o Andebol Clube de Lamego e a Associação Desportiva Sanjoanense. Apoiada pela assistência presente nas bancadas, a equipa da casa venceu o encontro por 31-23.


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Breves FOTO: DR

Vila Real realiza torneio de futsal entre instituições

Bombeiros Voluntários de Armamar recebem novo equipamento

O Município de Vila Real vai realizar, de 14 de maio a 20 de junho, o Torneio InterInstituições de Futsal, no Pavilhão dos Desportos de Vila Real. A edição deste ano conta com a participação de 12 instituições do concelho, com um total de 144 participantes. A iniciativa vai dividir-se em duas fases, a primeira através de grupos equipas, ficando apuradas para a 2.ª fase as duas primeiras equipas de cada série. Após esta fase as equipas apuradas entrarão num processo de eliminatórias até à fase final. As restantes realizarão mais um jogo para a definição da classificação geral.

No final do mês de abril, os Bombeiros Voluntários de Armamar receberam, peloPresidente da Câmara Municipal de Armamar, João Paulo Fonseca, novos equipamentos de proteção individual. Os fardamentos agora disponíveis para o corpo ativo da corporação foram adquiridos com verbas resultantes de uma candidatura ao QREN.

FOTO: DR

Segundo livro de Gorgi Batista apresentado em Peso da Régua

Festival do Vinho do Douro Superior em Foz Côa Vila Nova de Foz Côa irá receber, de 22 a 24 de maio, Festival do Vinho do DouroSuperior. O evento conta com várias iniciativas durante todo o fim-de-semana, entre elas exposição e provas de vinhos e sabores do Douro Superior, concurso de vinhos, provas comentadas, colóquio para profissionais e animação de rua.

“Loucura no Parlamento” é o título da obra da autoria de Gorgi Batista, apresentada dia 2 de maio, no Teatrinho, em Peso da Régua Mário Montes, Vereador do município, felicitou o autor pela segunda obra publicada, levantando a ponta do véu do enredo que, certamente, envolverá o leitor. A cerimónia de apresentação do livro foi complementada com um momento lúdico com a participação do ilusionista Didier Ferreira.

No mês de maio o bacalhau é rei em Freixo de Espada à Cinta FOTO: DR

O município realiza de 29 a 31 de maio, Jornadas Gastronómicas do Bacalhau. Com esta iniciativa, a autarquia pretende dinamizar a economia local, com o aumento do fluxo de visitantes e turistas, principalmente provenientes do país vizinho. Outros dos objetivos passa por envolver a restauração e os produtos regionais. O roteiro gastronómico irá decorrer nos espaços físicos de cada restaurante do concelho, onde cada participante apresentará um menu específico em que o bacalhau assume a base gastronómica.

São João Pesqueira previne o uso de Substâncias Psicoativas

II.º Encontro de Clássicos em Freixo de Espada à Cinta Integrado nas Jornadas Gastronómicas do Bacalhau vai ainda realizar-se, no dia 31 de maio, o II.º Encontro de Clássicos. O passeio tem a organização da Acarlfec em colaboração com a Câmara Municipal. O percurso tem início em Freixo de Espada à Cinta, com passagem por Mazouca, Poiares e Congida. No decorrer do percurso vai haver uma Prova de vinhos Fontei ra, num dos miradouros por onde passará. A iniciativa vai finalizar com um Passeio de Barco pelo Douro Internacional. As inscrições terminam a 24 de maio.

Sernancelhe em destaque com a exposição “Um olhar sobre as Origens”

FOTO: DR

O Concelho de Sernancelhe está em destaque, durante o mês de maio, no Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e no restaurante McDonald´s, em Viseu, com a exposição “Um Olhar sobre as Origens”. O município mostra no âmbito do Projeto “Um Olhar sobre As Origens”, que contemplou já 17 exposições, até dia 28 deste mês, as paisagens, o património e a cultura que define a Terra da Castanha. A exposição foi inaugurada no dia 5 de maio, primeiro no IPDJ, na presença do Diretor Regional do IPDJ, José Cardoso, e depois no Restaurante McDonald´s, com o Diretor Rui Moiteiro.

Paula Sanchez vai fazer exposição em Carrazeda de Ansiães Entre os dias 23 de Maio e 1 de Julho pode encontrar na sala de Exposições Temporárias do CITICA, em Carrazeda de Ansiães, a exposição de “Genji” da pintora Paula Sanchez. Os quadros expostos fazem parte de uma das linhas de trabalho mais recentes da autora, que tem como principal objetivo representar de uma forma “cómica”, a dinâmica em que nos movemos todos os dias, a prevalência de certas hierarquias e a forma como tentamos dominar o outro. A exposição encontra-se aberta ao público de terça a sexta-feira das 14.00 às 17.30 e sábados e domingos das 14.30 às 18.30. Encerra às segunda e feriados.

O Cineteatro João Costa em São João da Pesqueira recebeu, no passado dia 13 de maio, um workshop de Prevenção de Substâncias Psicoativas. A ação teve como principais destinatários a comunidade escolar, Pais, Técnicos de Ação Social, Técnicos das CPCJ´, bem como a comunidade em geral. Entre outros convidados, esta sessão contou com a intervenção de Fernando Santos, Selecionador Nacional de Futebol, na temática “O Desporto como prevenção de comportamentos de risco”.

Município de Alijó entregou habitação social No dia 6 de maio a Câmara Municipal de Alijó celebrou, na presença do presidente da Câmara e da arrendatária, um contrato de arrendamento de uma habitação social situada no Conjunto Habitacional de Pegarinhos. Carlos Jorge Magalhães mostrou-se agradado por poder ajudar esta família composta por quatro elementos, dos quais dois menores em idade escolar, realçando o facto de preencher os requisitos necessários para se poder candidatar a este tipo de habitação.


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Tabuaço: Um dia com o Presidente

Carlos Carvalho:

“Decidir é difícil porque nunc

Carlos Carvalho preside a Câmara Municipal de Tabuaço desde novembro de 2013, tendo desde essa altura como principal p com o Presidente”. Texto: Ana Portela Salomé Ferreira

Apesar de cada dia ser diferente do anterior, há situações que acabam por se repetir diariamente, nomeadamente as várias reuniões em que tem que participar, no entanto, para o chefe de concelho uma das “grandes vantagens que este tipo de trabalho tem é o facto de nenhum dia se repetir”. Carlos Carvalho sublinha que o município se encontra a trabalhar com pessoas e “as pessoas são todas diferentes umas das outras, o que faz com que dificilmente se repita um dia”, referiu. Acrescentando ainda que “no fundo a única rotina dos dias é tentar todos os dias fazer um bocadinho melhor do q u e

aquilo que fizemos no dia anterior”. Em conversa, o autarca referiu que a conjuntura económica que se vive atualmente é um dos principais problemas que o concelho atravessa, “temos um valor de endividamento claramente superior aquilo que a nossa capacidade financeira permite”, explicou Carlos Carvalho. Aliada a esta situação, o presidente refere ainda a migração da população mais jovem para outros pontos do país devido à falta de emprego. “Existe cada vez mais uma maior formação daquilo que é a nossa população mas essa formação não resulta num acréscimo da qualidade dos nossos serviços visto que as pessoas têm que sair porque nós não conseguimos gerar a tal riqueza que permita maior investimento”, afirmou ao VivaDouro. Carlos Carvalho referiu no entanto que o município tem como objetivo apostar nas po-

FOTO: SF

A manhã começou com uma reunião de câmara aberta ao público, seguida de um almoço no âmbito da organização do Rally Vinho do Porto, que teve a primeira edição no ano passado e que se volta a repetir no mês de setembro. Habitualmente, os dias do autarca começam cedo, sempre que pode, tenta ir para a câmara logo de manhã, visto que, de acordo com Carlos Carvalho esta “é a fase do dia em que se consegue fazer mais coisas”, explica.

tencialidades como forma de colmatar estas situações, sendo que neste ponto o aproveitamento do Turismo se apresenta como uma prioridade. “Temos cada vez mais unidades hoteleiras que permitem que as pessoas fiquem bem e fiquem em conta, quer a nível de Turismo de habitação quer de Hotéis de

maiores dimensões”, esclareceu. O autarca referiu ainda o “enorme potencial agrícola” que Tabuaço detém, sendo que a estratégia adotada pela autarquia é “identificar estes pontos fortes” para conseguir “criar algumas dinâmicas”, referiu Carlos Carvalho. Depois de uma pequena conFOTO: SF


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Tabuaço: Um dia com o Presidente

ca há uma decisão perfeita”

prioridade a estabilidade financeira do município. O VivaDouro acompanhou o autarca em mais uma rúbrica “Um dia

FOTO: AP

gostava de ver feitas algumas requalificações, “nomeadamente o centro paroquial, a criação de um novo edifício” e a “requalificação da escola”, afirma. Próxima paragem, Valença do Douro, aldeia que para além de estar inserida na zona de Património Mundial, é também o local onde Carlos Carvalho nasceu. O presidente considera que esta zona, tem um “elevado potencial turístico”, gostaria de ver realizada a “requalificação de todo aquele património que existe” bem como das “acessibilidades e dos acessos”. De acordo com o autarca, neste momento existe também um projeto de substituição de saneamentos, abastecimento de água e de requalificação na colocação de paralelo em vez de cimento. Tabuaço foi o último ponto de visita, nesta área, “existe um trabalho de regeneração urbana que foi terminada neste

último quadro comunitário e que necessita de ter continuidade”, explicou Carlos Carvalho. Estas visitas estão inseridas na primeira fase de ação, que diz respeito à delimitação das áreas, de acordo com o autarca o pró-

mo, cultura e da ação social. De regresso à câmara municipal, o presidente confessou ao VivaDouro que considera o balanço deste ano e meio de mandato “claramente positivo mesmo tendo a noção que as coisas podem melhorar”, declarou. “Somos sempre muito exigentes connosco e ficamos sempre com a ideia de que há uma infinidade de questões onde podemos melhorar, quando pensarmos de outra forma não faz grande sentido cá estarmos”, acrescentou Carlos Carvalho. Para concluir, o presidente deixou uma mensagem de esperança à população: “apesar de todas as dificuldades que vivemos hoje em dia, quer financeiras, seja a conjuntura económica do nosso país ou mesmo a conjuntura económica local, Tabuaço tem potencial, o nosso território tem potencial, o Douro tem potencial”, concluiu.n FOTO: SF

versa entre o presidente e o VivaDouro, o autarca dirigiu-se para uma reunião do Concelho Local de Associação Social, que se realiza trimestralmente. Sendo que esta sessão tinha como objetivo a aprovação do plano de desenvolvimento social. Após conhecermos as instalações da câmara, o VivaDouro acompanhou o autarca em visita a algumas aldeias do concelho, no âmbito de intervenções que irão ser feitas nestes territórios tendo em conta o próximo quadro comunitário 2014-2020, dentro dos perímetros urbanos. “No fundo pretendemos delimitar uma área de cada uma delas, área essa que nos permitirá intervir na requalificação dos espaços públicos” e de “alguns equipamentos”, explicou o autarca. A visita começou em Sendim, a segunda maior freguesia do concelho. No que diz respeito a esta aldeia, Carlos Carvalho

ximo passo é a sua aprovação em reunião de câmara e Assembleia Municipal até junho deste ano, seguidamente sucede-se a definição de um plano de ação. Carlos Carvalho sublinha no entanto que, neste momento não quer “criar expectativas, porque nada disto amanhã pode ser aceite, estamos a preparar uma candidatura”, frisou. O presidente considera que se for criado “o embrulho perfeito, entendendo as potencialidades que cada um tem”, acredita que consigam “ter as candidaturas aprovadas, mas não podemos dizer de alguma forma que é algo garantido”, acrescentou. O autarca lembra ainda que os pontos visitados são “apenas mais uma fase de toda a estratégia de preparação para o próximo quadro comunitário”, referindo também que irão ser igualmente realizadas estratégias nas áreas do turis-


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Vila Real

Xutos e Pontapés plantam “árvore da liberdade” no Jardim Botânico da UTAD A banda de rock portuguesa que conta já com 35 anos de carreira assinalou o dia da liberdade com a plantação de uma árvore no jardim Botânico da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD). FOTO: DR

tempo que celebravam 35 anos de carreira. Desta forma, os Xutos e Pontapés passam a fazer parte do roteiro de personalidades

rando ainda que espera que a árvore “cresça durante muitos, muitos anos, quem sabe séculos”. A árvore plantada pertence à espécie protegida Prunus azorica, sendo um dos mais raros endemismos açorianos. Integrada nas comemorações do dia da Liberdade da Câmara Municipal de Vila Real, para além de todos os membros da banda, a cerimónia contou ainda com a presença de representantes da UTAD, do Município de Vila Real, do Governo Regional dos Açores e da Associação da UTAD. Considerado já como “um

dos maiores jardins botânicos da Europa”, o Jardim Botânico da UTAD alberga uma coleção de 2.250 espécies diferentes provenientes da Península Ibérica, Norte de África e Europa Central. Para além desta iniciativa, os Xutos e Pontapés atuaram também, no mesmo dia, na Semana Académica da UTAD. n FOTO: DR

A cerimónia que teve lugar no dia 25 de abril tinha como objetivo o apadrinhamento do jardim por parte da banda, ao mesmo

do Jardim Botânico da UTAD. A juntar à vasta coleção de espécies diferentes que o jardim alberga, a banda conhecida por êxitos como a “Minha Casinha”, plantou uma ginjeira-do-mato, oferecida à UTAD pelo Governo dos Açores. De acordo com o gabinete de comunicação e imagem da instituição, com esta ação, “pretende-se contribuir para o aumento da biodiversidade no Jardim com espécies endémicas da flora portuguesa e ajudar a estreitar laços de cooperação entre a UTAD e os Açores”. Zé Pedro agradeceu o convite em nome do grupo, decla-


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FALA CULTURA

Vila Real

FOTO: PA

A fechar a programação do mês de Abril e a celebrar o Dia Mundial da Dança, o Teatro de Vila Real recebeu o espectáculo ‘FREE’, com coreografia de Gregory Maqoma, bailarino e coreógrafo da África do Sul. Estivemos

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à FALA com Ana Figueira, directora da Companhia Instável, responsável pela produção deste espectáculo de dança contemporânea e também pelo Workshop ‘FREE’ realizado no teatro, no dia anterior à sua apresentação.

