O Carreteiro 543 by GGMídia

MONTADORA SCANIA COMEMORA 64 ANOS DE PRODUÇÃO NO BRASIL

DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO | www.ocarreteiro.com.br | ano 51 | Nº

543

DIA DO MOTORISTA

Distribuição gratuita para motoristas de caminhão

Pandemia nunca parou a categoria essencial para o País

N LINHA ATUALIZADA

Lançada recentemente na Europa, nova linha Volvo FH, FM e FMX chegou ao Brasil

LANÇAMENTO

VW lança caminhão elétrico nas versões para 11 e 14 toneladas e motor de 400cv

La de FM

TESTE: DAF CF 8X2

Modelo de estreia da marca no segmento de semipesados esbanja ocarreteiro.com.br tecnologia e potência 1

EDITORIAL

DIFERENÇAS NA PROFISSÃO

JOÃO GERALDO Editor

pandemia trouxe um novo modo de vida; mudou hábitos e impôs diferentes modos de fazer as coisas. Mas no caso especial do motorista de caminhão, e das mudanças na sua rotina de trabalho, as transformações maiores no dia a dia, para melhor ou pior, não se devem somente ao vírus da covid-19 e suas nefastas consequências. Elas vieram em maior parte dos avanços absorvidos pela cadeia do transporte rodoviário de carga nos últimos anos. Pode se dizer que tiveram início, e começaram a ganhar mais velocidade e importância, cerca de 30 anos atrás. Sistemas de rastreamento e de gerenciamento do veículo, da carga e do pro ssonal do volante caminh es mais e cientes e novas tecnologias mecânicas e eletrônicas, computadores de bordo, conectividade, avançados sistemas de segurança, leis e até tecnologias que ainda vão chegar, transformaram o setor e foram dando um novo per l também ao motorista de caminhão. De modo direto ou indireto, as novidades exigiram sempre uma atitude mais ampla não somente de sua parte, mas também de quem o emprega, no caso de quem não é autônomo ou agregado. Ações como treinamento, reciclagem, produtividade e outras além de sua habilidade de conduzir um veículo de carga com destreza, tais como aparência e comportamento, passaram a estar mais presente em sua rotina. Do mesmo modo, cobranças por e ciência e produtividade se tornaram companheiras de viagem. Os avanços e tecnologias trouxeram transformações, com os anos proporcionaram uma nova dinâmica ao setor. Porém, quando se tira certas peculiaridades da pro ssão para se tratar do pro ssional atrás do volante a pergunta que ca é até quando boa parte dos autônomos continuará à parte da evolução, especialmente no quesito caminhão. Até quando haverá a grande diferença entre o cargueiro conduzido pelo autônomo e o empregado, já que dentro da cabine há o mesmo espírito e dedicação pro ssão Embora percorram as mesmas estradas e compartilhem problemas idênticos relacionados à categoria, são realidades bem diferentes e sem luz no horizonte. Há anos o autônomo perdeu o poder de compra, não consegue comprar um veículo ao menos um pouco mais novo, com alguma dessas tecnologias que o fazem se sentir melhor. Assim como os caminhões como os brutos pra toda obra caram no passado o usto seria também o carreteiro se aproximar um pouco mais do futuro. ocarreteiro.com.br

SUMÁRIO

18 CAMINHÃO ELÉTRICO

Após anos de testes, Volkswagen lança Delivery elétrico para 11 e 14 toneladas

30 TESTE DAF CF 8X2

Primeiro caminhão semipesado da marca lançado no mercado brasileiro chegou carregado de tecnologia e se destaca como o modelo de maior potência da categoria 4

8 ENTREVISTA

Mercedes-Benz do Brasil terá mais liberdade para o desenvolvimento de novos produtos

12 DIA DO MOTORISTA

Essencial para o País, motoristas não pararam de trabalhar em momento algum da pandemia

REVISTA

DESDE 1970 TRANSPORTANDO INFORMAÇÃO

/OCARRETEIRO /OCARRETEIRO_ /OCARRETEIRO (11) 95428-8803 /REVISTAOCARRETEIRO

DIRETOR Edson Pereira Coelho REDAÇÃO | redacao@ggmidia.com.br Editor: João Geraldo (MTB 16.954) Reportagem: Daniela Giopato ARTE | arte@ggmidia.com.br Editor de Arte: Pedro Hiraoka DIGITAL Eduardo Arpassy COMERCIAL | comercial@ggmidia.com.br Eurico Alves de Assis Nilcéia Rocha ADMINISTRAÇÂO Ed Wilson Furlan

24 COMEMORAÇÃO

Scania completa 64 anos de produção no País

38 NOVA LINHA

Volvo lança no Brasil a nova geração de caminhões da linha F que roda na Europa

46 BIODIESEL

TI DC Code Soluções em TI DISTRIBUIÇÃO G.G. Ed. de Publicações Técnicas Ltda. Ricardo Lúcio Martins Rute Rollo ASSINATURA | assinatura@ggmidia. com.br Exemplar avulso: RS 11,00 ED. Nº 543 • JUNHO-JULHO/2021

Adição acima de 10% de biodiesel no diesel provoca problemas no motor, dizem entidades

52 HIDROGÊNIO

Grupo Daimler Truck começa a testar caminhão rodoviário movido a célula de combustível

58 ACIDENTES

Os veículos de carga estiveram envolvidos em 13.000 ocorrências nas rodovias federais em 2020; a BR-101 foi a campeã de registros

SEÇÕES 06 Notícias | 37 Boletim de pneus | 45 Na mão certa | 63 lassifica s | 66 Retrovisor

Publicação de: G.G. Editora de Public. Téc. Ltda. Rua Palacete das Águias, 395 - Vila Alexandria CEP 04635-021-SP - Tel.: (11) 5035-0000 revista@ocarreteiro.com.br www.ocarreteiro.com.br A Revista O Carreteiro é dirigida a motoristas de caminhão, empresários donos de transportadoras, frotistas chefes de o cinas e demais pro ssionais ligados ao transporte rodoviário de carga. A publicação é distribuída em cooperação com postos de serviços rodoviários “R D (Rede cial de Distribuidores da Revista O Carreteiro). É proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem prévia autorização. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Revista O Carreteiro. Impressão e Acabamento: ra lar. Distribuição gratuita nos postos de rodovia cadastrados no ROD.

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PARCERIA MOVIDA A GÁS Scania e Comgás fizeram acordo para promover ações conjuntas com o objetivo de acelerar o desenvolvimento do mercado de Gás Natural Veicular (GNV) e de Biometano para uso de veículos comerciais pesados. O primeiro passo é o mapeamento de corredores e rotas logísticas no Estado de São Paulo para o aumentar os pontos de abastecimento. De acordo com o presidente e CEO da Scania Latin America, Christopher Podgorski, a parceria reduzirá barreiras para

a viabilização de soluções sustentáveis no transporte. “Esta iniciativa é fundamental para impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura de distribuição e ampliar as opções de abastecimento”, acrescentou o executivo. O plano das duas empresas contempla também a avaliação para instalação de postos de abastecimento em garagens de frotistas e/ou operadores de ônibus, visando a dar mais competitividade para os veículos pesados movidos a gás.

NOVO PNEU MICHELIN Identificado como 295/80 R22.5 X MULTI ENERGY Z, o novo pneu Michelin para caminhões e ônibus que operam por rodovias em percursos de curtas, médias e longas distâncias promete maior economia de combustível. Segundo divulga a fabricante, trata-se de um produto inovador, cuja construção diminui significativamente a resistência ao 6

rolamento, contribuindo para a redução do consumo de diesel. Alessandra Rudloff, diretora de marketing da Michelin América do Sul, disse que testes comprovaram redução média de 4,4% no consumo de combustível comparado aos pneus dos principais concorrentes desta categoria. “Além disso, preserva o rendimento quilométrico e a segurança”, concluiu.

ACTROS ELÉTRICO

A partir de setembro, a Mercedes-Benz inicia a produção do e-Actros, versão elétrica do conhecido modelo da marca destinada distribuição urbana. Equipado com três ou quatro baterias de 05k cada uma, dependendo da versão, o veículo será produzido na Alemanha, na maior fábrica do Grupo Daimler Truck. O primeiro prot tipo do e-Actros foi apresentado em 20 e entrou em testes

com clientes a partir de 20 8. Segundo a fabricante, o modelo chegará ao mercado com várias alterações em relação aos prot tipos, especialmente nos quesitos autonomia, potência de acionamento e segurança. Durante o período de avaliação do veículo em condições práticas, foram utilizadas 0 unidades que rodaram mais de meio milhão de quilômetros em vias p blicas da Europa.

NOVA PLATAFORMA A Volvo criou um sistema digital completo que dá acesso a uma coleção inédita de dados do caminhão. Trata-se do Volvo Connect, nova plataforma que substitui o D na eet e continua 00% integrada arquitetura digital dos caminhões da marca, sem adaptações, segundo o gerente de serviços comerciais da companhia, Carlos Banzzatto. Ainda de acordo com o executivo, a nova solução

melhora a performance geral do transportador possibilitando a gestão mais refinada da frota. Os dados do veículo podem ser acessados pelo computador ou celular e serem compartilhados com outras plataformas de um jeito simples e rápido , adicionou. Entre as funções do Volvo Connect Banzzatto destaca ainda o aumento da segurança e ferramentas de redução do consumo de combustível. ocarreteiro.com.br

ENTREVISTA

MAIS PERTO DE CADA VOZ JOÃO GERALDO

partir deste mês de julho tem início as mudanças anunciadas pela Daimler Truck AG para suas fábricas em diferentes regiões do mundo. O objetivo é acelerar a tomada de decisões e a capacidade de atendimento aos clientes das marcas do grupo. As medidas vão permitir que fábricas de caminhões Freightliner (na América do Norte), FUSO & BharatBenz (na Ásia) e Mercedes-Benz Trucks (na Europa e América Latina) disponibilizem produtos e serviços com maior e ciência e rapidez. Para melhor entender como as mudanças poderão favorecer as operações da Mercedes-Benz no Brasil e que benefícios trarão aos clientes da marca, conversamos com o vice-presidente de vendas e marketing caminhões e ônibus, Roberto Leoncini. Antes, vale lembrar, muitos veículos da marca desenvolvidos na Europa e produzidos aqui tiveram de passar por modi caç es para atender s características do mercado brasileiro.

