Jornal da Brotero Nº 27 - dezembro 2018

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B

EDITORIAL

índice

BREVES 3 - Ida ao Cinema, por Equipa PNC / CC TEMA DE CAPA 4 - Violência no Namoro, por Pedro Falcão 5 - A Violência Existe, por João Sá 7 - #Hear Meetoo, por Helena Dias Loureiro 8 - Namoro sem Violência, por João Carlos Lopes GRUPO DISCIPLINAR DE INGLÊS 9 - Nobody Was Really Surprised When it Hapened, not Really..., por Beatriz Marques (11 1B) 10 - Josh and I, por BMarta Bajouco (12 1D) 11 - Halloween, Creative Writting Competition, por Duarte Sousa, João ferreira, Margarida neto, Marco Silva (10 2B) 12 - Halloween na Escola, por Clara Rei GRUPO DISCIPLINAR DE PORTUGUÊS, FRANCÊS E ESPANHOL 13 - El Dia de los Muertos 14 - El Dia de la Hispanidad, por Isabel Gameiro, Susana Carvalho 15 - Convívio de Professores na Lapa dos Esteios, por Ilda Rodrigues EDUCAÇÃO ESPECIAL 16 - 16 de Outubro, por Docentes Ensino Especial AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR 17 - População e Consumo, por Cristina Castela Nolasco, Victória Neto BIBLIOTECA 18 - Educar para a Cidadania, por Fernanda Madeira 19 - Vencer os Muros e o Silêncio, por Fernanda Madeira 20 - Biblioterapia, por Fernanda Madeira 21 - Os Homens Nunca Saberão Nada Disto, por Fernanda Madeira

O

tema

deste jornal, “Violência no namoro”, é, infelizmente, um tema atual e inquietante para os jovens, como vocês, que frequentam o ensino secundário. Namorar é normal e salutar na vossa idade. Mas o namoro, para que seja saudável, carece de respeito mútuo. Não podemos aceitar a violência no namoro como uma fatalidade inevitável, mas devemos, isso sim, contribuir individualmente para que esse tipo de situações não se verifique. Os contactos através das redes sociais propiciam situações que, embora aparentemente seguras, muitas vezes se transformam em autênticos pesadelos, pelo que devem evitar esse tipo de relacionamentos. Namorar é bom, mas sem violência. Aproveito para desejar a toda a comunidade educativa um Feliz Natal e um ano de 2019 com muita saúde e sucesso.

O Diretor,

PROJETOS 22 - Brotero a Programar, por João Sá 23 - Robot Bombeiro, por Clara Marto, João Sá

Manuel Carlos Esteves da Fonseca

REDAÇÃO ANTÓNIO MARQUES (COORDENADOR) EMÍLIA MELO FERNANDA MADEIRA ISABEL MONTEIRO VITOR ROQUE JOSÉ VIEIRA (DESIGN E EDIÇÃO)

CAPA:

NOTA DA REDAÇÃO:

Sofia Mendes (12º 2A)

Os textos e as fotografias que os acompanham são da responsabilidade do(s) respetivo(s) autor(es)


BREVES

IDA AO CINEMA A equipa do Plano Nacional de Cinema/Clube de Cinema (PNC/CC) dinamizou uma ida ao cinema para assistir ao filme Pedro e Inês, de António Ferreira. A atividade pretendia contribuir para desenvolver duas das competências essenciais do “Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória”: 1. Pensamento crítico e pensamento criativo; 2. Sensibilidade estética e artística. Esta iniciativa envolveu 266 alunos/alunas dos 10º, 11º e 12º anos dos Cursos Científico-Humanísticos e Cursos Profissionais e 16 professores/professoras. A equipa do Plano Nacional de Cinema/Clube de Cinema preparou algum material para o visionamento do filme, que foi usado por vários docentes, com vista ao desenvolvimento da literacia fílmica. A mesma equipa também dinamizou 4 sessões de “Literacia fílmica”, a partir do filme Pedro e Inês, de António Ferreira», sessões essas que envolveram 116 alunos. Neste contexto foi, ainda, elaborado um Guião de Análise de Crítica Fílmica, que alguns dos alunos usaram nas apreciações críticas ao filme.

A EQUIPA DO PNC/CC

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TEMADE CAPA

VIOLÊNCIA NO NAMORO

A

s fases da adolescência e da juventude são cruciais, no desenvolvimento de relações afetivas e o namoro, associado, claro, à atração sexual pelo “outro”, é, necessariamente, o tipo de relacionamento que, naquelas idades, clarifica e expressa intensa e vivamente, sentimentos e emoções. No entanto, hoje em dia, assistimos, de algum modo, atónitos, a uma crescente violência entre os namorados, resultante provavelmente de um mal maior e mais geral. Inicial e tradicionalmente, a causa de violência, no namoro, poderá ser os costumeiros, e muitas vezes doentios, ciúmes, quase sempre sem razão definida, que se sente por aquele que se deseja, de forma egoísta, apenas para si,

subjugando-o à vontade própria e interesses pessoais e não olhando a meios para concretizar a finalidade pretendida, a entrega total e incondicional do outro. Para o amante ciumento, “o inferno são os outros”, como escreveu o filósofo francês Jean-Paul Sartre, os outros que, “desavergonhadamente e sem escrúpulos”, se intrometem no namoro. O fenómeno da violência no namoro, será, também e provavelmente, consequência da violência doméstica e social que, não só no nosso país, alastra assustadoramente, provocando pânico e medo, sobretudo, entre as vítimas, maioritariamente mulheres. A violência doméstica, física e psíquica, é um fenómeno sociocultural em crescendo que não surge apenas em famílias desestruturadas, ou de menor estatuto social, tendo cada vez maior incidência em agregados familiares de elevados níveis socioeconómicos e culturais e pessoas com habilitações académicas superiores. Igualmente, o modo como estão atualmente organizadas as sociedades, nomeadamente, em termos de mercado de trabalho, causando inevitável stress nas pessoas e certa desorientação e insatisfação no viver de cada um, que vai adiando relacionamentos, ou mantendo

