



Omês de setembro é significativo para o futebol alagoano. Neste período do ano, nasceram os maiores mitos do mundo da bola do Estado. Cada um com sua característica e cor. Um nasceu azul. Outro vermelho. E há o negro. Apesar da diferença no tom da pele, todos os três são iguais. Todos são clubes de futebol profissional, com história marcante no cenário nacional. Ambos geraram craques para o planeta bola. Estes personagens são CSA,
Ailton Cruz CEO Benedito Lima Diagramação 2 Maceió-aL l SeteMbro 2022 l golacoal@gmail.com EDITORIAL CNPJ 41.073.148/0001-33 l Rua Dom Santino Coutinho, 219 - Pitanguinha - CEP: 57052-070 - Maceió / Alagoas - E-mail: golacoal@gmail.com - Fone: 82 99972-7274 Colaboradores: l MarceloAlves l MaurícioManoel l DayvidsonSoares l LucianoMilano ANÚNCIOS E SUGESTÕES: (82) 99972-7274 OS ARTIGOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES, NÃO REPRESENTANDO, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DESTE JORNAL. CRB e ASA. O trio bom de bola de Alagoas. Para eles, setembro é sagrado. Setembro é especial. Setembro é o mês de agradecer e presentear os seus torcedores, pelo amor que o tratam. Pela paixão que possuem. Pela fé que se coloca neles. Além do trio, há de se lembrar do Sete de Setembro, que faz parte da história do Estado. A vocês: parabéns e obrigado por existirem. Muitas felicidades e muitos anos de vida! Vida longa!
“Há dois anos eu visuali zei esse momento. Foi tudo planejado entre mim e Deus. Eu fui consagrado”. Foi desta forma que o lutador de muay thai Naldo Cavalcante descreveu a conquista do cinturão no Champions Nak Muay, evento que ocorreu no dia 10 de setembro, em Maceió-Al. O jovem de 27 anos venceu o atleta Gênesis ‘Puro Osso’ em sua luta e se consagrou como campeão alagoano na categoria semiprofissional até 57,2kg.
Morador do bairro do Vergel do Lago, em Maceió, Naldo iniciou na luta com 19 anos de idade, prati cando o ‘fer kwon do’, que é um estilo de kung fu. Mas um acidente e a busca por vingança fizeram mudar tudo na vida do atleta alagoano.
“Com três meses de treino, o professor começou a colocar combates e eu aceitei participar de um. Durante a luta, o meu adversá rio acabou quebrando o meu nariz, por eu não saber muito me defender. Com isso, precisei ficar dois meses de repouso para me recuperar e, na sequência, procurei uma academia de muay thai, com o objetivo de me vingar dele. Olha que pensamento errado”, pondera Naldo, em entre vista ao Golaço-AL.
Após alguns meses de treino, Naldo mostrou muita evolução e foi convidado para participar de um evento de muay thai, o primeiro dele como atleta.
“O meu adversário já era expe riente e eu estreante, mas aceitei a lutae,nofinal,eusaívitorioso.Quando eu senti a energia da torcida ovacio nando e me aplaudindo, eu fiquei impactado. Naquele exato momento tive a certeza de que eu queria aquilo para a minha vida”, revelou o lutador.
A vitória na estreia o fez esque cer a vingança por ter tido o nariz quebrado e ele leva o acidente como lição.
“Eu tirei uma lição com o acidente do meu nariz quebrado. Se isso não tivesse acontecido, eu jamais teria investido no muay thai. Foi necessário acontecer esse acidente para que eu pudesse me dedicar ao muay thai. Eu precisei quebrar o meu nariz para hoje me tornar um campeão”, afirmou.
Naldo, desde então, seguiu carreira no esporte e transfor mou o muay thai em sua profis são. Além de lutar, ele dá aula
de muay thai particular e em grupo. O lutador também parti cipa de projetos que ensinam a arte marcial a crianças e jovens.
Hoje, o atleta representa o ‘Team Thamir Pereira’ e treina muay thai na MCZ Fight Club. Naldo não conta com patro cinadores, mas tem o apoio da Academia Life Fitness, que dá a ele todo o suporte para a preparação física, e da nutricio nista Lorena Rolemberg, que fica responsável por todo o seu plano alimentar.
