OJB EDIÇÃO 35 - ANO 2023

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Brasília recebe 11° Congresso Nacional de Diáconos Batistas

Nos dias 11 e 12 agosto aconteceu o 11° Congresso da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB), com o tema “Avançando no conhecimento do diaconato”. O evento foi realizado nas dependências da Primeira Igreja Batista no Sudoeste, em Brasília - DF. Diversas Associações e Ordens estaduais foram representadas. Leia a matéria na página 12.

Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Observatório Batista

Jovem também ora

Juventude Batista Brasileira fala do funcionamento da Sala de Oração durante o Despertar

Capacitados para ensinar

Convenção Batista do Planalto Central realiza 1ª capacitação para professores de EBD

Assembleias pelo Brasil

Convenção Batista de Rondônia se reúne para 28ª Assembleia na cidade de Vilhena

Verdadeira adoração

Lourenço Rega traz reflexão sobre os cultos e a adoração em nossas Igrejas

ISSN 1679-0189 R$ 3.60 ANO CXXII EDIÇÃO 35 DOMINGO, 27.08.2023 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
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EDITORIAL

Tudo novo de novo em todo tempo!

Chegamos ao final de agosto, o Mês da Juventude. E durante todo esse tempo, publicamos nas páginas de O Jornal Batista as 31 devocionais produzidas pela Juventude Batista Brasileira (JBB) para que as juventudes em nossas Igrejas pudessem utilizar. Além disso, na primeira edição do mês, o destaque foi a matéria sobre o Despertar, Conferência

Nacional da JBB, que aconteceu de 12 a 15 de julho, na Primeira Igreja Batista de Vitória - ES.

Nesta edição, a última do mês, trazemos as últimas devocionais e um outro texto sobre o Despertar. Na página 5, o texto sobre a sala de oração, que funcionou durante toda a programação e mais algumas fotos. Quem produziu esse relato foi a Elisa-

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista

Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB

FUNDADOR

W.E. Entzminger

PRESIDENTE

Hilquias da Anunciação Paim

DIRETOR GERAL

Sócrates Oliveira de Souza

ma Torres, que é a coordenadora de Intercessão da JBB.

Esperamos que nossa juventude e todo o povo Batista brasileiro busque sempre o novo de Deus sobre suas vidas, ministério etc. Nosso Deus é uma fonte inesgotável e certamente quer que Seus filhos vivam dessa maneira.

A capa desta semana destaca o 11° Congresso Nacional dos diáconos

( ) Impresso - 160,00

( ) Digital - 80,00

Batistas do Brasil, com tema “Avançando no conhecimento do diaconato”. O evento foi realizado nas dependências da Primeira Igreja Batista no Sudoeste, em Brasília - DF. Diversas Associações e Ordens estaduais foram representadas. Leia a matéria na página 12.

Boa leitura, que Deus te abençoe e até setembro! n

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2 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23
REFLEXÃO

Enchente do Jordão

O desânimo integra a experiência de todos aqueles que labutamos na causa do Senhor. Na maioria das vezes, quando sentimos e compreendemos que a causa que abraçamos é superior as nossas forças físicas e espirituais, para concluir ou levar a bom termo o empreendimento a nós imposto, resta-nos o desânimo ou a desistência. Em termos humanos, ao fazer a leitura da obra a ser executada, sempre concluímos que não temos como aceitar o desafio a nós confiado. Sempre aparecem os “Sambalates”, que tentam interferir em nosso trabalho. Confiados em nossas próprias forças ou recursos, só resta o desânimo. O desafio sempre é maior do que os nossos recursos. Descobrimos que os nossos recursos humanos não são suficientes para concluir com êxito a tarefa a nós imposta. Quando isto ocorre somos levados a tomar duas decisões: desistir do empreendimento ou buscar o auxílio Divino. Quando somos tentados a desistir, descobrimos que há outros que desejam tomar o

nosso lugar e confirmar a nossa incompetência. Ao buscar o auxílio do Senhor, Deus sempre supre a nossa incapacidade e capacita-nos para a realização do seu propósito de amor. Foi assim com Moisés e com Jeremias e muitos outros. O Senhor oferece-nos sabedoria e estratégia para o sucesso. Deus conhece os nossos pontos frágeis. Conhece também a fragilidade do inimigo e nos anima a prosseguir.

A Bíblia registra várias experiências de homens que foram incumbidos, por Deus, para realizar tarefas superiores à capacidade humana. Ao convocar Moisés para comandar a saída do povo de Israel do cativeiro egípcio, o Senhor ouviu as escusas sinceras do libertador para não aceitar o chamado. Moisés era gago. Era procurado como criminoso pelas autoridades egípcias. Sua ficha e seu passado não o capacitavam como a pessoa ideal para a tarefa proposta por Deus. Os escravos no Egito não o aceitariam como líder. Quatrocentos e trinta anos de escravidão foi tempo suficiente para apagar da mente do povo a unicidade do Deus de Abraão. A idolatria egípcia havia contaminado o

povo. Na primeira prova, já no deserto, a primeira reação do povo foi fabricar um bezerro de ouro para adorá-lo. Substituindo, assim, Javé por um ídolo. Deus levou centenas de anos, até o cativeiro babilônico, para apagar da mente do Seu povo a idolatria, tão comum em nosso país. Deus teve dificuldades para convencer Moisés a aceitar o desafio. Deus o venceu usando a sua terna misericórdia. Êxodo 3 relata o diálogo travado com Moisés. “Vai pois agora, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar” (Ex 3.12).

Quando Deus chamou a Jeremias para tentar trazer Israel a voltar-se ao Senhor, as desculpas do jovem profeta foram as mesmas. Era jovem, criança, não era capaz para realizar a proposta divina. Mas, Deus responde ao jovem profeta, que o chamado divino era antigo. “Antes que te formasse no ventre, te conheci, antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações de dei por profeta” (Jr 1.5). Não há como fugir do chamado divino. A vocação divina é irreversível. Seus propósitos são eternos, geram consolo para fortalecer o chamado e oferece a capacitação

necessária para não desanimar. No decorrer do seu ministério, Jeremias entra em conflito com o agir Divino. Ele pergunta a Deus “por que prospera o caminho dos ímpios, e vivem em paz todos os que cometem o mal aleivosamente?” (Jr 12.13). A história parece se repetir atualmente. Ficamos confusos com o agir divino. Para consolar e confortar o profeta, Deus pergunta: “Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com cavalos? Se tão somente numa terra de paz estás confiado, que farás na enchente do Jordão?” (Jr 12.15). Precisamos estar preparados para enfrentar as enchentes do Jordão. A conclusão é simples e objetiva. Com homens que vão a pé a luta é humana, podemos vencê-las com facilidade. Na enchente do Jordão precisamos de instrumentos de guerras mais sofisticados. Comunhão mais íntima com Deus é necessário e sobretudo precisamos manejar com sapiência a Espada do Espírito. Intimidade com Deus e estar atento aos acontecimentos diários, que nos dará a certeza de que Deus continua dirigindo a História. n

Passando o cajado da vocação pastoral para a nova geração

Matheus Simões

pastor na Igreja Batista Graça e Paz em Divinópolis - MG; presidente da Juventude Batista Mineira

“Lembrem-se dos seus líderes, os quais pregaram a palavra de Deus a vocês; e, considerando atentamente o fim da vida deles, imitem a fé que tiveram. Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hb 13.7-8)

É lindo ver que Deus continua chamando vocacionados à Sua obra. A beleza dos tempos novos é ver pessoas novas servindo à sua própria geração. Assim como eu, muitos pastores foram vocacionados na sua juventude e servem, desde então, com características

únicas de sua geração. Os tempos passam, coisas novas surgem, estratégias diferentes e formas diferentes são utilizadas, mas a essência jamais muda.

O autor de Hebreus, ao encerrar a sua carta, faz um lembrete aos seus leitores. Os tempos mudam, mas não podemos desvalorizar os nossos antecessores, precisamos honrar aqueles que pavimentaram o caminho para nós. É preciso reconhecer a importância das gerações e buscar pacificar todo e qualquer conflito pela honra. O autor de Hebreus escreve a forma de fazermos isso: lembrar dos nossos líderes (manter na memória), considerar atentamente o exemplo deles e imitar a sua fé.

