Conexão Fachesf nº 1

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sumário

Ponto de vista | 6

Cláudio Lira

Especial | 8

Estatuto do Idoso

Educação Previdênciária | 10 É tempo de ser previdente

Artigo | 17

Rogério Cardoso

Planejamento e Gestão | 18 Sem fronteiras

No Consultório | 20

O que você sabe sobre o Câncer de próstata?

Pergunte ao doutor | 21 Seu dinheiro | 22

Orçamento familiar

Artigo | 24

Maria Elizabete Silva

Teste | 25

Você planeja financeiramente seu futuro?

Noticiário geral | 27 Central de Relacionamento | 29

Ligados em atender bem

Foco no Participante | 32

Pescadora de histórias

Mundo Animal | 35

Gato, o melhor amigo?

Artigo | 37

Synara Rillo

Cultura e Lazer | 38

Praça Chora Menino

Especial | 40

Dia do Participante


edit

Aperfeiçoar, cada dia mais, a comunicação com você, nosso Participante. Esse tem sido um dos principais desafios da Fachesf, em especial nos últimos três anos, quando vários esforços foram concentrados no sentido de tornar o processo comunicativo mais eficaz e em sintonia com o mercado das Entidades Fechadas de Previdência Complementar.

Um importante marco nessa trajetória aconteceu em 2005, com a publicação do Jornal da Fachesf que, após um período em inatividade, voltou a ser editado. A decisão foi bem recebida pelos Participantes: apenas dois anos após seu retorno, o Jornal foi apontado como o canal de maior interesse de 90% dos Aposentados e Pensionistas, de acordo com a Pesquisa de Perfil e Opinião realizada em outubro de 2007.

[expediente]

Apesar do excelente resultado, nossa inquietação em buscar novas fórmulas, no entanto, não

Revista Conexão Fachesf Editada pela Assessoria de Comunicação Institucional [Editora Geral] Laura Jane Lima [Editora Executiva] Nathalia Duprat [Reportagem e Redação] Nathalia Duprat | Laura Jane Lima [Fotografia] Acervo Fachesf | Damião Santana [Colaboraram nesta edição] Juliana Gomes | Contacta Comunicação, com as matérias: Idosos: conhecer a lei e exigir direitos; O que você sabe sobre o câncer de próstata; Orçamento familiar: um dever de casa; Ligados em atender bem; A história de um nome singular. Rakel Azevedo, assistente de produção

[Tiragem] 11 mil exemplares [Redação] Rua do Paissandu, 58 – Boa Vista Recife – PE | CEP: 50070-210 Telefone: (81) 3412.7508 / 7509 [E-mail] conexao@fachesf.com.br Fundação Chesf de Assistência e Seguridade Social | Fachesf Clayton Ferraz de Paiva · Presidente Luiz Ricardo da Câmara Lima · Dir. Adm. e Finanças Robstaine Alves Saraiva · Diretor de Benefícios [Projeto Gráfico e Diagramação] Fátima Finizola | Corisco Design [Impressão] Gráfica Santa Marta

* Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da Conexão Fachesf


orial Após um cuidadoso planejamento editorial, o fruto desse trabalho chega agora em suas mãos. É com grande satisfação e entusiasmo que apresentamos a você, caro leitor, o primeiro número da revista Conexão Fachesf, um canal criado para aproximar a Fundação dos seus Participantes e fortalecer essa parceria que já existe há mais de três décadas.

Quando o planejamento de criação de mais um veículo de comunicação começou a ganhar forma, uma decisão foi tomada antes de tudo: o nome da revista deveria ser escolhido através de uma promoção interna, abrangendo empregados, estagiários e prestadores de serviço da Fundação. Para a Assessoria de Comunicação Institucional, era fundamental envolver, desde o início, aqueles que conhecem a Fachesf como ninguém e que seriam capazes de compreender a essência de um produto que busca total identificação com seu público.

A sua publicação será alternada com o Jornal da Fachesf, de modo que, a cada período, um dos dois veículos seja divulgado. Pensando também nos custos finais de produção, nossa proposta é que, a partir do n.º 2, as despesas com impressão do material sejam totalmente cobertas pela venda de espaços publicitários.

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Confira, nas páginas a seguir, o que preparamos para a edição de lançamento da Conexão Fachesf. Além de ter acesso a informações sobre previdência, orçamento familiar, saúde, cultura e lazer, você, nosso leitor, vai poder participar ativamente da construção deste projeto, através de depoimentos, sugestões, elogios e críticas. Participe, escreva para a gente: conexao@fachesf. com.br. Esta é a sua revista.

Boa leitura! Editora Geral

A proposta foi bem recebida na casa e, após a análise das 86 sugestões apresentadas, a revista Conexão Fachesf foi oficialmente batizada, a partir de uma idéia apresentada pelas colaboradoras Marinalva Ferreira de Melo e Kilvaneide Costa da Silva, ambas funcionárias da empresa Soll, que presta serviços terceirizados de limpeza e manutenção. O resultado fortaleceu um lado da Fundação que, talvez, muitos desconheçam, mas é vivido de forma intensa no dia-a-dia da entidade. “Aqui podemos participar de tudo, mesmo não sendo funcionários. Isso faz com que nos sintamos importantes e, acima de tudo, ouvidos”, afirmou Kilvaneide Costa, que ganhou o apoio da companheira, Marinalva: “Por isso escolhemos a palavra Conexão. Sentimos que estamos ligadas com a Fachesf e queremos que os Participantes tenham a mesma sensação. Isso é algo que não tem preço”.

[o nome] [conexão]

parou. Motivada por números revelados também durante a Pesquisa (73% dos entrevistados afirmaram ter o hábito de ler freqüentemente as notícias publicadas pela Fundação), a Diretoria Executiva entendeu que havia chegado o momento certo para mais um desafio: lançar um veículo de comunicação, mais amplo e focado em questões como cultura previdenciária, saúde e educação financeira, assuntos que têm sido fortemente discutidos por todos aqueles que se preocupam com qualidade de vida hoje e no futuro.


“O momento é bastante favorável” Atual Chefe de Gabinete da Diretoria de Operação da Chesf, Cláudio Lira entrou na Companhia ainda como estagiário, em 1977. Desde então, o engenheiro eletricista passou por diversos setores, tendo sido coordenador de equipes na área de Planejamento e Programação da Operação Energética da Companhia e atuado no Centro de Operações. Em 2003, foi indicado pela Patrocinadora à presidência do Conselho Deliberativo da Fachesf, cargo para o qual foi recentemente reconduzido, até 2012. Confiante no trabalho que a atual gestão da Fundação tem exercido, Cláudio Lira conversou com a revista Conexão Fachesf sobre o momento por que passa a entidade e tudo o que tem sido feito para enfrentar os desafios futuros.

CF. Qual o principal papel do Conselho Deliberativo na governança da Fachesf? CL. O Conselho Deliberativo é o órgão máximo da estrutura organizacional da Fachesf, sendo responsável pela definição da política geral de administração da entidade e de seus planos de benefícios. A solidez e sobrevivência de uma instituição ou empresa são suportadas pela credibilidade que têm junto aos seus públicos interno e externo. Fatos recentes de má gestão e escândalos em grandes corporações (como a Enron, Worldcom e Tyco) trouxeram para cena a necessidade de repensar as governanças dessas corporações. Uma instituição é composta de pessoas, ativos financeiros, físicos e intelectuais, rede de relacionamento, marca, etc. E o processo de governança de tudo isto é bastante complexo, sendo necessário um grande número de instrumentos organizacionais, tais como: comitês, procedimentos, auditorias, estruturas, processos e outros. No caso da Fachesf, alguns desses instrumentos já existem; podemos citar os comitês de Recursos Humanos, Ética e Planejamento. Porém não temos ainda uma verdadeira política de governança corporativa. A definição dos princípios para melhores práticas deverá entrar em pauta nas discussões dentro da casa, envolvendo os empregados, o Conselho e a Diretoria. Esses princípios são fundamentais para que tenha-

Foto: Severino Silva

Cláudio Lira

mos uma fundação mais transparente e imune aos riscos, principalmente os financeiros, a que estão expostos todos os fundos de pensão. CF. A Secretaria da Previdência Complementar (SPC) está em processo de implantação de uma proposta para Certificação dos Dirigentes dos fundos de pensão, que deve entrar em vigor no início de janeiro de 2009. O que você acha da proposta? CL. Acredito que qualquer processo que venha agregar mais competência e profissionalismo aos gestores dos fundos é sempre bem vindo. Não sei se, necessariamente, deva ser através de certificação. Devemos ter cuidado com certos modismos que, mais tarde, podem se mostrar frustrantes. Nem todas as instituições têm as mesmas características. Dentro da previdência complementar, temos os planos de entidades abertas e fechadas, cada um com suas peculiaridades. As leis complementares 108 e 109/2001 já explicitam as qualificações mínimas que devem ter os dirigentes das entidades, porém nem sempre é possível que um conselheiro, no início de sua gestão, possua todos os requisitos solicitados. Esse fato não é de todo agravante. Além do que, dificilmente, há descontinuidade brusca das políticas de um fundo diante de mudança de parte dos seus dirigentes. Considero que, para melhoria profissional dos gestores, é necessário


que tenhamos disponível uma grade de cursos e treinamentos para os novos, e atualização para os mais experientes. CF. Nos últimos três anos, a Fachesf tem trabalhado na modernização da sua gestão, aperfeiçoando, inclusive, sua estrutura organizacional. Como você avalia essas mudanças? CL. A Fundação hoje é, certamente, uma entidade muito mais preparada para enfrentar seus desafios. Todos os esforços da Diretoria Executiva, com o envolvimento dos gestores e empregados, estão sendo dirigidos para consolidar a Visão de ser reconhecida como referência nacional na concepção e administração de planos de previdência e na prestação de serviços de saúde e assistência social, ampliando o seu mercado de atuação. CF. Na sua opinião, como o Participante pode contribuir para a consolidação da Fachesf?