Este workshop aberto a todos os interessados e não apenas para bailarinos ou pessoas ligadas directamente à Dança, foi coordenado pela Cátia Esteves, responsável pela assistência de ensaios. Durante cerca de 90 minutos, 18 pessoas da cidade de Vila Real participaram no workshop inserido no Serviço Educativo do Teatro, o qual foi concebido pela vertente educacional da Companhia Instável. Dois dos bailarinos intérpretes do ‘FREE’, Anya Senognoeva, de origem russa, mas com formação na Bélgica e Pedro Alves, português com formação base em Portugal, mas residente na Holanda, juntaram-se aos participantes, na maioria do sexo feminino, mas “acompanhadas” por dois jovens

rapazes, que frequentam a PT Academy em Vila Real. Esta academia pertence a Patrícia Teles e foi ela a responsável pela participação de 15 pessoas no workshop, desafiando os seus alunos a participar nesta enriquecedora experiência. Também participaram dois jovens da Escola de Bailado de Vila Real, que existe em Vila Real desde 1994 e que tem a particularidade de “oferecer” as suas aulas a elementos do sexo masculino, com o objectivo de aumentar a frequência de rapazes nesta área artística. Sabendo que ainda em pleno sec. XXI, existe preconceito em relação aos bailarinos, não podemos esquecer que já passaram 15 anos da estreia do filme “Billy Elliot”, a primeira longa-metragem de Stephen Daldry,

que recebeu três nomeações para o Óscar de Hollywood, tornando este realizador instantaneamente famoso. O filme conta-nos a história do menino inglês que, contrariando a tradição familiar de dedicar-se ao boxe e às minas de carvão, decide ser bailarino. Voltando à apresentação de FREE, com interpretação de Anya Senognoeva, Duarte Valadares, Pedro Alves, Pedro Rosa e Ana Jezabel, um elenco heterogéneo e maioritariamente masculino, selecionado por Gregory Maqoma, no âmbito do projecto PALCOS INSTÁVEIS, o qual pretende desenvolver a dança e criar oportunidades profissionais a intérpretes de dança contemporânea.n Sofia Lourenço

TEDx Vila Real – Ali às Voltas Sempre Assim como em todas as grandes cidades mundiais, vai decorrer no dia 30 de maio no Pequeno Auditório do Teatro de Vila Real uma conferência TEDx que tem como objectivo conectar as pessoas às ideias, partilhar experiências e inspirar através de um diálogo autêntico.

Os eventos iniciaram-se em 1984 nos Estados Unidos da América, tendo-se tornado um ponto de encontro para a comunidade global dosindivíduos que acreditam no poder das “Ideias que merecem ser promovidas”. A iniciativa, que tem como

tema “Ali às Voltas Sempre”, contará com a presença de nove oradores, que nos vêm falar das suas experiências e conhecimentos, sendo o mote “Ideias que podem inspirar pessoas”. As palestras estarão centradas em temas como as vendas emocionais, a importância das

artes, como atuar em zonas de conflito, as trocas como forma alternativa de viver, superar diferenças e ser diferente é importante, a economia da felicidade e como ser mais feliz. Para além das palestras, irão atuar 3 grupos musicais e nos intervalos irão decorrer mo-

mentos de networking, tão característicos dos eventos TEDx. Os bilhetes foram colocadas à venda a 17 de Abril e ainda podem ser adquiridos através da página web da organização em www.tedxvilareal.com.n

FOTO: DR


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Vila Real

Um em cada quatro incêndios ocorre em áreas já ardidas

Estudo do Centro de Investigação e de Tecnologias Ambientais e Biológicas (CITAB) concluiu que 25% dos incêndios florestais acima do rio Douro ocorre duas vezes no mesmo local, num período de 10 anos. Texto: Salomé Ferreira

visto que permite obter “rendimentos financeiros desfasados no tempo e porque se poderiam reunir melhores condições para a defesa da floresta quer em termos de incêndios, quer contra pragas”, afirma. Apesar das vantagens descritas, José Aranha,

de incêndios adaptados a cada região, em vez da utilização de um único modelo para todo país. Desta forma, os investigadores poderiam depositar atenções nas zonas que apresentam maior perigo, desenhando programas de ordenamento e de gestão flo-

explica ainda que “as florestas mistas também são muito mais dispendiosas e difíceis de manter, pelo tipo de gestão que requerem”. O docente considera que a estratégia deve passar pela criação de modelos de cálculo de perigo

restal de forma a minimizarem o perigo dessas áreas voltarem a arder. “O correto ordenamento florestal, a gestão florestal e a instalação de povoamentos com predefinição do perigo de incêndio naquela zona, permitia-nos mi-

nimizar o efeito dos fogos”, afirma José Aranha.

Mais de um terço do número total de incêndios da Europa ocorreu em Portugal FOTO: DR

Um em cada quatro fogos florestais a norte do rio Douro acontece em áreas já ardidas nos dez anos anteriores. A conclusão é de José Aranha, especialista do Centro de Investigação e de Tecnologias Ambientais e Biológicas (CITAB), num estudo divulgado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), no âmbito da orientação de uma tese de doutoramento, que defende que a solução passa pelo planeamento e ordenamento do território e pela instalação de florestas mistas. De acordo com o investigador, “este estudo prova que são incêndios recorrentes e que os povoamentos monocultura, que são os mais comuns em Portugal, são mais propensos quer aos fogos, porque têm continuidade espacial do combustível, quer ao ataque de pragas florestais”. José Aranha defende que, “do ponto de vista ambiental”, Portugal devia apostar mais em florestas mistas, já que “a presença de várias espécies de árvores fomenta a biodiversidade, o abrigo e a alimentação das espécies animais”, afirma o docente da UTAD. O investigador considera ainda que esta medida tem vantagens no ponto de vista comercial,

De acordo com o mesmo comunicado enviado pelo Centro de Investigação e de Tecnologias Ambientais e Biológicas (CITAB), entre 2000 e 2013, verificaram-se quase 19 mil fogos florestais nos países da Bacia do Mediterrâneo, dos quais, mais

de 10 mil (53,4%) ocorreram em Portugal. Mais de um terço dos incêndios registados em Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia, aconteceram em Portugal. No que refere a área ardida, foram contabilizados quase 3,5 milhões de hectares, dos quais 1,3 milhões (37,7%) foram em território continental. Para Mário Gonzalez, um dos colaboradores do estudo, este é “um valor muito elevado que ainda é mais exacerbado se tivermos em conta a relativa pequena dimensão do país face aos outros países com que estamos aqui a comparar, nomeadamente com Espanha”, explica o investigador. O estudo conclui ainda que, entre 2000 e 2013, Viseu foi o distrito que registou o maior número de fogos e o da Guarda o de maior área ardida (167,8 mil hectares). Vila Real ocupa o lugar do terceiro distrito com mais ocorrências de incêndios, tendo sido registados quase 1500 fogos. Para além disso, os dados revelam ainda que 5,5% da área ardida no distrito foi consumida três vezes pelas chamas nos últimos 10 anos. n

ERRATA Informamos que, na edição de abril de 2015 do Jornal VivaDouro, houve um erro na publicação, onde se lê: “... não se lavavam, não estendiam roupa...”, deveria ler-se: “...não lavavam nem estendiam roupa”.n

> Fonte: CITAB,UTAD


VIVADOURO MAIO 2015 11

Moimenta da Beira

Simulacro de queda de ponte envolve 226 operacionais de norte a sul do país Os Bombeiros Voluntários de Viseu promoveram, no sábado, dia 2 de maio, em Moimenta da Beira, um simulacro da queda de uma ponte no rio Távora que envolveu mais de 200 operacionais de várias entidades. O exercício Livex, incluído no programa das 6.ªs Jornadas de Mergulho, mobilizou unidades de mergulho de todos os distritos do território nacional. Texto: Salomé Ferreira

testar não a capacidade de cada um em encontrar um cadáver ou reflutuar uma viatura, mas mais do que isso conseguirmos fazer uma gestão pessoal e de meios nos vários pontos do sinistro”. O comandante dos Bombeiros Voluntários de Viseu lembra ainda o facto de Lisboa ser uma zona sísmica de risco elevado, “temos a Ponte 25 de Abril, com três quilómetros e seguramente que se aconteces-

vir em cenários desta natureza e este é um passo importante para atingirmos o aumento da qualidade” afirma o 2.º comandante operacional distrital de Viseu. Quatorze anos depois de ter acontecido o acidente de Entre-os Rios que provocou a morte de 59 pessoas, foi abordado em regime de seminário no âmbito das 6.ªs Jornadas de Mergulho, “foram partilhadas experiências de operacionais que estiveram lá

sociação pró-ambiente só permite ter uma embarcação em trabalho de cada vez, isso, de certa forma, dificulta-nos um pouco a vida em termos de apoios operacionais”, concluiu o comandante. Entre os mais de 220 operacionais envolvidos estiveram representadas a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), a Escola de Mergulhadores da Armada, a Polícia Marítima, o Serviço Municipal de Proteção Civil

se algo assim em hora de ponta, daria com certeza que fazer a todos nós, aos espanhóis, aos franceses e a todos os que nos quisessem vir ajudar”, alerta. No entanto, José Luís considera que as forças envolvidas “estão cada vez mais preparadas”, para uma situação destas em contexto real. Rui Nogueira partilha da mesma opinião, acrescentando que “todas as entidades envolvidas têm demonstrado que estão altamente capacitadas para inter-

envolvidos e obviamente que podemos fazer uma analogia”, afirma Rui Nogueira, acrescentando que se pode dizer que “houve uma evolução positiva de todas as forças, todos os operacionais estão neste momento cada vez melhor preparados para enfrentar incidentes desta natureza”, explica. No que diz respeito às dificuldades sentidas no decorrer do simulacro, Rui Moreira aponta o facto de terem tido uma restrição a nível aquático, visto que “a as-

de Moimenta da Beira, Cruz Vermelha Portuguesa e a GNR. Do Distrito de Viseu, a que pertence o concelho de Moimenta da Beira, estiveram envolvidos 75 homens, com 23 veículos terrestres e sete embarcações de socorro. Alexandre Favaios, chefe da Equipa de Apoio Psicossocial também presente no simulacro, considera que esta é uma oportunidade para a equipa poder “efetuar o treino daquilo que é a atividade diária num