REVISTA O CARRETEIRO – Com o anúncio distribuído do Grupo Daimler Trucks sobre dar mais autonomia e responsabilidade às unidades nos diferentes mercados mundiais, para o desenvolvimento de produtos, o que muda para a Mercedes-Benz do Brasil? A empresa passa a ter mais liberdade para desenvolver veículos mais adequados às características do País? ROBERTO LEONCINI - Por ser o Brasil um mercado de dimensão continental, e com características muito peculiares, nós já havíamos conquistado boa autonomia para desenvolver os nossos produtos e serviços de acordo com as necessidades do consumidor brasileiro e também das condições de infraestrutura local. Isso é, inclusive o re exo do nosso compromisso “As estradas falam e a Mercedes-Benz ouve cada voz”. Por termos atingido essa maturidade e essa necessidade local, somos também um player global de desenvolvimento de veículos comerciais da Daimler Trucks & Buses.

Desenvolvemos esse projeto (cabina do Novo Actros ) para atender à realidade das estradas brasileiras e se tornou um sucesso que já está sendo produzido na Alemanha e comercializado em 24 países 8

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O CARRETEIRO – ss significa ue a ercedes-Benz do Brasil já tinha um certo espaço para desenvolver ou adaptar produtos às necessidades do transportador brasileiro, como foi o caso das mudanças aplicadas ao Actros, alguns anos atrás, para atender com mais precisão à demanda do agronegócio? LEONCINI – Esse papel ganha cada vez mais relevância. A cabina do Novo Actros é um exemplo recente. Desenvolvemos esse pro eto para atender realidade das estradas brasileiras e se tornou um sucesso que já está sendo produzido na Alemanha e comercializado em 24 países da Europa e de outros continentes, desde janeiro deste ano. Em outras

palavras, essa estruturação do Grupo Daimler só vem a contribuir com o que já temos vivido cada vez mais na prática e traz ainda mais autonomia para o nosso mercado local.

ssa es ru ura significa aceleração de projetos mais adequados ao mercado brasileiro e região da América Latina? LEONCINI - Sim, sem dúvida. O propósito dessa estruturação é nos preparar para atender cada vez mais rápido e melhor cada um de nossos mercados de atuação, e inclui também nosso compromisso com a sustentabilidade. A Engenharia da Daimler Trucks & Buses, com O CARRETEIRO –

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ENTREVISTA

O primeiro grande ganho derivado dessa decisão organizacional do Grupo Daimler é que teremos mais autonomia, agilidade e foco para investir no negócio de caminhões e ônibus no Brasil sua visão macro global está focada em pensar nas tecnologias e soluções para o futuro do ecossistema do transporte e da mobilidade. Nós vamos continuar a ter interação e aproveitar essa expertise.

Sendo o Brasil um País de dimensão continental e condições muito peculiares, como você lembrou, essa autonomia permitirá também mais liberdade para a Mercedes-Benz do Brasil oferecer produtos mais adequados aos clientes do País? LEONCINI - Não adianta eu sugerir um “cópia e cola” de projetos do Hemisfério Norte no Hemisfério Sul, sendo que vivemos realidades totalmente diferentes. Nesse sentido, essa autonomia vai permitir que o time brasileiro faça desenvolvimentos de conectividade, novas propulsões sustentáveis (não apenas a eletromobilidade), entre outras tecnologias a curto, médio e longo prazo com mais assertividade para o cliente brasileiro, assegurando, claro, rentabilidade para os seus negócios, o que é muito importante para todos os transportadores. O CARRETEIRO –

A forte presença da marca Mercedes-Benz no País e também por ter sido o mercado brasileiro o maior do Grupo Daimler Trucks, em 2020 significa um bônus a mais para os próximos passos da companhia no Brasil? LEONCINI - O primeiro grande ganho derivado dessa decisão organizacional do Grupo Daimler é que teremos mais autonomia, agilidade e foco para investir no negócio de caminhões e ônibus no Brasil. Sabemos que temos um mercado muito forte de veículos comerciais, aliás o número 1 em volume para o Grupo Daimler, que é liderado por nossa marca e que ainda tem muito potencial a ser explorado. Isso é sem d vida muito atrativo para a Daimler Trucks & Buses e também para nós, que ganhamos a con ança da companhia para manter investimentos no Brasil. Portanto, sem dúvidas pretendemos nos manter como o fabricante número 1 de veículos comerciais no Brasil, liderando a transformação do setor e potencializando nossos resultados. O CARRETEIRO –

ANUNCIO-SIMPLES-CA.pdf

24/06/21

14:47

9ª EDIÇÃO

patrocínio:

CMY

realização:

AS INSCRIÇÕES PARA O PRÊMIO TRANSPORTE RESPONSÁVEL JÁ ESTÃO ABERTAS. PARTICIPE! Já estão abertas as inscrições para a 9ª edição do Prêmio Transporte Responsável, uma iniciativa da revista TRANSPORTE MUNDIAL em parceria com a Fabet. O objetivo principal é reconhecer e dar visibilidade às práticas das transportadoras que têm em sua conduta o tripé da sustentabilidade (econômica, social e ambiental). Este ano a novidade fica por conta da inclusão da categoria Superando a Pandemia, com foco nos cases de inovações que contribuíram para melhorar os processos e resultados das empresas de transporte, diante dos desafios trazidos pela pandemia da Covid-19. A participação na premiação é gratuita. Frotistas (transportadores ou embarcadores com frota própria) podem se inscrever nas

categorias Índice das “Transportadoras de Cargas em Geral” e “Transportadoras de Cargas Perigosas”. PODEM TAMBÉM PARTICIPAR DO CONCURSO DE CASES Empresas de transporte e embarcadores podem enviar cases que demonstrem melhorias na gestão da frota ou da logística, com resultados em redução de acidentes, de emissões de poluentes e melhorias na qualidade profissional e de vida dos motoristas. Outra possibilidade é se inscrever também na categoria “Superando a Pandemia”. As participações nas categorias de Índices e de Cases são independentes, podendo se inscrever somente em uma das categorias ou nas duas.

ACESSE E PARTICIPE: www.transportemundial.com.br/transporteresponsavel/

DIA DO MOTORISTA

CORAGEM, CAUT Sempre prontos para transportar a carga ao seu destino, motoristas empregados, agregados e autônomos seguem na estrada cumprindo a rotina diária da pro ssão. Alertas ao perigo da covid-19, muitos convivem com marcas causadas pelo vírus com perda de colegas levados pelo vírus 12

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UTELA E FRETE JOÃO GERALDO

istanciamento social e demais medidas necessárias para evitar a contaminação pelo vírus da covid- levaram os motoristas de caminhão a passar o mês de ulho sem

comemoraç es e homenagens pelo segundo ano consecutivo. Apesar do uso de máscaras, das precauções de higiene e prudência para enfrentar a pandemia com segurança, a categoria, espeocarreteiro.com.br

DIA DO MOTORISTA

M rcio Alves disse ue so reu acidente em junho de 2020, se recuperou e voltou a trabalhar, pois na região onde vive não alta carga para ser transportada

No início do isolamento por causa da pandemia, Adriano Correa tomou um susto a mais porque havia acabado de comprar um caminh o, mas n o cou sem rete

cialmente os autônomos dão sinais de seguir sem o problema de falta de carga para transportar, embora todos sofram igualmente com o alto preço cobrado pelo litro do leo diesel. o e pouco mais de um ano ap s o início das medidas e cuidados para evitar o contágio pelo vírus da covidá são muitas as hist rias e lembranças sobre colegas de pro ssão parentes e amigos levados pela doença. A situação continua muito grave e requer cautela 14

restando a todos a constante preocupação de cumprir os protocolos e se proteger para prosseguir na atividade do transporte até o m da pandemia . “Temos de conviver com a doença até ela cair mas apesar de tudo ao menos não faltou serviço para quem tem caminhão disse o autônomo Adriano Aparecido orrea. Sua opinião sobre o setor é que falta motorista porque os mais ovens não querem saber de car na estrada pois sabem que sofre bastante quem trabalha nesta pro ssão. “ muito tempo esperando para carregar e descarregar exempli ca. om formação pro ssional de técnico agrícola mas apaixonado por caminhão Adriano trabalhou por mais de anos como motorista empregado até comprar seu pr prio caminhão no início do ano passado e tocar a vida como

motorista autônomo. Porém não demorou para ele ser surpreendido pela pandemia, as restrições, medo e insegurança diante da nova realidade. onforme relatou logo percebeu que a doença trouxe com ela serviço para o carreteiro autônomo. “Não faltou frete e o mercado ainda continua bombando comemorou. Sobre as condições sanitárias encontradas nas rodovias a rmou existir certa tranquilidade principalmente porque há grande preocupação por parte dos motoristas em se proteger do vírus. s cuidados se estendem também aos postos de serviço nas rodovias. Ninguém entra sem máscara; além disso ho e em dia há disponibilidade de álcool em gel e a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os locais disse. Entretanto Adriano lamenta por ainda negligências e falta de cuidados para evitar a conta-

Superados os problemas do impacto inicial da pandemia, com os devidos cuidados e precaução a situação nas estradas voltou a ter certa regularidade

minação pelo vírus da covid- em certos locais que atendem motoristas ao longo das rodovias. “N s temos de tomar todos os cuidados pois estamos cada dia em um lugar diferente disse. Revelou que em novembro de pegou covid e por conta da doença permaneceu em casa durante dias. “Felizmente minha esposa não contraiu o vírus lembrando de dois colegas da empresa onde ele é agregado que foram infectados. De acordo com o carreteiro, um deles de anos de idade faleceu imediatamente. outro um pouco mais velho passou mal na estrada e depois de alocarreteiro.com.br

