Alimentos Funcionais – Componentes Bioativos e Efeitos Fisiológicos – 3ª edição

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Organizadoras

Neuza Maria Brunoro Costa

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Titular do Departamento de Farmácia e Nutrição da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Pós-doutora em Biodisponibilidade de Minerais pelas Universidades: Purdue (PU), Colorado (CSU) e Illinois Urbana-Champaign (Uiuc), EUA.

PhD em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela University of Reading (UoR), Inglaterra.

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFV.

Carla de Oliveira Barbosa Rosa

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Associada do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV.

Pós-doutora em Bioquímica e Imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Doutora em Bioquímica Agrícola pela UFV.

Mestre em Ciência e Tecnologia dos Alimentos pela UFV.

Alimentos Funcionais – Componentes Bioativos e Efeitos Fisiológicos, 3a edição

Copyright © 2025 Editora Rubio Ltda.

ISBN 978-65-88340-91-2

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora.

Produção

Equipe Rubio

Diagramação Paulo Teixeira

Capa Bruno Sales

Imagem de capa ©iStock.com/pidjoe

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ)

A41

3. ed.

Alimentos funcionais: compostos bioativos e efeitos fisiológicos/organização Neuza Maria Brunoro Costa, Carla de Oliveira Barbosa Rosa. – 3. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2025. 576 p.: il.; 24cm.

Inclui bibliografia e índice

ISBN 978-65-88340-91-2

1. Alimentos funcionais. 2. Nutrição – Aspectos fisiológicos. 3. Compostos bioativos. I. Costa, Neuza Maria Brunoro. II. Rosa, Carla de Oliveira Barbosa.

CDD: 613.28 25-97415.1

CDU: 613.2

Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária - CRB-7/6439

Editora Rubio Ltda.

Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l. 204 – Castelo

20021-120 – Rio de Janeiro – RJ

Tel: 55(21) 2262-3779

E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br

Impresso no Brasil

Printed in Brazil

Bianca Ferreira de Santana

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Mestranda em Ciência da Nutrição na UFV.

Biane Oliveira Philadelpho

Graduada em Farmácia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Doutoranda em Ciência de Alimentos na UFBA, com Período Sanduíche na University of Illinois, EUA.

Mestre pelo Programa de Pós-graduação de Ciência de Alimentos da UFBA.

Carlos Wanderlei Piler de Carvalho

Graduado em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa – Agroindústria de Alimentos), RJ.

Pós-doutor em Ciência dos Alimentos e Biopolímeros pelo Eastern Regional Research Center (ERRC), EUA.

Doutor em Ciência dos Alimentos pela University of Nottingham (UoN), Inglaterra.

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Caroline Woelffel Silva

Graduada em Nutrição pela Universidade de Vila Velha (UVV), ES.

Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos na Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, com Doutorado Sanduíche na Cornell University, EUA.

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Carolynne Martins Teixeira

Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (Unipac), MG.

Doutoranda em Ciência da Nutrição na Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Ceres Mattos Della Lucia

Nutricionista pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Mestre e Doutora em Ciência da Nutrição pela UFV.

Pós-doutorado no Department of Nutrition and Integrative Physiology, University of Utah, EUA. Docente do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV.

Christiane Ishikawa Ramos

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Especialista em Nutrição Aplicada às Doenças Renais pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Doutora em Nutrição pela Unifesp.

Mestre em Ciências pela Unifesp.

Cíntia Tomaz Sant’Ana

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Pós-doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos na Ufes, campus Alegre.

Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, com Doutorado Sanduiche na Purdue University (PU), EUA.

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Ufes, campus Alegre.

Dandara Baia Bonifácio

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Doutoranda em Ciência da Nutrição na UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Daniela Mayumi Usuda Prado Rocha

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Bacharel em Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Doutora em Ciência da Nutrição pela UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Darlene Larissa de Souza Vilela

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Doutoranda em Ciência da Nutrição na UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Dennys Esper Cintra

Graduado em Nutrição pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal), MG.

Doutoranda em Ciência da Nutrição na UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Isabella Mendes

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Mestranda em Ciência da Nutrição na UFV.

José Luiz Marques Rocha

Graduado em Nutrição pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), MG.

Professor Adjunto do Curso de Nutrição do Departamento de Educação Integrada em Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Pós-doutor em Nutrição e Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Doutor em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, com Doutorado Sanduíche no Departamento de Ciencias de la Alimentación y Fisiología da Universidad de Navarra (UNAV), Espanha.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Josefina Bressan

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Titular do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV.

Professora Visitante na Universidad de Navarra (UNAV), Espanha.

Pós-doutora em Fisiologia e Nutrição pela Louisiana State University (LSU), EUA, e pela UNAV.

Doutora em Fisiología y Nutrición pela UNAV.

Mestre em Microbiologia Agrícola pela UFV.

Kelly Aparecida Dias

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Doutoranda em Ciência da Nutrição na UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Laila Santos de Andrade

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Baixada Santista.

Doutora em Nutrição pela Unifesp.

Mestre em Nutrição pela Unifesp.

Especialista em Nutrição Aplicada às Doenças Renais pela Unifesp.

Laíz Aparecida Azevedo Silva

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Professora Adjunta do Curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), campus Macaé.

Doutora em Neuroimunologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), RJ

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Ufes, campus Alegre.

Layla Fagundes de Souza

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Mestranda em Ciência da Nutrição na UFV.

Lilian Cuppari

Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário

São Camilo (CUSC), SP.

Professora Afiliada da Disciplina de Nefrologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Supervisora de Nutrição da Fundação Oswaldo Ramos, Hospital do Rim, SP.

Doutora em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Nutrição da Unifesp.

Mestre em Nutrição pela Unifesp.

Lívya Alves Oliveira

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Doutoranda em Ciência da Nutrição na UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Luiza Carla Vidigal Castro

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Associada do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV.

Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Madalena Geralda Cupertino Ribeiro

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Mestranda em Ciência da Nutrição na UFV.

Manuella Domiciano do Nascimento

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Ufes, campus Alegre.

Marcella Duarte Villas Mishima

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), MG.

Pós-doutoranda em Ciência da Nutrição na Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Doutora em Ciência da Nutrição pela UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Marcella Ramos Sant’Ana

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Doutora em Ciências da Nutrição e do Esporte e Metabolismo pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), SP.

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Ufes, campus Alegre.

Márcia Regina Pereira Monteiro

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Associada do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFV.

Mestre em Agroquímica pela UFV.

Maria das Graças Vaz Tostes

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), MG.

Professora Adjunta do Departamento de Farmácia e Nutrição da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Doutora em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, com Doutorado Sanduíche na University of Illinois Urbana-Champaign (UIUC), EUA.

Mestre em Ciências Biológicas pela Ufop.

Maria do Carmo Gouveia Peluzio

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Aposentada do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV.

Professora Voluntária do Programa de Pós-graduação em Ciência da Nutrição da UFV.

Pós-doutora em Fisiologia e Nutrição pela Universidad de Navarra (UNAV), Espanha.

Doutora em Bioquímica e Imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Mestre em Agroquímica pela UFV.

Mariana de Fátima Albuquerque Pereira

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), MG.

Doutora em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Mestre em Saúde e Nutrição pela Ufop.