No Relatório Anual 2007, por exemplo, consta a evolução da entidade ao longo desse período. Inúmeros desafios foram vencidos e outros estão por vir, envolvendo questões de saúde e previdência. Estamos prontos para vencê-los? A certeza é de que precisamos nos preparar. A longevidade dos nossos Participantes, a regulação cada vez mais rígida e as incertezas do mundo exterior, principalmente no mercado financeiro, são fatores que vão exigir de nós, gestores, mais qualificação e competência. Nosso papel é garantir uma assistência à saúde com um padrão de qualidade compatível com a capacidade de pagamento dos Participantes. No tocante à previdência, o objetivo maior é manter o desempenho dos rendimentos patrimoniais igual ou superior às metas atuariais. Assim estaremos garantindo um futuro mais seguro para todos nós.

“A Fachesf continuará sendo uma empresa sólida, que garante o futuro dos seus Ativos e Assistidos, nas questões de saúde, previdência e assistência.”

CL. O Participante é o principal agente nesse processo. Por isso, faz-se necessário conhecer bem sua Fundação, sua Missão, Visão e Valores; entender seu funcionamento, as legislações que a regula, os limites e restrições da entidade. Tais informações, juntamente com a consciência dos direitos e deveres do Participante, contribuirão para o fortalecimento de nossa instituição. É preciso que todos utilizem os meios de comunicação disponíveis para sugerir e expressar suas satisfações e frustrações. Também é importante manifestar-se através de representações sindicais e a Aposchesf, e, principalmente, acionar o instrumento mais democrático que temos, a eleição, para que os dirigentes eleitos representem os verdadeiros direitos da coletividade.

CF. O que você espera do seu novo mandato? Quais os principais desafios dessa nova gestão do Conselho Deliberativo? CL. No ano passado, a Fachesf completou 35 anos de existência. Durante esse período, grandes mudanças ocorreram, tanto no âmbito regulatório, quanto no perfil dos Participantes.

CF. E com relação a Fachesf, quais as perspectivas para os próximos anos?

CL. A Fachesf é uma instituição bastante sólida. Comparativamente com outras entidades de previdência complementar, somos a maior do Nordeste e uma das 20 maiores do Brasil. Ao longo dos últimos anos, temos conquistado resultados bastante favoráveis, com rendimentos superiores, tanto em relação à meta atuarial, quanto ao mercado, o que demonstra o compromisso e a competência do nosso quadro técnico. Em relação ao futuro, estamos em um momento bastante favorável. As perspectivas para o País mostram-se extremamente promissoras, apesar de certa turbulência no cenário internacional. As empresas do setor elétrico têm apresentado resultados altamente positivos e a Patrocinadora Chesf, que se destaca entre as melhores dentro da holding, tem renovado seu quadro de pessoal. Isso é muito saudável para a Fundação, pois representa novos Participantes. Alguns outros desafios já foram citados e, com certeza, serão superados pela competência e pela qualidade técnica do nosso corpo funcional. A Fachesf continuará sendo uma empresa sólida, que garante o futuro dos seus Ativos e Assistidos, nas questões de saúde, previdência e assistência. Esta é a minha expectativa.

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Estatuto do Idoso Conhecer a Lei para exigir direitos

Em 1º de janeiro de 2004, depois de sete anos tramitando no Congresso, entrava em vigor a Lei 10.741. Mais conhecida como Estatuto do Idoso, a norma — sancionada em outubro de 2003 — representou, na época, uma grande vitória de todos os setores sociais e governamentais que lutavam para garantir mais dignidade às pessoas da terceira idade, assegurando-lhes seus direitos e a aplicação de penas severas para os infratores. Anos depois, entretanto, muitos ainda desconhecem o Estatuto, o que contribui para que diversos artigos da lei, infelizmente, não sejam cumpridos.

Sally Rocha, 71, também exerce sua cidadania. A Participante Assistida afirma que acompanha as notícias pela televisão e jornal e conhece bem o que a lei reserva para quem desrespeitar suas regras: “Tenho a carteira especial para ônibus e sempre que vejo que tem alguém descumprindo a lei, reclamo; principalmente nos transportes públicos, em que alguns jovens insistem em ocupar os assentos preferenciais”. Segundo ela, o fato de muitos idosos ainda não conhecerem o Estatuto é, na verdade, uma questão cultural, que precisa ser mudada: “As pessoas precisam procurar o acesso à informação”, explicou.

Pensionista da Fachesf, Janete de Oliveira, 66, confessa que faz parte desse grupo: “Só ouvi falar por alto. Na verdade, nunca me interessei pelo assunto. Sei que a lei trouxe benefícios para os idosos, mas admito que não me preocupei em conhecer seu conteúdo”. O desinteresse, entretanto, tem justificativa, uma vez que, diante do histórico de discriminação social contra pessoas acima dos 60 anos, muitos, inconscientemente, resistem à idéia de que estão envelhecendo.

Com a validação do Estatuto do Idoso, um grande passo foi dado. Mas ainda existe uma distância grande entre a Lei e a realidade das pessoas acima de 60 anos no Brasil. E para que essa situação seja modificada, a discussão sobre os direitos da terceira idade precisa ser ampliada e amplamente divulgada nos meios de comunicação. Somente uma mobilização permanente da sociedade, mais consciente e organizada, será capaz de transformar o olhar sobre o envelhecimento da população brasileira e assegurar dignidade para todos.

Felizmente, em contrapartida, há quem conheça a fundo a lei e luta, dia a dia, para fazer valer todos os artigos, parágrafos e incisos que ela assegura. Um exemplo de cidadão que aciona o Estatuto sempre que necessário é o Participante Assistido Senildo Siqueira, 68. Segundo ele, que se orgulha de ter uma cópia do documento, é importante que todos, idosos ou não, leiam e entendam seu conteúdo. “Muitas pessoas são lesadas e ficam caladas porque desconhecem seus direitos”, revelou.

Nesse debate, é essencial ainda que sejam consideradas, de forma séria e consistente, soluções de políticas públicas em previdência, pois, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2050, a expectativa de vida no País deve aumentar para 81,3 anos, média equivalente aos japoneses. Portanto, antes que esse tempo chegue, é preciso ensinar, a geração de hoje, como se preparar para um futuro tranqüilo e com uma boa qualidade de vida.


Conheça importantes benefícios do Estatuto Os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito. Antes do Estatuto, apenas algumas cidades garantiam esse benefício aos idosos. A carteira de identidade é o comprovante exigido. Cabe ao Poder Público distribuir gratuitamente remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes, etc.), assim como próteses e órteses. Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qual-

Os atuais avanços da medicina e a melhoria nas condições gerais da população contribuíram para elevar a expectativa de vida dos brasileiros. Atrelado a isso, está a diminuição da taxa de fecundidade, devido à popularização de métodos anticoncepcionais. A entrada da mulher no mercado de trabalho (agora com menos filhos) e o índice ainda elevado de mortalidade infantil, também têm colaborado para que a população de idosos cresça no País.

quer outro meio de exercer sua cidadania, pode ser condenado. A pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa. É proibida a discriminação por idade e a fixação de limite máximo de idade na contratação de empregados, sendo passível de punição quem o fizer. Compreende o atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população.

Menos jovens e mais idosos Segundo dados do IBGE, em 2050, seremos 259,8 milhões de brasileiros e nossa expectativa de vida vai aumentar para 81,3 anos. Em 1980, a população brasileira dividia-se, igualmente, entre os que tinham acima ou abaixo de 20,2 anos. Em 2050, essa idade mediana será de exatos 40 anos. Em 2000, cerca de 30% dos brasileiros tinha de zero a 14 anos, enquanto os maiores de 65 representavam 5% da população; em 2050, esses dois grupos etários se igualarão: cada um deles representará 18% da população brasileira. Em 2000, o Brasil tinha 1,8 milhão de pessoas com 80 anos ou mais; em 2050, esse contingente poderá ser de 13,7 milhões. O Fachesf-Saúde é formado hoje por um universo de 40% de beneficiários acima dos 50 anos de idade.

Para conhecer o Estatuto na íntegra, acesse

www.fachesf.com.br

mais idosos

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É tempo de ser previdente Saiba por que Ê preciso se programar para a aposentadoria


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O que você espera fazer quando parar de trabalhar? Passar mais tempo com a família, voltar a estudar, conhecer outros lugares, dedicar-se a um projeto social ou ter a segurança de uma casa própria? Sejam quais forem suas expectativas, manter um bom padrão financeiro, após o período ativo de trabalho, é um grande desafio para milhões de pessoas no mundo inteiro.