DIA DO MOTORISTA

Para Luiz Daniel Vilas Boa, a pandemia n o causou tanta alta de carga, mas o pre o do diesel a etou o astante negócio de quem transporta

guns dias com a doença faleceu em casa. Ele lembra do funeral de um outro motorista também vítima da covid. omo não podia ter vel rio um grupo promoveu carreata de caminhões que percorreu as ruas até o cemitério. utro carreteiro que há menos de dois anos deixou de ser empregado para se tornar autônomo é árcio Ribeiro Alves anos de idade de Palmas T . Disse que para ele a situação foi mais difícil ainda por ter sofrido um acidente em unho do ano passado. “ as dei a volta por cima e voltei a trabalhar normalmente pois na minha região tem 16

sempre viagem por causa da safra comentou. esmo assim ele recorda das di culdades enfrentadas no início da pandemia quando muitos os motoristas caram sem comida na estrada. “Foi momento difícil mas agora está tudo bem e agradeço a Deus por conseguir sustentar sua família mesmo diante das di culdades ainda impostas pela doença comentou. carreteiro acrescentou que a preocupação com a pandemia é algo que se tornou comum nas estradas, pois ninguém abusa. “Tem posto de serviço que você chega e percebe que todos estão com medo cam longe e afastado quando um motorista chega observou. timista árcio lembra que o eito é ir tocando a vida e vencendo barreiras,

Sergio Marques disse que apesar das restrições impostas pela pandemia n o altou carga, mas houve situa es ue o valor do rete estava ai o

pois tempos melhores virão em breve. om a experiência de anos de idade e de estrada Sérgio arques de Almeida fala de restriç es incômodas porém necessárias trazidas pela pandemia. Ele a rma que a categoria está superando essa situação com muita precaução e se cuidando. Além disso não tem faltado carga embora no ano passado os valores do frete estavam muito baixos em relação ao preço do diesel e das despesas. ouve situaç es que o valor era tão baixo que não valia a pena carregar o caminhão para fazer a viagem lembra. Se por um lado a pandemia não causou falta de carga por outro o preço do diesel afetou o neg cio de quem transporta concorda Luiz Daniel Vilas Boas carreteiro com anos na pro ssão. Ele

falou também da perda de muitos amigos para a covid- . “ orreram por causa dessa praga, mas seguimos na estrada com fé em Deus complementou. Ele destacou que o pessoal na estrada tem tomado cuidado para não ser contaminado. Seu lho agno Vilas Boas de anos de idade, também é motorista com três de anos de atuação na pro ssão. Enquanto a pandemia não acaba cada um deve se cuidar ao máximo e fazer sua parte para proteger a si e s demais pessoas de serem contaminadas pelo vírus. Essa é a posição de Demétrius Anderson Silva para quem os motoristas de caminhão são pro ssionais que merecem receber condecoração serem grati cados homenageados e reconhecidos pela pro ssão que trabalham. “Acho que população deve re etir mais sobre a pro ssão de quem dirige caminhão diz. Em sua opinião deveria haver produç es para a TV como séries antigas que mostravam a rotina de quem dirige caminhão. ocarreteiro.com.br

LANÇAMENTO

VW ENTRA NA ER

O Volkswagen e-Delivery para 11 e 14 toneladas de PBT chega ao mercado com diferenciais como ausência de propulsor diesel e caixa de câmbio, itens substituidos por motor elétrico alimentado por baterias e potência equivalente a mais de 400cv JOÃO GERALDO 18

ERA ELÉTRICA

isponível nas versões 4x2 e 6x2, respectivamente para 11 e 14 toneladas de PBT, o VW e-Deliver acaba de ser lançado o cialmente pela Volkswagen Caminhões e Ônibus como o primeiro caminhão movido por motor elétrico alimentado por baterias, produzido no Brasil por uma das maiores fabricantes de veículos comerciais,

com 40 anos de atividades no País. Candidato a atender a tendência mundial de movimentar veículos de distribuição, o motor elétrico é visto hoje como o mais provável substituto do propulsor a diesel nas operações urbanas e de curtas distâncias. Suas principais estão no menor custo de manutenção (em razão da menor quantidade de compoocarreteiro.com.br

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nentes, entre os quais se destacam a ausência de motor, da caixa de transmissão) e zero emissões de gás carbônico. Outro ponto relevante é a potência de 400cv (semelhante de um modelo extrapesado) gerada pelo conjunto elétrico e a autonomia com carga total das baterias chega a 250 quilômetros O e-Delivery será vendido com opções de 3 ou 6 baterias com valores bem acima dos modelos movidos a diesel. A versão para 11 toneladas custarespectivamente R$ 780 e 967 mil; já o 6x2, R$ 795 e 980 mil. “No início, os preços podem assustar, mas esse veículo não consome diesel, além disso o custo de manutenção é a metade do modelo convencional” justi cou o vice-presidente de vendas e marketing da VWCO, Ricardo Alouche. ainda segundo o executivo, a diferença pode ser recuperada no período de cinco 20

anos aproximadamente. Desenvolvido pela engenharia da VWCO, e-Delivery passou por período de três anos de testes em operação real e mais de 45 mil quilômetros rodados. A Cervejaria Ambev experimentou o veículo por mais de dois anos em operação de distribuição de bebidas em ruas da cidade de São Paulo. Foi ambém a primeira a negociar a aquisição de 100 unidades. A Coca-Cola Femsa Brasil, por sua vez, fechou a compra de 20 unidades. Os veículos adquiridos por ambos os embarcadores serão entregues até o nal deste ano. Dois dias após o lançamento o cial ocorrido dia de ulho Ricardo Alouche anunciou a venda de mais 15 unidades para outros clientes. Segundo o executivo, já são quase 60 empresas interessadas no e-Delivery. Além dos dois lotes já negociados, a

Modelo elétrico começou a ser testado em 2016 pela engenharia da Volkswagen. Protótipos rodaram em condições de operação real durante três anos na distribuição de bebidas meta da VWCO para este ano é disponibilizar mais cerca de 80 unidades para pré-venda. Neste primeiro momento, somente concessionários dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro receberão o caminhão elétrico. Produzido na mesma linha de montagem dos modelos convencionais, o e-Delivery recebe as baterias em área exclusiva para eletri cação tida como o coração da montagem elétrica, onde o veículo é energizado pela primeira vez. O veículo conta com cerca de 100 sensores e controles eletrônicos para torná-lo mais e ciente. Entre as soluç es consta a regeneração da energia de frenagem. O sistema é capaz de recuperar até 43% da energia durante a frenagem utilizada para recarregar as baterias. "O freio regenerativo auxilia o freio de serviço energia de frenagem aos co-

O e-Delivery é produzido com os mesmos processos da indústria 4.0 aplicados pela VWCO para a fabricação da linha diesel ocarreteiro.com.br

LANÇAMENTO

Um item de segurança é o controle de tração com sensores eletrônicos que monitoram e ajustam o torque do motor evitando a perda de controle do veículo 22

mandos para o ar-condicionado mais e cazes pelo modo automático ou por escolha do motorista. O sistema de regeneração das baterias é capaz de recuperar até 43% da energia durante a frenagem, utilizada para recarregar as baterias. “O freio regenerativo auxilia o freio de serviço de maneira a prover máxima desaceleração do veículo e menor desgaste dos componentes, o que reduz o custo de manutenção e maior disponibilidade do veículo”, explicou o diretor de engenharia da VWCO, Rodrigo Chaves. Uma tecla no painel permite ao motorista escolher entre três estágios e variar a intensidade para torná-lo mais e ciente e seguro. Outro diferencial destacado no e-Dede serviço de maneira a prover a máxima desaceleração do veículo e menor desgaste de componentes", explicou Rodrigo Chaves, diretor de enge-

nharia da VWCO. Uma tecla no painel possibilita ao motorista a escolha de três estágios, variando a intensidade de atuação do sistema. Outro diferencial é o Eco-Drive Mode, acionado pelo motorista quando necessita economizar bateria. “Com esse comando, o veículo ajusta automaticamente sua performance na operação, entregando somente o necessário e aumentando sua autonomia”, complementou. Um quesito de segurança do e-Delivery é o controle de tração, cuja ação é realizada por sensores eletrônicos que monitoram constantemente sua trajetória. A qualquer sinal de redução de aderência dos pneus o sistema ativa automaticamente os freios para ajustar o torque do motor, recuperar o atrito ao solo ter o movimento controlado. As baterias, cuja temperatura é controlada por sistema de resfriamento, são mais resistentes a altas temperaturas e contam com construção de proteção contra água. Durante as sessões de recarga, a tomada é mantida travada para garantir a segurança. E, em caso de qualquer sinal anomalia durante o carregamento, o uxo é automaticamente interrompido. A engenharia da VWCO informa ainda que o veículo pode ser recarregado em qualquer condição climática e que não há perigo em operá-lo sob sol ou chuva e qualquer anormalidade é identicada pelo computador de bordo. O diretor de serviços e pós-vendas da VWCO, Antonio Cammarosano, acrescenta que o e-Delivery conta com todas as soluções de serviços técnicos disponibilizadas pela companhia, além de dois planos exclusivos de manutenção e Manual Cognitivo, que responde a perguntas do motorista por áudio e texto.

COMBATE ÀS EMISSÕES Em todo o mundo a indústria automotiva está investindo em novas soluções de mobilidade isenta de combustíveis fósseis. No caso da Volkswagen Caminhões e Ônibus, o Grupo TRATON, ao qual a empresa pertence, está investindo 1,6 bilhão de dólares em veículos elétricos até 2025. A expectativa, assim como a de todo setor, é reduzir em 30% as emissões até 2025 e tê-las eliminadas totalmente até o ano de 2050. Para alcançar esta meta estima-se que até 2030 a frota de veículos elétricos seja superior a 20 milhões de unidades em operação. Aqui no Brasil, a exemplo da Europa, os transportadores já estão aderindo aos caminhões elétricos para distribuição em centros urbanos.

