O
encontro fantástico entre o maior de todos os psicólogos e um dos mais eloquentes humanistas do século XX nos possibilita imergir em considerações minuciosas da espiritualidade, da arte e da psicologia, amalgamadas em um único discurso. O que Freud e Thomas Mann dizem aqui, salvo algumas referências, não se apoia em obras publicadas por eles ou sobre eles. Apenas “poderia ter sido”, se considerarmos esse limbo intelectual sem tempo, no qual todos os pensamentos podem se encontrar, reformular e, principalmente, propiciar ao ser humano novas perspectivas para o entendimento do maior dos seus mistérios, o conhecimento de si mesmo. Temas sobre a Morte, o Heroísmo, a Mentira, a Liberdade e o Tempo, desenvolvidos neste livro, realmente nos mostram os meandros articulados no processo de crescimento do ser humano e ajudam a limpar o espelho em cuja contemplação poderá ser revelada a nossa verdadeira face.
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Os diálogos quase impossíveis entre Freud e Thomas Mann
Integra várias entidades internacionais e nacionais e continua lecionando em seu Serviço na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Trabalha 14 horas por dia, e é gratificante comemorar, neste ano, o cinquentenário de sua formatura em Medicina. Nossa homenagem ao mestre.
A B R A M
E K S T E R M A N
ABRAM EKSTERMAN
Emigrante, aos quatro anos de idade, em 1939, em razão da Segunda Guerra Mundial, saiu de sua cidadezinha natal, Riki, na Polônia, e veio para o Brasil. Ficou órfão muito cedo, e aos 14 anos já trabalhava. Foi jornalista e radialista, mas por fim escolheu a medicina, sempre lutando pela profissão, na qual é muito admirado por colegas e alunos.
Os diálogos quase impossíveis entre Freud e Thomas Mann
ABRAM EKSTERMAN O Professor Abram Eksterman foi líder, na educação e na prática médica, do movimento psicossomático brasileiro. Efetivamente, foi o idealizador, em 1965, da fundação da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática, com seu mestre, o Professor Danilo Perestello. Por conta de sua adesão a uma atitude humanística na Medicina, organizou os primeiros currículos de ensino de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a partir de 1970, em nível de graduação e pós-graduação, assim como na então recém-fundada Escola de Medicina Souza Marques. Lecionou na Faculdade de Medicina Gama Filho e organizou o Departamento de Antropologia Médica na recém-fundada Faculdade de Medicina Estácio de Sá. Também lecionou no Instituto de Estudos Avançados em Educação da Fundação Getulio Vargas (IESAE – FGV), em nível de pós-graduação, durante dez anos. Foi professor de Psicanálise e diretor do Instituto da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. (continua)
Os diálogos quase impossíveis entre Freud e Thomas Mann
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