No Brasil, durante décadas, prevaleceu a concepção de que caberia ao Estado, através da Previdência Social, a proteção financeira ao cidadão que se aposentasse. Na aposentadoria, há uma tendência natural de redução na receita familiar, principalmente devido à perda dos benefícios, diretos e indiretos, oferecidos pelas empresas aos seus funcionários. Diante do acúmulo de contas a pagar (como financiamentos de imóveis, impostos, taxas e gastos, principalmente, com saúde), muitas pessoas se vêem envolvidas em pesadas dívidas que comprometem o orçamento doméstico e afetam sua qualidade de vida. No Brasil, durante décadas, prevaleceu a concepção de que caberia ao Estado, através da Previdência Social, a proteção financeira ao cidadão que se aposentasse. Acreditava-se que a grande massa de jovens trabalhadores existente seria capaz de suprir o regime previdenciário nacional por muitos anos, beneficiando aqueles que se afastassem do mercado de trabalho. Mas a população envelheceu e os diversos momentos de instabilidade econômica do País contribuíram para o enfraquecimento da previdência oficial, deixando milhares de brasileiros inseguros acerca do futuro. E, o que é pior, com pouquíssima ou nenhuma consciência da importância de planejar o amanhã: as pessoas, em geral, acostumaram-se a se preocupar apenas com o consumo imediato e apostar tudo no

presente, ignorando que o único meio de assegurar tranqüilidade e conforto na terceira idade é cuidando do dia de hoje. Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, no entanto, essa questão é atenuada graças aos investimentos que seus governantes vem fazendo, há decadas, para a consolidação de uma cultura previdenciária, através de ações que estimulam os cidadãos, desde muito jovens, a investirem parte de seus recursos na formação de um fundo de reservas. Apesar de tardiamente, esse pensamento tem ganhado força também no Brasil. Prova disso é o crescimento que o sistema fechado de previdência complementar do País vem apresentando nos últimos anos. De acordo com dados da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), atualmente o segmento conta com 6,5 milhões de participantes que acreditaram no potencial do sistema e hoje experimentam uma nova perspectiva de vida: são trabalhadores que optaram por construir, durante o presente, a tranqüilidade financeira do futuro, com compromisso, planejamento e responsabilidade. Também denominadas de fundos de pensão, as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) são organizadas por empresas patrocinadoras ou instituidores (associações de classe, sindicatos e cooperativas), com o objetivo de administrar planos de benefícios de caráter previdenciário, garantindo aos seus participantes uma renda extra após determinado período. Ou seja, mediante contribuição mensal de parte do seu salário, a pessoa acumula uma espécie de reserva que lhe será restituída na forma de benefícios de suplementação, seja na sua aposentadoria ou como pensão familiar. Além de ser uma garantia de não contar apenas com o que é pago pela Previdência Oficial (hoje limitado ao teto máximo de R$ 3.038,99), a previdência complementar fechada é um importante instrumento da política de recursos humanos para as empresas: ao participar do custeio dos planos de benefícios, as organizações reforçam sua preocupação com o futuro dos trabalhadores e sua qualidade de vida.


Nos últimos anos, o segmento vem se consolidando como um dos mais importantes mecanismos de complementação de rendimento do cidadão brasileiro. Deve-se isso principalmente às rígidas normas que regulam o setor, que cobram gestões cada vez mais eficientes e responsáveis por parte dos dirigentes, e a uma maior estabilização da economia, que deu mais condições à população de planejar seus orçamentos mensais. Hoje o sistema fechado de previdência complementar brasileiro é o oitavo no ranking mundial, em volume de recursos administrados, atrás apenas de Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Holanda, Austrália, Canadá e Suíça; segundo dados da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), o setor tem atualmente mais de 370 entidades registradas no País, que operam um patrimônio total de R$ 460 bilhões e pagam mais de 600 mil benefícios de aposentadoria e pensão através da administração de mais de mil planos previdenciários. Por essas razões, a formação dos fundos de pensão tem sido um assunto cada vez mais presente na pauta de reivindicações dos trabalhadores, evidenciando a tomada de consciência a respeito da crescente importância da proteção previdenciária para toda a família.

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Para você, o que significa participar da Fachesf? Fundada em 1972 para atender aos empregados da Chesf, a Fachesf opera hoje um universo de quase 13 mil pessoas, entre Participantes Ativos e Assistidos. Por mês, são pagos quase R$ 15 milhões em benefícios para 5.592 Aposentados e 1.760 Pensionistas. Confira a seguir o que os Participantes têm a falar sobre a Fundação que, aos 36 anos de existência, é a maior Entidade Fechada de Previdência Complementar do Norte/Nordeste do Brasil.

Mário Maciel Silva Recife (PE)

“Tenho consciência de que o que recebo é proporcional ao valor que contribuí durante meu período de trabalho. Mas, pouco ou muito, a suplementação é garantida e complementa a minha renda familiar. Lembro que, na época em que entrei na Chesf, não tínhamos muitas informações sobre o que receberíamos no futuro, mas já sabíamos que era importante manter uma previdência. Costumo dizer que não se pode ter o segundo andar sem que exista o primeiro. Então é preciso antes ter um emprego, um salário que nos mantenha. Mas logo em seguida, vem a consciência de poupar para estar preparado quando a aposentadoria chegar. Tento orientar meus filhos que estão começando a vida agora a seguir o exemplo.” Mário é aposentado desde 1991. Adora dançar, futebol e ir à praia com os amigos.


Judith Barreto

Salvador (BA)

“Em 1972, quando a Fachesf foi fundada, eu já imaginava que a Previdência Social não me daria condições para conservar meus padrões de moradia e saúde, pois, com a idade, nossas despesas aumentam bastante. Optei pelo plano de previdência da Fundação e consegui manter a estabilidade, mesmo depois da aposentadoria. Embora não conheça os detalhes dos benefícios que hoje são oferecidos pela entidade, aconselho a todos os empregados da Chesf a investirem em uma condição digna de sobrevivência no futuro.” Judith está aposentada e há 18 anos, em seus momentos de lazer, gosta de passear com a família e encontrar seus muitos sobrinhos.

Dorgival Dias de Carvalho Salvador (BA)

“Assim que entrei na Chesf, tornei-me Participante da Fachesf. Na época, meu desejo já era assegurar a tranqüilidade da minha família, depois que me aposentasse. Hoje sei que foi uma decisão acertada: mantive-me seguro e sem grandes estresses. Recomendo que todos os empregados sigam meus passos.” Aposentado há 13 anos, Dorgival ainda mantém os amigos feitos em Paulo Afonso. Ele gosta de viajar com a família e freqüentar teatros e cinema.

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Josimar Luis de Souza

Paulo Afonso (BA)

Bruno Costa de Oliveira Recife (PE)

“Um dos meus maiores arrependimentos foi não ter ingressado na Fachesf assim que entrei na Chesf, em 1974. Na época, achava que a Fundação servia apenas àqueles que desejavam retirar empréstimos. Mas em 2001, quando percebi que, durante a velhice, seria bastante difícil conseguir bancar todas as minhas despesas familiares (principalmente as de assistência médica), voltei atrás e aderi ao Plano CD. Acredito que todos os brasileiros devem refletir o quanto antes sobre a importância de uma previdência privada, porque, depois da aposentadoria, acontece quase sempre uma queda no poder aquisitivo da população e logo os reflexos disso aparecem. Sei que, daqui para frente, precisarei contribuir o maior tempo possível para garantir um mínimo de conforto e qualidade de vida, mas estou confiante. Faço outros investimentos e quero poder arcar com os custos dos estudos dos meus três filhos, Marlon, Maiara e Maíra.”

“Quando entrei na Chesf, em 2002, decidi aderir a um plano de previdência complementar para garantir uma aposentadoria tranqüila. Sei que, depois que paramos de trabalhar, nosso padrão de vida tende a cair, por não termos mais acesso a alguns benefícios ofertados somente ao pessoal da ativa. Minha expectativa é de minimizar esta queda ou até mesmo evitá-la, através da suplementação que receberei da Fachesf, somada a outros rendimentos — invisto também em ações, fundos de ações, títulos públicos do Governo e até mesmo poupança. Acho essencial ter um bom planejamento financeiro. Pena que grande parte da população ainda desconheça a importância de uma previdência privada. Procuro me manter sempre atualizado e leio todos os informes da Fundação, além de revistas e jornais especializados.”

Josimar espera, na aposentadoria, viajar bastante, dançar, ler bons livros e jogar xadrez, sinuca e dominó.

Quando se aposentar, Bruno pretende viajar, curtir a família e ir a jogos do Sport Clube do Recife.


Os chesfianos e a consciência previdenciária Rogério Cardoso

Outro fator que estimulava a adesão dos recémcontratados pela Companhia era a disponibilidade dos planos de saúde e empréstimos. Os mais antigos devem se lembrar dos inúmeros exemplos de colegas que viveram as situações acima. Raros eram os que realmente se preocupavam com sua aposentadoria e eventuais pensões para suas famílias.

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Não são boas as perspectivas dos trabalhadores que, ao se aposentarem, contam apenas com a renda do INSS. A dura realidade da Previdência Oficial brasileira não reserva, para esses cidadãos, um futuro onde a qualidade de vida pode ser mantida, pois as remunerações pagas são inferiores ao último salário do segurado ainda em atividade. Estatísticas mostram que, dos aposentados brasileiros, apenas 1% se auto-sustenta, enquanto os outros 99% precisam trabalhar, dependem de parentes ou vivem da caridade de terceiros. Por isso a importância da Previdência Complementar. Mas para que ela produza algum efeito na renda futura, é necessário que se comece cedo a programá-la. No passado, a consciência previdenciária para os novos empregados da Chesf era definida pelos colegas de trabalho da sua área: se os veteranos cultivavam simpatia pela Fachesf, o novato logo aderia; caso contrário, os antigos funcionários influenciavam os demais com a idéia equivocada de que mais valia a pena construir uma poupança própria, sem participar da Fundação.

Com o tempo, muita coisa mudou. Os programas de integração promovidos entre a Chesf e a Fachesf — através de uma série de palestras — aos poucos, despertaram os novos funcionários para a importância da Fundação. A consciência de que é preciso pensar no futuro não como uma fase da vida que só vai acontecer daqui a 25, 30 ou 35 anos, mas como uma fase que virá e que deve ser planejada e construída a partir deste momento, vem se consolidando entre os chesfianos. Isso ficou evidente durante o último mês de maio, quando o processo de alteração na contribuição do Plano CD alcançou uma expressiva procura dos Participantes. Dos Ativos, cerca de 20% optou pela mudança (um resultado 91% maior em relação a 2007), tendo mais de 98% aumentado o percentual contributivo. No que diz respeito aos empregados da Fachesf, quase 37% decidiu pela mudança, alterada para percentuais mais elevados por 98% dos Participantes. O resultado demonstra que as ações desenvolvidas pela Fachesf, principalmente a partir do Planejamento Estratégico 2004 (como o incentivo ao uso dos simuladores disponíveis na internet e a realização de campanhas para evitar a retirada da reserva de poupança do Plano), vem surtindo um efeito real em relação ao incentivo da cultura previdenciária dentro da Chesf. Com isso, a Fundação demonstra que, há anos, está ciente do seu papel social junto aos Participantes e vem atuando de forma alinhada com a recente orientação da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), no sentido de mostrar que, de fato, o futuro já começou.

