Jornal Golaço - O jornal dos Esportes - Ed 11

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Fotos: Ailton Cruz Gol LaAço MAURI XAVIER | A nova geração de personal -trainer Ano 2 l número 011 l r$ 2,00mAceió-AL l outubro/novembro de 2022 golacoal@gmail.com . Páginas 6 e 7 Este é Luan Gabriel, um menino talentoso de apenas 13 anos, mas com status de jogador profissional Este é Luan Gabriel, um menino talentoso de apenas 13 anos, mas com status de jogador profissional SEJA UM SÓCIO TORCEDOR DO CSA SEJA UM SÓCIO TORCEDOR DO CRB SEJA UM SÓCIO TORCEDOR DO ASA PRODÍGIO PRODÍGIO

IMPARÁVEL

“Quem vê close, não vê corre”. Já diz o ditado popular da era digital, que representa bem o time ASA Palmeirense. Hoje, pode-se dizer que o clube já é uma realidade no cenário do futebol alagoano. Não adianta fazer de conta que a agre miação não existe ou dar de ombros para essa equipe. E parafrase ando a emblemática declaração de Mário Jorge Lobo Zagallo: ‘Vocês vão ter que engolir o ASA Palmeirense’. Isso porque quem está à frente desse trabalho, visando à profissionalização do elenco, é o presidente-executivo Reginaldo da Silva. Diferentemente da imagem da cartolagem do mundo da bola, Reginaldo é humilde e demonstra

mansidão, daquela que espera acontecer, mas pare de se enganar Por dentro há um dirigente “imparável”, que corre de um canto a outro, bate de porta em porta, e fica enfurecido com ele mesmo quando não conquista uma doação, recurso, patrocínio para ajudar os atletas do clube. Nesse estilo incansável, mas compassado, Regi naldo já superou barreiras, contrariou expectativas e quando se deparou com o impossível, tornou possível. Esse Reginaldo de bobo, não tem nada. O futebol alagoano que se cuide. Ele está chegando. E como todo saudosista, encerro este artigo com o ditado popular do tempo da minha avó: “Quem vê cara, não vê coração”.

Ailton Cruz CEO Benedito Lima Diagramação 2 Maceió-aL l Outubro/NoveMbro 2022 l golacoal@gmail.com
EDITORIAL
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O sonho do profissionalismo

APÓS MAIS UM

ANO NAS CATEGORIAS DE BASE | ASA Palmeirense inicia planejamento para chegar ao profissional em 2024

DA REDAÇÃO

Há seis edições, o Jornal GOLAÇO contou a história do ASA Palmeirense, um dosmaisjovensclubesalagoanos, comquasedoisanosdefundação. Deláparacá,oclubedisputousua competição mais importante do ano: o Alagoano Sub-20. Em campo, porém, o resultado não foidosmaisesperados.

Contudo, já voltando aos trabalhos, o Alvinegro de Palmeira dos Índios segue firme no planejamento para a próxima temporada e já tem sonhos mais ousados para os próximos anos. Por isso, o GOLAÇO voltou a entrar em contato com o presi dente Reginaldo da Silva, que contou alguns detalhes sobre o queestáporvirparaoASAP.

Com a queda precoce no Campeonato Alagoano Sub-20, a equipe ficou cerca de um mês parada. Dentro da competição, o ASAPalmeirenseficouno5ºlugar doGrupoA,comduasvitóriasem cinco partidas. Insuficiente para

avançar de fase. Porém, na*da de terra arrasada. Sem tempo a perder, Reginaldo contou que os trabalhos técnicos da equipe deverão ser retomados já neste início de novembro, visando a 2023.

Para o próximo ano, o ASAP deverá estar nas competições de base,maisumavezepeloterceiro ano seguido. Porém, o segundo semestre reserva o início de um

sonho bastante ousado, que é o planejamentoparaadisputada2ª DivisãodoCampeonatoAlagoano Profissional.

“Em dezembro, vamos completar dois anos de funda ção. No ano que vem, a gente ainda participa das competições de base. Já há um projeto, e nós vamos trabalhá-lo, com muita responsabilidade, com muito pé no chão, muito compromisso, humildade e simplicidade. Há um projeto de participarmos da Segunda Divisão, a partir de 2024. Mas, a gente já começando o planejamento a partir de 2023”, revelouReginaldo.