Isaac Newton certa vez disse: “Se vi

mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”. A marca fundamental dos líderes citados pelo autor de Hebreus era sua fé em Jesus. Os tempos eram outros, ainda assim, quem mais ensinou não foram as estratégias do tempo, mas a fé em Jesus, porque Ele é a nossa rocha. O versículo 8 nos mostra a razão: Porque Ele não muda!

É verdade que “já não se fazem pastores como antigamente”, pois as Igrejas não são mais como antigamente. Sendo assim, aprendemos que os tempos mudam, as formas se alteram, as pessoas passam, mas o Senhor permanece o mesmo. A forma se altera, as pessoas passam, mas a essência se mantém.

O que une as gerações e promove

a passagem de bastão é a Rocha que não muda, Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ao compasso dos tempos, seja qual for o momento, o Senhor é a nossa Rocha, nossa fortaleza e fundamento. Ancorados nEle, permanecemos confiantes em Cristo, sem perder a relevância temporal, permitindo que as novas gerações sejam protagonistas do seu próprio tempo.

Motivo de oração : ore para que Deus coloque grandes referências de líderes em seu caminho, e que você consiga considerar o exemplo deles e imitar a fé.

Colocando em prática: valorize a trajetória dos seus antecessores e aprenda com eles a confiar em Jesus que guia e conduz a história. n

3 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23
BILHETE DE SOROCABA
Pr. Julio Oliveira Sanches
REFLEXÃO

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8).

Você alguma vez já parou para pensar em quantas pessoas ainda não ouviram sobre o Evangelho? Já ouviu informações sobre quantos povos ainda não conhecem a Jesus? Existem mais de 7.000 povos não alcançados, mais de 4 bilhões de pessoas que nunca ouviram falar de Cristo, muitas delas localizadas em países de difícil acesso onde missionários sofrem diariamente perseguições e enfrentam grandes restrições para anunciar o Reino de Deus.

Tá, mas qual é o meu papel diante desta situação? Como cristãos recebemos a missão de anunciar o Evangelho

O pecado da autossuficiência

e essa tarefa pode ser exercida de várias formas: ir, ofertar, orar e mobilizar. Muitas vezes, você pode não ter condições de ir até um país distante para ser missionário, pode não ter condições de ofertar financeiramente, mas você não só pode, como deve, orar e mobilizar pessoas para que a missão seja completada.

Para entendermos a importância de se alcançar vidas, precisamos refletir em quantos privilégios nós temos por viver em um país onde temos total liberdade para anunciar o evangelho. Imagine por um momento, e se fossemos proibidos de falar sobre Jesus?

E se vivêssemos sem ter a alegria de Cristo em nossa vida e não tivéssemos ninguém para nos mostrar essa alegria? É difícil até de pensar, não é? Nos colocando no lugar do outro, conseguimos entender um pouco de suas necessidades e de seus sentimentos. Pois bem, é assim que vivem muitas pessoas em nosso mundo.

Quando olhamos para além do nosso umbigo, temos uma dimensão do

“Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo” (Tg 4.15).

A Bíblia desencoraja a postura da autossuficiência e nos ensina que a conduta espiritualmente correta é aquela que reconhece o poder definitivo do Senhor Jesus: “Agora escutem, vocês que dizem “hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e ganhando muito dinheiro! Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina

sofrimento do próximo, temos uma noção das necessidades e anseios das pessoas. Por isso, te desafio hoje a não se contentar que apenas você e as pessoas que você conhece tenham a verdadeira alegria de Cristo, saiba que do outro lado do mundo existem almas que precisam receber a Vida Eterna e é sua responsabilidade garantir que isso aconteça, é seu dever incentivar as pessoas a amarem aqueles que ainda não possuem o verdadeiro

passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece. O que vocês deveriam dizer é isto - Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo. Porém, vocês são orgulhosos e vivem se gabando. Todo esse orgulho é mau. Portanto, comete pecado a pessoa que sabe fazer o bem e não faz” (Tg 4.15-16).

Nossa oração deve ser aquela que a Bíblia nos ensina: “Ó Senhor Deus, ensina-me a fazer a Tua vontade e guia-me por um caminho seguro” (Sl 27.11).

amor de Cristo.

Motivo de Oração:  ore para que Deus desperte a juventude para olhar além dos seus próprios interesses e amar as pessoas que nunca ouviram falar de Cristo.

Colocando em prática:  fomente missões em sua Igreja e juventude local, incentive as pessoas a participarem da obra missionária, seja através das ofertas, orações, mobilização ou até indo aos campos. n

Ryvando Barbosa

líder da Juventude da Primeira Igreja Batista em Campina Grande - PB; presidente da Juventude Batista da Paraíba

“Ele lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Ap 21.4).

Querido leitor, hoje gostaria de falar sobre a consolação. Trabalho na liderança de jovens desde o ano de 2005 e em todos esses anos o problema mais recorrente voltou-se às questões com o sofrimento.

Em algum momento da vida, todos nós precisamos ser consolados. Em situações difíceis, procuramos por paz e conforto, e há uma fonte de consolo

que nunca falha: Deus.

O livro de Apocalipse nos mostra um Deus que nos levará de volta para o nosso lar e que, com o cuidado de um Pai amoroso, enxugará dos nossos olhos toda lágrima. Já pensou poder ter um coração e uma vida sem o peso das feridas, cicatrizes e pecados? Pois é, isso se fará logo que retornarmos para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído, nossa casa, nosso lar celestial.

Haverá um dia em que o sofrimento terá um fim e o próprio Deus nos consolará. Mas, enquanto esse alívio definitivo não chega, podemos partilhar nossa dor com nossos irmãos. Isso nos traz refrigério ao mesmo tempo que nos proporciona esperança de que

o choro durará apenas uma noite.

Ser consolado é uma dádiva. Servir de consolo é um privilégio. Na Bíblia, o apóstolo Paulo escreve em II Coríntios

1.3-4: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que sentimos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações”. Essas palavras nos lembram que Deus é a fonte de toda consolação e que Ele nos consola para que possamos consolar os outros.

Quando consolados por Deus, somos, então, habilitados a consolar os outros. Lembre-se, querido leitor, de que você não está sozinho em suas

tribulações. Deus está sempre presente e é a fonte de toda consolação. E de que também temos uns aos outros para encontrarmos conforto em Deus. Que Deus te abençoe e te console hoje e sempre. Amém.

Motivo de oração: pare agora e ore para que Deus levante jovens em nossas Igrejas que estejam dispostos a ouvir e aconselhar outros jovens.

Colocando em prática: nós somos aqueles que podem confortar os que estão passando por dificuldades, oferecendo-lhes palavras de encorajamento e orando por eles. O desafio de hoje é para que você inicie uma conversa com alguém, a fim de que seja canal que proporciona paz e conforto a essa pessoa. n

4 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23
Gilberto Gil de Oliveira Junior membro da Segunda Igreja Batista em Piedade - SP; ex-presidente da Juventude Batista do Estado de São Paulo
Olavo Fe ijó
Despertando uma nova geração para o amor pelos povos não alcançados: no lugar do outro, enxergo meus privilégios e promovo a obra missionária
REFLEXÃO
Me leva pra casa: consolados para consolar
pastor & professor de Psicologia

JUVENTUDE BATISTA BRASILEIRA

Jovem também ora

Apesar de chamativo, o título deste texto não quer apelar pela defesa de uma geração, mas fazer uma constatação daquilo que temos experienciado enquanto Coordenadoria de Intercessão entre os jovens da nossa denominação no país. Nas últimas duas edições do Despertar, a conferência nacional da Juventude Batista Brasileira, tive o privilégio de liderar a equipe que se debruçaria em pensar, planejar e instalar uma sala de oração para servir aos congressistas durante todo o evento e além.

