Revista Identidade Cristã - Edição 28 - Outubro/2017

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Osasco e Salto de Pirapora. Como estava próximo do Sul de Minas, fui à Itajubá e Piranguinho, como possibilidade de novas parcerias, através de contatos com amigos de longa data. Foi destas visitas que conseguimos os três primeiros meses do pagamento dos alugueis em atraso da Casa dos Meninos do Nepal. Depois fui ao Rio de Janeiro para ficar com parceiros que têm caminhado conosco. Na sequência, segui para Minas Gerais, na cidade de Betim para rever meus familiares, depois de mais de quatro anos fora do Brasil. Eu continuo em Betim (dia 17 de setembro), atendendo às agendas com parceiros e conferências missionárias, intercalando com visitas a novas Igrejas e empresários cristãos, com a intenção de estabelecer novas parcerias. Falando de resultados, até o momento temos uma parceria sendo estabelecida com a IPB de Salto de Pirapora, o que tem sido uma alegria depois de muitas agendas cumpridas, e a possibilidade de uma reunião com um empresário cristão que está sendo articulada por uma de nossas igrejas parcerias. Isso já tem me motivado bastante e continuo crendo que, nEle, vamos conseguir sair desta situação e continuar com nossa jornada missionária. Estou confiante que o Espirito Eterno vai mover os corações, pois a obra é dEle e somos apenas instrumentos e mordomos. A estratégia futura dependerá dos resultados aqui alcançados para alinhavarmos com nossa equipe de trabalho as diretrizes para 2018.

ao Cordeiro? IC – Qual o valor mensal necessário para o sustento financeiro familiar e ministerial? Se não conseguir levantar todo o sustento necessário, qual o plano B? Menegasse – O sustento familiar gira em torno de $2,500 dólares mensais e a manutenção dos projetos missionários, $3,472 dólares. Eu não sou do tipo que faz ‘Plano B’, pois creio que aquEle que nos chamou para a boa obra vai nos surpreender, pois se me ater ao ‘B’ vou deixar de crer que Ele é capaz de realizar o ‘A’. Enfim, creio e quero crer, que apesar de toda a crise, Ele está acima de todas elas e que vamos continuar a nossa jornada, pois dependemos dEle e vamos continuar dependendo. Se Ele quiser nos direcionar para outro estágio de ministério, vamos estar abertos para tal, continuar dependendo dEle e entendendo que a boa, perfeita e agradável vontade dEle nas nossas vidas para este momento foi realizada, continuando a buscar nEle as diretrizes futuras. O meu tempo aqui não acabou e por isso continuo olhando para Ele como o plano A. IC – Qual a participação da IPC nesse sustento e o que espera para o futuro dessa parceria? Menegasse – A participação da minha Igreja local é extremamente relevante, tanto financeira, quanto pastoral. Apesar da distância geográfica, caminhamos juntos e me sinto cuidado, podendo compartilhar com minha liderança das nossas adversidades e das conquistas coletivas. A questão em si não é o valor, mas a motivação de se fazer Missões, como um investimento e não uma folha de despesas de pagamento. Para o futuro, espero poder continuar a jornada juntos, seja no Nepal, Oceania, qualquer outro lugar da Ásia ou para onde Ele quiser nos levar. Nosso chamado é um estilo de vida, assim como ser cristão é um estilo de vida e não apenas momentos estanques de clubes sociais cristãos. Eu creio que a minha Igreja de Curitiba é parte pungente deste estilo de vida, pois todos, como Igreja, temos um destino comum, baseado num chamado que cumprimos coletivamente.

IC – Como tem encontrado a igreja brasileira em relação ao compromisso e participação em Missões transculturais? Menegasse – Essa é uma pergunta difícil! Algumas igrejas têm caminhado conosco de maneira fidedigna ao longo de nossos 16 anos servindo em missões transculturais e, apesar da crise, não nos deixaram sozinhos. Enquanto isso, outras igrejas, por motivos diversos, incluindo a crise no Brasil como o fator preponderante, cortaram o suporte financeiro. Acredito que aqueles que nos conhecem e sabem da seriedade do nosso chamado e trabalho missionário continuarão firmes, independente das crises. Infelizmente, nós, como missionários, acabamos sendo os primeiros na lista dos cortes de despesas, o que nos deixa triste por perceber que somos apenas uma ‘despesa’ e não um investimento no Reino Eterno, pois todas as estruturas vão ficar para trás, mas o que levaremos conosco será o cumprimento do chamado e da missão a nós incumbida como Igreja. No geral, vejo pouco investimento em missões transculturais, levando em consideração a riqueza da igreja brasileira, pois não podemos ser medidos pelas crises que enfrentamos, mas pelo compromisso e fidelidade a Ele, que é nosso provedor no Brasil e em qualquer outro país. No caractere chinês, “crise” é vista como uma oportunidade e não como um fim em si mesma. Caminhamos nessa perspectiva. A participação da igreja brasileira, que há muitos anos deixou de ser ‘campo missionário’ e passou a ser ‘celeiro missionário’, ainda é pequena e tímida se levarmos em consideração a riqueza da igreja e os ‘investimentos hedonistas’ que nos surpreendem a cada dia. Como disse, todas as estruturas que estão sendo criadas vão ficar para trás e o que teremos para apresentar

IC – Você será um dos principais preletores da conferência missionária deste ano da IPC. Qual será o tema central das suas preleções? Que mensagem quer deixar para os participantes? Menegasse – O tema central das minhas preleções será “A Missão é Resgatar a Revelação”, o que nos levará direto à presença do Cordeiro, no ajuntamento dos povos e numa restauração da visão plena, outrora perdida e resgatada em Cristo Jesus, para que juntos possamos seguir no cumprimento do resgate dessa revelação outrora perdida a todos os povos, num esforço coletivo para que o Reino se expanda em nós e através de nós, até que juntos celebremos na presença do Cordeiro.

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