O Carreteiro 505

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EDITORIAL O ANO MAIS LONGO

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desaceleração acentuada da economia em 2015 levou empresas de diferentes setores demitirem empregados, a população passou a consumir menos e ver cair a qualidade de vida. A partir do segundo semestre, quando se constatou que o cenário brasileiro não mudaria mesmo, era comum ouvir pessoas dizendo que esperavam ansiosamente o início de um novo ano. O desejo era esquecer de vez o malfadado 2015. Sem bola de cristal para previr o futuro e armados simplesmente da esperança, restou a todos dizer apenas “adeus ano velho”. A expectativa dos brasileiros dados ao trabalho e à honestidade, era de viver um 2016 de recuperação um pouco menos difícil em todos os aspectos. Janeiro, Carnaval e Páscoa passaram. O ano era ainda velho. Uma provável troca na presidência da república se mostrava como o início da recuperação para se ter um País melhor. A mudança mostrou logo não ter o efeito desejado na economia brasileira. E, assim, como no ano anterior, exceto com o sentimento de mais urgência, a ansiedade de deixar para trás outro período ruim voltou a incomodar os brasileiros. Dezembro chegou estranho, sem o mesmo clima até mesmo para adultos que não esperam presentes natalinos. Mais disperso e desconfiado do futuro, Papai Noel se mostra mais afinado com a realidade de que a mera troca de números do calendário não tem o poder de transformar o ano velho em novo. Até mesmo as tradicionais mensagens “Feliz Natal” e “Próspero ano Novo” já não soam com a intensidade de sempre. Na cabeça dos brasileiros, 2016 está muito comprido e não vai deixar muitas lembranças boas. Por outro lado, o bom senso indica que devemos ser otimistas, mesmo com o sentimento de que muitas coisas fora eixo tenham fragilizado nossa esperança. No fio de fé que ainda restou em cada um de nós, reside a certeza de que uma hora a coisa comece a melhorar. Mas até que isso venha a acontecer cabe a todos estarem cientes de que ainda há um desconhecido trecho a ser percorrido. Porém, acreditamos que ficará algum aprendizado, amadurecimento e um pouco mais de questionamento sobre qual o futuro de uma nação conhecida internacionalmente pelas peripécias dos seus políticos. Uma terra sem rei, mas não isenta de reinado. Resta dizer que apesar da pesada carga, a estrada segue. Por enquanto cheia de buracos na pista atrasando a chegada aos nossos objetivos, mas segue. Que venha 2017 e seus novos desafios. João Geraldo Editor






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SUMÁRIO

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PROFISSÃO

Controle mais eficiente das contas e mais atenção à manutenção do caminhão, para evitar despesas extras, e maior preocupação com o consumo de combustível, novas rotas e frete melhor negociado, são as principais medidas adotadas pelos motoristas para sobreviver às dificuldades enfrentadas em 2016

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MONTADORAS

Para sobreviver à crise que provocou a queda das vendas e a redução da produção em 2016, os fabricantes de caminhões investiram na diversificação de ações para o pós-venda. Apesar de terem apresentado novos produtos, o foco maior foi direcionado às promoções para levar o transportador à rede de concessionários


/OCARRETEIRO /OCARRETEIRO_ /OCARRETEIRO (11)95428-8803 /REVISTAOCARRETEIRO DIRETOR Edson Pereira Coelho REDAÇÃO redacao@ocarreteiro.com.br Editor João Geraldo (MTB 16.954) Colaboradores desta edição Evilazio de Oliveira e Daniela Giopato Ilustração Michele Iacocca

38 PNEUS Os pneus de carga evoluíram muito nos últimos anos e graças às tecnologias a eles incorporadas, tornaram os veículos mais econômicos no consumo de combustível e ganharam maior vida útil. Representantes dos principais fabricantes instalados no Brasil falam de avanços em seus produtos e da receptividade do mercado

REPRESENTANTES comercial@ocarreteiro.com.br Eurico A. de Assis José Antonio Fernandes Ubiratan Alves Ferreira. PROJETOS ESPECIAIS Jenner Nicodemos ADMINISTRAÇÃO Ed Wilson Furlan Nilcéia Rocha Juliana Vieira TI DC Code Soluções em TI Ltda.-ME DISTRIBUIÇÃO G.G. Ed. de Public. Técnicas Ltda Ricardo Lúcio Martins ASSINATURA assinatura@ocarreteiro.com.br 5035-0000

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PROMOÇÃO promocao@ocarreteiro.com.br ARTE arte@ocarreteiro.com.br Andrea Tanaka Assinatura: Anual R$ 96,00 Exemplar avulso: R$ 8,00 Edição nº 505 - Circulação: Dezembro de 2016

Publicação de: G.G. Editora de Public.Téc. Ltda. Rua Palacete das Águias, 395 Vila Alexandria - CEP 04635-021-SP Tel.: (11) 5035-0000 - Fax: (11) 5031-8647 revista@ocarreteiro.com.br

www.ocarreteiro.com.br A Revista O Carreteiro é dirigida a motoristas de caminhão, empresários donos de transportadoras, frotistas, chefes de oficinas e demais profissionais ligados ao transporte rodoviário de carga. A publicação é distribuída em cooperação com postos de serviços rodoviários “ROD” (Rede Oficial de Distribuidores da Revista O Carreteiro). É proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem prévia autorização. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Revista O Carreteiro. Impressão e Acabamento RR Donnelley Tiragem desta edição verificada pela PwC, cuja carta relatório encontra-se em nosso poder


NOTÍCIAS A MAIOR GELADEIRA

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Elber acabou de lançar a geladeira externa para caminhão GC85 BIG, apresentada ao mercado como o maior produto de sua categoria. Com 85 litros de capacidade, e peso de 37 quilos, a novidade tem dois anos de garantia contra defeitos de fabricação ou de funcionamento. Assim como todos os demais 16 modelos já desenvolvidos pela empresa, a GC85 BIG é comercializada em mais de mil pontos de vendas em todo o território nacional. Antes do lançamento, o maior modelo produzido pela Elber era a GC73 Fortt. Eduardo Duarte, coordenador comercial da Elber, destaca que além dos modelos de sua li-

nha, a empresa recebe diariamente solicitações de produtos especiais e acrescenta que todos são desenvolvidos pensando nos espaços disponíveis do caminhão. “Nossos amigos motoristas encontram todas as facilidades de financiamento e instalação junto à nossa rede de revendedores”, concluiu.

LINHA PESADA

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Truckvan, empresa com mais de 20 anos de experiência na fabricação de unidades móveis e implementos rodoviários, está ampliando a sua linha de produtos e atuação no mercado com o lançamento da linha de semirreboques furgão alumínio. Luiz Carlos Cunha Júnior, diretor comercial da Truckvan explica que o produto já está disponível em diferentes dimensões e possui todas as configurações de quantidade de eixos e tipos de suspensão e adianta que em breve será apresentado o semirre-

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boque lonado (sider). Outros recentes lançamentos da empresa este ano são o carro-forte, carroceria fechada para o transporte de bebidas e a carroceria destinada ao setor de eletricidade


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PROFISSÃO

MUDANÇA FORÇADA Melhor controle das contas e mais atenção à manutenção do caminhão, para evitar despesas, maior preocupação com o consumo de combustível, busca de novas rotas e negociar melhor o frete foram as principais medidas adotadas pelos motoristas para conseguir sobreviver às dificuldades enfrentadas em 2016

POR Daniela Giopato

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iante das dificuldades para superar a falta de carga e aumento dos custos de operação, se manter no mercado este ano não foi tarefa fácil e exigiu mudança de postura dos motoristas, principalmente dos autônomos. Além da boa e velha planilha de custos para controlar despesas e negociar melhor os fretes, a busca de novas relações e rotas também fizeram parte do pacote de sobrevivência. No final, apesar de todos entraves para se manter vivo e na atividade, para 14

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muitos carreteiros restaram o aprendizado com a crise, como a exigência de organização principalmente, para enfrentar o ano de 2017, o qual não sinaliza ser muito diferente de 2016. O autônomo Marcio Mohr, 38 anos de idade e 20 de profissão, de Chapecó/SC, viaja atualmente por todo o Brasil, mas antes da crise sua rota era apenas São Paulo. A falta de carga o levou a buscar alternativas e hoje, conforme explica, está mais focado na região Nordeste. Porém, no novo cenário ele disse que permanece muito mais tempo viajando e che-


ga a ficar até mais de dois meses na estrada. “Antes, não passava de uma semana longe de casa. Além disso os custos subiram muito e meu faturamento caiu mais de 20%. Esse ano é um ano para ser esquecido”, enfatiza. O carreteiro disse também que a crise aumentou sua atenção com a manutenção do caminhão, para melhorar o consumo de combustível. Afirma que sempre cuidou bem do veículo, porém agora é fundamental evitar qualquer imprevisto que possa comprometer ainda mais o orçamento. “Hoje, dirigir com economia

