ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901


Reflexão
ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
Reflexão
Texto mostra a importância de manter a família organizada em Cristo
Nesta edição de OJB, uma homenagem ao Pr. Jerry Stanley Key, servo do Senhor que abençoou os Batistas brasileiros durante muitos anos. Confira na página 12.
Notícias do Brasil Batista
PIB em Araguari (MG) comemora 100 anos de história com gratidão
Notícias do Brasil Batista
Batistas gaúchos celebram 100 anos de missão com Assembleia
Saúde de Corpo e Alma
Coluna traz os malefícios da era digital na saúde mental e bem-estar
Nos artigos anteriores, enumerei e embasei os requisitos que, de acordo com o Código Civil, não podem faltar em estatuto eclesiástico, quais sejam:
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores e dos diretores;
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.
Tive o cuidado de fazer menção a um requisito que, a meu ver, é crucial e que não aparece no artigo 44 do Código Civil, mas, por analogia, o encontramos no artigo 54, inciso IV, do mesmo diploma legal, que é o que diz respeito às “fontes de recursos para a manutenção da igreja”. Expliquei tudo no artigo anterior. Dizia eu: “A igreja deve definir de forma cristalina,
em seu estatuto, a fonte de recursos para a sua manutenção. Via de regra, as igrejas não recebem recursos de forma aleatória, de fontes incompatíveis com a sua natureza. Não recebe nem mesmo recursos do governo. A fonte de rendas das igrejas são basicamente duas: dízimos e ofertas dos fiéis”.
Eventualmente, recebem doações, tipo móveis e utensílios usados – e, muito raramente, algum legado.
A partir daqui, sugiro que cada igreja, seguindo o seu carisma, pode (e deve) inserir as suas particularidades, sem o risco de confundir matérias estatutárias e regimentais.
Lembre-se de que o estatuto deve ser conciso, contendo o necessário para atender aos requisitos da lei e assuntos que podem ecoar no mundo jurídico. Um exemplo típico vem da denominação batista, que costuma inserir um capítulo para blindar a igreja ante questões doutrinárias e a blindagem patrimonial. (Continua...) n
Jonatas Nascimento, diácono. Coautor da obra Nova Cartilha da Igreja Legal. WhatsApp: (21) 99247-1227. E-mail: jonatasdesouzanascimento@ gmail.com
Fernanda Olegário
Extraído do Devocional “Edificando Sua Casa Sobre a Rocha”, da Junta de Missões Nacionais
“Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. Confiai no SENHOR perpetuamente, porque o SENHOR Deus é uma rocha eterna.” (Isaías 26.3-4 ARA)
Todos os dias passamos por experiências que exigem decisões que trarão consequências no nosso futuro. Alguns resultados chegarão a nós, mesmo que não dependam da gente, por consequência das escolhas de outras pessoas. Isso significa que, mesmo fazendo boas escolhas, alguns transtornos estarão em nosso caminho, pois a vida é assim — vivemos em família e em sociedade. Os versículos de meditação para o dia de hoje nos mostram que o Senhor nos conserva em perfeita paz quando
confiamos Nele. É Ele quem nos dá segurança e firmeza em meio aos problemas. Quando cremos que nosso Deus cuida e zela pela nossa vida, mesmo que haja incontáveis problemas, podemos descansar, pois o socorro virá em nosso favor, trazendo paz e a prática do que realmente significa ter fé.
Há um louvor que fala ao meu coração toda vez que ouço. Ele declara exatamente o que creio sobre Deus: O Escudo (Canção de Voz da Verdade 2004).
“Não há ferrolhos, nem portas
Que se fechem diante da tua voz
Não há doença, nem culpa
Que fiquem de pé diante de nós
E a tempestade se acalma
Na voz daquele que tudo criou
Pois sua palavra é pura
Escudo para os que nele creem”
Não há transtornos, problemas, doenças, tristezas ou qualquer empecilho que permaneça de pé quando confiamos que Jesus é nossa Rocha Eterna. Ele é — e deve ser — a
pastor & professor de Psicologia
“Não extingais o Espírito” (I Ts 5.19).
Na Primeira Carta que escreveu aos cristãos da área da Tessalônica, o apóstolo Paulo recomendou: “Não atrapalhem a ação do Espírito Santo. Não desprezem as profecias. Examinem tudo, fiquem com o que é bom e evitem todo tipo de mal” (I Is 5.19-22).
