Jornal Poeira (9ª Edição - Agosto/75)

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LONDRINA

--AGOSTO- 1975 - UM JORNAL DO D.C.E - GESTÃO 74/75

QUEM voCE AC'HA QlJG TRA BRL#-Ill ME LWOI/: •

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TEM GENTE QUE FICA PRA LUTAR Muita gente, que entrou mais desprevenida que você, desanimou logo de cara e só não abandonou a universidade porque se conformou com a esperança de um bom diploma e uma inesquecivel festa de formatura. Outros, inconformados com tamanha decepção, começaram a mudar de curso e depois de cidade como quem muda de camisa, a procura da tão sonhada universidade dessas que a gente vê em cinema e televisão. Vasculharam o Brasil atrás de uma universidade com alto padrão de ensino, bibliõtecas, laboratórios, sem usurpação por cima do aluno, sem cobrança de taxas e anuidades, onde houvesse incentivo ao debate, onde o espirito critico fosse bem recebido, onde existisse respeito as inquietações cul.turais, cientificas, políticas, liberdade enfim. Triste conclusão: não enc o n tr a r a m n e n hum a universidade por este Brasil afora. - Mas o que e que a, gente vai fazer, afinal de contas?

~o é pessimismo_ É puro realismo. Se você ainda não! I.se~~'iu,vai acabar sentindo logo, Logo: o nivel do ensino na FUELé baixo, distante da realidade e, o que é pior: custa o olho da cara. As condições de transporte são precárias, a "burocracia chega a ser ridicula e um clima de medo paira sobre a nossa Universidade. É por isso que, diante.de todos 05 problemas, ninguém, ou quase ninguém, abre a boca. Voce vai acabar se pergUntando,) meio desesperado; ~ Pô,.e o que é que a gente faz, então?

Fugir nao e uma solução viável. Fica muito caro e acontece que a omissão e uma forma de cumplicidade. Esperar que as soluções caiam do ceu e viver, na mitologia. Do ceu cai apenas 'chuva, pas-" ,sarinho e avião. A gente tem uma proposta mais barata e consequente do que as outras, mas que,ate agora, muita gente se esqueceu de procurar: SÃO OS DIRETORIOS. Eles existem para representar você. É em torno deles que todo mundo tem que se reunir para lutar contra 05 problemas. 'o Diretoria e uma forma de você ficar por aqui mesmo,

QUAL VAI SER A TUA?

brigando para que a nossa universidade seja melhor. E a única saida, para quem ,não quer fugir nem se acomodar. E, pode crer, funciona. Em um ano de trabalho estudantes, organizados nos diretórios, conseguiram derrubar o Exame Obrigatório (não fosse por isso, você teria que fazer exame em todas as materias do seu curso, no final deste ano, mesmo que tivesse media 9,9 em todas elas. Com a derrubada do Exame Obrigatório, você só faz a prova final se estiver com media inferior a 7). 05

Conseguimos, tombem, barrar um projeto de Codigo Disciplinar, o 169. (Lembra as estorias que o seu avô contava sobre o tempo que ele era estudante? Que a professora botava " molec.]da de joelhos sobre grãos de milho, que batia com palmatória e varinha de marmelo, que mandava escrever 200 vezes o PaiNosso e a Ave-Maria? Pois e: o 169 e mai(' ou menos isso uma volta institucionalizado ao passado, prova incontestável de que nostalgia e moda. Em linhas gerais o 169 propõe que nós sejamos muito bem comportados, mas muito mesmo. Reclamar contra o baixo nivel de ensino? Nunca. Dizer que o ensino gratuito e um direito' de todos nós, que o Constituição garante isso? Jamais. Organizar-se em Diretórios? Imprimir Jornais? Organizar abaixoassinados? Reclamar, pensar? 1550 e 'subversão. Teje expulso! 1550 ai e o 169, companheiro, que estamos conseguindo segurar, antes que ele ,saia por ai agindo).

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Alem disso, iniciamos uma campanha pela federalização da FUEL,como forma de exterminar o ensino pago antes que ele extermine a gente.' E estamos chegando lá. O proprio reitor da universidade já anunciou que "o processo da federalização esta andando". Para conseguir isso, fizemos uma intensa campanha' de esclarecimentos a todos os estudantes da FUEL sobre a necessidade da federalizaçao pa~a o ensino gratuito, já falamos com o presidente da República, com o lTlinistro da Educação, com o governador do Estado e outras autoridades. Conseguimos aliados importantes dentro e fora da universidade. E a própria comunidade está comprando 05 nossos problemas. A federalizaçao com o ensino gratuito, no final das contas, deve vir logo-logo. Basta que a gente se disponha a levar essa luta ate o fim,

Mas ainda faltam muitas, coisas: precisamos conseguir o passe universi, tário (50% mais barato que as passagens comuns dos ônibus da VUL) e melhores condições de transportes. Precisamos acabar de uma vez com o 169, por enquanto uma ameaça. Precisamos levar adiante a nossa luta contra o ensinO pago. Precisamos propor novas soluçães para o problema do baixo nivel do nosso ensino. Agora você pergunta: - E cO":,Oe que a gente vai conseguir isso tudo? De antemão a gente garante que com 05 35 cruzeiros que você está pagando para os diretórios e que não vai ser. O que acaba chegando mal dá para o papel, para a tinta e para a manutenção do mimeógrafo e da sede do diretório,

- E então? Eentoa que gente só vai conseguir isso tudo quando você vier para 05 di-' retórios, unindo-se a nós. Em outras palavras, colega, o diretoria e você 'mesmo, somos nós todos os estudantes da Universidade de Londrina. A estrutura dos diretorios na nossa universidade e a seguinte: um diretório central (o DCE), que congrega todos 05 alunos; e 9 diretórios setoriais, um para éada centro de estudos. Portanto, se você e do curso de direito, deve particlpar do DASCESA (Diretoria Acadêmico Setorial' do Centro de Estudos Sociais Aplicados) e do DCE. No DASCESA você atua para buscar soluções para 05 problemas especificas do centro e do seu curso. E atua no DCE, uando o

problema e geral, de todos alunos da universidade - baixo nivel de ensino e 169, por exemplo. 05

Aliás, sabe de uma coisa" que você pode fazer agorinha mesmo? Procure o pessoal dos diretórios. Qualquer veterano sabe informar quem e de lá. Quanto ao DCE, ele fica no rua Antonina, 1.777, fone 22-4709, no ex-pensionato feminino do Filadélfia. Voc: pode aproveitar para ajudar a gente a promover a SEMANA, DE ATUALIDADE, uma recepção que J O ã O Bosco, o Raimundo Pe'reira, o Moniz Bandeira 'e outros cobras vão dar pro você, em substituição ao trote da tesoura, da cachaça e do fajutice. A SEMANA DE ATUALIDADE e uma recepção pro você que você mesmo vai ter que fazer. Senão não sai. Apareça.


Poeira 3

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TIRADENTES

pelo Grupo zem teatro mana. Falam 1 Ismo e da gem nova e to de Boal

27/8

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oriente médio, a 3a guerra

Por Georges Bourdokan Ex-editor da TV-Cultura de são Paulo ex-chefe de reportagem do Jornal panorama,. um dos me 1hores repór teres do paTs~ Georges Bourdokan vai abrir a lasemana de Atualidades falando so bre os perigos que o conflito do O ~ rlente Médio pode trazer para nós.Po derão os ~rabes e judeus ocasiona'r i ma. Terceira Guerra Mundial? O que re almente se esconde por trás deste conflito? Quem tem razão? 26/8

META. Os estudantes fae contam Tiradentes na Se da opressão, do colonl~liberdade, numa llngua-' uma montagem viva do tex e Guarnlerl.

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pr8'6enca , dos EUA no 8ras;1

- por MONIZ BANDEIRA gente usa calça "Lee", escova os dentes com Kollnos, anda num carro Ford, curte "rock" e coca-cola. Isso todo mundo sabe. Mas, e o resto? MONtZ BANDEIRA, um dos mais expressivo historiadores do Brasil, vai falar sobré "A Presença dos Estados Unidos no Brasil e na América Latina!.'. O imperialismo cultural e econômico.As multinacionais. (Além de historiador e autor de v~rios 1 ivros, Bandeira é profissional, ten~o trabalhado em v! rios jornais, tais como "Correio. da Manhã" e "Di~rios' de NotTcias", do' I Rio de Janeiro, e .revistas, como "Vi são", "Banas" e outras).

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, - por GABRIEL ROME~RO - Voc~ sabe o que esti ~con; tecendo realmente em Portugal? Você .s~be que a maior parte das Informa çoes que chegam de li são "fi ltradas pelas agências? O que estão realmente fazendo com nossa mãe-p~úla? 'o "Portão da Europa" poderá ser tomado pelos comunistas? Gabriel Romeiro, jornalista da TV Bandeirantes de são paulo, vai discutir o assunto.

30/8

Imprensa bras;/é;ra hoje

por RAIMUNDO PEREIRA - E enquanto essas coisas todas acontecem no Brasil e no mundo, a Imprensa vai dando sua cobe~tura Bem ou Mal? Cumprindo sua funçao? Ab~rdando os fatos integralmente? Voce recebe a notrcia inteira ou apenas parte dela? Por que? Ral mundo Pereira, ex-editor do Opinião, atual editor do Movimento vai falar sobre a "Imprensa Brasileira Hoje" • (Raimundo Pereira é tido hoje como um dos exemplos do jornalismo brasileiro pela sua dignidade e espTrito comba t ivo) • 31/8

econOlma bras;le;ra hoje

Marcos Gomes, mineiro, 29 anos, exterceiranista de Economia da UFMG, ex-presidente do DA de Economia, ex vice-presidente da UNE, especialista em jornalismo econônico, atual ,editor especial do Jornal Movimento, encerra, domingo, às 20hs no teatro' Universitário, a I~ Semana de Atual idade. O tema ,da conferência é "Economia Brasileira". A entrada é franca.

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Cada assunto será abordado em um dia, a começar 29 feira, dia 25 de agosto, às 20 horas, no Teatro Universitário. Em primeiro lug~r. ~erá feita uma pales~rai depois virao os debates sobre o assunto exposto.

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TERRA ROXA E A SEMANA Para completar a SEMANA DE ATUALIDADES, a revista "TERRA ROXA" vai lançar, em edição especi~l, um resu mo dos assuntos abordados, escritos pelos próprios autores das palestras Iss2 é prá facilitar a sua vida,prá voce.acompanhar ainda mais de perto tudo o que foi feito durante a SEMA NA. Faça bom proveito~

IMPRENSA BRASILEIRA HOJE

ORIENTE MEDIO

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Sempre estamos juntos, batalhando para aumentar 9 nível de ensino, para tirar maior proveito de tudo que a Universidade deve oferecer, por acesso às informações. Tudo isto porque realmente acreditamos que nós, u niversitários, ternos a obrigação de ser bem informados e conscientes do que se passa ao nosso redor'. Por isso ~ que resolvemo~ fazer a SEMANA DE ATUALIDADES: Nela serão abordados temas atuais, de interesse geral, e vai nos ajudar a esclarecer muitas dúvidas, al~m de questionar posições e conceitos.

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O CAMINHO DA 38 GUERRA ECONOMIA BRASILEIRA HOJE


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o reitor Oscar Alves foi novamente procurado pe-' lo "Poeira", para falar sobre o "processo de federa I i . z~ç~o .que, segundo ele afi~ mara ~empos atrás, estaria~m 'an~~mento. Mas, novamente o.as~essor de imprensa I da FUEL' ~esp6ndeu que o rei tor "anda mu.ito sem tempo"":" E que n~o po~eria falar so-. b~e a fed~iilizaç~Q ~ue,dig a ~ se. d e p'as's a'g em, in te re s sa aoS seis mil alunos da .FUEL diante do ~leva~o preço e baixo nível de ensino que todos 'vêm enfre.rHarido . O "Poeira',"que.l1o número I 'passado deixou espaço em. branco para a respost~ do reitor, continua aguardando que' ele se manifeste, assim como outros órgãos oficiais. Mas, enquanto isso, o "Poeira", que fez da"'federa I i.zação uma das metas bási= cas de sua gestão, tem." algumas propostas a fazer para todos os estudantes, as quais, acreditamos, serão o pri~eiro passo para a federalizaç~o.