FOTO: SF

A praia fluvial da albufeira do Vilar, no concelho de Moimenta da Beira, foi o cenário escolhido para a realização do simulacro da queda fictícia da ponte. Os meios envolvidos atuaram numa encenação que originou 70 vítimas (50 mortos e 20 feridos) e o afundamento de 14 automóveis e dois autocarros. Era ainda de madrugada quando foi dado o alerta para a queda da ponte. Depois de terem soado os alarmes “foram acionados os meios locais, neste caso os Bombeiros de Moimenta da Beira”, explica Rui Nogueira, 2.º comandante operacional distrital de Viseu. De acordo com o comandante, na altura em que o corpo de Bombeiros chegou ao sítio das operações apercebeu-se “do cenário complexo e tecnicamente exigente”, tendo acionado de forma imediata a equipa de mergulho do distrito de Viseu. “A esta equipa coube a função de entrar na água e fazer o reconhecimento subaquático dos veículos e das vítimas. Como se tratava de uma situação de exceção, com várias vítimas, localizam carros e vitimas, solicitam mais meios”, conta. Para Rui Nogueira um simulacro desta dimensão tem como principais objetivos, “aferir procedimentos, identificar aspetos a melhorar em futuras intervenções em salvamento aquático”, bem como “fundamentar o princípio de aprendizagem”, explica o comandante. José Luís, 2.º comandante dos Bombeiros Voluntários de Viseu, considera que “um acidente desta natureza e com esta dimensão seria complicado”, acrescentando ainda que os meios envolvidos se encontram “essencialmente a

cenário que não é habitualmente comum”, o operacional acrescenta ainda que este exercício “será uma mais-valia para a prática da própria equipa”. Com o papel de prestar apoio psicossocial aos Bombeiros expostos a incidentes críticos e de promover a resiliência psicológica dos Bombeiros a nível individual, a Equipa de Apoio Psicossocial, estrutura integrada na Autoridade Nacional de Proteção Civil, tinha ativados no exercício seis elementos da equipa de apoio psicossocial que abrange os distritos de Viseu, Vila Real e Bragança, constituído por quatro técnicos na área da psicologia e dois na área social. José Luís, 2.º Comandante dos Bombeiros Voluntários de Viseu, fez um balanço positivo do exercício, ao mesmo tempo que acrescentou, “o que conseguimos trazer para Moimenta da Beira é uma forma de atribuirmos responsabilidades também a outras instituições municipais e não só, mas também faz com que estes operacionais passem uma noite no concelho, o que movimenta também a economia local e dá a conhecer um pouco do nosso país a quem vem do Algarve e de outros pontos do território”. O simulacro fazia parte do programa das 6.ªs Jornadas de Mergulho (5ª.s internacionais), promovidas pelos Bombeiros Voluntários de Viseu com o apoio do Comando Nacional de Operações de Socorro, Escola Nacional de Bombeiros, Liga de Bombeiros Portugueses, corpo de Voluntários de Moimenta da Beira e Câmara Municipal de Moimenta da Beira.n


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Entrevista com Carlos Magalhães

Carlos Magalhães: “ Primeiro estão as

Presidente da Câmara Municipal de Alijó desde 2013, Carlos Magalhães, salientou a importância de potencializar o que o território do D Texto: Ana Portela

FOTO: DR

> Rotunda em homenagem aos Durienses e às vindimas

É o presidente do concelho desde 2013, que balanço faz até agora deste primeiro mandato de liderança? Este primeiro ano e meio de mandato tem sido um exercício difícil para mim, não só pela aprendizagem que eu estou a fazer de como funciona uma autarquia, mas também do estado em que a encontrei. Tenho-me dedicado bastante à parte financeira para encon-

trar equilíbrio de forma a fugir ao FAM (Fundo de Apoio Municipal), não queria ver este concelho com uma maior perda de soberania e autonomia do que já tem, queria tentar neste momento equilibrar as contas da autarquia para depois fazer o que me propus fazer. Não prometi muita coisa, mas alguma prometi e quero cumprir. Qual a maior dificuldade que encontrou quando se tornou o Presidente da Câmara Municipal de Alijó? Qual a maior conquista até agora? Foi exatamente a inexatidão dos dados que me foram passados, quer de registo administrativo quer contabilístico. Esta situação mostrou-se difícil mas foi enfrentada com determinação. Neste primeiro ano a minha prioridade era saber exatamente qual o ponto de situação desta autarquia, onde é que ia buscar dinheiro e como é que conseguia negociar de forma a tornar isto sustentável. E assim foi. Negociamos os juros da câmara a um prazo de 20 anos e estamos neste momento num plano de ajustamento financeiro que está a ser executado e leva o seu tempo,

que sabemos fazer, porque nós sabemos trabalhar a terra como ninguém e esta é uma batalha ganha. Temos produtos de excelência a nível nacional e internacional e falta-nos saber valorizá-los. Temos que transmitir a imagem que é possível os jovens fixarem-se, porque têm futuro, mas para isso, é preciso valorizarmos e expandirmos o que temos de melhor, que são os nossos produtos vindos da terra.

Quais as prioridades do concelho neste momento? A primeira prioridade é a nível interno, consolidar e negociar o passivo de forma a tornar sustentável o futuro. A economia do concelho está muito frágil também em grande parte devido às emigrações, a empresas que faliram e como tal é necessário retomar a economia. A minha visão para retomar a economia passa pela terra. A grande fábrica que temos aqui é definitivamente a terra. É a partir desta, dos produtos que ela nos dá e daquilo

O turismo é dos setores mais importantes na região do Douro. De que maneira o município investe na dinamização desta atividade? Nós ao querermos potencializar o que o território tem de melhor, que é o produto que vem da terra, também temos que lhe dar visibilidade. Esta visibilidade tem que ser local, nacional e internacional. O vinho é um desses produtos, que está mais que afirmado neste concelho, que felizmente produz dos melhores vinhos classificados pelas revistas da especialidade como

FOTO: AP

Porque se candidatou a Presidente da Câmara Municipal de Alijó? Eu apareço como candidato sem nunca estar envolvido em política absolutamente nenhuma. Apareço como candidato porque várias pessoas próximas de mim me fizeram ver que era o momento de eu agir, não podia só estar a emitir opiniões e acreditavam em mim, acreditavam que eu era capaz. Após analisar a situação do município vi que realmente isto seria uma missão. Há um momento que todos nós temos que prestar um serviço cívico e temos que dar o melhor de todos à coletividade e assim foi quase um imperativo de consciência como alijoense, que me trouxe até à política.

não se consegue corrigir uma trajetória errática em um ano e meio. Em relação à conquista, acho que foi a de transmitir aos alijoenses um princípio, o de que é possível fazer política de outra forma e estar na política de uma forma diferente. Na minha passagem por aqui,

tenciono credibilizar o ato político. A missão de um político é das missões mais nobres que um homem pode aspirar, o de um dia servir a coletividade. Como tal, não me revejo em outra forma de fazer política que não seja com verdade, determinação e sempre a pensar na missão que estou a executar, sempre a pensar nos outros, não em mim. Vim para a política com a missão de resgatar o concelho de Alijó.

> Foto: Presidente da Câmara Municipal de Alijó, Carlos Magalhães


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Entrevista com Carlos Magalhães

s pessoas e só depois as coisas”

Douro tem de melhor, garantindo que a “batalha da produção está ganha”.

dos melhores vinhos do mundo. A uva também tem que ser um pouco mais valorizada, nomeadamente para a sua utilização nos vinhos de mesa, denominados vinhos DOC, que de repente tem adquirido uma visibilidade extraordinária, afirmando-se sem grande estratégia, apenas pela sua qualidade. O mercado do vinho do Porto é um mercado bem especializado, muito bem trabalhado pelas empresas e que nós temos que ajudar a elevar o nome deste produto nobre, levando-o a ganhar todas as medalhas e menções honrosas. A batalha da produção está ganha, pois o Douro neste momento está bonito, cuidado, o ambiente e a paisagem estão protegidas, a valorização da casta está feita, há todo um trabalho que foi feito e do qual agora estamos a colher os frutos e por isso acho que chegou o momento de dignificarmos este negócio. Nessa linha de pensamento, o turismo tem que ser a nossa segunda vindima. O interior está cada vez mais desertificado. Quais as iniciativas do município de Alijó para atrair mais pessoas e conseguir manter os jovens no concelho? Tem sido um desafio enorme, não só para a autarquia mas também para o país. Penso que deveríamos ter tido uma discriminação positiva relativamente a esta situação nos territórios do interior neste quadro comunitário. Tenho noção que o território vai

continuar a perder população, mas espero que aquela que ficar tenha uma qualidade de vida superior. Não nos podemos comparar nem ter as aspirações do litoral, temos que ter consciência que estamos no interior e como tal encontrarmos uma forma de vida com qualidade sustentável para que seja bom viver no interior, temos que tirar partido do que temos de bom. A retoma da economia e consequentemente a criação de emprego são pontos fundamentais para que as pessoas se fixem aqui e atrair os jovens, mas para isso é necessário valorizar os produtos que temos na região, tais como o vinho, azeite, todos os cereais que ainda se fazem, pecuária, pastorícia, floresta e caça. Com a crise a agravar-se a cada dia que passa, como é que a autarquia se tem preparado para a enfrentar? Houve redução nos gastos? Em que medida isso afetou os serviços prestados à população? Sim, há claramente uma redução de gastos, o que não quer dizer que não haja um aumento de despesa, porque há situações que não estavam identificadas e é necessário resolvê-las. Eu não sou fantasioso, quero apenas que acreditem em mim, na minha forma de estar na vida e na minha forma de ver a economia do concelho, contudo não depende apenas de mim e a tutela tem que ter uma atenção redobrada para a região do interior. Há peque-

nas alterações legislativas, que na minha opinião, poderiam conduzir a uma melhoria da economia e estas ainda não foram feitas, talvez por desconhecimento de quem está neste momento com a tutela de algumas pastas. Todos os serviços estão assegurados à população alijoense, porque primeiro estão as pessoas e só depois as coisas, não há outra maneira. Derrotou o PS nas eleições de 2013 e tornou-se presidente da Câmara Municipal de Alijó, como é que lida com a oposição? A oposição é sempre saudável, no sentido de se fazer uma oposição construtiva. Quando esta é levada no verdadeiro sentido da palavra oposição, não lido bem com isso, porque acho que estamos a viver u m m o m e nt o mu ito difícil e em

bom rigor e consciência, devemos todos parar um pouco com a política e tentar salvar o concelho. Tenho feito este apelo à oposição e felizmente tenho resolvido alguns problemas, porque tenho pessoas que apesar de meus opositores, têm um caráter muito nobre e generoso, que verificaram que é necessário parar um pouco e fazer alguma coisa pelo município, que felizmente, é o que está acontecer. Numa perspetiva de política nacional, qual das políticas acha a mais eficaz e oportuna neste momento? Que medidas impunha no país se o pudesse governar? Não tenho a veleidade de querer governar um país e admiro muito quem consegue estar numa missão destas, numa dificuldade extrema e conseguir manter a calma e a serenidade para continuarmos a ser país, porque assusta-me um pouco se perdermos mais soberania e autonomia. A verdade é que estamos inseridos num contexto europeu, ao qual

aderimos e temos regras a cumprir e enquanto estivermos na Europa, sou favorável a que tenhamos a atenção toda pelo facto de sermos parceiros europeus, vamos manter-nos serenos e vamos continuar com todos os ganhos que tivemos até hoje, porque apesar de uma dificuldade extrema, estamos a sair dela, felizmente, contudo não se sai de uma trajetória errática num mandato. Eu acredito que o rumo que o país está a ter é o rumo certo, possível e para o qual todos nós temos que dar alguma contribuição. Para terminar, quer deixar uma mensagem à população? A população de Alijó, tem que neste momento, acreditar que é possível salvar o concelho, que nem tudo está perdido, que as pessoas existem e têm a capacidade necessária para resolver os assuntos mais graves. Peço que se unam em torno desta vontade e que acreditem que é possível.n


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Moimenta da Beira / São João da Pesqueira

Bombeiros reforçam meios em 2015 Comandante Operacional Distrital (CODIS), Lúcio Campos, anunciou na passada sexta-feira, dia 8 de maio, em Moimenta da Beira, que no pico da fase de combate a incêndios florestais vai haver um reforço de meios dos bombeiros. Texto: Salomé Ferreira

FOTO: DR

O distrito de Viseu vai ter no terreno 135 equipas, 140 veículos e 640 operacionais na fase de maior ocorrência de incêndios, que ocorre em agosto, a garantia foi dada por Lúcio Campos du-

rante a apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF). Na apresentação, o Comandante Operacional Distrital, garantiu que não haverá uma redu-

ção dos meios, “haverá sim um aumento, embora deva dizer que, principalmente no mês de agosto, nos aproximamos do limite de capacidades do distrito em termos de meios humanos. Mas existem e vão estar disponíveis este ano”, afirmou. Durante a fase Charlie, classificação dada à época de pico de incêndios, os meios terrestres contarão, tal como no ano passado, com o apoio de seis meios aéreos, que vão ficar estacionados na capital de distrito, em Viseu. Desta forma, irão estar disponíveis três helicópteros de ataque inicial ligeiros, um pesado Kamov e dois aviões anfíbios Fireboss. “Quer o helicóptero pesado de ataque ampliado, quer os anfíbios, são meios nacionais, mas o

facto de estarem em Viseu dá-nos algum conforto, porque poderão num curto espaço de tempo ajudar no combate aos incêndios florestais", afirmou Lúcio de Campos. Aos pontos de água para abastecer já existentes no Rio douro, na Barragem do Vilar em Moimenta da Beira, de Fagilde (Mangualde) e da Aguieira (Mortágua), junta-se este ano a Barragem de Ermida/Ribeiradio em Oliveira de Frades. Os meios aéreos passam este ano a ter mais um ponto de água para abastecer, a barragem de Ermida/Ribeiradio (em Oliveira de Frades, no limite com o distrito de Aveiro), que se junta aos que já existiam no Rio Douro e nas barragens do Vilar (Moimenta da

Beira), de Fagilde (Mangualde) e da Aguieira (Mortágua). Lúcio de Campos fez ainda votos para que a época de incêndios florestais de 2015 seja calma, tendo no entanto lembrado que este ano, ainda sem o dispositivo implementado, já houve registo de “mais de 500 incêndios e já arderam cerca de mil hectares de floresta no distrito”. "Desejo que 2015 seja um ano calmo. Mas, não o sendo, que não seja como 2013, independentemente da área ardida. O mais importante é começarmos todos e acabarmos todos", afirmou, numa referência aos bombeiros que morreram na Serra do Caramulo.n

“ ALDEIA DOS SONHOS “ Um Projeto da Fundação INATEL

A Fundação INATEL, lançou em 2014 o Projeto “Aldeia dos Sonhos “, destinado a pequenas freguesias e aldeias,

com menos de cem pessoas. A ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PEREIROS, da Aldeia de Pereiros, da União de Fre-

guesias de Vilarouco-Pereiros, do concelho de S. João da Pesqueira, apresentou uma candidatura ao referido Projeto.