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COMEMORAÇÃO E

O EM BOA HORA O aniversário de 64 anos de instalação da fábrica no Brasil coincidiu com o bom momento vivido pela Scania no País. Altos volumes de licenciamento de caminhões e de vendas de serviços, além do avanço das entregas de modelos movidos a gás, foram destaque da marca no primeiro semestre de 2021 JOÃO GERALDO

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comemoração do 64º aniversário de presença no Brasil, celebrada o cialmente no dia de julho, este ano teve motivos a mais para a fabricante de caminhões e ônibus de origem sueca incluir nos festejos. Um dos motivos da data ter se tornado mais especial deve à liderança de mercado conquistada consecutivamente nos meses de março, abril e maio no segmento de pesados, desempenho não atingido desde 2013. Outro é o crescimento de 18,6% para 25,9%, de participação, a maior registrada nos três últimos anos. E para completar, as vendas acima de 150 unidades a gás seguem em ritmo acelerado para a empresa bater a meta de até o nal deste ano. Há anos a Scania tem se posicionado entre as três montadoras com maior ocarreteiro.com.br

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volume de emplacamento de caminhões pesados, mas este ano suas vendas chegaram a superar por mais de uma vez as concorrentes Volvo e Mercedes-Benz. Foram 1.718 unidades em março, 1.532 em abril e 1.736 em maio, totalizando 4.986 modelos R 450, R 540 e R 500 emplacados nos três meses. No mesmo período, as duas concorrentes obtiveram 4.265 e 3.852 unidades licenciadas, respectivamente. No semestre, a Scania foi a marca com o segundo maior volume de emplacamento de caminhões pesados, 7.792 unidades. A Volvo liderou com 7.917. “O mercado de caminhões pesados cresceu entre 70 e 80%, enquanto nós crescemos 130%. O primeiro semestre “bombou”, comemorou o diretor de vendas de soluções da Scania, Silvio Munhoz. O aquecimento do mercado ajuda a explicar os números conquistados pela montadora, no entanto os resultados comemorados são creditados também ao potencial dos caminhões da nova geração, lançada em 2019, totalmente modi cados conforme destaca o executivo. m dos pontos fortes a rmou está na economia de combustível de até 20% em relação à geração anterior. Pelos números divulgados, essa redução de consumo vem em maior parte (8%) do sistema de injeção do motor. “Nossa tecnologia de alta pressão de injeção com múltiplos pontos (XPI com sistema Common Rail) diminui consideravelmente o consumo e também as emissões. É imbatível. Estamos à frente da concorrência a rmou unhoz acrescentando que esse motor já está pronto para atender a próxima fase da lei de emissões, o Proconve P 8, previsto para ser adotado no Brasil a partir de janeiro de 2023. Outros itens de redução 26

de consumo são o Acelerador Inteligente (5%), o Scania Active (3%), a transmissão Opticruise (2%) e 2% obtidos com a aerodinâmica da cabine. PAIXÃO SCANIA – Um adicional às celebrações da data de aniversário da instalação da companhia no Brasil é o Dia da Paixão Scania, criado em 2020. “ Esta é mais uma forma da empresa demonstrar o relacionamento de gerações com a marca e com modelos que marcaram época, como o L 111”, explicou Márcio Furlan, diretor de marketing, comunicação e sustentabilidade da montadora. Conforme disse o executivo, a Scania tem uma história especial de relacionamento com o mercado. "Começa com os clientes, com o reconhecimento de uma parceria responsável pelo progresso de

Na trajetória entre os primeiros modelos L 75 vendidos no Brasil e a nova geração de caminhões, suas tecnologias e os serviços conectados, a Scania criou parcerias que passaram de geração para geração de transportadores

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MONTADORA

empresas motoristas e demais pro ssionais do segmento de transporte", acrescentou. Ainda de acordo do Furlan, esse relacionamento passa de geração para geração, consolidando a relação da marca e a evolução das pessoas, que, de alguma forma, estão a ela conectadas. "A relação da Scania com as pessoas é isso, uma mistura de amor, admiração, força resultado inovação con ança e referência de produtos e soluções que se tornam ícones no mercado ”, concluiu. TECNOLOGIAS – Assim como os produtos concorrentes, os caminhões Scania trazem um pacote de tecnologia de segurança, serviços, redução de custo de operação e conforto do motorista. O Actcruise, por exemplo, item de série introduzido na linha 2020/2021, atua por meio de posicionamento via GPS e um mapa topográ co integrado ao m dulo de conectividade grava as rotas e apro28

veita aclives e declives da melhor maneira para economizar combustível. Já o Acelerador Inteligente, também conhecido como controle de aceleração, está presente em todos os modelos da nova geração. Seu funcionamento ligado a uma análise do peso do caminhão, da posição do pedal de aceleração e de deslocamento do veículo para evitar acelerações bruscas e desperdício de combustível. Sua atuação tem por objetivo possibilitar uma condução confortável e econômica, preservando componentes do trem de força e os freios. O sistema trabalha de forma automática e desativa quando o motorista pressiona o acelerador até o fundo, na posição do kickdown), entendendo que o caminhão precisa de toda a capacidade de aceleração. Ao soltar o pedal, o sistema volta a controlar a aceleração. Numa condução com frequêntes alter-

nâncias de velocidade, tráfego intenso e em veículos não totalmente carregados ou vazios, o Acelerador Inteligente contribui para uma maior economia de combustível. Quanto mais variações na rota, maior poderá ser sua atuação automática. O ADAS, por sua vez, utiliza câmera e um radar, instalados no para-brisa e no para-choque. O sistema é dividido em três dispositivos: AEB (Frenagem de emergência avançada, que funciona por meio do radar e câmera para medir a distância e a velocidade relativa de qualquer veículo na pista e assim evitar acidentes). Outros dispositivos são o A viso de Saída de Faixa (identi cado como LDW) e o Controle de Cruzeiro Adaptativo (ACC), sistema que ajuda o motorista a manter uma distância constante em relação ao veículo da frente, por meio do radar instalado no parachoque.

Da fábrica instalada em São Bernardo saem modelos pesados para aplicações fora de estrada, rodoviárias e semipesados para distribuição

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TESTE

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BITRUCK ACIMA DA

DA MÉDIA

O DAF CF com chassi rígido estreia no segmento brasileiro de caminhões 8x2 esbanjando tecnologia, potência e conforto, conforme foi possível observar rodando com veículo em trechos de rodovias e rotas urbanas MAURO CASSANE

ntre as grandes fabricantes de veículos pesados no Brasil, faltava apenas a DAF a ofertar caminhão de chassi-rígido na con guração x com segundo eixo direcional. A montadora, que também é a mais nova entre as demais, chegou ao Brasil em 2011 e desde então vem aumentando gradativamente seu portfólio de produtos. om a renovação total de seus caminhões das famílias XF e CF, em março deste ano a DAF lançou o F x rígido com motor de 11 litros e 410cv, a maior potência do segmento. Seus concorrentes, Volvo VM 330 e Constellation 30.330, têm 330cv, o Scania P-360 entrega 360cv, o Iveco Tector 31-300 chega a 300cv e o Mercedes-Benz Atego 3030 oferece 286cv de potência. Estamos falando de um mercado que cresceu muito nos últimos dez anos, saindo de 4% das vendas em 2011 chegando aos atuais 9%. A tendência agora é de estabilização possivelmente batendo no máximo o que signi ca perto de 10 mil unidades ao ano. Com um produto oferecendo diferenciais tecnológicos de respeito, a DAF entra no ringue ocarreteiro.com.br

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Detalhes externos como partes cromadas e logomarca em alumínio fazem o CF car parecido com um caminh o pesado 32

para brigar por uma boa fatia deste nicho que é, basicamente, dominado por motoristas autônomos. Testamos o modelo que já tem espera na rede DAF e, muito certamente, será bastante procurado por oferecer o melhor custo benefício entre as opç es disponíveis pela fabricante: O CF 8x2 com entre eixo de 5.900 mm (a outra opção é o com . mm vem equipado com a cabina “Sleeper Cab”, que é baixa, leito e com suspensão pneumática. Visualmente, todos os novos produtos DAF fazem jus à tendência de design com linhas suaves que buscam o melhor aproveitamento aerodinâmico. Neste aspecto, as linhas XF (cavalos mecânicos extra pesados e F (pesados são muito parecidos com diferenças apenas nos detalhes. Resumidamente, o CF é um “compacto” do XF. Os detalhes cromados e a logomarca elevada em alumínio escovado fazem-no parecer um pesadão. Até mesmo parado, ao lado de modelos mais antigos de Scania e Volvo a sensação é que o F é maior. para-choque em aço galvanizado (mais resistente é pintado na mesma cor da cabina e se confunde com as partes em bra. O modelo avaliado pela equipe da Revista O Carreteiro vem com o “Pacote Confort”, o mais básico, porém com itens que privilegiam uma condução silenciosa e, de fato, confortável. A suspensão da cabine funciona bem, mesmo em asfalto ruim absorve de maneira e ciente impactos leves (lombadas e até buracos mais severos. Outro aspecto que vale destaque é o baixo nível de ruído interno (com os vidros fechados em velocidade de cruzeiro, a 70 km/h, e 1.000 rpm, quase nem se percebe o trabalho do motor . m item que chama a atenção é o as-

Disponibilizada em duas opções, a cabine prioriza o conforto, ergonomia e segurança do motorista

sistente de performance do condutor, que mostra em tempo real o desempenho do motorista. Não se trata de um “dedo-duro” tecnológico, mas sim de um sistema que ajuda a buscar melhorias fazendo avaliaç es de performance durante todo o trajeto. Sabendo usá-lo é possível melhorar substancialmente as médias, especialmente quando se trabalha em rotas xas. Em tra eto de quilômetros zemos m l na primeira tocada e, na segunda, no sentido contrário, seguindo as dicas eletrônicas oferecidas pelo sistema, subimos a média para 3,4 km/l sendo que, com algumas outras pequenas correç es na condução poderíamos aprimorar ainda mais. T (capacidade técnica do bitruck da DAF é de 45 toneladas. Esse é um caminhão ideal para trabalhar com baú, sider, contêiner ou até mesmo prancha. A con guração mais comum contudo

é o ba . No teste usamos um frigorí co da própria fábrica, vazio. Por isso temos que ter algum cuidado para falar de consumo. O ideal seria botar as 17 toneladas permitidas pela balança e fazer as mediç es. ontudo vazio pudemos observar que o caminhão trabalha muito bem com o sistema de suspensão pneumático com regulagem de altura e não ca pulando feito cabrito. O freio a disco, também opcional (a versão mais simples vem equipada com tambor é o mais recomendável para as aplicaç es deste produto: médias distâncias com boa manobrabilidade dentro de áreas urbanas. Trafegamos na estrada e também dentro de áreas urbanas. Embora possa parecer o contrário, o segundo eixo direcional na dianteira (usado para assegurar até toneladas a mais de carga não arrasta e torna manobras fáceis de seocarreteiro.com.br