Ana Martinez, 12 2A

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relações intermitentes, trocando regularmente de parceiros, ou as alterações culturais que se vão revelando, a nível da transmutação de valores fundamentais, nas atitudes, comportamentos e formas de pensar, podem conduzir a situações reais de violência. Se se valoriza, acima de outros valores, os económicos e os materiais, já usual nas sociedades tecnológicas e culturas contemporâneas, como encarar e tratar a outra pessoa, com quem se namora, com humanidade e de modo desinteressado? A instrumentalização do “outro”, sobrepondo-se a qualquer tipo de ética, corresponde à desvalorização e menosprezo desse “outro”, na pessoa que é. Também alterações psíquicas, a exigir urgente intervenção psiquiátrica ou psicológica, podem, certamente, provocar os comportamentos disfuncionais que resultam em violência, comportamentos desajustados, não só para o equilíbrio social, mas igualmente, para a harmonia familiar desejada, e no namoro. Os namorados, vivendo essas situações violentas, em casa e na família, transportam-nas, talvez mais vezes do que o desejável, para a sua relação íntima e o romantismo, o amor, a sedução ,ou o desejo sexual, esvaem-se nessa constante “guerra” física e emocional, entre os amantes.A arrogância no tratamento do “outro”, as agressões e humilhações, várias vezes, públicas, que devassam a intimidade dos intervenientes, tornam-se cada vez mais constantes no

S

relacionamento “a dois”, degradando lentamente a confiança, o mútuo respeito e a autoestima de cada um dos que se comprometem com o outro, numa situação de namoro. O namoro implicará, sempre, desejo e atração por outra pessoa sem, no entanto, desfigurar a sua personalidade, exigindo-lhe incondicional obediência, porque sendo assim, coarta-se, inevitavelmente, e por vezes inadvertidamente, a sua liberdade, e desvirtuam-se os seus sentimentos mais genuínos. Sendo, deste modo, a educação sexual ,nas escolas, essencial para sensibilizar os adolescentes e os jovens para esta problemática da violência no namoro, consciencializando-os de que namorar implica mais do que a atração física e o desejo sexual e nunca o “sentimento de posse”, porque assim sendo, seria uma triste e pobre relação, assente num relacionamento meramente superficial. Aquelas aulas serviriam, antes de qualquer outro assunto, para desvendar, aos alunos, que o namoro, naquelas idades, como iniciação numa relação sentimental mais séria, exige afeto, mútuo compromisso e interdependência, mas, sobretudo, sinceridade, cumplicidade e um amor autêntico que é, afinal, o indelével laço eterno e universal que une os amantes.

PEDRO fALCÃO

A VIOLÊNCIA EXISTE

obre violência doméstica, o relatório anual de segurança interna 20171 refere 26.746 ocorrências (dados registados pela GNR e pela PSP), com respeito a 25.498 vítimas mulheres e 6.793 homens (um total de 32.291 pessoas). Registam-se 3.912 vítimas com menos de 16 anos e 3.076 entre 16 e 24 anos. O/a cônjuge/companheiro/a representa 53,3% das vítimas e o/a ex-cônjuge/ex-companheiro/a 17,2%. Dos/das denunciados/as, 18 têm

menos de 16 anos, subindo para 1.902 entre os 16 e 24 anos, 5.113 são mulheres e 26.385 homens. Entre outros dados, é revelador que 82% das situações assinalam a existência de violência psicológica, 67% violência física e 17% violência do tipo social. Noutro relatório relativo a 2017, desta vez do Observatório da Violência no Namoro2 , registam-se 94 denúncias a respeito dos primeiros 9 meses de funcionamento desta organização, com uma média de 10,4 denúncias por

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TEMADE CAPA

mês: 90,4% das vítimas são mulheres, com uma média de idades de 23 anos, e de 32 anos nas vítimas homens; 51,1% são estudantes, 14,9% são trabalhadoras-estudantes; 74,5% dos/as agressores/as são ex-namorados/ as das vítimas e 25,5% são seus namorados/as atuais. A violência psicológica diz respeito a 89,4% dos casos, a violência emocional a 77,7%, a verbal a 76,6%, a do controlo a 56,4% e a física a 52,1%. Para além de outras formas de violência, com percentagens inferiores, há entre estes casos 1 homicídio. Quanto aos locais, a maioria (50%) ocorre na via pública, mas a escola regista 19,1% dos casos. O ciúme aparece como a causa mais prevalente (68,1%), mas também os problemas mentais dos agressores, o consumo de álcool e de outras substâncias, a conduta das vítimas (atitude ou vestuário), os problemas familiares, a influência de amigos e as dificuldades económicas.

