Gol LaAço
TAÍS GUSMÃO |
Evite o “apertarmento dental” durante os exercícios



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TAÍS GUSMÃO |
Evite o “apertarmento dental” durante os exercícios
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Munido com juventude e experiência, o diretor executivo do CRB, Thiago Paes, conta ao Golaço sua caminhada de sucesso para chegar ao topo FUTURO
Omundo já reconheceu o talento da alagoana Nycolle Calhei ros no jiu jitsu. O planeta já se rendeu duas vezes à técnica esportiva dela, vendo-a se sagrar bicampeã mundial, com o último título conquistado, ainda neste mês, no World Youth Jiu Jitsu Championships, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, na categoria infanto juvenil. O globo terrestre a respeita como a melhor na moda lidade esportiva. A Terra a tem como fenômeno. Mas, em sua terra natal, Nycolle Calheiros ainda não tem todo esse reconhecimento merecido. O Governo de Alagoas e a Prefeitura Municipal até chegam juntos, com apoio para custear passagens. Mas Nycolle Calheiros
também precisa pagar outras contas, como alimentação e hospeda gem. E aqui fica a dica para empresários, pequenos empresários ou até mesmo as pessoas comuns: firmem uma parceria com os pais de Nycolle Calheiros para colocar suas marcas no kimono do jiu jitsu que ela usa nas lutas. Façam suas marcas serem reconhecidas mundial mente com Nycolle Calheiros. Fica aqui uma dica gratuita de marke ting e publicidade para suas empresas: procurem a Nycolle Calheiros, porque ela tem uma competição mundial no próximo dia 4 de dezem bro, na Irlanda. Já pensou ela postando uma foto na rede social com suas marcas no kimono? O valor? Procura Nycolle Calheiros.
Aapresentação oficial do elenco para a tempo rada 2023 se deu no dia 30, mas os trabalhos efetivos do time do ASA tiveram início no começo da semana, com a chegada do técnico Evaristo Piza, do auxiliar Marco Antô nio e do preparador físico Igor Melo.
Com o calendário preen chido para o ano que vem, o GIGANTE começa a afinar o grupo para a primeira batalha do ano, que é a partida contra o Ferroviário-CE, no dia 5 de janeiro, pela pré-Copa do Nordeste. Único, o jogo acon tece no Ceará. Se passar pelo Ferrão, o ASA ainda terá pela frente Confiança-SE ou Sousa -PB, para poder chegar à fase de grupos do Nordestão.
Em 2023, o Fantasma de Alagoas ainda terá as dispu tas do Campeonato Alagoano, Copa Alagoas, Copa do Brasil e Brasileiro da Série D.
Já em Arapiraca, o técnico Evaristo Piza falou, em sua apresentação à imprensa e à torcida, sobre os objetivos do clube para 2023.
“O ASA é um time grande com objetivos bem definidos pela diretoria, para os próxi mos dois anos, e o projeto é bastante animador. Agora, em 2022, o clube foi vice-cam peão estadual e por pouco não garantiu vaga na C. Por
isso, para a próxima tempo rada, vamos em busca do título de campeão de Alagoas e do acesso à Terceira Divisão, assim como garantir a vaga na fase de grupos na Copa do Nordeste. Trabalho para isso não vai faltar”, declarou Piza, ao site do clube.
Para atingir os objetivos de 2023, a nova diretoria, eleita em outubro, manteve uma boa base do elenco de 2022. Ficaram para o ano que vem,
o goleiro Renan Rinaldi, o late ral direito Michel, o zagueiro Cristian Lucca, os volantes Zé Wilson e Fidelis, além do meia Anderson Feijão, artilheiro do time na temporada, com 12 gols, assim como o atacante Júnior Viçosa, que foi operado do joelho esquerdo, após romper o ligamento cruzado anterior, e se recupera da lesão.
Já como caras novas, o ASA contratou jogadores como o meia Esquerdinha e o atacante goleador Tito.
Um incidente transfor mou uma criança em um fenômeno do jiu jitsu mundial. Quando tinha apenas seis anos de idade, Nycolle Calheiros foi empurrada de um brinquedo da escola e machu cou o tornozelo. A pequena alagoana sofria bullying e, para se defender, foi colocada na aula da arte marcial que muda ria sua vida. Hoje, com 12 anos de vida, ela é bicampeã mundial de jiu jitsu e já soma mais de 30 conquistas em sua carreira.