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rem executadas mesmo em áreas mais estreitas. O DAF 8x2 tem essa positiva dualidade de se comportar na estrada como um pesadão de respeito e como um leve de entregas domésticas dentro dos centros urbanos. O caminhão é ágil e confortável em ambas situaç es. O dispositivo auxiliar de partida em rampa funciona muito bem com a vantagem singular de emitir um sinal sonoro quando os segundos de atuação expiram. Motorista experiente nem precisa deste sinal para indicar ao tirar o pé do freio é preciso acelerar ou puxar o manete do estacionário para o veículo não voltar para trás. Mas o que torna o CF 8x2 um caminhão com tocada ao mesmo tempo potente e suave é o respeitoso trem-de-força que une os atributos do novo motor Paccar MX 11 (o número representa sua litragem com cv de potência e 34

torque plano com apenas 900 rpm que entrega força de sobra com . Nm. Subindo o torque, ainda na faixa verde, o giro vai a 1.400 rpm e passa a entregar força extra de . Nm. Essa performance é auxiliada pela transmissão automatizada ZF TraXon com 12 velocidades à frente e duas para ré. Diferente das transmissões da concorrência, que precisam passar algumas vezes por um mesmo trajeto para entender a aprender sua topogra a a transmissão do CF 8x2 já vem calibrada de fábrica com todas as informaç es das estradas nacionais. Ou seja, segundo a engenharia da DAF, a transmissão previamente conhece as estradas do Brasil. E essa inteligência arti cial permite uma condução se a onde for no País ainda mais e ciente segura e, sobretudo, econômica. Além dos engates de todas as marchas serem e rápidos, essa caixa é tam-

a op o pace, a ca ine do F conta com 2,23m de altura interna e diferentes revestimentos de paredes, colch o e cortina

bém é 35% mais silenciosa que sua versão anterior. Durante a tocada, é preciso prestar atenção para saber que as marchas estão subindo e, quando surge qualquer aclive à frente, o sistema já entende, baixa uma marcha e faz todo aproveitamento possível de inércia antes de empreender a subida. A escolha do modo de condução (sair do automatizado econômico e passar para o manual ou, ainda, desativar o modo econômico é feita de forma simples com apenas um toque no botão da alavanca posicionada ao lado direto da coluna de direção. Normalmente o motorista desativa o modo econômico (eco em situaç es especiais de ultrapassagem ou quando vai reentrar na pista. Neste caso, o motor Paccar MX 11 se entende muito bem com a caixa de transmissão e as respostas são ligeiras como se o caminhão entrasse no modo “esportivo”. O giro sobe a mais de 1.400 rpm e a caixa instantaneamente busca força extra com as reduç es que se zerem necessárias observando a demanda do pedal do acelerador. Ou seja, pisou fundo o conjunto responde rápido. Aliviou o pé, o sistema entende que deve voltar para o modo “eco” e o faz tudo automaticamente. Testamos algumas vezes essas situaç es inclusive em ultrapassagem, e funcionou perfeitamente bem. Com o modo “eco” em off, o caminhão responde ligeiro até mesmo com pé a meia carga no acelerador. Mas é possível buscar desempenho também muito semelhante sem desativar o modo econômico, pois o caminhão

Faróis com lentes de alta resistência a impactos e detalhes que contribuem para melhorar a aerodinâmica s o itens de série presentes no DAF 8x2 que está chegando ao mercado

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entende de maneira rápida e harmoniosa o que o motorista quer fazer. E, caso o motorista cometa algum erro, o “assistente de performance” trata logo de dar nota e sugerir correção. Outra grande vantagem do trabalho conjunto entre o motor MX 11 e a transmissão é a maneira inteligente e segura como o sistema coloca o caminhão em “Eco Roll” (nome bonito, em inglês, para banguela eletrônica . A transmissão conhece de maneira preditiva os trajetos. Em uma grande reta, por exemplo, com uma descida no nal o sistema antecipa a situação e mantém o caminhão em velocidade de cruzeiro, em décima segunda marcha e assim que começa a descer, se o motorista entender que é seguro (basta não acelerar nem frear o “Eco Roll” entra automaticamente com a função de máximo proveito da inércia. Ao menor toque no freio, ou mes36

mo ao se acionar o primeiro estágio da alavanca do freio motor (são três estágios que entregam cv de frenagem as marchas voltam a atuar já em modo reduzido. Todo esse pacote tecnológico veio para facilitar a vida do motorista e torná-lo ainda mais e ciente. om essa nova geração de caminh es s erra quem realmente se esforça em errar. Os 410 cavalos de potência, bem aproveitados com uma transmissão equilibrada, permite que o CF 8x2 trabalhe sem demandar esforços extras do motor. O caminhão segue tranquilo em velocidade de cruzeiro a 80 km/h na faixa de rpm rotação baixa para um veículo deste porte. Na subida, mesmo apertando o acelerador para fazer ultrapassagem, o giro sobe a 1.200 rpm (sem sair da faixa verde e o caminhão sobra na pista. á espaço para mais mas é completamente desnecessário.

BOLETIM DE PNEUS

PNEU SEM CÂMARA

a edição passada falamos dos cuidados necessários para a montagem adequada do pneu, levando-se em conta especialmente as dimensões do aro. Para os pneus do tipo sem câmara, a operação de montagem e desmontagem é mais simples em comparação ao pneu com câmara de ar, no entanto os seguintes cuidados devem ser observados: • Veri car qual a situação de integridade da roda com relação a trincas, ferrugens, amassados e orifício da válvula; • Veri car se a medida do aro é a mesma especi cada para a montagem do pneu no que diz respeito à largura e diâmetro; • tilizar lubri cante base vegetal com inibidor de oxidação para evitar que o pneu venha a aderir no aro durante seu uso devido ao excesso de temperatura; • Utilizar ferramentas adequadas e de preferência de uso especí co para a montagem e desmontagem de pneus. Temos de que observar que o uso de picareta na desmontagem de pneus é altamente prejudicial pois afeta a área dos talões do pneu podendo destruir a carcaça ocasionando perda de pressão de ar nessa área. • Existem equipamentos mecânicos e hidráulicos para a montagem e desmontagem de pneus de caminhão e devem ser usados por facilitarem a operação, sem esforços demasiados por parte dos pro ssionais da borracharia; • Ao assentar o pneu na roda veri car se o mesmo está perfeitamente concên-

trico em relação à roda, evitando-se desbalanceamentos e vibrações no veículo; • recomendável dar uma pré-in ada com pelo menos 50% da pressão de trabalho desin ar e in ar novamente garantindo-se assim perfeito assentamento dos talões na roda; • As rodas devem estar pintadas com tinta à base de água, evitando que seja utilizada tinta com base em solventes que podem afetar os talões dos pneus; • Nunca utilizar produtos in amáveis para encher pneus que apresentem diculdades na in ação pois essa prática dani ca permanentemente o interior da carcaça que passa a não segurar mais a pressão em seu interior; • Veri car na montagem dos pneus no veículo se o pneu é adequado àquela posição de trabalho, por exemplo, pneus direcionais em eixos livre e pneus de tração em eixos tracionados; • Balancear todos os pneus, inclusive os que vão rodar em conjuntos duplos, preservando-os, assim como os componentes mecânicos do veículo; • Garantir que os pneus em montagem dupla tenham o mesmo diâmetro de seu par, e que sejam do mesmo fabricante, mesmo desenho e tipo de construção (radial com radial e diagonal com diagonal); Temos de lembrar que quanto mais perfeita a montagem e desmontagem de um conjunto pneus/roda, mais preservada estará a carcaça para futuras reformas.

Este boletim é de responsabilidade do consultor na área Automotiva Pesada, Guilherme Junqueira Franco, que tem a formação TTS - Truck Tire Specialist (Especialista em Pneus de Caminhão). Dúvidas: guijunqueirafranco@gmail.com ocarreteiro.com.br

LANÇAMENTO

VOLVO LANÇA NOVA GERAÇÃO F NO BRASIL

Lançada na Europa no início 2020, os novos caminhões Volvo das linhas FH, FM e FMX chegam este ano ao mercado brasileiro carregados de tecnologia, de mudanças nas cabines e trazem com eles a missão de manter a marca na liderança de vendas no segmento de extrapesados JOÃO GERALDO 38

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om previsão do inicio das entregas em outubro, os novos caminhões da linha F (FH, FM e FX) apresentados pela Volvo em meados de junho trazem um pacote de novidades e inovações tecnológicas no âmbito do conforto, segurança e ciência. Lançada mercado europeu em fevereiro de 2020, essa nova geração chega com o propósito de oferecer mais avanços e competitividade para manter a marca na posição de vanguarda

de veículos de carga pesados produzidos no Brasil e também manter a linha FH no topo de vendas do segmento. Disponibilizada para o mercado brasileiro em menos de dois anos de diferença em relação à Europa, onde há anos os veículos pesados rodam os motores Euro 6 (aqui no Brasil chegarão em 2023), a nova geração se destaca também pela atualização do design do FH e da cabine totalmente nova que equipa os caocarreteiro.com.br

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minh es F e F . Inspirada no F essa nova versão de cabine ganhou 1m3 a mais de espaço interno e 10% a mais de visibilidade para o motorista por conta da maior área envidraçada. Nesta nova geração a motorização de 13 litros continuará sem alteração; é a mesma aprimorada com a Aceleração Inteligente da linha que trouxe redução de 10% no consumo de combustível graças a mudanças em componentes internos e externos do motor. No FH, os propulsores são disponibilizados com cv cv cv e cv. Nas linhas FM e FMX, além destes a oferta se estende a uma versão com motor de cv de potência. Outra novidade da nova linha é a redução de mais 5% de consumo de combustível em relação linha atual. ganho de economia, explica o gerente de engenharia de vendas da Volvo, Jeseniel 40

