Rotinas da Unidade Coronariana e Emergência Cardiológica da Casa de Saúde São José

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Rotinas da Unidade Coronariana e Emergência Cardiológica da Casa de Saúde São José

Todo atendimento de paciente crítico com parada respiratória ou cardiorrespiratória depende da “cadeia de sobrevivência”.4 Os elos fundamentais desta cadeia são: Vigilância e prevenção. Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência. Reanimação imediata de alta qualidade. Rápida desfibrilação. Suporte avançado de vida e cuidados pós-PCR. O sucesso na sobrevivência depende de cada uma das etapas. Como a realização de compressões torácicas e a desfibrilação precoce têm sua eficácia comprovada na reanimação e na recuperação dos pacientes, é claro que, por exemplo, a vigilância e a prevenção de eventos adversos impedindo a ocorrência da PCR e os cuidados com adequada estabilização hemodinâmica e estratificação coronariana após o retorno da circulação espontânea (RCE) são pontos essenciais na assistência.

Vigilância e prevenção/reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência Com foco na praticidade e na didática, agregamos aqui os dois primeiros elos da cadeia. Uma vez identificado paciente em PCR ou com padrão respiratório de gasping, deve ser rapidamente acionado o serviço médico de emergência. Toda a equipe e mesmo os profissionais não relacionados com a saúde (faxina, hotelaria etc.) devem ter treinamento para identificação rápida de situações de risco. Com relação aos profissionais de saúde, uma vez identificado paciente inconsciente ou em gasping, deve-se proceder à checagem de responsividade do indivíduo. Deve-se chamar o nome do paciente em voz alta,

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tocando seus ombros. Em caso de ausência de resposta, devemos ativar o serviço médico de emergência. Uma vez identificada a PCR, ou parada respiratória, e acionada a equipe, deve-se proceder à checagem do pulso e da ventilação simultaneamente por não mais de 10s. Caso não haja pulso ou ventilação, convém proceder ao início imediato das compressões torácicas de alta qualidade.

Reanimação cardiopulmonar de alta qualidade Quando nos referimos a uma RCP de alta qualidade, estamos focando essencialmente em alguns pontos fundamentais: Início imediato das compressões antes de começar a ventilação. Comprimir o tórax com frequência (100 a 120min) e profundidade (5 a 6cm) adequadas – “comprimir rápido, comprimir forte” – com troca obrigatória de quem está fazendo a massagem a cada 5 ciclos ou 2min. Permitir o retorno total do tórax após cada compressão. Minimizar interrupções nas compressões. Evitar ventilação excessiva, mantendo uma relação de 30 compressões para 2 ventilações enquanto não houver via aérea definitiva e 1 ventilação a cada 6s após instalar via aérea definitiva, quando, também, as compressões e as ventilações serão assincrônicas, ou seja, independentes.

Rápida desfibrilação O ritmo mais frequente na PCR extra-hospitalar é a fibrilação ventricular (FV), cujo tratamento consiste na desfibrilação elétrica. Neste contexto, quanto mais precoce, maiores as chances de reversão com retorno da circulação espontânea.

C o p y r i g h t ©2 0 1 7E d i t o r aR u b i oL t d a . Al me i d aJ r . R o t i n a sd aUn i d a d eC o r o n a r i a n aeE me r g ê n c i aC a r d i o l ó g i c ad aC a s ad eS a ú d eS ã oJ o s é . Al g u ma sp á g i n a s , n ã os e q u e n c i a i s , ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .

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