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o mais silencioso
Depois do Bentayga Hybrid, a marca britânica reforça a aposta nesta tecnologia introduzindo ‑a no Flying Spur Hybrid, que se apresenta com 544 CV e uma autonomia elétrica anunciada de cerca de 40 km. Silêncio que se vai andar de Bentley… p reço: 272.844 €
fIcHa técnIca
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BentLey fLying spur hyBrid

TIPO DE MOTOR Gasolina, 6 cilindros em V, turbo
CILINDRADA 2.894 cm3
POTENCIA 416 CV
BINÁRIO MÁXIMO 550 Nm
TRANSMISSÃO Integral, caixa auto. 8 vel. (dupla embraiagem).
SISTEMA ELéTRICO
TIPO DE MOTOR Síncrono de ímanes permanentes, dianteiro
POTÊNCIA 136 CV (100 kW)
BINÁRIO MÁXIMO 400 Nm
BATERIA Iões de lítio, 14,1 kWh
AUTONOMIA (WLTP) 40 km
SISTEMA HÍBRIDO
TIPO DE MOTOR Elétrico‑gasolina, PHEV
POTÊNCIA (TOTAL) 544 CV
BINÁRIO (TOTAL) 750 Nm
V. MÁXIMA 285 km/h
ACELERAÇÃO 4,3 s (0 a 100 km/h)
CONSUMO (WLTP) 3,3 l/100 km (misto)
EMISSÕES CO2 (WLTP) 75 g/km (misto)
DIMENSÕES (C/L/A) 5.316 / 1.978 / 1.483 mm
PNEUS 265/45 R22 (fre.) 295/40 R22 (tras.)
PESO 2.505 kg
BAGAGEIRA 351 l
PREÇO 318.821 €
GAMA DESDE 274.484 €
I. CIRCULAÇÃO (IUC) 559,90 €
LANÇAMENTO Agosto de 2022
aValIação
PREÇO ✖ ✖ ✖ ✖ ✖
PRESTAÇÕES ✖ ✖ ✖ ✖ ✖
COMPORTAMENTO ✖ ✖ ✖ ✖ ✖
CONSUMO ✖ ✖ ✖ ✖ ✖
Suspens O Pneum Tica S Rie
osalto para a eletrificação já é uma realidade na Bentley, e agora na forma daquele que é considerado o porta-estandarte da marca. Falamos-lhe do novo Flying spur Hybrid, uma berlina de luxo que pela primeira vez na história da marca utiliza um motor híbrido plug-in. Vinculado historicamente a enormes propulsores V8 e W12, fomos tentar perceber se a ajuda de uma unidade elétrica serve as pretensões que se exigem a um automóvel de requinte e luxo como este.
Cora O Porsche
o coração do Flying spur Hybrid é composto por um bloco a gasolina 2.9 V6 twin-turbo de 416 CV e 550 Nm de binário, um motor elétrico de 136 CV e 400 Nm e uma bateria de iões de lítio com 14,1 kWh de capacidade útil. a soma de todos estes ingredientes resulta numa potência combinada de 544 CV e 750 Nm de binário, permitindo percorrer até 40 km em modo totalmente elétrico (valor anunciado). ao contrário do sistema utiliza- do pelo irmão Bentayga Hybrid, que recorre a um motor 3.0 V6 da audi e caixa automática com conversor de binário, aqui a “fonte de inspiração” é a Porsche, com o referido 2.9 V6 associado a transmissão de dupla embraiagem e oito velocidades.


Feita esta apresentação, falar do
Flying spur Hybrid é falar de qualquer Flying spur. ou seja, a receita é a mesma, casos do sistema de tração integral com distribuição variável do binário entre os eixos e da suspensão pneumática, por exemplo. tudo com a particularidade de a designação Hybrid na carroçaria não obrigar a re- nunciar a altas prestações, bem pelo contrário: aceleração dos 0 aos 100 km/h em 4,3 segundos e 285 km/h de velocidade máxima. tapete Voador, mas... aos comandos, a berlina de luxo da Bentley continua a ser impecável e
<< Ao contrário do Bentayga, o Flying Spur recorre ao sistema híbrido da Porsche e da Audi >>




rIVal
Bmw m760e XdriVe
TIPO DE MOTOR Gasolina, 6 cilindros em linha, turbo CILINDRADA 2.998 cm3
POTÊNCIA/ BINÁRIO 571 CV / 800 Nm
CONSUMO (WLTP) 1,0 /100 km (misto) PREÇO 155.000 € às versões V8 ou W12. sem energia na bateria, os consumos rondam os 10 l/100 km com uma condução sem grandes cuidados e preocupações, enquanto com a bateria cheia é possível alcançar uma autonomia elétrica próxima dos 32 km e registos na ordem dos 7,5-8,0 litros. Por curiosidade, dizer que a marca anuncia uma autonomia total de perto de 720 km. os faróis Led matrix são um dos exclusivos deste Bentley. a iluminação é excelente. implacável, oferecendo sempre potência e realizando qualquer manobra ou movimento com a maior das suavidades, pese as suas generosas dimensões. Com ou sem carga na bateria, o sistema híbrido gere a entrega da potência para

É equivalente ao Bentley no que a esquema mecânico diz respeito.
Um PHEV com 571 CV de potência total, 85 km de autonomia elétrica (a bateria é muito maior), mais eficiente e mais barato. A qualidade de construção é excelente, mas não tem o estatuto do Flying Spur.