Mariana de Moura e Dias

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Doutora em Ciência da Nutrição pela UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Mariana Grancieri

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Professora do Curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo, ES.

Professora Substituta no Departamento de Farmácia e Nutrição da Ufes, campus Alegre.

Pós-doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Ufes, campus Alegre, e em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Doutora em Ciência da Nutrição pela UFV, com Doutorado Sanduíche na University of Illinois Urbana-Champaign (UIUC), EUA.

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Ufes, campus Alegre.

Marina Guedes Fraga Lopes

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Doutoranda em Saúde na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), MG.

Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), MG.

Mário Flávio Cardoso de Lima

Graduado em Nutrição pela Universidade Federal da Goiás (UFG).

Doutor em Saúde pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), MG.

Mestre em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Mirelle Lomar Viana

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Adjunta do Departamento de Farmácia e Nutrição da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Doutora em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Natália Alves de Souza Meneguelli

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Ufes, campus Alegre.

Natália da Silva Bomfim

Graduada em Nutrição pela Instituição Paulista de Ensino e Cultura (Faculdades Esefap), SP.

Doutoranda em Ciência da Nutrição na Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade

Estadual de Maringá (UEM), PR.

Natália Elizabeth Galdino Alves

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), MG.

Doutora em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, com Doutorado Sanduíche na University of Illionois Urbana-Champaing (UIUC), EUA.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Patrícia Nayara Estevam

Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário de Caratinga (Unec), MG.

Mestranda em Ciência da Nutrição na Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Pollyanna Ibrahim Silva

Graduada em Engenharia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Associada do Departamento de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFV.

Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFV.

Regiane Lopes de Sales

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Associada da UFV, campus Rio Paranaíba.

Pós-doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFV.

Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Rita de Cássia Gonçalves Alfenas

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Professora Aposentada do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV.

PhD em Nutrição pela Purdue University (PU), EUA. Mestre em Microbiologia Agrícola pela UFV.

Stephanie Michelin Santana Pereira

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Doutoranda em Ciência da Nutrição na UFV.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Susilane Pereira Araújo

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), MG.

Doutoranda em Ciência da Nutrição na Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Mestre em Ciência da Nutrição pela UFV.

Thaísa Agrizzi Verediano

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), campus Alegre.

Analista do Executivo em Nutrição no Governo do Estado do Espírito Santo.

Doutora em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG, com Doutorado Sanduíche na Cornell University, EUA.

Dedicatória

À nossa família, pelo carinho e apoio incondicional, e aos nossos alunos, razão da busca de novos desafios.

Agradecimentos

Aos colegas, parceiros na concretização desta obra, nosso muito obrigado!

Estamos na 3a edição do livro Alimentos Funcionais: Compostos Bioativos e Efeitos Fisiológicos. A 2a edição, publicada em 2016, necessitou de atualizações e ampliações, dado o interesse e a importância do tema na formação e na atuação profissional do nutricionista e outros profissionais da área de Alimentos e da Saúde quanto às propriedades funcionais dos alimentos. Mais uma vez, nossa expectativa foi superada, o que nos motivou a organizar esta nova edição.

A necessidade de atualizar e ampliar o conteúdo desta obra retrata a importância que vem sendo dada a essa área de estudos dos alimentos e sua interação com a saúde. Os alimentos funcionais continuam sendo tema de eventos científicos de âmbitos nacional e internacional nas áreas de Nutrição, Alimentos e Saúde. Os cursos de graduação e de pós-graduação em Nutrição, Ciência dos Alimentos, Farmácia e Bioquímica, entre outros, têm incluído em seus programas e projetos pedagógicos matéria sobre alimentos funcionais. A mídia tem dado destaque ao tema, o público em geral vem demonstrando grande interesse e busca conhecimentos sobre as propriedades benéficas dos alimentos para a saúde, e a indústria de alimentos tem lançado produtos para atender à demanda. No entanto, nesse clima de mercado aquecido, oportunistas têm disponibilizado produtos sob propaganda enganosa, o que pode gerar aplicações indevidas dos alimentos e compostos bioativos. Isso aumenta ainda mais a responsabilidade do profissional

de Nutrição e Saúde e a necessidade de conhecimentos científicos atualizados.

Não poderíamos alcançar esse propósito de manter o conteúdo deste livro atualizado e alinhado com a qualidade científica sem a parceria dos renomados autores e coautores que traduziram nos capítulos sua própria experiência e a literatura correlata em forma sintética e, ao mesmo tempo, aprofundada e atualizada sobre os efeitos dos alimentos funcionais.

A diversidade de compostos bioativos nos alimentos e a ampla aplicação terapêutica desses compostos são um grande desafio na abordagem dos alimentos funcionais. Os diversos aspectos relacionados com esses alimentos não poderiam ser esgotados nesta publicação, mas por certo o leitor encontrará informações úteis e cientificamente referendadas nos capítulos que tratam, na Parte I, dos efeitos fisiológicos de compostos bioativos, como fibras alimentares, vitaminas, minerais, probióticos e prebióticos, flavonoides, pigmentos naturais, ácidos graxos e proteínas e peptídios bioativos. Na Parte II, são abordados os alimentos com propriedades funcionais: soja, feijão, yacon, kefir, kombucha, milheto e sorgo, chia, linhaça, aveia, azeite de oliva, castanhas e oleaginosas, banana-verde, café verde e berries brasileiras. A Parte III versa sobre as implicações dos alimentos funcionais na redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, câncer, dislipidemias, diabetes melito, síndrome metabólica, hipertensão

arterial, doença renal crônica, doenças intestinais, osteoporose e alterações do sistema imunológico.

Esperamos que os assuntos aqui abordados despertem o interesse pelo saber, contribuindo, assim, para a atualização dos conhecimentos

dos profissionais e demais interessados em Saúde e Nutrição. Desejamos ao leitor uma boa e proveitosa leitura e que possa ser revertida em melhora da qualidade de vida da população.

As Organizadoras

Bem-vindo à 3a edição de Alimentos Funcionais: Componentes Bioativos e Efeitos Fisiológicos, um guia abrangente sobre alimentos com propriedades funcionais e seus efeitos benéficos à saúde.

O conceito de alimentos funcionais remonta a civilizações antigas que usavam alimentos específicos em razão de suas propriedades medicinais, como o alho e o chá verde, conhecidos por suas propriedades antioxidantes. A pesquisa moderna mostra que os compostos bioativos presentes nos alimentos desempenham um papel crucial na redução do risco de doenças.

A integração de alimentos funcionais e compostos bioativos na dieta é uma abordagem promissora para melhorar a saúde. Conhecimento, pesquisa e educação sobre esses tópicos são essenciais para difundir seus benefícios e promover uma saúde ótima.

Esta obra, organizada por Neuza Maria Brunoro Costa e Carla de Oliveira Barbosa Rosa, explora a ciência por trás dos alimentos que consumimos diariamente e suas influências na saúde e no bem-estar. Ambas as organizadoras têm carreiras de prestígio, marcadas por importantes contribuições para a compreensão dos alimentos

funcionais na saúde humana. Este livro reflete a dedicação de ambas à educação e à pesquisa científica, combinada com vasta experiência acadêmica.