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A FEDERALIZAÇAO

E bom que nao nos. iluda mos,. pensando que a federa= lização e oens'ino gratuito vir~o no mel~or dos tempos ~ por conta ~e autorid~des.

Temos que primeiro lembrar ~s autoridades que i um di reito nosso n~o pagar pelõ ensino. Temos que mostrarlhes que muitos 'coiegas .~ nossos deixaram de estudar por causa das elevadíssi mas taxas. Aquele que acha que o ensino gratuito virá '~de graça", de mão beijada e mel~or esperar sentado' pra nao cansar .... Desde que assumimos o DCE, estamos traba'lhando I pela federal izaç~o, como havíamos p~ometido em nos~a plataforma de trabalho: Mas muita coisa ainda Ilrecisa ser. feita. E, imediatamente, podem ser toma das algumas atitudes pr~tT cas por todos os estudan = tes, os.principais responsáveis pelo: apressamento do ~roiess0 de. federal izaç~o. S~o atitudes que abri r~o. os primeiros caminhos: - enquanto se discute o ensino gratuito em todo o país, não podemos permitir que as anuidades contl .n~em subindo aos níveis as sustadores de 30% ao ano,/ superior ao aum~nto do salário minimo; . - além da elevação das .mensalidades, a Universid~ de faz aumentar sobremanel ra o custo do ensino com as inumeráveis taxas que cobra dos alunos em todos os setores(olhar prova, p~ dir revisão, taxas pra transferência, taxas pra mudanças de horários,taxas para matriculas de retard~ tários, taxas de declara ~o de que é estudante, etc

já entregamos ao presidente da Rep~blica, em encon~. tro mantido com ele em Curitiba, um memorial pedindo a federal ização, com a assinatura de todos os estudantes da FUEL.Também já sol icitamos o aceleramento de medidas ao ministro da Educação, Ney Braga, através de memorial entregue a ele, pessoalmente. Constan temente temos divulgado os problemas da nossa Universidade - baixo nível de en sino, as irregularidades T do co~tr~id.o aumento. exor bitante de 30% nas t~xas muito superior ao salário mínim~). Temos promo~ido discussões em torno do assunto, permanentemente,pro curando conscientizar to~ dos os estudantes da neces sidade e benefícios da fe~ deral ização em uma universidade onde a carência de verbas tem sido justificativa para todas as suas de 'ficiências.

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etc ... ). Aliás, as taxas sempre s~o util izadas pela forma"suave" e. "parcelada" em que são apl icadas, como o primeiro passo para a im plantação do ensino pago.! creditamos que a sua elimi naç~o e o congelamento das anuidades, seja também o primeiro passo para a im plantação do ensino gratui to, um direito de todo ho= mem,b~asjlejro~ assegurado desde a Constituição de 1934. E questão de urgên cia impedir a criãção de novas taxas e o aumento das já existentes. - a federa I i'zação dev' continuar sendo discutida nos corredores, em salas de aula;devemos nos mani festar sempre a seu favor, como f5rmula para melhoria do nível do nosso ensino, para a desi.1 itização do en sino superior.


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PoeIrà 5

o MINISTRO NEY BRAGA DIZ QUE N~O QUER A IMPLANTAÇ~O'DO ENSINO PAGO NAS ESCOLAS GRATUITAS; O QUE JA £ UMA VITORIA DE TODOS OS ESTUDANTES BRA SILEIROS QUE SEMPRE DEFENDERAM ESTA POSlçAo r QUE LUTAM DI~ A DIA CONTRA O ENSINO PAGO EM CADA ESCOLA, E DAS MAIS VARIADAS FORMAS. MAS.O MINISTRO N~O SE REFERE As ESCOLASPUBLI cAs OFICIAIS E ONDE JA SE PAGA'PARA ESTUDAR; CO MO A FUNDAÇ~O UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA:

"0 Ministro Ney Braga,' ;da Educação, confirmou, em 'Brasil ia, que não tem intenção de implantir o ensino s~ perior pago nas escolas oficiais e que, ao contrário pretende facilitar cada vez mais a gratuidade do ensino, criando ~~lsas de.manutenção para os univer:sitário.s. que estudam em escolas gratuitas e bolsas-anuidade para - qs que estudam em escolas pagas~ I!) E a situação da Fundação Universidade Estadual de Londrina, que é uma escoJa pública,oficial, e que c~ bra'anuidades? O ministro afirma que não pretende implantar o ensino superior pago nas escolas oficiais. E nas que são oficiais e já são pagas como a nossa? Como vão ficar dian te da afirmativa de que, "aõ contrário, pretende facili tar cada vez mais a gratuid~

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E a nossa escola sw.hor rrinistro? Vamos federalizar?

de do' e n s ino? II E s t a r ia mo s a camin~o da federalização? 2!) No entanto, o mesmo ministro propõe uma medida' paI iativa para as .escolas que já são pagas, bolsas anuidade. Ora, sobre .estas bolsas já se falou muito,com provando-se de vez sua inca~ pacidade de contribuir para a melhoria e a desjJitização dd ensino. £ uma medida extrema, que tem suas consequências desastrosas: cria a mental idade de educação como mercadoria ,de consumo e leva ~ profissional ~ busca exclu siva de dinheiro para pagaro que deve. Isto acaba com q u a Ique r p o-ss ib i I ida d e d o re cém-formado .dedicar-se ~ peSquisa, aprofundar-se em no~ vos c~nhecimentos. Dura~te 10 anos t~rá que cor rer atrás dd pagamento da dT vida e suas consequentes cor reções monetárias. Aliás,boI

sa-anuidade é apenas o novo .nome do nosso conhecido financiamento ou empréstimo a ser pago com os mesmos juros de uma mercadoria normal { o .que é difícil de se compreen der, quando se ac~edita na i ducação como algo fundamen ~ tal na formação de um povo). Não acreeditamos que bolsas ou financiamento, ou qual ~ quer nome que queiram lhe dar, solucione o problema dd nosso ensino. £ por isso que eXigimos melhor estudo do proceSS9 de federal ização da nossa uni versidade e implantação do ensino gratuito. E além do mais, também queremos a nossa porcentagem de assistência para os prejuízos que a geada está trazendo para cada um de nós.Os produtores receberão auxil io' E nó~, que vamos pagar o al,to custo de vida?

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o QUE VOCÊ PROPÕE PARA CONSEGUIRMOS O PASSE UNIVERSITÁRIO?

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DE GRÃO EM GRÃO, N O• 5 CHEGAMOS LA·

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Agora faça a conta. no final do mês você gastou em transporte

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,(confortavelmente instalados) ,Aterição pessoal "que faz suas' refeições no R.U e que 'v~ve esperando' caro na perto do Ipolon e dõ Cesulon: a Viação Urbà.na Londrin~nse,depois " de muità~:'sa:li va, .resolveu-coloca'r'dois ônibus parà o campus Universitário, passando exata ~ mente em frente ap Ipolon, onde' existe urn~'pcinto ~ o seguin t~: 'os ôni bus'estão passapdo pelõ local às l2h40m e .às l8h50m, percorrendo o ~éguinte trajeto ~ ~uas Piaui,Antonina, Ala goas, Faria Lima e ave'nida do campus. O 'coietivo sai cinco minutos antes destes dois horários do terminal, . no Bosque.

Sabemos que esta so lução é paliativà, pois queríamos a mudança de todos os outros ônibus que servem o campuS,por um trajeto que os estudantes definiram como sendo o melhor. E esta é a solução definitiva que nós esperamos da VUL. Porém, não custa nada economizarmos pernadªs e pegarmos o ôni.bus.perto do DCE, do RU 'onde sempre. amontoáva ,mos, esperando' condução .para pos levar às aulas Aliás, custa sim: seten ta centavos. Falando nisso"vamos brigar jun tos pelo PASSE UNIVERSI TÂRIO? -

tanto que gastou com a Assim, o nosso sistema de transporte coletivo também se volta: contra nós. ~ uma espécie de aliado do ensino pago, é outro inimigo nosso. No final da história, ,universitário é .mi na de dinheiro, .aos olhos dos que ex -= ploram os nossos .sistemas de transporte e ensino. Desde .72 o POEIRA vem falando no PASSE UNIVERSITÂRIO como saída para o problema de preço do transporte coletivo. A idéia foi levada à cãma~a e aprovada, inclusive, pe la Comissao de Justiça. Mas o prefeitã brecou-a na última hora, dizendo 'que era inconstitucional (?). Entre 73 e 74, período em que o Grupo Decisão (leia-se Arena Jovem) esteve no DCE, a questão, foi esquecida e o problema cresceu. Inespe radamente, um vereador voltou 'com o projeto à câmara, em julho do 'ano passado. Mas não vlngou: ele e.stava sozinho, sem apoio e sua iniciativa ficou cheirando a paternalismo. Do Poeira-8 para'cá nós estamos voltando à carga. Mas também a nós está faltando maior apoio, idéias novas, proposições, novas formas de luta •.~ nesse ponto que você é necessário, importante, indispensável. E é aí que nós contamos. com você, pensando, atuando, brigando com.a gente.

VÁ PENSANDO , DISCUTINDO. ,O POEIRA. VAI PROCURAR AS"RESPOSTAS COM_VOCÊ, NA SUA TURMA •.

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TERRA ROXA

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1975 -AM)3 -,NUMER08 Hoje, quase 50 anos depois, "Terra Roxa e outras terras",~essurge'na fOE ma de- revista, com :um espIri to semelhante ao dos mo~ernistas ,de 26.'

o bcE lançou, no inIcio da Semana de Atualidades a' revista Terra Ro xa", disposta a' apresentar e ana lisar os problemas da nossa terra, não pretendendo no entanto, se esque-, c~r d~ terras que nao sao roxa mas que também são nos, sas. No inIcio, "Ter ,a Roxa e outras te "ras" foi um jornal r:l,adopelos moder-:: istas em são Paulo i' o ano de 1926. Em ~.; ovembro de 1972, ~{<~":&',;' ",:,oi apenas "Terra "'i.>' oxa", um' jornal dos studantes publicado elo DCE da FUEL.

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6 cr itér io má-=Iximo de valori~ação

de Terra Roxa e o "brasileirismo", bem como a falha mais ri gorosamente censura= da.é a imitação es-' t~angeira.

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Terra Roxa é' acima de tudo uma, ,revista aberta, ,democrática, em ~usca de leitores e colaboradores.

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O./NDIO DEVE MORRER.página13

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BEMFEITO.QUEM MANDA PAGAR?

Todo mundo notou. A matrícula em julho foi mais centralizada do que nos outros anos. Todo mundo, notou foi bem melhor, mas pode estar ~e esquecendo de que muito disto se deve as nossas con~tantes 'reclamações, a impaciência de cada um de nos nas filas, nas andanças que fazíamos ao CCB, Banco, CAE, e etc., Mas as matrículas continuam com excessos burocráticos e com elevadas taxas. A unica diferença é que agora a gente paga caro mas tem maior confor., to e menos sol na cabeça. Aliás, temos até musico!