Elucidando para quem não teve a oportunidade de participar das últimas edições do Despertar - lamento muito, inclusive; foi um tempo muito precioso - a sala de oração funcionou durante toda a conferência, recebendo e incentivando os nossos jovens e adolescentes a terem um tempo de oração e entrega, os fazendo sensíveis ao que o Senhor queria falar-lhes nos momentos das celebrações, das jornadas de conteúdos e toda a programação. Nossa equipe de intercessão estava sempre à postos para orar com eles, se assim desejassem, ou para interceder por eles enquanto estavam em seus momentos a sós com Deus. Foram inúmeros os testemunhos dos que por ali passaram e se sentiram mais próximos de Deus, muitos outros nos confidenciaram o quanto se sentiram mais leves depois

de se derramar diante de Jesus ali na “salinha”, tanto que alguns voltavam -

Além da sala de oração momentos foram pensados a fim de incentivar a prática do falar com Deus. A Jornada de Oração meçou 30 dias antes do Despertar, e teve por objetivo a provocação de levar os nossos jovens a serem mais intencionais ao pedir ao Senhor para abrir-lhes os olhos e os corações desde antes dos dias que acontece riam a conferência, além dos pedidos corriqueiros de viagem, organização e equipe, por exemplo. Da mesma forma, tivemos momentos de oração antes de cada Celebração, instantes de imersão para o que estava por vir, porque entendemos a necessidade de nos prepararmos espiritualmente antes de entrarmos em Culto diante do Senhor. É muito evidente, pelo menos para nós da Coordenadoria, o quanto esses atos contínuos de oração nos sustentaram durante todo o processo de planejamento e realização do Despertar. Nós estávamos cada vez mais atentos e aptos a discernir os direcionamentos de Deus dentro daquilo que pensamos para nossa juventude naqueles dias porque nos propomos a colocar tudo diante do Senhor, a todo momento, em cada detalhe e a cada decisão.

Por vezes, até nos sentimos como Jacó, agarrado com Deus e

clamando por sua bênção, todas as vezes que suplicamos ao Senhor por direcionamentos. “Senhor, não de a planejar esse negócio todo de acordo com a tua vontade, não de acordo com a nossa. Em nome ção mais recorrente. Simples, mas eficaz. E ele respondeu. Em cada detalhe, em cada situação que saia do nosso controle para que olhassem em outra direção, a direção de Deus, a cada testemunho de como as coisas foram se encaixando e das resolutivas rápidas. Em tudo o Senhor nos amparou, porque Ele ouviu nosso clamor.

E nós clamamos e temos ainda clamado em favor da nossa juventude para este tempo. A sala de oraç ão expandiu e se espalhou por todo o Brasil, com cada jovem que levou um pedacinho daquele lugar consigo para casa, em cada jovem que foi provocado e incentivado a manter uma vida de oração diária com Deus. Nós continuaremos intercedendo por cada um e termos a certeza que eles também continuarão a clamar ao Senhor, pois grandes coisas Ele fará entre nós e através de nós, como foi outrora e como será de novo.  n

5 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23 REFLEXÃO

Vivificados para gerar vida

“[…] Agora faço novas todas as coisas!” (Ap 21.4,5 NTLH)

Como, onde e quando, Aquele que faz novas todas as coisas, fez de você uma nova criatura? Comigo foi em uma gloriosa noite de domingo, quando alguém usado por Deus ministrou ao meu coração a partir de João 3.16. Naquela noite, à medida em que aquele homem de Deus ministrava, o Espírito Santo abria uma clareira na mata escura da minha alma e me fazia enxergar que eu era um pecador perdido, carente de Jesus. Desde aquela noite, o Senhor baniu a desesperança e a incer-

teza do meu coração. Plantou no meu peito a certeza de curtir a eternidade com Ele na glória celestial e, especialmente, fez de mim um instrumento, que Ele mesmo tem usado para gerar outras vidas.

Além da certeza de que fomos vivificados para gerar vidas, o Senhor nos deu uma esperança bendita: Aquele que faz novas todas as coisas, já no aqui e agora, muito mais o fará no lá e no depois.

No aqui e no agora, apesar dos muitos que experimentam a alegria do novo nascimento, dos que apreciam a gloriosa e invisível presença do Senhor, dos que dão brados de alegria, prevalece o envelhecimento, os desencontros, as frustrações, as dores, as tristezas e a morte. Muita morte.

No lá e no depois, entretanto, ouviremos: “Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor. As coisas velhas já passaram” (Apocalipse 21.4b NTLH). Mais ainda: “Aquele que estava sentado no trono disse: - “Agora faço novas todas as coisas!” (Ap 21.5 NTLH). No lá e no depois, Ele nos dará novos corpos: “[…] ele transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso” (Fp 3.21 NVI). Ele nos dará novos nomes (Apocalipse 2.17), e entoaremos novos cânticos (Apocalipse 5.9).

Além da certeza de que fomos vivificados para gerar vidas e da esperança bendita de viver com o Senhor na eternidade, Ele nos apresenta um desafio: Aquele que faz novas todas

as coisas, que fez de nós novas pessoas, nos convida a amá-lo, adorá-lo e servi-lo, de tal modo que outros sejam contagiados e, por consequência, o Gerador de vidas gere novas vidas.

O nosso desafio é sermos de verdade o que Ele nos fez: novas pessoas (II Coríntios 5.17) e sal da terra e luz do mundo (Mateus 5.13-16).

Que a luz, que eu e você somos, sempre brilhe. Que eu e você sejamos instrumentos vivificados nas mãos do Senhor, para que Ele gere novas vidas.

Motivo de Oração: peça ao Senhor nomes de amigos, aos quais você deve compartilhar o Evangelho ou contar sua experiência de conversão.

Colocando em prática: envie um áudio ou texto para um amigo, contando a sua experiência de conversão. n

Curados para curar: o mais importante é o que importa

Jônatas Castro

líder da juventude da Igreja Batista

Redenção - GO; coordenador Estratégico da Juventude Batista do Estado de Goiás

Texto inspirativo: Apocalipse 21.4a; João 11.25-26

Você vai assistir à reprise de um jogo do seu time e sabe que ele ganhou aquele jogo pelo placar de 3×0. Qual é o sentimento? É o mesmo sentimento de assistir ao vivo sem saber qual será o placar final? Com certeza, assistir ao jogo ao vivo lhe causará muitas emoções fortes, ao passo que, assistir à reprise do jogo não lhe trará tantas emoções porque você já sabe que seu time ganhou aquela partida. Por isso, conhecer o resultado antecipadamente faz toda a diferença no seu comportamento.

Em João 11.25-26, Jesus diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente”. Jesus nos garante que o resultado da vida que vivemos já está definido. Jesus já venceu a morte e nos garante que, no final, aqueles que creem nEle também vencerão a morte e viverão eternamente com Ele em um lugar perfeito.

Assim, que diferença faz a carreira profissional que seguimos, os nossos salários, patrimônio ou a graduação que fizemos? De que importa os cargos que ocupamos, a roupa que vestimos, o carro que andamos, onde moramos ou o que cada um de nós faz nas férias? O resultado já está escrito. Tudo isso ficará aqui e viveremos

eternamente com Cristo em um lugar perfeito. Essa certeza faz toda a diferença na maneira como encaramos essa vida e seus desafios.

Ao entender isso percebemos que nada pode ser ruim demais nem bom demais, afinal, tudo passará. As únicas duas coisas que realmente importam são: que precisamos seguir os passos de Jesus para alcançar a vida eterna e que precisamos fazer o maior número possível de pessoas entenderem isso também. Além disso, não há mais nada que faça sentido nessa vida. Pode ser que eu não leve minha filha em um vestido branco até o altar, ou ela não complete uma graduação, ou não me dê netos, mas se ela seguir Jesus, nós dois viveremos eternamente com Cristo. O significado das coisas terrenas,

boas ou ruins, diminuem consideravelmente quando entendemos a realidade da eternidade com Cristo.

Lembre-se que há milhões de vidas que precisam ouvir falar de Jesus e que não há nada mais importante em que você possa investir seus dias do que fazer a vontade de Deus, viver em santidade e dedicar-se a fazer com que o maior número possível de pessoas conheça a Jesus e alcance a vida eterna com Cristo em um lugar perfeito, sem lágrimas, sem pranto e sem dor.

Motivo de oração: ore pelas pessoas que vivem sob estresse, inclusive você.

Colocando em prática: separe um momento para esquecer o trabalho ou a faculdade e apenas falar de Jesus para alguém que você ama muito.