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Criadas na década de 1970, as Agências Fachesf desempenham um importante papel na estrutura de atendimento da Fundação. Subordinadas à Central de Relacionamento (BCR) desde 2006, são elas que atendem aos Participantes em diversas cidades do Brasil, oferecendolhes todo o suporte necessário, com o mesmo padrão de qualidade da sede. Nesta primeira edição da revista Conexão Fachesf, você vai conhecer um pouco de cada regional e saber quem são os agentes responsáveis por representar a Fundação Brasil afora, ajudando diariamente a Fachesf a contribuir para a melhoria da qualidade de vida de mais de 40 mil pessoas, entre Participantes Ativos, Assistidos, Pensionistas e seus dependentes.


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O que você sabe sobre o câncer Doença é apontada como o sexto tipo de câncer mais comum

como a genética, os desequilíbrios hormonais e uma alimentação carregada de gordura animal, carne vermelha e cálcio. É preciso estar sempre atento a esses fatores, principalmente à medida que a idade ficar mais avançada, uma vez que a previsão é de que os casos aumentem no futuro, já que a expectativa de vida tende a crescer, devido ao progresso da medicina e de outras áreas relacionadas à saúde. Além disso, é essencial manter-se prevenido e realizar exames periódicos, pois em sua fase inicial, a doença não causa sintomas e é nesse estágio que, quando tratada de forma correta, resulta em cura.

Você sabia que, até o final de 2008, o total de casos novos de câncer de próstata estimados para o Brasil é de 49.530? Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse número corresponde a um risco estimado de 52 incidências a cada 100 mil homens, de uma doença que já é a mais freqüente em todas as regiões do País e a sexta mais comum no mundo, entre os diversos tipos de câncer. Preocupada com esses dados alarmantes, a Fachesf, através da sua Superintendência de Saúde (PSS) realizou um levantamento, em julho deste ano, no qual constatou que cerca de 160 usuários do Plano Fachesf-Saúde foram diagnosticados com algum tipo de câncer e, destes, 29% apresentaram câncer de próstata; ou seja: a cada 116 usuários do sexo masculino, com idade igual ou superior a 50 anos, pelo menos um tem câncer prostático. Considerado uma doença da terceira idade — cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos —, o câncer prostático tem sua origem desconhecida. O que se sabe, segundo aponta a maioria dos especialistas, é que alguns fatores influenciam no seu aparecimento,

Mesmo cientes da importância desse acompanhamento, muitos homens, entretanto, ainda resistem ao exame, por incluir o toque retal. Segundo o médico e superintendente de saúde, Geraldo von Sohsten, é imprescindível que esse teste seja feito, junto com o PSA (análise do sangue) e a ultra-sonografia. “Não há sentido de, por conta de uma visão equivocada, expor-se aos riscos de uma doença que tem chance de ser curada quando diagnosticada precocemente”, explicou. Quando o preconceito é deixado de lado, o paciente ganha muito mais, pois se a doença for detectada na fase inicial, quando a pessoa ainda não sente dores, ela pode ficar curada sem nunca ter se queixado do problema. Por outro lado, se o câncer estiver em estágio avançado, o paciente começa a apresentar várias manifestações, como perda de peso, falta de apetite, queixas urinárias e dores musculares localizadas. De acordo com Geraldo von Sohsten, além da prevenção anual, hábitos saudáveis devem ser adquiridos: evitar fumo e álcool em excesso e ter uma alimentação balanceada com muitas fibras, frutas e verduras. A cura definitiva do câncer de próstata existe, basta prestar atenção ao próprio corpo, deixar o preconceito de lado e seguir as orientações médicas, sempre que recomendado.


Pergunte ao Doutor

de próstata?

Você tem alguma dúvida sobre saúde que gostaria de esclarecer? Conte para a gente. Mande sua pergunta para o e-mail conexao@fachesf.com.br ou envie uma carta para a Assessoria de Comunicação Institucional da Fachesf, rua do Paisandu, 58, Boa Vista, Recife/ PE – CEP 50.070-200. A cada edição, médicos da Fachesf e profissionais convidados da rede credenciada responderão as questões levantadas pelos leitores.


Orรงamento

Familiar

Um dever de casa


Dicas

Elaborar um orçamento familiar não é uma tarefa fácil. Devido às oscilações econômicas vividas no País durante muitos anos, grande parte dos brasileiros não se habituou à prática de controlar as finanças domésticas, fator fundamental para quem pretende concretizar projetos a médio e longo prazo. E erra quem pensa que tais planos devem ser feitos apenas para conquistar grandes objetivos, como a compra de uma casa, um carro novo ou a viagem dos sonhos. Para viver com um mínimo de estabilidade e segurança, também é preciso se programar financeiramente. O maior e mais comum problema em se tratando dessa questão se dá porque as pessoas, em geral, gastam mais do que ganham e comprometem até mesmo os salários dos meses seguintes. Com isso, as dívidas aumentam gradativamente, resultando na sensação de que todo o dinheiro ganho com o trabalho é usado apenas para pagar contas e prestações. Quem leva o orçamento familiar a sério, entretanto, sabe eleger prioridades, controlar a renda doméstica e entender melhor os próprios hábitos de consumo. Não é fácil mudar velhos costumes rapidamente, mas a adoção de pequenos gestos no dia-a-dia pode ser o ponto de partida para uma vida melhor e mais disciplinada financeiramente. Confira ao lado algumas dicas para aprender a planejar melhor sua renda.

O primeiro passo para controlar o orçamento é identificar como o dinheiro está sendo gasto. Discrimine as despesas fixas, como luz, gás, água, telefone, plano de saúde, alimentação. Em seguida, liste as despesas eventuais: remédios, consertos em geral, cabeleireiro, oficina mecânica, lazer, prestações, taxas e impostos. Com esse levantamento, você deve projetar o orçamento para os próximos meses, considerando as despesas sazonais, como volta às aulas, IPVA, licenciamento, datas comemorativas, férias para a família. Lembre que elas podem representar um gasto substancial em seu orçamento.

Estatísticas do IBGE revelam a importância do orçamento familiar

Enumere suas receitas (salário, rendas, abonos) e registre o valor líquido recebido.

Segundo dados da última Pesquisa de Orçamento Familiar realizada pelo IBGE (2002/2003), a média do rendimento total do brasileiro é de R$ 1.789,66. Em todo o País, cerca de 34% da população afirmou ter alguma dificuldade de chegar ao fim de mês com o rendimento familiar, enquanto apenas 4,9% alegou ter facilidade. Os maiores comprometimentos com a renda mensal são: habitação (29,2%), alimentação (17,1%) e transporte (15,1%).

Faça um balanço das receitas e despesas mensais: subtraia as despesas das receitas e administre o restante de forma consciente e responsável. Sempre que possível, reserve uma parcela de suas receitas para aplicar na poupança ou em outros investimentos, como as Contribuições Voluntárias ao Plano CD, caso você esteja na Ativa.


Planejar orçamentos não é um bicho de sete cabeças Maria Elizabete Silva

seus problemas, não conseguem se planejar antes de gastar dinheiro. Para pessoas assim, podemos dizer que existem diversas explicações. Uma delas passa pelo campo da psicologia, uma vez que muita gente utiliza o cartão de crédito além da conta por não sentir o desembolso imediato do dinheiro. Há ainda aqueles que não suportam a idéia de controle porque, na verdade, não querem constatar o que já sabem: os gastos são bem superiores aos rendimentos.

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tabilist Silva · Ccoenira da Fachesf te e b a z li E a n ari na

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Todos sabemos o quanto parece complicado adotar práticas de controle financeiro pessoal. Basta nos lembrarmos dos depoimentos de amigos, colegas de trabalho ou vizinhos, alegando que esse tipo de orçamento é apenas para as pessoas que têm muito dinheiro ou para quem entende de contabilidade. Também é comum ouvirmos frases do tipo: “Não preciso de planejamento. Tenho tudo na cabeça”. Começaremos este artigo, no entanto, esclarecendo que parte dos eficientes controles orçamentários adotados nas empresas ou defendidos por acadêmicos são oriundos de observações realizadas, no dia-a-dia, por pessoas comuns (donas de casa, trabalhadores, estudantes). Além disso, é preciso ter em mente que o planejamento da renda doméstica deve ser incorporado e ajustado ao perfil de cada família individualmente, considerando suas peculiaridades e hábitos de consumo. Tendo explicado esses pontos, vamos às outras dificuldades no quesito orçamento familiar. Muitos trabalhadores não entendem por que eles, que tiveram ou têm uma vida profissional estruturada, que sempre tomaram decisões acertadas, com incontáveis proposições criativas para solução de

Independentemente de quais sejam os fantasmas que atrapalham o controle do orçamento familiar, pouco adiantará se apenas um membro da família estiver preocupado em acertar as contas. Todos precisam se sentir parte integrante das decisões, e os problemas, necessidades e metas devem ser nivelados, de modo que os esforços permaneçam canalizados em uma única direção. Outro fator importante é que cada um fique responsável por uma medida no exercício do equilíbrio das finanças. Quando iniciei esta prática na minha família, a princípio imaginei que a única tarefa da minha filha, na época com quatro anos de idade, fosse apagar a luz do quarto ao sair. Porém, lembrei de um antigo cofrinho, que lhe rendeu uma nova medida: “Sempre nos pergunte se há moedas sobrando, para guardar no porquinho e depois aplicar na poupança”. Até hoje, quatro anos depois, ela mantém a prática, que ajudou a desenvolver, na nossa família, a importância de evitar o desperdício de recursos. No início das atividades de planejamento orçamentário, é fundamental que não haja nenhuma dúvida sobre a necessidade e os benefícios de um controle financeiro doméstico. A resistência é um fator natural e deve ser esperado; quanto maior a família, maior essa probabilidade. Para que esse fator não prejudique o trabalho a ser desenvolvido, todas as ações devem ser adotadas de forma equilibrada, evitando situações que venham beneficiar pessoas isoladamente ou acarretar sacrifício apenas para alguns. Na próxima edição, abordaremos o passo-a-passo para um planejamento orçamentário familiar simples e eficiente. Boa reflexão a todos.