Quem gostou menos ainda da brincadeira do HÁ' DEBITOou do PAGUE ANTES E PEGUE O ENVELOPE DEPOISforam os colegas que tinham pago as men.' salidades em atràso no Banco da cidade. levaram o carnezinho' infame todo quitado e abençoado pelo carimbo do banco, mas ninguém confiou: tem que' trazer o atestado da tesouraria. Naquela altura dos acontecimentos á gente pensava • "Pô, nem no Banco do Estado (BEP pros íntimos) se confia mais". , , Mas, em se tratando finan-ças FUEL,o ~enos esperto quando pisco um olho seguro o outro, logo deu pro se saber o por quê de tudo. Cá entre nós, dizem' que tem muito nego pagando a escola com cheque, sem fundo e devendo empréstimos na, tesouraria,: coisas inconcebíveis em qualquer' transação comer., ciàl. Daí a "necessidade" do comprovante da te': souraria.

de

'MAS.•. HAVIA UMA PEDRA Nb MEIO DO CAMINHO NO MEIO DO CAMINHO HAVIA UMA PEDRA Se a matrícula, mudou na forma, na essência con. tinua na mesma. Eá:gente então ~e pergunta: pro que tanta burocracia?: Porque, tanta papelada? Porque tanta perda' de tempo e de dinheiro? 'Tudo isto se deve ao nosso "caro amigo e senhor dos nossos dias" ENSINO P'AGO. ;Se não existisse o ensino pago,Jogo de cara a gente já" eliminava a filei da tesouraria '~, muitas daquelas folhinhas coloridas e amargas do,famigerado contrato ilegal, assim, considerado' ate pelo Conselho Fedetcif, de Educação. Até aí tudo explicado, 'mas vamos" lá, um absurdo. '

No fim das contas, era gente e mais gente nas fUas, reclamando, contando as peripécias realizadas' pro arrumar grana e pagar a Universidade j Ecomo não podia deixar de ser;-o comentário gerál: era "quem não tem o HÁ DEBITOno envelope não era: bom sujeito. Ea grande maioria tinha. Carimbada não,'

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E assim a gente vai indo de fila em fila até que chega no caos do caos: '

HÁ DEBITO?BOA PESSOA!

Mas absurdo maior foi o que aconteceu com a en. trega dos envelopes. " QUEM tivesse carimbada. HA DEBITO no envelope 'de matrícula, nao recebia o dito cujo. A não ser que, passasse.•. - aonde? - adivinha! - No ~a~co e lá pogasse as mensalidades atrasadas. Mas so ISSO nat' bastavq, e claro: d,epois do BEP, o devedor devia pegar um papelzinho na tesouraria da Universidade comprovando que não devia nada lá. Como contri. buição para a burocracia, a medida foi excelente:' muitos não tinham dinheiro para pagar na hora e bem ou mal isso representou mais dias para se entregar o envelope, novas filas e coisas deste tipo. Sem contar, e claro, mais um dia de perda de serviço, cara feia do chefe de escritório - mas isso não conta ne?

CRESCEI

E' MA TRICULAl,

"PROIBIDO TERMINANTEMENTEPUXAR MATERIA DE OUTROS CURSOSE DE OUTROS TURNOS". Se você e estudante de Ciências Sociais ou de qual. quer outro, se vire criatura. Procure encaixar seu horário com matéria's de outros períodos do seu curo so. Se você faz Administração e reprovou MAT 06 ou 07, nem pe~se em ~n~aixar seu ~orário no da tur. ma de Economia. Em ultimo casa, fique sem estudar , ou pague taxa mínima pelo mínimo de matérias que você consiga fazer., . Aqui abrimos um parênteses (a taxa mínima, que não e tão mínima assim, geralmente, maior, e claro, que o 'preço real ,que vocj, deveria pagar. Como te. mos, a tal medida razoável da um lucro. "E volte aqui . no dia 31 de julho. Quem sabe' então consegue encontrar mais alguma materia disponível pro colocar no' seu horário".

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Poeira 9

NO DIA 31 DEJULHO Novas filas, novas folhinhas pro preencher, novas confusões e uma carrada de gente pedindo uma vaga pelo amor de Deus. Uma vaga que por direito deveria ser nossa. Ein resumo, outra matrícula. Essassão algumas das muitas vantagens que o sistema de crédito oferece! Sorria! E o pior de tudo, segundo um funcionário da CAE, perdido entre folhas e fichas IBM, esta segunda matrícula nasceu de informação errada. Só era proibido puxar matéria de um turno pro outro e não de turmas e cursos diferentes de um mesmo turno. Quer dizer,ninguém mais se entendia nesta confusão toda. Graças a uma informação mal dada para os professores orientadores (alguns completamente desorientados apesar de muito esforço) :'á se foi mais um dia de burocracia e filas com todo mundo entrando na dança. . COITADO DOS MOÇOS DO BANCO Como a gente vê, nessa história toda, o negócio era facilitar, de um lado e complicar do outro. E um detalhe: sempre que se complica não é pro melhorar o ensino não, (oferecer mais matérias, maiores explicações), mas principalmente para aprimorar as formas de pagamento e cobrança dos atrasados. No fim de tudo, co~o diz a história, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Quem acabava ouvindo palavrão de cada membro da fila eram os funcionários do Banco. Eles não sabiam o que fazer para explicar para todo m do que também são estudantes, que também pagam a Universidade e que são duros como nós•.Como se trata de colegas nossos, queremos deixar claro: Pessoal, os moços do Banco são responsáveis apenas,pelo recebimento do pagamento e. não pela instituição do mesmo. Cuidado pro não malhar o Judas errado!

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E como era de esperar, eles apareceram em número suficiente para formar filas enormes no apertado sal~o ~a CAE. E l~ estavam os acostumados e desafortuaados universit~ rios que no dia da matrTcula cometeramoalgum erro ou, como é mais comum, foram vItimas de enganos por parte da C.A.~.

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calor, para complicar ainda mais, dei xav~ todo mundo intranqui 10. Talvez por o Q ser um dia em que seriam resolvidos somente problemas e que s5 apareceram broncas, a Universidade tratou com muics: to"cuidado" o problema da segurança. A <UI \l) tal ponto de chamar os zelosos homens ([ .. da lei - RP - para cuidar do bom anda mento °do trabalho. Duas viaturas da RP '> \IJ devidamente equipadas com todos os instrumentos de combate ao crime estavam estacionadas estrategicamente em frente a C~E. D~ntro do sal~o dois guardas de revolver cui~avam da manutenção da or _o cc de~. !e alguem tentava se aproximar do t: gUlche era barrado pelo guarda que per~ ct guntava logo por que n~o estava na fi la ..J

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E o cl ima era de tensão. A maioria dos que ali estavam não tinham culpa de terem ~ido registradas Irregularidades na matricula. Um exemplo era o calouro de engenharia, EmTllo Santaella. O professor que fez a sua ma~rTcula - que ele

Triste mesmo era ver o semblante sofrido dos professores do departamento de Matemática donos da maior fila da re-matrícula. Dava até pro 'pensar. Uma fila tão grande para acertar matrículas de matemática significava que tinha muita gente ali reprovada e com dificuldade de encaixdr horário. Com tanta gente assim temos algumas dúvidas: - ou os professores de Matemática não sabem dar aulas - ou os estudantes adoram fazer a matéria várias vezes e por isso reprovam ou tem alguma c.oisade mais podre ainda no reino do ensina, que vai desaguar na Universidade, nas aulas de matemática. Assim, como quase todas as nossas dificuldades para estudar também estão simbolizadas e conden" sodas no dia da matrícula. Em resumo, o dia da matrícula, é o retrata exato d. a quantas anda o nosso ensino. 1a etapa -TESOURARIA. • / o

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A manhã do dia 15 deste mês, uma sextafeira, foi reservada pela C.A.E.-Coord~ nadoria de Assuntos Educacionais, pa~a resolver problemas que aparecessem apos a matrTcula deste semestr~.

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MATEMÁTICA, ONDE O CALDO ENTORNA

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conhece como Jo~o - trocou o horário de educaç~o fTsica que coincidiu com hor~rio. de aula. £ como o Emi lio, por mais es~orço q~e faça não consegue estar em do~s locaiS ao mesmo tempo, não conse gUlu conciliar os dois horários e estav~ !evando falta nas a~las de educação flslca. E o caminho foi procurar o Coo~ denador de Assuntos Educacionais, Nel ~ son Sperandlo. Este por sua vez disse a ele que procurasse o professor respons~ vel pelo erro. O tal professor di.sse que_nada poderia fazer e que a única so luçao era esperar o dia 15, pagar umã taxa de 50 cruzeiros, apresentar suas .justiflcativas e mudar o horário da aula de educação fTsica. E o emlllo não tevê outra soluç~o. Meio bravo ele re clamava: "não tenho nada com isso. Não fui eu quem errou. E apesar disso tenho; que ficar aqui na fila e ainda pagar 50 cruzeiros". No fim da enorme fila do pri o Teiro guichê estava um grupinho .. Entri. eles um veterano de cara amarrada que fa~ava alto e gesticulava dizendo que criaram um problema incrTvel de horário para ele. Falava bastante esbravejando.o O entrev!stador s~ aproximou e pergun tou"depols de se Identificar, qual era o problema dele. . Comprovando a preocupação de todos fren te ao esquema de segurança montado p~lã Universidade, ~ lTder do grupl~ho olho~~ bem para o reporter e disse: que proble, ma? Eu não falei nada de problemas. £ü não tenho problemas, está tudo bem".


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Poeira 10

QUE

VOCÊ SABIA ; . O RESTAURANTE UNIV.ERSITARlO DÁ UM PREJUIZO MENSAL DE C.r$ 12.0oo,00?

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Nos ;fins':'de-semana,'livr~. d~s obrigaçõe's na 'U-' cheio de dividas.Encontrou o Restaurante carente niversidade,vocêquei'~espansar.E~tão .pega a na- de materiais ,em'-1:flitaªQ. precário, sem remorada~ e vai .pro:cinema.Quanto você'paga?Cinco colher os direitos trabalhistas dos seus funciomangos a meia.E .tem duas horas de: diversão. Duas nários.A nossa primeira atitude fOi,fazer'um bahor as. Isso você faz num. s~bado,.tio domfngo, você lanço geral, da situação e passar um questionário varia e vai prum ba:r,baterpapo~'espairecer.E to- pesquisa para os colegas que usavam o Restauranma um lanche,come um cachorro quente, pão com sal te.Nessa pesquisa pudemos constatar as princisicha,só.Quanto você paga?C!nco mangos. pais deficiê~cias de então.Por exemplo,72,2%' con Durante a semana,no batente. das aulas,cheio de side~aram a comida de qualidade insatisfatória despesas,você vai economizar~~ntão'come,almoço e 83,6% acharam o cardápio. desorganizado e repeti~: 'janta,no Restaurante Universj,.j:.ário. Uma bandeija, tivo.Então,melhoramos a comida e organizamos. um sempre com arroz e feijãq,salada,legumes cozidos cardápio, tudo 'de acordo com as orientações da nu carne, sobremesa e cafézihho.Quanto você paga?Cin tricionista'do Hospital Universitár'io.84,69% con co cruzeiros. - sideraram 'satisfatório o atendimento do caixa, -, Pare a leitura e pense um pouco: que milagre e mais muitos apontaram a necessidade de um talão conômico acontece para você pagar'cinco cruzei:= ~e.~ensalista e reclamaram contra a caixaregisros por uma refe~ção destas?Será q~e estão ~e ~tradora,velha,e que sempre quebrava nas horas de rb.ubando no cinema e no'bar?Ou sera que voce tem maior movimento.Então instituimosos talões men~,bando de filantropos; 'cuidando do Restaurante sais,que voc~ pode comprar pagando mais barato pra' você?Nem uma coisa nem outra.Por mais 'que es pelas ,refeições e compramos uma. caixa registrad£ 'tejam te roubando lá fora,o custo de::vida está à~to bastante para que Um simples cinema ou um ra nova~78,84% acharam que o atendimento. era len si~ples sanduiche de pão e salsicha est~ja cus - to demais •Concordamos com isso e mais':a.lentidãõ tando cinco cruzeiros.O que acontece no',Restau - tem,aumentado progressivamente por causa do au'~ ran,te Universitário ent-ão? . :' mento do número de frequentadores.FizemosCentão "Àcontece muita coisa .Primeiro, um Restaurante um orçamento para.a compra de um balcão de disuni<versitário existe para isso: fornecer' ,refeiçõe tribui2ão, aquele onde você é serviqo na hora.P£ baratas a estudantes,muitos deles já suficienterém, nao pudemos comprá-lo.Ele custa .caro.Outras me~te.esmagados pelo ensino pago. Muita, gente vem falhas apontadas:falta de higiene nos banheiros,. de fora apertanõo o cinto, todo mundo lá em casa falta de mesas e cadeiras.Então instalamo~ saboapertando o cinto',só para estudar .Então, nada netes,papel toalha, papel higiênico, compramos mais mais justo que, exista ,um restaurante gue não ex- mesas, e cadeiras.E de quebra:passamos a servir plore para que,pelo menos,a.alimentaçao' fique ga café, mesmo tendo que pagar 22 cruzeiros o quilo. rantida.Como manter,então,um restaurante desses; Uniformizamos as cozinheiras, compramos uma gelasem dividas?A esta altura você deve estar concor deira frigorifico.Compramos uma kombi.Enfim, medando com a gente:muito dificil. '.' , lhoramos tudo.. 1\ _ Agora,paramos aqui para contar uma história pa Mas,pare de ler novamente e pense.V~ce naO nora vo~ê. A história do Restaur~nte Universitáriõ. tou que tudo isso que.'foi feito at~ agora deu a Quando o Poeira assumiu o DCE,em outubro do ano impressão de qu~ as coisas. são fáceis,c~emftº~, pa'ssado,encontr:ou um diretório desorganizado e céu?~.Porque tudo isso foi!~.~toap~na~p~! um