Fotos: Ailton CruzApós dez lutas disputa das, onde obteve nove vitórias, Naldo recebeu a oportunidade de disputar pela primeira vez um cinturão no muay thai. O lutador participou do Champions Nak Muay, que ocorreu no dia 10 de setembro, em Maceió, e venceu o atleta Gênesis ‘Puro Osso’.
“Só faltava o Gênesis ‘Puro Osso’ para eu lutar aqui em Alagoas. Eu sabia que essa luta iria acontecer, ele era o nome maiscogitadoparaessadisputa do cinturão”, disse o atleta. Naldo também revelou detalhes da sua estraté gia para vencer o adversá rio, que era mais alto e tinha envergadura maior que ele. “Tudo que eu treinei conse gui colocar em prática na luta; tenho um estilo muito agres sivo, muito forte. Ele imagi nou que eu lutaria contra ele com essas característi cas, mas usei da inteligência para quebrar a estratégia dele. Eu lutei um pouco mais técnico e consegui ganhar dele os cinco rounds”, contou. O lutador revelou o que se passou em sua cabeça, após a conquista do cinturão do peso 57,2 kg do muay thai. “Foi muito gratificante. Eu me
consagrei. Há alguns anos, eu visualizei esse momento. Foi tudo planejado entre mim e Deus.Eusabiaqueeuiriadispu tar o cinturão e já estava tudo certo. Só iria depender de mim treinar e fazer tudo acontecer. Eufuiconsagradopelotrabalho quevinhaplantandoeregando. Agora chegou o tempo da colheita. Muitas pessoas desa creditaram, poucas apoiaram, mas eu fui lá e mostrei que eu era capaz”, falou Naldo. O combate que o consagrou comoomelhordesuacategoria em Alagoas também fez parte da realização de um sonho. “Nessa luta, eu tive a honra de ver a minha mãe (Selma Caval cante) me assistindo. Depois de dezlutas,elaresolveuirveruma lutaminhaeissotámarcadono meu coração. Eu sempre quis que minha mãe fosse me ver fazendo o que eu escolhi para a minha vida e, dessa vez, por livre e espontânea vontade, ela pediu para ir. Ela pôde ver e comemorar comigo esse momentomuitoimportantena minha vida. A minha mãe sabe o preço que eu pago para exer cer este esporte e por isso que os resultados positivos implo ram para fazer parte da minha rotina”, destacou.
OBrasil é um dos berços mais respeitados no meio do esporte. Seja no futebol, no vôlei, na vela ou até mesmo no basquete. Contudo, nos últimos anos, um esporte conhecido por ser do dia a dia estadunidense vem encantando e atraindo fãs: o Futebol Americano.
Aos poucos, esta modali dade vem conquistando seu espaço e dividindo um lugar especial nos corações dos entu siastas do esporte. Em Alagoas, não é diferente. Inclusive, duas equipes estão montando suas histórias e já deram o pontapé importante para o crescimento da atividade no Estado.
De um lado, os tricolores do Maceió Marechais, time mais
antigo do Estado. Do outro, o recém-criado Jangadeiros, que vem crescendo na modalidade de maneira exorbitante. E, no último dia 11 de setembro, os deuses do futebol americano colocaram os rivais frente a frente pela primeira vez na história.
Em campo, o Jangadeiros conseguiu a primeira e histórica vitória sobre o Marechais, por 10 a 0. Entretanto, o placar ficou de lado, já que a partida, que aconteceu no SESI Cambona, reuniu um grande público e se tornou um marco para o esporte em Alagoas. Presti giando o grande momento, o Jornal Golaço acompanhou um pouco mais de perto a histó ria desses clubes e de perso nagens que fizeram parte da construção dos dois lados da moeda.
Assim como no soccer, o futebol americano também possui suas particularidades e rivalidades.
Com dois clubes dominando o cená rio estadual, não demorou muito para que Marechais e Jangadeiros fossem considerados rivais. Contudo, serem do mesmo Estado não é a única condição que une as agremiações.