“Aos seis anos, fui empur rada num brinquedo da escola e machuquei o tornozelo. Além desse incidente, costu mava chegar com hematomas roxos em casa. Então, meus pais tiveram a ideia de me colo car numa academia de jiu jitsu para defesa pessoal”, revelou Nycolle Calheiros.
A garota tem total apoio de seus pais. Mãe da Nycolle, Mênya Calheiros contou como foi a decisão de colocar a filha no jiu jitsu.
“Comecei a ver que ela sofria bullying na escola e decidi colocá-la no jiu jitsu para que ela pudesse se defender. Mas, ela nunca precisou. Desde
de ela entrou no jiu-jitsu as crianças passaram a entender que ela poderia fazer alguma coisa, caso elas tentassem fazer bullying com ela nova mente”, explicou Mênya.
Rapidamente, Nycolle mostrou que tinha um poten cial fora de série no esporte e, com o passar dos anos, foi cole cionando títulos.
“O jiu jitsu é muito impor tante para mim, pois foi uma coisa que me ensinou a me defender. O pessoal não mexe mais comigo na escola e não me imagino mais sem o jiu jitsu na minha vida”, falou a lutadora.
Mênya contou que perce beu que a filha poderia ter muita potência no jiu jitsu por ela aprender com muita rapi dez as técnicas do esporte. Por indicação do professor, a garota começou a disputar competições.
“No começo ela ficou em terceiro lugar em campeona tos, foi para segundo e depois passou a ganhar competições em primeiro. Ficou uma coisa que a gente não conseguia mais se desvencilhar e ela sempre quis competir”, contou a mãe da alagoana
Em seu segundo ano no esporte, Nycolle Calheiros foi campeã brasileira e sul-ameri cana.
No início de novembro de 2022, Nycolle se sagrou bicampeã mundial de jiu jitsu na categoria infanto juvenil, faixas laranja e verde. A competição, que se chama World Youth Jiu Jitsu Championships 2022, foi disputada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.
Para se sagrar campeã, a alagoana venceu Farah Kanrich, que é natural da Bélgica, por 9 a 0. “Para mim é muito importante o título. Eu trei nei bastante para isso e estou muito feliz com a minha conquista”, disse Nycolle.
No ano passado, também em Abu Dhabi, a lutadora conquistou seu primeiro título mundial. O esporte também fez Nycolle conhecer os Esta dos Unidos.
Mas Nycolle não conta com patrocínios fixos e, para disputar as competições nacionais e interna
cionais, a família procura apoio.
“É sempre uma luta, a gente vai na secreta ria do esporte, vai na prefeitura, mas não é uma coisa certa que a gente vai conseguir, mesmo asim tentamos. De certa forma, funciona, pois ela já viajou para competições com o apoio da secretaria do esporte e também da prefeitura. Geralmente quando é competição fora do Brasil a secretaria de esporte consegue passagens”, disse Mênya.
A mãe de Nycolle falou ainda que, para custear alimentação e hospedagem, eles fazem rifas: “É tudo para realizar o sonhe dela”.
A próxima competição de Nycolle será no dia 4 de dezembro, na Irlanda. Ela terá a oportunidade de representar Alagoas e o Brasil no campeonato europeu de jiu jitsu.
Nycolle tem seu pai, Raphael Calheiros, como seu professor e ele revela como a filha se comporta como atleta.
“Desde nova a Nycolle se cobra muito. Então, quando a competição não sai do jeito que ela quer ou ela perde uma luta ela chega para mim e fala que está precisando treinar mais. A gente tem parceria com outros projetos e estamos sempre levando-a para estar visitando e intensificando mais os trei nos dela”.
Foi assim que a garota passou a treinar no projeto
Renascer, que fica no bairro do Canaã, em Maceió-AL.
“No projeto social a galera é mais ‘casca grossa’ e luta valendo mesmo. Aqui tem muitas crianças sinistras. Ela começou a treinar aqui, mas a gente mudou de academia. Desde então, sempre trago ela aqui, principalmente perto de competição, porque tem muitas crianças fortes”, relatou Raphael Calheiros.
Nycolle já deixou bem claro seus sonhos no jiu jitisu: “Quero chegar na faixa preta e ser campeã mundial várias vezes”.
Renascer tem oito anos de existência e atualmente conta com os instrutores Everaldo Brandão, conhecido como ‘Veinho’, e Maxwell da Silva, o ‘Mão’. Eles começaram no projeto como alunos, na faixa branca, e, desde o ano passado, quando assumiram a faixa laranja, passaram a ficaràfrentedele.