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número multo reduzido de pessoas,numa atitude um Paremos novamente para pensar.Concordamos que tanto paternalista,de cima para baix~.Daí, a im- a refeição deve continuar custando o mais barato ipressãó de que tudo se resolve facilmente.Conco~ possível.Concordamos também que não existem mila da? ' gres que façam um Restaurante funcionar com esse Continuemos,então,a nossa história.Falávamos objetivo,sem viver'endividado.Concordamos,includas dívidas.O que fizemos?Corremos o ano ,todo a- sive que não é correto deixar para poucos atare trás de verbas, sempre jogando o que conseguiamos fa de alimentar muitos.Concordamos,finalmente,que no Restaurante,em prejuizo até de outras ativid~ o único caminho continua sendo lutar pelas ver • des.Pagamos as dividas, fizemos algu~s melh~ra~e~ bas :oficiais.Que fazer então? tos,mas acontece que o Restaurante e uma maqu1na A nossa opinião é,a de que para os/problemas de comer dinheiro.Por mais que paguemos suas de~ coletivos,apenas soluções coletivas devem ser to pesas,outras vão se formando em seguida.~ uma r£ madas.O significado concreto dessa afirmação po= da viva,um círculo vicioso.~ssim,de outubro do ~ deremos estabelecer.na'medida em que houver sino passado até o mês de julho último, o Restaunais de uma participação coletiva.Então você per rante consumiu Cr$ 210.905,96, dos quais Cr$ •.•• gunta:o que significa isso?Como primeiro passo ~ 52 ~968,22 em salários .Amortiz'amos parte desse . significa que se você come no Res~aur?lnte e acha gasto com o dinheiro pago na caixa:Cr$75.536,29. que ele deve continuar atendendo a todos nós,~eO que nos deixou um déficit de Cr$135.369,p7. ve pensar no problema e nos encaminhar sugestoes Muito provávelmente você nunca tinha imaginado' para as possíveis sol~ções.precisamo~/saber tamque o Restaurante Universitário consumisse tanto bém em que medida voce 'concorda em trabalhar pedinheiro,não?Mas esta é a dura realidade.Bom,tolas soluções e e~ que m~dida está disposto a fado esse déficit conseguimos ir pagando com verba zer isto.Pra voce que nao come no Restaurante, oficial duramente conseguida.Mas agora,o dinhei- mas acha que ,ele é um problema que dificulta as ro acabou.E estamos sem perspectivas de. uma nova atividades que lhe interessam mais diretamente , verba a curto prazo.Estamos,pod~mos dizer as~!m" como mais atividades culturais,significa que"voentre a cruz e a espada.Neste mes de agosto Ja cê pode procurar pelá.gente,para,junto com~a ge~ estamos com um déficit de Cr$24.l02,00.As nossas te,trabalhar pelo Restaurante.Afinal, ele e um previsões indicam que até' o final da gestão (se:" bem comum,uma conquista nossa e deve ser'presertembro próximo),teremos mais Cr$ 37.454,84 de de vado.Quem não luta e trabalha pelo que quer não ficit.Como resolver isto? merece o que tem.

NA LUTA CONTRA O BAIXO NIVEL DE ENSINO~

OS UVROS TAMBEM CONTAM

LIVRARIA ARLES Ru Piam' 229 - Fone 22-5572 • l'."

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Poeira

12

Joio Bosco nasceu em Ponte Nova, Minas Gerais. Como todo mi neiro, Joio é desconfiado, o que é muito bom nesses dias que correm (ou se arrastam), com tantas crendices e cascatas ganhando c~ da vez mais terreno~ Nesse terr~ no Joio fica feito a pedra de Drumond: no meio do caminho. Nio é fácil aceitar imedia tamente tudo que Joio canta, porque dói. Como a realidade. JOÃO tem a exata consciên cia dessa dor porque a sente. Jus tamente por ser homem e ,artista,nio está acima do mundo, com os donos da verdade, nem abaixo dele, com os que aceitam a verdade de seus donos. Joio está no meio do cami ,nho. Caminhando.

Teve um tempo, quando era menino do interior de Minas que, João Bosco vibrava com Da! va de O;J.iveira,Angela Maria e outros grandes ídolos da época. Mas desde muito novinho gostav~ de ouvir Alberto Népomucenot tinestQ Naza~eth Villas Lobos' e outros grandes . ., Lá pelos 10 anos, quando já era, fi de Elvis Presley e Little Richar~, ganhou seu primeiro violioj que, de tio pequeno, "es,-çaVa'Inàis pra cavaqu~nh6 que pra violão. Dai pra chegar ao que é hoje, Joio teve que penar muito, batalhar .,pacàs.Al~ás, na vida de Joio nunca houve nada, de' precocidade, de "rasgo de genialidad~s" e coisas afins, mas sempre houve dedicaçio. Mas, com sua música que "chega e, de cara feia, dá decisio, dá decisão, dá decisio e que dói que nem- punhal" , um dia Joio conseguiu'crescer. c21

JOÃO BOSCO: NOMEIO DO-CAMINHO, CAMINHANDO

(E COM A GENTE NA ..s:EMA'NA)

meçou a trabalhar com Aldir Blanc, seu parceiro até hoje e dessa uniio surgiu a primeira música "Agnus Sei", que ele ~r~ vou e que a Elis Regina tambem canta. Pouco tempo depois, Elis Regina gravou "Bala com Bala" e as coisas começaram a acontecer :shows em universidades e tea tros, um LP pela RCA, d~as trilhas sonoras para filmes e gravações de Elis Regina, Simone , Marlene, Maria Alcina, Os Batuqueiros, wal~er e outros_que a gente ouve a1.0uve e ate se esquece de perguntar quem f~i que fez a música. Agora, Joao Bosco está lançando'seu segundo LP, com arranjos de Cesar Cama£ go Mariano (o mesmo da Elis' R~ gina) e está chegando a Londrina, na l~. "Semana de 'Atualidades". Chegando assim com muita vontade de cantar, de falar de suas músicas, dos problemas do compositor brasileiro hoje, de coi~a~ muito interessantes~

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Estudante e caelha, embara nãO' pareça. têm atualmente muita de parecida. Em algumas regiões da interiar brasileira, praticava-se, tempas atrás, uma farma muita rudimentar de caça aO' caelha: nãO' canseguinda espingardeá-Ia, a caçadar armava um laça à entrada da taca da animalzinhO' e ficava à espreita até que a fame a abrigasse a sair. EntãO', num rápida aperta da laça, a caçador suspendia aO' ar a pequena mamíferO'. Mas esse métada muitas vezes falhava: frequentemente a caelha preferia cavar autra túnel, abrindO' uma saída a deze- , nas de metras da caçadar. M esmO' quandO' a métada dava certa, a ca'çadar só canseguia esgaelar a primeira caelha. O resto da família aprendia a liçãO' e canseguia ludibriar a caçadar. Par iss.a, a caça aO' caelha evaluiu. Inventaram-se safisticadas arapucas, ande iscas apetitasas, de cheira irresistível, acabavam par atrair a assustada bichinha. NãO' é de estranhar, partanta, que as caelhas nãO' simpatizem cam as hamens. . 'Nãa é de se admirar, também, que as estudantes brasileiros, de farma geral" desconfiem das chamam-entas aficiais. à participaçãO' .palítica. Cama paderia' ser de autra maneira? Quem tem memória, mesma curta, nãO' pade esquecer que as estudantc<s, de alguns anas para cá; .faram pacientemente treinadas a se sentirem cama caelhas. Ainda haje esse treinamentO' cantinua. Na penúltima semana" de marçO', tada a diretaria da assaciação atlética da Faculdade de Ecanamia da Universidade Fedeml da Ria de JaneirO' fai suspensa pela diretar daquela escala parque publicau um manifesta de baas-vindas~ aas calaurós. NãO' se passaram quinze dias após esse fatO' e a Reitaria da Universidade de SãO' Paula ameaçau aplicar a temível Decreta-Lei 477 em alunas daquele campus. ApóS pratestas das estudantes, a Reitaria "esclareceu" que ninguém seria punida através a 477 mas sim cam base nas próprias estatutas da Universidade. Apesarde esse cansala nãO' ser muita gra'lde, a puniçãO' ainda nãO' fai aplicada. Piar fai a sarte da presidente da DiretóriO' Acadêmico da Instituto de Psicalagia da Universidade de' M agi das Cruzes: sua matrícula fai simplesmente recusada parque teve a "petulância" de dizer que a ensina daquela escala nãO' pre~tava Cl' que, par esse ensina de baixa nivel, eram cabradas altas anuidades. O estudante impetrau mandada de segurança. mas faleceu antes de yer q\lalquer resultadó. Recentemente, na terceira semana de abril, a Diretar'da Faculdade de Medicina de Santas fechau a DiretóriO' Acadê. mico'lacal e suspendeu sete alunas entre dais e quinze dias. determi.nando, ainda, que essas punições fassem anatadas na histórica escalar das estudantes' atingidas. O mativa alegada para as suspensões fai um mavi. menta - inteiramente pacífica e ;Jpolltica - realizada em marçO' pelas alunas, de pratesta cantra as in úmeras deficiências da ensino daquela faculdade. Mas a que parece ter irritada mais O' ,Diretar faram as críticas publicadas pelas estudantes na Jarn;l1 da . DiretóriO' Acadêmica - as quais, segundo a Diretar. "prejudicaram a' imagem da faculdade ,na camunidade" .. Em autras palavras, assim cama entre caelhas e caçadares, acanvivência entre as estudantes e as autaridades ainda nãO' expc;rimentau qualquer

Extraído

UNIVERSIDADE:

a distensão que não veio

Quem tem memória, mesmo curta, não pode esquecer que ,os. estudantes, de alguns anos para cá, foram pacientemente treinados a se sentirem como coelhos. Assim como entre coelhos e caçadores, a convivência entre os estudantes e as autoridades ainda não" experimentou qualquer consequência significativa do chamado processo de distensão. A devolução aos Diretórios Acadêmicos da tarefa de representar. os alunos junto a cada Faculdade, se concretizada, não significará qU11quer medida de importância em direção ao alivlamento das tensões. no ambiente universitário. Será, tão somente, um' deslocamento de 3tribuições dentro de uma mesma polftica educacional marca.damente autoritária. Texto: José Damião Trindade lIustraçãó: Janga canseQuência significativa da chamada processa de distensãO'.