Fundado em 2011, o Maceió Mare chais rapidamente caiu no gosto do torcedor alagoano. E, durante um bom tempo, representou Alagoas sozinho. Conquistou o Velho Chico Bowl em duas oportunidades (2015 e 2016), além de ter batido na trave duas vezes na Liga Nordeste, quando ficou com os vices de
2016 e 2017.
Dez anos depois, surgiu um concor rente à altura: o Jangadeiros FA. Idea lizado por um grupo de jogadores insatisfeitos com o andamento do esporte no Estado, o novo clube ganhou um status de renovação para os atletas. Alguns deles, inclusive, com passagens pelo Marechais. O que gerou um certo atrito e deu fogo para o início da rivali dade.
O Jangadeiros, inclusive, conse guiu um crescimento muito rápido, em pouquíssimo tempo. Já em 2022, conquistouaCopaNordeste,umtorneio de pré-temporada. O presidente do clube, Gabriel Holanda, foi um dos ideali
zadores do projeto Jangadeiros e apon tou algumas diferenças em relação ao rival local.
“A gente criou o Jangadeiros com essa ideia. Ser um ambiente diferente, que estimula o desenvolvimento do esporte. Então, para nós, Jangadeiros, não é interessante que só o Jangadei ros cresça, a gente quer que o esporte cresça. A gente viu que tinha espaço. E assim a gente fez, criou um novo time. Deixamos as portas abertas, para quem quisessefazerpartedestanovafilosofia”, contou Gabriel.
Do outro lado da moeda, o agora ex-presidente do Maceió Marechais, Renato Lôbo, afirmou não enxergar uma
rivalidade entre os clubes, pelo menos por enquanto. Mesmo com as torcidas vivendo um clima clássico, Lôbo acredita que ainda é algo em construção.
“A rivalidade ainda não é traba lhada, foi o primeiro jogo. Todo mundo defende muito esse conceito de clás sico. Rivalidade tem que ter um pouco mais de história. Um dia, daqui há uns cinco anos, se eu ainda estiver jogando, você vai dizer: como é que foi o clás sico? E eu vou dizer: foi massa, porque temos uma história. Mas aqui não existe história, existiram dois times que nunca jogaram juntos. Então, ainda não existe esse conceito [de rivalidade], para mim”, pontuou.
Fotos: Ailton CruzNo Brasil, o futebol americano ainda não conseguiu o desta que que outras modalida des possuem. Inclusive, Marechais e Jangadeiros se assemelham em quesi tos primordiais: a paixão e a dedicação para praticar um esporte que tanto amam.
O Golaço conversou com atletassobreasituaçãoeodia a dia de um jogador. Daniel de Oliveira, defensive back do Jangadeiros, contou como a falta de apoio é preponde rante, inclusive, sem o auxílio de órgãos governamentais. Atualmente, os jogadores não recebem salários e têm que se dividir entre diversas funções.
“O difícil de fazer [o esporte] no Brasil é a falta de apoio, patrocínio. A maioria dos times do Brasil, incluindo a gente, arca com custos, viagem, equipamento, é um esporte caro. A gente sai para defender Alagoas e é difícil”, disse Daniel.
Apesar de todas as difi culdades, ele resumiu que “amor” é primordial na dedi cação e superação de dificul dades.OdiscursodeDanielse une ao do seu companheiro de time Anouar Nasser. Nascido em Guiné-Bissau, Anouar iniciou no esporte em 2017 e já rodou por clubes de Pernambuco e Alagoas.
“Eujogoporquesoumuito apaixonado por este esporte. É um esporte que até pode parecerumpoucotruculento, mas, quando você começa a perceber como funciona, fica cada vez mais apaixonado. É um esporte que exige muita
concentração, disciplina e muita dedicação. Se você for analisar são coisas que a gente usa na nossa vida”, pontuou Anouar.
Tanto Daniel, quanto Anouar, comentaram sobre a dificuldade que é praticar o futebol americano sem apoio e, até mesmo, tendo que divi dir a vida de atleta com a vida profissional. Contudo, ambos afirmam que o amor é essen cial para que as coisas cami nhem.