Das candidaturas apresentadas, foram selecionadas 65 candidaturas, das quais foram distinguidas três : - Aldeia de Ouguela, do concelho de Campo Maior, no Alentejo, - Aldeia de Pereiros, do concelho de S. João da Pesqueira, no Douro -Aldeia de Pombares, do concelho de Bragança, em Trás-os-Montes Com a distinção concedida á candidatura, apresentada pela ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE PEREIROS, vai ser possível á comunidade de Pereiros, concretizar o sonho de um passeio de barco no Rio Douro. O passeio, aberto a todos os residentes de Pereiros, com preferência para os mais idosos, terá lugar no dia 16 de Maio, num percurso da Régua ao Pocinho, com almoço a bordo e regresso aos Pereiros de autocarro. Vai ser um dia de alegre convívio, conhecendo os montes e

barragens que muitos trabalharam, vendo a paisagem de baixo para cima, fazer o percurso fluvial dos Turistas, tomar contacto com a história e cultura das margens do rio que sempre esteve longe e agora fica tão perto. n



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Reportagem VivaDouro

Douro Granfondo bateu recorde d

O Alto Douro Vinhateiro recebeu no passado dia 3 de maio a maior prova de ciclismo para todos já realizada em Portugal. Foram mais de doi (110 km) e a Douro Granfondo Gourmet (15 km), uma novidade realizada pela primeira vez nesta edição. Texto: Ana Portela Salomé Ferreira

FOTO: AP

O relógio marcava poucos minutos depois das nove da manhã quando soaram os sons de partida. Nesta altura partiram da Avenida do Douro, no Peso da Régua, cerca de 2000 ciclistas do Granfondo e do Mediofondo, preparados para conhecer em duas rodas a zona denominada como Património Mundial. A prova passou por vários concelhos da região, entre eles São João da Pesqueira, Carrazeda de Ansiães, Alijó, Sabrosa, Pinhão, Tabuaço, Armamar e Lamego. Cerca de trinta minutos após a partida das provas principais já estavam a postos os participantes da Granfondo Gourmet. Na linha da frente da partida estava um atleta pouco comum, Rodrigo Vilas Boas, o ciclista mais novo entre os 109 participantes desta iniciativa. Para além da grande afluência de participantes, nem o tempo chuvoso fez com que diminuíssem o número de pessoas nas ruas a assistir às provas. Perto da

hora de chegada dos primeiros classificados da prova MedioFondo, eram centenas as pessoas que se encontravam no recinto na expetativa de receberem o primeiro atleta a cortar a meta. A vitória foi disputada até ao último instante entre Jorge Salgado e Patrick Videira, tendo sido o primeiro que acabou por se consagrar vencedor da prova Mediofondo. O último quilómetro da prova ficou marcado por um sprint “delicioso” , tendo sido assim que o comentador do evento, classificou este momento, acrescentando que já “não havia memória de um sprint assim”. Três horas, 27 minutos e 47 segundos, foi esta a fórmula da vitória da prova Mediofondo para Jorge Salgado, que ficou com apenas um segundo de diferença para o segundo classificado, Patrick Videira. “Foi até ao risco”, confessou o ciclista na chegada, ao mesmo tempo que falava das dificuldades que sentiu ao longo da prova, revelando

que houve uma altura em que o segundo classificado chegou a ter dois minutos e 20 segundos de vantagem. Depois de ter já vencido duas vezes o Mediofondo no Gerês, o atleta considerou esta edição realizada no Douro “mais surpreendente” e com uma “paisagem fabulosa”. Acrescentou ainda que comparativamente à prova realizada no Gerês, as subidas são mais “duras e íngrimes” no Douro. Em relação às dificuldades sentidas, Jorge Salgado apontou ainda as condições meteorológicas, já que a chuva tornava o piso escorregadio. Passavam poucos minutos das 14 horas, quando se conheceu o grande vencedor da prova Granfondo. A expetativa era enorme, a multidão cresceu e todos estavam curiosos para saber quem levaria o título para casa. Carlos Gomes acabou por cortar a meta cinco horas, 18 minutos e 11 segundos depois do inicio da prova. O segundo lugar ficou para João Moreira.

consegui e acho que estou de parabéns”.Carlos Gomes classificou a prova no Douro com dez estrelas, salientando que apesar de já ter participado uma vez no Granfondo, “este ultrapassa qualquer um”, acrescentando que sempre que puder voltará à região. Com 41 segundos de diferença, João Moreira ficou em segundo na classificação geral, tendo no entanto atingido o primeiro lugar no seu escalão. Mostrou-se satisfeito com o segundo lugar, tendo mais experiência no BTT, contou que está “a gostar cada vez mais dos Granfondos”. Vítor Gamito, treinador de João Moreira e que também participou na prova, admite FOTO: SF

> Jorge Salgado, vencedor da prova Mediofondo a receber medalha de participação

Satisfeito com o resultado, Carlos Gomes, confessa que “acima de tudo foi uma grande vitória, bastante difícil”, o atleta considerou o facto de estar a chover um entrave no percurso, visto que o início da corrida “foi duro em termos climatéricos, muita chuva, bastante frio, mas depois a partir da segunda subida a chuva desapareceu”. O ciclista explicou que teve “um pouco de medo devido às descidas perigosas”, o que o levou a sair duas vezes da estrada. Apesar de ter ganho, Carlos Gomes confessou que temeu não conseguir a vitória, “encostado ao rio, vento de frente, sozinho, sofri bastante, tentei gerir ao máximo,

> Na foto: Carlos Gomes, vencedor da prova principal Granfondo


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Reportagem VivaDouro

de participações

ois mil os atletas que participaram na prova, constituída por uma prova principal, a Granfondo (174 km), uma prova mais curta, Mediofondo

Degustar o Douro em duas rodas Para além de ser a primeira edição do Douro Granfondo, a organização do evento juntou ainda às provas principais um pequeno trajeto de 15 quilómetros, com o objetivo de os par-

ticipantes provarem as iguarias da região aliadas ao ciclismo. Teresa Vilas Boas, veio de Évora para participar nesta prova com os dois filhos e frisou a importância de a organização ter feito estas provas para que também as famílias pudessem participar, “penso que foi um momento único e que deviam repetir”, afirmou. A ciclista também se dedica à organização de passeios de bicicleta destinados ao turismo no Alentejo, tendo já pensado varias vezes em organizar um percurso no Douro considerou o trajeto “fácil, bonito e interessante para trazer os miúdos”. Rodrigo Vilas Boas, o mais novo participante da prova e também filho de Teresa Vilas Boas, confessou ao VivaDouro que gostou de participar na prova e que “ganhou duas vezes”, tendo ficado empatado uma vez com o irmão mais velho. Miguel Vilas Boas aproveitou ainda para deixar uma proposta à organização, para a realização de um PequenoFondo com 50 quilómetros. Opinião partilhada também por Maria Monteiro, outra participante da prova Gourmet. A jovem residente no Porto, foi acompanhar os colegas que participaram na prova principal tendo aproveitado “também para trazer a bicicleta”, contou. Maria Monteiro considera o percurso “muito bom e dá para conhecer um pouco do que é o Douro”. Deixando ainda a promessa que se no próximo ano houver a prova Pequenofondo irá participar. De acordo com Manuel Zeferino a prova Douro Granfondo Gourmet é para manter exclusivamente no Douro, sendo esta “uma região de iguarias muito apetecíveis e de vinhos fantásticos”. n

FOTO: SF

que esperava o primeiro lugar para o atleta, mas considera o segundo lugar “bastante bom”. Para o ciclista que já venceu a Volta a Portugal no ano de 2000, João Moreira é “um excelente ciclista e como costumo dizer é preciso nascer com vocação e genética e ele nasceu com qualidades”. Em relação à sua prestação, Vítor Gamito confessou que só quando chegou é que percebeu “a dureza da prova”, acrescentando ainda que “não estava totalmente preparado”. No entanto destaca “as paisagens espetaculares” da região que é Património Mundial. Depois de felicitar a organização, o ciclista mostrou ainda estar otimista em relação ao número de participantes do próximo ano, dizendo que podem vir a duplicar. João Moreira classificou as sensações sentidas no decorrer do percurso com duas palavras: “sofrimento e adrenalina”, acrescentando ainda que espera “estar presente na próxima edição”. Manuel Zeferino, organizador do evento, fez um balanço bastante positivo das provas, tendo declarado que “superou todas as expectativas”, também ele está otimista em relação à possibilidade de o número de participantes aumentar no próximo ano, “a vontade com que as pessoas vieram apesar do tempo é um fator importante e mostra que temos todas as razões para multiplicar os participantes”, afirmou.

> Na foto: Teresa Vilas Boas e filhos


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Entrevista com Nuno Gonçalves

“Todos devemos ter o objetivo de terra”

No ano de 2013, Nuno Jorge Rodrigues Gonçalves, tomou posse do cargo de presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo. Em conv Texto: Salomé Ferreira

Sendo que a sua formação é na área da advocacia, como é que se decidiu candidatar a Presidente de Câmara? Há uma abrangência muito grande num curso de direito e isso também me permitiu ter um conceito sobre a questão política, a questão económica e também a questão social. Durante a minha vida de vinte anos a advogar, foram muitos os julgamentos que fiz probo no, ou seja, que eram gratuitos para as famílias mais carenciadas e foi-se desenvolvendo esse bichinho do conceito social. Portanto isso trouxe-me uma mais-valia quando me decidi candidatar à Câmara Municipal, sendo certo que o percurso já vem com candidaturas, com outros companheiros, de há dezasseis anos para cá. O que também me permitiu ter alguns conhecimentos de como funcionava a instituição e também qual era o conceito que muitos Moncorvenses quereriam ter, e que não tinham

tido até aí oportunidade de ter. Até ao momento quais foram as maiores dificuldades que encontrou no exercício do seu cargo? A principal dificuldade é esta, eu quando decido ou quando decidia na advocacia sabia que aquela decisão ia ser de alguma forma tornada eficaz. Muitas vezes aqui temos uma série de problemas, desde logo com esta lei das finanças locais que é um problema para os municípios. Penso que a degradação da autonomia do poder local tem sido aquilo que, de alguma forma, mais me afeta e mais dificuldades me traz a mim e também aos meus colegas. Pretende re c a n d i d a tar-se ao cargo nas próximas eleições autárquicas em 2017? Ainda estamos em 2015, não

tenho capacidade de prever o futuro. Sei que o que propusemos aos moncorvenses não vai ser totalmente realizável nestes dois anos e portanto se me perguntarem se gostava de ver realizados todos ou 90% daquilo que se propôs, gostava. Se é possível nestes dois anos, não creio, porque também fomos acometidos desta crise que não é só uma crise de concelho, é uma crise nacional. Há alguns projetos estruturantes que gostaria de deixar na autarquia, gostava que a exploração das minas do ferro de Torre de Moncorvo fosse uma realidade, gostava que os 80 milhões que foram conseguidos através de uma empresa internacional para vir apostar no Douro e mais concretamente em Torre de Moncorvo na energia eólica fossem uma realidade, gostava também que o cais da Foz do Sabor, que está aprovado, fosse também uma realidade. Portanto esses são três projetos âncora que eu gostaria muito de ver realizados no meu município, independentemente de estar eu ou não no cargo. Por isso, 2017 ainda está longe para sabermos se me vou recandidatar ou não. Quais são os principais problemas que Torre de Moncorvo enfrenta neste momento? Desde logo a grande dificuldade de fazer com que o quadro de jovens se fixe em Torre de Moncorvo. Depois também a crise que de alguma forma nos assolou e que fez com que muita gente emigrasse. Mas também é uma crise de oportunidades porque muitas pessoas que viviam no litoral com a crise regressaram ao município de Torre de Moncorvo.