Em resumo, o que o apóstolo está declarando é a nossa responsabili-
Rocha em que nosso lar está edificado. Jesus deve ser a base da nossa família.
Se Ele for nossa base, quando a dificuldade chegar, a fé nos manterá certos de que há um Deus que nos protege e cuida de nós — mesmo sofrendo a perda de um familiar, mesmo
dade pessoal no que tange ao plano que o Senhor propôs para a restauração espiritual dos seres humanos. O apóstolo Pedro ensina-nos a postura que devemos assumir quando enfrentamos a perseguição do mundo sem Jesus: “Vocês serão felizes se forem insultados por serem seguidores de Cristo - porque isto quer dizer que o glorioso Espírito de Deus veio sobre vocês” (I Pe 4.14-15).
Estejamos de acordo com o Espírito: evitemos o mal!
tendo o suficiente para um dia, mesmo recebendo apenas o necessário para pagar as contas, mesmo aguardando resultados de exames médicos — se Jesus for nossa Rocha, permaneceremos firmes, crendo que nosso Deus tem propósito para tudo, e Ele cuida de nós. n
Ester Gonçalves
Extraído do Devocional “Edificando Sua Casa Sobre a Rocha”, da Junta de Missões Nacionais
“Contudo, veja cada um como constrói. Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo.” (1 Coríntios 3.10,11 NVI)
Quando falamos sobre a casa construída na Rocha, em nossa mente podemos lembrar de um canteiro de obras, com trabalhadores cavando fundo, preparando armações de ferro e despejando muito concreto. Em seguida, a casa vai sendo construída e, ao se mudar, o proprietário pode se
sentir confortável e mais seguro; afinal, a casa tem uma boa fundação.
Mas e depois que o tempo passa? Quanto tempo é necessário para que aquela casa novinha, limpa e organizada passe a ficar cheia de utensílios e móveis, coisas a organizar ou jogar fora?
Lembro-me de um programa de TV em que o objetivo era oferecer ajuda a proprietários acumuladores. As cenas eram apavorantes. Casas bonitas e aparentemente fortes, mas que, por dentro — e, às vezes, até na área externa —, não se conseguia sequer andar, por causa da quantidade de lixo e itens que deveriam ser descartados. As razões para a acumulação, em sua maioria, vinham de situações difíceis
ou traumas vivenciados pelos donos das casas, que, para se sentirem bem ou alienados dos problemas, passavam a comprar objetos ou acumular lixo, sem controle.
Com a situação chegando ao limite, casas com fundamentos outrora fortes tinham que ser abandonadas por trazerem riscos à vida dos moradores.
Como está nossa casa? Como está nossa família? “Limpa e organizada”?
Ou, depois que lançamos nosso alicerce espiritual no fundamento que é Cristo, começamos a abrir mão de princípios para abrigar coisas inúteis ou lixo?
A maneira como investimos nosso tempo, individualmente e em família, acrescenta espiritualmente às nossas
casas. Se temos o cuidado de buscar aquilo que vem do Alto (Cl 3.1-3), conseguiremos enxergar aquilo que deve ser tirado, onde devemos limpar e organizar. Faremos uma boa manutenção de nosso casamento e da condução de nossos filhos.
Se permitirmos que, em nossos lares, através de influências carnais e pecaminosas, lixo e futilidades entrem e ganhem espaço, em pouco tempo perceberemos o mau odor, os empecilhos no caminho e aquilo que é desagradável adentrando para nos perturbar.
Que nossas casas tenham um forte alicerce — Cristo —, e que todo o restante desse projeto chamado família permaneça limpo e organizado. n
Ester Gonçalves Extraído do Devocional “Edificando Sua Casa Sobre a Rocha”, da Junta de Missões Nacionais
“Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne. Este é um grande mistério; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja.” (Efésios 5.31-32 — NVI)
O casamento tem sido visto como um desfecho inevitável para os que se amam, para os que possuem uma forte paixão um pelo outro. Com o pretexto do sentimento, o Cristianismo enfrenta — hoje — a crítica de que somente um casal heterossexual ter o direito de se casar não é razoável.
Entretanto, para os cristãos, o casamento não é — ou não deveria ser — uma opção baseada apenas nas afeições de um casal, porque, ao longo dos anos, ele não se sustentará por isso.