Já segundo a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), e ainda mais chocante, durante todo o ano de 2017 foram mortas pelos companheiros, ex-companheiros ou familiares muito próximos, 20 mulheres, sendo a média anual dos últimos 10 anos de 30 mulheres assassinadas. Num relatório3 do Observatório de Mulheres Assassinadas, da mesma organização, durante o ano 2018 e até ao dia 20 de novembro de 2018, tinham sido assassinadas 24 mulheres em contexto de violência doméstica. O flagelo não pode ser ignorado. Envergonha todos/as, convoca a todos/as! Se a este respeito a escola não pode fazer tudo, pode e deve fazer o que estiver ao seu alcance. Tudo começa pela consciência do drama... 1- https://goo.gl/gw2jNP 2- https://goo.gl/DqWXuP 3- https://goo.gl/n92ZPP

JOÃO SÁ

Maria Cunha Vaz, 12 2A

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#HEARMEETOO BANSKY, um artista de rua, ativista e realizador britânico, famoso por trabalhos facilmente reconhecíveis por combinarem humor negro, sátira, subversão, usando uma técnica não muito sofisticada de pintura a stencil, não será um dos grandes artistas contemporâneos e não é, seguramente, dos melhores artistas plásticos britânicos a trabalhar neste momento. E, no entanto, a acreditar na Wikipédia, desde 2014, jovens do resto do mundo, quando interrogados sobre os nomes que, de imediato, associam à “cultura inglesa”, logo apontam os nomes da rainha Isabel II, William Shakespeare, David Beckham, os Beatles, Charlie Chaplin, J.K.Rowling, Elton John, Adele e Banksy. Consigo entender. Bansky é ativista e produtor de arte para este tempo: cool, imediata, perecível. Na “era da reprodução mecânica”1, pouco interessa a eventual aura da obra original que, de qualquer modo, pode desaparecer a qualquer momento por demolição da parede ou muro, por intervenção de brigadas de limpeza das autarquias ou por novo graffiti de cidadãos anónimos ou de artistas rivais. Gravuras, T-Shirts, aventais, tapetes para rato de computador, canecas, agendas ... exibem as criações do artista, frequentemente alterando o original, suprimindo detalhes, acrescentando elementos.

Que o rapaz é bom e a rapariga é má? Que o rapaz confia e a rapariga desconfia? Que a rapariga vai deixar cair o bastão? Que o rapaz vai ter uma grande surpresa? Que os acontecimentos dependerão da sincronia (ou não) dos movimentos de ambos? Que tudo dependerá de fatores externos aos dois? Da intervenção de terceiros? Da sorte? Leio, algures, que Banksy estaria, ao seu modo, a comentar a questão da violência de género. Violência que, ano após ano, apresenta números de nos fazer descrer na humanidade: qual epidemia, os números oficiais apontam, a nível global, para 1 em 3 meninas, raparigas, mulheres vítimas de violência. Violência a que muitas pessoas preferem chamar violência contra as mulheres. Porque os números estão aí e não mentem: com ligeiras variações locais, por todo o mundo, são homens que exercem violência, física e sexual, sobre mulheres. Isto não quer, de modo nenhum, dizer que não haja mulheres agressoras e homens vítimas. Há. E porque vivemos em culturas em que a masculinidade é, tal como a feminilidade, definida segundo padrões muito rígidos (a masculinidade tóxica do homem não chora e do nem és homem nem és nada...), os homens vítimas optam por viver essa violência como uma humilhação impartilhável, silenciosa.

O cartaz de recomendações aos colaboradores do nosso jornal reproduz “um Banksy”. “Boy Meets Girl”. Um rapaz encontra uma rapariga. Não consigo determinar se apareceu primeiro num muro, como street art graffiti ou numa tela, pronta a comercializar, nem sequer o ano em que foi produzido e, sempre muito importante, as condições de produção. Comemorava uma data? Homenageava alguém? Criticava alguma instituição? Defendia alguma causa?

Não sei. Mas sei o que leio nele.

© Bansky

Detenhamo-nos, então, na imagem. Nela, um rapaz e uma rapariga recortados em sombra contra um fundo branco, enfrentam-se, ele, do lado direito, ela, do lado esquerdo; ele, direito, com um boné enterrado na cabeça, ela, de rabo de cavalo e pernas ligeiramente fletidas; ele, com os braços atrás das costas, escondendo um ramo de flores (por vezes vermelhas), ela, com os braços atrás das costas, escondendo um bastão (por vezes com pregos espetados). O que devemos concluir daqui?

1- https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/194/1/obra_arte.pdf

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TEMADE CAPA

Neste quadro desproporcional de violência, é curioso que Banksy tenha não só invertido o sentido habitual dessa violência, tornando a figura feminina a agressora, mas também que tenha infantilizado o par, permitindo, assim, de uma assentada, por um lado, realçar a exceção e não a regra, e, por outro lado, desvalorizar a situação, num encolher de ombros perante uma questiúncula de crianças. É, penso, uma tarefa árdua a que temos, quando decidimos, enquanto educadoras e educadores, abordar na escola a questão da violência contra as mulheres. Não me refiro (ainda) ao perigo que significará o avanço da extrema-direita que vê toda e qualquer educação, para além da instrução, como campo de doutrinação ideológica. Refiro-me à dificuldade de encontrar o material certo: certo, porque é apropriado à idade e à experiência das alunas e dos alunos; certo, porque, ao contrário do que tantas vezes acontece (quase sempre com boas intenções), não “glamoriza” a violência e o horror, com banda sonora melódica e sensual ou estética de videoclipe musical.