6 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23 REFLEXÃO
Bartolomeu de Almeida pastor da Igreja Batista Palavra da Vida em Boa Vista - RR
n

Ação Jesus Transforma: uma experiência extraordinária

Vivian Gil

membro da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ; voluntária nas Ações Jesus Transforma

Olá, meu nome é Vivian Gil e sou membro da Primeira Igreja Batista de Campo Grande, no Rio de Janeiro. Durante os dias 01 e 17 de julho, tive o privilégio de participar como voluntária da Ação Jesus Transforma Cariri II, no Ceará, mas confesso que fui duplamente privilegiada, porque servi, na primeira semana, na equipe da cidade de Farias Brito e, na semana seguinte, troquei de equipe participando da Ação Jesus Transforma Crianças em Juazeiro do norte, também no Ceará. Durante a semana que passei em Farias Brito, pude compartilhar do

amor de Deus com muitas crianças e adultos. Minha dupla, Suzana, e eu abordávamos prioritariamente as crianças e depois as convidávamos para continuar estudando a Palavra de Deus durante toda aquela semana. Contávamos histórias da vida de Jesus e ensinávamos versículos bíblicos para que elas memorizassem e guardassem em seus corações. Meu coração se enchia de alegria ao vê-las recitando o versículo no dia seguinte! Foi uma semana muito intensa. Caminhávamos sob um sol de 35 ºC, com todo os recursos e até cadeiras, buscando aqueles que queriam ouvir a Palavra. À noite, realizávamos cultos nos lares.

Minha jornada não acabou por aí. Segui, então, para Juazeiro do Norte, onde o trabalho foi especificamente di-

recionado à evangelização de crianças. Nossa equipe, de 20 pessoas, batia de casa em casa formando pequenos grupos infantis e realizava encontros todas as tardes na Igreja. Até oficina de pipas com as cores do plano de salvação aconteceu! Foi uma estratégia para atrair os meninos que não queriam nos ouvir.

Nesse tempo, muitas crianças foram alcançadas, reconheceram que eram pecadoras e pediram para Jesus entrar em seus coraçõezinhos, mas também lamento por muitas que foram impedidas por seus pais de ouviram o plano de salvação. Por essas crianças eu choro, mas me alegro muito em dizer que o resultado dessa semana foi o nascimento de pelo menos 5 PGM’s, e um deles eu tive o privilégio de poder

iniciar.

Um momento que não vou esquecer jamais foi quando uma criança chamada Miguel escreveu em seu livrinho de discipulado, na lacuna onde ele precisava especificar quando ele aceitou Jesus e quem havia pregado. Sem precisar pensar muito, ele escreveu: “foi ontem, quando a tia Vivian falou comigo”.

Quando me inscrevi para essa viagem missionária, orei pedindo a Deus para me usar para abençoar vidas com a Palavra de salvação, mas confesso que as experiências que vivi nesses dias contribuíram de forma significativa para o meu crescimento cristão. Aconselho todos a se permitirem experimentar essa extraordinária experiência! n

7 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23
MISSÕES NACIONAIS

Embaixadores do Rei de Belford Roxo - RJ participam de congresso no Sítio do Sossego

Meninos de 12 Embaixadas participaram da 39ª edição do congresso.

Edmílson Costa da Silva pastor, conselheiro de Embaixadores do Rei

Victor Venancio

conselheiro de Embaixadores do Rei

O Departamento Associacional de Embaixadores do Rei Belforroxense, da cidade de Belford Roxo, no estado do Rio de Janeiro (DAERB) realizou, de 03 a 06 de agosto, o 39° Congresso de Embaixadores do Rei Belforroxense (CONERB), no Sítio do Sossego, em Casimiro de Abreu - RJ.

Com o tema “Atendendo ao Chamado”, ouvimos o Senhor chamar a cada um de nós, através das mensagens, louvores e momentos espirituais, para coisas maiores que podemos viver com Ele e em favor dEle.

Tivemos 12 Embaixadas participantes, e a vencedora deste ano foi a Embaixada Paulo Roberto Tederixe, da Primeira

Igreja Batista em Bairro das Graças - RJ.

Além das competições bíblicas e esportivas, os Embaixadores tiveram os cultos nos núcleos e cabines, e os valentes, acampados na mata, na orientação dos conselheiros pastores José Higino e Moisés Carvalho.

A tenda de oração, liderada pelos pastores Oswaldo Faustino e Edmílson

Costa, com a presença do pastor argentino Ariel Negri, foi a oportunidade de mantermos o evento com oração, do início ao fim. Na manhã da decisão, tivemos a mensagem com o pastor Fábio, da Igreja Batista Lírios dos Vales, em Engenheiro Pedreira - RJ.

Tivemos a oportunidade de visitar o lindo e importante Museu dos Embai xadores do Rei, sendo recebidos com muito carinho pelo curador do museu, o pastor Milton.

Agradecemos a Deus, à Diretoria do DAERB, a cada conselheiro de cada em-

baixada participante e a cada família de Embaixador por permitir seu menino a viver esses dias intensos na presença de Deus. Louvamos a Deus por tudo que Ele nos proporcionou nos dias de Congresso. Ao nosso Rei, Jesus Cristo, seja toda honra e toda glória! n

Primeira Igreja Batista em Mongaguá - SP celebra 41° aniversário

Culto aconteceu em fevereiro deste ano.

Donizetti Dominiquini

pastor da Primeira Igreja Batista em Mongaguá - SP

A noite de 11 de fevereiro de 2023 foi um tempo de festividade, em celebração ao aniversário de 41 anos da Primeira Igreja Batista em Mongaguá, no Litoral Sul do estado de São Paulo. Culto teve diversas Igrejas participantes, momentos de inspiração musical, de exposição bíblica, história da fundação da PIB Mongaguá - SP, com relatório de início no Projeto Adensamento e organização, em 13 de fevereiro de 1982. No princípio, A Primeira Igreja Batista de São Vicente, também no Litoral Sul do estado, assumiu a maternidade da nova filha.

O brilhantismo da noite festiva foi a exposição sobre as implicações através do milagre da ressurreição do filho

de uma viúva no vilarejo de Naim, no texto bíblico de Lucas capítulo 7.11-17, pelo pastor Sidnei Franco de Azevedo, da Igreja Batista em Vila Gerti, na cida de de São Caetano do Sul - SP.

safios para o crescimento quantitativo sem perder esforços para o qualitativo.

Queremos ser diferença na cidade da Estância Balneária de Mongaguá - SP. Desenvolvemos projetos através da Rádio Mongaguá 92.5 FM, a oficial da cidade; o projeto Criar, com oito cursos gratuitos de Artesanato. Aplicamos e apoiamos nossas organizações internas: Mulher Cristã em Missão (MCM),

Evangelismo, Eventos e Ministérios.

Até aqui o Senhor é o nosso Provedor. “...Até aqui nos ajudou o Senhor” (I Sm 7.14).

Deus abençoe!

Estamos à rua Antônio Cordeiro Mendes, 213, Vl. Aréns, Centro, Lado Morro n

8 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Departamento de Embaixadores do Rei Belforroxense no Sítio do Sossego Embaixadores do Rei participaram de diversas atividades durante o Congresso Celebração de aniversário da Primeira Igreja Batista em Mongaguá - SP

Convenção Batista do Planalto Central capacita professores de Escola Bíblica Dominical

Treinamento, realizado pela primeira vez, recebeu cerca de 80 participantes.

Comunicação da Convenção Batista do Planalto Central

No dia 05 de agosto tivemos nosso 1º treinamento para professores de Escola Bíblica Dominical (EBD), promovido pela Convenção Batista do Planalto Central (CBPC). na Primeira Igreja Batista do Recanto da Emas - DF. Os participantes receberam uma apostila com todo conteúdo, que também contou com uma parte prática. Cerca de 80 pessoas estiveram na programação.

O treinamento, que aconteceu no período da manhã e à tarde, foi ministrado pelo pastor Kleiber, que também é pedagogo, professor e mestre em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Unimontes. Suas palavras enriqueceram e inspiraram os participantes.

Além disso, a presença calorosa de participantes de diferentes lugares trouxe uma energia única e reforçou a importância da EBD em nossas vidas. A programação impulsionou os inscritos a buscarem mais e compreenderem o verdadeiro valor da Escola Bíblica Dominical. Um dia memorável.

O pastor Luís Claudio Pessanha, diretor executivo da Convenção Batista do Planalto Central, comentou

a realização do 1° treinamento para professores de EBD da CBPC. “Tempo de aprendizado e crescimento! Louvo a Deus pela vida do pastor Kleiber, que ministrou este treinamento! Avante,

Primeira Igreja

Igreja”, escreveu em suas redes sociais.