Tim Keller citava sobre casamento: “Você não se apaixona. Você se compromete com isso. O amor diz: ‘Eu estarei lá, não importa o que aconteça.’”
Em seu livro O Significado do Casamento, o autor nos lembra de que o relacionamento conjugal deve ser construído sobre a aliança — o que tem a ver com a promessa de se manter fiel até a morte — e não sobre romance ou fortes emoções.
A Bíblia recomenda que solteiros podem se relacionar, no Senhor, com alguém do sexo oposto pelo qual se
sentem atraídos e se casar por amor, ao invés de por mero acordo familiar ou interesses financeiros (1 Co 7). Mas a base para essa decisão não deve ser apenas o que sentem um pelo outro.
Visto que sentimentos e circunstâncias podem mudar — e até mesmo os cônjuges —, um casamento sólido se mantém pelo pacto feito diante de Deus
John Piper, ao tratar sobre casamento, cita que nossa perseverança em nos mantermos casados, independentemente dos sentimentos, tipifica o que realmente significa o casamento: Cristo e a Igreja
Demonstramos o que é o Evangelho ao nos mantermos fiéis ao cônjuge, mesmo em tempos difíceis do relacionamento, quando os sentimentos
parecem duvidosos. Exercemos Graça, assim como a recebemos do Senhor, ao nos mantermos firmes à Aliança feita com Ele, no casamento. Cristo não deixou sua Noiva, mas se entregou até a morte por ela, para resgatá-la. A Noiva não deixará o Noivo, mas permitirá que Ele a santifique e prepare para o Grande Dia das bodas. Assim também nós — noivos ou casados —, a fim de glorificar a Deus e obter um casamento inabalável, devemos encará-lo como uma firme aliança, porque: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” Este é um grande mistério; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. (Efésios 5.31-32 — NVI) n
Sávio Arruda
diácono
Extraído do Devocional “Edificando Sua Casa Sobre a Rocha”, da Junta de Missões Nacionais
“O homem respondeu: Foi a mulher que me deste! Ela me ofereceu do fruto, e eu comi” (Gênesis 3:12 - NVI)
“Não fui eu, a culpa sempre é do outro!”
Três reações do ser humano são percebidas de forma clara, imediatamente após a queda pelo pecado: medo, fugir da presença de Deus (esconder-se) e culpar outros pelo seu próprio erro. Podemos ver essas reações em Gênesis 3:10-12: “Ele respondeu: ‘Ouvi que estavas andando pelo jardim e me escondi. Tive medo, pois eu estava nu’. ‘Quem lhe disse que você estava nu?’, perguntou Deus.
‘Você comeu do fruto da árvore que eu lhe ordenei que não comesse?’
O homem respondeu: ‘Foi a mulher que me deste! Ela me ofereceu do fruto, e eu comi’
Existe uma mancha terrível que o pecado gerou no coração do ser humano: culpar os outros pelo seu próprio erro. No texto base desta devocional, vemos Adão culpando a mulher — e até a Deus — por ter comido do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, que Deus havia dito para não comer (conforme Gênesis 2.16-17).
Adão não foi obrigado a comer, não foi forçado, nem espancado. A Bíblia relata que Eva deu a ele, e ele simplesmente comeu (Gênesis 3.6). Ao invés de reconhecer seu erro e se arrepender, Adão, agora pecador (Romanos 3.23), cheio de orgulho, prefere colocar a culpa nos outros.
Esse pecado nos rodeia todos os
dias e é uma estratégia diabólica para destruir casamentos, relacionamentos entre pessoas e, principalmente, o relacionamento com Deus.
As Escrituras Sagradas, de Gênesis a Apocalipse, apontam para um Deus criador, Soberano, misericordioso e gracioso, que chama o ser humano a SE ARREPENDER.
O ARREPENDIMENTO foi a primeira mensagem do Senhor Jesus no seu ministério, como lemos em Mateus 4.17: “A partir de então, Jesus começou a anunciar sua mensagem: ‘Arrependam-se, pois o reino dos céus está próximo’.”
Uma das maiores desgraças na vida de uma pessoa que a impede de se relacionar com Deus, com seu próximo e mudar de vida é UM CORAÇÃO
DURO E ORGULHOSO.
