Pelouro da Educação e Promoção para a Saúde
A Importância da Vacinação A vacinação não é um conceito recente, remontando ao século XVII e passando por várias fases de desenvolvimento como, por exemplo, a variolização, onde se inoculava a doença nas pessoas, esperando que esta não voltasse a afetar a mesma, até se chegar ao conceito conhecido nos dias de hoje. Atualmente, podemos dizer com certezas que o ato de vacinar, via intramuscular, subcutânea ou oral, consiste numa forma simples, segura e eficaz de gerar imunidade específica contra determinada doença, de modo a proteger o indivíduo. Quando se é vacinado, o sistema imune reconhece o microrganismo invasor, produzindo anticorpos, defesas naturais do corpo, para combater o mesmo. Assim, quando a pessoa vacinada é exposta futuramente ao mesmo microrganismo, o sistema imune atua de uma forma mais rápida e eficaz, de maneira a inativar o microrganismo responsável pela doença. Com isto e aplicando à situação atual de pandemia, podemos afirmar que a vacinação é criticamente importante, não só contra o SARS-CoV-2, mas também contra diversas doenças. No entanto, a ciência, por vezes, não é suficiente para a população. Mesmo que seja advertido que qualquer vacina licenciada é rigorosamente testada em várias fases dos ensaios antes de ser aprovada para utilização, que é regularmente reavaliada uma vez introduzida no mercado e que a imunização previne cerca de 2 a 3 milhões de mortes por ano, ainda existem certas discussões ativas e atuais sobre a vacinação, hesitação e até mesmo oposição à mesma. Estes acontecimentos devem-se, maioritariamente, ao desconhecimento nesta temática e também ao medo e incerteza que daí advém, o que coloca em causa todos os progressos obtidos no combate a doenças. Esta problemática chegou a ser considerada, pela Organização Mundial de Saúde em 2019, como um dos dez maiores riscos à saúde mundial. Os profissionais de saúde, especialmente os que fazem parte das comunidades, como o farmacêutico, têm um papel fundamental na vacinação. Ao se intitularem como agentes públicos de saúde, estão na linha da frente no combate à desinformação sobre as vacinas e o ato de imunização, sendo que ao se apresentarem como pessoas informadas e educadas na temática, fornecem informações credíveis nas quais a comunidade tem confiança. Sendo assim, dados constam que 60% das pessoas se vacinaram por recomendação do profissional de saúde, muitas destas aconselhadas pelo especialista do medicamento, o farmacêutico. Para além do combate à desinformação e promoção da vacinação, e mais recentemente relacionado com a pandemia COVID-19, tal como explanado na Carta Aberta redigida pela Associação Nacional das Farmácias e Associação de Farmácias de Portugal, juntamente com a Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Doutora Ana Paula Martins, os farmacêuticos apresentam-se capacitados para administrar uma vacina e, ao estarem mais próximos da comunidade, apresentam-se numa posição benéfica que seria útil na ajuda ao plano de vacinação.
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