NAMORO SEM VIOLÊNCIA

UM DESAFIO ÉTICO PARA ALUNOS E ALUNAS

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A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Coimbra propõe, no seu Plano de Atividades para 2019, a realização de uma “Assembleia Municipal de Jovens” para debater o tema «Namoro sem violência». Para o efeito, contactou quatro escolas secundárias públicas do Concelho de Coimbra, entre elas a Escola Secundária Avelar Brotero. O Projeto tem, nesta sua primeira edição, um carácter assumidamente experimental. Como no presente ano letivo se encontra em fase de implementação a área de trabalho de Cidadania e Desenvolvimento, no 10.ºano, pareceu-nos esta proposta da CPCJ constituir uma boa oportunidade para promover práticas de reflexão crítica e de exercício de cidadania. Deste modo, a escola aceitou o desafio e aderiu ao projeto. Foi feita a divulgação do evento junto dos professores coordendores

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A opção, deliberadamente polémica, da equipa do nosso jornal, por este cartaz, tem este enorme mérito de nos permitir, durante os 16 dias que vão de 25 de novembro, “Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres”, a 10 de dezembro, “Dia dos Direitos Humanos”, levá-la para as nossas salas de aula, sempre que apropriado, e, com ela, a campanha anual das Nações Unidas, “16 dias de ativismo”, que, em 2018, explorará o tema #HearMeToo – End Violence Against Women And Girls. Ouçamos as nossas alunas e os nossos alunos sobre este assunto. Dêmos-lhes espaço para ter voz. Eduquemos.

HELENA DIAS LOUREIRO

da área de trabalho de Cidadania e Desenvolvimento (Diretores de turma, nos cursos científico-humanísticos, e professores de Área de Integração, nos Cursos Profissionais), na expetativa de que nas turmas que escolheram o tema da Educação Para os Direitos Humanos houvesse grupos de alunos a abordar diretamente o tema ou questões de género. Aguarda-se feedback. Seja como for, o tema namoro sem violência dirige-se a todos os alunos e alunas do 10.º ano que se encontrem na faixa etária dos 15-16 anos, pelo que qualquer aluno ou aluna que preencha esses requisitos poderá participar. O projeto prevê que se constituam grupos de debate nas turmas e que, de 7 a 15 março, se proceda à eleição dos representantes por turma, de modo a conseguir uma representação paritária numa sessão pública interescolas (Assembleia Municipal de Jovens), a ter lugar na primeira quinzena de maio, para debater e tomar posição pública sobre o assunto. A Brotero não pode ficar atrás. Por isso, aproveito a ocasião para apelar à máxima adesão a este projeto.

JOÃO CARLOS LOPES Coordenador da Área de Trabalho de Cidadania e Desenvolvimento


GRUPO DISCIPLINAR DE INGLÊS

“NOBODY WAS REALLY SURPRISED WHEN IT HAPPENED, NOT REALLY...”

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eople were already used to finding dead bodies at this time of the year, but it was new to me. For this community, it was almost like a tradition to find a dead person on 31st October. The bodies that were found always seemed to have animal bites. People believed that there was a creature in the woods that killed all these people. However, I couldn’t believe that there was a creature that only killed on 31st October of each year and didn’t kill anyone else on any other given day. So, I decided to put an end to this story and investigate. During the next year I searched everything about the victims and I found that all of them had been murdered in the same part of the woods, but there wasn’t anything else in common between them. 31st October had come and I decided that I was going to find out what was going to happen that night. Everyone called me crazy and warned me not to go, but I wanted to go. I asked if someone wanted to come with me so that I wouldn´t go alone. I never expected someone would volunteer, but my neighbor, who was my age, did.

It was a beautiful Halloween night, me and my partner went into the woods but there wasn´t anyone there. We were both scared, but we really wanted to know what was happening. It was full moon and we waited for two hours in the woods, but nothing happened. When we were just about to go home we heard a noise. We were hiding behind a tree when what looked like a normal man came out of the bushes. We were watching him and we realized that he seemed to be a mix of wolf and human. Me and my partner were so scared that we only wanted to go back home, but we couldn’t move or make a noise. When we thought that he was gone, we started to move very carefully so that he couldn´t hear us, but my neighbor made a noise and he found us. He went after us and we started running without looking back. When I got to town my neighbor wasn´t with me, so I went to find her. I couldn´t find her, so I thought that she was already safely at home and I went to mine. The next morning, my partner was found dead and everyone blamed me for her death. While everyone blamed me, the monster continued to haunt the woods and he still does.