Uma das pontes que pode facilitar a participação palmei rense no torneio profissional é o fato de a Segundona do Estadual ser disputada com elenco da

categoria Sub-23. Mesmo com a expectativa alta para chegar ao profissional, o presidente ainda mantém um pouco de cautela, já que o plano está dando os seus primeirospassos.

“Agentevemdandotempoao tempo. Este planejamento, para a participação numa Segunda Divisão, é um planejamento que está começando agora. Até então, a gente não tinha este planejamento. A ideia é come çar na metade do ano que vem”, pontuou.

O ASA Palmeirense quer seguir os passos de outros clubes da cidade. Já consolidado na elite do futebol alagoano, o CSE foi campeãodaSegundonaem2019. Outro conterrâneo foi o União Palmeirense, que chegou à final em2014.

Fatoéque,nospróximosanos, o futebol profissional de Alagoas deve começar a se acostumar com mais um alvinegro chamado ASA, rondando pelos campos do Estado. Até lá, a diretoria do ASA Palmeirense ainda terá que supe rar alguns obstáculos, principal mente aqueles que envolvem a situaçãofinanceira.

“É necessário que a gente busque mais apoio, que a gente busque mais parcerias, porque se trata de uma Segunda Divisão, que é mais dispendiosa que a competição de base. A gente tem consciência disso, que é necessá rio que o clube tenha uma estru tura.Éaíondeagentevaicomeçar atraçarestecaminho,paracome çar a correr atrás de parceiros, colaboradores e patrocinadores”, finalizou.

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Fotos: Ailton Cruz

Sorria, é hora de se exercitar

Agora, conte como elaborou a metodologia do projeto Mauri Xavier?

MAURI XAVIER – Tudo iniciou quando eu e minha família tivemos que sair de casa em Bebedouro, por conta da instabilidade do solo. Daí, iniciamos uma peregrinação. Nos mudamos duas vezes. Nessas mudanças, minha mãe foi diagnosticada com depressão. Daí entra a Educa ção Física para tirá-la daquele quadro. Resolvi montar uma estação de musculação, que é uma máquina que promove movimentos de vários grupa mentos musculares. Durante os exercícios, utilizava música, muita alegria e sorriso para contagiá-la. E, dessa experiên cia, criei minha metodologia de atividades, baseando-se também em estudos científi cos e na literatura da Educação Física.

Após o período da pandemia, como estão as aulas?

MAURI XAVIER – Sigo com as aulas na casa dos meus alunos, em academias e no estúdio da minha casa. E quem desejar ser meu aluno, primeiro faço uma entrevista sobre a condição física dele. Os dados colhidos servirão para a elaboração do treino de maneira específica, respeitando a particularidade e as limitações de cada aluno. No momento, também é feita uma avaliação física. Todos os dados são armazenados em um aplicativo de celular para a visualização da evolução, onde tenho acesso juntamente com o aluno.

Realmente surgiu um novo profissional de Educação Física após a pandemia?

XAVIER | Referência

a nova geração

MARCELO ALVES Repórter

Se você não pode ir à academia, a academia pode ir até você. Esta é a proposta da personal trainer Mauri Xavier, uma das referências entre a nova geração de educadores físicos que surgiu, após o período da pandemia da Covid-19. Além de ser destaque na área de atividades físicas, ela construiu uma metodologia de ensino tendo como base uma experiência vivida com a mãe dela, quando, numa ocasião, a ajudou a superar a depressão através de sessões de exercícios intercaladas de estímulos como sorrisos, gargalhadas, boa música, descontração, motivação, esforço e suor.

MAURI XAVIER - Sou formada em Educação Física e, durante a pandemia, observei que as pessoas em casa apresentavam sinais de sedentarismo e ansiedade. Para ser útil a essas pessoas que precisa vam se exercitar, foi que surgiu em 2020 a atividade Mauri Xavier para ajudar na saúde delas, com aulas gratuitas em lives no Instagram.