Assim, esta nova edição serve como uma fonte de conhecimento e inspiração, estimulando a adoção de práticas alimentares que promovam saúde e bem-estar.

Boa leitura!

Jacqueline Isaura Alvarez Leite Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG.

Pós-doutora em Nutrologia na Harvard Medical School (HMS), Massachusetts General Hospital (MGH), EUA, na Vaccine Research Center (VRC) do National Institute of Health, NIH, EUA e na UFMG.

Doutora em Bioquímica e Imunologia pela UFMG, com Doutorado Sanduíche no Institut National de la Recherche Agronomique – Unité dÉcologie et Physiologie du Système Digestif (Inra), França.

Especialista em Nutrição pela Universidade de São Paulo (USP).

PARTE I Compostos Bioativos com Propriedades Funcionais, 1

1 Alimentos Funcionais: Definições e Legislação, 3

Carla de Oliveira Barbosa Rosa • Neuza Maria Brunoro Costa

2 Vitaminas e Carotenoides, 11

Bárbara Pereira da Silva • Susilane Pereira Araújo •

Ceres Mattos Della Lucia

3 Minerais, 24

Marcella Duarte Villas Mishima • Andressa de Assis •

Vinícius Parzanini Brilhante de São José • Hércia Stampini Duarte Martino

4 Ácidos Graxos, 45

Marcella Ramos Sant’Ana • Mariana Grancieri • Laíz Aparecida

Azevedo Silva • Dennys Esper Cintra • André Gustavo

Vasconcelos Costa

5 Fibra Alimentar e Amido Resistente, 66

Andressa de Assis • Andressa Alvarenga Silva • Carla de Oliveira

Barbosa Rosa • Bárbara Pereira da Silva • Neuza Maria Brunoro

Costa • Hércia Stampini Duarte Martino

6 Flavonoides, 83

Glenda Carvalho Xavier Ladeira • Layla Fagundes de Souza •

Luiza Carla Vidigal Castro • Márcia Regina Pereira Monteiro • Carla de Oliveira Barbosa Rosa

7 Prebiótico, Probiótico, Simbiótico e Posbiótico, 102

Cíntia Tomaz Sant’Ana • Mariana Grancieri • Maria das Graças Vaz Tostes • Mirelle Lomar Viana • Ana Paula Boroni Moreira

8 Pigmentos Naturais, 112

Lívya Alves Oliveira • Kelly Aparecida Dias • Stephanie Michelin

Santana Pereira • Susilane Pereira Araújo • Bárbara Pereira

da Silva • Ceres Mattos Della Lucia

9 Proteínas, Peptídios Bioativos e Aminoácidos, 130

Mariana Grancieri • Cíntia Tomaz Sant’Ana • Biane Oliveira Philadelpho

PARTE II Alimentos com Propriedades Funcionais, 143

10 Kombucha, 145

Gabriela Macedo Fraiz • Dandara Baia Bonifácio • Frederico

Augusto Ribeiro Barros • Josefina Bressan

11 Kefir, 155

Iasmim Xisto Campos • Mariana de Fátima Albuquerque Pereira • Maria do Carmo Gouveia Peluzio

12 Feijão, 166

Cíntia Tomaz Sant’Ana • Mariana Grancieri • Desirrê Moraes Dias •

Natália Elizabeth Galdino Alves • Neuza Maria Brunoro Costa

13 Soja, 185

Darlene Larissa de Souza Vilela • Patrícia Nayara Estevam • Carla de Oliveira Barbosa Rosa • Bárbara Pereira da Silva • Hércia Stampini Duarte Martino

14 Aveia, 206

Francielle Barbosa Pena • Patrícia Nayara Estevam• Thauana

Lorena Silva Magalhães • Bárbara Pereira da Silva • Hércia

Stampini Duarte Martino • Carla de Oliveira Barbosa Rosa

15 Chia, 223

Gilmara Alves Zanirate • Valéria Silva de Lana • Marcella Duarte

Villas Mishima • Carla de Oliveira Barbosa Rosa • Hércia Stampini

Duarte Martino • Bárbara Pereira da Silva

16 Linhaça, 235

Regiane Lopes de Sales • Neuza Maria Brunoro Costa

17 Milheto e Sorgo, 250

Thauana Lorena Silva Magalhães • Francielle Barbosa Pena • Hércia Stampini Duarte Martino • Bárbara Pereira da Silva •

Carla de Oliveira Barbosa Rosa • Frederico Augusto Ribeiro de Barros • Carlos Wanderlei Piler de Carvalho • Valéria Aparecida

Vieira Queiroz

18 Castanhas e Oleaginosas, 275

Madalena Geralda Cupertino Ribeiro • Aline Lage Wendling •

Ana Claudia Pelissari Kravchychyn • Helen Hermana Miranda Hermsdorff

19 Yacon, 288

Mariana Grancieri • Cíntia Tomaz Sant’Ana • Thaísa Agrizzi

Verediano • Maria das Graças Vaz Tostes • Mirelle Lomar Viana •

Neuza Maria Brunoro Costa

20 Banana-verde, 302

Natália da Silva Bomfim • Layla Fagundes de Souza • Carla de Oliveira Barbosa Rosa • Rita de Cássia Gonçalves Alfenas

21 Berries Brasileiras, 310

Laíz Aparecida Azevedo Silva • Marcella Ramos Sant’Ana •

Mariana Grancieri • Pollyanna Ibrahim Silva • André Gustavo

Vasconcelos Costa

22 Café Verde, 326

Gisele da Silva Polvarini • Natália Alves de Souza Meneguelli •

Manuella Domiciano do Nascimento • Caroline Woelffel Silva •

André Gustavo Vasconcelos Costa

23 Azeite de Oliva, 340

Daniela Mayumi Usuda Prado Rocha • Bianca Ferreira de Santana •

Helen Hermana Miranda Hermsdorff

PARTE III Alimentos Funcionais e Redução do Risco de Doenças, 355

24 Obesidade, 357

André Gustavo Vasconcelos Costa • José Luiz Marques Rocha •

Josefina Bressan

25 Síndrome Metabólica, 393

Carolynne Martins Teixeira • Daniela Mayumi Usuda Prado Rocha • Helen Hermana Miranda Hermsdorff

26 Câncer, 409

Andressa Ladeira Bernardes • Marcella Duarte Villas Mishima • Maria do Carmo Gouveia Peluzio

27 Diabetes Melito, 427

Cíntia Tomaz Sant’Ana • Mariana Grancieri • Mário Flávio Cardoso de Lima • Marina Guedes Fraga Lopes • Ana Paula Boroni Moreira

28 Doenças Relacionadas com o Sistema Imunológico, 448

Mariana Grancieri • Cíntia Tomaz Sant’Ana • Haira Guedes Lúcio • Neuza Maria Brunoro Costa • Hércia Stampini Duarte Martino

29 Dislipidemias e Aterosclerose, 464

Layla Fagundes de Souza • Andressa de Assis • Thauana Lorena

Silva Magalhães • Francielle Barbosa Pena • Carla de Oliveira

Barbosa Rosa

30 Hipertensão Arterial, 482

Isabella Mendes • Gilmara Alves Zanirate • Mariana de Moura e Dias • Helen Hermana Miranda Hermsdorff