“Só quem joga pode tentar descrever a emoção que é jogar futebol ameri cano. Dentro da nossa reali dade, fica mais complicado e este amor precisa ser maior ainda. O que salva é a paixão que a gente sente por este esporte”, afirmou Anouar.
Do lado do Marechais não é muito diferente. Para Rafael Lôbo, atleta há um bom tempo, ainda existe um problema de falta de atle tas para a modalidade em Alagoas. Sem o apoio finan ceiro, muitos acabam tendo que deixar o futebol de lado.
“Uma das maiores difi culdades é o querer. Nem todo mundo está disposto a se privar de determina das coisas. Nós não temos tantos atletas em Maceió, nós temosmuitosjogadores.Mas, se quiser montar um time competitivo, tem que ser um time de atletas. No qual se treine pelo menos três vezes ao dia, no qual todos vão para academia, no qual todos estudem. Não é um esporte que simplesmente você vai, brinca e joga, você tem que se dedicar”, concluiu.
Com supervisão da Editoria
No último dia 20 de setembro, o CRB come morou seu 110º aniver sário, com uma festa especial no Casarão, no bairro de Jara guá. O evento foi o primeiro, desde a pandemia da Covid-19, que pôde receber um público grande. Inclusive, com uma presença maciça dos alvirru bros. Durante o festejo, ao lado de ídolos como Silva, Joãozi nho Paulista e Aloísio Chulapa, o clube divulgou seus novos uniformes, homenageando a SeleçãoBrasileira,nesteanode Copa do Mundo. E mais: deixou um espaço aberto para o cres cimento esportivo.
Parabenizando e presti giando a marcante data para os regatianos, o Jornal Golaço participou das comemorações. Além disso, conversou com membros da diretoria e com o próprio presidente, Mário Marroquim.Háquasedoisanos no comando do executivo do clube, o torcedor Marroquim mostrou-se muito grato pela oportunidade de ser atual mente o mandatário do clube de coração.
“Eu tenho que agradecer aos ex-presidentes que toca ram esse projeto CRB. Eu sou o 64º presidente da história do clube, e os desafios são imen
sos. Cada dia mais eu valorizo o trabalho que cada um desses fez, a dedicação, o amor, o empenho, o sofrimento, porque tocar um clube desta magnitude é muito compli cado, mas é prazeroso”, afir mou.
Durante o comando da gestão Marroquim, o Regatas ficou muito perto do acesso à Série A, em 2021. Contudo, a atualtemporadavemsendode bons frutos. A equipe conquis touo32ºtítulodoCampeonato Alagoano, chegou às semifinais da Copa do Nordeste e, atual mente, faz uma campanha de meio de tabela na chamada ‘’Maior Série B de Todos os Tempos’’.
Contudo, ainda restam mais de 50% do mandato de Marroquim pela frente. Desta
forma, a expectativa para o futuro é muito grande por parte dos adeptos. O período da atual gestão comandando a equipe é até 2024. Por isso, a ideia é levar o Galo, o mais rápido possível, para o posto mais alto do Brasil
“Não estou satisfeito, eu
querocoroarnossagestãocom o acesso à Série A. É o grande desafio que nós temos. Não só subir, mas subir e perma necer. Acho que o CRB é um clubemuitomaismaduro,uma estrutura mais solidificada. Vejo hoje um clube muito mais coeso”, pontuou Marroquim.
Apesar do clima festeiro, por contadoaniversário,otrabalhoda diretoriaseguefirme.Emretafinal de temporada, o planejamento já está de olho em 2023. A situação na Série B ainda não está definida, entretanto,encaminha-separaum finaldeanotranquilo,semsustose, quem sabe, muito perto do G4.
Fora de campo, os próximos passos devem ser os investimen tos nas categorias de base. Inclu sive, há um projeto para que uma escolinha de futebol seja aberta no Casarão.
O atual presidente do Conse lho Deliberativo, Kennedy Calhei ros, contou um pouco sobre o que espera das próximas temporadas.