Você planeja financeiramente

seu futuro?

1. Você já leu revistas ou livros sobre planejamento de finanças pessoais? Leio freqüentemente e assino revistas especializadas B Li um ou dois livros C Nunca li, mas estou começando a querer saber mais sobre o tema D Não, não me interesso pelo tema 2. Você costuma conversar sobre investimentos ou já consultou alguém especializado? Procuro sempre conhecer a opinião de especialistas B Normalmente converso sobre o assunto com amigos C Raramente falo sobre finanças D Não falo sobre o assunto 3. Você faz algum tipo de planejamento mensal, com uma previsão das suas receitas e despesas? Planejo e acompanho cuidadosamente minhas receitas e despesas B Faço apenas um planejamento básico do que recebo e do que vou gastar no mês C Apenas anoto meus gastos D Não faço nenhum tipo de planejamento ou acompanhamento mensal

4. Quando “sobra” algum dinheiro no final do mês o que faz com ele? Invisto toda a quantia B Separo uma parte para uso pessoal e guardo o restante na conta bancária C Quito as minhas dívidas D Compro algo que quero muito 5. Nos últimos doze meses, quantas vezes você “entrou” no cheque especial ou atrasou pagamentos no cartão de crédito? Nenhuma B Uma única vez C Até cinco vezes D Mais de cinco vezes 6. Como você lida com suas dívidas? Não tenho dívidas B Planejo minhas dívidas e sempre sei como pagá-las no tempo certo C Sinto que as dívidas estão começando a sair do meu controle D Meu maior problema atual são minhas dívidas, que não sei como pagar

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respostas 7. Você faz contribuições voluntárias no seu Plano CD da Fachesf? Sim, regularmente B Raramente. Apenas quando sobra algum dinheiro extra C Nunca fiz, mas pretendo começar a fazer D Não, e não pretendo 8. Você pensa em aumentar seu percentual de contribuição ao Plano CD nos próximos dois anos? Sim, certamente

B Ainda estou estudando a possibilidade C Não sei nada sobre essa questão D Não, acho desnecessário 9. Você consegue utilizar cartões de crédito sem perder o controle das suas finanças? Uso freqüentemente meus cartões de crédito e nunca tive problemas

B Uso o cartão apenas quando preciso parcelar despesas

C Raramente utilizo cartões de crédito, pois pago tudo à vista

D Não possuo cartões de crédito 10. Quando pensa no seu orçamento mensal, como você se sente? Muito tranqüilo

B Tranqüilo C Indiferente

D Angustiado ou preocupado

Parabéns! Você demonstrou ter um excelente controle sobre sua vida financeira: gosta de se manter bem informado, não comete excessos de consumo e estuda as melhores formas de investir seu dinheiro. Planejar o futuro, para você, é uma preocupação constante, seja para aumentar seu patrimônio ou realizar os seus sonhos de sua família.

Você está no caminho certo. Embora se descuide em alguns aspectos, você tem consciência de que é importante planejar as finanças, equilibrando receita e despesa. Analise quais são os pontos em que pode melhorar e informe-se de forma mais adequada sobre o assunto. Com algumas mudanças de comportamento, você pode conquistar mais estabilidade no futuro.

Atenção. Suas respostas demonstram total indiferença sobre sua vida financeira. Você não se preocupa com o futuro, não faz esforço algum para planejar gastos e não tem interesse em aprender mais sobre o assunto. Está na hora de começar a organizar melhor seu dinheiro. Converse com alguém especializado e trace algumas metas a curto, médio e longo prazos.

Muito cuidado. Você tem uma grande dificuldade para lidar com seu dinheiro. Se continuar nesse caminho, possivelmente terá sérias complicações financeiras no futuro. Para evitar que o problema se transforme em uma bola de neve, pare, repense suas atitudes e, se necessário, adote medidas radicais na forma que gasta seu dinheiro. Sempre é tempo de começar a fazer um planejamento.


Chesf indica novos conselheiros Após a Eleição realizada no primeiro semestre do ano, em julho, foi a vez da Chesf indicar os nomes dos novos Conselheiros da Fachesf. No Conselho Deliberativo, o engenheiro eletricista e Chefe de Gabinete da DO, Cláudio Araújo Lira, foi reconduzido à presidência, junto com seu suplente, José Lopes de Andrade Filho, engenheiro eletricista e Secretário Geral da Companhia. Para o Conselho Fiscal, foram indicados Luciano Lamarque Barbosa, engenheiro eletricista e Superintendente de Suprimentos, e seu suplente, o contador, Denilson Veronese da Costa, Assessor do Departamento de Contabilidade. Todos devem permanecer no cargo até julho de 2012.

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Reginaldo Novaes na presidência do Gremes

Foto: Júlio Andrade

Fundado há 26 anos, o Gremes surgiu da necessidade das organizações que possuíam assistência médico-odontológica própria se unirem para evitar a elevação dos custos hospitalares. Atualmente o Grupo possui 24 empresas filiadas e representa cerca de 180 mil vidas em todo o Estado. Reginaldo Novaes permanecerá no cargo até fevereiro de 2010.

Fachesf entre as finalistas do Salão do Design O Relatório Anual 2007 da Fachesf, distribuído em abril deste ano, foi um dos finalistas do Salão Pernambuco Design 2008. O documento, produzido pela Fundação em parceria com a Corisco Design, foi selecionado na categoria Projeto Editorial. Ao total, o evento teve mais de 600 inscritos. O PE Design é um conjunto de ações realizadas pela Associação Profissional dos Designers de Pernambuco, com o intuito de divulgar a excelente qualidade dos trabalhos desenvolvidos na área, em todo o Estado. A mostra do Salão acontece de 9 de outubro a 9 de novembro, no shopping Paço Alfândega, no Recife (PE). O evento é aberto ao público.

noticiário geral

O Gerente de Regulação da Fachesf, o médico Reginaldo Novaes, assumiu a presidência do Gremes (Grupo de Empresas de Autogestão em Saúde), entidade sem fins lucrativos que representa as empresas de autogestão em Pernambuco.


noticiário geral

O mosquito da dengue está na nossa mira Diante do recente surto de dengue, ocorrido em diversos Estados do País, a Fundação lançou o Programa Fachesf de Sensibilização e Combate à Dengue, cujo objetivo é formar agentes multiplicadores que ajudem a disseminar informações sobre a doença e contribuam na erradicação do mosquito transmissor. O projeto já desenvolveu uma série de ações, todas voltadas à conscientização de empregados, colaboradores e Participantes. Em julho, mais de 700 Ativos, Assistidos e Pensionistas responderam uma enquete promocional, realizada no site da Fundação; destas, cerca de 26% declarou já ter contraído o vírus da dengue.

Fundação promove debate sobre previdência e aposentadoria Com o objetivo de reforçar, junto aos Participantes, a importância da cultura previdenciária e de um acompanhamento sistemático de seus Planos, a Fachesf, através da sua Diretoria de Benefícios (DB), deu início, em setembro, a uma série de discussões com os funcionários da Patrocinadora Chesf. Durante os encontros, que representam mais uma ação da Fundação no aprofundamento do tema “Educação Previdenciária”, o diretor Robstaine Saraiva apresenta o atual cenário dos fundos de pensão no Brasil e no mundo, fala sobre planejamento da aposentadoria e explica os procedimentos para a correta utilização dos simuladores de benefícios disponibilizados pela Fachesf. Para que todos tenham acesso ao debate, a DB está disponibilizando agenda para a programação de reuniões por departamentos, na Sede da Chesf, regionais e divisões descentralizadas. As reuniões podem ser solicitadas através dos ramais (Hicom) 621.7521 / 7520, com Sandra Passos, ou pelo email benefícios@fachesf.com.br.

II Semana de Saúde Fachesf acontece em novembro Controle do estresse, equilíbrio pessoal, prevenção ao câncer, envelhecimento e vida saudável. Esses são alguns dos temas a ser apresentados durante a II Semana de Saúde Fachesf, que acontece de 11 a 14 de novembro, na sede da Fundação. A primeira edição do evento — lançado em 2007, como parte das comemorações dos 35 anos da Fachesf — contou com uma significativa presença de Participantes Ativos e Assistidos, sendo considerado por todos um excelente meio para adquirir conhecimentos sobre saúde e bem-estar, através das palestras ministradas por profissionais da área. As inscrições serão abertas no próximo dia 13 outubro e as vagas são limitadas. Podem participar Ativos, Assistidos, Pensionistas e seus dependentes. No último dia da Semana de Saúde, haverá aferição de pressão e glicose e vacinação contra a gripe. Informações e inscrições: (81) 3412.7503, na secretaria da Superintendência de Saúde (PSS).


Ligados em atender bem Central de Relacionamento muda cultura da Fundação

Em setembro de 2008, a Central de Relacionamento da Fachesf (BCR) comemorou dois anos de serviços prestados aos seus Participantes. Nesse período, o setor mudou a cultura de atendimento realizado pela Fundação, atuando de forma centralizada e oferecendo mais comodidade a todos os Ativos, Assistidos, Pensionistas e seus dependentes.

Segundo Valcenir Lisboa, gerente da BCR, o projeto de planejamento e implantação da Central envolveu, na época, diversos segmentos da Fachesf, uma vez que quase todas as áreas são acionadas diariamente para atender as mais variadas solicitações dos Participantes. “A sincronia e o patrocínio das três diretorias e da superintendência foram determinantes para o sucesso da Central”, explicou o gestor. Atualmente um dos maiores desafios da BCR consiste em continuar buscando processos de melhoria que reflitam na qualidade do serviço desenvolvido. Por essa razão, foram adquiridas sofisticadas ferramentas de gestão de relacionamento com o cliente e realizados treinamentos com todos os profissionais da área. Hoje a Central mantém atualizado um completo banco de dados com informações essenciais para o atendimento personalizado de cada Participante.