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NOVO PAPF.L DOS DIRElTÓRIOS Recentemente, a Ministra da Educaç.ãa. general (da reserva) Ney Braga, infarmau que pensa em atribuir navamente aas Diretarias Acadêmicas a papel de representar os estudantes junla aos órgãas universitárias. Essa função fai retirada das Diretórlas pela Lei nQ S.540 de 1961l, que estaoejeceu as dlretriles da refurma universitária. Desoe então as representantes' das estudantes passaram a ser escalhidas, através de eleições diretas. EntretantO', a devaluçãa aas Diretórias . Acadêmicas da tarefa de representar as alunas junta a cada Faculdade, se cano cretizada, nãO' .significará qualquer medida de'importância em direção ao aliviamenta das tensões na ambiente universitária. Será, tãO' somente, um desloca-' menta de atribuições dentrO' de uma mesma palítica educacianal marcadamente autaritária. Primeiro, retiraram das Diretórias .essa' funçãa,' sem qual. quer cansultaaas que ~a diretamente interessadas no assunta - as estudantes. "Agara, também sem cansultar a que pensam as universitários, devalvem aas Diretórias essa funçãO'. - que . amanhã paderá ser navamente

do Jornal

retirada. Aliás, essa visão paternalista cameçau quandO', há anze anos, o e'ntãa Ministra da Educaçãó, Flávia Suplicy de Lacerda, de memória nãa.muita alegre para as estudantes, mandau dizer aas "meninas" 'que as tradicionais Centras Acadêmi. cas nãO' serviam mais- para representá-Ias e que,' em lugar deles, ficavam criadas as Diretórias Acadêmicas. Cam uma penada. tirava-se a representatividade legal de entidades que há décadas haviam-se enraizada demacraticamenteentre as estudantes, surgidas pela 'própria vantade deles e ganhado, partanta, uma autenticidade que lei' alguma paderia substituir. A Lei Suplicy - sempre é bam recardar - abaliu a União Nacianal das Estudantes, as Uniões Estaduais de Estudantes e retirau das Centras IAcadêmicas o pape.llegal de ripresentarem as universitárias aficialmente. Criou., entãO', o DepartamentO' Nacional das Estudantes. as Departamenta's E~tllriuais de Estudantes -e as Diretórias Acadêmicas, respc;ctivamente, para substituir a UNE, as UEEs e as CAso Mas a desmaralizaçãa da DNE e das DEEs fai tamanha que, três anas depais, através da decreta federal númerO' 228 canhecida' coma Decreta AragãO' - essas pseudO' - entidade~ faram extintas, nada ficandO' em seu' lugar.

Complemento e Documento' - T(JLHo/t5

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QUE PODE MUDAR?

Ao langa destes últimas anze 'anas, essa visão aficial das' problemas estudantis canservou-se inalterada. Os Diretórias Acadêmicas criadas pela Lei Suplicy mantiveram-se na maiaria das universidades federais e particulares. Em muitos casas, cansçguiram até ganhar autenticiçJade, servindo aas estudantes camo instrumentO' para suas lutas. Mas nãO' se pade esquecer que já nasceram cam mavimentas previamente definidos pela Lei que as criau. Sua dependência crônica das órgãas universitários nãO' lhes deixa muita margem de açãO'. É rotina as Reita. rias, das universidades rec~lhe. rem diretamente as taxas dI: contribuiçãO' dos alunos e só depais entregá-Ias aos Diretórias. A, farma de liberaçãO' dessas verbas, vitais para as atividades das entidades. estudantis. depende muitas vezes da boa vantade das Reitares. Algumas universidades liberam-nas lagO' na iníciO' do anO', autras efetuam .uma entrega parcelada, a que .nãa deixa de ser uma farma de cantrale sobre as DiretÓriOS'; Há farmas mais perfeitas, cama a empregadtl pela reitor "da Uni.versidade Federal de Santa Catarina, que só permite a algum aluno candidatar-se aO' DCE após investigar seu passa,do e decjdir se ele é au nãO'de

seu a~rada Além dissO', a dataçãO' de verbas aficiais aas Diretórias canstitui outra meia de manter essas entidades "bem campartadas". Na Universidade Federal Fluminense, par exemplO', as Diretórios há vários anas vêem a car da dinheiro que a Reitaria lhes deveria ceder. Restam, ainda, diversas restrições, tais cama a exigência de, médias minimas nas disciplinas: de cada curso, inexistêné"ía de qualquer espécie de sanção disciplinar - nãO' se esquecendo, tamb~m, de infarmações abanadaras dos órgãas de segurança - para que alguém passa candidatar-se a cargas eletivas nos Diretórias, Agara, se far devalvida aas Diretórias a funçãO' de representar aficialmente as estudantes, talvez a maiaria deles cansiga, pela menas, superar a descanfartável situaçãO', extremamente dúbia. de existirem sem razãO' definida. É clara qu~ issO' vai depender das candições lacais de cada escola. Nas faculdades particulares criadas nas anos recentes. seja cam funçãO' legal de representaçãO', seja sem esse papel, as Diretórios cantinuarão a viver perigasamente, sempre vistas pelas autaridades escalares camo patenciais denunciadores das precaríssima, candições da ensina que é ministrada aos alunos. Em outras faculdades, talvez as mais expressivas cultu'ralmente, ande exista certa tradiçãO' de participaçãO' estudantil, poderãO' surgi algumas passibilidades a serem aproveitadas pelas alunas. Já na maioria das faculdade e universidades estaduais, a repercussãO' palítica dessa medida aficial será mínima. Grande parte dessas escalas cantam ainda cam os antigas Centros Acadêmicas, agora arganizadas coma saciedades civis. Estas entidades, embar combalidas financeiramente. mostram-se imbative"is na representatividade que as alunas lhes canferem. Mesma desvinculadas legal ~ente da represen 'taçãa aficial das estudantes juntó aas' órgãas colegiaqas da instituições universitárias, têm conseguida mantê-Ias sab se cantrole, cam raras exceções. OS DOIS' GOVERNO

CAMINHOS

Resta, partanta, apenas a cer : teza de que nãO' se está ina . vanda verdadeiramente e ' matéria da encaminhament gavernamental das questões dis centes. O que existe de nava é lenta reestruturação das mabili zações das próprias estudantes, Só este renascimento será cap de dar vida.às entidades repre sentativas das universitárias. palítica gavernamental para ,etar paderá aptar entre estimu~ lar a desenvalvimenta da parti cipaçãa estudantil nas prable mas que' lhes sãO' próprias, a sentir marcando pasiçãa num paternalismO' autaritá'Qa )lue já cameça a aprafundar as cantradições que pretende0 suprimir. A esse respeito, pauca importância têm as medidas semelhantes à que a' Ministqia da EducaçãO' pensa adatar. O nó da questãO' está na recanhecimento' de que a prática da liberdade é infinitamente mais terapêutica da que remédias de eficácia duvidasa. ministradas 'à farça. E esse recanhecimenta significa aceitar inteiramente a passibilidade de os estudantes chegarem a discordar da encaminhamentO' oficial às questões universitárias. Significa; partanta, cameçar pela revagaçãa desse laça de esgaelar estudante que é a Decreta 477. Pais estudante I nãO' é .9icha - é gente .


un.• • V Qltamo8 campeões. om08 a

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Somando 10~ pontos na contagem geral os estudantes da Fundação Universidade Estadual de ~ond~lna. Voltaram campeões dos XXVI Jogos Universitários, disputados em Curiti'ba Es t'a fo I a segunda vez que nossos colegas con seguiram a melhor posT II ção no. esporte un iver-=O~J si tário paranaense'; nu ~ ma d~~onstração de que ____ a unlao da patota toda .::-..;.--~-;:::::. S U P e rou ã s e x p e c ta t i vas pessimistas de par te da imprensa local que, a n te s d o em b a rque. dós alunos', não acredi tava que Londrina pu ~ desse ser, mais uma vez, bem representada. Foi a seguinte a classificação geral

(@Jf:V,./ <9.

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3~- Escola de Educação FTsica de ~u~i tiba -36 4~- Escola de Educação FTsica de Arapon~as-30 5~- Universidade Estadual do Paràná - 24; 6~- Faculdade de Educa ção FTsica do Norte d~ ['araná - 21: ... .7~- Universidade Cato~ lica de Curitiba - 5. Na classificação geral soma .do mas'cul ino'e fe minino, a FUEL despon~ tou como campeã, soma~ do 108 pontos. ~m.segundo lugar. 'c)a~ sificou~~~a Universidad~ Federal do Paraná .cqm 105. pon'tcis; 3~- Fundação Uniyersidade Estadua.l de;Marl.n gá :76;. ."_.4~-.Es~0Ia de Educa~ao FTsica de Curiiiba-67; 5 ~ - F a c u 1da de de,.Edu c a '. .~ã~ FTsic~ de Arapon'~ -ga S- - E 5 ; 6 ~ - Fa c u 1da d e d e_ Edu c a ção FTsica do Norte =dõ 'Paraná - 42; 7~- Universidade Tui~i ~--- 25 pontos.~ 8~- Universidade. Cat~lica,18; OltimoAcademia Guatu pea com 13 pontos. O pessoal ganhou com categoria, dando I 'provas de competividade ~sportiva e de dedi caça0. Depois desta, es tamos aguardando com ma (cr mot ivaç~o a .rea-. lização dos n~ssos J£ gosUniversitarios,que deverão mostrar por que Londrina "faturou" em C u r i ti ba •

O ~essoal da Ed~ caça0 Ffsica anda di ~ zend~ ~ue s~ y~i parti cipar da organização dos jogos, mas a gente duvida que eles fiquem s~ nisso. E aqu i va i nos'sa s u g e s tão: s e e 1e s .n ã.o quiserem competir, que 'tal um amistoso?

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--:::::-.-:--

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-

Ma'scullno: Campeao-Unlversldade Federal do Paraná, 81; Vice-Campeão -Fundação Universidade Estadual de Londrina -60; 3~- Fundação Universidade Estadual de Ma~ln

gã - 39;

.

4~- Faculdade de Educa 'ção.Flsica de Ara'pon .-= gas- 35; 5~- Escola de Educação. FTsica de Curitiba,31; 6~- Universidade Tuiti de Curitiba' - 25; 7~- Faculdade de Educa ção Ffsica do Norte de. Pa ra ná

-

21;

8~- Un)versidade Cat5lica de Curitiba e Aca demia Guatupe -13. Feminino: A Fuel ficou em primei ro --rugar, .sag ra ndo -seCampeã, com 48 pontos; Vicp-Campeã - Fundação Universidade Estadual de Maringá - 37;

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E ,NA VETERlNARlA?

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TUDO. AI BEM, TUDO LEGAL? TUDO VAI BEM .TtJDO LEGAL?,

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.~ gente entrando, é gente parando e pensando na salda. A decepção é amar ga e marota. E todo mundo fica meio desesperado, que rendo saber quando serão cumpridas'as promessas' (contratação de professores, construção de laboratórios, de cllnica,. de biblioteca, de salas dé aula~. Em outras palavras:

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QUANDO t QUE O CCR VAI PASSAR A EXISTIR DE FA TO, PÔ? <..

Além disso, muita coisa tem que ser trocada. Por exemplo: A gente fica 2 anos vendo navio no ciclo básico, esperando o tradicional "passe de mági ca",para um ciclo profissIo nalizante, mais real, maisprático. E nada. Chegamos ao final do bás,ico voando mais baixo que construção de coveiro. Será que tem alguem preocupado em saber se o excesso de teoria no ciclo básico é necessário? A opinião de quem já entrou no profissional! zante: - Perdemos muito tempo no ciclo básico, por que é rara a preocupação em obJetivar o que é essen cial para o curso: a prátI ca. Exemplo disso é-o excesso de carga horári~ em matérias teóricas como MicrobiQlogia Geral e Para sitologia Geral. E.o que e pior: tanta teoria assim, não tem lá muito interesse para a Veterinária não. En quanto isso, as aulas.prá= ticas no ciclo profissiona lizante (prático por exce= lência) são rarlssimas.