Valério, foi obtido por meio de soluções como a maior inteligência empregada caixa de transmissão I-Shift; das melhorias aerodinâmicas nas cabines e também da nova versão do I-See sistema que utiliza a conectividade do caminhão para identi car antecipadamente a topogra a da estrada e escolher, de modo automático as melhores marchas. “Nos caminhões da nova geração o I-See á vem pré-mapeado de fábrica na transmissão I-Shift melhorando o desempenho e poupando combustível desde a primeira viagem complementa Valério. Outro avanço também na caixa de câmbio automatizada, a deixou mais inteligente e com até cinco modos de condução, dependendo do modelo do veículo. Assim como ocorre nos caminhões Volvo que rodam na Europa, onde a falta de motoristas re ete com maior intensidade nos novos projetos, e leva as fábri-

Nova geração chega com mais 5% de redução de consumo de combustível, a rma eseniel Valério cas a se preocuparem mais com as condiç es de trabalho deste pro ssional as cabines da nova geração receberam várias melhorias no âmbito do conforto e segurança. Isso se traduz em melhorias de diversos itens que vão desde uma ergonomia mais aprimorada ao colchão de espuma de alta densidade, novos tecidos e até novas entradas SB. Tanto os modelos da linha FH quanto FM e FMX passam agora a sair de fábri-

ca com painel de 12 polegadas totalmente digital, e com várias possibilidades de telas con guráveis de acordo com a conveniência do motorista. Tudo se a usta ao modo de direção mostrando na tela central as informações necessárias para as diferentes operaç es. As vantagens destas inovações são traduzidas em praticidade, entre elas a inspeção diária automática de itens, cuja relação inclui, por exemplo, desgaste de freios e nível do uído de arrefecimento entre outros. No painel de 12 polegadas, o motorista pode colocar o displa do PS e também visualizar também o peso por eixo do cavalo mecânico e da carreta, entre outras atribuiç es. Também é item de destaque a central multimídia com display de 9 polegadas com rádio e funções como espelhamento do celular, telemetria e comunicação geral do caminhão. ocarreteiro.com.br

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Inspirada na linha FH, a nova cabine do Volvo FM e FMX ganhou mais espaço interno

No terreno da segurança, uma das novidades da nova geração F é o Piloto Automático de Descida. Trata-se de um sistema para manter o veículo na velocidade programada durante descida de serra ou longo trecho de aclive. Segundo explicação do engenheiro de vendas da Volvo, Glenio Karas, o sistema conjuga vários dispositivos; como o freio motor Volvo (VEB); a transmissão eletrônica I-Shift (que seleciona sempre a melhor marcha para cada trecho) e até mesmo os freios de serviço do caminhão, acionados de forma automática para não exceder a velocidade máxima estabelecida. A nova linha F traz de série o pacote de Segurança Freios Eletrônicos EBS. Na prática são equipamentos para garantir a reação mais rápida dos freios e distribuição da força de frenagem entre os eixos do cavalo mecânico e de todo o conjunto. “Também permitem desgaste menor 42

Estamos sempre trazendo tecnologia de ponta para a América Latina, destacou Wilson Lirmann e mais uniforme das lonas ou das pastilhas, e o caminhão passa a ter sempre freios com acionamento eletrônicos EBS para freios a tambor e disco; Controle de Tração; Freios ABS; Auxílio de Partida em Rampa; Luz de Freio de Emergência e Freio de Estacionamento com ativação/ desativação automática”, explica Jeseniel Valério, gerente de engenharia de vendas da Volvo. Opcionalmente, os caminhões da no-

M F

AM AL

• Piloto Automático de Frenagem de Emergência Radar que monitora os veículos à frente, adaptando a velocidade do caminhão e freando em caso de necessidade • Freios Eletrônicos EBS Garantem distâncias menores de frenagem e aumento da estabilidade • Câmera de Ponto Cego Montada no canto inferior do retrovisor direito, proporciona mais visibilidade externa, com imagem projetada no multimídia no painel do motorista • Farol auxiliar de mudança de direção Ilumina a área à direita ou à esquerda

quando o caminhão inicia uma curva no escuro • Freio Anticanivete (efeito L) Sistema exclusivo Volvo, promove micro frenagens na carreta para diminuir a ocorrência do efeito “L” entre o caminhão e o implemento • Luz de freio de emergência As luzes de freio traseiras piscam intermitentemente quando o motorista é obrigado a fazer uma frenagem brusca • Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP) Reduz significativamente o risco de tombamento em curvas fechadas • Detector de atenção Emite um sinal sonoro e uma mensagem quando o sistema entende que o motorista está cansado • Monitoramento da faixa de rodagem Emite um sinal sonoro quando o caminhão cruza a faixa sem sinalizar • ACC Plus (anda e para): Reduz risco de colisões, adaptando a velocidade ao veículo à frente até o caminhão parar, retomando o movimento assim que o motorista comandar • Direção Inteligente VDS, com correção de faixas autônoma Melhora sensivelmente a precisão e a estabilidade da direção, por meio de um motor elétrico ajustado cerca de duas mil vezes por segundo. Também ajuda na estabilidade da composição corrigindo a direção automaticamente em caso de necessidade, além de manter o caminhão dentro da faixa de rodagem da rodovia de maneira autônoma ocarreteiro.com.br

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Com novo eixo traseiro, suspensão reforçada e freios de maior desempenho, FMX chega ao de toneladas

va linha podem receber até oito câmeras auxiliares para o motorista ter melhor visibilidade. ma delas instalada sob a parte inferior do retrovisor direito, garante visão de 76m2 da área de um dos principais pontos cegos do caminhão. Todas elas pro etam imagens na tela central multimídia. Airbag frontal no volante e pré-tensionador do cinto do motorista, também compõem os itens de segurança. utro item opcional é o farol de LED com sistema antiofuscamento. De modo automático e gradativo (independente da ação do motorista), o dispositivo se adapta ao tráfego de veículos desligando e acendendo os segmentos de LED. “Como sempre, estamos trazendo tecnologia de ponta para a América Latina, mantendo a tradição de oferecer produtos globais e antecipar tendências”, disse o presidente do Grupo Volvo 44

Volvo aprimorou ainda mais as tecnologias já consagradas pela marca, disse Alcides Cavalcanti América Latina, Wilson Lirmann, ao enfatizar que a empresa está promovendo uma grande atualização na sua linha F de caminh es. O diretor executivo de caminhões da companhia, Alcides Cavalcanti, por sua vez complementou que a Volvo conseguiu aprimorar ainda mais várias das tecnologias da marca consagradas, para entregar mais segurança e produtividade aos clientes.

SEJA O PROTETOR DAS CRIANÇAS NAS ESTRADAS

o mês de julho, comemoramos o Dia de São Cristóvão (25 de julho), padroeiro dos motoristas pro ssionais que todos os dias transportam itens imprescindíveis para o País. ais do que isso os motoristas são essenciais para a economia brasileira e também para a proteção de crianças e adolescentes nas estradas. Você deve estar pensando - ual a relação desse pro ssional com meninos e meninas em situaç es vulneráveis? Assim como o padroeiro São Cristóvão olha por vocês, carreteiros, durante suas viagens devemos todos proteger nossas crianças e adolescentes nas estradas tanto para que elas transitem de um lugar a outro em segurança quanto para que não se am exploradas sexualmente dentro e fora das rodovias. A pandemia da ovidtrouxe re exos sociais e econômicos que têm sido extremamente pre udiciais para crianças e adolescentes que caram expostas a situaç es ainda mais vulneráveis. Por isso gostaría-

mos de convidar todos os carreteiros a estarem ao nosso lado nesta causa a proteção de crianças e adolescentes contra a violência sexual. Enfrentar a exploração sexual de meninos e meninas nas rodovias é vital. o e existem . pontos vulneráveis a esse tipo de violência nas estradas do País segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF em parceria com a hildhood Brasil realizado entre e . Os carreteiros podem ser verdadeiros her is da inf ncia atuando como agentes de proteção em especial em locais de parada onde crianças e adolescentes podem estar em situação de risco. Disque para denunciar qualquer situação suspeita de violação de direitos de meninas e meninos. A den ncia é anônima e gratuita. Estar com os olhos bem abertos e atentos nas estradas pode fazer toda a diferença no combate da exploração sexual. Vamos proteger a inf ncia e assegurar que as crianças se am crianças

Para saber mais, acesse: Childhood Brasil – www.childhood.org.br Programa Na Mão Certa – www.namaocerta.org.br

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COMBUSTÍVEL

QUESTÃO DE MISTURA A adição de biodiesel ao diesel em até 10% não revelou ser prejudicial aos motores de veículos pesados, porém, acima desse percentual a mistura traz problemas para certos componentes e aumento de custo de manutenção JOÃO GERALDO

alerta vem da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e de várias outras entidades que juntas somam mais de 200 mil empresas distribuidoras, importadoras, revendedoras e transportadoras e indústrias relacionadas ao consumo de óleo diesel no Brasil. Os principais problemas detectados, segundo o diretor técnico da entidade, Henry Joseph Junior, são entupimento do ltro de combustível (forçando a troca do componente com menos tempo de uso) e entupimento do bico injetor (exigindo limpeza, pois o veículo começa a funcionar com de ciência e muitas vezes implica na abertura do motor), além da formação de depósitos e borras dentro do cárter e partes do motor. A mistura atual é de 10%, mas os problemas começaram quando a adição

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esteve acima desse patamar, até o ano passado. "O problema se estendeu também ao travamento de bombas de postos de combustível", acrescentou Joseph Junior. A preocupação ganhou maior dimensão com o recente projeto de lei do Conselho Nacional de Política Energética propondo elevar gradualmente o percentual da mistura, podendo chegar ao topo de 20%, conforme explica o diretor técnico da Anfavea. “Todo mundo se assustou, porque a partir do momento que houve adição além dos 10% os problemas começaram a aparecer nos motores. Se chegar aos 20% será uma loucura”, alertou. No seu entendimento, caso os acréscimos venham de fato a ocorrer lança-

rão o País em um cenário de estagnação tecnológica, porque comprometerão a prestação de serviços e causarão impactos no desenvolvimento da indústria automotiva e de equipamentos. “Esses eventos elevam o consumo de combustível e o aumento do custo operacional. Em uma grande frota torna a situação dramática e toda a sociedade acaba pagando a conta”, acrescentou. De acordo com sua explicação, a evolução do percentual de biodiesel ao diesel implicará em maiores custos para o transporte rodoviário de cargas, de passageiros e, consequentemente, ocarreteiro.com.br