Fique atento às redes sociais da Convenção Batista do Planalto Central (CBPC) para não perder os próximos

encontros. Facebook : www.facebook.com/ cbpcoficial

Instagram: www.instagram.com/ cbpcoficial n

Batista de União dos

Palmares - AL comemora 102° aniversário

Igreja foi organizada em agosto de 1921.

Raimundo Gomes

jornalista

A Primeira Igreja Batista em União dos Palmares - AL celebrou 102 anos de existência, no dia 07 de agosto, ouvindo uma das mais belas histórias descritas na Bíblia por um médico (Lucas): O milagre da cura de um homem coxo. A reflexão foi ministrada pelo pastor Carlos Ruben, presidente da Convenção Batista Alagoana (CBAL).

O homem desse milagre era aleijado desde o nascimento (Atos 3.1-11). Ele pedia esmolas na porta do templo. Mas sua vida mudou completamente numa tarde em que Pedro e João passaram por aquele local, acontecimento que o pastor transformou em um tema apontando para a missão de proclamar as boas novas de salvação.

“Os apóstolos estavam indo para um ato religioso. Na porta do templo, o homem aleijado pedia ajuda financeira. Pedro mandou que o mendigo olhasse

para eles e disse-lhe: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (Atos 3.6), relatou o pastor.

O presidente da CBAL disse que já ouviu muitas pessoas dizerem: ‘não olhe para mim, olhe para Jesus’, ou, ainda, ‘não olhe para a Igreja, olhe para Jesus’. Para ele, porém, “quando a missão é proclamar as Boas Novas

de salvação, precisamos estar aptos a dizer: ‘olhe para mim’, ‘olhe para nós’” (Gálatas 2.20).

O desejo do pastor é que todos conheçam e vejam Jesus através de sua vida. Lembrou que, com a cura e a mensagem de Pedro, muitos creram em Cristo (Atos 4.4). “Precisamos ver às pessoas à nossa margem, termos um relacionamento íntimo, pessoal, contínuo e real com Cristo - e estarmos juntos a Ele

fazendo Sua vontade”, concluiu. A PIB em União dos Palmares - AL foi organizada no dia 07 de agosto de 1921, com 29 membros, chegando a 41 no final daquele ano. Seu primeiro pastor foi Eloy Correia de Oliveira, que ficou no cargo até maio de 1924. Muitos outros pastores deram sua contribuição à igreja, o último foi Edson Gomes da Costa, que saiu recentemente. Por Raimundo Gomes n

9 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Programação impulsionou os inscritos a buscarem mais e compreenderem o verdadeiro valor da Escola Bíblica Dominical Participantes receberam treinamento teórico e prático Culto em comemoração ao 102° aniversário da Primeira Igreja Batista de União dos Palmares - AL

Promover missões é falar do amor de Deus, é contar sobre a nossa origem e todas as coisas criadas, mesmos com limitações. Ainda assim, temos muitas informações valorosas para compartilhar.

João 3.16 é, com certeza, o versícu lo do amor de Deus pela humanidade. Por isso, é nossa responsabilidade promover essa Verdade.

Quero parabenizar os amados promotores de Missões de todas as campanhas e, em especial, quero agradecer ao Pastor Otílio, promotor de Missões do estado de Minas Gerais, pelo trabalho árduo de muitos anos nessa missão, sempre bem acompa nhado por sua digníssima esposa e amigos de ministério.

Colaborei com ele durante o Acam pamento de Promotores de Missões em Minas Gerais, onde tive a responsa bilidade de ministrar para as crianças, nossos promotores mirins. Foram dias alegres, onde os pequeninos foram mi nistrados sobre o poder de Deus, nature za, doença, morte e provisão. Foi bênção ter a oportunidade de motivar as crian ças a contarem as histórias aprendidas e promover a missão de levar o amor de Deus para seus amigos e familiares.

Ainda na promoção missionária, seguindo o exemplo de Paulo, “me fa zendo de tudo para ganhar a todos” (risos), recepcionei atletas latinos vin dos do Uruguai, Peru e México e os ajudei a se deslocarem até Governador Valadares - MG, onde aconteceu o I Torneio de Pickleball da América La tina. Vários países participaram. Que privilégio investir tempo com vários deles, onde pude ministrar do amor de Deus em muitos momentos, a começar pela ação de servi-los como guia.

Tivemos atletas de vários estados do Brasil, de associações novas, mas com uma boa expressão atlética. Fi quei em terceiro lugar, na categoria dupla masculina 50+, mais tranquila dentro das minhas limitações de recu peração de saúde. Tivemos também categoria infantil, para crianças de 10 anos de idade. Os jogos aconteceram na sede nacional da Associação Bra sileira de pickleball, da qual sou o ca pelão Esportivo.

Tivemos as presenças do presiden te da Federação Mundial de Pickleball, que ministrou um workshop para pro fessores da modalidade. Participei e sou mais um capacitado na área para ministrar internacionalmente. Glória a Deus. Compartilharemos mais no próximo mês.

Promovendo Missões com arte e esporte - Parte I

10 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23 ARTE & CULTURA NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
n
Arte e Cultura CBB
WhatsApp: +55 31 9530-5870

Tornou-se crônica, não é mais novidade, mas infelizmente a guerra continua. Já nos acostumamos com as notícias sobre os ataques da Rússia destruindo prédios, matando civis e soldados.

As imagens das cidades destruídas parecem que já não chocam como há um ano. Novas desgraças, atrocidades estão surgindo em outros locais e ocupam as manchetes dos noticiários. Mas a guerra continua.

Os Batistas brasileiros, através da Junta de Missões Mundiais (JMM), contam com sete famílias missionárias na Ucrânia. Deus tem cuidado de todos, nada tem faltado e todos estão trabalhando intensamente para ajudar aqueles que perderam suas casas, parentes, amigos e emprego. Louvado seja Deus! Os missionários não estão apenas entregando água e alimentos, estão levando uma palavra de conforto e esperança, o sofrimento é grande. Não é apenas fome e sede, mas é uma tristeza muito grande com tudo o que está acontecendo.

Não poderíamos imaginar um acontecimento como esse em pleno século 21. Infelizmente, no início de junho deste ano, a usina hidroelétrica de Kakhovaka, na região de Kherson - Ucrânia, foi alvo do ataque russo e a barragem foi danificada, causando um grande vazamento de água que inundou a região por onde ela escoou. A população foi evacuada rapidamente, mas faltou alimentos e principalmente água potável.

Por outro lado, vemos tanta bondade no coração daqueles que desejam ajudar, aliviar o sofrimento daquele povo. De uma maneira prática e rápida, a UEBE (União Evangélica Batistas da Espanha) junto com a JMM através dos nossos missionários que estão na Ucrânia, levaram alimentos e água

A guerra continua

potável até a cidade de Kherson e Mykolaiv. Motivo de muita gratidão por todos os envolvidos nessa operação para aliviar o sofrimento dos moradores naquela região.

As fotos são da campanha para ajudar com água e alimentos não perecíveis que conseguimos comprar dentro da Ucrânia e transportar até aquela região.

Você também pode ajudar nossos missionários que estão na Ucrânia

Primeiro, orando por eles para que suas forças sejam renovadas a cada novo dia. Eles estão na linha de frente socorrendo as vítimas da guerra, a pressão que estão passando é enorme. Vamos nos unir em oração pelo fim da guerra. Em segundo lugar, ofertar para atuarmos com outras ações naquele país, há muitas necessidades. Juntos podemos fazer muito mais. n

11 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23 MISSÕES MUNDIAIS

Associação dos Diáconos Batistas do Brasil realiza 11º Congresso no Planalto Central

Diáconos do Planalto Central também reorganizaram sua Associação local.

Saulo Pimentel Wulhynek, diácono, secretário da Associação dos Diáconos Batistas do Planalto Central, membro da Primeira Igreja Batista no Cruzeiro Novo - DF

Nos dias 11 e 12 agosto aconteceu o 11° Congresso da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB), com o tema “Avançando no conhecimento do diaconato”. O evento foi realizado nas dependências da Primeira Igreja Batista no Sudoeste, recém organizada, em Brasília - DF, e foi conduzido pelo seu presidente, o diácono Jorge Carlos Alves de Souza.