31 Doença Renal Crônica, 500

Christiane Ishikawa Ramos • Laila Santos de Andrade •

Lilian Cuppari

32 Doenças Intestinais, 512

Mirelle Lomar Viana • Maria das Graças Vaz Tostes • Cíntia Tomaz Sant’Ana • Mariana Grancieri • Ana Paula Boroni Moreira

33 Osteoporose e Saúde Óssea, 527

Marcella Duarte Villas Mishima • Bárbara Pereira da Silva Índice, 543

Compostos Bioativos com Propriedades Funcionais

1 Alimentos Funcionais: Definições e Legislação, 3

2 Vitaminas e Carotenoides, 11

3 Minerais, 24

4 Ácidos Graxos, 45

5 Fibra Alimentar e Amido Resistente, 66

6 Flavonoides, 83

7 Prebiótico, Probiótico, Simbiótico e Posbiótico, 102

8 Pigmentos Naturais, 112

9 Proteínas, Peptídios Bioativos e Aminoácidos, 130

Ácidos Graxos

Marcella Ramos Sant’Ana • Mariana Grancieri • Laíz Aparecida Azevedo Silva • Dennys Esper Cintra • André Gustavo Vasconcelos Costa

INTRODUÇÃO

Os lipídios são substâncias que ocorrem em micro-organismos, plantas superiores e animais. As gorduras, os óleos ou os lipídios consistem em um grande número de compostos orgânicos, incluindo:1

■ Ácidos graxos.

■ Triacilgliceróis.

■ Fosfolipídios.

■ Eicosanoides.

■ Resolvinas.

■ Esteróis.

■ Vitaminas A e E.

■ Hidrocarbonetos.

■ Ceras, entre outros.

Essas intrigantes moléculas são tradicionalmente conhecidas nas ciências nutricionais como fontes energéticas, precursores de hormônios, provedores de ácidos graxos essenciais ao organismo e substâncias que participam de diversos processos biológicos, como regulação de vias metabólicas e de respostas fisiológicas. Na Ciência dos Alimentos, os lipídios são conhecidos por conferirem palatabilidade, permitirem a conservação e atuarem como impermeabilizante de alimentos, como no caso de ceras encontradas na superfície de algumas frutas. Na indústria, os lipídios são base de diversos produtos naturais (ceras, cremes, alimentos) e sintéticos (tintas, massas plásticas).

Estudos pouco controlados das décadas de 1950 e 1970 associaram as gorduras às doen-

ças cardiovasculares (DCV) e, em 1977, o senado norte-americano sugere metas dietéticas para o consumo de lipídios.2 Em meados dos anos 1980 e 1990 iniciaram-se os estudos mais robustos sobre ácidos graxos e nas últimas décadas esses compostos têm sido reconhecidos como mediadores de vários processos fisiológicos, contribuindo tanto para a patogênese quanto para a redução do risco de doenças metabólicas. Portanto, não mais se deve ter a visão simplista dos lipídios como fornecedores de energia ou de que a classificação dos ácidos graxos deve ser feita unicamente separando-os em famílias de saturados, mono- ou poli-insaturados. Atualmente, tem-se o conhecimento de que nem todos os ácidos graxos saturados causam danos à saúde e de que o consumo de poliinsaturados deve ser limitado, necessitando de um balanço entre os ômegas-6 e 3. Além disso, novos avanços surgem a partir da ação imunomoduladora intestinal dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e da potencialidade antiinflamatória dos ácidos graxos monoinsaturados. Nesse sentido, em razão das diferentes rotas metabólicas e da especificidade das enzimas envolvidas na biossíntese, a diversidade de funções que os ácidos graxos desempenham nos tecidos requer maior exploração.

Assim, este capítulo versa sobre a funcionalidade dos ácidos graxos, no contexto da saúde intestinal, da ação como mediadores do processo inflamatório e da relação dessas substâncias no processo da saúde e da doença.

Figura 4.3 Eicosanoides derivados dos ácidos graxos ômega-6 e ômega-3

PLA2: fosfolipase A2; AA: ácido araquidônico; EPA: ácido eicosapentaenoico; LIPOX: lipo-oxigenase; COX-1 e 2: ciclo-oxigenases-1 e 2; HETE: hidroxieicosatetraenoico; HPETE: hidroxiperoxieicosatetraenoico; LT: leucotrieno; PGE: prostaglandina; PGI: prostaciclina; TXA: tromboxano.

prostaglandina. No entanto, com uma eficiência de bioconversão bem mais alta. Consecutivamente, as substâncias adquirem efeitos potencializados, causando enormes desarranjos teciduais, os quais caracterizam os sinais clássicos de inflamação:

■ Dor.

■ Calor.

■ Rubor.

■ Tumor.

Dessa forma, quando o consumo é demasiadamente elevado em fontes de ômega-6, a concentração elevada de PGE e LT pode facilitar o processo inflamatório e promover a excitabilidade do sistema somatossensorial periférico, contribuindo para a exacerbação da dor.59,68

De modo análogo, quando as enzimas LOX e COX atuam sobre o EPA ou o DHA, também haverá formação de eicosanoides, porém de série ímpar, como os LT hidroxieicosatetraenoico

(HETE), hidroxiperoxieicosatetraenoico (HPETE), LTA5, LTB5, LTC5, LTD5, LTE5, e as prostaglandinas PGE3, PGI3, bem como tromboxano TXA3 (ver Figura 4.3). Ao contrário dos eicosanoides produzidos pelos ácidos graxos da série ômega-6, os derivados do ômega-3 e, portanto, de série ímpar, possuem características anti-inflamatórias. As prostaglandinas de série ímpar apresentam funções que, às vezes, funcionam como antagônicas às de série par ou, às vezes, apenas com funções semelhantes às de série par, mas atuam de maneira atenuada, reduzindo os sinais de inflamação e sendo, portanto, caracterizadas como anti-inflamatórias.

Outra descoberta importante foi que, a partir do EPA e do DHA também é possível produzir subtipos lipídicos altamente funcionais, SPM, como as resolvinas (produzidas a partir de EPA e DHA), as protectinas e as maresinas (produzidas a partir do DHA). Esses mediadores têm funções

■ Controle da proliferação e diferenciação das células epiteliais.

