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O que é na prática?
As pessoas vivem em sociedade, portanto todos os seres humanos se relacionam entre si. Embora cada um tenha seu espaço de intimidade, é importante haver momentos de interação. Um exemplo que mostra bem essa realidade é a convivência que pode ser aplicada aos mais variados pontos de vista. O mais básico e fundamental é a convivência dentro do lar com os demais membros da família. É importante que cada um respeite o outro com o objetivo de tornar uma convivência agradável. O comum nas pessoas é estabelecer normas de convivência básica para criar um consenso. Quando uma pessoa solteira vive sozinha em sua própria casa ela é dona absoluta de fazer o que quer e bem entende sem ter que dar explicação a alguém. Em compensação, quando se vive em casal, a situação muda completamente.
A convivência pode ser agradável ou desagradável. Uma convivência agradável precisa da colaboração de todos os integrantes do lar. Ainda assim, a vida não é como nos contos de fada e o natural é que haja ao longo do dia momentos de conflito, situações desagradáveis e discussões porque conviver também significa compartilhar diferenças de opinião e conhecer o outro em suas manias e defeitos. Porém a convivência enriquece a pessoa porque todo ser humano necessita de carinho e reconhecimento. Assim, quando um relacionamento é sólido, é gratificante chegar em casa e estar junto de seu parceiro ou parceira. Em compensação, quando um casal vive uma má relação, estar em casa se torna um motivo de mal-estar e tristeza. O lar é o espaço de maior intimidade, entretanto, não há nada mais desagradável do que não ter vontade de voltar pra casa, pois o lar é o lugar onde existe o foco de conflito pendente a resolver.
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Além do ambiente familiar também se convive em sociedade. E claro, também se convive no ambiente profissional, uma vez que os colegas de trabalho se relacionam entre si e existe uma hierarquia de funções. A convivência mostra a inteligência emocional do coração humano que se baseia no respeito ao próximo. O certo é ter ações positivas que façam a vida mais agradável com os demais. Um simples sorriso melhora a convivência. Da mesma forma que certas palavras como obrigado, desculpa e por favor.
Companheirismo
Existem habilidades sociais que mostram a generosidade e o altruísmo que existe no coração do homem: o companheirismo é um claro exemplo de como podemos tornar a vida agradável junto aos outros a partir de pequenos detalhes. Trata-se de um gesto de companheirismo ajudar um colega de trabalho que está atrasado com o objetivo de que ele possa cumprir a tarefa dentro do tempo estabelecido. As pessoas que são amigas são um exemplo a seguir; determinada atitude pode servir de estímulo para todos aqueles que fazem do individualismo uma máxima em sua vida. O companheiro ou amigo percebe que recebe muito mais do que dá quando ajuda o outro a superar seus limites. Quando uma pessoa é amiga significa que ela tem humildade de reconhecer que precisa de ajuda em certos momentos. Um colega de trabalho não tem necessariamente que ser seu amigo, no entanto, isso não significa que a relação de companheirismo não seja agradável e positiva. Um bom relacionamento de companheirismo proporciona motivação para uma equipe de trabalho e também melhora a autoestima. Existem esportes que mostram de forma clara o valor do companheirismo e são fundamentais para a execução dos objetivos coletivos: o futebol é um exemplo claro de como os jogadores devem estar unidos para alcançar um objetivo em comum, além de qualquer tipo de vaidade. Há trabalhos em que um dos requisitos básico para ter acesso a determinado cargo é ter a capacidade de trabalhar em equipe de forma eficaz. Neste caso, ser bom companheiro é uma premissa básica. 15
Cultura de paz Aqueles que são bons companheiros evitam as críticas pessoais e sempre dão apoio de forma amável. São pessoas com um diálogo interior positivo, isto é, por ter uma boa relação consigo mesma também têm com os outros. Ser um bom companheiro é uma aprendizagem que a pessoa adquire ao longo da sua vida a partir da experiência. As crianças tendem a ser companheiras no colégio onde passam a interagir com outras crianças. Enfim, um bom companheiro é uma pessoa humana como as demais, ou seja, também têm erros e defeitos. Entretanto, sua atitude positiva e receptiva é bem aceita pelo próximo.
Trabalho em equipe
O trabalho em equipe é fundamental em muitos projetos de uma empresa, onde a essência do trabalho em grupo supera o talento individual de cada um. O verdadeiro sucesso de um trabalho surge da humilde de poder compartilhar o serviço e saber receber um feedback que vem do diálogo assertivo e da admiração mútua. Uma equipe é formada por pessoas que trabalham na mesma direção e seguem o mesmo plano de ação respeitando as diretrizes de um bom líder que serve de exemplo e referência aos demais integrantes do grupo. Esse tipo de trabalho traz força à equipe, uma vez que sabe que pode contar com o companheiro ao lado nos momentos de dificuldade. As vitórias são compartilhadas da mesma forma que os fracassos no contexto de uma equipe. Existem ofertas de emprego em que um dos requisitos fundamentais para ocupar a vaga é que o candidato tenha habilidades sociais para trabalhar em equipe e compartilhar o conhecimento de forma efetiva. Para trabalhar em equipe é muito importante ser observador para conhecer os outros. Além disso, vale recordar que não existe uma única maneira de fazer as coisas, há várias interpretações da realidade (cada integrante da equipe tem seu próprio ponto de vista) e convém que cheguem a um acordo optando por um diálogo assertivo.