COMBUSTÍVEL

provocará aumento de preços de produtos para todos os consumidores. Outro ponto de preocupação é a maior incidência de emiss es e de outros tipos de problemas causados quando os motores deixam de funcionar do modo adequado. O diesel com percentuais acima de 10% de biodiesel se mostrou prejudicial tanto misturado ao diesel S-10 (combustível que viabilizou novas tecnologias dos veículos no País e reduziu as emiss es quanto no S. Pela programação prevista pela resolução do Conselho Nacional de Política Energética, que propôs adição de 1% ao ano a partir de 2018, hoje a mistura poderia ser 13%, observa o representante da Anfavea. Conforme sua explicação, o acréscimo só não aconteceu porque a falta de biodiesel em 2020 provocou elevação de seu preço e ao invés de aumento houve redução de percentual. Em 2016, ressalta Joseph Junior, a An-

s pro lemas ocasionados pela mistura afetam desde os motores mais modernos aos mais antigos, a rmou Henry Joseph Junior, da Anfavea

A adição de biodiesel ao diesel atualmente é de 10%. Não está maior porque faltou o produto em e seu pre o cou muito alto levando à redução da mistura

favea já havia manisfestado ser possível a adição de até 10%, porque com essa mistura o combustível já tinha seu uso testado e comprovado. "Também na ocasião demonstramos haver preocupação com percentuais maiores, porque testes realizados apontavam a possibilidade de haver problemas. Mas não adiantou, a lei foi mantida e desde então o teor de biodiesel foi aumentado", disse, reforçando que os acontecimentos veri cados nos motores neste meio tempo é o que previa a Anfavea, ou seja, problemas orindos da mistura. De acordo com Joseph Junior, a quantidade de casos é maior ainda nas re-

gi es Norte e Nordeste. motivo da mistura ter provocado problemas mais acentuados nas duas regi es citadas pode ser segundo ele, devido a diferença do diesel em relação ao de outros locais, ou pela falta de controle da qualidade do combustível permitindo diferentes misturas. “O fato é que a mistura tem causado problemas em todos os cantos a rma Os problemas, conforme relata, acontecem desde os motores mais modernos Euro aos mais antigos de caminh es ônibus e picapes etc produzidos antes de 2012. “A visão de mercado das montadoras normalmente está com foco maior nos veículos mais novos, que

ainda procuram assistência técnica nas redes de concessionárias por isso camos assustados quando frotistas e associaç es de transportadores começaram a comunicar a quantidade de casos ocorrendo até mesmo com veículos bem mais antigos no mercado”, explicou. Surgiu daí a iniciativa de um posicionamento conjunto de várias entidades representativas a virem a público manifestar preocupação quanto às discuss es sobre a evolução do teor de biodiesel na mistura do diesel comercializado no País. Além da Anfavea, subscrevem o manifesto a CNT (Confederação Nacional do Transporte), Fenabrave (Federaocarreteiro.com.br

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Enquanto foi comerciali ado, o com ust vel com mais de 10% de biodiesel provocou danos em motores

ção Nacional a Distribuição de Veículos Automotores), IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) e Sindipeças (Sindicato da Indústria de autopeças), entre várias outras, vieram a público manifestar a preocupação quanto às discuss es sobre a evolução do teor de biodiesel ao óleo diesel. ESTUDOS - No início, conta Joseph Junior, a lei falava de fazer um programa de estudos técnicos para comprovar se a mistura de biodiesel ao diesel era viável. Anfavea e montadoras, além de outros interessados, participaram da discussão, mas tudo em vão no seu entendimento. 50

“Foi dado prazo de um ano para a conclusão dos testes de durabilidade, funcionais etc. Além de serem teste demorados tivemos de esperar por mais de seis meses até os produtores prepararem o combustível e a Agência Nacional do Petróleo nos entregar para iniciarmos os trabalhos”, explicou. A demora reduziu de modo signi cativo o tempo para os testes e não havia outro modo a não ser esperar, pois não de tratava de um combustível vendido em posto na época. "Passados mais de seis meses aguardando, havia de nossa parte a expectativa de prorrogação do prazo, mas isso não aconteceu. Restou

tá relacionada aos novos motores, previstos para chegar ao mercado brasileiro a partir de janeiro de 2023. “Se já existem problemas hoje, será pior ainda para os motores da próxima fase do programa de emiss es disse o diretor técnico da Anfavea, referindo-se ao Proconve P8, programa de controle de emiss es do onama o onselho Nacional do Meio Ambiente. Os motores diesel da próxima fase terão níveis de emiss es equivalentes à norma europeia Euro 6, especialmente no âmbito da redução de (oxido de nitrogênio hidrocarbonetos e mon xido de carbono) produzidos pela queima de óleo diesel. Segundo o diretor técnico da Anfavea, testes já realizados com peças para os novos motores apontaram que estas sofrem com a mistura acima de 10%. “Tem testes inclusive com apoio da Petrobras de que a mistura cria problemas seríssimos no sistema de pós-tratamento de gases, que é o item mais importante para os veículos atenderem à próxima fase do Proconve naliza. a nós da indústria sair correndo para fazer testes, até que a certa altura tomamos a decisão de que podia ir em frente", explicou. Joseph Junior disse ainda que na época foi manifestada a necessidade de continuar os trabalhos, porque os resultados obtidos apontavam a necessidade de olhar a questão com mais atenção, mas infelizmente o argumento não foi su ciente e veio a decisão através do Ministério de Minas e Energias levando adiante a questão e considerando ser viável o aumento da adição de biodiesel ao diesel. Outra grande preocupação agora esocarreteiro.com.br

MONTADORAS

LIVRE DE DIESEL E

Grupo Daimler Trucks AG iniciou deu início aos testes com o primeiro protótipo de caminhão pesado movido a célula de combustível com base em hidrogênio e zero emissões de CO2. Objetivo é começar avaliação do veículo com transportadores em 2023 e produção em série em 2027 JOÃO GERALDO 52

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L E DE EMISSÕES

omeçou a rodar na pista de testes o Mercedes-Benz GenH2 Truck movido a célula de combustível com base em hidrogênio. Trata-se do primeiro protótipo da Daimler Trucks do caminhão com emissão zero e também representou um passo a mais em direção à produção em série de veículos comerciais pesados movidos ao que se acredi-

ta ser hoje a solução mais viável para reduzir as emissões de CO2 do transporte rodoviário de longas distâncias. Pelos planos do Grupo, o Mercedes GenH2 Truck estará rodando em vias p blicas até o nal deste ano. á a avaliação por clientes da marca está prevista para ter início em 2023. Ainda conforme divulgou a empresa, as primeiras unidaocarreteiro.com.br

MONTADORAS

des produzidas em série deverão ser entregues ao mercado a partir de 2.027. Na posição de um dos maiores fabricantes de veículos comerciais pesados do planeta, dono de marcas de caminhões em diferentes partes do mundo, como Mercedes-Benz, Freightliner, Western Star, Fuso e BharatBenz, o grupo pretende que até 2030, 60% de suas vendas sejam de veículos com emissão zero. Em outras palavras, de cada 10 caminhões zero quilômetro vendidos seis já não serão mais movidos por motor alimentado por óleo diesel. A série de testes com o protótipo e componentes se concentra na operação contínua, em diferentes condições climáticas, manobras variadas de dire54

Durante as primeiras semanas de testes, o protótipo passou por várias situações com base nas condiçoes reais de operação

ção etc. s testes tiveram início no nal de abril e segundo informou o Grupo Daimler Trucks, durante as primeiras semanas o veículo passou por várias situações extremas com base nas condições operacionais da vida real, como frenagem de emergência e passagem sobre o meio- o ao longo da pista de testes. Neste estágio inicial, o veículo começou a rodar carregado com carga de 25 toneladas líquidas e 40 toneladas de PBTC, idêntico à versão planejada para ser produzida em série. O objetivo dos engenheiros é que o

Caminhão movido a hidrogênio tem de oferecer as mesmas qualidades e quesitos de durabilidade do Actros a diesel

caminhão movido a hidrogênio e seus componentes tenham as mesma qualidades e quesitos de durabilidade de um Actros convencional movido a diesel. Assim, os testes devem ser rigorosos e extremos como veículos pesados da marca de qualquer outra geração. Projetado do zero, o GenH2 Truck incorpora componentes completamente novos, como o sistema de célula de combustível, o trem de força totalmente elétrico e todos os sistemas associados e a unidade especial de arrefecimento, itens nos quais os desenvolvedores estão se

concentrando durante os testes. Outro ponto em questão refere-se ao peso especí co e posição dos novos componentes, pois são elementos que podem afetar o manejo do veículo. Além disso, vibrações causadas por estradas, especialmente as em más condições e situações extremas podem submeter o caminhão movido a célula de combustível a forças diferentes daquelas às quais estão submetidos os caminhões convencionais. “Queremos oferecer aos nossos clientes os melhores caminhões neutros de emissões locais de CO2 - movidos por baterias ou célula de combustível com base em hidrogênio, dependendo da aplicação”, disse Martin Daum, Presidente do Conselho de Administração da ocarreteiro.com.br

MONTADORAS

Caminhões podem ser alimentados por hidrogênio em estado gasoso ou líquido e alcançar autonomia de 1000 quilômetros

Daimler Truck AG e membro do Conselho de Administração da Daimler AG. No entendimento do executivo, no futuro a propulsão por célula de combustível se tornará indispensável para o transporte rodoviário de longa distância. Essaé também a mesma visão dos demais parceiros, inclusive o Grupo Volvo Trucks, com o qual Daimler Trucks se juntou para colocar nas rodovias caminhões produzidos em série com tecnologia do hidrogênio. Outro ponto visto como positivo a ser considerado na caminhada em di56

reção ao caminhão movido a célula de combustível com base no hidrogênio é o compromisso assumido pelas agências reguladoras europeias sobre o uso desta solução no transporte rodoviário de mercadorias. De acordo com Daum, o apoio político desempenha papel importante para a criação de uma infraestrutura para o hidrogênio e para tornar seu uso por caminhões economicamente viável aos transportadores. O foco da Daimler Truck AG com a produção de caminhões com célula de hidrogênio no lugar do diesel se estende também aos modelos com aplicação urbana. Para se ter ideia de consumo, no caso dos modelos estradeiros a empresa almeja autonomia de até 1.000 quilômetros ou

mais com um tanque apenas de hidrogênio sem necessidade de reabastecimento.

