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DESPEDIDAS Adeus, Vitorino! Despedidas dos alunos do 12.ª ano

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Ilhéus das cabras

Ilhéus das cabras

No excitante caminho da educação, cada ano é uma etapa crucial para os estudantes No entanto, o 12º ano é especialmente marcante, pois representa a conclusão do ensino secundário e o início de uma nova fase na vida Com o intuito de explorar as experiências e os sentimentos dos finalistas do 12º ano, tivemos o privilégio de conduzir uma série de entrevistas reveladoras com jovens brilhantes que estão prestes a enfrentar um voo em direção ao futuro. Durante as entrevistas, mergulhamos nas vivências desses alunos exemplares, que estão prestes a encerrar um importante capítulo nas suas vidas escolares. Cada um deles carrega consigo histórias únicas de superação, conquistas e amadurecimento pessoal. Todas as suas jornadas educacionais foram repletas de desafios e momentos inesquecíveis. Ao conversar com cada finalista, foi evidente que eles são verdadeiros protagonistas das suas próprias aventuras Este artigo visa dar voz a estes talentosos estudantes, através de palavras inspiradoras e perspectivas únicas, podemos compreender o significado profundo dessa etapa crucial da vida escolar e apreciar o esforço e a dedicação com que cada um deles se dedicou para alcançar seus objetivos À medida que nos aprofundamos nas entrevistas, ficou claro que estes grandes homens e mulheres preparam se para enfrentar os desafios do futuro com confiança e determinação, desta forma, revelam, também, valiosos concelhos que podem ser seguidos por estudantes de todas as idades, mais especificamente alunos que entram no secundário no próximo ano letivo.

Conta-nos o teu historial na ESVN.

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Transferi-me da Tomás [de Borba] para a Vitorino no meu 10°, onde me inscrevi no curso de ciências socioeconómicas um bocado por exclusão de partes [risos]. Com isto, estou nesta escola apenas há três anos, mas sinto-me em casa desde sempre e vai ficar sem dúvida marcada na minha vida.

acaba por ser o mais aproveitado pois sabemos que é o último, então acabamos por viver tudo mais intensamente. Posso dizer que jamais esquecerei a minha passagem na Vitorino, vivi momentos inesquecíveis e conheci pessoas que vou levar para a vida.

Depois de estar na FOC até ao 9.ºano no Ensino Regular, vim para a Escola Secundária Vitorino Nemésio frequentar a área das Ciências e Tecnologias. No 10.º e 11.º ano optei pelas [disciplinas] bienais de Biologia e Geologia e de Físico-química. Já no 12.ºano escolhi como disciplinas opcionais Física e Aplicações Informáticas.

Cármen Tavares

Entrei para a Vitorino no sétimo ano de escolaridade e completo o Ensino Secundário este ano na área de Socioeconómicas O meu terceiro ciclo foi uma autêntica montanha russa porque tinha vindo de outra escola para me juntar a uma turma onde não conhecia ninguém. Para além disso, nesses três anos fomos conhecidos como a pior turma da escola. Ao contrário dos três anos do Básico, quando entrei no Secundário fiz imensos amigos e comecei a conviver imenso com o meu atual grupo. Posso afirmar que o ano mais difícil para mim foi o décimo primeiro porque a carga horária era maior e o grau de exigência em relação ao ano anterior era muito mais notório, mas, sem dúvida alguma, o mais stressante é o décimo segundo. Acho que também

Sou aluno da ESVN desde os meus 12 anos. Vim para esta escola mal pude e não podia estar mais feliz com essa decisão A Vitorino Nemésio foi para mim uma grande mudança, mas uma mudança muito e totalmente positiva. A adaptação e o primeiro ano foram sem dúvida o que me fascinou. Os alunos mais velhos incluem-nos e os funcionários e professores fazem de tudo para nos sentirmos em casa. Se precisasse de descrever estes 6 anos e o meu “historial” na ESVN, diria que aproveitar o máximo de projetos e oportunidades que a escola nos oferece foi o que fiz. Tentei envolver-me ao máximo e fazer parte da “vida” da Vitorino Nemésio. Por último, mas sem dúvida o mais importante para mim, ter a honra e o prazer de estar à frente da maior e melhor Associação de Estudantes da nossa ilha ao longo deste ano.

Léo Silva

Técnico de Desporto

12:53 PM

Estou na Vitorino há seis anos, integrei a Vitorino em 2017, no 7°ano, e permaneço aqui até aos dias de hoje.

