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REVISTA O GIROLANDO
Criador Olavo Júnior investe no registro do rebanho da Fazenda Morro da Mandioca
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acariciar os animais, interagindo com eles. Amo as minhas vacas, novilhas e bezerras e as conheço muito bem, sabendo de cor a genealogia de todo o plantel atual e também dos animais antigos”, informa o criador. A produção leiteira é, obviamente, uma das principais ferramentas para a seleção do criatório, mas a fertilidade também é um critério de peso por ter boa herdabilidade. Tendo o pedigree como selo de
Vantagens do Registro Genealógico • Identificação oficial dos animais; • Proporciona o controle de consanguinidade do rebanho; • Concede informações fundamentais para realização de acasalamentos, integrando a genealogia do animal; • Identificação e seleção de animais superiores para evolução do rebanho, associando a genealogia do animal; • Documento exigido para obtenção de financiamentos e linhas de crédito especiais junto a instituições financeiras; • Valorização econômica dos animais; • Participação em exposições e leilões oficiais da raça. DIVULGAÇÃO
maior parte do tempo do serviço pode ser gasta verificando estrutura corporal, biotipo leiteiro, pedigree, dentre outras características. Atualmente, a maioria dos animais são registrados como Genealogia Conhecida e o número de animais descartados, por conta de alguma característica não permissível, é bem menor, o que mostra um trabalho de seleção bem-feito pelos criadores. Eles sabem que o registro é uma ferramenta insubstituível para conhecer o rebanho, evitando consanguinidade, e direcionar acasalamentos, utilizando as famílias mais interessantes para o objetivo do criatório”, orienta Limirio. No caso da Fazenda Morro da Mandioca, os cruzamentos são direcionados para a formação da raça propriamente dita, obtendo animais Girolando (5/8 e Puro Sintético), que representam 75% do plantel. Os outros animais são das composições raciais CCG 1/4, CCG 3/8, CCG 1/2 e CCG 3/4, direcionados para a futura produção de 5/8. “Gosto de usar algumas linhagens diferentes oriundas do Gir e do Holandês que não são tão utilizadas dentro do Girolando para tentar sempre fazer alguma coisa diferente”, destaca Olavo. Entre machos e fêmeas o criatório conta com um rebanho entre 120 e 130 cabeças. As vacas em lactação giram em torno de 40 exemplares. “Preciso de animais fortes e rústicos para subir e descer os morros da propriedade, já que a criação segue semiextensiva. O manejo é simples e a produção natural, sem forçar demais as vacas, o que aumenta a sua vida produtiva. Docilidade dos animais leiteiros também é algo que valorizo e considero fundamental. Aprecio poder andar tranquilo pelo curral e pastos, podendo
origem, a raça vem avançando geneticamente para atender um mercado que é muito dinâmico. Segundo o técnico da Girolando, a homogeneização da raça mudou da água para o vinho nos últimos 15 anos e de forma pulverizada pelo País. “A cada ano que passa, deparamos com plantéis de extrema qualidade, e não é uma questão local, está em todo o Brasil. Os criadores têm selecionado o que há de melhor e a FIV jogou isso para o mercado de forma muito veloz e ampla”, destaca Limirio. Para quem está começando a formar um rebanho Girolando, a dica do técnico é estudar e conhecer bem a pecuária leiteira antes, buscar apoio da Associação e de outras entidades para auxiliá-lo na aquisição de animais, na definição da melhor composição racial para o projeto, assim como o sistema de produção ideal. “Hoje é possível começar com animais de Genealogia Desconhecida, mas o ideal é adquirir animais de Genealogia Conhecida, pois terá um rebanho
Superintendente técnico Leandro Paiva registra animais do criador Wagner Ferreira Silva