“Hoje, o CRB em paz, todos com o objetivo de fazer cada vez o CRB maior, buscando o título alagoano, mais projeção em nível nacional, seja na Série B, tentando chegarnaSérieA.Éumalutacons tante da nossa torcida, que tem que ir mais ao campo. Nós temos que dar mais alegria e continuar disputando, para que venhamos a ter mais glórias no CRB”, afirmou Kennedy.
O presidente Marroquim mostrou-se compreensivo com a ansiedade do torcedor. E, muito por conta disso, quer deixar um legado grandioso.
Um dos nomes mais tieta dos na noite de comemoração, foi o do ex-atacante Joãozinho Paulista. Maior artilheiro da história regatiana, com quase 200 gols, o ídolo esteve no Casa rão, dando autógrafos, tirando fotosedivulgandoolivro,escrito por Joacir Avelino: “Além da Bola”, no qual conta toda sua trajetória vestindo vermelho e branco.
Sendo um dos nomes mais importantes da história do Galo, Joãozinho não escondeu a felicidade. Com um largo sorriso e ao lado de amigos, o craque destacou os sentimentos pelo clube e pelos companheiros que fez durante sua jornada em
Alagoas.
“Uma felicidade muito grande de estar nos 110 anos do clube, com a nação rega tiana, autografando meu livro. A história do clube, minha vida está nesse livro. E a emoção de encontrar os ex-presiden tes e, principalmente, Enaldo Marques, que é uma pessoa que eu amo do fundo do meu cora ção e voltou para a família”, disse.
Enaldo Marques, ex-presi dente do Conselheiro Delibera tivo, foi um das presenças mais especiais. O dirigente está afas tado de algumas funções profis sionais por conta de problemas pessoais. Entretanto, em
conversa com o Golaço, Enaldo afirmou que não poderia faltar a uma data tão especial para o CRB.
“Eu venho de uma enfer midade, de um tratamento. O médico pediu para ficar fora das empresas. Mas não pode ria deixar de vir aqui em um dia
como este, os 110 anos do clube. Éummarcoparatodosostorce dores. Estou muito feliz de estar àfrentedeumclubecomooCRB, poder confraternizar com esta torcida maravilhosa. A gente tem muito a fazer, este clube ainda vai ser o clube dos nossos sonhos”, pontuou Enaldo.
“Que a gente possa, de fato, crescer, evoluir, encorpar patri mônio, conseguir construir mais, deixar um legado maior. E, prin cipalmente, podendo investir nas divisões de base, deixando para os próximos presidentes, para que possam receber uma herança nossa de garotos, que possam frutificar e tornar o CRB mais grandioso do que ele já é”, concluiu Marroquim.
As obras para a construção da escolinha devem começar em breve. Mas, logicamente, o foco é o time profissional. Pensando em subir, o mais rápido possível, a diretoria já vem conversando com o técnico Daniel Paulista sobre o próximo ano, para que o CRB brigue firme pelo acesso.
O Jornal Golaço gostaria de parabenizar o Clube de Regatas Brasil pelo seu aniversário de 110 anos! Que o clube possa seguir representandofortementeoEstado de Alagoas por todo o Brasil!
regatianOIdade nova ao lado da torcida e com show musical no Casarão
Todo dia 7 de setembro bate um sentimento de gratidão no futebol mundial por Alagoas. Isso porque foi nesta data, exata mente em 1913, que nascia na terra alagoana, no agora extinto bairro do Mutange, o clube que contribuiria com o espetáculo do mundo da bola através de suas crias, conquis tas e torcida. Este é o CSA.
O Azulão, que gerou Dida, o camisa10daSeleçãoBrasileira, antes de Pelé. O time azulino, maior detentor de títulos de campeãoalagoano:40aotodo.
O Maior de Alagoas, o único representante do Nordeste,
que disputou uma final inter nacional da Conmebol, onde se sagrou vice-campeão. A agremiação da Nação Azulina, que fez história mundial ao ser a segunda equipe do planeta, junto ao Parma da Itália, a conquistar três acessos conse cutivos,daSérieDdoBrasileiro para a Série A. O Centro Spor tivo Alagoano, campeão brasi leiro da Série B, em 2017.