BEATRIZ MARQUES, 11 1B

Maria Inês Pereira, 12 2A

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GRUPO DISCIPLINAR DE INGLÊS

JOSH AND I J

osh and I hated our new house. When we decided to buy it, I already had an odd feeling... Like a voice in my head telling me something wasn’t right. But I was used to ignoring those voices and following logic. On our second week there, cliché horror stuff had already occurred several times. Doors that I had closed would open as soon as I turned my back, shadows in the mirrors, the TV changing channels for no reason, but all of those had logical explanations and I did my best to believe them, though the more these things happened, the more attentive I started to be. One night, everything was calm and quiet, but I was struggling to sleep. Josh’s body was next to mine. His tranquility soothed me and I started to close my eyes and fall asleep, but then I was interrupted by a loud bang on the ceiling that made me startle. I was shivering, hiding under my blankets, when I remembered that Josh wasn’t a heavy sleeper and would’ve waken up, so I whispered his name but I didn’t hear myself. It seemed as if I had no control over my face. I reached for his shoulder but my hand went through his body as if it was made of insignificant gas. I didn’t know what to do. I tried to shout his name but I still couldn’t feel my face, and then I heard another loud bang followed by another loud bang, getting gradually closer to us.

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I tried to move my neck, but I couldn’t. More 3 louder and closer bangs. I tried to move my fingers but I had lost control of my body. 4 bangs. I put all my strength into closing my eyes. Everything was getting darker and darker. 5 bangs. I couldn’t even tell if I was breathing. 6 bangs and my eyes closed. I think I fell asleep. I opened my eyes to these huge penetrating yellow eyes staring deep into mine from up close, a tongueless mouth opened at a great length and I realized it was me. I was looking at my face. I screamed as loud as I could, not able to move away. After 6 seconds, the scary face turned into my husband’s. “What’s going on?” He looked extremely terrified. I had control back again. I tried to explain everything to him, but he seemed confused. “It was probably just a nightmare, don’t worry.” BANG. BANG BANG. BANG BANG BANG. BANG BANG BANG BANG. BANG BANG BANG BANG BANG. BANG BANG BANG BANG BANG BANG. Josh was looking at the ceiling. I had never seen him so frightened before. Then I heard him asking “What are you doing?”, but his mouth didn’t move. I turned my head up to face the ceiling. I fell asleep then.

MARTA BAJOUCO, 12 1D


HALLOWEEN CREATIVE WRITING COMPETITION On the 31st October our students were asked to write a Halloween story in class. To inspire their writing they were given some creepy opening lines from famous authors. And the winner was…

Haunted kitchen

“A whispered name. A boy stirs in his sleep. A pale, vaporous moon lights the room. Shadows are deep…” I thought it would be a bad idea to come back to my uncle and aunt’s house. It had creeped me out since I was a child and after their unexpected death my parents decided to sell the mansion. However, they wanted to spend some days there to say goodbye and check the conditions of the space before selling it. While my parents went to town to buy some groceries, I decided to finally go to sleep. I thought I had heard my aunt’s voice in a quiet whisper but I decided to forget it and try to get some sleep. Everything was scary. The carpets. The curtains. The furniture. Images of my aunt and uncle crossed my mind. I was never going to see them again. I heard some weird noises coming from the kitchen. I couldn’t sleep anyway, so I decided to go there and check the origin of the noise. As soon as I got there, I saw the old porcelains and glasses breaking one by one. I could swear I had heard screams in the background. Suddenly everything turned dark. I woke up and realized I had been dreaming.

The next day I told my parents about my nightmare and they quickly reassured me. It had been a dream, a bad dream! As soon as we walked down the stairs, we started hearing a weird banging coming from the kitchen. We entered the room to find it completely empty. I could see the frightful look in my parents’ eyes. The door closed right behind us. A cold shiver ran down our spines and we started hearing a threatening voice. My uncle’s voice. He screamed for justice and said “It was all your parents’ fault! If you want to survive your fate, run now and don’t try to save them!” I ran for my life and I didn’t look back. Now I just wish I knew what happened to my parents!

DUARTE SOUSA, 10 2B JOÃO FERREIRA, 10 2B MARGARIDA NETO, 10 2B MARCO SILVA, 10 2B

Duarte, João, Margarida, Marco, 10 2B

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GRUPO DISCIPLINAR DE INGLÊS

HALLOWEEN

A

o contrário do que muitos pensam, o Halloween tem origens celtas e não americanas. Os celtas adoravam a natureza e celebravam o fim do verão e da época das colheitas com uma festa, a que davam o nome de “Samhain”, que durava três dias e se iniciava a 31 de outubro. Esse dia assinalava igualmente o início do inverno, marcado pela escuridão e pelo frio. Os druidas ofereciam, então, uma tocha a cada família para que acendessem fogueiras em suas casas e assim espantassem, numa época de frio e de sombras, os espíritos malignos. As professoras de inglês da ESAB decidiram, desta forma, recordar esta tradição e festejar o Halloween na escola, oferecendo, em vez de tochas, doces e sorrisos.

CLARA REI

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NA ESCOLA


DEE FILOSOFIA GRUPO DISCIPLINAR DE PORTUGUÊS, FRANCÊS ESPANHOL

MUERTOS EL DIA DE LOS

MUERTOS

O grupo de Espanhol voltou a pôr mãos à obra, desta feita, para celebrar “El Día de los Muertos”, uma tradição mexicana considerada, pela UNESCO, “Obra Maestra del Patrimonio Oral e Intangible de la Humanidad”. Assim, foi recriado um “altar de muertos mexicano”, no átrio da escola, onde foram, também, expostas as caveiras pintadas e decoradas, pelos alunos de espanhol do 10º ano. Nesta tarefa, as docentes da disciplina puderam contar, ainda, com os alunos de Espanhol do 11º1G, que, empenhadamente, auxiliaram na montagem da exposição. Em sala de aula, foi, ainda, projetada e analisada uma curta-metragem sobre esta tão peculiar tradição mexicana, de homenagem aos mortos, na qual predominam as cores, a alegria e a música. ¡Y viva la fiesta, y viva el buen humor, y viva México!