MAURI XAVIER – Sim. E eu faço parte dessa nova gera ção, porque trabalho com condições que antes não poderíamos imaginar, de maneira virtual e também de modo presencial, realizando acompanhamento através de aplicativo. Em um momento da nossa história, fui desafiada e encarei.

Qual a mensagem que você pode dar para as pessoas que têm vontade de fazer exercí cio, mas falta disposição?

MAURI XAVIER – Para as pessoas que ainda não encontraram algum exercício físico para realizar e que estão sedentárias: busquem fazer algo que sintam prazer, como algum exercício físico pelo qual se identifiquem. Pois, o seden tarismo é muito perigoso. Não esperem que o médico peça para vocês procurarem um profissional de Educação Física. Não esperem ficar doentes para começar. Nunca é tarde para iniciar a vida ativa dentro do exercício físico, os benefí cios são imensos, comecem hoje.

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MAURI XAVIER E SUA MÃE, a policial civil “Nena”
Fotos: Ailton Cruz MAURI
entre
de educadores físicos que surgiu após a pandemia
GOLAÇO - Como surgiu o projeto Mauri Xavier?

Nova gestão do ASA quer título do Alagoano e retorno à Série B

REDAÇÃO

Reestruturar as finanças, alicerçar a base com a chancela de clube formador na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e colher os resultados do trabalho voltando a ser campeão alagoano, além do retorno à Série B do futebol brasileiro em 2024.

Estes são os objetivos da nova gestão do ASA, tendo à frente o empresário Rogério Siqueira. Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo, para o biênio 2023/2024, foi eleita no começo de outu bro. “A vida é feita de escolhas e eu escolhi ajudar o ASA GIGANTE”.

Em 2023, o Gigante tem calendário completo de competições, com as disputas da pré-Copa do Nordeste, Campeonato Alagoano, Copa Alagoas, Copa do Brasil e Brasileiro da Série D.

Quem acompanha o clube de perto, vê que o planejamentodiferedosúltimosanos:emmenos de um mês à frente do ASA, a diretoria já contra touotécnicoEvaristoPiza,renovoucomogoleiro Renan Rinaldi, o lateral direito Michel, o zagueiro Cristian Lucca, o volante Zé Wilson e os meias

Anderson Feijão, Diogo Vitor e Bruno Vieira; além disso, contratou o zagueiro Fábio Aguiar, os late rais pela esquerda Wendel e Rafael Rosa, assim como o volante Everton Heleno e os atacantes Eder Paulista, Vitinho e Chuck.

“Nossa meta, no biênio 2023/2024, é tudo isso e muito mais,porquereconhecemos noASAumametaforte,um clube com muito poten cial, uma vez estando com as finanças organi zadaseocaminhopavi mentado, para voltar a figurar no cená rio nacional, com acesso à Série B. Paraisso,investirna base, garantindo a chancela de clube formadornaCBF, é a saída”, decla rou Rogério Siqueira.

Temporada 2022

Nesta temporada, ainda com o clube sendo presidido por Higor Rafael, e com Siqueira à frente da diretoria de futebol, o ASA voltou a disputar uma final de Campeo nato Alagoano, conquistando o vice-campeonato. Além disso, disputou a pré-Copa do Nordeste e a Copa do Brasil e, por pouco, não carimba o acesso à Série C.

“Chegamos muito perto na Série D, de conquis tarmos o acesso. Ficamos no segundo mata-mata, que, se passando, teríamos garantido a Terceira Divisão do Brasil em 2023. Porém, mais do que isso, foi um ano positivo porque trouxemos de volta a torcida ao estádio e a autoestima de todos que fazem o ASA. Agora é seguir orga nizando, fazendo o trabalho correto, fora de campo, e os resultados dentro dele vão vir”, finalizou Rogério Siqueira.

ROGÉRIO SIQUEIRA, empresário e novo gestor do ASA
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Fotos:JânioBarbosaDA
5 Maceió-aL l Outubro/NoveMbro 2022 l golacoal@gmail.com

Voa,

GAROTO-PRODÍGIO

Nome: Luan Gabriel Monteiro Soares

Idade: 13 anos

Altura: 1 metro e 91 centíme tros

Sonho: Tornar-se um astro do basquete.