A absorção de carotenoides pode ser relativamente baixa e variável, sendo influenciada pela estrutura físico ­ química do carotenoide (p. ex., carotenos versus xantofilas), a composição da matriz alimentar, consumo associado a outros componentes (p. ex., lipídios, metais etc.) e uma gama de características individuais do hospedeiro. Assim, grande parte dos carotenoides consumidos pode passar intacta pelo trato gastrintestinal (TGI) e atingir o cólon. Os carotenoides metabolizados, como os apocarotenoides, apresentam um comprimento de cadeia mais curto e modificação de oxigênio, o que melhora sua solubilidade em ambiente aquoso. Ademais, sua maior eletrofilicidade os torna adequados para interagir com fatores de transcrição.19

Os carotenoides têm a capacidade de interagir com a microbiota intestinal de inúmeras formas. Assim, podem modular a abundância de bactérias, favorecendo aquelas que ativam vias comensais e suprimindo as que estão relacionadas com

as vias patogênicas; contribuem também para a redução do estresse oxidativo no intestino, o que pode alterar a composição da microbiota. A promoção da produção dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), como o butirato, é outro efeito benéfico dos carotenoides, influenciando a abundância de bactérias produtoras desses AGCC, que podem interagir com o receptor gama ativado por proliferador de peroxissoma (PPARγ), inibindo a expansão de bactérias disbióticas e reduzindo a sinalização do receptor pró­inflamatório do tipo Toll (TLR; do inglês, Toll like receptor).19

Além disso, os carotenoides contribuem para a manutenção de uma mucosa saudável e para a integridade da barreira intestinal epitelial, bem como das junções apertadas (tight junctions). Eles também podem melhorar a integridade da mucosa por meio da promoção de uma composição favorável da microbiota intestinal. Ainda, os carotenoides podem influenciar o metabolismo intestinal e propriedades relacionadas ao sistema imunológico, como imunoglobulina A (IgA) (Figura 8.3).19

Carotenoides

Efeitos biológicos:

Atividade antioxidante

Atividade anti-inflamatória

Atividade antibacteriana

Atividade imunológica

Função prebiótica

AGCC

Bactérias benéficas

Função de barreira

Junções apertadas

Permeabilidade

Função imunológica

IgA

Efeitos benéficos nas doenças:

DMRI, obesidade

DCV, DM, DHGNA

Resistência à insulina

Distúrbios neurocognitivos

Figura 8.3 Principais efeitos dos carotenoides e sua associação à saúde intestinal

AGCC: ácido graxo de cadeia curta; IgA: imunoglobulina A; DMRI: degeneração macular relacionada com a idade; DCV: doença cardiovascular; DM: diabetes melito; DHGNA: doença hepática gordurosa não alcoólica.

celular, protegendo os grânulos de amido da hidrólise enzimática. O processo de aquecimento e umidificação antes da compressão auxilia na gelatinização do amido, resultando em melhor digestibilidade (Figura 14.1).10

A farinha de aveia integral é produzida a partir da moagem na pedra e utiliza métodos de esmagamento dos grãos, seguida de peneiramento. Ao final do processo, é aplicado o método de desengorduramento para aumentar a qualidade e o tempo de vida útil da farinha (ver Figura 14.1). Comumente usada na elaboração de outros produtos, é a fração mais fina do processamento da aveia e nela pode ocorrer algumas perdas nas propriedades nutricionais, dentre elas a perda de compostos fenólicos por meio do binômio tempo e temperatura no tratamento hidrotérmico. Já o farelo de aveia é um produto que representa a fração mais grossa da farinha de aveia, sendo mantidas as camadas de aleurona e subaleurona (ver Figura 14.1). Apresenta menor conteúdo de carboidratos quando comparado a outras formas de processamento da aveia, além de ser uma boa fonte de fibras alimentares, especialmente de betaglucano.8,10

Grãos de aveia

Limpeza e classificação

Descascamento

Tratamento com vapor

Corte

Flocagem

Flocos Moagem

Médios Finos Farelo Farinha

Figura 14.1 Fluxograma do processamento da aveia

Fonte: adaptada de Sá et al., 1998.11

Composição química e valor nutricional

O grão de aveia pode ser dividido em casca, pericarpo, endosperma e gérmen. O pericarpo é composto pelas camadas de epiderme, hipoderme, células finas, células intermediárias, células cruzadas e células tubulares. A semente é formada por endosperma e gérmen, que são recobertos pelas camadas de testa, hialina e aleurona (Figura 14.2).

A proporção das estruturas do grão de aveia é de 25% de casca, 9% a 12% de pericarpo, 63% a 84% de endosperma e 3% de gérmen.12

A variação da composição química e nutricional dos grãos de aveia decorre de genótipo da planta, tipo de plantio, condições de cultivo e tipos de processamento.12 A aveia é um cereal

Pericarpo

Tecido nuclear Corpo proteico

Parede celular

Corpo proteico

Amido

Amido Corpo proteico

Parede celular

Escutelo Endosperma En dosperm a Subaleur ona A leurona

Corpo proteico

Dobra Corpo proteico

Camada de aleurona Germe

Figura 14.2 Seção longitudinal e transversal de um grão de aveia

Fonte: adaptada de Webster, 1996.12

Alimentos Funcionais e Redução do Risco de Doenças

24 Obesidade, 357

25 Síndrome Metabólica, 393

26 Câncer, 409

27 Diabetes Melito, 427

28 Doenças Relacionadas com o Sistema Imunológico, 448

29 Dislipidemias e Aterosclerose, 464

30 Hipertensão Arterial, 482

31 Doença Renal Crônica, 500

32 Doenças Intestinais, 512

33 Osteoporose e Saúde Óssea, 527

INTRODUÇÃO

O câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças que apresentam como característica comum a proliferação descontrolada das células e a capacidade de invadir órgãos e tecidos vizinhos.1 A doença é considerada um problema de saúde pública em nível mundial, com incidência crescente, representando uma das principais causas de morte.2,3

A incidência e a mortalidade por câncer estão crescendo rapidamente em todo o mundo, como consequência do envelhecimento e do crescimento da população, e alterações na prevalência e na distribuição dos principais fatores de risco da doença podem estar associados ao desenvolvimento socioeconômico.2 Os países desenvolvidos têm apresentado intervenções eficazes para prevenção, detecção precoce e tratamento da doença, impactando nas taxas de incidência e mortalidade. No entanto, em países subdesenvolvidos essas taxas são crescentes ou, no máximo, estáveis. Dessa forma, o maior desafio é utilizar estratégias para melhorar o controle da doença e, com isso, reduzir a incidência e a mortalidade.3

De acordo com o Observatório Global do Câncer (2024), os cânceres com maior incidência mundial, para ambos os sexos, são de pulmão, de mama e colorretal (CCR); os com maior mortalidade são de pulmão, colorretal e de fígado. A Ásia é o continente com maior incidência (pulmão, mama e colorretal), mortalidade (pulmão,

fígado e estômago) e prevalência de câncer, para ambos os sexos, seguida pela Europa. A Oceania é o continente com menor incidência, mortalidade e prevalência de câncer.4

Diante do exposto, nota­se que o câncer é um problema de saúde global urgente que requer estratégias para redução da exposição aos fatores de risco de desenvolvimento da doença, além de opções de tratamento aprimoradas. Nesse sentido, realizou­se uma compilação dos estudos estratégicos no campo da Nutrição para auxiliar no conhecimento e na aplicação dos alimentos funcionais em prescrições e orientações dietéticas.