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GRUPO DISCIPLINAR DE PORTUGUÊS, FRANCÊS E ESPANHOL

EL DIA DE LA

HISPANIDAD

E

ntre os dias 12 e 17 de outubro, celebrou-se, na nossa escola, “El Día de la Hispanidad”, uma efeméride espanhola que comemora a chegada de Cristóvão Colombo à América, a 12 de outubro de 1492. Estiveram expostos, na biblioteca, vários materiais e objetos alusivos a esta festividade. Os alunos de Espanhol do 10º ano visitaram este espaço, com as respetivas professoras da disciplina, a fim de preencherem um questionário sobre o material exposto. Foram, ainda, realizadas outras atividades, em sala de aula, tais como a visualização de vídeos e a audição de canções. Também os professores tiveram direito a um “cheirinho” da cultura de “nuestros hermanos” e dos países hispânicos, na sala de professores, onde estiveram expostos objetos variados e onde foi oferecido um lanche com iguarias exclusivamente hispânicas. Disseram os que por lá passaram que estava “todo muy rico”!!! Resta saber se para o ano há mais! O grupo de espanhol,

ISABEL GAMEIRO SUSANA CARVALHO

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DE

convívio professores na lapa dos esteios julho 2018

P

ara finalizar o ano letivo passado em tom de convívio e festa, alguns professores do Grupo Disciplinar de Português, Francês e Espanhol escolheram o jardim da Quinta da Lapa para o fazerem. Este é um jardim com muita sombra, mesas e bancos decorados com azulejos, a tocar nas águas do Mondego, onde podemos encontrar igualmente estátuas alegóricas, fontes de poetas, pássaros cantores e poesias em lápides. Situado na margem esquerda do rio Mondego, mesmo em frente do Polo II da Universidade de Coimbra, foi local de encontros e tertúlias de grandes nomes da Cultura Portuguesa, como António Feliciano de Castilho e D. Pedro II de Portugal e I do Brasil. A partir da coleção de poemas inscritos nessas lápides, presas nos muros e paredes da Lapa dos Esteios, os professores realizaram uma pequena atividade de escrita criativa, de que resultaram curiosas glosas, ainda por publicar. Foram inventadas em franca alegria e convivialidade. O convívio terminou com uma saudável e alegre merenda. Este local encontra-se aberto ao público, mediante pedido prévio ao seu proprietário atual - a Brigada Fiscal da GNR.

ilda rodrigues

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EDUCAÇÃO ESPECIAL

16 de outubro Assinalou-se o Dia Mundial da Alimentação com uma atividade organizada pelos alunos de Medidas Adicionais e supervisionada pelas docentes de Educação Especial. Partindo da metodologia de projeto, foram trabalhadas questões como a higiene e segurança no trabalho, atividades da vida diária e aprendizagens para a vida. Nesse dia, depois de equipados a “rigor” para toda a azáfama na cozinha de preparar as espetadinhas de fruta e os shots de romã, foi o momento de incluir toda a Comunidade Educativa nesta atividade. Grande foi o entusiasmo dos alunos da Escola, que provaram as saudáveis e deliciosas frutas e participaram completando a pirâmide alimentar. Em conjunto, relembraram-se, ponderaram-se e partilharam-se as características de alimentos, sensibilizando para a importância de uma alimentação saudável e equilibrada e a sua influência na qualidade de vida das pessoas. No final, ficou registada, na pirâmide, a diversidade alimentar e, na base, a importância da água e do exercício físico para a vida. Além de ser um tema forte e importante para promover uma boa educação alimentar, também é sempre bom lembrar a alimentação no que diz respeito à disparidade que existe a nível mundial. Apesar do grande avanço científico e tecnológico, a civilização moderna não superou o drama da fome. Muitos seres humanos estão impedidos de ter uma alimentação diária minimamente satisfatória, ficando condenados a uma crónica subnutrição. Outros há, que morrem, não pela falta, mas pelos excessos …

Docentes de Educação Especial

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AUTONOMIA E FLEXIBILIDADE CURRICULAR

população e

consumo Palestra proferida pelos Professores Mário Frota e Paulo Nossa

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o dia 9 de novembro, as turmas do 10º 3A e 10º 3B, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, assistiram a uma palestra e debateram assuntos relacionados com os conteúdos das disciplinas de Geografia A e Economia A. O Professor Paulo Nossa apresentou uma caracterização da situação demográfica atual em Portugal e as implicações económicas e sociais do envelhecimento demográfico. O Professor Mário Frota estabeleceu uma comparação entre o consumo e o consumidor na atualidade e em meados do século passado, evidenciando os riscos que corremos enquanto consumidores. Os alunos demonstraram interesse e, no final, colocaram algumas questões que foram respondidas pelos convidados.