“Sair de aluno para instrutor é uma honra para mim. Eu comecei tarde no jiu jitsu, com 38 anos, com incentivo do meu filho. Quando cheguei aqui, um moleque como o Maxwell, na época com 13 anos, me fina lizava. Gostei do esporte, fui evoluindo e sempre dizia ao professor que queria chegar na faixa roxa para ser instru tor e ajudar no projeto. Deus foi tão bom comigo que, no lugar de ajudar o professor, quando ganhei a faixa roxa o professor mandou eu assu miroprojeto,eueoMaxwell”, contou Everaldo.
O projeto conta com cerca de 60 alunos, entre crianças (a partir de 3 anos), jovens e adultos. Everaldo destacou a oportunidade de ter uma bicampeã mundial treinando noRenascer.
“Ter a Nycolle treinando nonossoprojetoéumahonra. A gente conhece a trajetória dela, desde pequenininha. Ela éumainspiraçãoparaagaro tada aqui. Quando a gente avisa que ela vem os outros alunos ficam todos anima dos”,contouoinstrutor.
O projeto Renascer vem revelando campeões e conquistando títulos nas competiçõesdisputadas.
“Neste ano, levamos 22 atletas para o campeonato alagoano de jiu jitsu e 20 pegaram pódio. No Campe onato Maria Bonita, só de meninas, levamos nove atle tas e oito pegaram pódio”, informouEveraldoeconcluiu, projetando: “Nosso objetivo é fazercampeões”.
Thiago Paes muda patamar do CRB e revela detalhes de sua história no futebol
GUILHERME MAGALHÃES Com supervisão da EditoriaOmundo do futebol é uma bolha que apro xima o mundo, culturas e principalmente torcedores. Porém, em um esporte tão global, às vezes é necessário lidar com diversas pessoasdiferentesduranteodiaadia.E,paratraba lharcomofutebol,éprecisoterissonosangue.
Pelo menos é o que enxerga o atual diretor executivo do Clube de Regatas Brasil, o jovem Thiago Paes, de apenas 35 anos. Formado em Direitoeapaixonadopelofuteboldesdeainfância, oexecutivovemsedestacandopelograndetraba lhonosbastidoresdocluberegatiano,sejafazendo contratações ou trabalhando para que a equipe tenhaumaestruturacomonívelmaisaltopossível.
Em um papo com o Golaço, o dirigente contou umpoucodasualongacaminhadadentrodofute bol, que começou bem cedo, ainda na adolescên cia.Mesmocomosonhodeserjogadornãosendo concretizado, Thiago achou uma forma bem convenientedeadentrarnessemundodabola.
“Eu sempre fui um apaixonado por futebol. É algo que fez parte de toda a minha formação, do meu caráter. Ainda criança ia a jogos do CRB no Trapichão, Copa do Mundo, sempre aquela festa de família, todo mundo reunido e, para mim, semprefoialgomuitomarcante”,contouThiago.
Motivado pela paixão pelo esporte, Thiago não demoroumuitoparaentrardecabeçanasfunções administrativas. Formado em Direito após não conseguirsetornarumatletaprofissional,aparen temente, Paes tinha um imã que não conseguia deixá-lolongedoesporte.
“Como todo jovem, vem o sonho de ser um jogadordefutebol.Tenteiser,masacabeimedire cionando por um outro caminho, me formei em Direito. Durante algum tempo pensava em seguir uma carreira como advogado, mas sempre tive o futebol envolvido no meu cotidiano. O meu TCC, por exemplo, eu fiz sobre o direito desportivo. Antesmesmodetrabalharnomeio,eujátinhaum apreçodiferentepeloesporte”,relembrou.
E foi um pouco antes da sua formação acadê mica que Thiago Paes, enfim, entrou nos bastido resdofutebol.Antesdeirparaofuteboldecampo, o dirigente somou passagens pelo society e pelo Beach Soccer com o seu time, o Pajuça. Além disso,chegouapresidiraLigaAlagoanadeFutebol Societyatéousarumpoucomais.
AprimeiraexperiênciadeThiagonofutebolde campofoinopróprioCRB,quandotrabalhouentre 2012 e 2014 nas categorias de base do clube. E foi essa experiência com jovens que deu um gás para queodiretorfundasse,em2015,oSantaCruzFute bol Clube, da Barra de São Miguel. Porém, mesmo comconquistasegrandesresultadosnosjuniores, um convite do ex-presidente regatiano Marcos Barbosa, em 2019, novamente mudou o caminho deThiagoPaesdentrodofutebol.