Na ocasião, diversas Associações e Ordens estaduais se fizeram representar, dentre elas a Associação dos Diáconos Batistas de Pernambuco (ADBPE), a Ordem dos Diáconos Batistas do Estado de São Paulo (ODBESP), a Associação dos Diáconos Batistas Carioca (ADBC), a Associação dos Diáconos Batistas Sul Maranhense (ADBASMA), a Associação dos Diáconos Batistas do Campo Baiano (ADBCB), a Associação dos Diáconos Batistas da Paraíba (ADBPB), a Associação dos Diáconos Batistas do Mato Grosso do Sul (ADBMS) além de vários diáconos das Igre-

Diretoria eleita da ADBPC, da esquerda para a direita: dc. Isaías, tesoureiro; pr. Benilton, conselheiro; dc. Saulo, secretário, dsa. Maria José, vice-presidente e dsa. Rosimar, presidente

jas da Convenção Batista do Planalto Central (CBPC). O evento também foi acompanhado de forma online por diáconos de todo o país.

O orador oficial do congresso foi o pastor Benilton Custódio da Silva Filho, presidente da CBPC, que trouxe a mensagem bíblica nos cultos de abertura e de encerramento. Ele Benilton ressaltou o contexto da criação do serviço diaconal na Bíblia, a sua importância, bem como trouxe uma palavra de encorajamento aos diáconos brasileiros.

Durante todo o sábado, dia 12, seguiu-se um ciclo de palestras ministradas pelos convidados: pastor Eli Bento Corrêa, escritor de diversos livros e

palestrante do tema há mais de dez anos; diácono Jorge Souza, presidente da ADBB, e a diaconisa Ildegard Herr, coordenadora da região Centro-Oeste da ADBB. Foram tratados diversos temas vitais ao correto entendimento do papel do diácono na Igreja em apoio a ministério pastoral, tais como necessidade, qualificações e tarefas de um diácono, relacionamento do ministério diaconal com o ministério pastoral, dificuldades encontradas pelos diáconos no desempenho de suas funções ministeriais e ética diaconal.

Coroando a atividade, a Associação dos Diáconos Batistas do Planalto Central (ADBPC) foi reorganizada, sendo

eleita sua diretoria composta pelos seguintes irmãos: presidente: Rosimar Siqueira da Silva Wulhynek; vice-presidente: Maria José de Brito Silva; secretário: Saulo Pimentel Wulhynek; tesoureiro: Isaías Alves dos Santos; e conselheiro: pastor Benilton Custódio da Silva Filho. A Diretoria foi empossada no culto de encerramento do Congresso. Em seu discurso de posse, a presidente reconheceu a envergadura da empreitada, citou Josué 1.9 expressando a certeza de que Deus irá fortalecer a ADBPC para “ser instrumento de Deus para abençoar o ministério de cada pastor na região” do Planalto Central. n

Convenção Batista de Rondônia promove sua 28ª Assembleia

Diretoria para o biênio 2023-2025 foi eleita.

Convenção Batista de Rondônia

A cidade de Vilhena - RO e mais especificamente a Primeira Igreja Batista de Vilhena – RO, recebeu os Batistas do estado para a realização da 28ª Assembleia, realizada de 07 a 09 de julho. O tema escolhido para 2023 foi “Estou pronto para colheita”, mesmo tema de Missões Estaduais, e o preletor oficial foi o pastor Walmir Andrade, da Segunda Igreja Batista em Palmas - TO.

No primeiro dia da 28ª Assembleia da Cobaro, a programação teve a sua Abertura, com a primeira sessão, composição da mesa e uma palavra do preletor, pastor Walmir Andrade.

O segundo dia, no sábado, pela manhã, foi o período para os mensageiros acompanharem a prestação de contas do ano de 2022. Os gestores atualizaram os Batistas de Rondônia quanto a parte administrativa e organizacional (gestor Administrativo) e quanto ao campo missionário (gestor de Campo e Missões).

E, para finalizar, o preletor trouxe mais uma palavra de Deus aos participantes. te, aconteceu o Culto Missionário, com os testemunhos dos missionários do campo rondoniense, e o pregador desta noite especial foi o pastor William Ribeiro, líder da Igreja anfitriã desta Assembleia!

Louvamos a Deus por mais um Culto Missionário!

E por fim, no domingo, último dia, aconteceu a Eleição e Posse da Dire-

toria Estatutária da Convenção Batis ta do Estado de Rondônia. Rogamos a Deus que abençoe e direcione os passos destes irmãos que se disponibilizaram a servir ao Senhor nesta convenção.

Veja como ficou a nova Diretoria para o biênio 2023-2025:

Presidente: pastor Sérgio Cardoso (Primeira Igreja Batista de Ji-Paraná);

Primeiro vice-presidente: pastor Aild Almeida (Igreja Batista Central de

: pastor Ezequias Vernech (Primeira Igreja Batista em Teixerópolis);

Primeira secretária: Vilma Barreto (Igreja Batista Cristo Rei em São Miguel do Guaporé);

Segunda secretária: Adalgisa Nascimento (Primeira Igreja Batista em Ouro Preto do Oeste);

Terceiro secretário: Eder de Souza (Primeira Igreja Batista de Ji-Paraná). n

12 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23 NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
Rosimar Siqueira da Silva, presidente da ADBPC, após a posse Jorge Souza, presidente da ADBB Pr. Walmir Andrade, preletor oficial da Assembleia Diretoria da Cobaro para o biênio 2023-2025, com gestores da Convenção

Vinicius Vargas

pastor, conselheiro Emérito da Juventude Batista Brasileira, doutor em Teologia e professor na Faculdade Cidade Viva

Um dos capítulos dos Evangelhos que acho mais interessantes é o último. O capítulo 21 de João conta que Pedro e vários outros discípulos vão ao mar pescar. E a despeito de sua experiência na pesca, naquela noite eles não conseguem nada. De manhã,

Um chamado para seguir Jesus de novo

se encontram com Jesus. Talvez, a última pessoa que Pedro esperaria encontrar.

Em João 13, vemos Pedro atrapalhado na cerimônia de lavar os pés, depois ele corta a orelha do soldado no bosque, nega Jesus três vezes na frente do Sinédrio e não testemunha a crucificação. Um fracasso total na vida de fé! Tudo piora quando resolve retomar a velha vida do mar e mais um fracasso! Nada de peixes. Para co-

roar sua derrota, dá de cara com Jesus perguntando se tinha peixes, logo Ele que estava assando peixe na praia… Não deu certo a volta à pesca. Àquela altura, Pedro deveria estar se sentindo o pior de todos. Aí vem Jesus e diz que quando o Mestre mandar, Pedro pesca. Jesus tinha dito isso em João 15: “Sem mim, vocês não conseguem fazer nada!”

Pedro só tem que reafirmar seu amor a Jesus. O Mestre reafirma o

Seu chamado de alguns anos antes:

“Se você me seguir, eu te faço pescador de homens”. Era a mesma praia, o mesmo fim de pesca, o mesmo Jesus, o mesmo Pedro, o mesmo chamado. Mas era tudo novo! Jesus glorificado e ressurreto, um Pedro transformado e um chamado único: “Siga-me e eu faço tudo novo de novo!

Motivo de Oração: orar para que a gente não esqueça quem nos chamou e que missão Ele nos deu. n

Firmados no Único capaz de gerar o novo

“E Aquele que está assentado no trono afirmou” (Ap 21.5).

O capítulo 21 de Apocalipse, dos versículos 1-8, fala da origem e natureza da Nova Jerusalém. E inicia com o testemunho de João, de que ele viu um novo céu e uma nova terra. E assim como a noiva se embeleza para o seu marido, Deus fará o mesmo com esta cidade para os Seus amados. Tudo que vemos de lindo nesse mundo, como montanhas, cachoeiras, árvores lindas, nuvens, neve, pôr do sol, são criação de Deus - imagine quão lindo será a cidade construída pelo Criador Divino!

Uma cidade onde mentiras não serão pronunciadas, que nenhuma palavra suja será dita, figuras imundas não serão vistas, nenhuma corrupção jamais manifesta (Ezequiel 37.23), lugar onde habitará a justiça (II Pedro 3.13), lugar onde aqueles que foram vestidos com as vestes da salvação

receberam o manto da justiça, santos cujas vidas são novas pela obra de sua atividade renovadora poderão habitar (Isaías 61.10). Nada de clamor, lágrimas, dor, pranto e morte (Isaías 65.19). A Bíblia nos dá a certeza de que virá o dia que, pela Graça de Deus, essas coisas não existirão mais, não serão lembradas e jamais virão à mente (Isaías 65.17)! O Soberano Senhor enxugará as lágrimas de todo o rosto (Isaías 25.8).