CRISTINA CASTELA NOLASCO VICTÓRIA NETO

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EDUCAR PARA A CIDADANIA COM A BIBLIOTECA ESCOLAR

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o âmbito da Educação para a Cidadania e Desenvolvimento, promoveram-se atividades de articulação entre a Biblioteca escolar e a professora Telma Martinho, coordenadora dos projetos das turmas 10.º PM, 10.º PMA2 e 10.º PSI2. No dia 5 de novembro, realizou-se uma sessão das “Consumer.TALKS – ABC da Poupança”, dinamizada pela DECO. A turma 10.º PSI2, que desenvolve o subtema “Educação para o Consumo Sustentável”, convidou a turma 10.º PMA2 para participar nesta atividade. “É desde cedo que se deve criar o hábito de poupar! Por isso mesmo, devemos começar em idade escolar a incentivar as crianças e jovens para a necessidade de desenvolver competências de literacia financeira, que os orientarão no futuro e que lhes permitirão compreender e participar na gestão do orçamento das suas famílias. Os consumidores do futuro irão refletir sobre o consumo e as consequências das suas escolhas e decisões, bem como a importância da poupança para a concretização de objetivos e sonhos!” (DECO)

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No dia 13 de novembro, a turma 10.º PM, que desenvolve o subtema “Violência Doméstica”, convidou a turma 10.º PMA2 para participar numa ação de sensibilização dinamizada por agentes da Equipa Escola Segura e subordinada ao tema “No namoro não há guerra”. O Programa Escola Segura é uma iniciativa conjunta do Ministério da Administração Interna e do Ministério da Educação. No âmbito desta iniciativa, são efetuadas ações de sensibilização e de formação junto da comunidade escolar numa perspetiva de prevenção de comportamentos de risco e de adoção de procedimentos de autoproteção.

FERNANDA MADEIRA


BIBLIOTECA

VOS MUROS ENECO SILÊNCIO ER

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uas situações relacionadas com a temática da inclusão e o desejo de ajudar a ultrapassar as “barreiras” que muitos alunos ouvintes enfrentam quando são solicitados a redigir textos que constam do domínio da Escrita nos Programas de Português do Ensino Secundário levaram à ideia de um projeto do género “três em um”, a que atribuímos o título “Vencer os muros e o silêncio”. Tendo concorrido, no ano letivo anterior, à Candidatura Ideias com Mérito, promovida pela Rede de Bibliotecas Escolares, obteve aprovação e financiamento para a sua implementação nos anos letivos de 2018-2019 e 2019-2020. As situações problemáticas diagnosticadas, no âmbito da inclusão, são: a ausência de materiais bilingues no acervo da Biblioteca Escolar para apoio ao currículo dos alunos surdos; o facto de a iliteracia agravar as dificuldades de reintegração social dos reclusos do Estabelecimento Prisional de Coimbra, instituição com a qual esta escola estabeleceu uma parceria. Este é um projeto com três vertentes, três caminhos cujo ponto de interseção é a Biblioteca Escolar e que têm a leitura como elemento comum nos objetivos e nas estratégias. Na Biblioteca da Escola, os alunos leitores contribuirão, com apreciações críticas de obras lidas, para a criação de um dossier temático intitulado “A opinião dos leitores”. Ao elaborarem esses textos de apreciação crítica, tipologia textual que consta dos Programas de Português do Ensino Secundário, desenvolverão competências no domínio da Escrita. Esses textos orientarão outros utilizadores da BE, aquando das suas escolhas. Cópias dessas apreciações críticas acompanharão as obras a que reportam quando esse material livro for levado ao Estabelecimento Prisional de Coimbra para empréstimo aos reclusos. Outras atividades de incentivo à

leitura e de desenvolvimento de competências a ela associadas se desenvolverão no âmbito da parceria com o EPC: sessões de leituras partilhadas; exposições sobre autores; oficinas de escrita; workshops de artes plásticas em associação com textos literários lidos; oficinas de expressão dramática e artes performativas. Aos alunos ouvintes será também solicitada a colaboração na criação de materiais bilingues para que a Biblioteca escolar passe a dispor de recursos para alunos surdos: gravações em vídeo, com imagens de intérpretes de Língua Gestual procedendo à tradução e interpretação de poemas e de contos constantes dos programas de Português do Ensino Secundário dos alunos surdos, assim como de conteúdos de outras disciplinas que se venham a associar a estas atividades; esses textos serão lidos por alunos ouvintes, em voz off. A coordenação geral do projeto e, mais especificamente, das atividades de desenvolvimento das competências no domínio da Escrita estarão a cargo da professora bibliotecária. A coordenação das ações a realizar em parceria com o Estabelecimento Prisional de Coimbra compete à professora Isabel Monteiro. O professor José Vieira coordenará as atividades que conduzirão à produção de materiais bilingues. Encontramo-nos na fase inicial de operacionalização deste projeto. Está prevista a participação de diferentes turmas e de professores de diversos grupos disciplinares, aos quais desde já agradecemos a disponibilidade manifestada.