Quantos casamentos e relacionamentos familiares são destruídos
porque tomamos a mesma atitude de Adão: “a culpa não é minha”. Preferimos transferir para os outros, em vez de reconhecer o pecado e nos arrepender.
Mas existe esperança!
Jesus Cristo pagou na cruz do Calvário o preço do pecado e é poderoso para lhe dar um novo coração — um coração quebrantado e contrito — que lhe fará derrotar o orgulho, reconhecer erros, se arrepender, pedir perdão e viver de forma transformada (2 Coríntios 5:17). Basta recebê-lo como seu Único Senhor e Salvador!
Jesus não é só Salvador, mas também Senhor.Vença o orgulho de viver do seu próprio jeito e viva do jeito que Jesus quer. Com Jesus, não mais teremos as atitudes de quem é escravo do pecado: medo de Deus, fuga da Sua presença, e a tendência de culpar os outros pelos próprios erros. n
Luiz Fagno
missionário
Adaptação: Redação de Missões Nacionais
Meu chamado ao campo missionário aconteceu durante a campanha de Missões Nacionais de 2019 “Minha Razão de Viver”. Na época, eu ainda era acolhido da Cristolândia Espírito Santo. Durante a pregação do missionário pastor Carlos, então gestor da unidade masculina em Serra - ES, sobre Mateus 9.37-38, Deus falou profundamente ao meu coração. Naquele momento, decidi obedecer ao Seu chamado e dedicar minha vida à missão.
Muitas vezes, presenciei o desespero de famílias em busca de ajuda para seus entes queridos, escravizados pelas drogas. Ver uma mãe sem forças, desmotivada e sem esperança de que seu filho possa se libertar me deu a certeza de que Deus me chamou para mostrar a essa mãe que, sim, é possível — da mesma forma que foi para mim quando entreguei minha vida a Cristo.
Eu participei da 25ª turma do Radical Cristolândia e fui para o campo missionário com 39 anos. Foi nesse momento que nasceu o desejo de cursar Teologia. Pela graça de Deus, hoje sou missionário na Missão Batista Cristolândia Espírito Santo e Teólogo pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil!
O meu sentimento é de gratidão sempre a Deus em primeiro lugar, e gratidão à Cristolândia e a todos os que acreditaram e investiram em mim. Meu sonho é seguir como missionário, para continuar levando o verdadeiro
Evangelho transformador, pelo qual um dia fui alcançado também.
Você pode agradecer a Deus pela
vida do Luiz Fagno? Continue orando e enviando a sua oferta, para que mais histórias como essa sejam realidade:
www.missoesnacionais.org.br/contribuir
Jesus transforma! n
Kátia Brito jornalista
87ª Assembleia da CBRS marcou os seus 100 anos de organização.
Em 1925, um grupo de 37 mensageiros, representando nove Igrejas Batistas, reuniu-se em Porto Alegre para fundar a Convenção Batista do Rio Grande do Sul (CBRS). O que começou como uma pequena iniciativa de cooperação missionária tornou-se um movimento centenário. Cem anos depois, de 30 de abril a 3 de maio de 2025, a CBRS celebrou sua trajetória com a 87ª Assembleia – a Assembleia do Centenário – também em Porto Alegre, no Colégio Batista Brasil, marcando um reencontro com suas origens. O evento reuniu mensageiros de Igrejas de todo o estado para celebrar, adorar e tomar decisões estratégicas para os próximos anos. O tema da Assembleia – Centenário – expressou a gratidão a Deus e o desejo de prosseguir na missão com fé, visão e unidade. Estiveram presentes preletores que trouxeram palavras abençoadoras: pastor Sidney Costa (Igreja Batista Memorial Alphaville - SP), pastor Fernando Brandão (diretor-Executivo da CBB), pastor Edson Klitzke (Igreja Batista da Orla - Vila Velha - ES) e pastor Tércio Evangelista (Igreja Batista Mont’serrat - Porto Alegre - RS). O louvor foi conduzido pelo grupo Geração Fiel. O presidente da CBRS, pastor Olavo Vigil, abriu a Assembleia com uma palavra de gratidão: “Chegamos até aqui pela cooperação dos Batistas gaúchos. Nossa união nos trouxe a este momento histórico.” Já o diretor-executivo, Egon Grimm Berg, destacou os frutos da caminhada: “Estamos vivendo um novo tempo de vitórias, de renascimento. Que este seja um ano especial de celebração e avanço. Jesus está conosco, e ainda temos muito por caminhar. Vamos seguir fazendo infinitamente mais.”