Mariana Silva

Comecei a frequentar a ESVN no 7° ano. Ao longo destes seis anos participei não só em listas candidatas à Associação de Estudantes, como fiz e faço parte desta É verdade, que sempre fui uma aluna ativa, integrando-me em várias atividades, nomeadamente: ADES, Associação de Estudantes, Parlamento dos Jovens no projeto Euro Escola, Parlamento Europeu, Erasmus+ e foi representante dos delegados do 11° ano no Concelho Pedagógico, também cheguei a representar a AE na Assembleia de Escola.

Diogo Pacheco

Sou aluno da ESVN desde os 12 anos, ou seja, comecei a frequentar a escola no sétimo ano. Entrei para esta escola quando surgiu a primeira oportunidade e acho que fiz a escolha certa pois esta escola acolhe muito bem os seus estudantes e tem professores que estão sempre dispostos a ajudar-nos tanto na escola como também fora dela. Por último, foi nesta escola que conheci inúmeros amigos que de certeza vou levá-los para a vida.

Cláudio Batista

Após frequentar a FOC do 5.º até ao 9.º ano comecei o meu percurso académico na Vitorino Nemésio onde entrei no curso de Técnico de Desporto e onde continuei até ao 12 º ano

Entrei para a ESVN à 3 anos, ou seja, no 10.º ano.

Como é sentir que em menos de um mês sais e nunca mais voltas a estudar na nossa escola? 13:55 PM

Rita L.:É assustador, mas faz parte do crescimento Irei começar uma nova etapa e poderei visitar a grande Vitorino sempre que regressar à ilha, isto, claro, se conseguir entrar para a uni. Se não, para o ano cá estamos para mobília

Luís M.: Certamente vou sentir saudades da escola e de alguns momentos aqui vividos, no entanto, a verdade é que sim, a “escola” já se está a acabar, mas os estudos não . Ainda pretendo ingressar no Ensino Superior. Sem dúvida não me vou esquecer dos professores, colegas, amigos e funcionários desta escola, mas também fico feliz por estar a concluir esta grande etapa da minha vida.

Cármen T.: Honestamente, é um bocado frustrante, e nesta reta final é tudo muito stressante pois estamos a um passo de deixar uma das melhores fases da nossa vida. Para ser sincera, até tenho medo de não conseguir alcançar os meus objetivos e não atingir aquele que seria o meu trabalho de sonho, mas acho que esse medo é comum a todos

nós. Às vezes fico a pensar no quão rápido estes seis anos passaram, e estes últimos três ainda mais. Apesar de me sentir maioritariamente triste, também estou feliz por saber que vou avançar na construção da minha carreira profissional.

Gonçalo M.: Com o final do ano, testes e exames, a vontade de chegar às férias é grande, mas ao mesmo tempo percebemos que quando esse momento chegar, digo adeus à escola que fez de mim o que sou hoje Algo que já disse várias vezes e não me canso de repetir, quando somos Vitorino Nemésio, esta vontade e amor está dentro de nós e vai acompanhar-nos sempre A mudança para a universidade é grande, principalmente quando saímos de uma escola que nos viu e fez crescer. Estarmos habituados aos mesmos funcionários e professores que todos os dias nos dão um sorriso pela manhã, ou chegarmos ao bar e termos aquele sentimento de pertença. Espero que no próximo sítio a que chegue, seja que universidade for, tenha o prazer e a sorte de encontrar novamente um sentimento assim.

Léo S.: Sinceramente, nunca fui, assim dizendo, um “grande fã” da escola, por isso acredito que não sentirei falta da escola em si, mas sim falta de estar com os meus colegas e amigos.

Mariana S.: Muita nostalgia e a sensação que o tempo passou depressa demais. É um sentimento difícil de explicar, mas de dever cumprido. A Vitorino e a Praia vão ser sempre a minha casa e ficaram igualmente no meu coração. Eu cresci imenso durante estes anos, que os defino como únicos e especiais, e devo isto, aos meus amigos

e aos professores que não hesitaram a ajudar-me.

Diogo P.: Sinto me um pouco triste pois aqui passei momentos muitos felizes, tanto com amigos como professores e contínuos [auxiliares] e só pensar que estes momentos não se irão repetir deixa-me com vontade de voltar atrás.