PRINCIPAIS TIPOS E INCIDÊNCIA DE CÂNCER NO BRASIL

O câncer de pele não melanoma é atualmente o mais incidente no Brasil, com previsão para o triênio de 2023 a 2025 de cerca de 220 mil novos casos/ano – 31,3%, seguido pelo câncer de mama (74 mil – 10,5%), próstata (72 mil – 10,2%), colorretal (46 mil – 6,5%), pulmão (32 mil – 4,6%) e estômago (21 mil – 3,1%).3

Estratificando por sexo, nas mulheres a maior incidência é também do câncer de pele do tipo não melanoma (118 mil – 32,7%), seguido pelo câncer de mama (74 mil – 20,3%), cólon e reto (24 mil – 6,5%), colo do útero (17 mil – 4,7%), pulmão (15 mil – 4%) e tireoide (14 mil – 3,9%). Entre os homens, o câncer de pele não melanoma continua como o de maior incidência (102

Andressa Ladeira Bernardes • Marcella Duarte Villas Mishima • Maria do Carmo Gouveia Peluzio

Dieta

Alimentos funcionais

Anti-inflamatório

Citocinas pró-inflamatórias

TNF-alfa NF- B

Interleucinas

Estresse

Toxinas

Tabaco

Compostos bioativos

Antioxidante

Estresse

Dieta

ERO

ERO

CAT, SOD, GSH

Tabaco

Toxinas

Alterações no DNA

Proto-oncogenes Oncogenes

Carcinogênese Metástase

Figura 26.1 Alimentos funcionais são fontes de compostos bioativos que podem atuar como protetores contra a carcinogênese. Compostos bioativos (CBA) podem ter efeitos anti-inflamatórios, reduzindo a produção de citocinas pró-inflamatórias, e atuar como antioxidantes exógenos, reduzindo a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e melhorando a defesa antioxidante endógena, por meio do aumento da produção das enzimas antioxidantes. ERO, quando em excesso, podem acarretar alterações na estrutura do ácido desoxirribonucleico (DNA), que podem iniciar o processo de carcinogênese. Quando já há um processo de carcinogênese iniciado, as ERO podem contribuir para a metástase. A produção aumentada e anormal de ERO pode decorrer de inúmeros fatores, como dieta, inflamação, tabaco, estresse, toxinas, entre outros

CAT: catalase; SOD: superóxido dismutase; TNF-alfa: fator de necrose tumoral alfa; NF-κB: fator nuclear kappa B; GSH: glutationa.

Fonte: elaborada pelas autoras.

Tabela 30.5

Grupos alimentares de acordo com conteúdo de potássio

Grupos alimentares Alimentos Potássio (mg/100g de alimento)

Abacaxi 115

Acerola 146

Ameixa fresca 157

Caju 124

Caqui 161

Jabuticaba 129

Laranja-lima 118

Frutas (baixo teor de potássio)

Lima-da-pérsia 181

Limão 102

Maçã 107

Manga 156

Melancia 112

Morango 153

Pera 119

Pêssego 134

Pitanga 113

Alface 194

Acelga 239

Verduras (baixo teor de potássio)

Legumes (baixo teor de potássio)*

Agrião 244

Pimentão 175

Repolho 170

Abóbora 230

Abobrinha 224

Berinjela 115,6

Cebola 146

Chuchu 173

Couve-flor 142

Couve-manteiga 169

Mandioca 188

Pepino 153

Quiabo 135

Vagem 146

Batata 445

Batata-doce 366

Legumes (alto teor de potássio)** (continua)

Beterraba 375

Brócolis 316

Cenoura 278

*Se cozidos em água fervente e desprezada a água da fervura.

Grupos alimentares Alimentos Potássio (mg/100g de alimento)

Legumes (alto teor de potássio)**

Verduras (alto teor de potássio)**

Frutas (baixo teor de potássio)*

Espinafre 466

Mandioquinha 448

Almeirão 344

Couve 557

Escarola 281

Abacate 351

Água de coco 253,6

Banana-prata 357

Banana-nanica 346

Figo 232

Fruta-do-conde 269

Goiaba 208

Graviola 250

Jaca 303

Kiwi 312

Mamão 257

Maracujá 348

Melão 228

Nectarina 201

Uva 191

Ervilha 271

Grãos (alto teor de potássio)**

Frutas secas (alto teor de potássio)

Feijão 336

Grão-de-bico 291

Soja 515

Ameixa seca 732

Coco 356

Damasco 1.162

Uva-passa 749

Amendoim 705

Amêndoa 728

Oleaginosas (alto teor de potássio)

Outros (alto teor de potássio)

**É necessário cozinhar em água fervente e desprezar a água da fervura para o consumo.

Avelã 680

Castanha 659

Nozes 441

Pinhão 727

Sal dietético ou light 20.467

Chocolate 495,7

Café solúvel 3.535

Fonte: adaptada de Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2011;114 Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2023;139 Universidade de São Paulo, 2023.115

AAbsorção de minerais, 294

Açaí (Euterpe oleracea), 311, 396

Acerola (Malpighia emarginata), 313

Ácido(s)