O trabalho em equipe é uma aprendizagem por si só que envolve o processo de adaptação de todos os integrantes da equipe para que se conheçam melhor e possam integrar-se entre si. Este trabalho diferentemente de projetos individuais e solitários, contribui com uma motivação extrínseca para o grupo no sentido de fazer parte de um projeto em comum que traz bem-estar, ilusão e desejo de cumprir com um desafio específico. Evidentemente, dentro de um trabalho em equipe nem tudo é um mar de rosas, pois seus integrantes devem superar-se para deixar as vaidades de lado, enfrentar as diferenças de critério e assumir que existem trabalhadores mais eficientes e responsáveis que os outros. Uma equipe ideal é igual ao amor perfeito, só existe em filmes e contos de fada. Para concluir, vale recordar que dentro de uma equipe todos os integrantes são iguais e tem a mesma importância como numa equipe de futebol.
Texto complementar
Convivência escolar: a questão dos conflitos entre alunos
É de conhecimento de todos que vivemos hoje em uma sociedade em que a interação com determinado grupo ao qual se pertence é um foco de grande atenção e valorização de cada indivíduo, sendo assim, não seria diferente quando o assunto é Educação. Mas então por que tantos alunos ainda são isolados pelo resto da classe? Quais os critérios usados pelos colegas para definir quem entra e quem sai do grupinho? O que define a qualidade de sua vida escolar? Em se tratando desse tema, não podemos deixar de citar as relações estabelecidas entre aqueles que são os principais agentes atuantes no processo educacional desses estudantes: Os corpos docente e discente. Portanto, juntamente com os pais e demais participantes responsáveis por esse processo, todos são peças fundamentais no ato de “transformar” ou “moldar” a mente e comportamento desses alunos. Complicadas relações se estabelecem diariamente na rotina escolar, sendo o aluno o principal foco de atenção, razão pela qual toda a preocupação é para ele direcionada, visando sempre o seu bem-estar biopsicossocial. Mas, nem sempre esses contatos são fáceis, uma vez que, embora o foco seja ele mesmo, as interpretações e compreensões podem ser destoantes dependendo da sua família de origem. Em uma época não muito distante, existia uma relação mais estável na qual a Escola possuía um status de valorização em termos de instituição formadora acadêmica, que conferia seriedade e respeito, sendo assim encarada pela família, que depositava grande confiança nos atos e nas orientações daquela que oferecia aos seus filhos a instrução necessária para prepará-los para um futuro enquanto profissionais e enquanto cidadãos. Hoje, porém, devido aos novos métodos pedagógicos adotados pelas escolas, a Família assumiu esse papel principal, acolhendo as funções de nutrir, prover, orientar, integrar e socializar, com uma responsabilidade contínua no que se refere ao oferecimento de cuidado e proteção, dando garantias de
subsistência e condições dignas de vida, bem como a educação ética e moral. Na seqüência, podemos citar a Escola como a segunda instituição formadora de grande importância e significado na vida da criança, sendo de sua responsabilidade, além da formação acadêmica, a continuidade aos ensinamentos cultivados na família, o que proporcionará a inserção da criança em um meio social mais amplo; e, uma vez exposta a regras sociais, a criança vai adquirindo as habilidades necessárias para o convívio em sociedade. Entretanto, apesar de possuirmos esse conhecimento, sabemos que, na prática, a realidade não se apresenta dessa forma tão simples. Com as crises em que vivem as famílias atuais; os desencontros entre pais e filhos; a falta de referências para práticas educativas; as ausências físicas e emocionais; o uso de tecnologias avançadas com pouca ou nenhuma supervisão (Internet, com suas facilidades e, ao mesmo tempo, com seus “perigos” virtuais); o excesso de consumo e condutas materialistas aos quais os jovens são submetidos nos apelos publicitários, a superficialidade e rapidez com que se conduz os relacionamentos, são alguns dos motivos para essa crise atual, que é comprovada pelo grande número de publicações de livros de orientação para educação de filhos presente em nossas livrarias. E é nesse contexto que nos perguntamos: Que tipo de geração nós estamos preparando? Diante dessa situação, podemos perfeitamente compreender o porquê de muitas das funções da família não estarem sendo exercidas ou sendo exercidas de forma insuficiente, pois muitas dessas crianças, ao entrarem na escola, não estão respaldadas pela formação primária da Família, por isso ainda precisam ser preparadas. Mas será que a escola sozinha conseguirá cumprir bem esse papel? Afinal, a escola precisa dessa preparação prévia que vem de casa para que a criança esteja minimamente capacitada para novos avanços e novas propostas educacionais, inclusive para uma boa interação com os colegas de turma. Entretanto, muitos desses jovens problemáticos até buscam ajuda e apoio em suas famílias, porém não encontram. Assim, os relacionamentos desses jovens começam a se desencontrar e as funções a se misturarem, pois a escola passa a ser cobrada pela formação que deveria ser promovida pela família, e esta, como está “confusa” em seu papel, não aceita e cobra da escola aquilo que lhe é pedido. No meio dessa triste situação, estão as crianças e adolescentes em formação de personalidade precisando desesperadamente de modelos de boas condutas e formaçao de caráter. E qual referencial que essas crianças e adolescentes, que serão os adultos do amanhã, adotarão para suas atitudes paternais, profissionais, cidadãs e interpessoais no futuro? Quais os conceitos que serão passados para a próxima geração após eles? Enquanto família, precisamos buscar uma instituição escolar que possua princípios educacionais próximos aos nossos. Precisamos entender que um relacionamento “equilibrado” com a escola possui, como únicos beneficiários, os nossos filhos. Mas além disso, é pre-