Durante os quatro dias de programação, a Assembleia contou com cultos de celebração, momentos de
oração, plenárias deliberativas e o lançamento de projetos relevantes. Um dos destaques foi o Projeto Plantação 100, que tem como meta levar Igrejas batistas a pelo menos 100 municípios do Rio Grande do Sul até o final de 2025 — um avanço a partir dos atuais 85 municípios já alcançados.
Também foi lançada a Campanha de Missões Estaduais 2025, com o tema “100 anos evangelizando o povo gaúcho – Façamos infinitamente mais” e divisa em João 4:35: “Despertem e olhem em volta. Os campos estão maduros para a colheita.” Inspirada no marco do Centenário, a campanha relembra a principal razão da existência da Convenção: evangelizar o povo gaúcho. Ela celebra a história e aponta para o futuro, mostrando que muito já foi feito, mas ainda há muito por realizar. O selo comemorativo de 100 anos traz elementos simbólicos — três peixes que nadam da esquerda para a direita, representando avanço, e um segundo zero aberto, sinalizando que o futuro ainda está sendo construído. A identidade visual une o clássico e o contemporâneo, com peças como o cartaz principal, que destaca gerações olhando os campos prontos para a colheita, e camisetas e materiais promocionais com as cores do Rio Grande do Sul. A campanha é um convite para que esta geração faça a sua parte na missão de Deus, com coragem e visão.
com a participação de pastores e líderes de igrejas de diversas regiões do
Segundo o pastor Fernando Brandão, a celebração do Centenário é também um chamado à missão contínua: “Chegamos até aqui porque somos um povo que ama missões. Um povo com visão missionária, que coopera. Essa cooperação fortaleceu as Igrejas e nos fez avançar. Vamos continuar evangelizando, discipulando, plantando Igrejas, formando líderes e proclamando Cristo em todo o Rio Grande do Sul.”
O evento também destacou a importância do Colégio Batista Brasil, que mais uma vez recebeu a Assembleia, refletindo o contínuo investimento dos Batistas na educação cristã. No espaço da instituição, a história da CBRS foi celebrada, mas também se traçaram caminhos para o futuro.
Para o pastor Edson Klitzke, a ocasião representou um marco histórico e espiritual: “É uma alegria imensa participar da Assembleia do Centenário. Percebemos a ação de Deus presente, ministrando nossas vidas. Os desafios estão diante de nós, e creio que a Convenção Batista Gaúcha, seus líderes, pastores e Igrejas serão instrumentos de Deus para uma grande colheita.”
O clima foi de festa, mas também de renovação de compromissos. Em cultos com mensagens desafiadoras, os participantes foram encorajados a reafirmarem sua dedicação à evangelização, ao discipulado e à plantação de novas Igrejas. A Assembleia reforçou a visão da CBRS de ser uma conven-
ção missionária, bíblica, relevante e cooperadora.
O pastor Sidney Costa, que abriu a celebração, compartilhou uma palavra de encorajamento à nova geração: “Que alegria participar dos 100 anos da obra Batista neste estado que tanto amamos. Que cada Batista continue vivendo de modo honrado diante do Senhor, sendo sal e luz. Que levemos o Evangelho de Cristo por mais 100, 200 anos, ou quanto tempo Deus permitir. Que o Rio Grande do Sul se renda ao Senhor — e que isso passe por mim e por você.”
O pastor Tércio Evangelista também ministrou aos presentes: “Celebrar o Centenário é reconhecer a ação do Espírito Santo através de homens e mulheres que abriram caminho para estarmos aqui hoje. Que nossos olhos estejam no Senhor, contemplando pela fé o que Ele ainda fará. Que vivamos com intensidade, compromisso e amor, proclamando Jesus, fazendo discípulos e abençoando o povo gaúcho com o poder transformador do Evangelho. Eu e você somos respostas de Deus às orações dos que vieram antes.”