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Assim, a gente tem que assistir a um espetácu lo desolador, normalmenteconhecido como ."0 GOLPE DO .BAO":

Cus ta mais barato e rende a ,~sma c01sa. Desse jeito pode dar até aula de Fl~ica Nuclear.'

CAD! A AGROSTA?

-

ATO I- Entra um mon :te'de gente na vendedora de ensino FUEL S/A, pra comprar um diploma. ATO 11- O ensino é de baixo nlvel e custa o olho da cara.

ATO III- Uma turma de estudantes bem comporta' dos - de onde sairão da9ur a um ano os primei~os medi cos veterinários da FUEL S/A - assiste a urna aula. De um lado o professor dita a matéria. Do outro, os adoráveis alunos copiam tu do, tim-tim 'por tim-tim. Aqui a gente bota um ponto, abre Um parágrafo e dá urna dica:' '~por,que,é que não' colocam o seo Chico Pipoueiro como rofessor

CAD!?

Estamos quebrando o galho em tudo. Exemplo: neste segundo semestre os alunos do 59 e do 69 parlo 4<?~ se ma~J,cularam em ~ A~rostoloq~~~s cadê o pro f=ssor, cadê a 'matéria, ci' de, a Agrosta? Mais promes= sas: ,disseram que o profes sor vem lá pelo' fim do anõ e que vai dar toda a matér'ia numa seman"à só, em perlodo integral. Isso é uma coisa que se faça cQm a gen te, pÔ? E o que é mais duro'ai~da: enquan~~ o'profes sor nao vem a gente vai pagando, vai pagando... Se pOr ventura não conseguirmos urgentemente o m1nimo de condições para o nosso curso, saíremos ~ la aI,.,tratando de vaca's no quadro ne ro.

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,24 anos ao lado do estudante R~a PiauT,

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'l.1P€f ~/(,I,oe PEVE$ Vétr o ~ ~/77W ()IIS 0'5;9,5 : COMEÇOCJ /KiCI84 UH AoC~ •••• ~ éSCotA,f'

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E u n ao se i se e to d o mun d o ou e•• so 99%, mas a gente sen na pele que a coisa T feia. A gente chegou

g e n te e s tá n a. 11 a ra p u c a iY que o vestiba desarmou I com sobre a gente. com te Na aula a gente tá curte o professor que tem b diploma, não o que há pouco tempo, um ano sabe dar aula. E além do mais ou menos, e perguntou um montão de toisas mais.~ cara vem querendo pros veteranos.Eles, com tirar a mágoa de seu tem_ um sorrizinho sarcástico.Po de estudante por cima e meio desaj~itado, de da gente. E tira mesmo! quem não quer traumati A coisa despenca e zar muito, disseram que.a gente sai catando. E logo ia sair.E sai como o.podre e o bom não Saiu a realidade debaixo podem, muitas vezes, ser dos panos e ~ue neste - dIstinguidos pelos réce~ primeiro ano já se refle cheg~dos, iles s5 o. sabe tiu de maneira entriste~ rão de um sistema de en~ cedora sobre a' gente.E a sino que,'s5 é perfeito

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para a minúscula massa que o rege, depois ae muito tempõ. 11s vezes' essa catança resu 1 ta em' saldos desoladores. Na minha turma entraram 20 alunos e na "cabeça" so tem 8. Em um ano!!! E no fim de 4?~! Se esse quadro dra mático fosse determinado por uma circun~tinc1a que-fosse bem in~enciona d a e e m p ro 1 da g e n te, n~o haveria problema.Ma~ as coisas acontecem p~r um fator aleat5rio e sem interesses construtivos, que é fruto desse siste.,ma, lide enslno".

O duro é'quando a gente vê que a coisa que despencou vai fazer falta ma is tarde. E a gente não terá condições de bo tar fé no taco quando mais precisar .delas. Em resumo, o que torna o quadro dramático é que a gente sofre as consequências de um sistema de .ensino ~onservador onde a flexibilidade de, s u'a s d e te rm in a ç õ e s não cede n~m um 'pouco em pro~ de elemento que é um de seus menos visado: o aluno. -aluno de veterinária

Muita preocupação an~a rondando as beira das.,de i>i's(;i;-n~ -uI timame~ te; £ que,~ndam dizendo po~ aI ~ue t~m um pr~fes sor .da' Educação' FTsica': na cadeira de ... natação ~ que não .sabe nem o que e água. Agora vale uma per'gunta: se isto for - i verdade, será que invenI taram um novo método de ensino de natação, onde. o professor é o gue.me ,nos conta? Isto e, e o que meno~ nada? ) ,-Galileo Galilei

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MONSTRUARIO ORIENT AÇÃO? QUE ORIENTAÇÃO? ALGUÉM FALOU EM ORIENTAÇÃO?

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de o . A inexistência rlentaçao nas matrlcu 1as, tem mesmo desor ien tado os alunos. Na matricula para este semestre fiz uma proposta, mas não foi a aceita pelos componen 7 tes da mesa de ORIENTAÇAO, que me fizeram uma contra-proposta, cujo I resu 1tado ~o i:

-

Na primeira semana de aula de lSOC43, e pa ra minha surpresa(e tam bém do professor), sóhavia uma aluna nessa d is c ip 1 ina: eu! q' p ro f e.s. sor, meio encabulado com a situação, foi levar o fato ao conheci mento do Diretor do CCH E voltou aCQmpanhado do Diretor, que ficou de tomar providências a respeito, e me telefona ria em seguida, apontan do a solução para o ca7 so.

Na qu inta-fe ira da ~ mesma semana, eu estava trabalhando e recebi um telefonema da secreta ria'do CCH, para que eu fosse na sexta-feira cancelar ou trocar de d.isciplina, na qual só eu havia feito matrTcu1 a. Fui consultar o horário e não daria certo Mas como colocar outra disciplina, sendo que o horário já estava esquematizado. Se fizesse mudanças teria que ficar correndo de uma sala para outra para responder chamada. E as au las, como ficariam? "U~a professora e membro do Departamento de Estudos Sociais(e fu turo Departamento d~ Ciências Sociais) me es clareceu que 'essa discT pl ina já havia sido ex7 cluTdado curriculo de 'Ciências.Sociais. E reforçou: •• Olha, a sorte. foi toda sua". Na sexta~felra fui a tê ao Campus para legalT 'zar a matricula. Afinal iria pagar um crédito a mais e '0 dinheiro é curto pari. um desperdicio de s se_s.

Quando cheguei na CAE, para meu espanto,vi que o problema não era só meu. Havia uma multidão impaciente na espera da sua vez,'e um grande esquema de segurança pra garantir a ordem e tran~ quilidade das filas. Tive a impressão de estar assistindo um JOGO DE BINGO, no qual uma pessoa grita o número da pedra, o individuo vai cobrir mais' um quadrinho vazio, e o colega do lado já preenc~eu aquela vaga:é um descontentamen to por parte do pa.rceir~ O mesmo acontecia com os alunos, que ficavam torcendo para que o colega da frente não pegasse a sua vaga na disclpl ina que disputava. Como precisava traba lhar, voltei da FUEL só mais tarde retornei ao JOGO DE BINGO. As filas continuavam enormes. Mas, como já havia feito meu horário de trabalho, o negócio era enfrentar. Os alunos começavam a murmurar: -Pór favor, anda mais rá pido com e~ta fi la qui eu já não aguento mais; Pago'o que não for preci so, quero sair logo da7 qui ~ -Da próxima vez vou trazer um banquinho e iso por com água e lanche. E ainda diziam: Isso é uma tortura, deveria ser re solvido cada problema em um dia, isto porque' havia uns com desistencias outros com disciplinas remontadas, tendo que substituir por outra dis cipl ina. Fora os que,co~ mo eu, tinham ido a convite da CAE para cancela mento, por ter só um alu no matriculado em deter~

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minada disciplina. . Realmente são muitos' problemas para serem re solvidos em um só dia. Em toda empresa, toda organização bem estrutura da é necessário burocra ~ cia, não no sentido pejorativo, mas eficiência no esquema de organização. Na próxima matricula, espero receber realmente uma orientação para não ter que enfrentar essa "via-sacra" novamente.

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PONTiFic.aA

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CAOTlcA

Na PUC do Rio, as aulas de Co municação Social poderão parar: os estudantes protestam contra a baixa qualidade-do ensi"o. E denunciam que a escola não tem os equipamentos exigidos pelo Conselho Federal de Educação pa ra escolas de Comunicação e di~ p~e de salas ,muito pequenas pa~a o grande número de alunos m~ friculados. A maior queixa, por é m , é c o n t r a a. f a I ta d e e n s ino :IINinguém aprende nada e se per de quando vai fazer estágios em emp~elas de Comunicaç~es. Tem que aprender tudo de novo na bª se da práticall• - ,dci,sse uma alu

5.A O

C' A E T

A"N O

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A 'RÉ&RR Há uma semana atrás :os ,estudantes da Fai culdade de Engenharia~ Mauá,de são Caetano do Sul, resolveram rei vindicar ~ diálogo com a diretoria da,es cola,principalment~'em relação à elevação de anuidades,que subi ram em 48,5%.Eles op= taram por esta solu ção,não movendo pr~c~ sso,segundo eles "demorado'e ainda com o risco de não dar re sultado prático 'nenhum",porque o proble ma foi definido comode'sobrevivência:1I O aumento é excessivo para nós,não temos meios de arcar com es ta despesa.O nosso hõ rario é IIpicadoll- hã dias com aulas pela manhã e com apenas uma à tarde.E assim não há possibilidades de se arrumar emprego Apesar da disposição dos estudantes em con, versar com a diretor! a da escola,a dita cu

ja manteve-~e indiferente, determinando , que os professores co~ tinuassem a compare : cer às classes para dar aulas aos alunos interessados.Poucos deles,porém,se inter~ ssaram pelas aulas: em reuniões reqliz~das nas classes,os estudantes de todos os setoresda'Mauá concluiram que. a paralisaçã9 das aúlas( que teve' inicio no dia 18) deverá prosseguir até que se e~ .cerre a má von tade da diretoria e os problemas que deram origem ao movimentodos qu~is o princip~l é a contInua elevaçao de taxas - sejam dis cutidos.Eles estão em assembléia geral permanente, onde apr~ sentam documentos,re lacionando as diver= sas falhas estrutu rais da escola e a impossibilidade de arcar com o aumento das anuidades.

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Os alunos da Faculdade de Engenharia da Fundação Vale-~aral bana, de s.José dos Campos, decidiram no dia 15 de agosto entrar em Assembléia Geral permanente, procurando discutir os problemas que vêem no ensino que lhes é dado. Eles criti~am a qualidade das aulas, afirmando que muitos professores de n1 vel bom têm deixado o estabelecimento por estarem com o salário em atraso há mais de 2 me ses e afirmam que ainstituiçio disp~e de recursos m~is do qu~ suficientes para melhorar o ensino.

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PAGAMENTOS . ,. BAIXO NlVEl. DE

Rio A

GRANDE

EXCEÇAO

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No Rio Grande do Sul sistema consiste ape até o diretor resolveu nas em aulas expositi-~ lIentrarna dançalle di;! vas e enfadonhas.A co-, 'cutir os problemas in~ missão está procurando' rentes à Faculdade de ouvir professores e e;! Direito da Universidapecialistas sobre no de Fed~ral do RGS. A vos métodos.O maior nú proposição de se paramero de estudantes conl lisar as aulas partiu centrou-se na comissao dos 500 alunos,que for que estuda o mercado maram várias comissões de trabalho e o está juntamente com os progio opirgátório.Segunfessores,para discutir do eles,existe um gran os porquês da ineficide número de advogados ência da escola. O dialém daqueles diplomaretor Fernando Schneidos que,dificilmente , der,aprovou a idéia e tornam-se profissionaestá participando das is liberais,empregando 'conferências e das dis -se na' indústria,no c£ - mércio cussoes. ou no serviço Os alunos explicaram público~Os estudantes que eles e os profess£ defendem também que o res debatem o currIcuestágio 'obrigatório d~ lo da faculdade,a falve ser melhor fiscalita de docentes ,0 merzado.~ara el~s,as em' cado de trabalho e o presas que nao querem sistema curricular. A contratar novos profis comissão responsável sion~is,buscam e~taqiã pela análise do atual rios-para realizarem a~ método de ensino da UF 'mesmas funções com me RGS concluiu que este nor custo.