Cláudio B : É uma sensação de alívio, mas certamente irá deixar uma pequena saudade de todo o convívio e dos meus colegas e também como é óbvio e uma sensação de gratidão por ter alcançado mais uma etapa da minha vida.

Ana S : É uma sensação mista, pois, já queria sair da escola há muito tempo, mas ao mesmo tempo vou-me afastar dos meus amigos e família, e isso dá-me um nervosinho

Quais são as tuas expectativas para o futuro? E o que planeias fazer depois de te formares? 14:10 PM

Rita L.: O meu grande objetivo é ser feliz, trabalhar no que realmente gosto. Algo que foi muito difícil de perceber, mas, agora sei que quero seguir Psicologia

Luís M.: Neste momento, o meu principal foco é o Exame Nacional de Matemática pois como já disse quero concorrer para o Ensino Superior para o curso de Engenharia Informática, em princípio. Se tudo der certo, gostava, se conseguisse, de continuar a jogar Futebol lá fora, mas claro que em primeiro lugar vai estar a vida académica. Por enquanto, quando acabar o curso, planeio voltar à ilha, começar a trabalhar e nessa altura, certamente, jogar futebol

Cármen T.: Matriculei-me na área de Socioeconómicas com a intenção de seguir Gestão e, apesar de ter andado com dúvidas em relação à minha licenciatura, ponderei as minhas opções e decidi que vou apostar naquela que foi sempre a minha

primeira opção. Pretendo fazer a licenciatura nos Açores, uma vez que tenho uma ligação muito forte com a minha mãe e sinto que o meu psicológico não está preparado para o meio das megacidades. Após terminar os três anos do curso, faço então o meu mestrado no continente Quando começar a exercer, não pretendo prender-me à ilha ou ao país se tiver oportunidades onde me veja melhor tanto financeiramente e/ ou emocionalmente, não penso duas vezes, agarro a chance que me foi dada e tiro o melhor que conseguir dela.

Gonçalo M.: Estou a terminar agora o 12º ano no curso de ciências e tecnologias. Acabo o meu secundário de uma forma um pouco diferente. Gostas de física e química? Não. Gostas de matemática? Não Um aluno que não goste destas disciplinas não pode ser de ciências e tecnologias. Felizmente percebi isso a tempo. Este ano vou fazer os exames de português e filosofia, vou fazer aquilo que realmente gosto e me cativa, que não se torna uma tortura enquanto estudo. Não o vejo como um erro, talvez como uma aprendizagem. Quero acima de tudo dizer que nunca é tarde para mudarmos as nossas ideias e objetivos. Não cometi nenhum erro. Teria sim cometido se tivesse percebido mais cedo que não queria isto para a minha vida, mas mesmo assim continuasse, sem que nada fosse feito.

Léo S.: As minhas expectativas para o futuro são as melhores e anseio ingressar no mercado de trabalho o mais rápido possível, mas dentro da área que pretendo. Depois de formarme, quero tentar ingressar no exército pois é o que pretendo fazer no meu futuro

Mariana S.: Planeio entrar no ensino superior, formar-me, ter uma carreira de sucesso, estar sempre a aprender, viajar e ter muita força para enfrentar os desafios constantes que vou ter pela frente.

Diogo P.: Antes de começar no secundário decidi escolher o curso de Sócioeconómicas.Escolhi este curso pois tenho o desejo de tirar o curso de Contabilidade e para que isso se concretize irei frequentar o ensino superior.

Cláudio B.: Gostaria de fazer um “ year gap “ ficar cá um ano na ilha para preparar-me para concorrer às inscrições da GNR ou para a força aérea, após isso pretendo tentar subir de patentes ao longo dos anos e ao fim de uns anos voltar à ilha.

Ana S.: As minhas expectativas para o futuro neste momento, e espero que consiga, é fazer as provas físicas para entrar na escola prática de polícia, mas também vou fazer o exame de português se não passar, vou tentar ir para criminologia ou música e canto

Que concelho(s) dás aos futuros alunos de 10.º ano em relação à adaptação?

