FAMALICÃO MOTOR - Nº3 - Maio 2013

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Nº 3 – MAIO 2013

Sata Rallye Açores O último dia do Sata Rallye Açores começa mal para Bernardo Sousa, que não evita uma saída de estrada, ficando preso na lama e com isso o abandono é inevitável. Fica o registo da rápida adaptação ao Fiesta RRC, com o madeirense a assumir que reuniu apoios que permitem a sua continuidade no CPR, onde deseja lutar pelo título. Quem também não entrou bem foi Bruno Magalhães, a perder bastante tempo para a frente da corrida e principalmente para Ricardo Moura, que assim se distanciava como o melhor piloto português em prova, também ele numa rápida habituação ao Skoda Fabia S2000, bastante diferente do Lancer que conduziu durante várias temporadas.

Aproveitando o fato de estar a jogar praticamente em casa, Moura chegou a vencer uma especial durante a derradeira etapa, deixando boas impressões junto da Skoda. E num carro igual, Jan Kopecky seguia focado no seu objetivo de vencer nos Açores, embora Breen tenha vendido bem cara a sua derrota. À exceção da que Moura foi mais rápido, Kopecky venceu todas as classificativas do último dia, deixando bem claro que até ao fim pode haver rali e não vá haver um golpe de teatro. Ainda assim, a vantagem para o irlandês cifrou-se em pouco mais de meio minuto, com Breen a bater-se muito bem e a assumir que as condições climatéricas do seu país são idêntica, pelo que isso constituiu uma vantagem a seu favor. Fechando o pódio e vencendo a Taça de Ouro, Ricardo Moura teve uma passagem de sonho para os S2000. Rapidamente ganhou a mão ao Skoda e foi sempre um osso duro de roer entre a comitiva portuguesa, para depois ser um interveniente ativo na frente do pelotão. O fator casa não justifica por si só a brilhante prestação de Moura, que ganha assim novo alento para o que resta do CPR, onde pretender revalidar os dois títulos já conquistados. O tempo perdido na derradeira etapa foi crucial para Bruno Magalhães, que ficou assim longe do pódio. O piloto do Peugeot 207 S2000 não acertou em algumas afinações e, embora tivesse feito o Rally de Portugal recentemente, acusou o fato de ter efetuado poucas provas nos últimos tempos. Ainda assim, uma prestação positiva para Bruno Magalhães, que somou importante pontos para a Taça de Ouro, um dos seus objetivos para a presente época.

Jérémi Ancian soube gerir muito bem a sua prova, nem sempre com uma boa posição de partida, no entanto não correu grandes riscos e superou com nota positiva a sua estreia nos Açores. Atrás do francês, Robert Kubica que recuperou algum tempo perdido e continuou a sua aprendizagem nos ralis, sendo este o mais complicado que terá efetuado. Não há dúvida que Kubica tem um grande talento e tem um excelente carro em mãos, no entanto ainda não conseguiu ter a consistência para ganhar ralis a este elevado nível, mas pelo que tem apresentado, não demorará muito. Alessandro Bruschetta viu cair-lhe em mãos a vitória no Grupo N, depois de Miguel Barbosa ter apresentado problemas no intercooler do seu Mitsubishi e com isso se ter atrasado bastante. O jovem famalicense só voltou ao ritmo habitual nas últimas 3 especiais, quando os adversários já estavam longe, ainda assim deu um importante passo para a conquista da Taça de Ouro, onde lidera e tem já duas pontuações, contra uma dos mais diretos perseguidores. Inglória foi a prestação de Diogo Gago/Jorge Carvalho, que quando já seguiam na liderança das duas rodas motrizes, viram os pernos de uma roda partir e foram obrigados a abandonar, a somente 1 km do final do rali. Realce para as muitas desistências por acidente, em concreto dez dos dezasseis abandonos foi devido a despistes.


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