Assim começa a ser escrito, nesta edição do jornal GOLAÇO, o capítulo da trajetória de Luan Gabriel no basquete. Trata-se, aqui, de um prodígio. Justa mente: um talento precoce. Um menino que dentro da quadra carrega a essência de uma criança e a responsabilidade de gente grande. No popular, ele é o tipo do chamado “ponto fora da curva”. Diferenciado. Rari dade. Fenômeno. Pela quali

dade, desempenho, paixão pela modalidade e intimidade com a bola, o moleque pode atingir o estrelato antes mesmo de se tornar um jogador profissional.

Apesar da idade e do pouco tempo praticando basquetebol (aproximadamente dois anos), Luan Gabriel não é considerado uma promessa, mas já é visto como uma realidade. É preciso ressaltar que esta definição não se deve apenas por ter mais de 1,90m, com apenas 13 anos, mas é levado em conta o “conjunto da obra”. O jogador -prodígio apresenta técnicas e fundamentos que o creditam ao título de fenômeno. Para se ter uma ideia, ele encara compe tições com jovens de 17 anos – da antiga categoria chamada juvenil –, mesmo sendo da faixa etária infantil.

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Luan!
Fotos: Ailton Cruz
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apenas 13 anos de idade, mas com status de joga dor profissional

Voa, Luan!

Joia cobiçada

Odesempenho de Luan Gabriel em quadra tem impressionado e despertou a curiosidade de olheiros e o assédio de empre sários e técnicos de escolas e clubes de expressão no País, segundo informou o avô de Luan Gabriel, o repórter-foto gráfico Dárcio Monteiro que, sempre que possível, acompa nha o neto nas competições.

De acordo com Dárcio Monteiro, surgiram propos tas de clubes das cidades de Recife-PE, São Paulo-SP e Belo Horizonte-MG. O interesse que partiu de times das duas primeiras capitais foi descar tado pela família do garoto, mas a última, acabou sendo aceita. E, neste mês de novem bro, Luan Gabriel viajará junto ao pai dele, Klebson Soares, e ao avô, para a capital mineira, onde participará do processo de avaliação do Esporte Clube Ginástico, a convite do próprio professor do time, o coach Jefferson Teixeira, que há meses manteve os primeiros contatos com Dárcio Monteiro

e, em seguida, com Klebson Soares, com o objetivo de avaliá-lo. O clube mineiro é tido como um dos maio res celeiros de formação de craques do basquete nacio nal.

A joia deixa Maceió nos próximos dias, com status de fenômeno. Ele leva na baga gem o sonho de se tornar um astro do basquete, e deixa no caminho o restante da família, comoospais,LidianeMonteiro e Klebson Soares, a avó que afirma tanto amar, Lindinalva de Araújo Monteiro, esposa de Dárcio Monteiro, a namorada e os amigos do Colégio de Saint Germain. Issotudo faz parte de toda a busca por um sonho: o sacrifício.

O destino mesmo é a quadra

Antes do basquete, Luan Gabriel também praticou natação e judô e, como a grande maioria dos brasileiros, jogou futebol, onde não teve boa atuação, chegando até a fazer gol contra em seu primeiro jogo como zagueiro. Neste caso, o futebol pode ter perdido Luan Gabriel, mas o basquete ganhou um grande atleta.

No basquete, ele inicia sua traje tória aos 11 anos, quando a avó Lindi nalva Monteiro o coloca em um projeto social promovido pela Associação dos Servido res da Justiça Federal em Alagoas (Assejuf). A partir daí, surgem as primeiras conquistas em

grupo e individuais, quando, na oportunidade, foi premiado com vários títulos de atleta destaque, em competições, e também de cestinha, isto é, de maior pontuador em uma partida.

Além do clube Assejuf, Luan Gabriel passa a jogar pelo Colégio Sanit Germain, onde coleciona mais troféus e medalhas em competições escola res e locais, como nos Jogos Escolares de Alagoas (Jeal).

Fã do jogador norte-americano Zion Lateef Williamson, do New Orleans Pelicans, da NBA, o menino-prodígio, que troca um almoço por um sanduíche do McDonald’s, gosta de sorrir bastante e, principalmente, de jogar basquete.