--

-


'•••.•.1'

OLHAQUI OS' CONCURSOS!! o

Concurso 'TERRA ROXA e Concurso ,de Charges e Fotografias do POEIRA

continuam

abertos a todos os interessados.

dos nas paredes da Universidade

Os regulamentos

já estão afixa

e pelo centro da cidade.

Por via das dúvidas, no Poeira 8 você pode encontrar as informações necessárias' ou então é só comparecer

no DCE, onde você será muito bem re

cebido junto com seus trabalhos.

'0111 ATENÇÃO ESCRITORES, E ARTIST~S

CIENTISTAS

- INCONFORMADOS,

PERSISTENTES

E PROGRESSISTAS

as inscrições para o Concurso Terra Roxa estarão abertas até o dia 30 de setembro - Estamos colocando todos os no~ sos esforços para aumentar o valor do premio, que era 3.300 ,cru£eiros .,

i I

ctl-4$fJ,(J() MENIMI DOIS CARROS POR MÊS, NO MINIMO. 1 POR SORTEIO ~ 1 POR lANCE.

ATENÇÃO

INT~PIDOS

FOTÕGRAFOS

E DESTEMIDOS

E DESENHISTAS

1ANt:E DEYDlVl/JO

QUE

GRASSAM POR ESTE CAMPUS A DENTRO,

- as inscrições para o Concurso de Charges e Fotografias do POEIRA estarão abertas até o dia 6 de setembro. Tire a caneta do bolso e a ma quina de casa'e participe.

Plano de 60 meses, sem juros ou correção menetária sem parcela intermediária. Inscreva-se hoje mesmo nos novos grupos. Orgapa é uma realidade. Um consórcio de responsabilidade.

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Adminl*-,Io d.

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COLlAUTO ADMINISTRAOORA S. C. L TDA.

COLlAUTO Av. TI_ •••• 818. fones 22.0946

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Do333&. -

LONDRINA.

AutoriJ~lô no.. 10/121 d • .'£. R_F. NádiI.melhor. do que Curtir Londrina em ••• Vaflnel" onde além de cozinha •. 1a ,Clrt, ' ' voCê encOntra O. mélhorsom atnbienté d. cidàde. É aos s'bados tem Feijoldi ;i'CariOcà. ' Tudo isto você-pOde encontrar no

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BIERHAUS"a

varanda de Londrina" CHOPARiA.8AA E RESTAUAANT£ ALAMEDA MIGUEL aLAS" 41 TELEFONE, 22Q526 • LONDRINA


Poeira 20

POEIRA NUM PAU DE ARMA (d~*~~~ Campina

~u...0-~l:n.)

Grande,31/7/75

I I mo • Sr. Diretor do Informativa Terta Roxa/Poeira UEL 86.100 - Londrina Paraná Prezado

MUSEOLOGIA

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Recentemente foi real izado na Universidade Feder~1 do Para" ná, um curso de reciclagem de pessoal em Museologla e arqui vo, ministrado pelo Mi'nisté -=: rio de Educação e Cultura. e patrocinado pelo Museu de Antropologia. De Londrina participaram do c u r so :S o n ia ,Gio va n e t t i (p ro f e s sora de. Ant~opologia da FUELT Marina'Zulei~a Scalassara(res ponsável pel,o museu em LondrT na), ,e eu, Ma:ria Da'rci Moura-;aluna do curso de Hist~ria. Foi uma 'pena que p6uca gente se interess.ou pero -curso, por que ele ~oi muito 'impoftinte-;e com aulas excelentes de pro fessores do Riode Janeiro ; ê u r i t i',b a . '0 fr ió de Cur i t i.ba espant:Qu um pouco o pessoal ,h~vend~, a~ sim a -participação dé "pessoas de Santa Catarina e Rio' Gran';' de do Sul, e, ~omo nio podia deixar de' ser, o pessoal de Cu~itiba e Paranaguá. Adianto. a voc€s que o nosso museu j á tem a< 'direção da .pro.' fessora .Maria Aparecida Si Ivã. Teremos exposições e talvez .~ até mesmo palestras com alguns professores do Rio{gente fina neste assunto). E envio a voces dois exemplares de jornais de Diret~rio A c a d ê m ico d a U F P, que p o s su i .s~la de reuniões e jogos, biblioteca e informativos;.

Srs.

Editores:

Tomei conhecimen to do Poeira atra7 vés do EX-li, e ve nho sol icitar que os Srs. me remetam tudo aqui lo que já existe sobre o Poe ira. Desde já agradecido, subscrevo-me

Venho pelo' presente solicl tar de V.Sa. as seguintes .i~ formações: I. Se o Informativo Terra Roxa/Poeira é gratuito? 2. Caso não seja, quanto é a sua assinatura? 3. Se é possiv~1 enviar-me um exemp-I a r . Ta is 'informações são neces sárias para mim, visto que, sou estudante de nlvel uni ver sitário, cursando atualmenteo 3~ ano de Engenharia Elé trica, no Centro'de Ciências , e Tecnologia da Universidade Federal da Paraiba, em minha cidade, porque ac~o bom conhecer a vida universitária nos mais distan-tes rincões do nosso paIs. Esperando ser atendido em meus objetivos, subscrevo-me

Ricardo M.Montenegro R. Alberto de Sequei ra, 27 apto, 405 ZC-IO Rio de Janeiro CEP - 20.000 (

Atenciosamente Marcos Indios Campina

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Atenciosamente

Senhor:

São

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Paulo,30/6/75

Estou querendo conhecer o Poeira, mandem-me in formações, ou õ que for necessá~' r i o. Meu nome é Antonio Carlos Munhoz e o endere, ço é Rua do~ Fran ceses, 230 apto.~ 23, Bela Vista S.Paulo - S.Pau10.

Antonio Mota Cari'ris, 401 Grande - Pa.

Maria Darci Moura aluna do curso de Hist~ria

servIÇ!o social Procurando ter uma vida uni~ersitária com sentido, os alunos do Curso de Serviço,SociaI vem tentando criar 'de n t r o d o c u r s o', g r u pos de estudos extra curriculares e recreaçao. O objetivo da criação de tais grupos é o aprofundamento' dos co nhecimentos te~rlcos aprendidos em sala de

Rio,21/6/75

aula, e futuramente dentro das possibilida des dos grupos, prestã ção de serviços ã comu nidade. O Acesso ao grupo está aberto ã codos .os a Iunos de curso de Serviço Social, que poderão escolher qualquer um destes grupos assim di vidldos: Grupo Cultu 7 ral, Grupo Esportivo,e Grupo Social.

Unia v ka gem ma r ca da para 19 de setembrõ significa para os al~nos do .éurso de serv'iço sot)'al da Universidade de. Londrina, uma nova experiência em termos de atuação do Se rv iço S o c iaI. De s ta feita, haverá um encon tro para troca de idé7 ias entre os universitários de Londrina e os universitários do Paraguai. Dai, depois de um fim de semana entre flores, alegrias e no vas amizades, as estu~ dantes de Serviço So cial de Londrina passa rão a dialogar, discu~ tir e trocar idéias junto às colegás Paraguaias, sobre a atua ção do Serviço Social numa diferente comunidade. Bom passeio e aproveitament? p/eles. aluna de serviço Social

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FUEL EM CORDEL

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Essa vida é mesmo Quanto mais se vive mais dá vontade de ,chorar Basta escutar a história ~ pra voces eu vou contar

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e que se passa aquI me~mo no Norte do Paraná No meio dessa fartura desse rico eldorado crescia a necessidade de um povo bem formado

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entio a t~l

,que custou tanto a 'chega~ ~ o tão falado diploma~ ,que també..m tem que paga~ /. ~// Maso pior de tudo issó ~ k que vem prá com~letar: 4QiJem é que vai garantir se o dinheir-o vai voltar? ,

,

Terra boa e progressl~ta cantada em verso e prosa~ v o c ê p Ia n t a c a p im g o rd u ,!.!"'.... " acaba ,n,asçendo rosa ~~----

'o tem p o f o i p a s s a n d o 'e b u 1 i n d o c o a a u t o r i ,ditd

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Coisa boa e afamada mas surgiram reboliços p o is que re n dos e r dou to r 'todo ,mundo qué tá nisso

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nasceu por aqui da uni~ersidade

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Bicho-de-sete-cabeças ,taT pra você contar,é pega~mata e come que dá medo de pensar

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~~a c~:~.7

Até posso adivinhar que~vamos enfrentar! salda da,FUEL ...

.. - '.

Mas de lado vamos deixar. toda essa discussão prá assim poder chegar ao que é o X da questão

I

Prá esses versos terminar eu quero dizer právocês que de tudo isso apesar a tal da universidade vi~e cheia de freguês

I

D e c Ia r o u - s e n ta o a, 9.u e.r ra, quase igual a nuclear ~

,

Mas não desa~ima não,irmão Pois o que o mundo precisa é de maior comunicação

M~s aT,caroi amigos ' é que entra os entretantos~. o números de candidatos , subia a nio sei quantos -

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V

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.

' '

Cidadão queima as pe~tan~~ faz das tripas coraçao e pra responder a questão a p e 1 a a t é, p rá ra d in ho de mão. Mas é agora minha gente que o pior vai começar pois basta por os pés aqui pra ilusão se acabar Se antes era pega,mata e come que foi durp de lascar agora é um'tal de paga-paga q~e dá prá desanim~r,

Quando a vrtima vem alegre assobiando pra fazer sua matrTcula uma taxa vai pagando .Ar começa o tal do pega:, paga taxa aqui,taxa acolá' até pra encostar no balcão você vai ter que pagar Depois de tanto penar 'e,do bolso esvaziar finalmente vem o prêmio

'~ aqui meus caro~ colegas termina a nossa história queremos pedir desculpas 'pela falta de oratória. Formados pela unlversida~e ,mas. sem ter o q~e fazer' ar está o problema: quem é que vai resolver? Sabemos que muita coisa poderTamos ainda falar mas deixamos livre apalavra pra quem quiser usar


Poeira 22

Como explicar as' reprovações? o

Uma pesquisa do Diretório Acadêmico da UFF sobre reprovaç6es mostra algumas das contradiç6es do ensino

e quem a culpa pelo eleva-

Ddo índice de reprovações na universidade brasileira? No último

semestre. dos 61 aluna- da turma A de complementos de matemática. da Faculdade de Economia da UFF •. Universidade Federal Fluminense.II.trancaram matricula e. dos 50 que cursaram '.!. disciplina. somente 17 (,34"1.)foram aprovados. enquanto 33 (66"1.) foram reprovados. O fato serviu para que os alunos protestassem em abaixo assinado. argumentando: "Não podemos ser col!siderados os únicos responsáveis por 1Ídssa repro,'ação". O diretório acadêmico da faculdade se propôs. então. a analisar o problema. concluindo. em pesquisa. que o aluno é o menos responsável pela situação. ao contrário do que pensam as autoridades. inclusive o padre José V~sconcellos. presidente do Conselho Federal de Educação que há 15 dias, defendeu a expulsão do aluno jubilado como única forma de evitar o fenômeno da repetência na sua opinião. uma ameaça ao sistema e~cacional.