A autarquia já procedeu a alguma medida para fixar a população jovem no município? Desde logo temos um apoio social que visa melhorar as condições de vida daqueles que menos condições têm mas que insistem em ficar no concelho e em ser pais em Torre de Moncorvo. Temos também um protocolo com a Crescer Bem, que permite que a Câmara Municipal, juntamente com essa associação, seja um fator de motivação à natalidade, apoiando com enxovais, com roupa e com comida. Temos também o banco solidário, a Unidade Móvel de Saúde, que nos permite que o concelho tenha uma abrangência em termos técnicos de medicina que não tinha de outra forma. Outra das grandes medidas, que eu costumo dizer que as grandes medidas não são só aquelas que em que construímos algo, são também aquelas que, de certa forma, vão resolvendo pequenos problemas no dia-a-dia das pessoas, que é o 112 Social. Uma parceria que temos com a Santa Casa da Misericórdia, onde dois técnicos com uma carrinha conseguem resolver os problemas daqueles que mais necessitam, ou seja, a mudança de uma torneira, a mudança de uma lâmpada.

re de Moncorvo, para o apoio ao transporte de doentes para unidades hospitalares do litoral. Assinámos também recentemente com o Hospital Dona Estefânia, a possibilidade de os pais das crianças internadas do nosso concelho poderem ter desde alojamento, até ao pequeno-almoço e lavandaria, tudo gratuitamente, para acompanhar as crianças que sejam internadas nesse hospital.

O município vai assinar brevemente contratos na área da saúde, que mudanças vão trazer essas medidas? Vai permitir uma maior proximidade, uma delas é também com a Unidade Móvel de Saúde, temos um maior leque de ofertas naquilo que queremos fazer e que queremos propor aos cidadãos. Vai ser hoje assinado como complementaridade a esse protocolo, um outro com a Associação dos Bombeiros Voluntários de Tor-

Em relação ao desemprego também é uma preocupação? O desemprego é uma preocupação, é óbvio, temos desemprego na faixa etária dos mais jovens e também naquelas pessoas em que empresas fecharam ou deixou de haver também motivação do empreendimento público. Havia muita gente que estava empregada, no túnel do Marão, na A4 e também na barragem que agora chegou ao fim. Portanto essas pessoas vie-

Como é que classifica os serviços de saúde em Torre de Moncorvo? Considera que a população está bem servida? A população em termos de saúde está bem servida, agora se me disser se estou contente com o que tenho, eu acho que nenhum autarca está contente com aquilo que tem, quer sempre mais. O que é certo é que temos um Centro de Saúde com ótimas instalações. Temos uma unidade de cuidados continuados que também de alguma forma tem um equipamento excelente e que tem serviços que apoiam de uma forma digna e competente todas as necessidades nessa área. Hoje todos os Moncorvenses têm um médico de família e isso é importante para o concelho, quando há cerca de dois anos mais de mil utentes não tinham médico de família.


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Entrevista com Nuno Gonçalves

e conseguir fazer algo pela nossa

versa com o VivaDouro, o autarca falou acerca deste ano e meio de mandato e das expetativas que tem para o futuro do município.

Como é que a autarquia tem enfrentado a crise económica que o país atravessa? Que reajustamentos foram realizados? Nós ao contrário do que se poderia pensar fizemos ações no sentido de não acompanhar a crise mas de ser pró-ativos contra a crise. Desde logo apostámos no Turismo, fizemos com que mais unidades de Turismo abrissem em Torre de Moncorvo. Fizemos com que festas que havia em Torre de Moncorvo se tornassem mais profissionais, fizemos com que aquelas festas que existiam pudessem trazer mais pessoas e mais retorno económico. A ideia é doze meses, doze ações e é através dessas ações que eu entendo que o concelho consiga também fazer face a essa crise. Quanto à autarquia propriamente dita, tivemos que olhar para o passado e tivemos que prever o futuro. Portanto não podíamos cair nos mesmos erros, não podíamos cair na ostentação e tínhamos que dar respostas aquilo que o cidadão em concreto quer. Quais é que são os setores económicos vitais para o concelho? A agricultura é o nosso setor vital, desde logo pela amêndoa, a azeitona e a vinha, são fulcrais para a economia de Torre de Moncorvo, mas são fulcrais também para aquilo que queremos impor noutra área que para nós

tem sido vital que é o turismo. Esta atividade tem de estar ligada obviamente à produção primária desde logo à agricultura. Eu diria que a agricultura juntamente com o Turismo tem sido aquilo que este executivo tem promovido. Esperamos agora que as minas sejam uma realidade e também o parque aquático, que em Junho será reaberto nos possa trazer outra oferta, que será sem sombra de dúvidas essencial para todos os municípios do Douro. Tudo isto são vetores que nós queremos identificar em Torre de Moncorvo como uma vila do interior que tem capacidade de oferecer o melhor que há no litoral e a sua diversidade. Fazendo de Torre de Moncorvo o mesmo que uma romã, onde há diversos focos importantes e diversos polos de atração numa unicidade que nós também reconhecemos como sendo Transmontana e Duriense. O turismo é portanto uma das principais prioridades do município neste momento? O turismo é uma das grandes apostas do município mas não é só o turismo de Torre de Moncorvo, eu penso que o turismo é uma aposta do Douro. Moncorvo tem é a capacidade de estar junto ao Património Mundial do Côa, ao Património Mundial do Douro, temos que olhar para o Turismo pela forma ambiental. Sendo que já se encontra à frente do município desde 2013, que balanço faz do mandato até agora? Eu acho que tem sido positivo, desde logo porque conseguimos que Moncorvo fosse reconhecido e para isso tivemos alguns vetores que foram essenciais. A requalificação da praia da Foz do Sabor conseguiu trazer para cá o

Campeonato Nacional de Motonáutica, foram de tal forma superadas as expectativas que este ano teremos o Campeonato Europeu de Motonáutica na Foz do Sabor. Temos também o grande projeto que é o reconhecimento da Amêndoa Coberta de Torre de Moncorvo como um produto de origem protegida, que também está a finalizar. Penso que a grande vantagem é poder sair e cumprimentar toda a gente com um bom dia ou boa tarde e saber que as pessoas percebem que o que estamos a fazer é em prol delas e é para o futuro delas, isso é o mais importante e o mais positivo.

FOTO: SF

ram engrossar os números do desemprego. Eu creio e estou certo, que Moncorvo tem capacidade para dar essa volta, desde logo se o projeto das minas de ferro for uma realidade, em breve, como eu espero que seja. Portanto Moncorvo poderá ser brevemente um empregador não só da mão-de-obra do concelho como dos concelhos limite.

Qual é o principal objetivo a realizar até ao fim do mandato? O meu principal objetivo a realizar é poder dizer que as minas de Torre de Moncorvo são uma realidade. Neste momento encontra-se satisfeito com o que fez até agora tendo em conta aquilo que prometeu na altura das eleições? A política é sempre uma insatisfação, é a arte da insatisfação, eu dizer que estava satisfeito era dizer que não tenho mais nada para fazer. Daquilo que prometemos acho que conseguimos dar por satisfeito o que temos conseguido. Desde logo uma das iniciativas que eu gostaria de terminar era a Ecopista do Sabor, mas aqui numa ótica de uma associação de municípios do Douro Superior, em que conseguíssemos ter uma grande Ecopista que iniciasse no Pocinho, ou seja, no Douro e termina-se em Miranda do Douro. Em relação à oposição, como é que é a vossa relação? É uma relação boa. Tem sido uma relação de algum conforto

> Igreja Matriz de Torre de Moncorvo para todos, penso que colocamos em primeiro lugar os interesses do município e desde logo isso dá-nos um conforto para podermos falar uns com os outros. Mas também tem sido obviamente uma discussão dos pontos de vista e dos objetivos de cada um, porque essa é a pimenta da oposição e do poder, se tivéssemos todos de acordo não havia oposição nem havia poder. Não funciona como força de bloqueio e isso é o mais importante, podemos ter divergências mas temos uma convergência de

certeza absoluta que é o bem-estar e a melhoria do concelho. Para finalizar, quer deixar uma mensagem para a população? Quero que a população de Moncorvo se sinta cada vez mais feliz e que tenha o sentimento que é uma população nobre e que o concelho de Torre de Moncorvo tem todas as potencialidades para no futuro conseguir vencer adversidades, é um concelho que tem todas as condições para prosperar num futuro muito próximo. n


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Peso da Régua

Douro volta a ser palco da 10.ª edição “d’A mais bela Corrida do Mundo”

No dia 17 de maio, a região do Douro vai receber a décima edição da Meia-Maratona que terá partida e chegada no Peso da Régua. A iniciativa terá presente alguns dos mais conhecidos atletas portugueses como Sara Moreira, Dulce Félix e Rui Pedro. Texto: Ana Portela Salomé Ferreira

A N222, estrada que foi considerada recentemente a melhor do mundo para conduzir, vai ser mais uma vez palco da 10.ª edição da Meia-Maratona do Douro Vinhateiro, prova que na perspetiva da atleta Sara Moreira, “é uma referência a nível nacional”, declarou ao VivaDouro, na apresentação da prova. Depois de no ano passado a prova ter recebido doze mil participantes, provenientes de 29 países, a organização do evento encontra-se a preparar “um vasto conjunto

de ações que permitam a todos os milhares de participantes de todo o mundo poderem usufruir ao máximo da beleza ímpar desta região”. Aquela que é já classificada como a “mais bela corrida do mundo” encontra-se dividida em duas provas diferentes: a Meia-Maratona, com uma distância de 21 quilómetros e a Mini Maratona, com seis quilómetros. Neste momento o percurso mais longo conta já com cerca de 4000 participantes, enquanto a prova mais curta contabiliza cerca de

6400 atletas, o que perfaz um total de mais de 10 mil inscrições. Sara Moreira, que já venceu a Meia-Maratona do Douro por duas vezes, salientou o facto de a região ter ficado mais conhecida com a realização desta prova, “há muita gente que eu conheço que vai correr esta meia maratona, pela paisagem e pelo percurso aliciante que é sempre correr ao pé do rio Douro”, afirmou a atleta. Como já é tradição, os participantes terão a oportunidade de provar o Vinho do Porto durante o

trajeto da Meia-Maratona, ao quilómetro dezoito, iniciativa que continua a ser única em todo o mundo. O discurso de apresentação da prova terminou com a confraria das aldeias e aldeões dePortugal, a referir mais uma vez a grandiosidade destas corridas para a região do Douro Vinhateiro, rematando que “quando estamos a fazer uma meia maratona numa estrada que recentemente foi classificada como sendo a melhor estrada do mundo, ainda mais contentes ficamos, todo o Douro e todos nós nos congratu-

lamos com essa nova promoção”. Apesar de não participar na prova, pelo facto de nessa altura se encontrar em recuperação de outra corrida, Sara Moreira, garante que estará no Douro “para dar força aos participantes e para correr um bocadinho quem sabe durante o percurso”, revelou ao VivaDouro. A décima Meia-Maratona do Douro Vinhateiro é uma organização da GlobalSport, através da Running Wonders.n


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Lamego

GNR celebra centésimo quarto aniversário em Agrupamento de Escolas

Nos dias 5 a 8 de maio, a GNR realizou na área de Lamego e Tarouca, um conjunto de ações em centros escolares com o objetivo de aproximar os mais novos desta força de segurança. Texto: Ana Portela FOTO: AP

tas utilizadas pela GNR na força do seu exercício, como por exemplo: os carros de patrulha, as algemas, os equipamentos de proteção e

de Viseu realizaram nos dias 5 e 6 de maio no Agrupamento de Escolas de Tarouca e nos dias 7 e 8 de maio no Agrupamento de Escolas Latino Coelho - Lamego, diversas iniciativas com o intuito de comemorar o 104º aniversário da GNR. Os alunos destas escolas puderam conhecer um pouco melhor o trabalho desta força de segurança na-

diovisual, onde de uma forma lúdica, as crianças conheceram um pouco da história, da missão e das valências da GNR e dos meios que estes utilizam no seu dia-a-dia. De seguida passaram às demonstrações práticas onde puderam experimentar vários dos equipamentos mobilizados. Em todas elas eram mostradas algumas das ferramen-

ainda demonstrações com cães de busca para desaparecidos e busca de estupefacientes. Os dois cavalos, em representação da Cavalaria fizeram a alegria de muitas crianças que nele puderam andar pela primeira vez. No concelho de Tarouca existiu ainda uma pista de trânsito que a GNR possui, no sentido de sensibilizar as

ainda que “estes dias representam um momento inesquecível para cada uma das crianças da Escola, algo que perdurará durante muito tempo na sua memória”. No total estavam presentes cerca de quinze guardas e várias representações dos meios da GNR, entre os quais o Núcleo de Proteção Ambiental, a Escola Segura, o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro, os Binómios Cinotécnicos e a Cavalaria. Segundo o Capitão de Infantaria, Fábio Lamelas “estas ações têm em vista principalmente a divulgação dos meios que a guarda possui e um aproximar da guarda à sociedade civil”, acrescentando que “as crianças são o elo que nos liga aos pais, ou seja, acaba por se chegar a um ponto fundamental que é a sensibilização também dos pais”. n