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A joia Regatiana

DO INTERIOR DA PARAÍBA PARA O MUNDO | Emerson Negueba se firma como maior promessa do CRB

Cambalhotas, gols, veloci dade, raça. Todos esses termos conseguem resumir bem Emerson Negueba, atacante e joia da base do CRB. O camisa 11 está fechando sua segunda temporada com a camisa rega tiana, mas já está nas graças da torcida. Contudo, para chegar ao status em que está hoje, Negueba remou muito e deu uma bela rodada entre Alagoas e a Paraíba, sua terra natal.

Nosúltimosanos,oGalovemse destacando em Alagoas por utili zar suas categorias de base com frequência. O trabalho rendeu bonsfrutos.Alémdovice-campeo

natodoAlagoanoSub-20,em2021, o clube foi campeão do Alagoano Sub-17, nesta temporada.

Com tantos resultados posi tivos, já é possível ver, junto ao profissional, promessas como David Brall, Jallyson, Ezequiel. Porém, nenhum deles conseguiu o feito de Emerson Negueba, que só em 2022 está perto de comple tar 40 partidas com a camisa rega tiana, o que deve se confirmar contra o Bahia, na última rodada da Série B.

Com apenas 21 anos, Negueba é tido como o maior ativo do CRB. Inclusive, já foi especulado em outros clubes e até mesmo no mercado internacional. Mas, lá atrás, o sonho de chegar tão longe parecia distante. Emerson passou

por muitos clubes na Paraíba, como Campinense, Treze e Quei madense, até conseguir chamar a atenção do time alvirrubro, em 2021.

“Eu comecei jogando numa escolinha, que tinha na minha cidade. Logo após eu fui para a escolinhadoMarquinhosMossoró, que foi um cara que me ajudou muito. Voltei para casa, fui traba lhar na roça e quando eu parei o futebol eu arrumei uma menina, quehojeéminhaesposa.Fuitraba lhar na roça, depois de seis meses eu recebi um convite para jogar no Campinense, onde não deu certo. Depois saí, fui para Queimadense, Treze, fui para casa de novo e recebi o convite do CRB”, contou Negueba.

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GUILHERME MAGALHÃES Com supervisão da Editoria

A transferência para o Galo parecia um passo a menos rumo ao sonho de se tornar um joga dor profissional. Contudo, após ser contratado para o Sub-23 do CRB, não demorou muito para conseguir se destacar e chamar atenção do time profissional.

“Cheguei ao CRB para jogar o Sub-23, onde eu dei quatro jogos e fiz quatro jogos bons, fiz um gol contra a Ponte. Logo em seguida, teve um jogo-treino contra o CRB e o pessoal gostou de mim e me chamou para o profissional”, revelou.

No dia 22 de julho, Emerson Negueba fez sua estreia pelo time principal do CRB. Foram pouco mais de 10 minutos em campo no empate por 1 a 1, contra o Cori tiba, pela Série B. Porém, ali foi o início de uma trajetória vitoriosa. Após pouco mais de um ano, Negueba foi campeão do Campe onato Alagoano, soma quase 60 partidas e tem nove gols marca dos.

“Primeiro jogo com a camisa

do CRB foi uma experiência inex plicável. Primeiro jogo de alto nível. Sou muito gratificado a Deus. Tudo que estou colhendo hoje é fruto do meu trabalho. Foi muita dedicação, sofrimento para chegar até aqui. Sou muito grato à torcida do CRB, por me apoiar ano passado. Eu entrava nos jogos com a confiança a mais e isso tudo me ajudou”, confes sou.

Com o final da temporada se aproximando, o assédio de outros clubes na joia regatiana deve ser inevitável. Mais expe riente, Emerson Negueba já nem sente mais a pressão de atuar ao lado de atletas mais experientes e já deixa como objetivo alçar voos mais altos dentro do fute bol.

“Meu sonho é viver coisas grandes. Não é ficar aqui, é alcan çar o máximo de objetivos que eu puder. Meu sonho é mudar a vida da minha família, que foi uma vida difícil. Tenho muitos sonhos, de muita coisa”, ressaltou.