A celebração dos 109 anos de vida marcou a nova era do CSA. Na opor tunidade, o Azulão recebeu os torcedo res no novo Centro de Treinamento, o Complexo Gustavo Paiva, no Benedito Bentes. Com o tradicional bolo perso nalizado de aniversário nas cores do clube–azulebranco–eacelebraçãoda missa em ação de graças, o presidente -executivo do Azulão, Omar Coêlho, agradeceu a presença da torcida, ressaltouaimportânciadotimeazulino e também destacou o novo momento do clube, com a construção do CT, que possui 140 mil metros quadrados e terá
uma área construída de 5.300 metros, com a previsão de ser entregue ainda este ano.
O evento festivo ainda contou com a presença do cantor Eliezer Setton, dos ex-presidentes Rafael Tenório e Euclides Mello, bem como do diretor de futebolRaimundoTavaresedosuperin tendente Lumário Rodrigues, além de ex-jogadores como Roberval Davino, Zé Raimundo, Elvis, Carlinhos, Jaco zinho, entre outros, que participaram do tradicional jogo festivo de Atletas Históricos, que derrotaram os Sócios do Maior, por 4 a 2.
Vivendo praticamente diuturnamente ao lado do CSA, há mais de duas décadas, o radialista Warner Oliveira ressaltou a importância do clube para os diversos setores da sociedade, além do mundo da bola.Deacordocomele,oAzulão gera emprego e renda, aquece a economia, favorece o turismo, bem como promove um trabalho educacional e esportivo atra vés das categorias de base, sem contar com a contribuição para o mundo da bola, com a geração de lendas e mitos como Dida, Peu, Luiz Felipe Scolari, Adriano Gabiru e vários outros.
Entre os fatos marcantes vivenciados no antigo Mutange, Warner citou um dos momentos difíceisenfrentadospeloCSA,sob ocomandodoex-presidenteJoão Pereira. “Eu vi o João Pereira chegar com cesta básica para ajudar os funcionários”, disse. Além disso, mencionou a época em que o clube azulino não tinha calendário, bem como amargou rebaixamentos. “Lembro que em um dos rebaixamentos do CSA no Alagoano, eu perguntei ao meu chefe de esporte, na Rádio Gazeta, Waldemir Rodrigues, como ficaria a cobertura, uma vez que o clube não tinha calen dário. E ele disse que continuarí amos ao lado do CSA porque ele era gigante e iria retornar muito maior”, revelou.
Ao ser questionado sobre outro fato marcante que viven ciou, Warner OIiveira disse que viu o CSA entrar em campo de forma soberana no primeiro jogo da final da Conmebol contra o Talleres, da Argentina, no Estádio Rei Pelé. “Eu vi um CSA gigantesco e soberano e um Rei Pelé duas vezes maior do que ele é com a presença da torcida azulina”, destacou.
Fotos: Ailton Cruz >> “soberano”, diz Warner oliveira1952
Viçosa, que foi campeão alago ano e subiu com o clube para a Série B do futebol brasileiro, em 2009,sendovendidoaoGrêmio, no ano seguinte, como a maior negociação de um clube alago ano até hoje: pouco mais de 1 milhão e 500 mil reais.
Em 25 de setembro de 1952, nasciaoGigantedeAlagoas.
E, em 2022, para celebrar o aniversário de 70 anos do ASA, a diretoria executiva do clube organizou um dia de festivi dades, com partida de futebol entre diretores, conselheiros e ex-jogadores, assim como uma feijoada ao som de música ao vivo.
Em 70 anos de existência, o Alvinegro acumula sete títu los estaduais, vice do Brasileiro da Série C e Copa do Nordeste, além de participações no Brasi leiro das Séries A e B. Os atletas Júnior Viçosa, relevado pelo clube, e Anderson Feijão, desta que do time na temporada, prestigiaram o evento. Júnior, inclusive,fezumapostagemque emocionou seus seguidores e torcedores alvinegros.