Ao final do encontro, líderes e Igrejas saíram fortalecidos com o propósito de viver uma nova fase da caminhada Batista no Rio Grande do Sul. Como bem resumiu o diretor-executivo Egon Grimm Berg: “Estamos só começando. O Centenário é o ponto de partida para uma nova estação de fé, missão e cooperação no Rio Grande do Sul.” n
Alexandro Oliveira coordenador de Comunicação e Marketing da Junta de Missões Mundiais
De 22 a 26 de abril de 2025, o Gathering in Rio reuniu, no Hotel Atlântico Sul (RJ), líderes de diversas agências missionárias do mundo para um tempo de comunhão, alinhamento estratégico e cooperação na missão global. Fruto da parceria entre a Junta de Missões Mundiais (JMM) — agência missionária da Convenção Batista Brasileira, com atuação em 97 países, 2.450 missionários ativos e um forte compromisso com a plantação de Igrejas, desenvolvimento comunitário e a transformação de vidas — e a BMS World Mission, uma organização missionária do Reino Unido dedicada a compartilhar o Evangelho e apoiar projetos de justiça social ao redor do mundo, o encontro fortaleceu a colaboração entre organizações do Norte e do Sul Global, promovendo conexões significativas e iniciativas conjuntas para o avanço do Reino.
Uma conferência marcada por unidade e propósito
O encontro teve início na terça-feira, com um momento de recepção e abertura, seguido por palestras do pastor João Marcos, diretor-executivo da JMM, e de Kang-San Tan, diretor geral da BMS. Dinâmicas conduzidas por Patrícia Rosa (JMM) ajudaram a integrar os participantes e estabelecer uma atmosfera acolhedora. A noite foi dedicada a alinhar expectativas e dar início à jornada de discussões estratégicas e planejamento conjunto.
o evento contou com a presença do pastor Fernando Brandão, diretor-exe cutivo da Convenção Batista Brasileira, que deu as boas-vindas aos participantes, incentivando a colaboração entre as agências e destacando o propósito do Gathering in Rio como um espaço de escuta, unidade e cooperação na missão.
Pensando juntos os próximos passos da missão
A quinta-feira foi marcada pela criatividade, escuta e construção coletiva. Após um momento de integração e um devocional ministrado por Kuem Ju Lee, representante da FMB (Coreia do Sul), os participantes se engajaram em três sessões participativas:
• A primeira foi uma atividade de mapeamento coletivo de recursos, conduzida por Fiona Smith, da TAI (Austrália), que estimulou a identificação de ativos, capacidades e experiências entre os participantes.
cional foi conduzido por Simeon Ba ker, da UBC (País de Gales), com base em II Coríntios 6, refletindo sobre o tema “Comunhão Global”. Em seguida,
Ainda pela manhã, os participantes se dividiram em pequenos grupos para compartilhar as cinco principais ações que têm visto Deus realizar em seus contextos missionários, em uma sessão facilitada por Laura Ayala, da CBF (Porto Rico). À tarde, um painel mediado por Jennifer Lau, da CBM (Canadá), abordou a expansão do Evangelho por meio dos movimentos missionários doda com uma reflexão conduzida pelo pastor João Marcos (JMM) sobre as lacunas entre o chamado missionário
• Em seguida, o “ speed dating ” facilitado por Scott Pilgrim, da BMA (Australia), promoveu conexões diretas e identificou potenciais colaborações interagências.
• A tarde seguiu com uma análise PESTLE (fatores Políticos, Econômicos, Sociais, Tecnológicos, Legais e Ambientais), liderada por Steve Sanderson, da BMS, que convidou os participantes a refletirem sobre os desafios globais que a Igreja ainda precisa enfrentar com mais intencionalidade.
O dia foi encerrado com a sessão criativa “Crazy 8’s”, conduzida por Claudio Elivan e Patrícia Rosa (JMM), voltada para geração rápida de ideias e esboço de futuras colaborações estratégicas.
A sexta-feira consolidou a proposta central do Gathering in Rio : transformar escuta em ação. A devoção matinal, baseada em II Timóteo 2.14–35, foi conduzida por Kang-San Tan, conectando o encontro ao movimento Lausanne 2024 e inspirando os participantes a seguirem com intencionalidade e fé.