Deus é capaz de fazer novas todas as coisas. E quão prazeroso é lembrar de que esse é o nosso Deus e estamos firmados nEle. Suas palavras são verdadeiras e nelas podemos pôr toda a confiança. Ele pode tomar um homem e recriá-lo, Ele é o Deus que nos fez nova criatura (II Coríntios 5.17), estávamos manchados com o pecado, mas com um toque de Seu dedo ficamos mais claros que o sol.

Rios de lágrimas, montanhas de ofertas, mares de sangue e colinas de incenso não serviriam para a remoção de nosso pecado; mas Jesus foi morto por nós. E a Bíblia trata de uma maneira clara, abundante e decisiva esta glo-

riosa verdade, de que Jesus Cristo, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, venceu a morte e ressuscitou. Porque Jesus Cristo vive, podemos crer no amanhã; porque Jesus Cristo vive, a morte não tem a última palavra; porque Jesus Cristo ressuscitou, nós temos esperança e garantia da vida eterna e é nEle que estamos firmados, no Único capaz de gerar o novo.

Paulo, escrevendo aos Coríntios, chegou a dizer o seguinte: se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, nós somos os mais infelizes de todos os homens. Você pode ter dinheiro, você pode ter saúde, você pode ter sucesso, você pode ter fama, beleza física, você pode ter o mundo aos seus pés, mas a vida é curta. Todos vamos ter que um dia comparecer diante de Deus, e se todas as suas esperanças se limitarem apenas a esta vida, a sua esperança é vazia, a sua esperança não dá segurança para você.

Mas se você confiou em Jesus, se você crê no filho de Deus, então você tem uma viva Esperança, então você vai perceber que tem algo muito bom pela frente, por maior que seja sua luta

aqui, por mais dura que sejam as suas provas aqui, você tem a certeza de que você está nas mãos do Deus vivo. Quer quebrado ou inteiro, você continua nas mãos dEle. Nos piores ou melhores dias, a mão dEle continua estendida sobre você. Nas crises mais difíceis que você já viveu, Ele sempre esteve contigo. Essa é uma certeza inabalável que nada pode destruir.

“Quando o vendaval chegar, ai da árvore que não tiver sugado a seiva fresca e se prendido à rocha com muitas raízes entrelaçadas. Quando surgem as tempestades, ai do marinheiro que não tiver reforçado o mastro, lançado a âncora e nem procurado refúgio. Que nosso coração faça de Jesus a sua âncora, leme, farol, barco salva-vidas, seu ancoradouro” (Spurgeon). Que nossas vidas possam ser impactadas de tal forma com essa verdade que possamos nos levantar para impactar a nossa geração, levando a estarem também firmados nAquele que renova, transforma e muda.

Motivo de Oração : orar para que nossa confiança em Cristo aumente cada dia mais.

13 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23 PONTO DE VISTA
n

Cartas do amor de Deus (1)

“Pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda amamenta, a ponto de não se compadecer do filho do seu ventre? Mas ainda que ela se esquecesse, eu não me esquecerei de ti” (Is 49.15).

Filho, filha, quero dizer a vocês que os amo com um amor maior do que o de mãe. E não há entre os seres humanos um amor maior do que o de uma mãe que gera, amamenta e educa o seu filho, sendo capaz de dar a vida por ele. Mas o meu amor supera a todos. Não há paralelo com o meu amor. Ele é incondicional, incomparável e insubstituível. O meu amor é tão magnifico que criei vocês à minha imagem e conforme a minha semelhança (Gênesis 1.26,27). Criei a natureza para a minha glória e o be-

nefício de vocês. Dei a vocês o privilégio e a responsabilidade de serem os administradores ou ecônomos de toda a natureza.

Apesar da desobediência de vocês, de terem errado feio o alvo que determinei, de escolherem pecar, de entrarem por um caminho de rebelião, o meu amor é um amor espiritual e eterno, que perdoa ao que confessa, que reconhece suas mazelas. Por amar vocês, enviei o meu Filho Jesus Cristo para morrer numa cruz, para substituir vocês lá. Eu provo o meu amor por vocês na morte do meu único Filho (Romanos 5.8). Ele se tornou pecado por vocês, satisfez plenamente a minha justiça, vertendo o Seu sangue, sofrendo sobremaneira, e morreu numa cruz, lugar de condenados.

A minha carta é uma declaração de amor que busca o perdido e o salva graciosamente. Por meio do meu Filho

Jesus Cristo eu vim buscar e salvar o perdido (Lucas 19.10). É a minha graça que atrai o pecador para, no seu velho homem, ser crucificado e morto. Depois dessa experiência de crucificação e morte com Cristo, vem a ressurreição com Ele em novidade de vida (Romanos 6.1-11; 2 Coríntios 5.17).

O meu amor por vocês é sublime, poderoso e transformador. É o amor sofredor, que espera e suporta. Ele jamais acaba (1 Coríntios 13). O meu amor é um atributo moral. Ele é imenso, um mar incompreensivelmente vasto, profundo, e sem praia, perante o qual vocês devem se ajoelhar em jubiloso silêncio, e do qual a mais sublime eloquência se retrai, confusa e envergonhada (A. W. Tozer).

O meu amor é poeticamente colocado por Gerhard Tersteegen: “Tu, escondido amor de Deus, tão alto,

Tão fundo e insondável ao meu avanço, Vejo longe a Tua luz e em sobressalto, Ardo no íntimo por Teu descanso. Meu coração dorido está. Não ouso Seguir sem ter no Teu amor repouso”.

Chamo vocês para viverem esse amor infinitamente maior do que o amor de mãe. Esse amor recebe o perdido, põe vestes novas e faz festa. É o amor da aceitação, do perdão e da festa. O amor que traz plena segurança. Eu sou o Deus pródigo em amar. O meu amor é abençoador, terapêutico e acolhedor. O meu amor trouxe o meu Filho para que vocês tivessem vida e em abundância (João 10,.10). O meu amor se manifestou em Jesus Cristo para que vocês sejam salvos, santificados e glorificados. n

Novos céus, novos rolês: participantes da renovação de todas as coisas

Junior Dantas

pastor titular da Primeira Igreja Batista em Lafaiete Coutinho - BA; professor no Seminário Baiano Teológico; na rede pública e privada; presidente da Juventude Batista Baiana

Textos inspirativos: Gênesis 12.1 e Apocalipse 21.1

Existe uma história muito bacana (e famosa também) nos estudos em Missiologia:

Após anos servindo no campo missionário, um casal de idosos retorna para sua terra natal. Naturalmente havia uma expectativa quanto à recepção que a Igreja local faria - afinal eram 50 anos de serviço -, contudo, ninguém estava lá para recebê-los.

Furioso, o marido vocifera: “vou sair para respirar! Enquanto isso, pergunte a seu Deus se é isso que Ele tem para nós quando retornamos para casa depois de tantas décadas”. Ao retornar, questionou a sua esposa, que gentilmente tentava colocar em ordem a antiga e empoeirada casa: “Pois então, conversou com seu Deus?” Sim! - respondeu ela. “E o que foi que Ele te disse?” - rebateu o esposo. Ela respondeu suavemente: “Ele mandou avisar que nós ainda não chegamos em casa’’.

É fascinante perceber que a Bíblia nos revela que a experiência humana é uma verdadeira aventura, que inclusive começa com a aliança “abraâmica’’, em que Deus convida Abraão a sair

de casa e se aventurar por um mundo cheio de mistérios e batalhas até que chegasse à terra que o Senhor mostraria (Gênesis 12.1).

Desde então estamos aqui, nessa terra, peregrinos, arteiros, missionários e cheios do Espírito Santo, que, além de nunca cessar, nos capacita até hoje a protagonizar verdadeiras aventuras do Reino de Deus pela terra. A vista é fascinante, os companheiros de viagem são incríveis e ainda existem muitos filhos entre Samaria e os confins da terra para conhecer. É importante aproveitar a vista e utilizar com vigor o dom da vida.

Como muito bem diz o hino 456 do Cantor Cristão Batista: “Resolutos, avançai, trabalhando por Jesus’’.

Contudo, cada peregrino e peregrina precisa lembrar que ainda não estamos em casa. Se é verdade que Deus nos convida a nos aventurarmos nessa vida, em busca da terra maravilhosa, Ele também nos garante a chegada - bem como sua presença nos recepcionando.