é questão de sobrevivência”, reconheceu, dizendo que está mais preparado para encarar os desafios que estão por vir. Para concluir, Marcio Mohr contou que pela primeira vez sofreu um assalto à mão armada, na região de Salinas/MG. “Nunca tinha passado por isso. É nesse momento que percebemos como é grande a falta de segurança nas estradas”, concluiu. O gaúcho Valdenir Milton Eich Filho, de São Luiz Gonzaga/RS, 38 anos de idade e 20 de profissão, comentou que até agosto desse ano trabalhava comissionado transportando arroz, mas a situação estava ficando cada dia mais difícil. Contou que houve redução do serviço e também do seu faturamento, mas em setembro conseguiu um trabalho com registro em carteira. “Apesar de não ser ainda o ideal, melhorou minha situação”, reconheceu. Lembra que para sobreviver a este ano cortou todos os gastos possíveis, inclusive com alimentação, passando a levar mantimentos para cozinhar no caminhão e evitar os restaurantes dos postos. “Até roupa deixei de comprar. Tenho dois filhos e minhas prioridades são a minha família e conseguir pagar minhas despesas fixas”, afirmou. Valdenir admite que a crise lhe tirou da zona de conforto e o fez buscar novas oportunidades de trabalho que dessem mais segurança. “Sem contar que comecei a colocar tudo no papel e fazer contas”, afirmou. O carreteiro acredita que em 2017 será um ano mais tranquilo para sua família, já que deixou de depender de comissão. Sua meta é www.ocarreteiro.com.br

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PROFISSÃO Márcio Mohr disse que as dificuldades aumentaram sua preocupação com a manutenção do caminhão e a economizar combustível

equilibrar o orçamento para juntar dinheiro e comprar um carro. “Esse é o meu objetivo para o ano que vem”, concluiu. Há 18 anos na profissão, o também gaúcho de São Borja, Flávio Oliveira, tem 42 anos de idade e perdeu o emprego de motorista quando a empresa onde trabalhava fechou as portas. Comenta que apesar de ter conseguido rapidamente outra colocação seu ganho foi reduzido e não tem plano de saúde. “Agora não tenho condições de contratar outro. Antes ficava uma semana fora de casa e agora são 15 dias. A empresa que a minha esposa trabalhava também fechou. Então foi um ano difícil”, relatou. Diante de tantas situações negativas, 2016 ajudou Flávio a encarar a profissão de uma outra maneira. Ele diz que aprendeu a economizar e agora coloca tudo no papel. “Não como mais em restaurantes de beira de estrada e faço as refeições na caixa. Acredito que quem se organizou e aprendeu a fa16

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zer contas vai conseguir sobreviver em 2017, mesmo com as dificuldades que surgirem”, opina. Falando no próximo ano, ele acredita que a situação deve melhorar um pouco a partir do segundo semestre. Porém, adverte que é preciso ter cautela e se controlar, principalmente no final do ano, quando geralmente o movimento é menor. “A minha meta é juntar dinheiro e contratar um novo plano de saúde para a minha família”, destacou. O autônomo Mauro Souza da Mata, 30 anos de idade e 10 de profissão, natural de Vitória da Conquista/ BA, também confirma que 2016 foi um ano fraco de frete. Conta que em 2015 uma viagem de São Paulo até Salvador rendia R$ 5.500,00, mas hoje caiu para R$ 4.000,00. “Essa

A crise, conforme disse Valdenir Eich Filho, o tirou da zona de conforto e o levou a buscar novas oportunidades na profissão que lhe dessem mais segurança


Agora coloco tudo no papel e aprendi a economizar. Quem também se organizou e aprendeu a fazer contas vai sobreviver em 2017, opinou Flávio de Oliveira

redução prejudicou o meu faturamento, porque os custos para transportar continuaram a subir”, disse. Pelos seus cálculos, a redução foi de 60%. Ele acrescenta que a situação começou a ficar ruim em outubro de 2015 e foi piorando ao longo de 2016. “Mas, nunca pensei que fosse ter saudade de 2015”, brincou. Para se manter no mercado, Mauro procurou algumas alternativas, entre elas tirar o insulfilme dos vidros do caminhão e checar toda a documentação do veículo para evitar multas. Também deixou de fazer refeições em restaurantes e mantém a manutenção do caminhão em dia para evitar imprevistos na estrada. “Sempre me preocupei com esses detalhes, porém esse ano o cuidado foi redobrado, pois qualquer situação fora do planejamento pode me desestabilizar” reconhece, afirmando que hoje não consegue ganhar nem R$ 5.000 por mês. “Sinto que estou

andando para traz”, desabafa. Em sua opinião, ainda existem muitos amadores na profissão aceitando frete de qualquer valor e essa prática prejudica aqueles que sabem negociar. “Acredito que sobrevivi a essa crise porque sou bastante organizado e anoto todas as despesas. Para cada viagem finalizada eu separo um valor referente ao desgaste do caminhão”, explicou. Para 2017, pensa em tomar uma atitude radical caso o mercado não mostre sinais de melhora. “Se nos primeiros meses o movimento continuar fraco, e o frete desvalorizado, vou largar a profissão. Já estou estudando alternativas. Não posso insistir em um negócio que não me proporciona uma margem de lucro”, finalizou. Vagner Robalo Chukul, de São Borja/RS, tem 30 anos de idade e apenas quatro de profissão e viaja para São Paulo, Minas Gerais e países do Mercosul. Ele contou que entre dezembro de 2015 e abril de

Entre outras medidas para se manter na profissão, Mauro da Mata afirmou que procura andar com o caminhão e a documentão em dia para evitar multas www.ocarreteiro.com.br

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PROFISSÃO

Vagner Chukul destaca que neste ano complicado ele fez bicos para ajudar a pagar contas fixas e reduziu praticamente todos os seus custos

2016 ficou parado, pois a empresa onde trabalhava entrou em férias coletivas para tentar ajustar as contas. “Foi um ano complicado. Neste período fiz bicos para ajudar a pagar as contas fixas e reduzi praticamente todos os meus custos”, explicou. Lembrou que em maio conseguiu uma oportunidade de trabalho, mas fica mais tempo longe de casa. “Antes, estava em casa a cada três dias, mas agora permaneço entre 10 e 15 dias longe. É muito difícil”, diz. Com todas as mudanças sofridas em 2016, Vagner afirma ter aprendido a importância de estar com a planilha de custos bem organizada. “Imprevistos sempre podem acontecer e devemos estar preparados para estes momentos. Principalmente no caso dos colegas autônomos”, alerta. Seu o objetivo para 2017 é juntar dinheiro para comprar uma casa própria. 18

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O autônomo Silvoney Gomes, 44 anos de idade e 20 de profissão, de Chapecó/SC, classifica 2016 como um ano “para sobreviver”. Conta que o faturamento caiu cerca de 40% e para se adaptar à nova realidade foi preciso fazer ajustes. “Restaurante? Nossa faz tempo! Agora é só na caixa do caminhão”, disse. Gomes é agregado e como o movimento da empresa para a qual presta serviço caiu, ele foi diretamente afetado. “Minha vontade é de jogar a toalha. Mas não posso. Então para sobreviver nessa crise passei a controlar melhor os meus custos, a negociar o frete e, principalmente, cuidar bem do caminhão para não ter nenhum imprevisto”, relata. Sua expectativa para 2017 é boa, pois acredita que depois de fevereiro o mercado vai começar a se recuperar. “Acho que não pode piorar mais. Todos nós aprendemos com as dificuldades. Não está fácil para ninguém. O jeito é equilibrar as contas e seguir lutando”, aconselha.

A redução do movimento de carga na empresa onde é agregado afetou o faturamento de Silvoney Gomes e o levou a fazer ajustes para sobreviver à crise



ANO DE 2016

ESCUTANDO AS ESTRADAS Durante 2016 a Mercedes-Benz realizou diferentes ações e lançamentos destacando sempre a importância de ouvir a voz do cliente para atender suas necessidades cada vez com maior eficiência

POR João Geraldo

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Mercedes-Benz começou 2016 pronta para as comemorações dos 60 anos de atividades no Brasil. Em seis décadas a empresa produziu 1.450.000

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caminhões (sendo o primeiro o modelo L-312), 680 mil ônibus e mais de 2.900.000 mil motores. A empresa teve um ano bastante ativo, com apresentação de novos produtos e serviços e também a inaugu-


FOTO Divulgação

ração da segunda loja SelecTrucks no País, localizada em Contagem Minas Gerais. Também recebeu o prêmio “Folha Top of Mind 2016”, como a marca de caminhões mais lembrada de todo o Brasil. O slogan “As estradas falam, a Mercedes-Benz escuta” esteve presente o tempo todo nas ações da empresa. No campo dos produtos, uma das primeiras atividades foi a divulgação do pacote de inovações da família Atego e a estreia da marca no segmento 8X2, com o Atego 3026 e 3030 configurados de fábrica. Também ganharam destaque as versões 2730 6X4, para a construção civil e operações fora de estrada, e a 2729 para coleta lixo. Toda a família Atego, incluindo os modelos 4X2 receberam quadros do chassi com maior resistência.

Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas de caminhões e ônibus da companhia, explicou que os aprimoramentos tiveram por base o feedback obtido junto a clientes da marca e informações do mercado captadas numa série de eventos realizados durante 2015. Outro lançamento da marca foi o Axor fora de estrada equipado com transmissão automatizada desenvolvida especificamente para este tipo de operação. Em 2016 a Mercedes-Benz ampliou e atualizou também a linha de produtos para distribuição urbana e outras aplicações com o lançamento da família de van Vito e da terceira geração da Sprinter. O furgão Vito tem espaço de 15 metros e capacidade para 1.225kg e agilidade para o tráfico urbano. Já a nova Sprinter chegou com novidades no design e na parte da segurança ativa. Ações voltadas ao pós-venda foram intensificadas este ano tiveram relevância entre as prioridades da empresa. A campanha nacional junto à rede de concessionários, por exemplo, que oferece condições atrativas com garantia de 12 meses e parcelamento aos clientes da marca, é uma delas. Em fevereiro, o consórcio Mercedes-Benz passou a abranger também planos específicos para caminhões médios e semipesados, além de chassi de ônibus e toda a linha de comerciais leves da marca. Um dos destaques da modalidade é a isenção de cobrança de taxa de inscrição e fundo de reserva e conta uma das taxas mais baixas do mercado. www.ocarreteiro.com.br

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ANO DE 2016

NEGÓCIOS DIVERSIFICADOS

Parceria com empresa da área química para o desenvolvimento de etanol produzido a partir de resíduos agrícolas, caminhões blindados, serviços conectados e a realização do Scania Drive Competitions foram as principais ações da Scania durante 2016

POR João Geraldo

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primeira grande ação da Scania em 2016 envolvendo produto foi a apresentação de três modelos P-270 4X2 movidos a etanol de segunda geração, um combustí-

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vel produzido a partir de resíduos agrícolas, tais como palha de trigo, de milho e bagaço de cana. Os resultados divulgados após um ano de operação dos “Ecotrucks”, apontam a redução de 90% nas emissões de


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CO2 comparados aos modelos movidos a diesel. Outros produtos em destaque este ano foram as três unidades P 250 8X2 blindadas entregues ao Grupo Esquadra, especializado no transporte de cargas de alto valor. O projeto contou com parceria da empresa MIB Blindados. Celso Mendonça, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Scania explicou que o desenvolvimento deste tipo de veículo tem sido um novo nicho de negócio para a companhia. Para chegar ao veículo planejado, o pessoal da engenharia da Sca-

nia retirou a cabine original do P 250 e instalou outra totalmente blindada e com abertura no assoalho para facilitar a manutenção do trem de força, entre diversas outras alterações de entre eixos e sistema de suspensão. No final de outubro, a Scania apresentou ao mercado o atendimento conectado, cujo objetivo é fortalecer o pós-venda através da maior regularidade da manutenção do caminhão, o que influi diretamente na redução do custo do quilômetro rodado. A tecnologia da conectividade tem papel fundamental para manter a sintonia entre o veículo, fábrica, concessionário e o transportador. De acordo com o diretor-geral da Scania no Brasil, Roberto Barral, os serviços conectados oferecem uma alternativa completa ao transportador com a disponibilidade de dados do veículo, uso inteligente das informações e consultoria customizada prestada pela rede de concessionários. “Tudo conforme a demanda do negócio de cada cliente”, concluiu. Para estar conectado o caminhão precisa de um módulo comunicador para enviar - no dia a dia - dados online sobre a operação do veículo. A empresa fechou o ano com o encerramento do Scania Drive Competitions, ação que reuniu motoristas do Brasil, Argentina, Chile e Peru. Luis Carlos dos Santos, conquistou o título de melhor motorista da América Latina e recebeu como prêmio um cavalo-mecânico Scania modelo R440 zero quilômetro. www.ocarreteiro.com.br

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ANO DE 2016

UM ANO PARA SOBREVIVER

Investimento em treinamento, um novo caminhão vocacional e o lançamento da sexta geração da caixa transmissão eletrônica I-Shift, são destaques da Volvo em 2016, ano em que a empresa procurou também dar mais atenção ao cliente e à rede de concessionários

POR João Geraldo

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Volvo iniciou 2016 comemorando a liderança no segmento de caminhões pesados, com 5.518 unidades emplacadas em 2015. Apesar da retração do mercado, assim como seus concorrentes em 2016 a empresa apresentou novos produtos e também 24 O CARRETEIRO

procurou estar próxima dos transportadores de todos os portes. Lançou campanhas de peças e serviços para a rede, investiu em infraestrutura de treinamento e inaugurou um showroom de caminhões seminovos Viking na entrada principal da fábrica, em Curitiba/ PR, entre outras ações para manter o


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negócio girando, mesmo que num ritmo muito abaixo do ideal. Um dos destaques da empresa na área de inovação foi o lançamento do modelo FMX com controle de tração dianteira, um produto para o Brasil e demais países da América Latina. Outro foi a apresentação do VM 32 - um modelo vocacional desenvolvido em parceria com clientes - na metade do ano. Projetado para operações em áreas de terraplanagem, mineração leve e construção civil, o veículo utiliza componentes dos pesados FH e FMX e se destaca como o modelo de maior capacidade de carga na sua categoria. Outra novidade este ano é a sexta geração da caixa de câmbio auto-

matizada I-Shift, já presente nos novos modelos da marca. Entre as principais características dessa transmissão se destacam a maior versatilidade e capacidade para reduzir o consumo de combustível, além de identificar o relevo da estrada e corrigir o modo de direção, entre outras funções. Também é destaque a maior durabilidade, podendo chegar a um milhão de quilômetros sem qualquer intervenção e a embreagem a 700 mil quilômetros. Em 2016 a Volvo atingiu a produção de 50 mil caixas de transmissão I-Shift na fábrica de Curitiba. Uma das ações para a venda de peças e serviços na rede de concessionários é a campanha “Peça Volvo & Ganhe Mais”, lançada no início do ano, com o sorteio de prêmios. Na lista constam dois caminhões (um FH e outro VM), 36 carros de passeio e cerca de 1.500 trocas de óleo. Para concorrer, o transportador tem de cadastrar a NF no site da campanha e recebe três números para concorrer aos prêmios. Os caminhões foram sorteados no final de 2016. Além de ações para levar o cliente às concessionárias, a empresa investiu no aprimoramento e desenvolvimento pessoas, tanto da sua rede quanto do cliente, de modo mais amplo e abrangente. Todo o trabalho de treinamento e formação de profissionais conta com infraestrutura completa do Centro de Desenvolvimento de Competências (CDC). Trata-se de um prédio com 2.600 metros de área construída inaugurado dentro do complexo industrial da fábrica, em Curitiba/PR. www.ocarreteiro.com.br

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ANO DE 2016

REFORÇANDO A BASE

Investimentos em novos produtos, na construção de campo de provas e de um laboratório de testes de motor são algumas das ações desenvolvidas pela MAN Latin America para se fortalecer no mercado de caminhões

POR João Geraldo

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MAN Latin America começou o ano com uma promoção oferecendo condições diferenciadas para a troca do caminhão usado por qualquer modelo zero quilômetro do portifólio da empresa. Entre os atrativos da ação, a empre26 O CARRETEIRO

sa destacou a avaliação acima da média do mercado e prazo até junho para os interessados em fazer negócio dentro das condições propostas em todas as concessionárias da rede. Em 2016 a montadora completou 35 anos de existência e 20 da inauguração da fábrica de Resende.