“Eu recebi um convite do Marcos Barbosa, para assumir o clube como vice-presidente de futebol. Me senti muito honrado, porque ele me deu a mão, confiou em mim um clube do tamanho do CRB, sou muito grato à ele por isso. Eu me capacitei, fiz alguns cursos, como curso
de gestão na CBF, de executivo de futebol, fiz o cursodegestãodefutebol,pelaUniversidadedo Futeboleodiaadia,acimadetudo”,contou.
Thiago Paes mostrou ter uma visão muito clara sobre o que pensa do futebol. Para ele, não basta apenas gostar, mas entender que o esporte precisaestarnosangue.
“Costumodizerqueofutebolvocênascecom ele,noseusangue.SenãotivernoseuDNA,você não sustenta. Porque o futebol é um meio dife rente,éummeioquevocêprecisaestar24horasà disposição,precisasermuitoresiliente,termuito equilíbrio, muita força mental e sabedoria para lidarcomosaltosebaixos”,comentou.
Na função de executivo de futebol desde 2019, Thiago Paes foi um dos grandes respon sáveis por campanhas marcantes do CRB, tanto em Alagoas quanto no âmbito nacional. Só nesse período, o Galo conquistou dois títulos do Campeonato Alagoano, sua melhor campanha na história da Copa do Brasil e a maior pontua çãonaSérieB.
Mas, para conseguir tantos feitos em tão pouco tempo, a dedicação diária vem sendo árdua. Enquanto conversava com o Golaço, o telefonenãoparavadetocar,principalmentepor contadoperíododomercadodetransferências.
“Existem épocas que as coisas apertam um pouco mais. É um período onde você está traba lhando renovações, contratações, várias consul tas. Durante esse período de mercado o telefone nãopara”,confessou.
Em paralelo com o período de jogos, Thiago pontua como é puxado a parte de trabalhar com o futebol, por mais que seja o sonho.A rotina de viagens, os relacionamentos diários e pressões nodiaadia,acabamsendoquestões
“Não é qualquer um que aguenta o futebol, que do mesmo jeito que ele te traz muitas coisas
boas, ele também te tolhe algumas coisas, como tempo com a família, como uma privacidade que você passa a não ter, a liberdade de ir pra qualquerlugar.Temqueestarmuito preparado para trabalhar com fute boleaguentartudoisso”,disse. Um dos pontos fundamentais no trabalho do executivo é a relação diretacomosoutrosprofissionaisdo CRB,atémesmojuntodopresidente MárioMarroquim,noqual,segundo Thiago, há um ambiente harmônico dentrodoclube.Thiagonãoesconde a sua linha de trabalho, e mantém a dedicação de manter tudo nos conformesparaosatletas.
“Eu tenho que cumprir com todas as minhas obrigações. Se o jogador precisa ter o salário em dia, eu vou cobrar que o salário esteja em dia. Se o jogador precisa ter uma condição boa de campo, eu vou cobrar que o campo esteja bom. Eu nãovoudarnenhumamargempara ele cobrar algo de mim. Em termos derelacionamentoéalgomuitotran quiloparamim,émuitofácildelidar comtodos”,revelou.
Muito lembrado por conta do trabalho com as categorias de base, Thiago Paes também segue uma leva de jovens diri gentes que estão surgindo em outros clubesdofutebolbrasi leiro.E,aindamais,como trabalho muito elogiado e bem visto. Mas não é por acaso. Inspirado no mercado
italiano e em outros colegas de profissão, o executivo regatiano tambémtemseusídolos.
“No futebol brasileiro nós temos grandes dirigentes. Como Rodrigo Caetano, Alexandre Matos, Klaus Câmara, que foi um dos primeiros quemedeuamãoláatrás.Temuma safra de novos executivos surgindo com o próprio Paulo Bracks, Fred Cascardo. São, sem dúvida, refe rências para mim. Mas, como um apaixonado pelo futebol italiano, eu sempre fui um admirador do Luciano Moggi (Juventus) e do AdrianoGalliani(Milan)”,enfatizou Thiago.
Com apenas 35 anos e resulta dosexpressivos,ofuturoqueparece aguardarThiagoPaesdemonstraser tãopromissorquantoodoCRB,que vemseestruturandodeumamaneira magnífica. Questionado sobre os objetivos para o futuro, Thiago deixou as portas abertas, mas sempre contribuindo com o crescimento despor tivodoRegatas.