Chegará o dia em que veremos finalmente o lar mui feliz. Novo Céu. Nova terra. Finalmente estaremos em casa. Novas e maravilhosas aventuras nos aguardam. E, o melhor é que Ele, o Cristo, se aventurará com a gente (Apocalipse 21.1).

Te vejo lá.

Dicas para os(as) aventureiros(as): Motivo de oração: ore por seu chamado. n

14 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23 FÉ PARA HOJE PONTO DE VISTA

Lourenço Stelio Rega

“O culto hoje foi uma bênção”. Ao final de um culto é possível ouvir frases como essa indicando se a pessoa se sentiu bem, foi confortada, e se o culto valeu a pena. Seria isso um indicador de que poderemos estar distantes do que seja um culto segundo a visão do Novo Testamento?

Creio que precisaremos retornar ao diálogo de Jesus com a mulher samaritana descrito no Evangelho de João (4.19ss) para descobrirmos preciosas verdades que nos ajudarão a compreender melhor esse cenário e a obter diversos referenciais para essa reflexão em busca da prática do que seja o aceitável culto a Deus.

A pergunta que ela fez a Jesus demonstrou que estava preocupada com o legítimo local da adoração, se lá em Samaria (monte Gerizim) ou em Jerusalém (monte Moriá). Quem estava certo, os samaritanos ou os judeus?

A resposta de Jesus desloca o foco da pergunta. Se no passado Deus procurava um local físico para ser sua habitação - o tabernáculo, depois o templo -, que seria um espaço único, repleto de cerimoniais e rituais, chegou a hora do clímax da revelação divina, em que Ele estaria mais ocupado com a qualidade da adoração do que com rituais ou cerimoniais litúrgicos, que serviram naquele período de transição no processo da revelação progressiva.

O novo foco que Jesus traz produz uma ressignificação divina sobre a adoração que não teria mais de se localizar em algum espaço físico, mas dentro do coração da pessoa, do adorador. O texto nos ensina que viria a hora e já estava ocorrendo naquele momento, que Deus estaria procurando verdadeiros adoradores que o adorassem em espírito e em verdade (v. 23).

Assim, os cerimoniais, rituais, frequência em algum espaço físico, busca por cumprir tudo isso como se fosse um meio de obter o favor divino, desaparecem do cenário. Em vez de espaço, entra o coração puro, sem mancha, a sinceridade e a busca pelo reconhecimento da soberania e grandeza de Deus como um ato de adoração que

Culto, entretenimento ou aeróbica gospel?

vai se manifestar pelo testemunho do que Deus tem feito, pela sua atuação na vida e na história, pelos cânticos e louvores em gratidão à imensidão daquele a quem se deve todo sentido da vida.

Torna-se necessário que compreendamos que o marco de Jesus sobre a adoração e o culto nos tira do ritual exterior e aponta para o coração do adorador. Afasta-se do cumprimento de obrigações religiosas e segue-se em direção ao desejo de adorar, como resultado de uma vida de abnegação e lealdade a Deus.

O redirecionamento que Jesus faz ao ato de adorar toca profundamente no ritualismo mecânico e interesseiro vivido naquela época, como já demonstrava o profeta Isaías: “Este povo se aproxima de mim, com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração e o seu temor para comigo consiste em mandamentos humanos aprendidos de cor” (Is 29.13).

E não é isso mesmo que é possível ver até em nossos dias, em que podemos estar transformando o culto em uma espécie de “missa evangélica” e em um meio de graça centralizado apenas em nossas sensações, nosso bem-estar, nossos interesses e busca do favor divino?

A adoração é o cerne da fé cristã, a ponto de Paulo nos ensinar que a dedicação de nossa vida no altar de Deus, como um sacrifício vivo, é um culto racional, um culto da escolha (Rm 12.1). E isso é um ato diário de lealdade a Deus em cada decisão que teremos de tomar. O que podemos deduzir é que a adoração pública e coletiva se torna fruto da adoração diária individual que ocorre por meio de cada decisão em que nosso ser, nossa vontade é colocada no altar ao escolhermos seguir a vontade de Deus para nossas escolhas cotidianas.

Adorar significa prestar culto, reconhecer que Deus está acima de tudo, prestar-lhe gratidão por Seus feitos que nem merecemos receber. Em vez de pensarmos no culto como uma frequência em que, se vamos, somos abençoados, se não vamos, somos

faltosos e seremos castigados, será necessário concebermos a adoração como fruto de uma vida diariamente consagrada e leal a Deus, não algo mecânico, ritualístico e meramente litúrgico.

Se não for assim, acabamos transformando o culto em uma espécie de entretenimento centralizado em nossos interesses, na busca apenas de sentimentos agradáveis iguais a que temos ao irmos em algum show de um artista preferido. É claro que as emoções estarão presentes no ato do culto, pois, afinal, o ser todo e todo o ser que respira deve louvar a Deus (Salmos 150), mas transformar o culto em uma catarse é extrapolar o seu real significado. Se a pessoa precisa de atenção especial na busca de soluções para sua vida, deve continuar cultuando, mas diligentemente buscar aconselhamento, ajuda e apoio.

Quando precisamos de “acessórios” e “malabarismos de palco” que nos preparem para a adoração, talvez seja porque transformamos a adoração em divertimento. Se adorar é dar a Deus nosso louvor, nosso reconhecimento de sua grandeza, por que vamos ao templo buscando no culto algo para nós?

Quando vamos comprar um presente para uma pessoa, pensamos nela e não em nós. Se o culto pode ser comparado a um presente que damos ao nosso Deus, temos de pensar nEle e em como agradá-Lo. Se nossa confissão, nossa sinceridade, nosso sentimento de reconhecimento de Sua soberania, se nosso louvor, se nossos atos no decorrer do culto, O agradam, isso é a métrica para dizermos se o culto foi ou não bom.

Se no passado os cultos eram tidos como formais podendo ser maçantes, cansativos e “controladores” da presença de Deus em uma “ordem” ou programa, será que os cultos contemporâneos estariam sendo atrativos como se fossem shows e repletos de “aeróbica gospel” e cansativos (que convenhamos também consomem um bocado de calorias, por ser algo extremamente agitado)? Estaria havendo algum lugar para o espírito contrito e

introspectivo necessários à adoração a Deus? Depois de tanta agitação quem consegue parar para refletir sobre a vida, confessar seus pecados?

Precisamos tomar cuidado para que, com o argumento de contextualizar ou de fugir do racionalismo e formalismo, não caiamos em outro extremo. Vamos lembrar que em um círculo os extremos se tocam. Será preciso buscar o equilíbrio entre a celebração, a alegria em celebrar, a expressão corporal e emocional e a formalidade. Culto é adoração, é um presente, não às nossas emoções, sensações, instintos ou paixões, muito menos à nossa razão, mas a Deus, que Ele mesmo, no fundo vai depois tocar em tudo isso, com alegria e senso na razão de viver. Em resumo, uma coisa é dizer “vamos ao culto”; outra, é dizer: “vou adorar”. Culto não é um lugar, mas um estado de espírito. Se Deus busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade, o culto depende muito mais de nossa disposição íntima em reconhecer a soberania de Deus do que nosso desejo em atender meramente as demandas de nossa autossatisfação emocional.

E ainda faltou um assunto sobre a consideração, à luz do Novo Testamento e do clímax da revelação progressiva, que Deus não habita em templos feitos por mãos humanas (Atos 7.48; 17.24-31) e que nosso corpo é colocado como o santuário de Deus (I Coríntios 6.19), por isso deve ser colocado no altar do Criador (Romanos 12.1). Mas fica para um próximo artigo. Vamos aprender a adorar a Deus em cada momento, em cada escolha de nossa vida, colocando nossas vidas em Seu altar, estando assim preparados para a participação da adoração pública e coletiva.

Você já imaginou se conseguirmos de imediato colocar em prática esse ensino do Novo Testamento sobre culto e adoração quanta vitória teremos sobre o formalismo e ritualismo litúrgico e quanto crescimento na expressão de vida teremos em nossas Igrejas? Aceita o desafio?

Contatos: rega@batistas.org

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15 O JORNAL BATISTA Domingo, 27/08/23 OBSERVATÓRIO BATISTA PONTO DE VISTA

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