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Ainda no primeiro semestre, a montadora iniciou uma campanha para a retomada do crescimento de seus negócios. Batizada de “Vire a Chave”, a ação teve também como objetivo marcar o início de uma nova fase da companhia. O CEO da MAN Latin America, Roberto Cortês, explicou que empresa foi redimensionada para a realidade do mercado e focada no que o cliente deseja. A ação sorteou dois caminhões MAN TGX, uma picape Saveiro, vários prêmios (TVs, tablets e smartphones) e se estendeu até 30 de setembro, com abrangência da rede de concessionários, áreas de produtos e de engenharia. Os resultados começaram

com a venda de 300 caminhões no mercado brasileiro e outros 420 para o México e Angola. Para o mercado brasileiro, os primeiros produtos apresentados no ano foram o MAN TGX para operações fora de estrada e o Volkswagen Constellation 26.280 Constructor Betoneira com transmissão automática. A nova fase conta também com um laboratório de testes de motores, para homologação de novas potências e torques e o campo de provas em Resende/RJ, a primeira pista de rodagem do Grupo Volkswagen na America Latina. As duas obras estão previstas para serem inauguradas no início de 2017. A lista de ações incluiu ainda o Centro de Treinamento para qualificação da rede de concessionários. Segundo a empresa será um dos maiores do País, com mais de 10 salas técnicas com capacidade para receber veículos pesados. O local abrigará também biblioteca, ferramentaria, auditório e espaço para estudo. “Estamos nos estruturando para o futuro respaldados pela Matriz”, disse Roberto Cortes, CEO e presidente da MAN Latin America. Ainda de acordo com o executivo, do valor de 1 bilhão de reais a ser investido no País no período de 2012 a 2017, 400 milhões foram destinados ao desenvolvimento de produtos para novos segmentos e outras ações como a pista de testes. Também em 2016 a Volkswagen comemorou uma década de operação de caminhões e ônibus em Pinetown, África do Sul e mais de três mil veículos montados. www.ocarreteiro.com.br

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ANO DE 2016

NOVOS AUTOMATIZADOS Além do lançamento da linha Cargo automatizada, a qual destacou a evolução dos caminhões produzidos no Brasil, em 2016 a Ford apresentou diferentes produtos para reforçar sua presença no pós-venda

POR João Geraldo

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ano de 2016 para a Ford foi marcado pelo lançamento da linha Cargo automatizada, com caixas de câmbio Eaton, a qual recebeu o nome de TorqShift. Tendo como carro chefe a versão 2429 6X2, o 28 O CARRETEIRO

pacote de novos produtos contou também com versões do Cargo 1723, 1723 Kolector, 1729R, 1729T e Cargo 1933T com suspensão a ar. Todas as versões chegaram ao mercado com assistente de rampa. Os caminhões Cargo 1723, Car-


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go 1729 e Cargo 2429 saem de fábrica com transmissão automatizada de 10 marchas e reduzida de 17,04:1; embreagem de 395mm e disco com revestimento sinterizado de cerâmica. Já o 1723 Kolector conta com a caixa TorqShift de 10 velocidades para aplicações severas – como a coleta de resíduos - que exigem intensa troca de marchas. Esta unidade tem reduzida de 15,28:1 e duas relações de ré (14,12:1 e 4,00:1), com super-reduzida, para vencer ladeiras íngremes. O Cargo 1933, por sua vez, foi lançado com suspensão a ar, caixa de câmbio de 16 velocidades e reduzida de 17,64:1, além de duas relações de ré (17,64:1 e 14,91:1). A embreagem deste caminhão conta com dois discos cerâmicos. João Filho, chefe do departamento de engenharia da Ford, frisou no lançamento que essa característica aumenta a durabilidade do componente.

Flávio Costa, gerente de marketing de caminhões, acrescentou que que a suspensão a ar do Cargo 1933 é essencial para o transporte de produtos frágeis, além de melhorar o conforto para o motorista e a dirigibilidade. “Além de banco extra conforto, a cabine-leito do Cargo 1933T conta com uma das maiores camas do mercado”, adiciona. Outros modelos da Ford Caminhões que merecem destaque este ano são os novos médios Cargo 1415 e Cargo 1519, ambos com maior potência e capacidade para o transporte de até uma tonelada a mais de carga em relação às respectivas versões anteriores. Outro produto apresentado na mesma ocasião foi o Cargo 3129 6X4 para operações pesadas. No segmento de leves, a empresa destacou sua liderança. Em 2016 a montadora ampliou também a oferta de serviços pós-venda e apresentou o FordTrac, sistema de rastreamento que já sai instalado de fábrica no caminhão. Outro destaque da companhia para o cliente da marca foi o contrato de manutenção para caminhões usados, cujo valor mensal predeterminado é calculado na quilometragem rodada. Esse produto oferece dois tipos de plano, os quais preveem serviço de manutenção preventiva ou com a inclusão de peças de desgaste natural e garantia de atendimento em todo o Brasil. Já os prazos de revisão variam de acordo com o tipo e aplicação. A empresa fechou o ano com a campanha “Calendário da Saudade”, ação para a venda de peças e serviços que tem como personagem principal o motorista de caminhão. www.ocarreteiro.com.br

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ANO DE 2016

BUSCA PELA EXCELÊNCIA Produzir veículos mais eficientes e aprimorar o atendimento pós-venda em sua rede de concessionários levou a Iveco a adotar um modelo de gerenciamento de alto padrão para aumentar a competitividade da marca no País

POR João Geraldo

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ecidida a mudar o posicionamento da sua marca no mercado brasileiro, a Iveco realizou este ano diversas ações para colocar em prática uma série de providências visando a ajustar a rota da companhia no Brasil. Denominado 30 O CARRETEIRO

“Movimento em busca da excelência”, o movimento se baseou numa pesquisa com mais de 550 motoristas, frotistas e outros profissionais do setor de diversos Estados e considerou opiniões de clientes acerca dos veículos da marca, dos concessionários, serviços e do atendimento pós-venda.


FOTO Divulgação

Em relação aos veículos, os primeiros resultados da ação repercutiram nas melhorias técnicas aplicadas à família Daily, Tector e Stralis Hi-Way 2017. O vice-presidente da Iveco para a América Latina, Marco Borba, resumiu que o “Movimento pela excelência” é um modelo de gerenciamento de alto padrão para aumentar a competitividade da marca através de produtos e atendimento mais eficientes. Os pesados Stralis 440 e Stralis Hi-Way 440 e 480 receberam um pacote de alterações técnicas no trem de força para aumentar o torque e reduzir o consumo de combustível. Toda a linha Stralis 4X2 e 6X2 recebeu uma nova geração de eixo de tração e as versões

Hi-Way a tecla “modo econômico” no painel. Os principais diferenciais do novo eixo são coroa e pinhão forjados e aplicação de solda a laser para fixação das peças internas. Na linha Tector, a novidade na faixa de 17 toneladas é a versão170E21, com motor de quatro cilindros, 4,5 litros e 206cv de potência. Ricardo Barion, diretor de marketing para a Iveco na América Latina, disse que torque de 720Nm deste motor é o maior da categoria. No segmento de 24 toneladas, a versão 240E30 (6X2) recebeu novo motor de 6,7 litros e 300cv de potência. Já as opções 8X2 são o Tector 310E28 e 310E30, ambas com quarto eixo direcional de fábrica. Entre os caminhões vocacionais, a novidade é o Tector Coleta 170E28 6x2 - com eixo Pusher - e o Tector Construção 260E30 8X4. Ambos tiveram os amortecedores recalibrados e embreagem reforçada, entre outros itens. Na linha Daily, uma das novidades é a versão40S14, com PBT técnico de 4.860kg (sendo 1.860 só de carga) para atender clientes fora das regiões com restrição de circulação. Apoiada na mudança da lei do VUC em São Paulo, a Iveco aumentou o comprimento máximo dos veículos de 6,3m para 7,2, e o aproveitou para divulgar o Daily 70C17 inclusive com cabine dupla. Ações de pós-venda como a campanha “Preços que cabem no Bolso” para a aquisição de peças genuínas e planos de manutenção sob medida para motoristas e frotistas, e também revisão com preço fixo 10% abaixo da média do mercado, também fizeram parte da iniciativa da empresa. www.ocarreteiro.com.br

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ANO DE 2016

CONSOLIDAÇÃO DA MARCA A DAF caminhões completou três anos de operação de sua fábrica de caminhões no Brasil e trabalha para a consolidação da marca no mercado brasileiro de caminhões pesados, onde concorre com duas linhas de produtos