Regatiana

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Fotos: Ailton Cruz

Adriano Rodrigues

O cabeça da ‘missão impossível’ do CSA na Série B

“Éo desafio na minha vida profissional”. Foi como Adriano Rodrigues, o ‘Cabeça’, resumiu a responsabili dade de comandar o CSA na luta contra o rebaixamento para a SérieCdoCampeonatoBrasileiro. Ele substituiu Roberto Fernan des, demitido após a derrota para o Londrina, por 1 a 0, e, como treinador do Azulão, está conse guindo transformar uma ‘missão impossível’ em ‘missão possível’.

“Fiquei muito tranquilo, pois sempre estou estudando e reali zando cursos de capacitação, para que quando chegassem momentos como este eu esti vesse preparado”, respondeu Adriano Rodrigues, em entrevista exclusiva ao jornal Golaço-AL, ao ser questionado sobre a missão de comandar o CSA na reta final da Série B de 2022.

Até o momento, a decisão da diretoria do CSA de efetivar Adriano Rodrigues, que antes era auxiliar técnico, vem dando certo. Com o ‘Cabeça’ no comando, o Azulão venceu a Ponte Preta, por 2 a 0, fora de casa, e bateu o Vila Nova-GO, por 1 a 0, no Estádio Rei

Pelé. Se não fossem os resultados positivos nos dois jogos, o clube marujo já estaria rebaixado.

“Foi o resultado de muito trabalho. Conheço bem a equipe e junto com os jogadores reali zamos alguns ajustes para esses momentos de decisões da equipe”, relatou o técnico do Marujo.

Para escapar do rebaixa mento na Série B, o CSA precisa de uma combinação de resulta dos. Assim, o confronto com o Cruzeiro é encarado como uma guerra.

“Vamos preparar a equipe para uma guerra. Vamos até o fim com toda a entrega e raça, que são o DNA do CSA. A torcida pode ter a certeza que a nossa equipe vai fazer de tudo para conquistar esta permanência”, afirmou.

O Azulão enfrenta o time que já garantiu o título da Série B de 2022 de forma antecipada. O jogo contra o Cruzeiro ocorre no dia 6 de novembro, no Mineirão, em Belo Horizonte-MG. Adriano Rodrigues falou sobre a prepara ção do CSA para o duelo:

“Sobre o Cruzeiro, é o atual campeão, vai ter toda a festa (da taça), mas a gente vai continuar trabalhando em silêncio até o dia do jogo”.

Fotos: Ailton Cruz Maceió-aL l Outubro/NoveMbro 10

Rodrigues

BMudanças na Escalação

Oretorno de Rodrigo Rodrigues ao time titular do CSA foi uma das visíveis mudan ças feitas por Adriano Rodrigues. O treinador apostou no centroavante e ele respondeu com gols. Ele balançou as redes três vezes, após iniciar as duas últimas partidas do Azulão entre os 11 jogadores preferidos pelo técnico.

“Rodrigo (Rodrigues) é o artilheiro da equipe e tem uma entrega muito grande sem a bola, pressionando os zagueiros adversários. É um atleta que eu sempre converso e no momento (de escalar) optei por ele. Vi que ele estava muito bem nos treinos que realizava comigo, quando não estava sendo relacionado”, expli cou Adriano.

O camisa 99 tem um total de 20 gols marcados nesta temporada com a camisa do CSA, em 50 parti das disputadas. Na Série B

do Campeonato Brasileiro, Rodrigo Rodrigues balan çou as redes nove vezes. Adriano Rodrigues também deu a oportuni dade de o zagueiro Douglas assumir a titularidade ao lado de Lucão. Dessa forma, Guilherme Paraíba foi para o banco de reservas.

“Nas ideias que planejei, o Douglas era o zagueiro que estava apto a jogar por conhecer as minhas ideias de jogo. Ele já tinha partici pado em outras situações da equipe como titular”, relatou Adriano Cabeça, que também lembrou o fato de não poder contar com os zagueiros Werley e Tito, que estão entregues ao Departamento Médico.

Quem também virou titular, após Adriano Rodri gues assumir o comando técnico do Azulão, foi o lateral direito Éverton Silva que, até então, só havia feito dois jogos pelo CSA nesta temporada.

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