I'reqliêrida -. O e~tudÓ' do . D.A partiu. inicialmente. de dàdo~. so~r~ jncidência e freqüência de reprovações ~velando'. por e~e'mplo. que 80"1. dos 230 alunos pesquisados dos cursQ~ de econo,nia e administração têm pelo meno~'uma reprovação; 50% têm duas e 15% três. no mesmo crédito. . De acordo ainda com o levantamen: to efetuado pelos alunos.:da cadeira de pesquisa de me'rcado. entre os alunos que ingressaram na faculdade no 2.o semestre de 1974 foi encontrada o elevada t811ilde 2.8 reprovações por aluno. Quatro disciplinas do curso de economia (Introdução à Economia f. Contabilidade f. Matemática I e Economia Matemática I) detinham 50.5% do total de reprovações. E 12. disciplinas eram responsáveis por. 86.8% das 551 reprovações. Oplnlio - A segunda parte dâ pesquisa mostra a opinião dos alunos de Economia Matemática I sobre as causas da reprovação concluindo CJue "o professor titular. nas aulas. se limita a transcrever para o quadro e a repetir oralmente tudo o que já consta da apostila: os alunos. não são permanentemente exercitados na matéria através de exercicios; 8;S provas são marcadas para o final do curso. aqu'mulando a quase totalidade da .matéria: é im~osslvel para um aluno

excl!pcion a I resolver •. no tem po estipulado. todas as questões contidas na.prova. e o aluno médio não resolve mÍlis de 1/3 das questões", . . ds alunos afirmaram ainda que "as questões não são elaboradas para medir o grau de' compreensão: entre o . b\v~1das aulas e as questões da prova existe uma grande,defasagem: o aluno ~ue assiste,', a .to~as.. as aulas. com 'atenção e dedicaÇão~ e estuda com .perseverança pela aposila fornecida. tem probabilidade' quase absoluta' de ficar:reprovado. Só os que descobrem as provas anteriores e decoram as questões podem melhorar suas chances de aprovação: como 'expressão de seu autoritarismo e despotismo. o profes.~or infunde na turma. antes e durante' 'as provas.' um clima de ansiedade. .nen'osismo e medo que contribui ainda .!t1ais para ampliar as possibilidades quase infinitas de rel?rovação",

Cau~ - A partir das. respostas dos alunos. o estudo conclui que ,l'a falia de hase dos alunos e a deficiência do professor" se destacam como \ arii,,'eis importante, para explicar as reprovaçOcsem massa: A falia de base 'c',rdcn° '" dcficií.'n,l'ia,acul'lluladas nl!

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.histórico escolar. Mas a deficiência do professor - sua incapacidade ou . desinteresse em adequar o que transmite às necessidades do aluno ou mesmo sua ignorância - está também vinculada à falta de base dos alunos. _ Isso permite revelar a existência de uma "contradição interna" entre as . práticas pedagógias e os interesses dos estudantes. O ensino é estruturado em função do nível intelectual e cultural exclusivo de jovens oriundos das classes sociais' que monopolizam o poder e a cultura em nossa soÇiedade e orientado para uma elite que freqüentou bons colégios e recebeu uma formação cultural específica. Os jovens que ingressam na .faculdade não constituem. por sua origem social e capacidade intelectual. um todo homogêneo. Pelo contrário. .0 postulado de igualdade formal de todos os estudantes contribui. na prática. para':.reforçar e legitimar as "diferenças cultural e sOcialmente geradas. préstando serviços ocultos às classes dominantes. perpetuando seu monopólio cu!tU!ª'''.

Métodos - As práticas pedagógicas orientadas p,ara reforçar o in-

<Íivirlualismoe "elitização do ensino através de técnicas bibliográficas. elaboração de pesquisas e monografias. conceitos. princípios e' leis fundamentais da lógica e do método científico - servem sOmente às 'c1asses dominantes. através de seus répresentantes no meio universitário. a geração que depois vai tomar o seu lugar. . Em resumo: um ensino orientado .para estudantes das' classes dominantes e em contradição com "as .necessidades dos estudantes das classes, dominadas que freqüentaram escolas de mais baixa qualidade. trabalham .para custear seus estudos e possuem pouco tempo disponlvel para estudar e limitados recursos para adquirir os livros exigidos". "Esta contradição tem sido resolvida pelas elevadíssimas taxas 'de reprovação que. no mlnimo. atrasam a formação profissional. e. no limite. levam à desistência e abandono; dos estudos. quandil não à eliminação\ pura "e simples através do, jubilamento. "

extraido do jornal Opinião-l6/8

eVIMERTe

um jornal que se propoe a descrever a cena brasileira:

TODAS AS SEMANAS_NA? BANCAS E AO"VIVO NA SEMANA DE ATUALIDADES: participe das palestras de Raimundo Pereira (editor) e Marcos Gomes (~ditor especial)


.Po.frõ' 23

um 477

Temos aqui novinho em folha

pro você

Um detalhe: o 169 é a repetição do decreto -lei 477.

A UNIVERSIDADE: ( ) Deve ser uma empresa comercial, sem grandes preocupações humanas, apenas um centro formador de técnicos que prencham as necessidades do merca do de trabalho.

( ) Deve ser um centro onde os nossoS jovens II sadios" tenham onde ocupar o seu tempo ocioso um lugar de paquera"ap~ nas um lugar para se quei mar a etapa da adolescênc ia .

( ) Deve ser um centro do saber,onde o aprendizado se faça num clima de livre discussão científica e social.

1. Se você marcou a primeira alternativa, pode ficar tranqui 10. Você es tuda na Universidade dos seus sonhos e receberá dela tudo que você preci sa. Também não precisa temer a implantação do código disciplinar 169 Provávelmente,esse código ~unca irá mexer com voce. 2. Se voce marcou a se cunda alternativa, também pode ficar tranquilo. O máximo que eo~e ac~nte cer com voce e voce se formar entre os últimos e ser um péssimo profissional.Ao contrário do primeiro, você tem um ris co: você gosta de paque-rar e o código 169 t~m um artigo especial sobre "comportamentos e trajes imorais'I ...

3. Se voce marcou a últf ma alternativa, corre tõ dos os riscos. Mas voce pensou muito antes de mar caro E preferiu fazê-lo a se conformar em estu dar numa escola que traz tudo empacotado, imutável inquestionável. Certamen ".te voce tem o esplrlto que caract~ri~a os homens

-

inconformados com a igno rância. O esprrito que fêz Galileu Galilei ir contra as "verdades" da Idade Média e afirmar que os astros se movimentavam e que a Terra não era o centro do Universo. Fundamentalmente você é contra o 169 e todas as outras formas de 1 imitações i 1 ivre criação pe,10 homem. Voce merece o nosso respeito. Se você não marcou nada porque, está chegando agora,então preci'sa mai~ res informações. Desde 1974-, à inda nos tempos do ex-reitor Ascêncio'Gar cia Lopes, há na nossa Universidade, um sistemá~ tico esforça em se fazer implantar o código disci pl inar 169. Não fosse ã luta de todos nós, estudantes, 'que desde os pr! meiros momentos repudiamos as 1 imitações que ele nos impõem, ele já te ria sido aprovaâo.Já faz um ano que estamos denun ciando os prejuizos que a vigência ,desse código pode trazer para os est~ dantes. Podemos dizer que até agora conseguimos detê-lo e que hoje, toda a comunidade comunga os nossoS sentimentos, envi ando-nos a sua'solidarie dade. polrticos progres~ sistas empunharam essa bandeira,fazendo pronunciamento na Câmara e no Congresso Nacional. A c~ da dia que passa,fica mais dificil a vida do 169.Mas não .impossTvel cabe a nós nos unirmos contra ele, combatendo a sua implantação. Assim conheça-o para poder co~ batê-lo: 169 é o número do projeto de resolução da 're! toria que dispõe sobre o regime disciplinar do corpo discente. Para entrar em vigência ele deve ser aprovado pelo Con selho Universitário, que é composto por diretores de centro e professores que ocupam cargos de órgãos superiores da Uni versidade. Temos dois r~ presentantes discentes nesse Conselho. E não e preciso diz~r que eles são contra o 169 .. O 169 é feito de doi~ capTtulos, como vocês p~ derão ler abaixo. Resta dizer que esse texto de! xa margem a várias inte! pretações, o que constitui mais um motivo para a nossa discordância. Qualquer infração a qu~! quer dos Ttens desse codigo prevê as seguintes 'pena I idades: adver tênc ia repreensão, suspensão,e~

élusão(ou expulsão) .Ca be dizer também que õ poder de autoridade fi ca generalizado no 169 Assim qualquer professor,todos os diretores de centro,vice-reitor e reitor,exercem o poder disciplinar. Pa"ra finalizar apenas uma pergunta:baseado em que justiça se pode exercer tal autoridade e baseado em que crité rio humano se pode con siderar.o estudante, ã priori ,um marginal em potencial?

TItulo

I

Do Regime Capitulo Infrações

'Disciplinar I da Disciplina

art. 19 - são infrações

discipli-

,iiiIri'ã'l I - Aliciar ou incitar alguém a deflagração de greve ou, de qualquer modo, participar de movimento grevista, dentro ou fora da universidade: 11 - Atentar fisicamente contra pessoa ou bens patrimoniais, d e qualquer natureza, na superflcie territorial da Universidade: 111 - Praticar atos que visem à organização de movimentos subversivos, tais como passeatas, desfi les, com1cios públicos não autor! zados, ou deles participar d e qualquer formal • IV - Fazer imprimir, ter em deposito, divulgar ou distribuir mat! rial subversivo de qualquer natureZA.

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_

V - Sequestrar ou manter em carce re privado reitor, vice-reitor,d! retor, docente, discente, funcionÁrio, qualquer servidor ou pessoa.de sua fam1lial VI - Praticar ato contrário à moralou à ordem pública dentro de dependência universitÁria ou e m qualquer parte do âmbito da universid"dp.. art. 29 - Também ocorrerá infia~disciplina quando o Disce~ te:

I - Desrespeitar dirigente, pro fessor, estagiário, funcionário ou qualquer servidor da Universidade' rr-:: Infringir a ordem estabel~c!. da ou desobedecer a ,determinaçao superior não manifestamente,ilegal nem contrária a normas regi~entais: 111 - Ofender a honra ou a dignidade de reitor, vice-reitor,.dir! tor, chefe, docente, funcionario ou servidor, o nome da univ~rs!d! de ou de qualquer dos seus orgaos IV - Não frequentar as atividade~ acadêmicas estando no recinto da Universidade: V'- Dirigir velculo,no âmbito da Universidade e nas suas !media ções, de forma perigosa ou c o m velocidade excessiva ou com ruido exageradamente atroador, VI - Trajar-se ou apresentar-se , nos trabalhos escolares, em desacordo com a moral ou a decência I VII - Não votar nas eleições estudantis obrigatórias, sem apresentar justificativa convincente ou de força maiorl VIII - Perturbar, de ~ual~er mo, do, o silêncio necessario as at! vidades letivas, ou de trabalhos docentes ou funcionais, em depe~ .s1inI:.1A da Univeraidade~ IX - Illlpedir,_dificultar eu per: turbar • funcio~amente de atividades adm1nistra~i~s eU,let!vaa X - Atentar centra o patr1IIliínie, da Universidade


CADA UM TEM UMA OPINIÃO A RESPEITO DO DIRET~RIO ACAD~MICO.MAS EM GERAL SÃO OPINIÕES DO TIPO GOSTO OU NÃO GOSTO,SEMPRE DE QUEM ESTA DE FORA ASSISTINDO.VOC~ PODE MUDAR ISTO.

"

Se você é a favor do ensi no gratuito como meio de democratizar o acesso à educação, a favor da liberdade sem o código disciplinar 169 e o decreta-lei 477 nas Universidades e como única via capaz de criar o Pensamento e o debate, a favor da desburocratização e de um melhor nível no ensino, a favor do passe universitário nos tfansportes coletivos e a favor da nossa união em torno desses obietivos, então você está convidado a particiPar da reunião- Poei ra Para formoção de chapas Para concorrer às .e1eiçõesestudantis de 18 de setemuo.

Dia 30 de agosto, 15 horas, no Restaurante. Universitário.


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