FERNANDA MADEIRA

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BIBLIOTECA

BIBLIOTERAPIA COMO APRENDER COM OS LIVROS A LIDAR COM OS SENTIMENTOS

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Nos dias 15 e 16 de novembro, realizaram-se na Biblioteca escolar duas sessões de Biblioterapia destinadas a alunos, nas quais

participaram as turmas 10.º 1A, 10.º 2A e 11.º PALDM. Esta iniciativa resultou da colaboração da Dra. Ana Baptista, responsável pelo projeto “Melhorar Competências”, uma das propostas premiadas pelo Orçamento Participativo da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, com a Biblioteca escolar da Escola Secundária Avelar Brotero. Os técnicos responsáveis pela dinamização da atividade foram Sandra Corga Figueiredo, autora e editora da Inquietu´s, e Pedro Monteiro, fisioterapeuta na WorkBreak. No texto do projeto “Melhorar Competências” pode ler-se que “A ideia da biblioterapia é que os livros/leitura têm sempre uma forma de nos ajudar, um trecho de uma obra vai sempre dar uma perspetiva diferente e ajudar a ver outra perspetiva de um mesmo problema/situação. Conciliando o conhecimento em duas vertentes distintas com o mesmo objetivo de bem-estar, a proposta apresentada tem como objetivo melhorar a vida dos participantes dando-lhes ferramentas distintas: técnicas de postura, massagem e relaxamento, dicas para melhorar o bem-estar físico; o poder terapêutico da leitura, a forma como os livros podem ajudar a lidar com as diversas situações da vida e do dia a dia .” As sessões iniciaram-se com exercícios de relaxamento, informações sobre a postura correta e advertências sobre a forma como uma postura incorreta, principalmente durante a leitura, pode afetar o bem-estar geral.

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Já num ambiente de descontração e relaxamento, passou-se à análise das características, da simbologia e das tomadas de decisão das personagens de livros lidos. A personagem tornou-se o outro “ser humano”, a “vida” para a qual pudemos espreitar. A obra tornou-se “o mapa com o qual pudemos concordar, discordar, acarinhar, compreender”. Em suma, aprender.

FERNANDA MADEIRA


OS HOMENS NUNCA SABERÃO NADA DISTO

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de Patrícia Ribeiro

os dias 6 e 7 de novembro, realizaram-se na biblioteca da escola três sessões de apresentação do livro Os Homens Nunca Saberão Nada Disto de Patrícia Ribeiro, nas quais participaram alunos das turmas 10.º 1D, 10.º 1E, 10.º 2B, 10.º PDM, 10.º PM, 11.º PDM, 11.º PM1, 11.º PM2 e 12.º 1F. A jovem escritora apresentou um projeto inovador com uma forte componente visual. À escrita e à imagem, associou também a música. Ao longo dos diversos capítulos do romance, pormenores gráficos e símbolos visuais contribuem para a compreensão do enredo. Notas laterais convidam-nos a usufruir das músicas do CD que integra o projeto, algumas delas originais, constituindo-se assim como uma banda sonora que nos acompanha no percurso da leitura. O livro de extras (romance gráfico) inclui dois tipos de conteúdos: recriação de elementos que são reais no universo da história e várias interpretações das onze personagens constantes, feitas por diferentes ilustradores. No total, trabalharam neste projeto vinte e três ilustradores, alguns portugueses e outros de diferentes nacionalidades. Há a destacar o facto de dois desses ilustradores terem sido alunos desta escola. Durante a apresentação, a escritora transmitiu algumas informações sobre o processo criativo desses colaboradores, mostrando como os vários materiais utilizados e as diferentes abordagens levaram à criação de interpretações muito diversificadas da mesma personagem.

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BROTERO

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A PROGRAMAR

o âmbito da Semana Europeia da Programação (https://codeweek.eu/), um grupo de alunos do clube PRODE, com o apoio dos professores, organi-

zaram um workshop introdutório seguido de miniconcurso de programação sob o nome “Brotero a Programar”. Esta iniciativa, concretizada no dia 17 de outubro, contou com a presença de alunos da Brotero, do 10º ao 12º ano, e, ainda, alguns alunos de outras escolas que procuraram participar, motivados pelo interesse em aprender mais sobre programação de computadores. De salientar os dois elementos mais novos em prova, com 8 e 11 anos de idade, que obtiveram resultados de destaque (2 e 4 problemas resolvidos, respetivamente, a par com os participantes mais velhos), mesmo se a tónica principal do evento não era competitiva. A partir dos testemunhos recolhidos, o balanço foi amplamente positivo, tendo este evento constituído uma fonte de aprendizagem para todos, em especial para os quatro alunos organizadores, do clube PRODE, que, para além do interesse pela programação, demonstraram elevada responsabilidade, espírito de grupo e complementaridade nas tarefas realizadas, tendo abraçado com entusiasmo mais este desafio.

Organização (alunos), Joaquim Milheiro, 11º1F José Lopes, 12º1F Samuel Carinhas, 12º1F Vítor Simões, 12º1F Organização (professores), Clara Marto João Sá

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JOÃO SÁ


PROJETOS

robot

bombeiro

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CONCURSO DE ROBÓTICA

ma equipa do clube PRODE da nossa escola, constituída pelos alunos Samuel Carinhas, José Lopes, Vítor Simões, Marco Cortesão e António Gonçalves,

conquistou o 1º lugar nas duas provas em que participou, na última edição do concurso “Robô Bombeiro”, que ocorreu na cidade da Guarda, nas secções Prova Júnior e Melhor Apresentação Técnica - Formato Cartaz de Conferência. Relativamente a esta última secção, é de referir a particularidade de a nossa equipa ter concorrido, lado a lado, com as equipas de nível sénior. A equipa da ESAB contou com um robô totalmente novo, projetado e desenvolvido exclusivamente para o efeito.

CLARA MARTO JOÃO SÁ

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