- acético, 75

- alfalinolênico, 56, 238

- araquidônico, 55

- ascórbico, 458

- biliares, 218

- cafeico, 326, 471

- clorogênicos (ACG), 326

- 3-desoxiantocianidinas, 261

- docosaexaenoico, 56, 364

- eicosapentaenoico, 56, 364

- fenólicos, 210, 252, 261, 395

- fítico, 190, 193, 253

- fólico, 14, 439

- gamalinolênico, 55

- glutâmico e peptídios bioativos, 253

- graxos, 45, 340, 376, 418, 452

- - de cadeia

- - - curta, 46

- - - média, 47

- - - ramificada e hidroxiácidos graxos, 60

- - monoinsaturados, 49, 346, 435, 465

- - ômega-3, 364, 503

Índice

- - poli-insaturados, 54, 346, 418, 435, 453

- - - como imunomoduladores, 57

- - ramificados de hidroxiácidos graxos (FAHFA), 60

- - saturados, 46, 453

- - trans, 340

- hidroxibenzoicos, 310

- hidroxicinâmico, 310

- linoleico, 55, 364, 436

- lipoteicoide, 520

- oleico, 52, 346

- palmitoleico, 50

- pantotênico, 439, 514

Agregação plaquetária e processo inflamatório, 242

Alanina, 138

Alcaloides, 432

Alegação de propriedade

- de saúde, 5

- funcional, 5

Alfacaroteno, 117

Alfagalactosídios da sacarose, 169

Algas marinhas, 376

Alimentação

- e câncer, 413

- inflamação e saúde óssea, 528

Alimentos, 7

- com potencial hipotensor, 482

544

- fontes

- - de fibras, 401

- - de peptídios bioativos, 399

- funcionais, 3, 4, 414, 415

- - definições em vários países, 4

- - no Brasil, 4

Alteração de perfil lipídico e glicídico, 292

Amêndoa do baru, 397

Amendoins, 472

Amido resistente, 66, 68, 173, 252, 302, 359, 365

Aminoácidos, 130, 138

Antioxidantes dietéticos, 115

Antocianinas, 113, 120, 310, 378, 395, 416, 432, 470

Anvisa, 7

Artrite reumatoide, 26

Astaxantina, 537

Aterosclerose, 89, 464

Aveia, 206, 471

- composição química, 208

- compostos bioativos, 209

- consumo de grãos integrais, 207

- fibra alimentar e amido resistente, 209

- propriedades

- - anticarcinogênicas e imunológicas, 213

- - antidiabéticas, 214

- - antilipogênicas, 218

- - antineurodegenerativas, 214

- - antioxidantes e anti-inflamatórias, 212

- - cardioprotetoras, 217

- - na saciedade e no controle de peso corporal, 219

- - na saúde intestinal, 219

- - tecnológicas, 206

- valor nutricional, 208

Avenantramidas, 210

Azeite de oliva, 340

- classificação e legislação, 341

- como alimento funcional, 345

- composição nutricional, 343

- efeitos cardioprotetores, 345

- extravirgem, 472

- refinado, 342

- segundo o nível de acidez, 342

- virgem, 341

BBanana-verde, 302

Berberina, 432

Berries brasileiras, 310

Betacaroteno, 13, 117, 433, 537

Betaconglicinina, 501

Betaglucano, 209

Betalaínas, 113, 123

Betanina, 124

Bifidobactérias, 520

Biomassa de banana-verde, 305

- efeitos na saúde, 306

Biotina, 439, 514

Bixina, 119

Boro, 441

Butirato, 298, 419, 420

CCacau, 475, 484

Café, 482, 483

- verde, 326, 328

- - características e composição nutricional, 326

- - efeitos na saúde, 328

Cafeína, 326

Cagaita, 397

Cálcio, 25, 29, 33, 38, 366, 440, 530

Calcitriol, 458, 530

Camu-camu (Myrciaria dubia), 315

Câncer, 29, 94, 244, 297, 328, 350, 413

- alimentação e, 413

- colorretal, 522

- - fibra alimentar no, 76

- e microbiota, 419

- fatores de risco, 410

- - endógenos, 410

- - exógenos, 410

- - intrínsecos, 410

- incidência, 409

- principais tipos, 409

- vitaminas e carotenoides versus, 11

Capsaicina, 366

Carboidratos, 71, 76, 434

- análogos, 71

Carcinogênese, 410, 412, 413, 419

- estresse oxidativo, 412

- inflamação e, 413

Carga glicêmica, 434

Carmim, 123

Carotenoides, 11, 12, 16, 113, 114, 116, 225, 433, 456, 537

- e suas interações com a microbiota intestinal, 115

- encontrados nos alimentos, 117

- nas doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas, 115

Castanhas, 275, 472

- composição nutricional das, 276

- e nozes, 376

- e oleaginosas

- - como alimento funcional, 278

- - na inflamação e no estresse oxidativo, 281

- - na saciedade e no eixo intestino-cérebromicrobiota, 278

- - na saúde intestinal, 280

Catequinas, 378, 431, 471

Cebola, 474

Células imunes, 513

Chá verde, 369, 377

Chia, 133, 451, 472

- ação(ões)

- - anti-inflamatória e antioxidante, 229

- - anticarcinogênica, 230

- - hipocolesterolêmica e antiaterosclerótica, 229

- - hipoglicemiante, 228

- composição química, 223

- compostos bioativos, 225

- efeitos funcionais do consumo, 227

- fibras alimentares, 225

- germinação, 226

- lipídios, 223

- processamento tecnológico e utilização, 226

- proteínas, 223

- saúde intestinal, 227

- valor nutricional, 223

Chocolate amargo, 484

Citocinas pró-inflamatórias, 529, 535

Clorofilas, 113, 124

Cobre, 25, 28, 31, 36, 459

Componentes

- alimentares

- - na modulação

- - - da inflamação e do estresse oxidativo, 374

- - - da saúde intestinal, 380

- - - do peso e da composição corporal, 364

- - no controle da ingestão alimentar, 358

- bioativos do milheto pérola, 252

Composição corporal, 364

Compostos

- bioativos, 212, 535

- - do milheto pérola, 254-258

- - - ação no controle de peso corporal, 258

- - - propriedades

- - - - anticancerígenas, 256

- - - - antidiabéticas, 256

- - - - antilipogênicas, 258

- - - - cardioprotetoras, 255

- - - - na saciedade, 258

- - - - neuroprotetoras, 257

- - e diabetes melito, 430

- - e nutrientes no sistema imune, 449

- fenólicos, 225, 252, 416

- funcionais nas doenças intestinais, 516

Constipação intestinal, 518

Covid-19, 27, 78, 96

- fibra alimentar e, 78

- flavonoides efeitos na, 96

Cromo, 25, 33, 36, 440

Crucíferas, 473

Cúrcuma, 474

Curcumina, 121, 122, 378, 417, 431, 535

D

Daidizeína, 378

Deficiência

- de cálcio, 440

- de ferro, 442

- de folato, 16

- de vitamina

- - C, 16

- - D, 532

Densidade mineral óssea, 530

Detoxificação hepática e renal, 148

Diabetes, 330

- fibra alimentar no, 75

- gestacional, 32

- melito, 13, 32, 194, 295, 427, 428, 430

- - compostos bioativos, 430

- - fisiopatologia, 428

- - tipo

- - - 1, 32

- - - 2, 32, 194

- - vitaminas e carotenoides versus, 13

Diarreia, 516

Dietary approach to stop hypertension, 485

Disbiose intestinal, 419

Dislipidemias, 331, 464

Diverticulite, 521

Doença(s)

- autoimune(s), 25

- - da tireoide, 26

- cardiovascular(es), 17, 35, 89, 241, 348

- - ação dos flavonoides, 89

- - vitaminas e carotenoides versus, 17

- celíaca, 25

- crônicas não transmissíveis, 507

- - minerais e, 29

- de Crohn, 519

- de Parkinson, 77

- degenerativas flavonoides ação nas, 93

- do sistema imune minerais e, 25

- inflamatórias intestinais, 519

- intestinais, 512, 516

- - compostos funcionais nas, 516

- neurodegenerativas

- - mentais, 37

- - fibra alimentar, 77

- neurológicas, 18, 333

- - vitaminas e, 18

- relacionadas com o sistema imunológico, 448

- renal crônica, 500

Efeito(s)

- bioativo da kombucha, 146

Lignina, 71

Linfonodos mesentéricos, 513

Linhaça, 235, 241, 244, 379

- benefícios do consumo em doenças

metabólicas, 241

- composição nutricional, 235

- efeitos benéficos do consumo de, 244

Linhagem, 7

Lipídios, 435, 452

Lipopolissacarídeo, 374

Lipoproteína de baixa densidade, 17, 89

Lítio, 39

Luteína, 118, 370, 537

MMacroelementos, 24

Macronutrientes no diabetes, 434

Magnésio, 25, 28, 31, 34, 35, 38, 442, 533

Manutenção

- do peso e redução do risco da síndrome metabólica, 243

- ou acúmulo de massa livre de gordura, 362

Maresinas, 59

Menopausa, 94

Microbiota intestinal, 68, 199, 380, 381, 419, 514

Microelementos, 24

Micronutrientes, 436, 457, 530

- no diabetes, 436

Milheto pérola, 250

Minerais, 24, 225, 440

- e doenças

- - crônicas não transmissíveis, 29

- - do sistema imune, 25

- - neurodegenerativas e mentais, 37

Ministério da Saúde, 7

Modulação

- da ingestão alimentar e da composição corporal, 358

- da saúde intestinal, 380

- de microbiota intestinal, 291

- do peso, 364

- intestinal, 74

Mucosa intestinal, 512

NNiacina, 439

Níveis de insulina, 243

Norbixina, 119

Nozes, 472

Nutrientes

- com potencial hipotensor, 488

- e compostos bioativos na saúde óssea, 530

OObesidade, 15, 31, 198, 295, 329, 346, 357

- fibra alimentar na, 75

- vitaminas e carotenoides versus, 15

Oleaginosas, 275

Óleo de bagaço de oliva, 342

- refinado, 342

Oligoelementos, 24

Oligossacarídeos, 71

Ômega

- 3, 56, 418, 419, 503

- 6, 55

Oncogênes, 411

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 7

Osteoclastos, 529

Osteopenia, 527

Osteoporose, 95, 200, 527, 533

- climatérica, 200

P

Padrão(ões)