eQuIPamento
que nos primeiros metros o protagonista seja sempre o motor elétrico. Na verdade, esta unidade “auxiliar”, não só, proporciona um “plus” de agilidade ao Flying spur, facilitando toda a sua a vida urbana, como lhe confere outra eficiência face sérIe Airbags frontais, laterais (dianteiros e traseiros) e de cortina (dianteiros e traseiros); controlos de estabilidade e tração; sistema de alerta de colisão; assistente de mudança involuntária da faixa de rodagem; reconhecimento dos si nais de trânsito; cruise control adaptativo; sensor de pressão dos pneus; suspensão pneumática; direção assistida pro gressiva; câmara 360º; sensores de estacionamento diantei ros e traseiros; faróis Full LED Matrix; lava‑faróis; sensores de chuva e luz; alarme; ar condicionado automático de 4 zonas; filtro de carbono ativo; volante multifunções com ajuste elé trico em altura e profundidade; retrovisor interior eletrocro mático; estofos em pele; bancos dianteiros aquecidos; head ‑up display; sistema multimédia com ecrã de 12,3’’, Bluetooth, navegação, funções Apple CarPlay e Android Auto, ligação a consola de jogos e memória interna; rede Wifi; e jantes de li ga leve de 22 polegadas oPcIonaIs Piano black (2.080 €); painéis das portas tra seiras com piano black (2.280 €); costuras dos bancos feitas à mão (3.430 €); volante aquecido (250 €); mascote Flying B iluminada no capô (4.670 €); luzes de boas vindas em LED (1.050 €); para‑brisas aquecido (770 €); Digital TV (1.310 €); display do ecrã central rotativo (6.100 €). as jantes de 22” com pneus mais largos atrás do que à frente são elegantes. pintadas a preto são específicos da linha azure. para uma berlina com estas dimensões, a bagageira é algo reduzida. dá para algumas malas, mas o pack híbrido obriga a limitar muito o espaço. eXceLente haBitaBiLidade, soBretudo atrás. os Bancos são todos eXtremamente confortáVeis eLegante e reQuintado, o haBitácuLo respira QuaLidade imacuLada e muita tecnoLogia a pele utilizada no interior é do melhor que já vimos. o próprio piano Black do tablier e consola central parece um espelho e não ganha riscos. o padrão é específico e é sinónimo de bom gosto.
Já em relação ao carregamento da bateria, o Hybrid recupera praticamente toda a energia em 1h45, mas o carregador embarcado está limitado a 7,4 kW. tem pouca autonomia elétrica, mas a bateria é das mais pequenas do segmento.
2 exemplarmente trabalhada, a gestão do motor elétrico coordena cada resposta em função do momento, quer a assistir o propulsor térmico para melhor aceleração, quer em prol dos consumos, dando primazia à condução eficiente. Contudo, a maior vantagem do esquema híbrido reside na suavidade, no silêncio e na ausência de qualquer vibração, podendo a unidade elétrica trabalhar até aos 130 km/h. se o conforto e bem-estar eram dois pilares do Flying spur, o silêncio absoluto desta versão permite desfrutar ainda mais dessa qualidade. É verdade que não é fácil renunciar ao estatuto e exclusividade de um doze cilindros, mas aqui a “coisa” é servida com outra souplesse, quase impossível de igualar. o facto de ter perdido cilindros poderia ser entendido como um inconveniente, mas dado o foco do Flying spur como berlina de luxo, o motor híbrido plug-in acaba por ser a melhor opção da gama, principalmente se o objetivo for viajar sempre nos lugares traseiros.
1. o painel de instrumentos é digital, mas imita sempre o analógico com dois mostradores e um pequeno ecrã central. 2. este botão controla os modos de condução, cujas diferenças de ação entre eles não são grandes. como é natural, o sport acaba por ser aquele que permite explorar melhor o motor e o chassis. 3. o ecrã central multimédia “esconde‑se” no tablier. pode ter várias informações ou converter‑se numa base para alguns indicadores digitais ao estilo de manómetros.

Viagem em e X ecuti Va se por fora praticamente não existem diferenças entre o Hybrid e a versão dita normal, com exceção do logótipo Hybrid, no interior a distinção é feita através da instrumentação, que mostra quando o carro está a andar só “a pilhas” ou quando está a regenerar energia nas fases de desaceleração e travagem, e do ecrã central de 12,3’’, com uma animação de fluxos energéticos quando entra em ação o motor V6. o interruptor start/stop foi substituído por um comando dos modos eV Drive, Hybrid e Hold. as costuras a condizer, a qualidade geral de materiais e acabamentos e até a tecnologia a fazer alguns truques, como o painel rotativo ao centro do tabliê (opcional: 6.100 €), que ora exibe mostradores analógicos, ora revela o ecrã central digital para a navegação e outras funções.

De resto, encontramos o sensacional nível de execução e bom gosto que é apanágio dos luxuosos habitáculos da Bentley, com uma criteriosa mistura de pele, madeira e metais que fazem com que qualquer pessoa se sinta especial.

Depois há o espetáculo de “abertura” dado pela mascote “B” que se eleva eletronicamente na ponta do longo capô, devidamente acompanhado pela sequência de iluminação e pelo sistema de acesso sem chave darem as boas-vindas aos distintos ocupantes.
Do preço, nem vale a pena falar (ver ficha técnica). Quem compra um Bentley…
