Revista P&V - GIC 2014

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ATÉ 2018… TEMOS DIRETOR! Alice Marques Meio século é a sua idade. Há vinte e seis anos, deixou as águas quentes do Algarve e rumou ao norte, até à Marinha Grande, que passou a ser a sua terra! Aqui se apaixonou, namorou, casou e foi pai de duas meninas, hoje já no ensino superior, uma delas prestes a terminar. Vinte e seis anos na Calazans Duarte, dez dos quais em órgãos de gestão, sendo cinco como Secretário do Conselho Diretivo, 4 anos como Diretor e um como Presidente da Comissão Administrativa Provisória. Sem surpresas, Cesário Silva, único candidato ao concurso para Diretor do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente, foi eleito pelo Conselho Geral no dia 20 de maio. A decisão foi unânime. O “novo “ Diretor do Agrupamento, no primeiro ato público após a eleição, deu uma entrevista ao P&V. Nela falou do seu projeto para o AEMGPoente até 2018 e deixou claros os ideais que o movem: “equidade com justiça, oportunidades iguais para todos os alunos, contribuir para fazer de todos cidadãos de primeira”

Alice Marques: No projeto de intervenção com que se apresentou a concurso, considera que “um diretor deve ser como um maestro, deve saber dirigir a orquestra mas não precisa de saber tocar todos os instrumentos”. Revê-se nessa metáfora? Cesário Silva: Verdadeiramente. Apesar de o cargo ser unipessoal, só faz sentido exercê-lo em equipa. Mas nesta orquestra, qual é o instrumento que sabe tocar? Bem, em tempos, quando estive numa banda, eu tocava saxofone. Nesta orquestra acho que o meu instrumento é a relação com as pessoas. O procedimento concursal, não é propriamente um exercício de democracia direta. Pensa que este modelo fragiliza a sua base de apoio? Confesso que ficaria mais satisfeito se a auscultação fosse direta. Mas reconheço que esta é a forma de o modelo atual valorizar o Conselho Geral como órgão de topo, ao atribuir-lhe a responsabilidade da eleição do director. A sua eleição foi consensual? Segundo me comunicaram ontem, a eleição foi por unanimidade. Na introdução do seu projeto, evidencia a dimensão do Agrupamento e a diversidade dos públicos a que este procura dar resposta. Que balanço faz do ano de transição, em que foi o Presidente da CAP Eu diria que foi um ano de grande aprendizagem. Tive de contatar com realidades distintas, saí muito do gabinete e da escola, contatei com alunos de diferentes faixas etárias, pais e professores diferentes. Tudo foi diferente. Aqui já nos conhecemos muito bem. Foi um ano em que foi preciso fazer sentir a muitas pessoas que precisávamos de trabalhar em conjunto e confiar uns nos outros. O facto de as escolas estarem fisicamente afastadas da sede, onde se concentra a maior parte do trabalho, exigiu sobretudo confiança. Qual foi o setor em que houve mais dificuldades na transição, eventualmente algumas resistências? Eu não diria que houve resistências. Mas o setor em que que sem dúvida as pessoas sentiram mais a transição foi na Guilherme Stephens. De um dia para o outro a escola perde a direção do Agrupamento e passa ter um coordenador. No setor administrativo fizemos sentir a importância da centralização de serviços na escola sede. As pessoas perceberam isso,

«...tenho a perspetiva de que nesta cultura de Agrupamento todos devem trabalhar com permeabilidade entre os ciclos, com projetos transversais que rentabilizem serviços e recursos e proporcionem a todas as crianças e jovens do Agrupamento as melhores condições de ensino e aprendizagem. »

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