- alimentar(es), 506

- - com potencial hipotensor, 485

- dietéticos, 379

Peixes, 473

Peptídios

- antimicrobianos, 134, 136

- bioativos, 130, 134, 171, 193, 399

- - da soja, 194, 196

- - do leite, 537

- cíclicos, 239

- efeitos na saúde cardiovascular, 135

- na saúde cardiovascular, 136

- neuroprotetores, 137

Percepção subjetiva da saciedade, 279

Peso corporal, 219

Pigmentos

- Monascus, 125

- naturais, 112

Piridoxina, 439

Pitanga (Eugenia uniflora), 320

Polifenóis, 175, 278, 378, 416, 430, 453-455, 470

- do azeite, 346

- e efeitos antioxidantes, 311

Poli-insaturados, 465

Polissacarídeos não amido, 71

Polpa do pequi, 397

Posbióticos, 102, 108, 109, 517, 520

Potássio, 491, 493

Prebióticos, 102-104, 109, 420, 505, 531

Pressão arterial, 242

Probióticos, 7, 102, 103, 109, 420, 506, 517, 520

Produtos alimentares

- de milheto pérola, 258

- do sorgo, 268

Propriedades antioxidantes, 85

Prostaciclinas I2 (PGI2), 57

Prostaglandina E2 (PGE2), 57

Proteína(s), 130, 131, 193, 362, 434, 449, 534

- de cereais, 132

- de soja, 132, 501

- e peptídios bioativos, 449

- vegetais, 132, 171, 468

Proto-oncogenes, 411

QQuercetina, 97, 310, 378, 431

Quimioprevenção, 94

Quinoa (Chenopodium quinoa Willd.), 400

Quitosana, 373

RRatina, 378

Razão ômega-6/ômega-3, 57

Recomendação nutricional de fibra alimentar, 70

Resolvinas, 45

Resposta imune de mucosa, 513

Resveratrol, 378, 430, 536

Riboflavina, 439, 514

Romã (Punica granatum L.), 396

S

Saciedade, 219, 279, 362

- relacionada com eixo intestino-cerébromicrobiota, 279

Saponinas, 174, 191, 211

Saúde

- intestinal, 150, 219, 328

- - vitaminas e carotenoides e, 20

- mental, 538

- óssea, 527, 538

- - alimentação, inflamação e, 528

- - e microbiota, 537

- - flavonoides efeitos na, 95

- - nutrientes e compostos bioativos na, 530

Selênio, 25, 27, 30, 32, 34, 37, 38, 442, 459

Simbiótico, 102, 105-107, 109, 420, 506, 520

Síndrome

- climatérica, 200

- do intestino irritável, 521

- metabólica, 18, 198, 393

- - critérios para definição, 394

Sistema imune, 73

Soja, 185, 192, 371, 473

- carboidratos e fibras alimentares, 187

- composição química e valor nutricional, 186

- compostos bioativos, 189

- estudos das propriedades funcionais dos grãos, 192

- isoflavonas, 189

- lipídios, 188

- peptídios bioativos, 190

- proteínas, 187

- vitaminas e minerais, 188

Sorgo, 250

- composição química e valor nutricional, 259

- compostos

- - bioativos, 260

- - fenólicos, 261

- propriedades

- - anticancerígenas, 264

- - antidiabéticas, 265

- - antilipogênicas e ação no controle de peso corporal, 266

- - antioxidantes e anti-inflamatórias, 263

- - na saciedade, 267

- - neuroprotetoras, 266

Substância(s)

- associadas aos polissacarídeos não amido, 71

- bioativa, 7

Suplemento alimentar, 7

T

Taninos

- condensados, 262, 395

- hidrolisáveis, 262, 395

Tecidos linfoides associados ao intestino (GALT), 513

Termogênese, 362

Tiamina, 439

Tocóis, 212

Tocotrienóis, 218

Torrefação, 226

Transplante do microbioma intestinal, 382

Transtorno do espectro autista, 78

Triacilgliceróis, 45

- de cadeia média, 48

Triglicerídios de cadeia média, 363, 372

Trigonelina, 326

Triptofano, 139

Trituração, 227

Tromboxanos (TXA2), 57

UUniversidades, 7

Uva, 474

VVegetais, 486

Vitamina(s)

- A, 11, 19, 45, 436

- B6, 13

- B9, 13

- B12, 14

- C, 11, 12, 14, 437

- D, 11, 14, 438, 458, 488, 531

- do complexo B, 11, 19, 439, 458

- E, 11-13, 45, 346, 437

- e carotenoides

- - e saúde intestinal, 20

- - versus

- - - câncer, 11

- - - diabetes melito, 13

- - - doenças cardiovasculares, 17

- - - obesidade, 15

- e doenças neurológicas, 18

- K, 514

- hidrossolúveis, 11

- lipossolúveis, 11

YYacon, 288, 290, 291

- casca, 291

- compostos bioativos e nutrientes, 288

- efeitos funcionais, 291

- folhas, 290

- raízes, 288

Zeaxantina, 118, 370, 537

Zinco, 25, 27, 30, 31, 34, 36, 443, 459, 534

Alimentos Funcionais: Componentes Bioativos e Efeitos Fisiológicos, 3a edição, explora a ciência por trás dos alimentos que consumimos diariamente e suas influências na saúde e no bem-estar, além de ser um guia abrangente sobre alimentos com propriedades funcionais e seus efeitos benéficos à saúde.

Nesta nova edição, o leitor encontrará informações úteis e cientificamente referendadas a respeito dos diversos aspectos relacionados aos alimentos nos capítulos que tratam, na Parte I, dos efeitos fisiológicos de compostos bioativos, como fibras alimentares, vitaminas, minerais, probióticos e prebióticos, flavonoides, pigmentos naturais, ácidos graxos e proteínas e peptídios bioativos. Já na Parte II, são abordados os alimentos com propriedades funcionais: soja, feijão, yacon, kefir, kombucha, milheto e sorgo, chia, linhaça, aveia, azeite de oliva, castanhas e oleaginosas, banana-verde, café verde e berries brasileiras. A Parte III versa sobre as implicações dos alimentos funcionais na redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, câncer, dislipidemias, diabetes melito, síndrome metabólica, hipertensão arterial, doença renal crônica, doenças intestinais, osteoporose e alterações do sistema imunológico.

Esperamos que os assuntos aqui abordados despertem o interesse pelo saber, contribuindo, assim, para a atualização dos conhecimentos dos profissionais e demais interessados em Saúde e Nutrição.

Áreas de interesse
Nutrição Ciência dos Alimentos

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