“ASA hoje são 70 anos daqueletimequemudouminha vida, que ganhava 300 (sic) no Igaci, com 4 meses de base e profissional para o ASA, meu ASA. O time que me revelou para o Brasil e para o mundo; o time que (sic) larguei outras propostas em 2022 e vim, pois eles precisam de mim e eu precisava do amor e carinho deles. A minha missão é colocar omeuASAnomesmolugarque deixei quando saí, a Série B. Sei que a batalha não será fácil, mas totalmente possível”, declarou
A fala de Júnior Viçosa, que retornou ao clube, após anos longe do Gigante, justifica-se quando se avalia a atual fase do timearapiraquense:oclubeestá na Série D do futebol nacional e voltou a disputar uma final de Campeonato Alagoano nesta temporada, após hiato de dez anos, conseguindo o vice-cam peonato do Estadual.
Também nesta temporada, o clube fez boa campanha na Quarta Divisão, classificando -se em primeiro no Grupo D e perdendo a luta pelo acesso à Série C no mata-mata com o Pouso Alegre-MG. Mas as duas campanhas em níveis local e nacional levaram de volta ao clube e a sua torcida a autoes tima que andava distante das cores preta e branca, como explicaoatualpresidenteexecu tivo, o advogado Higor Rafael.
“PoucosacreditavamnoASA em 2022. Mas mostramos que o Gigante não é chamado assim à toa. Com a ajuda de muita gente, montamos um elenco barato, mas de qualidade e comprometido com a causa ASA. Com o grupo, voltamos a disputar uma final do Alago ano, após dez anos, chegamos bem perto da vaga na Série C e fizemos com que a torcida voltasse a ter o mesmo orgulho de sempre, de bater no peito e dizer que é alvinegra. Agora, é seguir na reestruturação do clube e mirar 2023 porque tere mos calendário completo, com Alagoano, Copa do Brasil, Copa Alagoas, pré-Copa do Nordeste e Brasileiro da Série D”, afirmou o presidente do ASA.
Fora das quatro linhas, a atual diretoria do ASA, que conta com nomes como o do empresá rio arapiraquense Rogério Siqueira, também tem feito trabalho de reorganização da ‘casa’ com as contasdoclube.Segundoodirigente,comasnego ciações com Justiça do Trabalho e credores, o ASA conseguiu resolver 23 ações trabalhistas. “A gente firmou um contrato com o Governo do Estado de Alagoas,novalorde1milhãoe500milreais.Após uma conversa com a diretoria do clube, fizemos um acordo junto ao TRT (Tribunal Regional do
Trabalho) e destinamos R$ 1 milhão diretamente para a conta do Ato Trabalhista. O valor foi depo sitadojudicialmentenacontadoAtoecomeçamos afazerosacordoscombasenessevalorquerecebe mos do Governo do Estado. Com os outros R$ 500 mil, conseguimos fazer negociações para pagar INSS, FGTS e outros credo res que tinham contas pendentes de 2022”.
AgestãodeHigorRafael termina em novembro deste ano. Para dar andamento ao processo de reorganização, conse lheiros e diretores acordaram a antecipação da eleição para o próximo dia 7 de outubro. Rogério Siqueira também falou sobre a composi ção do novo grupo diretivo e a importância de fazercomque,quemforassumiroclubenopróximobiênio, tenha condição de iniciar 2023 com o planejamento ajus tado.
“Até porque o trabalho feito agora em 2022 garan tiu ao ASA calendário completo de competições como as locais, a Copa do Nordeste e o Brasileiro da Série D. Para isso, é preciso fechar com técnico e joga dores que defenderão o ASA no ano que vem. Por isso, houve o entendimento entre conselheiros e diretores de que o melhor seria eleger Conse lho e Executiva agora em outubro”, destacou Siqueira.
Um dia depois das comemorações relativas aos 70 anos do clube, o Alvinegro sofreu uma grande perda no seu quadro de conselheiros e ex-diretores: na segunda -feira (26 de setembro), faleceu, em Arapi raca, Bertino Mendonça, aos 94 anos, de causas naturais, no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca. Entre os muitos cargos exercidos por Mendonça no clube, ele foi presi dente executivo em 1979.
ASA comemora 70 anos de vida com dia festivo, música ao vivo e feijoada em ArapiracaFotos: Ailton Cruz