POR João Geraldo

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DAF completou em outubro três anos de produção de caminhões pesados no Brasil e mais de 1.400 unidades vendidas neste período. Desde a inauguração, a fábrica instalada em Ponta Grossa/PR recebeu mais de 1 bilhão de investimentos em ações como a produção de motores, treinamento, parcerias com universidades e desenvolvimento de programas sociais. Atualmente, a empresa tem duas linhas de caminhões no Brasil e produz quatro unidades por dia. São elas a XF105 (6X2 e 6X4), com motores de 410, 460 e 510cv de potência, e CF85 6X2 e 6X4, com motores de 360 e 410cv. Em fase de consolidação da marca e seus produtos no mercado brasileiro, em 2016 a empresa realizou a terceira edição da Semana do Cliente. Trata-se de um evento que consiste

em levar grupo de frotistas e autônomos para conhecerem a fábrica e suas instalações, a marca e os seus produtos para o Brasil. A DAF conta também com o Contrato de Manutenção Multisuporte. De acordo com o diretor comercial da companhia, Luis Gambim, a DAF está se preparando para crescer nas duas linhas de caminhões que monta atualmente em Ponta Grossa. O próximo lançamento, conforme adiantou, será uma versão do XF105 para operações fora de estrada, como o transporte de madeira e cana de açúcar, entre outras. Ele disse também que a rede vai crescer de 22 para 29 concessionários nos próximos meses. A DAF conta também com o PACCAR Parts - divisão do Grupo PACCAR -, cujo portifólio de produtos é composto pelas Peças Genuínas DAF e Peças Genuínas PACCAR e linhas multimarcas TRP. Carlos Tavares, diretor da PACCAR Parts Brasil, disse que a TRP agrega para os concessionários, pois consegue levar outras marcas para suas oficinas. Ainda segundo ele, os componentes cobrem mais de 90% dos caminhões que rodam hoje no Brasil. Apoiada pela rede de concessionários, a principal distribuidora dos componentes, a empresa anunciou recentemente e ampliação da oferta de peças TRP com mais opções das linhas de correias e tensionadores, frutos de parceria com as empresas Continental e Dayco. A DAF anunciou que em 2017 terá também peças para transmissão e motor. www.ocarreteiro.com.br

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O CARRETEIRO


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MELHOR MOTORISTA

O CAMPEÃO DA AMÉRICA LATINA Após meses na disputa que reuniu mais de 56 mil motoristas, numa competição que revelaria o melhor motorista de caminhão da América Latina, Luis Carlos dos Santos venceu o Scania Driver Competitions e recebeu como prêmio um cavalo-mecânico zero quilômetro

POR João Geraldo

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baiano Luis Carlos dos Santos, 31 anos de idade, certamente é o motorista de caminhão mais feliz do Brasil neste final de ano. O principal motivo justifica sua alegria, pois ele ganhou um cavalo-mecânico Scania R440 6X2 zero quilômetro no valor aproximado de 36 O CARRETEIRO

R$ 500 mil reais. O merecido prêmio foi conquistado no Scania Driver Competitions (SDC), torneio que apesar de ser realizado no Brasil desde 2005 deu pela primeira vez ao vencedor um caminhão zero quilômetro. “Esta conquista é um divisor de águas na minha vida. Ofereço esta vitória a todos os carreteiros do Brasil”,


declarou Luis Carlos ao receber o cobiçado troféu no dia 26 de novembro, quando se sobressaiu como o melhor entre os 12 finalistas na decisão sul-americana que reuniu motoristas do Brasil, Argentina, Chile e Peru. Em segundo lugar ficou o Argentino Hugo Armando, que recebeu R$ 25 mil reais em prêmio e em terceiro o brasileiro, Ruy Hermes Gobbi, de Santa Catarina, R$ 15 mil. Empregado em uma transportadora, até pouco tempo, antes de entrar no concurso promovido mundialmente pela montadora, Santos pensava em abandonar a profissão. Esta foi a sexta edição da competição que ficou conhecida no Brasil como “Melhor Motorista de Caminhão”, e a partir desse ano passou a ser Scania Driver Competitions (SDC). Outras mudanças que vieram com o novo nome foram a inclusão de outros países da América Latina e um caminhão como prêmio para o campeão sul-americano. Sob nova chancela, o torneio teve este ano 56.265 motoristas inscritos (42.515 do Brasil, 7.826 da Argentina, 3.163 do Chile e 2.760 do Peru). Todos os inscritos no SDC passaram por fases eliminatórias que incluíram provas online com temas sobre legislação, meio ambiente e condução responsável e econômica. Provas de percurso, conhecimento do caminhão e de manobras também fizeram parte do pacote de ações para se chegar até os três finalistas de cada país. Estes participaram da disputa final que decidiu o melhor motorista de caminhão da América Latina. Os finalistas do Brasil foram Eliardo João Locatelli, que se sagrou campeão brasileiro e ganhou

R$ 40 mil; Ruy Hermes Gobbi, segundo colocado (R$ 20 mil) e Luis Carlos Santos, o terceiro (R$ 10 mil). Os três, mais os argentinos Ariel Schalbetter, Luciano Guida e Hugo Armando Valdiviezo; os chilenos Victor Vera, Daniel Vasquez e Sergio Cárdenas e os peruanos Hans Victor Limache Huamán, Joseph David Rodriguez Olazábal e Manuel Augusto Meza Rojas, formaram o grupo de 12 finalistas que disputaram o título de Melhor Motorista de Caminhão da América Latina. O Scania R440 6X2 ficou com Luis Carlos do Santos. Seu adversário no confronto final, valendo o caminhão, foi o argentino Hugo Armando Valdiviezo, que ficou com o segundo lugar e em terceiro o brasileiro de Santa Catarina Ruy Hermes Gobbi. Os dois receberam como prêmio um cartão válido nos quatro países com créditos de R$ 25 e R$ 15 mil reais, respectivamente.

O título de Melhor Motorista Brasileiro de Caminhão foi conquistado por Eliardo João Locatelli, ganhador da edição anterior disputada em 2014 www.ocarreteiro.com.br

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PNEUS

TECNOLOGIA NA PONTA DOS EIXOS Os pneus de carga evoluíram muito nos últimos anos. Na prática, os avanços representam vida útil mais longa, capacidade de reduzir o consumo de combustível, maior segurança e conforto para os transportadores

POR João Geraldo

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FOTOS Divulgação


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e as vendas de caminhões novos recuam e as montadoras reduzem a produção, é normal a queda atingir também os fornecedores de componentes que suprem a indústria automotiva. Este ano por exemplo, a retração de 30% das vendas de veículos comerciais no período de janeiro a novembro, provocou forte impacto também nos fabricantes de pneus. De acordo com dados da ANIP, associação nacional que representa a indústria de pneus e de câmaras de ar, somente no terceiro trimestre de 2016 o fornecimento para as montadoras caiu 12,7%, de 222.029 para 193.797 unidades. Pelo levantamento da entidade, houve também registro

de aumento na reposição, com evolução de 1,6% da vendas em relação ao total registrado no mesmo período de 2015. O crescimento foi de 21.397 unidades, passando de 1.371.392 para 1.392.789 pneus. “A queda no volume de atividades gerou uma redução significativa na atividade de transporte e na demanda por pneus, e neste cenário existe uma nova realidade à qual temos de nos adaptar”, resumiu o gerente nacional de vendas (linha pesada) da Continental Pneus, Daniel Vasconcelos. Em sua opinião, o registro positivo de 27,2% a mais nas exportações, no terceiro trimestre, e as vendas da reposição, não foram suficientes para tirar do vermelho a queda no índice de vendas para as montadoras. Ainda de acordo com Vasconcelos, se existe um lado positivo na crise é o fato de os transportadores focarem na redução de custos para obter o melhor resultado na operação. Ele destaca que a compra de pneu de carga é uma decisão técnica e nesse cenário da economia os clientes se tornaram mais exigentes do que já eram, realizando comparações de desempenho dos produtos em relação ao consumo de combustível, à quilometragem e à recapabilidade dos pneus. Para atender a esse público ele explica que a Continental tem investido em tecnologias embarcada para redução dos custos operacionais. Um dos exemplos de tecnologia da empresa é o Air Keep Inner Liner™, que reduz a perda de ar interna e mantém a resistência do pneu ao rolamento em um nível ideal e com reflexos na economia de combustível e na menor emissão de gás carbônico na atmosfera. www.ocarreteiro.com.br

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PNEUS

Uma das tecnologias utilizadas pela Continental nos pneus de carga que produz é a Air Keep Inner Liner, capaz de reduzir a perda de ar interna