FOTO: AP

cional e assistir a várias demonstrações das diferentes valências que a GNR possui. A atividade começou com uma pequena introdução au-

FOTO: AP

A Secção de Programas Especiais do Destacamento Territorial de Lamego em colaboração com as valências do Comando Territorial

crianças para as precauções que devem ter na via pública, nomeadamente nas diferentes sinalizações em que têm uma parte teórica e outra prática, onde as crianças se colocaram na posição de condutores e tiveram que respeitar a sinalização de trânsito. O professor e coordenador do Centro Escolar de Lamego, Gustavo Teixeira, salientou a importância do evento afirmando que “esta iniciativa revestiu-se de enorme importância para o Centro Escolar de Lamego porque, além da honra que foi ter sido a opção da Guarda Nacional Republicana para comemorar os 104 anos da sua história, foi também, sem dúvida alguma, o reconhecimento do Centro Escolar de Lamego como a Escola de referência no concelho de Lamego e na própria região. Como bem entenderá, isso deixa-nos muito orgulhosos”, acrescentando


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Lamego

A tradição mantém-se com o maior evento equestre do Douro Realizou-se no início do mês em Lamego, o maior evento equestre do Douro, a Feira de Santa Cruz, mais conhecida na região como o “3 de Maio”. O evento contou com milhares de visitantes e aconteceu ao longo de três dias, nos quais não faltaram atividades. Texto: Ana Portela

FOTO: AP

> Demonstração de equitação na Avenida Dr. Alfredo de Sousa dos cavaleiros e as performances artísticas fizeram com que várias centenas de pessoas se juntassem a assistir a este evento que reúne muitos apaixonados por esta arte. No domingo, o tão esperado “3 de Maio”, o dia começou com a feira anual que para além dos produtores habituais da zona, tem especial destaque para os equídeos e ruminantes que aqui vêm. Este ano houve ainda um pequeno ensaio com uma feira de gado para ruminantes, como ovelhas e cabras, mas segundo o autarca da cidade “ainda não teve a adesão que esperávamos, mas pensamos que é um elemento fundamental para estimular o retorno da população à terra”. Apesar do dia chuvoso, eram cerca das 14 horas e 30 minutos, quando milhares de pessoas se juntaram no recinto onde se realizaram as corridas mais conhecidas da cidade. O início deu-se com a Corrida de Passo Travado, a mais conhecida e esperada por todos os visitantes e participantes que vêm propositadamente para este dia de competição. A vitória desta corrida foi de Dany

FOTO: AP

importante pois na perspetiva de Francisco Lopes, “destina-se a chamar a atenção e mostrar a toda a gente que chegou o 3 de Maio e que é altura de todos participarem e acompanharem este evento”. A tarde começou com uma prova de obstáculos e a noite foi de entretenimento com o espetáculo de fados de artistas locais e regionais. O segundo dia, dois de maio, iniciou-se com as aulas de equitação abertas à população que trouxeram muitas pessoas à cidade, na sua maioria crianças, com o intuito de experimentarem um pouco daquilo que é a equitação e o mundo dos cavalos. Já passavam largos minutos das 16 horas quando começou a demonstração de equitação de trabalho pela Caudelaria Soares Neves, que reuniu centenas de pessoas na avenida principal de Lamego. Durante a noite, para além da circulação das charretes que ofereciam à população passeios pela avenida, às 22 horas iniciou-se o espetáculo equestre de Equitação Clássica protagonizado pelo Centro Hípico do Vale do Sousa. Os cavalos possantes, os trajes tradicionais

17 horas e 30 minutos quando começou a última prova destes três dias de festividade, a Corrida de Galope Amador. Esta corrida foi ganha por João Pedro Ferreira de 19 anos que levou o troféu para a sua cidade, Oliveira de Azeméis. O jovem que participou pela primeira vez em corridas de Galope Amador contou que desde muito novo que lida com cavalos e que este “é o início de um sonho”, deixando a promessa de voltar para o próximo ano. Por último o édil fez um balanço muito positivo desta edição da Feira de Santa Cruz e admite que “com um programa económico ajustado aos tempos que vivemos, tivemos uma festa de grande qualidade, com uma grande participação do público, uma grande dinamização do comércio da cidade e esse era o nosso objetivo principal”.n FOTO: AP

A Feira de Santa Cruz que se realiza anualmente na cidade de Lamego é um dos maiores acontecimentos do município, onde não faltam atividades relacionadas com a arte equestre. Segundo Francisco Lopes, presidente da Câmara Municipal de Lamego, organizadora do evento, esta “ é uma feira com tradições muito profundas, muito antiga no nosso concelho e na região, é uma feira de ano, é uma feira em que tradicionalmente as pessoas ligadas à atividade da agricultura e especialmente à atividade vitivinícola, vinham comprar os animais que necessitavam para os trabalhos agrícolas”. Mais recentemente esta aquisição de cavalos e produtos com fins de trabalhos agrícolas desapareceu, tornando-se uma feira mais dinâmica e com outro tipo de atividades, como os passeios de charretes, a iniciação de aulas de equitação para crianças e algumas demonstrações de equitação de alta escola. O evento começou no dia um de maio, sexta-feira. Na parte da manhã, um passeio equestre encheu as ruas da cidade de galopes e crinas brilhantes. Um passeio

Rodrigues. O cavaleiro lamecense que desde pequeno se interessa por estas atividades, voltou às corridas em 2002 depois de um pequeno interregno devido à sua vida profissional e em conversa com o VivaDouro, confessou que “já perseguia esta vitória há alguns anos e este ano foi com muita emoção que senti o calor do povo quando foi anunciado o resultado” acrescentando ainda que em “Lamego é sempre especial participar, porque é a terra que ostentamos à lapela com um enorme orgulho e das corridas mais tradicionais”. Houve ainda tempo para que a organização da Feira de Santa Cruz atribuísse o Troféu “Rufino Rilhado” a Rogério Pinto, pela sua dedicação e devoção a esta arte equestre e pelos serviços prestados à cidade de Lamego na organização de diversos eventos do género. Poucos minutos passavam das


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Penedono

História do lendário Magriço agora aos quadradinhos Depois de ter sido já eternizada no canto VI dos Lusíadas, a história de Álvaro Gonçalves Coutinho, habitualmente reconhecido como “Magriço”, lendário cavaleiro de Penedono, foi agora transportada para Banda Desenhada, pelas mãos de Pedro Emanuel. Texto: Salomé Ferreira

Após Carlos Esteves, presidente da Câmara Municipal de Penedono, ter lançado o desafio, surgiu a ideia de transformar a história do Magriço em Banda Desenhada. “A figura histórica de Álvaro Gonçalves Coutinho, carecia de uma abordagem diferente e, por conseguinte, do ponto de vista da divulgação o suporte em Banda Desenhada cumpria esse desígnio”, contou Pedro Emanuel ao VivaDouro. De acordo com o artista, o gosto pelas artes plásticas, nomeadamente pela pintura, a ilustração e o desenho, foram outros dos ingredientes que serviram como impulsionadores para a realização deste projeto, “a motivação é já de si, uma motivação originária ou, se quisermos, quase inata”, explica o professor de Psicologia e Filosofia. “Infelizmente reina uma certa desabituação nos hábitos de leitura, em grande parte porque hoje vivemos numa sociedade que vive muito da imagem. Basicamente

criou-se e divulgou-se um pouco a ideia de que não há tempo para ler”, afirma Pedro Fernandes, ao mesmo tempo que explica que “a Banda Desenhada possui características impares que subtilmente apelam ao interesse e seduzem os leitores”. Na perspetiva do autor esta forma de arte “alia a imagem ao discurso escrito, o icónico ao verbal, funcionando como um atrativo e sedutor género narrativo”. Desta forma, “é muito mais fácil levar um pedaço de história ao conhecimento dos jovens e dos adultos”, acrescentou. “Elaborar uma Banda Desenhada, pela primeira vez, é sempre um desafio que deve ser abraçado com toda a dedicação e empenho”, referiu Pedro Emanuel. Até ao produto final, o autor teve de passar por várias etapas para a realização do projeto. Assim, o primeiro passo foi a pesquisa de documentação histórica, “evidentemente que os factos históricos não retirarão a criativida-

de ao autor, pelo contrário, constituem-se como âncora ou espécie de farol que orienta a criação”, esclareceu. A fase seguinte passa pela elaboração de um guião da história, com apoio nos dados históricos, que irá servir como base para a sequência de pranchas desenhadas. Por último, a realização do desenho pode ser realizada através de apoio de suportes digitais, ou com os tradicionais materiais de pintura. “Nesta BD entendeu-se que seria pedagogicamente de suma importância elaborar uma exposição itinerante com quadros das pranchas realizadas, que estivessem à disposição das instituições públicas ou privadas para percorrer o país e divulgar a figura histórica de Álvaro Gonçalves Coutinho e por consequência o concelho de Penedono”, explicou Pedro Emanuel. A exposição já percorreu vários concelhos, entre eles, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Covilhã, Tabuaço, bem como institui-

ções. Até ao momento o autor considera que o balanço tem sido “extremamente positivo uma vez que as pessoas reconhecem as potencialidades da Banda Desenhada como meio auxiliar no processo de aprendizagem, mas também como forma de divulgação da identidade local e das referências históricas a ela associadas”. A exposição de pranchas de banda desenhada, que conta a história do cavaleiro que partiu de terras beirãs para Inglaterra, pode ser encontrada em exibição, até ao dia 24 de maio, na Galeria da Real Fábrica de Panos do Museu dos Lanifícios na Covilhã. n


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Tabuaço, Sernancelhe, Moimenta da Beira

Tabuaço, Sernancelhe e Moimenta da Beira comemoram o 50.º aniversário da Barragem do Vilar

Os municípios de Tabuaço, Sernancelhe e Moimenta da Beira assinalaram o 50.º aniversário da construção da Barragem do Vilar com a presença do Secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro. Texto: Salomé Ferreira

FOTO: SF

> Na foto: António Leitão Amaro e Carlos Silva registou a cerimónia da inauguração da Barragem do Vilar, em 1965, pelo então Presidente da República Américo Tomás. Realizou-se ainda uma visita à exposição fotográfica “Barragem do Vilar – A Obra”, patente no Centro Interpretativo, onde se faz uma retrospetiva de toda a obra e engenharia da barragem, desde os primeiros estudos realizados em 1950 até à data da inauguração, em 29 de abril de 1965. José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, lembrou no seu discurso durante as comemorações, o facto de a barragem de Vilar não ter “um impacto económico direto significativo na região”, acrescentando ainda que

“continuam a sair do território todos, ou praticamente todos, os proveitos aqui gerados”. “Por isso,

declarou o membro do governo. Leitão Amaro que considerou ainda que havia uma “justiça histórica” que tinha de ser feita, visto que a última vez que esteve alguém do governo naquele território, ainda no antigo regime, “esqueceu-se de fazer uma homenagem a quem deu a sua terra pelo progresso”, lembrou o secretário de estado, ao mesmo tempo que aproveitou para agradecer em nome do governo, a todos os que deram a sua terra “para este empreendimento importante”. Para Carlos Silva, “a construção da barragem teve uma curiosidade que perdurou no tempo”, visto que, “uniu, no mesmo propósito, várias freguesias e três municípios”. O autarca considera ainda que o dia das comemorações dos 50 anos da Barragem do Vilar, é “muito importante para mostrarmos que valorizamos as nossas origens e admiramos o nosso passado”, afirmou. n FOTO: SF

Numa tarde chuvosa, mais de duas centenas de pessoas esperavam, junto ao Centro Interpretativo da Aldeia da Faia, em Sernancelhe, a chegada de António Leitão Amaro, que participou nas comemorações dos três concelhos. Com inicio em Tabuaço, passando por Sernancelhe e tendo sido finalizadas em Moimenta da Beira, todas as comemorações passaram por um momento comum, o descerramento da placa comemorativa do 50.º aniversário da Barragem pelo membro do governo. Em Sernancelhe, depois de ter sido assinalado este momento, o programa prosseguiu com uma visita ao Centro Interpretativo da Aldeia da Faia, local onde se assistiu ao filme da RTP que