Grupo Daimler Truck AG prevê que 60% de suas vendas em 2030 sejam de veículos comerciais livres de emissões de CO2

VANTAGENS SOBRE O DIESEL – O hidrogênio pode ser usado como combustível tanto na forma líquida quanto gasosa. Porém, a Daimler Trucks vai usar a forma líquida no caminhão GenH2 Truck, porque neste estado a densidade é maior e o tamanho do tanque é menor devido a pressão ser mais baixa. Sendo assim, sobra mais espaço para carregar mais hidrogênio e o caminhão ganhar maior autonomia ou até transportar mais carga dependendo do caso. Segundo o Grupo Daimler Trucks, as duas formas são tecnicamente viáveis, no entanto o tanque de nitivo de hi-

drogênio líquido não está ainda completamente concluído. Especialistas da Daimler trabalham no desenvolvimento de tecnologias de tanques para hidrogênio neste estado. Enquanto isso, nos testes que já estão em curso o caminhão está sendo movido provisoriamente com hidrogênio gasoso. A meta é ter o protótipo do tanque para líquido sucientemente maduro até o nal deste ano, já para os testes do veículo em vias públicas. A partir de então, os testes serão apenas com hidrogênio líquido até o início da produção em série. ocarreteiro.com.br

ACIDENTES

SEGURANÇA ULTRAJADA

Foto SHUTTERSTOCK

Embora nos últimos quatro anos tenha havido queda no número de acidentes nas rodovias federais, as ocorrências envolvendo caminhões ainda são altas e continuam representando uma ameaça à segurança dos usuários, especialmente os motoristas de caminhão

JOÃO GERALDO

elevado número de mortos e feridos em decorrência de acidentes nas rodovias federais do País a cada ano faz da pro ssão do motorista de caminhão uma das mais perigosas principalmente para aqueles que percorrem estradas. Segundo estudo de Acidentes Rodoviários realizado pela onfederação Nacional do Transporte ( NT em foram registradas . ocorrências nas BRs com envolvimento de caminh es em . delas. Autom veis em . e motos em . . De acordo com o levantamento, esses acidentes provocaram . vítimas das quais . foram fatais sem contar feridos que caram com sequelas além de pre uízos materiais. A contagem inclui atropelamentos incêndios derramamento de carga e queda de ocupantes de veículos. Entre as rodovias com maior número de ocorrências em a lista é encabeçada pela BRcom . registros; BRcom . e BRcom . . Especi camente nas ocorrências envolvendo caminh es as causas mais comuns dos sinistros vão do cansaço e sono do motorista (em razão de longas ornadas sem descanso pressão sofrida pela categoria por horários de entrega da carga imprudência durante a condução do veículo excesso de carga e de con ança e más condiç es das rodovias. Conhecidas pela grande maioria dosmotoristas algumas dessas causas chegam redação desta revista em forma de reclamação por parte de pro ssionais do volante mais conscientes e preocupados com a segurança nas estradas. ocarreteiro.com.br

ACIDENTES

DISTÂNCIAS E HORÁRIOS – Viagens longas e horários apertados levam o motorista a dirigir com sono fadiga e fome; geram perda de re exos e comprometem a segurança. Descumprimento das regras de repouso e paradas para intervalos paradas para refeições e descanso também in uenciam na segurança não somente do carreteiro como também dos demais usuários da rodovia.

EXCESSO DE CARGA – Nem todos os motoristas estão atentos aos problemas e perigos causados pelo excesso de peso que provocam acidentes. aminhão com carga além do limite legal para o qual foi especi cado e pesado demais perde e ciência em ultrapassagens curvas e frenagens. Além disso nestas condições os componentes se desgastam mais rapidamente.

IMPRUDÊNCIA – A falta dela é um dos grandes problemas relacionados segurança viária pois o comportamento de quem está ao volante de um veículo de carga é fator decisivo para evitar ou provocar acidente. A imprudência geralmente se manifesta na forma de alta velocidade e ultrapassagens em locais proibidos (curvas pontes e faixas contínuas .

EXCESSO DE CONFIANÇA – Diferente da falta de experiência condição que também pode causar acidente experiência e con ança são armadilhas com alto poder de provocar consequências ruins. A elas se aplicam o conhecimento do caminhão das estradas ultrapassagens curvas etc. Não por acaso muitos carreteiros reclamam de abusos e atitu-

Colisão frontal e saída de pista são os tipos mais comuns de acidentes. Em 2020 foram registrados 30.804 e 8.117, respectivamente, nas rodovias federais

des de colegas que colocam outros motoristas em situação de risco na estrada. DISTRAÇÃO – Falta de atenção enquanto dirige tem sido a causa de muitos acidentes. Ela se dá não somente pela distração com coisas alheias condução do veículo como também por cansaço e fadiga. Não raramente um caminhão bate na traseira de outro ou sai da pista em locais onde a pista oferece as condições de segurança necessárias. CONSERVAÇÃO DAS ESTRADAS – Buracos na pista sinalização precária e malcuidada assim como de ciências na construção da via impactam de modo negativo e perigoso não somente sobre veículos pesados como também em autom veis e motos.

ACIDENTES/ FERIDOS NAS BRs 2013 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186.742 / 71.155 2014 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169.194 / 69.215 2015 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122.165 / 62.220 2016 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96.361 / 60.226 2017. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89.396 / 58.716 2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69.206 / 53.963 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67.427 / 51.865 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63.447 / 51.865

cap

ACIDENTES/MORTES POR RODOVIA BR-101 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8.715 / 627 BR-116 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.397 / 690 BR-381 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2.554 / 211 BR-040 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.497 / 151 BR-153 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.052 / 282 BR-364 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.772 / 169 BR-163 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.606 / 180 BR-262 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.445 / 151 BR-277 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.409 / 154

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CARRETA ROUBADA Volvo FH 460 6x2, prata, de placa GGL-9098, de Tatuí/SP, ano de fabricação 2021, e semirreboque Fachini placa GEE-6581, carregado com de 31,5 T de arroz. O roubo aconteceu no Km 11 da BR 262, no sentido de Uberaba/MG. Segundo o Boletim de Ocorrência, o motorista foi abordado por três homens encapuzados e armados que pararam o caminhão desacoplando as mangueiras de ligação do cavalo mecânico ao semirreboque. Os bandidos levaram também R$ 200 reais da vítima, a bateria de seu celular e R$ 1.600 reais de propriedade da empresa onde trabalha. WI-FI NA ESTRADA A Mercedes-Benz disponibiliza Wi-Fi gratuito para carreteiros em alguns BR-376, km 504, Ponta Grossa/PR; Posto Trevo de Tatui, Rodovia Antonio Romanó Schincariol, 506 – Tatuí/ SP; Posto Marajó, BR 153, 186, Frutal/MG e Posto Arco-Iris, Via Dutra – Roseira/SP.

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11/12/2020 16:18

SAÚDE DOS OLHOS Em ação pelo Dia da Saúde Ocular, celebrado dia 10 de julho em todo o mundo, durante todo o mês o Clube da Estrada Repom presta orientação aos carreteiros sobre a importância da saúde ocular e dos cuidados preventivos com os olhos, com foco em diagnósticos de doenças em estágios iniciais. Nas unidades de Várzea Grande/MT e Candeias do Jamari/RO é oferecido, em parceria com óticas da região, testes de vista gratuitos a caminhoneiros. Aberto há 8 anos, o Clube foi aberto há oito anos e contabiliza mais de 650 mil visitas de motoristas de caminhão.

A felicidade não é um destino, mas um jeito de viajar ÁLCOOL E DIREÇÃO O Senado Federal aprovou e encontra-se em análise na Câmara dos Deputados, projeto de lei 32/2016 que obriga condutores alcoolizados que provocaram fermentos ou mortes no trânsito a ressarcirem ao Sistema Único de Saúde (SUS) os custos das despesas médicas decorrentes do atendimento das vítimas. ocarreteiro.com.br

ROSIVORTER

MÉDIO BOM DE CABINE E MOTOR

O modelo importado era equipado com motor Caterpillar de 6.6 litros

GMC 15.190 foi um dos últimos caminhões comercializados pela General Motors no mercado brasileiro. Em teste do modelo importado, feito pela equipe da revista O Carreteiro, em março de cou constatado o quanto este veículo estava à frente dos modelos produzidos no País na época. A cabine avançada Isuzu era destaque pelo espaço, ergonomia, visibilidade proporcionada pela grande área envidraçada, porta com abertura em 90 graus e cama. O pacote era bem visto pelo mercado, pois na época os motoristas ansiavam por mais espaço e conforto 66

nos caminhões médios e semipesados. Outro destaque do GMC 15.190 estava no motor Caterpillar de 6.6 litros, 188cv de potência a 2.100 rpm, 6 cilindros em linha e turbo intercooler. A transmissão era Eaton de 6 marchas e o sistema de injeção deste propulsor, chamado de HEUI (Hydraulic Eletronic Unit Injector - Unidade Injetora Eletrônica de Acionamento Hidráulico) era novidade no mercado brasileiro de caminhões. Diferente do sistema Common Rail, no qual e injeção é ativada pelo combustível em alta a pressão, no HEUI a injeção é ativada hidraulicamente (JG).

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25 de julho - DIA DO MOTORISTA

Liderar a revolução no mundo dos transportes só é possível ao lado de cada um de vocês, os heróis da estrada. Nesta data especial, queremos reforçar nosso compromisso com você, motorista, e agradecer sua parceria na nossa jornada rumo a um setor de transporte mais sustentável. Afinal, o seu papel é fundamental nessa transformação para um mundo melhor. Obrigado por liderar, com a Scania, essa revolução.

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