Ao lado do combustível, o pneu representa um dos maiores custos do transporte rodoviário, fato que levou fabricantes do setor a investirem em novas tecnologias para aumentar a primeira vida e também o número de

recapagens. Alessandra Rudloff, gerente de marketing Brasil de pneus de caminhão e ônibus, da Michelin, acrescenta que ao longo dos anos houve um aumento significativo na vida total e na performance do pneu. “Melhorou a segurança e minimizou o impacto ambiental, com menos consumo de energias, matérias-primas, combustível e menor descarte entre outros benefícios”, explicou. Alessandra Rudloff destacou também que recentemente a Michelin lançou uma geração de pneus para ônibus e caminhões com tecnologia desenvolvida aqui no País e por uma equipe majoritariamente brasileira. Segundo ela, essa nova tecnologia oferece maior resistência e durabilidade à carcaça do pneu sem câmara fabricado pela empresa, com ganhos de até 10% no rendimento quilométrico. “Isso, devido a reforços em três áreas do pneu: talão (área de contato com a roda), no topo (única área de contato com o solo) e na lateral”, acrescentou. Geração de pneus para caminhões e ônibus desenvolvida no Brasil por equipe brasileira destaca itens como maior resistência e durabilidade

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A partir de 2019 a Dunlop começa a fabricar pneus de carga no Brasil com tecnologia japonesa que permite a produção sem emendas

Hoje em dia já existem muitas frotas no Brasil que fazem um excelente trabalho de monitoramento dos pneus e entendem que podem reduzir não só o seu custo como também de outros insumos, fazendo inspeções e aplicando o produto corretamente. A afirmação é do gerente sênior de vendas e marketing da Dunlop, Rodrigo Alonso. Ele adverte que o desembolso inicial na compra do pneu não pode ser analisado isoladamente, pois deve ser considerado também como a tecnologia deste produto impactará no consumo de combustível, na redução do custo por quilômetro rodado e no aumento do índice de recapabilidade da carcaça. Alonso cita ainda que a indústria brasileira de pneus evoluiu muito nos últimos anos e lembra que a partir de 2019 a Dunlop começará a fabricar no Brasil pneus para caminhões. A empresa vai utilizar o sistema Sun System, tecnologia japonesa que permite produzir sem emenda. “Esse processo aumenta consideravelmente a qualidade dos pneus, resultando

em uma rodagem mais confortável, otimizando o tempo de resposta em manobras devido à maior uniformidade do produto”, explicou. Além da tecnologia aplicada na produção, os fabricantes do setor disponibilizam também outros recursos já existentes que contribuem para prolongar a vida útil do pneu. A Pirelli, por exemplo, conta com o sistema Cyberfleet, uma solução para reduzir o consumo de combustível e a eficiência do custo de manutenção. Ana Cláudia Pugina, diretora de marketing para Truck e Agro da companhia, explica que o sistema é instalado em cada pneu por meio de um chip que monitora constante e automaticamente a pressão e a temperatura dos pneus nos caminhões. “Desta forma, o proprietário da frota consegue ter em tempo real a situação de cada um dos pneus de sua frota, garantindo que procedimentos precisos de diagnóstico e intervenção sejam feitos”, acrescenta a executiva. Segundo Ana Cláudia Pugina, o sistema resulta em economia de quase 40% dos custos totais de comwww.ocarreteiro.com.br

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PNEUS

Chip que possibilita o monitoramento constante da pressão e da temperatura do pneu é uma das soluções disponibilizadas pela Pirelli

bustível, em melhor performance e segurança, reparo e manutenção dos pneus. O Cyberfleet é um dos itens de uma gama de serviços e ferramentas desenvolvidas pela Pirelli dedicada à frota, que recebe o nome de Fleet Solutions. A executiva destaca também que a apresentação do Fleet Solutions foi uma forma de a empresa reduzir o impacto da retração do mercado. Isso tanto em relação à produção quanto à rede de distribuição de pneus de carga. Mesmo em período de retração da economia brasileira a Goodyear não deixou de investir no País. A empresa prosseguiu inovando e apresentando ao mercado produtos com tecnologia capaz de ajudar a reduzir o custo do transportador, conforme explicou Fábio Garcia, gerente 42 O CARRETEIRO

de marketing de pneus comerciais da companhia. Ele lembra de lançamentos feitos pela Goodyear em 2016 e destaca como os mais importantes a linha KMAX para eixo direcional, de tração e para condições severas no serviço regional, além dos pneus CityMax Plus para o segmento urbano, estes com garantia de sete anos e chip integrado de fábrica. “Estes lançamentos refletiram positivamente para a redução do impacto da retração das vendas, apesar do cenário desafiador”, disse Garcia. Ele ressalta que a tendência de recuperação do mercado, até 2020, reforça os investimentos realizados pela Goodyear nos últimos anos. Um deles foram os R$ 240 milhões de dólares ocorrido entre 2012 e 2015 na fábrica de Americana/SP. Os recursos foram investidos na ampliação da linha de produção, no aumento da capilaridade da fábrica e também no desenvolvimento de tecnologias para atender ao mercado. “É o momento de aproveitar oportunidades, por isso não paramos os processos. Se havia previsão de lançar um produto, vamos lançá-lo. Já passamos por outras situações mais fáceis e mais difíceis, mas elas foram sempre superadas”, concluiu Garcia. Além de produtos eficientes e alta qualidade, é importante também ao fabricante de pneus apresentar soluções diferenciadas como, por exemplo, uma rede próxima ao cliente. A receita é do diretor comercial da Bridgestone, Renato Baroli, para quem os transportadores tiveram sempre conhecimento técnico muito grande. Acrescenta que agora com todas as ferramentas tecnológicas e redes sociais, os transporta-


Investimentos na fábrica no Interior de São Paulo e lançamentos feitos em 2016 mostram a disposição da Goodyear no mercado brasileiro

dores estão ainda mais informados e exigentes. “É pensando nesse público extremamente capacitado que desenvolvemos nossos novos produtos”, disse Baroli. O executivo acrescenta também que a aplicação de tecnologias mais avançadas possibilita à Bridgestone desenvolver pneus que ofereçam maior capacidade de carga, excepcional tração, maior estabilidade e vida útil mais longa. Tudo isso para levar ao usuário a melhor opção de custo e benefícios. Baroli acrescenta que recentemente a empresa lançou seus primeiros pneus de carga da linha Ecopia (com apelo ecológico), projetados com materiais que minimizam a resistência ao rolamento, aumentam a eficiência energética e ajudam a reduzir a emissão de CO2 (dióxido de carbono). Produtos eficientes, de alta qualidade e a rede de distribuidores perto dos clientes é parte da estratégia da Bridgestone no mercado brasileiro www.ocarreteiro.com.br

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TESTE

SEMIPESADO COMPETITIVO O Mercedes-Benz Atego 3030 8X2, com segundo eixo direcional de fábrica, é um caminhão semipesado que revela ter sido elaborado para mostrar a força da estrela e conquistar o transportador que opera em percursos urbanos e rodoviários de curta, média e longas distâncias

POR João Geraldo

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FOTOS Alexandre Andrade


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icou para trás o tempo em que o adjetivo “bruto” fazia justiça ao caminhão. Hoje em dia, essa referência só tem sentido quando se trata da frota que necessita urgentemente de renovação. Os novos veículos de carga - de qualquer porte e até mesmo os modelos mais simples - estão longe de merecer tal tratamento. Pelo con-

trário, se tornam a cada ano mais próximos dos automóveis de passeio em relação ao nível de conforto, segurança e eficiência. Um dos caminhões disponibilizados no mercado brasileiro que atende a estas características é o Mercedes-Benz Atego 3030 8X2, modelo semipesado equipado com motor OM 926 de 7.2 litros, seis cilindros, 286cv de potência a 2.200 rpm e PBT de 30 toneladas. A equipe da Revista O Carreteiro rodou com uma unidade cedida pela fábrica - carregada com 17 toneladas de carga útil - e constatou que o modelo reúne os requisitos necessários para brigar na faixa de carga que responde por mais de 30% do mercado brasileiro de caminhões. Exatamente por se posicionar num dos mais disputados segmentos, a engenharia da Mercedes-Benz trabalhou para ter um caminhão semipesado altamente competitivo. O primeiro passo foi desenvolvê-lo dentro do conceito ECONFORT, sigla que, segundo a fabricante, indica que o veículo é resultado de elevado padrão de economia, conforto e desempenho. Tanto o Atego 3030 quanto o Atego 3026 recebem o segundo eixo direcional na linha de montagem da Mercedes-Benz. Em operação, uma característica rapidamente notada no veículo é o conforto de sua cabine. Além do espaço oferecido, o baixo nível de ruídos mostra que durante o desenvolvimento do produto houve uma preocupação com um isolamento acústico eficiente. Em qualquer condição de rodagem, o motorista não é incomodado por ruídos externos ou do motor. www.ocarreteiro.com.br