é de inteira justiça que as receitas permaneçam cá, pois só assim vamos conseguir os objetivos da coesão territorial”, argumentou o autarca, obtendo recetividade por parte de António Leitão Amaro, que garantiu o seu empenho para a resolução do problema. “Pedra a pedra, os faienses deram um exemplo de determinação e luta”, lembrou Carlos Silva Santiago, Presidente da Câmara de Sernancelhe, ao mesmo tempo que recorda “o quanto terá sido difícil pela escassez de meios e porque ficaram sem casas, sem terrenos, sem bens e, na altura, sem esperança”. No seu discurso em Sernancelhe, também António Leitão Amaro falou de esperança, ao mesmo tempo que fazia uma analogia entre os sentimentos que a população de Faia vivia naquela altura e o que se vive hoje em dia em Portugal devido à crise económica, “hoje ainda com alguns sinais de incertezas, os sinais que aparecem já justificam esperança”,


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Sabrosa / Torre de Moncorvo

Sabrosa recebeu a primeira edição do Douro Trail 9 Quintas

O Douro Trail 9 Quintas realizou-se no dia 25 de abril, pelas nove horas e teve partida no centro do município de Sabrosa. O evento resulta de uma parceria entre a empresa Positive Life Sensations, da Câmara Municipal de Sabrosa e da Associação Sabrosa Douro XXI e juntou centenas de pessoas que aliaram a corrida à paisagem desta região. Texto: Ana Portela FOTO: AP

santes, onde se pode conjugar a atividade física ao turismo e também aos produtos regionais que nesta zona são tão característicos”. A organização afirmou ainda que o Douro Trail 9 Quintas abrange todas as faixas etárias, exceto crianças uma vez que

pois das 11 horas e 30 minutos. Os cerca de 500 participantes percorreram caminhos, trilhos e vinhas ao longo de novequintas da região Douro, numa adesão que foi “extremamente positiva”, frisou Ana Malhó. Pedro Resende, atleta da prova dos 18 quilómetros e residente no Porto, admitiu participar na prova por gostar muito de desporto e sublinhou que é importante “aproveitar estas iniciativas num cenário tão espetacular”, acrescentando que “as maravilhas desta região são bastantes conhecidas a nível nacional e internacional e esta iniciativa foi só mais uma pequena amostra”. O participante classificou a prova como sendo “excelente” e dei-

xou a promessa de voltar, sugerindo ainda que no próximo ano fosse incluído a possibilidade de provar o vinho nas caves.n

FOTO: AP

Ana Malhó e Rui Rebelo, propriatários da empresa Positive Life Sensations e organizadores desta prova, confessaram que tiveram esta ideia porque ambos gostam deste tipo de corridas e porque a região do Douro Vinhateiro “tem paisagens muito bonitas e interes-

não têm tanta resistência física e que o seu principal objetivo é “o gosto pela corrida, o gosto de trazer os outros à corrida e dar aos outros sensações positivas”, A iniciativa era composta por três provas diferentes: o Douro Trail 9 Quintas (32 km), o Douro Mini Trail (18 km), ambos com partida em Sabrosa e meta no Pinhão e a Caminhada (12km), com um percurso circular que começou e terminou na praia fluvial do Pinhão. Passavam poucos minutos das 11 horas quando João Santos, participante dos 18 quilómetros, cortou a meta em primeiro lugar no seu escalão. Já o primeiro lugar nos 32 quilómetros foi para André Guedes, que chegou ao Pinhão pouco de-

Primeiro festival literário de Sabrosa excedeu as expectativas

Torre de Moncorvo assinou contratos na área da saúde

De 7 a 9 de maio decorreu o primeiro Festival Literário, denominado ENCONTRADOURO, no Espaço Torga em S. Martinho de Anta, em Sabrosa e no Museu do Douro, no Peso da Régua.

A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo assinou, no dia 6 de maio, um acordo de cooperação com a Santa Casa da Misericórdia e a Unidade Local de Saúde do Nordeste com o objetivo de colocar em funcionamento a Unidade Móvel de Saúde deste concelho. FOTO: DR

tor turístico. A crítica literária, a música, a pintura e a ciência misturaram-se harmoniosamente em Sabrosa, cujo presidente da Câmara Municipal, José Marques, afirmou que “foi um sucesso”, salientando “a evocação e a homenagem a Miguel Torga, a promoção do território, o nível dos escritores, a participação entusiástica das escolas e as impressões positivas deixadas junto dos participantes relativas ao acontecimento e ao próprio Espaço Torga”. n FOTO: DR

O evento literário juntou algumas individualidades nacionais e internacionais ligadas à literatura, à arte e à ciência e ultrapassou as expectativas esperadas. Com esta iniciativa o Douro e a região criaram um ícone importante de cultura e conhecimento, dinamizando nacional e internacionalmente o território do Douro Vinhateiro. Para a edição de 2016 está prevista a atribuição de um prémio literário incluindo outras inovações que serão divulgadas com o aproximar do evento. O Encontradouro ultrapassou mais de meio milhão de pessoas que vieram de vários pontos do país e do estrangeiro, propositadamente para a iniciativa e presenciaram diversos debates literários, dando também a conhecer um pouco do concelho de Sabrosa e da região do Douro Vinhateiro, revelando-se por isso um forte promo-

De acordo com comunicado, António Marçôa, Presidente do Concelho de Administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste, referiu que “este protocolo vai reforçar a equipa da Unidade de Cuidados de Continuidade que tem em ação programas de acompanhamento a alunos em idade escolar, a grávidas, a utentes com necessidades especiais”. Fernando Gil, Provedor da Santa Casa da Misericórdia, explicou que a instituição coloca à disposição os recursos humanos e veículo, para

que a Unidade Móvel possa funcionar. Na mesma cerimónia, a autarquia assinou ainda um contrato programa com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torre de Moncorvo com vista ao apoio no transporte de doentes para os hospitais centrais. Nuno Gonçalves, presidente do município, considera que “estes protocolos permitem levar a saúde da sede de concelho para as freguesias e àqueles que não têm a possibilidade de serem transportados para hospitais do litoral. Esta era uma carência da população que vai ser colmatada”, afirmou. Os contratos assinados inserem-se no programa “Ninguém Fica de Fora”, que para além da vertente cultural tem também um lado social, que tem objetivo de levar os cuidados necessários à população do concelho. n


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Vários concelhos

Décima primeira edição da Mesão Frio continua com o apoio a famílias carenciadas FAV em Murça

O executivo municipal, desde 2013, tem vindo a ajudar pessoas carenciadas na requalificação das suas casas

A Câmara Municipal de Santa Marta de Penaguião juntamente com a UTAD, assinaram no passado dia 5 de maio, em Vila Real, o protocolo do programa “LínguaLer- Sucesso para Todos”. naguião por se tratar de um concelho pequeno, em que as escolas não estão muito dispersas e porque também ainda é um município onde “existem taxas de retenção acima da média, mais particularmente no segundo e terceiro ciclos”. O presidente da Câmara Municipal, Luís Machado, salientou que o programa vai “fazer um trabalho de raiz que vai permitir lutar contra o insucesso escolar”. Um estudo da Unidade de Dislexia da UTAD sobre a prevalência desta perturbação em crianças concluiu que 5,4% dos 1460 avaliados nos concelhos de Vila Real e Braga possuem dificuldades na área da leitura ou escrita. “O grosso dos problemas das dificuldades de aprendizagem estão precisamente nesta zona das questões da linguagem, quer oral, quer escrita”, acrescentou a responsável pela Unidade de Dislexia da UTAD. n

Prémios de mérito para alunos carenciados matriculados no Ensino Superior Autarquia de Moimenta da Beira vai atribuir prémios de mérito, no valor de 1.500euros, a alunos com dificuldades económicas que se encontrem matriculados no ensino superior e que apresentem mérito escolar. Para se candidatarem, os estudantes necessitam de ter idade igual ou inferior a 25 anos e residir no concelho de Moimenta da Beira há pelo menos cinco anos. Sendo que o período de candidaturas decorrerá de 13 a 26 de maio. O município irá entregar até um máximo de 20 prémios. A atribuição do prémio tem como objetivo apoiar o prosseguimento de estu-

dos aos alunos (de mérito) que não disponham de meios para acarretar com as despesas inerentes à frequência do Ensino Superior. Cada caso será avaliado por uma Comissão de Análise que elaborará uma lista graduada tendo em conta os critérios de seleção previstos no regulamento que pode ser consultado no portal do município. n FOTO: DR

Ana Paula Vale, responsável pela Unidade de Dislexia da UTAD, explicou que esta iniciativa que tem como objetivo principal combater as dificuldades de aprendizagem nas crianças, irá desenvolver-se em duas fases. A primeira arranca já este mês com a realização de um rastreio às crianças do pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico. A segunda fase realiza-se em setembro e irá implementar o programa, que decorrerá durante o período de dois anos, que tem como alvo as crianças do pré-escolar . O objetivo principal é “desenvolver a linguagem oral e os componentes da linguagem que são essenciais para a aprendizagem da leitura e da escrita”, frisou a responsável. As crianças do pré-escolar de Santa Marta de Penaguião vão participar no projeto-piloto “LínguaLer” que visa combater as dificuldades de aprendizagem. O projeto, que tem um investimento de 35 mil euros e é pioneiro no país, irá realizar-se em Santa Marta de Pe-

Os produtores do município promoveram os seus produtos junto dos visitantes nesta que foi a décima primeira edição da Feira do Azeite e do Vinho (FAV), que se realizou no Feriado Municipal de Murça, comemorado no dia oito de maio. Para o presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa, este evento tem vindo a crescer ano após ano, fazendo a sua consolidação no ano de 2015.

A Feira do Azeite e do Vinho serviu para os produtores locais promoverem o vinho, o azeite e a doçaria local e regional e também para estabelecerem contactos para futuros negócios. Eram cerca de 70 os expositores que vendiam azeite, vinho, doçaria, fumeiros e muitos produtos regionais durante os dias do evento que recebeu milhares de visitantes. n

FOTO: DR

Programa “LínguaLer” implementado em Santa Marta de Penaguião

FOTO: DR

A Câmara Municipal de Mesão Frio, através do Programa Social de Apoio à Habitação, tem um programa contínuo em que ajuda famílias comprovadamente carenciadas, na recuperação das suas casas. No início do mês foram terminadas mais três das intervenções que estavam a decorrer, num valor total de cerca de nove mil euros. Até ao fim do ano, o executivo municipal preten-

de ainda realizar mais dez intervenções em imóveis em todo o concelho. Na freguesiade Vila Marim, foram já realizadas duas requalificações, em que uma das beneficiárias, cuja única fonte de rendimento é a reforma, se mostrou satisfeita com a ajuda dada pelo município, afirmando “sem esta ajuda, era impossível fazer as obras. Eu já tinha colocado escoras a segurar o teto e corria o risco de ficar debaixo dele, porque estava em muito mau estado. Tinha muito medo, principalmente durante o inverno. Agora, já me sinto segura”. A outra intervenção na mesma freguesia incluiu a colocação de telhado. Durante o mandato atual, o município já recuperou oito habitações em risco e procedeu à recuperação de um imóvel que foi destruído na sequência de um incêndio que desalojou uma família. n

Produtos regionais como o azeite, o vinho e a doçaria estiveram presentes durante três dias no concelho de Murça.


VIVADOURO MAIO 2015 27

Opinião

Ciência, Vinho e Território

Reitor da UTAD

FOTO: DR

António Fontainhas Fernandes

No próximo dia 29 de maio, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) promove a iniciativa “Ciência, Vinho e Território”, em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Real e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN). Esta terá lugar no Regia-Douro Park – Parque de Ciência e Tecnologia - e vai reunir figuras de referência a nível nacional e internacional no domínio da vinha e do vinho, numa perspetiva de ligação ao território. Também neste dia, a Universidade vai atribuir o título Doutor Honoris causa a duas figuras emblemáticas do Norte e que se identificam com a estratégia “Ciência, Vinho e Território”: o engenheiro João Nicolau de Almeida e o professor Luis Braga da Cruz. Desta forma, a UTAD aposta numa estratégia em rede com a região, consolida a sua posição enquanto agente de desenvolvimento, e mantém a sua

afirmação como motor de políticas ligadas ao conhecimento. É consensual que as regiões serão mais competitivas se apostarem na economia do conhecimento, com efeitos práticos na atração de trabalhadores do conhecimento. Nesta perspetiva,

as Universidades devem integrar redes e ganhar escala, não apenas nacional como é o exemplo da formação do consórcio UNorte. pt, que integra as Universidades do Porto, do Minho e a UTAD, mas também apostar na integração em redes internacionais.