Em seguida, Thiago Faria e Ruy Oliveira (JMM) facilitaram uma sessão para o desenvolvimento de compromissos e identificação de oportunidades conjuntas. A partir dessas conversas, os participantes foram organizados em grupos de planejamento colaborativo, com acompanhamento de Steve Sanderson (BMS), que orientou a elaboração de propostas práticas e cooperativas. Como resultado, foram consolidados quatro compromissos estratégicos que refletem a convergência de visão entre as agências participantes:
1. Diáspora
2. Sustentabilidade Econômica
3. Cidades Estratégicas
4. Plataforma Colaborativa
Um movimento em comunhão
O Gathering in Rio foi mais do que uma conferência: foi um marco na construção de um movimento missionário mais unido, estratégico e sensível aos contextos contemporâneos. Por meio da escuta, oração, criatividade e colaboração, líderes de diferentes culturas e realidades reafirmaram seu compromisso com o Reino de Deus e com o chamado de fazer discípulos de todas as nações — juntos. n
Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira
Pr. Jerry Stanley Key foi um servo fiel, que dedicou sua vida ao ensino, ao pastoreio e à edificação das Igrejas Batistas no Brasil, por 37 anos, de 1959 a 1996.
O pastor Jerry Stanley Key nasceu em 23 de julho de 1932, e foi batizado aos sete anos de idade. Sua esposa, Joana Key, nasceu em 23 de junho de 1930, e foi batizada em 1950, pelo próprio esposo, pois a denominação à qual pertencia anteriormente não praticava o batismo por imersão.
Pastor Jerry Key iniciou sua carreira acadêmica como professor no Seminário Teológico Batista do Sul
do Brasil (STBSB), onde lecionou por mais de 35 anos. Paralelamente, de 1968 a 1992, atuou como professor de Homilética e de Missões no Instituto Batista de Educação Religiosa (IBER), atual Centro Integrado de Educação e Missões (CIEM), totalizando 25 anos de dedicação. Sua esposa, Joana, con-
tribuiu como professora de piano no STBSB durante 28 anos. Além disso, ela formou-se em Administração de Empresas e, no Brasil, obteve o título de Bacharel em Música Sacra pelo próprio Seminário do Sul.
O casal Key desempenhou um papel fundamental na fundação de diversas Igrejas no Rio de Janeiro. Eles estabeleceram a Igreja Batista Memorial da Tijuca - RJ, onde o pastor Jerry Key serviu como pastor titular de janeiro de 1968 até agosto de 1978. Posteriormente, fundaram a Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca - RJ, onde ele também atuou como pastor. Na década de 1960, o Dr. Key pastoreou a Primeira Igreja Batista da Fundação, em Guadalupe - RJ, e foi responsável pela implantação da Igreja Batista de Camboatá, na mes-
ma região. Entre 1983 e 1993, liderou a Igreja Batista Boas Novas, em Vila Isabel - RJ, período em que auxiliou na criação da Igreja Batista de Vila Isabel - RJ e da Igreja Batista Missionária de Riachuelo - RJ.
Como autor, o pastor Jerry Key escreveu o livro “José da Silva, Um Pregador Leigo”, na década de 1960, que se transformou em um bestseller com mais de 30 mil exemplares vendidos. Sua obra principal em homilética, “O Preparo e a Pregação do Sermão”, atualmente na terceira edição, com 416 páginas, é utilizada como base para as disciplinas de Homilética no Seminário do Sul. Este livro foi traduzido para o espanhol e lançado em 2008, alcançando a segunda edição em poucos meses. Além dessas publicações, o Dr. Key contribuiu com capítulos em três livros editados por outros autores e publicou cerca de 400 artigos em mais de 20 revistas no Brasil e nos Estados Unidos.
A família do pastor Jerry e Joana Key, filhos e netos impactou gerações, fortalecendo o ministério Batista no Brasil. Seu legado é marcado por sua dedicação ao ensino teológico e à formação de milhares de líderes das Igrejas Batistas no Brasil.
Agradecemos a Deus pela vida e ministério do pastor Jerry Key. Que seu exemplo continue inspirando gerações. n
Diego de Oliveira
Extraído do Devocional “Edificando Sua Casa Sobre a Rocha”, da Junta de Missões Nacionais
“Então disse: — ‘Porque o meu templo permanece em ruínas, enquanto cada um de vocês corre por causa de sua própria casa.’” (Ag 1.9b-NAA).