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TESTE

O painel de instrumentos é de fácil leitura e apresenta boa visibilidade através do volante de direção com quatro raios e diâmetro razoável de boa “pega”. Outro ponto positivo que merece destaque é a dirigibilidade, tanto em razão do ajuste perfeito dos componentes mecânicos quanto pela sobra de potência do motor. A sensação agradável e segura se deve também à caixa de transmissão automatizada G-211 - que também disponibiliza o modo manual – e à sincronização do segundo eixo direcional com o eixo dianteiro. Tanto o segundo eixo direcional quanto o traseiro são eleváveis, uma opção para economizar pneus quando o caminhão vai rodar vazio. O veículo é disponibilizado também com a caixa G-131, uma unidade manual de nove velocidades. O modelo disponibiliza entre eixos nas medidas 4.800mm e 5.400mm e o tanque de combustível é posicionado atrás do segundo eixo direcional. Segundo a fabricante, outros detalhes técnicos que contribuíram para o Ate46 O CARRETEIRO

go 3030 8X2 ser até 500 quilos mais leve que seus concorrentes, estão na suspensão traseira, molas e suportes mais leves, e também no quadro do chassi, que é mesmo do MB Atron,


um caminhão com cabine convencional, e pode receber carroçarias de 8,70m a 9,20m de comprimento sem ferir a legislação. O modelo encontra melhor aplicação no transporte de curtas distâncias (entre municípios) e também

em tiros mais longos em rotas rodoviárias. No entanto, é também um caminhão que - considerando seu porte - apresenta grande agilidade em circuitos urbanos em operações mais comuns à atacadistas e diferentes tipos de distribuidores. Lançado no segundo semestre do ano passado, o veículo marcou a estreia da Mercedes-Benz no segmento e também chegou para ser o carro-chefe da família Atego, a qual conta ainda com o médio 1419 e os semipesados 1719, 1726, 1729, 2426 6X2, 2430 6X2 e 6X4 e Atego 3026 8X2. Assim como toda a linha Atego, o 3030 8X2 pode ser equipado com quatro opções de cabine (Standard, Estendida, e Leito teto alto e Leito teto baixo).

FICHA TÉCNICA Trem de força Motor.............................................................................................................MB OM 926 LA de 7,2 litros Potência máxima.......................................................................................286cv a 2.200 rpm (210Kw) Torque Máximo.......................................................................1.250Nm (127mkgf) 1100 a 1.200 rpm Transmissão................................................................................................MB G 211-12 -Automatizada Nº de marchas..........................................................................................12 sem anéis sincronizadores Tomada de força...............................................................................................MB NA 121-1b (opcional) Embreagem...............................................................................................Monodisco, diâmetro 430mm Eixos traseiros Tipo..........................................................................................................................................MB HL4-NR4 Relação...........................................................................................i=3,58 (43:12) (caixa MB G 211-12) Chassi Tipo ......................................................................................Quadro reto, sem emenda atrás da cabine Suspensão Dianteira.........................................Molas parabólicas com amortecedores telescópicos de dupla ação e barra estabilizadora Suspensão traseira............................................Tipo balancim, com molas trapezoidais e suspensor Tanque de diesel....................................................210 litros (opção para 1 ou 2 de 315 litros cada) Tanque de Arla32...........................................................................................................................35 litros Pneus.....................................................................................................................................275/80R22.5 Freios de serviço..............................................................................................................................Tambor De estacionamento........................................................Câmara de mola acumuladora (pneumático) Freio auxiliar.....................................................................................................Convencional + Top Brake

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F-TRUCK

FELIPE GIAFFONE, CAMPEÃO DE 2016 Piloto da equipe RM Competições, Giaffone corre com um caminhão Volkswagen e chegou ao seu quarto título de campeão na categoria e se igualou ao paranaense Wellington Cirino

POR João Geraldo FOTOS Luciana Flores

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piloto Felipe Giaffone é o campeão de 2016 da Fórmula Truck, título confirmado na 10ª e última etapa deste ano, disputada dia 10 de dezembro no autódromo Internacional Ayrton Senna, em Londrina/PR. Com esta conquista, ele que foi vencedor tam-

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bém das temporadas de 2007, 2009 e 2011, tornou-se tetracampeão da categoria, patamar que vinha sendo ocupado até então apenas pelo paranaense Wellington Cirino, vencedor dos campeonatos de 2001, 2003, 2005 e 2008. Giaffone correu sempre com Volkswagen, Cirino com Mercedes.


O campeonato deste ano foi conquistado embaixo de chuva, num final de semana que tudo deu certo para Giaffone. Ele havia chegado à etapa final na liderança do campeonato, com boa vantagem sobre o também paulista Paulo Salustiano, único piloto com chances matemáticas de brigar pelo campeonato. Fez a pole position, sua 29ª na categoria, largou bem e se se manteve na frente até a bandeirada final garantindo antecipadamente o título de campeão. Salustiano, que havia largado na oitava posição, conseguiu cruzar a linha de chegada em segundo lugar, já sabendo que terminaria o ano como vice-campeão. Isso porque a vantagem sobre Salustiano passou a ser de 32 pontos, mais do que os 26 que

poderiam ser conquistados na segunda fase (25 da vitória e um da volta mais rápida). O paranaense Diogo Pachenki, que chegou à Londrina com expectativa de terminar a temporada na vice-liderança, abandonou ao completar a primeira volta devido a problema no sistema hidráulico na caixa de direção de seu caminhão. Mesmo assim garantiu o terceiro lugar na classificação geral de 2016. O campeonato de 2016, o 21º da Fórmula Truck, contou com etapas em autódromos de quatro Estados: Rio Grande do Sul (Santa Cruz do Sul, Tarumã e Guaporé), Paraná (Curitiba, Cascavel e Londrina), Goiás (Goiânia), Mato Grosso do Sul (Campo Grande) e São Paulo (Interlagos). Das 10 corridas da temporada, Giaffone venceu três, Paulo Salustiano quatro. Wellington Cirino, André Marques e Diogo Pachenki venceram uma vez. A campeã de Marcas de 2016 foi a MAN/Volkswagen, pelo terceiro ano consecutivo.

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MONTADORA

FORÇA RENOVADA

A MAN Latin America (montadora da holding alemã Volkswagen Truck & Bus) vai investir R$ 1,5 bilhão de reais na atualização da fábrica, lançamentos e modernização de produtos e serviços

POR João Geraldo

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MAN Latin America anunciou que vai investir R$ 1,5 bilhão na atualização das linhas de montagem da fábrica em Resende/ RJ, modernização e lançamentos de veículos, ampliação dos serviços de digitalização e de conec50 O CARRETEIRO

tividade. O valor tem como foco a renovação de produtos das famílias de caminhões e de ônibus da marca Volkswagen. Classificado como o maior em toda a história da empresa, o investimento atenderá a um ciclo de atividades da empresa entre 2017 e 2021.


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Os recursos, conforme foi anunciado, virão prioritariamente dos resultados da operação e estão vinculados à expectativa de recuperação dos mercados da America Latina. Além da necessidade de modernizar e ampliar a linha de produtos e de serviços aos clientes, o investimento é uma demonstração da crença que a empresa deposita no mercado brasileiro de veículos pesados, disse o CEO da holding Volkswagen Truck & Bus, Andreas Renschler, em sua visita ao Brasil no início de dezembro. “Acreditamos no futuro do Brasil, na força da economia brasileira, pois após três anos de forte crise ain-

da continuamos entre os 10 maiores mercados de caminhão do mundo”, acrescentou o executivo. Renschler disse ainda que a empresa quer voltar a ser líder do mercado e para isso precisa de investimentos. “Queremos ser aqueles que vão colocar o transporte em um novo nível. Eu acredito no Brasil”, concluiu. Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, destacou que só foi possível confirmar mais esse ciclo de investimento graças às medidas de economia tomadas em conjunto com os colaboradores da empresa, sindicatos, fornecedores e concessionários. “Assim podemos enfrentar a crise e trabalhar pela recuperação do mercado”, destacou. Atualmente a MAN Latin America disponibiliza mais de 50 produtos das marcas MAN e Volkswagen para o segmento do transporte rodoviário de cargas. O anúncio do investimento acontece justamente no ano das comemorações de 35 anos da Volkswagen para caminhões e ônibus e também os 20 anos de inauguração da fábrica em Resende/RJ. Em duas décadas de operação, mais de 730 mil veículos saíram da linha de montagem da empresa. Desde o início de suas atividades opera com o sistema de Consórcio Modular, pelo qual sete fornecedores dividem com a MAN Latin America a responsabilidade de montagem dos caminhões MAN e Volkswagen e chassi de ônibus. Atualmente, um novo chassi de ônibus ou caminhão pode sair pronto da linha da linha de montagem a cada três minutos. O ritmo de produção é ditado pela demanda do mercado. www.ocarreteiro.com.br