Contudo, é fundamental que as instituições preservem os seus valores, o respeito pela sua história, pela sua identidade, e a UTAD tem mantido a sua matriz identitária, fortemente ligada às ciências agrárias, e o seu papel no desenvolvimento regional, enquanto fator de coesão regional. Mas, cada Universidade deve ter uma “assinatura”, composta por um núcleo de competências consolidadas e resultantes do seu próprio percurso. No caso específico da UTAD, importa reforçar as áreas que a identificam e que incluem o sector primário, o ambiente e paisagem, o turismo, a cultura, as novas tecnologias, a comunicação digital, sempre privilegiando o desenvolvimento de projetos multidisciplinares, mas sobretudo contribuindo para que, cada vez mais, “Ciência, Vinho e Território” seja uma marca da maior relevância para o Douro. n

Serviço Público e Seriedade

Prof. Catedrático da UP e Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

FOTO: VC

Emídio Gomes

Nos últimos anos criou-se a ideia de que serviço público, dedicação, ética e seriedade são conceitos e práticas incompatíveis. Acreditem que não há nada de mais errado. A experiência em vários domínios da administração pública tem-me permitido conhecer inúmeros casos de elevadíssima competência profissional, dedicação sem limites, ética e seriedade inquestionável. Na esmagadora maioria dos casos em nada desmerecendo da competência estabelecida no setor privado. Com um detalhe que faz toda a diferença: a impossibilidade decretada de não se poder premiar os melhores, nem erradicar os casos negativos que contaminam irremediavelmente o setor público. E, aqui, a diferença face ao setor privado, quando o mesmo é eficiente e sério, é total. Mas grande parte disto também acontece por culpa do ruído negativo que os supostos defensores das mais amplas liberdades e da causa pública,

acolitados por uma cultura mediática que privilegia as notícias más em detrimento das boas – “quanto pior mais se vende” –, passam para o exterior de forma deplorável. Escrevo hoje sobre este tema a propósito da obrigação legal de se abrir um concurso público para

uma segunda fase de remoção de resíduos tóxicos da zona das antigas minas de São Pedro da Cova. Não importa que um problema com mais de treze anos esteja a ser resolvido desde setembro do ano passado, graças ao empenho da Presidência da CCDRN, da Câmara de

Gondomar e do próprio Governo, após um processo longo e penoso. O que importa é mesmo “montar o circo”, de preferência no dia da saída da empresa que está a executar a primeira fase de remoção dos resíduos. Porque o “circo” seria, e provavelmente será, sempre instalado: ou para acusar o Estado de cometer uma ilegalidade ao prorrogar um contrato, ou para a exibição preparada com gritos e bandeiras, seguramente apoiada com TV e jornais, no dia da inevitável paragem temporária da retirada dos resíduos. Será irrelevante que um passivo ambiental esteja em vias de resolução. Tudo isto promovido pelos supostos defensores do serviço público e das mais amplas liberdades, do povo e para o povo. E quase sempre com a mais elevada e competente promoção mediática. Estes comportamentos dificultam mas não alteram o caminho: serviço público sempre e só com seriedade! n


28 VIVADOURO MAIO 2015

Vozes dos Municípios

S.João da Pesqueira

José Fontão Tulha Presidente da Câmara Municipal de S.João da Pesqueira

S. João da Pesqueira está literalmente no coração da primeira região vinícola demarcada do mundo, a Região Demarcada do Douro, onde nasce o famoso Vinho do Porto e vinhos de mesa de prestígio incomparável. As paisagens da região, sucessão infinita de encostas rasgadas em socalcos que os homens desenharam, surpreendem pela grandeza e convidam a uma viagem através da história. Este território orgulha-se de deter o Foral mais antigo de que há memória, um dos mais antigos do país, anterior à criação da nacionalidade portuguesa. Todas estas singularidades, ficaram marcadas e reconhecidas em 2001 com a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial, sendo S. João da Pesqueira o concelho que maior área classificada detém. O Concelho sempre teve na atividade agrícola o “motor” da economia local, com destaque para a viticultura em que se orgulha de ser a nível nacional o maior produtor de vinho do Porto e DOC Douro. O Município tem apostado na divulgação do Concelho nos principais eventos nacionais de

promoção turística / gastronómica e do sector vinícola de forma a potenciar cada vez mais os seus recursos naturais e produtos endógenos. Também tem participado em eventos internacionais, onde tem sido feito um esforço de internacionalização do Concelho e dos seus principais produtos. Para além disso a estratégia de promoção do território passa pela aposta em eventos que captem o interesse dos visitantes, procurando englobar / divulgar os produtos de referência do Concelho (vinho, azeite, amêndoa, outros) junto dos operadores turísticos. Paralelamente, existe um conjunto de infraestruturas no âmbito da preservação e divulgação do património, como sejam unidades e núcleos museológicos, que desde a arqueologia, arte contemporânea, arte sacra, etnografia, como em temas associados ao domínio agrícola, como sejam o vinho e o azeite, que procuram corresponder às ofertas e expectativas de quem visita este território. É disso exemplo o recente Museu do Vinho e a Loja Interativa de S. João da Pesqueira, com a finalidade de dotar o Concelho de modernos equipamen-

tos que potenciem a promoção turística, a história e identidade e os recursos naturais e endógenos. Associadas a estes domínios do património, subsistem um conjunto de atividades e recriações sazonais, que constituem uma mais-valia para quem procura este destino, complementado, com toda a ambiência cultural da paisagem vinhateira do Douro Património Mundial. A época das Amendoeiras em Flor, sempre teve uma importância turística e económica para o concelho, principalmente devido ao fluxo de turistas que ocorre nessa época do ano, fazendo S. João da Pesqueira parte da tradicional rota das Amendoeiras em flor. De forma a ser aproveitado esse fluxo de visitantes foi criado o evento Festa dos Saberes e Sabores do Douro, onde podem encontrar uma oferta variada de produtos regionais e locais, bem como a gastronomia típica e os saberes e ofícios locais e artesanais, que durante 3 fins-de-semana (Fevereiro e Março) estão em exposição para que os visitantes os possam adquirir, levando consigo produtos de excelência.

O evento Vindouro – Festa Pombalina que se realiza no primeiro fim-de-semana de Setembro, recria todo este legado histórico e cultural da Região Demarcada do Douro e divide-se em duas grandes vertentes. A vertente de comercialização dos vinhos e que deu origem inicialmente ao evento Vindouro, em que são convidados os produtores de vinho do Concelho e da Região do Douro, que durante os dias do evento, efetuam provas com os visitantes, de forma a dar a conhecer os vinhos que cada quinta / empresa se propõe comercializar. A vertente da Festa Pombalina surgiu como homenagem a um homem que muito fez pela região do Douro, trata-se do Marquês de Pombal, que também se encontra ligado ao Concelho de S. João da Pesqueira, onde diversos atores e figurantes vestidos à época pombalina procuram interagir com os visitantes e ao mesmo tempo recriar esta época que marcou a Região do Douro. Venha conhecer o Coração do Douro Vinhateiro, visite S. João da Pesqueira. n

apreciadas pelo consumidor.

nicípio com maior número de proje-

a autarquia e as diversas associações

Armamar Armamar é um município com

João Paulo Fonseca Presidente da Câmara Municipal de Armamar

cerca de 6000 habitantes distribuídos

A estas duas grandes áreas, o

tos de Jovem Agricultor. Também as

culturais, recreativas e desportivas

por 14 freguesias. O limite geográfico

vinho e a maçã, juntamos ainda as

unidades industriais instaladas têm

do município organizam eventos em

é definido a norte pelo rio Douro e a

unidades industriais do setor agro-

feito investimentos significativos que

que se celebra a nossa identidade.

sul encosta-se ao planalto beirão.

-alimentar com a indústria trans-

muito contribuirão para criar empre-

São momentos de grande beleza com

go e fixar as populações.

música, dança, encenação e todas as

Esta localização geográfica privi-

formadora de carnes e dos laticínios

legiada permite ir buscar ao cultivo

(com os queijos frescos e curados

Ao nível da ação social podemos

formas de arte que trazem o passado

da terra a base de todo o desenvolvi-

de leite de cabra). Neste setor estão

orgulhar-nos da rede de respostas

de encontro ao presente, porque só

mento económico, social e cultural.

a fazer-se grandes investimentos na

criada quer no apoio às crianças e

conhecendo a nossa história pode-

Em plena região Duriense, desde

criação de gado caprino, numa terra

jovens quer nos cuidados de que os

mos continuar a traçar um caminho

2001 Património da Humanidade, a

em que o ícone gastronómico é o ca-

nossos idosos precisam. A autarquia

de futuro.

parte norte do município é marcada

britinho assado.

é um elo aglutinador do trabalho fei-

Tudo isto faz de Armamar uma

pelos vinhedos das quintas durienses

Apesar do cenário económico do

to nesta matéria: todas as crianças e

terra que vale a pena conhecer e com

de onde saem vinhos reconhecidos

país e da Europa no seu conjunto não

jovens têm apoio nos transportes es-

o objetivo de promover o nosso po-

em todo o mundo pela sua qualidade.

ser o melhor em Armamar parece

colares, na alimentação, na aquisição

tencial vem crescendo nos últimos

A parte sul do município, por

haver razões para olhar o futuro com

de material e são-lhes oferecidas ou-

anos o projeto da Feira da Maçã. No

seu lado, é onde se estendem gran-

boas expectativas: o incremento da

tras atividades de caráter lúdico e pe-

próximo mês de Outubro realiza-se a

des áreas de macieiras. A produção

atividade agrícola, com grandes in-

dagógico; no apoio aos idosos foram

oitava edição deste certame em que

de maçã é determinante para o mu-

vestimentos que se têm feito no setor

investidos nos últimos anos perto de

os diversos setores, e não só a maçã,

nicípio: trata-se de um elemento di-

do vinho e da maçã, deixa antever

8 milhões de euros, entre outros, na

se mostram aos milhares de visitantes

ferenciador no quadro da região viti-

uma maior fixação dos jovens e um

construção de raiz de três novos lares.

que durante dois dias vêm, ouvem,

vinícola em que nos encontramos e a

aumento da população a médio pra-

Os Armamarenses, cientes do le-

sentem e provam o que temos de me-

conjugação de factores como os solos,

zo. Armamar será mesmo, ao nível da

gado dos seus antepassados, revivem

lhor. Se não for antes, visite-nos por

o clima e a altitude conferem à nos-

Direção Regional de Agricultura de

a herança das suas tradições e costu-

essa altura! Venha conhecer… n

sa maçã características únicas muito

Trás-Os-Montes e Alto Douro, o mu-

mes. Numa conjugação de esforços,


VIVADOURO MAIO 2015 29

Lazer RECEITA CULINÁRIA VIVADOURO Chef Rogério Lousada

Salmão com maçã caramelizada (4 pax) Ingredientes: 4 lombos de salmão (150 gr cada) 200 gr maçã 50 cl vinho branco 40 gr manteiga funcho q.b. hortelã q.b. sal pimenta preta

Preparação: Temperar os lombos de salmão (sem espinhas nem pele) com sal e pimenta e grelhar a gosto. Descascar as maçãs e cortar em cubos pequenos. Num tacho, colocar a manteiga, adicionar a maçã e o funcho. Deixe refogar e quando começar a caramelizar, junte o vinho e deixe evaporar o álcool, tempere com a pimenta e uma pitada de sal. Para o empratamento, dispor o salmão sobre a maçã, polvilhar com funcho e hortelã picados. Aproveite o molho da caramelização da maçã para colocar por cima do salmão.

LELO e ZEZINHA

Anedota:

Sopa de letras do VivaDouro

Na escola, um aluno está a chorar e a professora diz: - Não chores. Quando choras vais ficar feio quando cresceres. - Então a professora quando era pequena devia ser uma grande chorona.

METRO CARRO BICICLETA AUTOCARRO AVIAO MOTA BARCO COMBOIO

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Venha visitar...

Freixo de Espada à Cinta Freixo de Espada à Cinta, conhecida por muitos como a “Vila mais Manuelina de Portugal” pertence ao distrito de Bragança, Região Norte e sub-região do Douro, totalizando cerca de 2200 habitantes. São várias as lendas que foram passando de geração em geração acerca da origem da vila e do seu nome, entre elas, reza a tradição que um nobre godo, chamado “Espadacinta”, chegou a este lugar após uma batalha com os árabes na margem do Douro e se sentou a descansar à sombra de um grande freixo onde pendurou a sua espada, tendo daí surgido o nome Freixo de Espada à Cinta. A vila onde se fixaram inúmeras famílias judias durante a segunda metade do séc. XV, é detentora de inúmeras formas de expressão artística alusivas ao estilo manuelino. Por estas e outras razões não deixe de visitar Freixo de Espada à Cinta! >A árvore Freixo, de Espada à Cinta

> Igreja Matriz

> Jorge Álvares, explorador portugês

> Pelourinho

Passatempo VivaDouro A vencedora do Passatempo VivaDouro do mês de maio foi a Cátia Ribeiro. Parabéns pela sua participação!

Participe também você no nosso concurso. O VivaDouro desafia-o a enviar as suas melhores fotografias do Douro para a nossa página do Facebook: facebook.com/jornalvivadouro.




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