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Para dar conta da enorme demanda diária de solicitações e chamadas, a Central conta com quatro áreas estratégicas: Formada por 16 profissionais, a equipe é dividida em dois grupos: um deles é responsável pelo atendimento aos Participantes de todos as localidades de atuação da Fachesf, seja para tirar dúvidas, prestar orientações ou solucionar problemas; o outro atua na regulação médica, autorizando procedimentos médicos junto à Rede Credenciada. Para aqueles que preferem ser atendidos pessoalmente na sede da Fachesf, no Recife, a BCR disponibiliza seis profissionais, todos preparados para interagir com os Participantes e atender suas solicitações. Equipe composta por três técnicos, responsáveis por atualizar diariamente os sistemas de dados da BCR e esclarecer, junto aos Participantes, todas as solicitações e dúvidas pendentes. O Suporte também responde os emails recebidos através do canal Fale Conosco, no site da Fundação. Ainda pouco conhecido dos Participantes, a equipe, formada por duas Assistentes Sociais, desenvolve um trabalho interno e externo de orientação e suporte aos Ativos, Assistidos e Pensionistas da Fundação. Pensando em agilizar ainda mais os processos do setor, Valcenir Lisboa revela que a Fachesf está trabalhando para aumentar o número de entrada das ligações, o que evitará congestionamentos nas linhas telefônicas. Para quem precisar ligar para a Central, o gerente dá uma dica: “O turno da manhã recebe mais ligações do que o turno da tarde, quando o fluxo e o tempo de espera são menores. Os melhores horários estão entre 10h30 e 12h30 e após as 16h”. Vale lembrar que a Central de Relacionamento funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h30.


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A ação do serviço social Funcionárias da BCR, Vera Henriques e Carla Linden conquistaram uma relação de confiança dentro da Fachesf. Assistentes Sociais por formação, são elas que realizam o atendimento de Serviço Social na Sede da Fundação e interagem com as assistentes da Chesf (Sede e áreas descentralizadas). Seu trabalho é visitar semanalmente os Participantes em regime de internamento hospitalar, nas principais unidades do Recife (Português, Esperança, São Marcos, Memorial São José, Santa Joana e Jaime da Fonte) ou nas demais unidades, quando acionadas. Levando palavras de carinho e apoio, elas interagem com médicos, equipes de enfermagem e auditores da Fachesf, priorizando a qualidade e agilidade do atendimento a todos os usuários e seus familiares.

O serviço Social da Fachesf é hoje a área estratégica responsável por garantir bemestar e conforto a quem passa por momentos críticos pessoais ou de saúde, e precisa de um acompanhamento diferenciado até mesmo para acessar aos benefícios oferecidos ou administrados pela Fachesf, tais como PAP, FachesfSaúde, Seguro, Empréstimo Saúde, Previdência, Pensão (INSS/Fachesf), auxílio-doença e suplementação de auxílio-doença.

Na Pesquisa de Perfil e Opinião realizada em 2007, entretanto, cerca de 42% do universo de Participantes da Fundação declarou não saber avaliar a qualidade do Serviço Social prestado pela Central de Relacionamento. Segundo Vera Henriques, isto é justificável diante de uma avaliação que foi realizada somente pelos Participantes que já utilizaram o serviço.

De acordo com as assistentes sociais, o vínculo estabelecido com os Participantes acompanhados é tão intenso que, muitas vezes, elas passam a ser reconhecidas como amigas ou parte das famílias que visitam. “Eles se sentem importantes quando a gente vai lá; não há qualquer tipo de resistência, somos sempre bem recebidas”, finaliza Carla, com um sorriso no rosto de quem se entusiasma com o trabalho que faz.

Vera Henriques e Carla Linden prestam assistência aos Participantes e seus familiares, orientando-os sobre seus direitos, documentos importantes e medidas necessárias para a solução de problemas que venham a ocorrer durante ou decorrente do internamento. Além disso, elas atuam como uma espécie de agentes fiscalizadores dos planos de saúde, estimulando o uso consciente dos benefícios.


Pescadora de Histórias O relato de uma participante que reinventou a própria vida Enérgica, batalhadora, humana. Essa é Si Cabral. Conheça a história da Participante da Fachesf que descobriu, depois da aposentadoria, um talento natural para lidar com as palavras e tornou-se uma premiada escritora.

Nunca soube dizer exatamente quando começou meu interesse pela literatura. Fui uma adolescente que gostava das aulas de português, tirava boas notas em redação e inventava personagens e histórias para os filmes que via no cinema. Jamais, no entanto, havia imaginado que as letras me levariam a vivenciar um mundo novo. Na verdade, hoje acredito que essa ligação sempre existiu. Apenas estava adormecida. Até que despertou. Foi durante os meus últimos cinco anos na Chesf. Assistente Social por formação, eu já havia trabalhado em diversas cidades a serviço da Companhia, até ser transferida para a Divisão de Desenvolvimento Organizacional (DADO), na sede (Recife-PE), onde fiquei até minha aposentadoria, em 1999. Na época, o setor assumiu a coordenação do projeto Fazer Crescendo, uma ação de responsabilidade social desenvolvida em parceria com a Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), uma instituição do Governo de Pernambuco que lida com jovens em situação de risco. Nossa missão era preparar os adolescentes para exercerem a função de auxiliares administrativos e dar-lhes alguma oportunidade de conseguir um emprego que os afastassem das ruas e das drogas. Desde o início do projeto, soube que precisava ir além de instruir aqueles jovens a usar o computador ou passar um fax. Eles não tinham sequer o básico; a maioria havia sido criada em favelas, vinha de escolas públicas e não fazia idéia de como se portar socialmente. Mais do que aprender atividades burocráticas, eles eram carentes de atenção, de alguém que falasse sua língua e pudesse apresentar-lhes um mundo que não conheciam. Apesar da minha boa vontade, no entanto, o aprendizado não fluía, pois os meninos tinham dificuldades para entender o que eu dizia. Foi quando resolvi usar o teatro para chegar até eles: fiz o roteiro de algumas peças e consegui incentivá-los a participar das montagens de pequenos espetáculos. No começo, não foi fácil, pois tínhamos muitas limitações. Naquele tempo, nós nem sabíamos ainda, mas estávamos fazendo algo que mudaria para sempre as nossas vidas.



Quando minha aposentadoria chegou, tive pena de deixar os meninos e abandonar um projeto que havia sido meu xodó por quase cinco anos. Mas era meu momento. Eu estava com 50 anos de idade e 30 anos de serviço prestados. Precisava cuidar mais de mim, da minha família. No entanto, para não perder o ânimo que essa experiência tinha me proporcionado, decidi me matricular no curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Pernambuco. Depois de quatro anos de curso e diversas peças, entretanto, abandonei as aulas. Na época, eu passava muito tempo envolvida com as atividades acadêmicas e pouco parava em casa. Vivia cansada. Meu marido e meus filhos novamente cobravam minha atenção e achei que era hora de pôr fim a mais um ciclo. Mas não demorou para que um novo tivesse início. Aconteceu naturalmente. Eu estava em casa lendo jornal quando vi uma nota sobre um curso de literatura com o renomado escritor Raimundo Carrero. Sempre gostei de observar as pessoas nas ruas, nos mercados e imaginar o que elas pensavam e sentiam. Não sabia se eu tinha potencial para escrever de verdade, mas resolvi participar. Foi lá que conheci o Grupo Literário Celina de Holanda, que se reunia regularmente no Espaço Pasárgada (casa onde o poeta pernambucano Manuel Bandeira viveu grande parte de sua infância) e do qual até hoje faço parte. Costumo dizer que foi junto das pessoas do Grupo que alcei meu vôo literário. Lá não havia professor, todo mundo escrevia seus textos e lia os dos outros. Trocávamos impressões, sugestões, críticas. E de tanto ler e ouvir o que outras pessoas sentiam e pensavam, fui apurando os ouvidos e aprimorando minha escrita. Desse aprendizado, começaram a surgir alguns frutos. O primeiro deles foi o livro Cartas para 11 mulheres, escrito junto com as integrantes do Celina de Holanda. Em seguida, veio a participação em um concurso literário promovido pela Editora Litteris, do Rio de Janeiro (que resultou no livro O que as mulheres estão escrevendo), e um convite para participar da antologia O rio e seus poetas, no qual publiquei uma poesia sobre os rios da minha

cidade natal, Camaragibe (PE). Depois disso, não parei mais: enfrentei as dificuldades de todo escritor desconhecido e lancei meu primeiro livro solo, A grande roda da vida, de contos, crônicas e poemas. Esse foi o estímulo que eu precisava para retornar à universidade, desta vez, para estudar literatura. Já de volta ao mundo acadêmico, publiquei Memórias de Camaragibe, pela Editora Universitária — agora sem os grandes sacrifícios da experiência anterior — e participei da antologia Seleções do Século 21, com o conto A ponta da rama. Depois disso, vieram outros concursos literários, em várias cidades do Brasil; onde houvesse chance de mostrar o meu trabalho, eu estava lá. Foi essa persistência que me deu o que considero minha maior conquista: a participação no livro Panorâmica do Conto em Pernambuco, ao lado de mais 114 autores nascidos ou ligados ao Estado, como Gilberto Freyre, Nelson Rodrigues e Clarice Lispector. Demorei a acreditar que meu nome estava ali! Mesmo sem nunca ter programado nada, hoje consigo me sentir uma escritora de verdade. Sou uma contadora de histórias. E devo muito disso aos trabalhos voluntários que faço desde que me aposentei, e também à Fachesf, que me deu tranqüilidade e tempo livre para assumir novas responsabilidades. Depois de tanto tempo voltada para minha própria vida, quando saí da Chesf, resolvi que era hora de retribuir a Deus as coisas boas que sempre recebi e procurei quem pudesse ajudar. De lá para cá, já trabalhei com dependentes químicos, idosos, crianças, deficientes visuais. Tento levar um pouco de arte para perto das pessoas, amenizar seu sofrimento, a solidão. No final do dia, nada é melhor do que a sensação de ter despertado o sorriso de alguém. É isso o que levamos daqui. E depois de tantos ciclos vividos, acho que virei uma espécie de pescadora: armo meu espinhel no mar e espero o que sairá dali. Enquanto contemplo as coisas que acontecem a minha volta, permaneço alerta às oportunidades que podem aparecer e nunca perco de foco quem eu sou, o que vivi, o que posso fazer pelo outro. Estou sempre disposta a recomeçar. De novo. E mais uma vez.