“O CRB, hoje, está começando a ter uma estrutura que permite sonhar com o acesso. O meu grande projetopessoalécontribuircadavez mais com o crescimento do CRB.
A gente almeja chegar à primeira divisão, isso aí é uma representará umamudançadepatamardoclube e, naturalmente, de todos aqueles que aqui estão e eu deixo o futuro nas mãos de Deus. Eu confio muito nomeutrabalho,eusoumuitograto por tudo que que tem acontecido na minha vida”, finali zou.
O GOLAÇO: De acordo com Taís Gusmão, há alguns anos muitos dentistas vêm notando um crescimento gradual de sinais de apertamento, mas com a pandemia os casos explodiram. Pessoas mais ansiosas e buscando um estilo de vida mais saudável coincidiram também com o “boom” de centros de treinamento de crossfit.
CIRURGIÃ DENTISTA | Taís Gusmão chama a atenção para os casos de lesões nos dentes ocorri dos durante os exercícios físicos
Chega a ser clichê, mas “saúde começa pela boca”.
E para quem busca ter um estilo de vida saudável e até um corpo malhado, através da prática de exercícios físicos, precisa ficar atento com as lesões nos dentes. Isso mesmo: nos dentes. E quem chama a atenção para esses casos silenciosos de contusões provoca dos pelo chamado “apertamento dental” é a cirurgiã dentista Taís Gusmão Alves, de 29 anos, que é especialista em Dentística Restau radora e praticante de crossfit. “Seu corpo funciona como uma engrenagem. Quando uma peça danifica, o corpo todo pode ser afetado. Isto é, quando a saúde bucal não vai bem, todos os outros órgãos podem ser afetados. Por isso é importante ter cuidado com o apertamento dental”, disse Taís Gusmão.
GOLAÇO: Pode-se dizer que tem muito praticante de exercícios físicos causando lesões na região dentária, por conta do apertamento da boca, e nem sequer tem ideia disso?
TAÍS GUSMÃO - As consequências do apertamento dental podem começar de forma silenciosa, sem que o atleta perceba desgastes, ou que não associe algum sintoma como a sensibilidade dental a isso. Por isso, consultas preventivas e periódicas com dentista fazem toda a diferença para diminuir esses riscos.
O que é o apertamento, na prática, como ocorre e que tipo de lesões ele pode ocasionar?
O apertamento dental acontece quando é causada uma força excessiva de uma arcada dentária contra a outra. O que pode acontecer em momen tos de tensão, de concentração, de execução de força. Esses apertamentos podem causar um envelhecimento precoce dos dentes, com lesões cervicais não cariosas, que são as famosas retra ções dentais, sensibilidade dental, desgastes, quebra ou dano de restaurações e próteses, dores na ATM (articulação temporal mandibular), dores de cabeça.
O que fazer nos casos graves de lesão dentária por conta do apertamento?
Existem casos avançados que pacientes têm dificul dade de se alimentar por conta de sensibilidade e desgastes excessivos, que começam a desenvolver DTM (disfunção temporomandibular) com dor. É necessário um acompanhamento odontológico para minimizar os danos na boca e para orienta ção de hábitos. As consequências do apertamento
podem ser diminuídas com a introdução de novos hábitos na rotina do atleta.
O que você recomenda que os praticantes de exercícios ou atletas usem durante os treinamen tos?
O primeiro passo seria ele começar a observar se ele aperta os dentes durante os treinos ou em algum momento do dia. O mais saudável é o que os dentes estejam sempre desencostados, então sempre ao notar apertamento, desencostar os dentes. Como acontece de forma involuntária e inconsciente, é necessário treino. Em alguns casos, pode ser indicado o uso de placas de proteção bucal para ser usada durante os exercícios.
Seria equivocado afirmar que os praticantes de exercícios que exigem grande esforço, a exemplo do crossfit, são propensos a fazer o apertamento? Se sim, qual seria a sua orientação médica?