Rita L.: Estudem, aproveitem a criar uma boa base de média no 10°! A adaptação não é difícil, um dia de cada vez, e não se esqueçam a cima de estudantes, são pessoas! Mantenham a calma, organizem se e não entrem em paranóia com médias, um dia de cada vez e com dedicação tudo se consegue

Luís M : Em relação a esse aspeto, o meu décimo ano, acho, foi complicado por causa da adaptação, visto que viemos de um ano de covid e aulas online, mas nada que não se faça e bem Penso que é só um pequeno choque, que depois temos de nos habituar. O meu conselho é que para quem vem para o décimo ano, se não quiser prosseguir estudos após o secundário, não opte por entrar numa área como as ciências ou outras do Ensino Regular, e opte pelos cursos PROFIJ ou cursos

profissionais, uma vez que também são equivalentes a ter décimo segundo e ainda vos dão uma “especialidade” para o mercado de trabalho Caso queiram ir para a Universidade, tentem perceber o que mais gostam e também as vossas capacidades e optem por uma das áreas do ensino regular porque depois é mais “fácil” em termos de preparação para irem para a Universidade. De resto, têm de organizar bem o vosso tempo, estudar a sério e não desistir logo à primeira dificuldade

Cármen T.: Eu acho que é importante mantermos um equilíbrio no que toca a tudo na nossa vida, e a escola não é exceção Claro que é importante estudarmos, principalmente agora, porque estamos a construir o nosso futuro, mas não nos podemos esquecer que a vida fora dos livros também é muito importante para nós, o que também acaba por enriquecer os 12 anos que passamos na escola. Posso afirmar que na entrada para o Secundário sente-se muita diferença a nível do grau de exigência dos professores e é normal que os resultados desçam, mas não se desmotivem porque as coisas melhoram com esforço e dedicação Também acho que é normal sentirmos pressão devido à escolha do curso que queremos tirar pois há colegas nossos que já o sabem, mas acho que isso não se justifica porque cada um tem o seu ritmo e maneira de se organizar. Eu, por exemplo, demorei o secundário todo para decidir o que queria tirar [no Ensino Superior]. Por isso vivam ao máximo e respeitei os vossos limites, aproveitem para sair, conviver com amigos, participar em atividades, conhecer pessoas novas, nunca

esquecendo os estudos, claro, mas criando memórias e registando-as porque o tempo passa, mas as recordações são eternas.

Gonçalo M.: É uma mudança brusca, não vou dizer que não. Volto a frisar, muitas vezes pensamos que será a maior decisão das nossas vidas, e sim, talvez seja. Mas temos de pensar sempre que mesmo assim nada é definitivo e devemos seguir sempre aquilo que mais gostamos. Só podemos ser bons no que fazemos, e felizes também, se fizermos aquilo que gostamos A partir do 10º ano é preciso um nível diferente de foco, dedicação e estudo. Tentem falar com colegas vossos que já estejam no secundário, percebam quais foram as suas maiores dificuldades e como podem dar a volta a esses problemas. Mas mesmo assim, aproveitem o secundário para sair à noite, divertirem-se, conhecerem muitas pessoas e participarem naquilo que gostam Só assim fará sentido, se houver um equilíbrio ao longo destes três anos. Boa sorte!

Léo S.: O sincero conselho que dou aos futuros alunos do 10°ano é que o secundário não é o filme que os professores e as pessoas dizem que é. Simplesmente, o secundário faz parte do vosso percurso académico e é mais uma etapa da vossa vida e, tal como tudo, têm que estar sempre preparados.

Mariana S.: Começo por dizer que o secundário não é um “bicho de sete cabeças” e não precisam de decidir o vosso futuro para “ontem”. Este ciclo implica muito estudo e organização de tempo, mas garanto-vos que vão ser três anos da vossa vida que nunca esquecerão. Aconselho a participarem nas atividades escolares, porque estas dão-nos experiências e conhecimentos que vão ser precisos tanto para a vida pessoal como profissional

Diogo P.: Começo por avisar que o ensino secundário é totalmente diferente do básico Os conselhos que dou aos futuros estudantes do secundário é que averiguem e pensem bem naquilo que querem ser no futuro e que estudem muito para que tirem sempre as melhores notas

Claúdio B.: Em relação à adaptação, a minha foi fácil pois entrei na área que eu queria e onde muitos amigos meus de infância entraram também, e para quem vai iniciar o seu Secundário, tentem optar pela área que vocês se sentem mais à vontade e que mais gostam e após isso acabam por criar novas amizades e novos grupos de amigos onde vos facilitar a adaptação na escola.

Ana S.: Simplesmente estudem, para conseguirem irem para o que querem e o que gostam, não se preocupem com a adaptação, com o tempo arranjas amigos, mas preocupa-te com as notas.

Jamila Meneses

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