A dedicação e a fidelidade que o cão tem pelo seu dono certamente contribuíram para que o animal conquistasse a posição de melhor amigo do homem. Apesar de o título ser totalmente lícito e indiscutível, há quem defenda que essa honrosa posição seja dividida com os gatos, afinal, esses animais também podem ser grandes companheiros, verdadeiros amigos do peito para muita gente. No decorrer da história da humanidade, o gato passou por diversos altos e baixos: foi venerado no Egito como uma divindade e, séculos depois, perseguido como encarnação das forças do mal. Envoltos numa aura mística e de superstições, os felinos domésticos até hoje são vítimas de inúmeros preconceitos, fundamentados quase sempre por mero desconhecimento e visão equivocada de pessoas que nunca conviveram com esses animais. Na verdade, os gatos são seres mansos e inofensivos que, diferentemente dos cães, defendem o seu território apenas de outros felinos. Sensíveis, eles buscam o conforto de um lar, a proteção, a companhia e o amor de um dono. Seus movimentos elegantes e sua incontestável independência cativam a todos que os estimam e acolhem. Em troca, retribuem com dedicação e docilidade, transformando-se em fiéis companheiros, tranqüilos e silenciosos, pelo resto de suas vidas. Não é à toa que, a cada dia que passa, um maior número de pessoas se rende ao charme e encanto desses felinos. Além de dependerem pouco dos seus donos, os gatos não precisam de grandes espaços para viver; exercitam-se sozinhos, são inteligentes e têm um aguçado senso de limpeza, sendo considerados os mais limpos animais domésticos. É por essas e outras que, da próxima vez que alguém questionar sobre quem é o melhor amigo do homem, deve-se pensar duas vezes, levar em conta todas as considerações acima e reconhecer que, sim, esse papel também pertence aos gatos.

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Maneki Neko, amuleto da sorte Muito conhecido de quem freqüenta lojas orientais, o Maneki Neko, gato com uma ou ambas as patas erguidas, é um dos mais famosos símbolos da sorte na cultura japonesa. Na língua milenar, Maneki significa boas vindas e Neko, gato.

[ depoimento ]

Uma das versões mais populares sobre a origem do amuleto surgiu por volta do ano de 1640. A história conta que um monge do templo Goutokuji criava uma gata chamada Tama, que costumava ficar horas junto à porta do templo. Certo dia, quando um samurai Naotaka passava em frente ao local, caiu uma tempestade, que o levou a se abrigar embaixo de uma árvore. Enquanto esperava a chuva passar, Naotaka avistou Tama sentada, com uma das patas dianteiras levantada, causando a impressão que acenava para ele.

Maravilhado com a proeza, o samurai resolveu ver o felino de perto. Enquanto corria até o templo, um raio fulminante caiu na árvore que, há pouco, o abrigara. Refeito do susto, Naotaka logo achou que o animal salvara a sua vida e, imediatamente, entrou no templo para fazer uma prece de agradecimento; ao observar a pobreza do prédio, resolveu doar todo o dinheiro que trazia consigo. Desse dia em diante, a família de Naotaka e todo o povo de Goutokuji passaram a freqüentar o templo, trazendo prosperidade ao local. Para homenagear Tama, foi esculpida no local uma estátua da gata reproduzindo o gesto. Hoje, infinitas versões da estatueta circulam mundo afora, sendo colocada nas janelas ou entrada de estabelecimentos comerciais para atrair sorte e bons ventos.

“Tenho um gato que se chama Paco. Sou apaixonada por ele. Os gatos são animais muito independentes e quase não dão trabalho. Paco é tão fiel quanto um cão. Apesar de ter a liberdade para dar umas voltinhas pelas redondezas, sempre retorna para casa. Outra coisa interessante é que ele vive harmoniosamente com os meus cachorros. Essa convivência pacífica se deve muito por insistência dele que, com jeitinho, conseguiu ganhar a confiança dos meus cães. Adoro criar gatos; é uma distração e uma companhia. Quando estou costurando ou bordando, Paco está sempre por perto. Com outras pessoas é a mesma coisa: muito carinhoso, ele acaba conquistando a todos. Quem nunca criou gatos, não tem idéia de como eles são encantadores.” Célia Almeida Pinheiro de Souza · Aposentada e Pensionista


Um novo olhar sobre os animais de companhia Synara Rillo

com que seus animais de companhia perdessem o valor de benfeitores sociais que exerceram desde a pré-história, quando acompanhavam os homens nas caçadas e serviam como limpadores do meio ambiente (comendo os restos das carcaças), além de serem guardiões, pelas suas fortes características de senso territorial.

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ica Veteri

· Méd Synara Rillo

Como médica veterinária atuando na clínica de cães e gatos há 22 anos, sempre foquei minha conduta profissional em questões comportamentais (ações e reações condicionadas), pois entendo que essas questões são as precursoras dos maiores males orgânicos desses animais, de onde advém, a meu ver, o maior e, em tese, o único distúrbio comportamental dos cães e gatos: a ansiedade. Isso ocorre devido aos excessivos apegos sentimentais dos seres humanos sobre os animais e também por um total desconhecimento das pessoas de como funcionam suas mentes e de como ocorrem suas capacidades de aprendizado e assimilação junto a atual civilização, profundamente urbanizada, que em nada condiz com o mundo animal. Há 15 anos, não se via tanto apego e necessidade das pessoas de ter animais como companheiros sociais afetivos. Acredito que isso aconteceu em face de um mundo egoísta e consumista ao extremo, onde o progresso evolutivo do homem deixa-o cada vez mais solitário, ansioso e cheio de ilusões sentimentais. No meu ponto de vista, esses animais vieram — de forma equivocada — substituir as relações humanas como um todo. A solidão e suas enormes ramificações são o abismo que as pessoas mais temem em cair. Até mesmo aquelas que têm um núcleo familiar sólido, percebem-se, muitas vezes, sozinhas e perdidas. Isso fez

Entendo que essa característica de benfeitores sociais deveria ser resgatada. Os cães, por exemplo, podem ajudar na busca de pessoas perdidas ou farejar drogas e objetos; podem ainda servir como guiadores de cegos, como co-terapeutas na recuperação emocional de autistas, esquizofrênicos e crianças com dificuldades motoras ou hiperativas e, sem dúvida nenhuma, como simples companheiros. Entretanto, percebo que houve uma distorção nesse potencial de benfeitor social que o cachorro, principalmente, exerce. Sem medo de errar, cerca de 95% das pessoas atribuem senso sentimental aos animais de companhia, vendo-os com capacidades humanas (antropomorfização). Essa situação é a maior geradora de maus tratos indiretos aos cães e gatos, pois eles não têm capacidades sentimentais, mas capacidades emocionais condicionadas (e bastante reforçadas junto ao cotidiano do proprietário), em que fazem leituras sobre seus gestuais, esperando, com isso, nada mais do que a recompensa desse comportamento condicionado. Os cães, mais que os gatos, têm uma atenção constante sob seu dono para responder aos estímulos de memória condicionada. Isso os tem tornado neurotizados, levando a somatizações orgânicas que trazem danos significativos a eles e aos seus donos, que sofrem ao ver seu animal doente, além de projetaremse com suas dores sentimentais. Talvez esse artigo soe vago a alguns, mas é uma introdução ao que virá em outros, onde cada ponto deste será mais explicado. Fica aqui uma “inquietude positiva” e uma possibilidade de um novo pensar sobre tema tão atual e vasto. Synara Rillo é autora de Cães, donos e dores humanas, participa do programa de rádio O outro lado dos animais (radiobras.com.br) e mantém um site (www.synararillo.com.br), destinado ao debate sobre animais de companhia.

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Praça Chora Menino A história de um nome singular

Arborizada, agradável e antiga. Essa é a Chora Menino, a 206ª praça do Recife. Muitas pessoas passam por ela diariamente, mas será que conhecem as histórias que deram origem ao seu nome tão singular?

Uma pesquisa da Fundação Joaquim Nabuco revelou que, nos dias 14, 15 e 16 de setembro de 1831, ocorreu a Revolta Setembrizada, onde soldados insubordinados praticaram arrombamentos, roubos e atrocidades no centro do Recife. Nesse período, muitas pessoas morreram. Os corpos foram enterrados em uma parte da região que na época se chamava Sítio do Mondego. Uma crença sobre a origem do nome da Praça é que, a partir desse acontecimento, o lugar foi considerado mal assombrado e quem passasse à noite pelo Sítio, ouvia um choro de menino. Por esse motivo, o local onde os corpos foram enterrados ficou conhecida como Chora Menino (o local em questão ficava na divisa dos bairros da Boa Vista e das Graças). A área que compreendia todo o Sítio do Mondego atualmente faz parte de uma importante via pública, a Rua do Paissandu. Em uma parte do Sítio, foi criada a Praça Chora Menino. Existe ainda a versão de vários historiadores sobre um convento de freiras, edificado no mesmo local onde hoje funciona o Instituto Nossa Senhora de Fátima, defronte da Praça. Para recolher crianças abandonadas, o convento encravou no muro principal uma grande roda de madeira. A mães que não tinham condições de criar seus filhos recém-nascidos, colocavam as crianças sob a roda e, em seguida, tocavam uma sineta, para avisar. Enquanto o mecanismo não era girado, levando os bebês para dentro do recinto, ouviase o choro muito forte deles, o que chamava a atenção das pessoas que passavam. Daí, a praça ter sido chamada de Chora Menino.