Dentre outros assuntos, o livro de Ageu fala a respeito de prioridades. Com a autorização real para reconstruir o Templo, os designados para
essa honrosa missão abandonaram-na pela metade, gerando uma severa repreensão da parte de Deus, como visto no versículo base desta devocional. Tal atitude deve nos levar a refletir sobre nossas prioridades e sobre como temos ensinado nossas famílias a respeito desse assunto. Jesus nos ensinou que devemos buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus (Mateus 6.33), mas, assim como o povo na época de Ageu, a realidade de muitas famílias é priorizar apenas seus próprios interesses, deixando a obra de
Sérgio Benevides
pastor Extraído do Devocional “Edificando Sua Casa Sobre a Rocha”, da Junta de Missões Nacionais
“Os filhos dele iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles”. (Jó 1.4 NAA)
Uma das áreas mais prejudicadas na vida das famílias é o lazer. Por falta de diversão em família, muitos lares se tornaram frios e sem alegria. Há homens e mulheres, pais e mães, que só pensam em trabalhar e economizar dinheiro — muitas vezes movidos fortemente pelo senso de responsabilidade. Porém, nesse desejo de não deixar faltar nada para a casa, acabam dando pouca importância ao lazer em família Alguns até chegam a dizer: “Jesus é a nossa alegria”, ou ainda: “estar na Igreja é o maior lazer que se possa ter!”. Mas se alegrar em Cristo e estar na Casa do Senhor não se confunde com a necessidade de também passar momentos preciosos em lazer com a família, em outros locais, sem perder os compromissos com o nosso Pai Celeste!
Na história de Jó, há um destaque importante: o fato de ele e seus filhos se divertirem juntos. O texto que lemos nos leva a entender que, a cada vez, eles se reuniam na casa de um dos filhos ou filhas.
Embora o texto não expresse diretamente, podemos concluir que eram encontros com muita diversão, provavelmente com danças alegres, comidas e bebidas.
Deus em segundo plano. Enquanto estivermos empenhados apenas nas coisas deste mundo, dificilmente teremos tempo para a dedicação requerida de cada um de nós. Precisamos começar dentro de nossas casas a falar da urgência da missão e, principalmente, sobre o amor a Jesus. Precisamos, urgentemente, como famílias, nos arrepender do desleixo que muitas vezes cometemos para com Deus e sua missão, e voltar a dar prioridade àquilo que realmente é importante: pregar o evangelho da salva-
ção para todos aqueles que estiverem ao nosso alcance.
Conquistas pessoais, financeiras e outras realizações são importantes. No entanto, servir a Jesus deve ser nossa prioridade!
Que Deus nos ajude, levando-nos à reflexão: o que minha família tem priorizado?
Que possamos ser famílias firmadas na Rocha, priorizando o Reino de Deus em tudo o que fizermos! n
O texto de Eclesiastes 2.24 nos diz:
“A melhor coisa que alguém pode fazer é comer e beber e se divertir com o dinheiro que ganhou. No entanto, compreendi que mesmo essas coisas vêm de Deus”.
Esse versículo mostra que o trabalho serve para o sustento, a segurança e o lazer da família.
O texto que lemos também nos permite afirmar que a diversão em família traz união. União para se alegrarem juntos e chorarem juntos. União para conquistarem juntos e perderem juntos. União para comprarem um bem tão esperado ou enfrentarem uma enfermidade ou a perda de um ente querido — juntos!
Agora, é importante frisar que a diversão deve ser agradável para todos e também ter coerência com a nossa fé e com o perfil financeiro de cada família. Tanto pais quanto filhos devem ter o cuidado de não tentar impor um tipo de lazer que agrade apenas a si mesmo.
A diferença de idade, bem como a experiência de vida de cada um, são fatores que podem dificultar a convivência divertida em família. É preciso ter flexibilidade, saber que não se pode agradar a todos ao mesmo tempo, e que as contendas não podem acontecer
Quanto à coerência entre nossa diversão e nossa fé, isso diz respeito
ao tipo de lazer que a família vai escolher. Nossa diversão deve estar de acordo com os padrões que a Palavra de Deus nos dá.
Filipenses 4.8 nos diz: “Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente”.
E quanto à coerência da nossa diversão com nosso perfil financeiro, isso quer dizer que devemos gastar com nossa diversão, somente aquilo que cabe no nosso “bolso”.
Diversão que endivida a família só traz problemas, conflitos e muitos problemas familiares. n