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HISTÓRIAS DO ZÉ

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O CARRETEIRO


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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Emprego Trabalho na área de transporte como motorista carreteiro e tenho experiência comprovada em carteira e conhecimento em rodovias federais e estaduais. Já trabalhei com caminhão tanque, baú e carga seca e não tenho vícios. Minha CNH é Categoria E; tenho curso MOPP em dia. Pedro Luiz da Silva Garanhuns/PE Tel.: (87) 9611-5602 Pedroluiz1977 @bol.com.br

"Nunca diga adeus. Diga sempre até breve." Sou aposentado mas sinto falta da estrada. Estou com a saúde perfeita e se alguma empresa tiver interesse gostaria de voltar para o trecho. Tenho 68 anos de idade, 33 de estrada e já viajei por 24 Estados. Nunca sofri nenhum acidente. A minha preferência é trabalhar no Nordeste. Aproveito para homenagear os motoristas da Cocal Transportes, em Uberlândia/MG, na qual eu me aposentei. Geraldo Eustáquio de Melo Araxá/MG 58 O CARRETEIRO


Emprego Trabalho com transporte rodoviário de passageiros, com veículos de grande porte. Porém, meu desejo profissional sempre foi trabalhar com carretas, mas há muitas dificuldades para motoristas sem experiência. Tenho CNH Categoria E há dois anos, sem pontuação no prontuário e curso MOPP atualizado, mas não consigo ser chamado em processos seletivos, pois se requer experiência anterior. Ricardo Froeder São Paulo/SP tel.: (11) 97024-0511 Estou disponível para o mercado e à procura de uma oportunidade como motorista carreteiro. Tenho cursos MOPP, Cargas Indivisíveis, Primeiros Socorros, Direção Defensiva, Noção Básica da Legislação de Trânsito, Condução Econômica e Atendimento ao Cliente. Tenho 43 anos, boa saúde, disponibilidade para viajar, CNH Categoria E, conhecimento prático em mecânica diesel e condução econômica. Liten Carlos da Silva Souza Tel.: (81)98786-1871/ (81)99933-3235

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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Bate coração Solteiro, 37 anos de idade, procura mulher entre 18 e 30 anos que busque relacionamento sério e goste de viajar. Sou do Sul e faço muito a região Nordeste. Davi WhatsApp: 041 999544592 Por e-mail Quero encontrar uma mulher com idade entre 26 e 46 anos que esteja livre e desimpedida e não beba ou fume e que goste de viajar.. Gibson Menezes Pacheco Tel.: (31) 99998-6506 gibsoninstrutor@bol. com.br

"Enquanto é namorado, meu bem; depois de casados, meus bens." Quero me relacionar com homens com idades entre 38 e 50 anos, que buscam compromisso sério. Sou morena clara, 1.70m, viúva de carreteiro, tenho três filhos e sou independente. Dispenso casados e curiosos. Marcia Castro Tel. /whatsapp: (67)996237992 (vivo) Campo Grande/MS 60 O CARRETEIRO


Bate coração Estou à procura de uma companheira que tenha idade média de 30 anos ou mais, que goste de romance e carinho e seja honesta e sincera. E também que queira formar uma família e seja companhia para todas as horas para passeios, viagens ou um bom filme em casa. Filhos ou distancia não são problemas. Sou caminhoneiro, sincero e honesto, já fui casado e tenho duas filhas casadas. Esio Cicero Ferreira Tel: (77) 98151-5628

"Casamento já deu fim em muito amor." Gostaria de me corresponder com uma pessoa sincera, que não seja casada e busque um compromisso sério. Quero muito amar e ser amada. Tenho 27 anos, 1,63m altura, cabelos claros e olhos castanho.. Cristiane Alice Mendonça Tel.:(31) 99159-4803 Por e-mail

"Não confunda Frei Damião com freio de caminhão." www.ocarreteiro.com.br

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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Bate coração Divorciada, 48 anos de idade, morena clara, 1,56m, peso 68 kg, e gostaria muito de encontrar uma pessoa com idade entre 50 e 65 anos e de preferência que esteja trabalhando na estrada, para relacionamento sério. Sou carinhosa, romântica e quero encontrar um amor para toda vida. Quem interessar entre em contato pelo telefone. Vânia Tel.: (88) 993370110

"Viajo porque gosto, volto porque te amo." Morena, 35 anos, cabelos negros e lisos. Tenho 1,69m de altura, peso 80kg e quero conhecer um homem carinhoso, atencioso, compreensivo e humilde, com mais de 45 anos para relacionamento, para relacionamento sério. Teresa Martins Juquiá/SP Tel.: (13) 99790-3830 reginasouza @hotmail.com

"Somente os idiotas têm certeza de tudo." 62 O CARRETEIRO


Bate coração Tenho 43 anos, divorciada, evangélica e sem filhos. Sou do interior de São Paulo, comunicativa, de bem com a vida e apaixonada pela profissão de motorista de caminhão. Gostaria de me corresponder com homens com idade entre 30 e 55 anos para boa amizade e quem sabe até um compromisso sério. Silvia Cristina Felix São Paulo/SP Tel.: (16) 99620-0520 silviacrisfelix85 @gmail.com Sou solteiro e quero encontrar uma namorada com idade de 25 a 45 anos para compromisso sério. Tenho 49 anos pois estou precisando muito de uma companhia. Carlos Eduardo Ribeiro da Silva Ribeirão Preto/SP Tel.: (16) 98820-3141 eduardo1966.undefined@gmail.com Desejo conhecer motoristas com idade entre 30 e 45 anos para compromisso sério. Tenho 31 anos de idade e não tenho filhos. Tarciana Vieira Palmares/PE Tel:(55) 99857365 (WhatsApp) tarcinha@live.com

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CLASSIFICADOS CLASSIFICADOS Bate coração Sou morena clara, tenho 1,70m de altura e 54 kg, cabelos e olhos castanhos. Gostaria de me corresponder com rapazes com idade entre 29 e 49 anos, que estejam solteiros. Adoro viajar e conhecer o mundo. Sou carinhosa, romântica e sonhadora. Fernanda marinho Brumadinho/MG tel.: (64)99982-9937 nandapink86@live.com

"Língua afiada separa bons amigos." Viúva, 58 anos, 53kg, cabelos claros e lisos (no ombro). Moro sozinha, sou de bem com a vida, honesta, sincera e carinhosa. e minha vida financeira é razoável e trabalho por conta e posso viajar. Quero conhecer um homem com idade entre 58 e 63 anos que seja trabalhador, honesto, simples e solteiro, para compromisso sério. Neide Maria Honório São Paulo/SP Tel.: (11) 95819-5893 Adri-aninhalima@ hotmail.com

"Sou feio, mas sou carinhoso." 64 O CARRETEIRO


Recados TRECHO PERIGOSO Pessoal, vamos ter muito cuidado para rodar na BR 101, trecho entre Feira de Santana/BA e Recife/PE. O roubo de cargas e de pneus está muito frequente. Os ladrões não estão deixando quem roda com caminhão novo dormir tranquilo. George de Santana Santos Salvador/BA AMIGOS Mando um abraço para meus amigos Marelim, Mata-Égua, Tob, Silvirno, Mendigo, Paulo Dondoni e a galera dos fora da lei. Que Deus abençoe a todos vocês. Renato Cazotti (QRA Pinto Doido) Colatina/ES

MANDE SEU RECADO POR CARTA: REVISTA O CARRETEIRO RUA PALACETE DAS ÁGUIAS, 395 VILA ALEXANDRIA SÃO PAULO/SP CEP 04635-021 POR EMAIL: REDACAO@OCARRETEIRO.COM.BR

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Fique atento e vá ainda mais longe nessas férias. A troca de óleo do motor deve ser feita como recomenda o manual do veículo, e a cada troca do óleo o filtro também deve ser trocado. A contaminação do óleo do motor causa desgastes que podem provocar danos mecânicos graves.

Você não vai querer perder tempo parado nessas férias, vai? O filtro de combustível velho pode queimar a bomba de combustível, provocando falha no sistema de injeção causando a parada repentina do veículo.

Quando o filtro de ar não é trocado no período correto, a sujeira pode ocasionar o desgaste interno das peças, gerando aumento de consumo de combustível, perda de potência, aquecimento e aumento nas emissões de poluentes. Nessas férias não esquente a cabeça, nem o motor do seu carro.

É hora de reunir a família, entrar no carro e cair na estrada, mas não esqueça dos cuidados com a saúde. Por isso, a troca dos filtros de ar condicionado é fundamental, evitando proliferação de bactérias e fungos que agridem a saúde dos ocupantes do veículo.

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Todos juntos fazem um trânsito melhor.


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