O nome tomou uma dimensão tão grande que, em 29 de maio de 1843, foi publicado o primeiro exemplar do Jornal Chora Menino. Até hoje a Praça causa curiosidades. Sem dúvida, é uma das principais e mais belas do Recife. E foi em frente a essa charmosa Praça que a Fundação começou a construir sua história na Cidade, em 1975, após ter sido transferida do Rio de Janeiro.

Recente reforma tornou a praça um lugar ainda mais agradável e aconchegante

São 33 anos de atuação da Fachesf no Recife, com o privilégio de estar situada em frente a esse lugar histórico e enigmático. Com isso, os Participantes desfrutam de uma agradável área para passar o tempo, conversar e esperar ônibus, enquanto a Praça vai se renovando a cada dia, causando olhares de admiração.

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Dia do Participante Um encontro para recordar

Quando a manhã do dia 3 de setembro chegou ao fim, a Fachesf escreveu mais um capítulo em sua história. Pelo segundo ano consecutivo, Participantes de diversas localidades do País foram recebidos na sede da Fundação, no Recife, para representar simbolicamente um universo de quase 13 mil pessoas — entre Ativos, Assistidos e Pensionistas — e receber todas as honras em homenagem ao Dia do Participante Fachesf. Os visitantes foram selecionados a partir de um sorteio realizado entre os mais de 800 cupons recebidos pela Assessoria de Comunicação Institucional e tiveram a oportunidade de vivenciar um dia especial: além de conhecer um pouco da estrutura organizacional da Fundação, conversar com diretores e gestores e tirar dúvidas sobre previdência, saúde e assistência, descobriram quantos significados pode ter a palavra PARTICIPAR. Esse foi o foco do vídeo institucional (leia mais na pg. 42) apresentado para celebrar o momento de integração entre a Fachesf e seus Participantes e lembrar a importância de fazer parte de uma entidade fechada de previdência complementar; mais do que a possibilidade de

desfrutar de serviços como planos de saúde e empréstimos, contribuir para um fundo de pensão é um investimento no futuro e na garantia de uma vida mais tranqüila. A programação agradou os visitantes. “Foi maravilhoso o cuidado com que tudo foi planejado para nos receber. Gostei muito de conhecer as instalações, os outros Participantes e, principalmente, a Central de Relacionamento, que foi um grande benefício para nós que moramos longe da Sede”, disse Tânia Nascimento, de Salvador (BA). Convidado especialmente para o encontro por ser o Participante mais antigo em termos de recebimento de benefício, Almir Zotollo, de Salvador, foi categórico: “Sou Assistido da Fachesf há mais de 30 anos e, durante todo esse tempo, nunca recebi minha suplementação com atraso. Isso é a maior prova de que a Fundação faz o seu trabalho de forma séria e eficiente”. O depoimento emocionou os funcionários e gestores. No Dia do Participante, foi um deles que deu a Fachesf o maior presente que a entidade poderia receber: o reconhecimento pelas mais de três décadas de serviços prestados.


Presidente

“Falar sobre o Dia do Participante é resgatar também nossas origens, nos idos dos anos 1970, quando se começou a pensar na estruturação de planos de previdência complementar. Naquela época, acabávamos quase sempre prejudicados no momento da aposentadoria e precisávamos de alguma segurança para manter uma boa qualidade de vida. Desde então, essa tem sido a preocupação diária da Fachesf com seus Ativos, Assistidos e Pensionistas: oferecer tranqüilidade e segurança para todos que investiram nessa promessa. No Dia do Participante, gostaríamos de ter a chance de juntar todo mundo e comemorar mais um ano de muito trabalho e diversas conquistas. Mas como somos um universo de quase 13 mil pessoas, os 20 sorteados representaram simbolicamente esse papel. No futuro, esperamos que mais e mais Participantes possam dividir conosco as alegrias de um momento tão especial.”

Robstaine Saraiva Diretor de Benefícios

os visitantes

“Este é o segundo ano em que temos a oportunidade de estreitar um relacionamento que existe

há mais de três décadas. E é também um orgulho poder dividir com os Participantes o bom momento por que passa a Fachesf. O patrimônio que conquistamos até hoje tem nos proporcionado muita tranqüilidade para continuar aperfeiçoando nossos serviços e oferecer sempre algo novo. Nosso dever é contribuir para a melhoria na qualidade de vida de Participantes e seus dependentes e dar-lhes condições de desfrutar as coisas boas da vida.”

Luis Ricardo da Câmara Lima

Depoimentos

Clayton Paiva

Dir. de Adm. e Finanças “Para a Fachesf, é uma satisfação comemorar o Dia do Participante e ter a oportunidade de mostrar um pouco do trabalho que fazemos. É muito importante que todos os Ativos, Assistidos e Pensionistas conheçam a fundo o papel e os processos da Fundação. E, para isso, colocamo-nos sempre à disposição para prestar esclarecimentos e tirar dúvidas. Em 36 anos, a Fachesf nunca teve seu nome associado a qualquer caso de escândalo ou falta de ética. Nosso desafio diário é honrar o compromisso assumido com todos os Participantes.”

Abiracilda Gomes Loiola Cavalcanti Olinda (PE)

Elza Tomaz da Silva Recife (PE)

José Pedro Martins Recife (PE)

Adilvo Carvalho Gomes de Sá Recife (PE)

Francisca Bezerra Grilo Sales Olinda (PE)

Sueli Conceição Gila de Andrade Recife (PE)

Antônia Eloi Gomes Olinda (PE)

Gabriel R. do Nascimento Campina Grande (PB)

Tânia Mª do Nascimento Oliveira Salvador (BA)

Apolônio Guilherme Costa de Melo Recife (PE)

Genúzia Batista Lisboa Santos Paulo Afonso (BA)

Tranquelino Monteiro Recife (PE)

Cleide Almeida Gomes Recife (PE)

Gildete Silva Ribeiro Petrolina (PE)

Warwick João Tavares Natal (RN)

Cleonice Peres de Carvalho Paiva Recife (PE)

José Ananias de Carvalho Paulo Afonso (BA)

Célia Melo de Andrade Recife (PE)

Diógenes José Botelho de Oliveira Recife (PE)

José Félix de Lima Cumaru (PE)

Convidado Especial Almir Zotollo | Salvador (BA)


Quantos significados uma paravra pode ter? Nathalia Duprat

Quando começa a integrar um fundo de pensão, você passa a ser chamado de Participante. Mas você sabe o que, de fato, significa participar? Segundo os dicionários da língua portuguesa, participar significa tomar parte, compartilhar, associar-se pelo pensamento ou pelo sentimento, envolver-se em algo ou em alguma coisa. No dia a dia, entretanto, participar vai muito além de tudo isso. Seu verdadeiro sentido está no modo como encaramos o universo que nos rodeia; como percebemos, nos menores detalhes, a grandiosidade da vida, os momentos únicos que não voltam, a certeza de que o amanhã sempre pode ser tão bom ou melhor do que o hoje e que, para isso, é preciso viver intensamente o presente. Participar é abraçar o compromisso de viver por inteiro as oportunidades e sentimentos. Sem pressa, mas também sem perder um só minuto; com vontade de subir um degrau de cada vez, sabendo que, lá em cima, há um sonho, a confirmação da esperança que não se desfez, mesmo diante de tantos que não acreditaram e disseram ser um desejo impossível. Fazemos parte do mundo, do primeiro ao último dia de toda a nossa existência, mas só participamos com verdade da vida quando aprendemos a investir com paixão em tudo o que cremos. Aprendemos a ser participantes dentro de uma família. É nela que assumimos os nossos primeiros papéis. Somos avós, pais, filhos, irmãos, netos, companheiros. É assim que descobrimos que estar perto de quem amamos é a única proteção contra todo o mal, todas as ameaças, todos os desequilíbrios que vez por outra fazem a corda ficar bamba e o coração intranqüilo. Entre amigos, entendemos que, para participar da vida uns dos outros, é preciso ter atitude, respeito, confiança. Honestidade. Participar também é dar espaço ao outro. É torcer de corpo e alma para times rivais, mas unidos na alegria de querer vencer. É apostar em lados contrários da mesma moeda, sem esquecer que haverá sempre alguém que vai ganhar e outro que vai perder.

Crescemos participando de relações que nunca se encerram, apenas mudam. Aprendemos a ser alunos, professores, colegas de trabalho. Parceiros que a vida ora aproxima, ora afasta, de acordo com nossos gestos, vontades, ou, apenas, devido ao curso dos acontecimentos. Participar significa acreditar que não há certezas absolutas, que não existe alguém que nunca mude e que cada dia é uma nova chance de recomeçar. Isso também se chama liberdade. De poder fazer escolhas, traçar rotas, dormir e acordar cada manhã com a segurança de que o futuro reserva a melhor das recompensas: o sossego. Pais participam do universo de seus filhos. Filhos reconstroem o mundo de seus pais. Giram todos juntos na roda-gigante da vida, colhendo aquilo que foi deixado pelo caminho. E participar é semear o bem. É cuidar da própria saúde e aproveitar o que cada idade tem a oferecer. Da infância, quando tudo é inocência, à juventude e suas alegrias despreocupadas; da maturidade dos tempos adultos à segurança e sabedoria que somente a boa idade pode revelar. Participar também é pensar a vida e planejar o futuro. É ser previdente. É ser responsável. É acreditar na consolidação de um desejo que começou em abril de 1972 e passou a se chamar Fachesf, hoje um porto seguro para milhares de pessoas, em diversos Estados do País. Um verdadeiro participante tem, enfim, o dom de dominar as palavras e transformar um simples verbete de dicionário em um compromisso de ser feliz. Hoje e sempre. Fachesf. Há mais de três décadas, participando da sua vida e protegendo você!

Parte deste texto foi utilizado na produção do vídeo “Quantos significados uma palavra pode ter?”, uma homenagem da Fundação ao Dia do Participante Fachesf 2008.




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