Atletas que executam esportes de força como musculação, e o crossfit em especial, são grupo de risco para lesões não cariosas, que apresentam desgastes e hipersensibilidades dentais. É neces sário estar com as consultas de prevenção odon tológica em dia, pois um dentista especializado consegue identificar sinais do envelhecimento precoce dos dentes, causados pelo apertamento, indicar placas de proteção ou aparelhos ortodônti cos, quando necessário, e orientar novos hábitos. Uma dieta ajustada também faz toda a diferença. A presença frequente de alimentos ácidos inten sificam desgastes. Estar acompanhando por um nutricionista é fundamental. Ter cuidado com “shots de limão”, “shots de imunidade”, consumo
frequente de isotônicos e energéticos, que são bebidas muito ácidas. Ao ingeri-los, é interessante fazer bochecho ou beber água para equilibrar o PH da boca e torná-la menos ácida. Sempre ao notar apertamento, desencostar os dentes. Com a orientação odontológica o atleta começa a ter mais consciência para poder mudar os hábitos, além de cuidados como escova de dente e cremes dentais mais adequados para esses casos.
Jogar de terno é o termo usado no linguajar do futebol para definir o atleta que carrega a bola de cabeça erguida, com certa elegância e não suja o uniforme. Geralmente, esses personagens da bola atuam nas posições do meio-campo. Porém, é nítido que há escassez deles. E, entre as rari dades, está o alagoano Anthony Rammon Batinga Lima, de 17 anos, 1,75m e 68 kg. Mais conhecido como Batinga, o volante do Náuti co-PE, que é natural de Maceió-AL, tem se destacado no futebol ao desfilar com a bola no pé, desar mando e até na criação de jogadas.
Tendo como referência no fute bol o volante Casemiro, da Seleção Brasileira, que jogou no Real Madri -ESP e atualmente está no Manches ter United-ING, Batinga já projeta em sua carreira chegar a atuar fora do País, principalmente, na Europa. “Penso ainda em jogar na Seleção Brasileira”, disse Batinga.
Atingindo esses objetivos, o volante do Náutico será mais um daqueles jogadores alagoanos que muitos torcedores não terão ideia de onde e como ele surgiu no mundo da bola. Isso porque, o jovem atleta é uma daquelas joias que despertaram o interesse de clubes fora do Estado, logo antes de atingir a maturidade em sua terra natal.
Desde o sub-12, Batinga tem despertado o interesse de olheiros do futebol pela forma que “passeava” no meio -campo, empunhando a braçadeira de capitão e carregando a camisa de número 5. Com 7 anos de idade, ele começou a dar os primeiros chutes na bola, através da extinta Escolinha do Corinthians Alagoano.
Por conta do talento precoce, Batinga conseguiu uma bolsa de estudo no Colégio São Matheus, no Conjunto Graciliano Ramos, em
Maceió-AL, para jogar na equipe de futsal da escola. Nas quadras, ainda chegou a atuar na escolinha Malf, que é uma referência no futebol de salão em Alagoas, bem como no time Guerreirinhos, filial do Flumi nense-RJ. “Eu só tenho a agrade cer as oportunidades que tive no Colégio São Matheus e na Malf, com o professor Jaminho. Lá, eu conse gui aperfeiçoar algumas técnicas do futebol que atualmente uso no futebol de campo. Outro profes sor com quem aprendi muito foi o
Alex, do Guerreirinhos”, disse Batinga, que conquistou vários títulos da modalidade.
Da Malf, Batinga recebe o convite para atuar no Sub-12 do Sport-PE. A partir dessa – que é a primeira passagem dele na base do Leão, da Ilha do Retiro, em Recife-PE –, o volante começa a escrever sua traje tória no mundo da bola e como capitão. “Do Sport, fui contratado para jogar no time do Retrô”, disse Batinga.
Em Pernambuco, o volante Batinga já é bastante conhecido. Isso porque ele já atuou na base dos prin cipais clubes pernambucanos, como Náutico, Sport e Retrô. Entre títulos pernambucanos de futebol, o jovem já teve a oportunidade de ser chamado para treinar duas vezes com o time profissional do Náutico, na época do técnico Dado Cavalcanti, mesmo estando no sub-17. O que chama ainda mais atenção é que Batinga sempre foi capitão das equipes por onde passou.
Além dos times pernambu canos, Batinga tem no currículo passagem pelo Cruzeiro-MG. “A passagem foi, praticamente, rápida, mas muito importante para minha carreira. Obtive muita experiência no período que passei no Cruzeiro”, disse.
De acordo com o empre sário de Batinga, Deyvison Pereira, da 11EsportsAgency, o jovem atleta é um jogador versátil, com atuações de primeiro e segundo volantes, zagueiro e também lateral. Chegou a atuar no Sport e no Retrô como zagueiro. Já no Náutico, os treinadores perce beram que perderia muito com a atuação de Batinga como zagueiro, pois não teria um jogador de bom passe no meio-campo.