
14 minute read
Água


Advertisement















A importância da sustentabilidade da água nos dias de hoje
Como apenas 0,01% de toda água do planeta disponível é própria para o consumo, o cuidado em economizar esse recurso é grande A água é um recurso natural essencial para vida. Porém, com o passar dos anos a sociedade foi usando a água cada vez mais sem a consciência de que um dia ela pode acabar, seja em virtude da poluição, da degradação ambiental e das mudanças climáticas, provocada pelas atividades humanas. O volume de água no planeta é estável, mas a sua disponibilidade varia bastante, de acordo com a região. Cerca de 97,5% de toda água na Terra é salgada. Apenas 2,5% é doce, sendo que desta parcela, 1,72% está congelada nos polos Sul e Norte e geleiras no alto de montanhas e 0,75% são águas subterrâneas. Faz parte da constituição das plantas e animais, 0,02%, restando apenas 0,01% de toda água do planeta disponível em rios, lagos e represas. O Brasil detém 13% das reservas de água doce do planeta, porém a taxa de desperdício é elevada e a situação se agrava diante da crise hídrica que o país











enfrenta. Não é raro encontrar a despreocupação de escovar os dentes com a permanência da torneira aberta, lavagem de ruas e calçadas com jatos d’água ou a lavagem de veículos com água tratada. Porém, no mundo, estima-se que atualmente, 1,7 milhão de pessoas sofrem com a escassez de água. Esta difi culdade também pode estar associada a fatores qualitativos, ocasionados, por exemplo, pela disposição inadequada de resíduos sólidos, comumente chamado lixo. O comprometimento da qualidade da água pode inviabilizar o uso ou tornar impraticável o tratamento, tanto em termos técnicos quanto fi nanceiros. Diversas são as substâncias tóxicas geradas nas diferentes atividades humanas. Nas práticas agrícolas, por exemplo, o uso sem controle de defensivos químicos pode representar um grande perigo ao meio ambiente, aos ecossistemas e à saúde humana. Dessa forma, é preciso que haja a racionalização de consumo, acrescida do estabelecimento de estratégias de reuso, tanto nas práticas agrícolas quanto nas atividades cotidianas residenciais, comerciais e industriais. Porque o consumo sustentável quer dizer saber usar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações futuras.
Fonte: Pensamento verde. Disponível em: < http://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/ importancia-da-sustentabilidade-da-agua-nos-dias-de-hoje/>. Acesso em: 16 dez. 2016.








Videoteca

Home – Nosso Planeta, Nossa Casa (2009)
Home - Nosso Planeta, Nossa Casa é uma experiência original que registra uma viagem única pelo planeta Terra. Filmado inteiramente do ponto de vista de cima, pelo consagrado fotógrafo Yann Arthus-Bertrand, HOME visa sensibilizar, educar e conscientizar as platéias de todo o mundo sobre a fragilidade de nosso lar, ao demonstrar que tudo que é vivo e belo sobre nosso planeta está interligado. HOME estréia 5 de junho, dia mundial do meio ambiente, em mais de 50 países, com uma missão: alertar que, apesar dos males que causamos nos últimos 50 anos à Terra, ainda há chance de salvarmos nossa casa.


A Era da Estupidez (An Inconvenient Truth - 2009)
A Era da Estupidez mostra a que ponto chegou a destruição ambiental no mundo e alerta para a responsabilidade de cada indivíduo em impedir a anunciada catástrofe global. Misturando documentário e fi cção, o fi lme é estrelado pelo ator indicado ao Oscar, Pete Postlethwaite, que interpreta um velho sobrevivente no devastado mundo de 2055. Ao analisar cenas das muitas tragédias ambientais ocorridas no início do século 21, ele se pergunta por que os seres humanos não se salvaram quando ainda tinham a chance.





Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth - 2006)
A maioria conhece o político Al Gore somente pelo fato dele ter sido derrotado por George W. Bush na campanha eleitoral pela presidência dos EUA em 2000. Aqui, o cineasta mostra seus esforços de Gore a fi m de alertar a população mundial em relação ao superaquecimento global.







A Enseada (The Cove - 2009)
Nos anos 1960, Richard O'Barry era a maior autoridade mundial no treino de golfi nhos, trabalhando no cenário da popular série de televisão Flipper. Diariamente, O'Barry mantinha os golfi nhos a trabalhar e os tele-espectadores a sorrir. Mas um dia, tudo acabou de forma trágica. The Cove, conta-nos a incrível e verdadeira história de como Richard O'Barry, o realizador Louie Psihoyos e uma equipa de activistas, cineastas e mergulhadores de elite embarcam numa missão secreta para penetrar numa enseada escondida no Japão, trazendo para a luz do dia uma terrível e negra realidade






A Guerra pela água
Pode ser difícil de imaginar, mas houve um momento em que Leonardo da Vinci, aquele considerado uma das mentes mais criativas na História humana, e Nicolau Maquiavel, cuja derivação de seu nome se tornou sinônimo de manipulação, uniram forças e usaram da água como instrumento de guerra. Antes de os dois gênios da Renascença criarem as obras que imortalizariam seu nome ao longo dos séculos, eles criaram um plano para cortar o abastecimento de água de Pisa, cidade vizinha que estava em confl ito com a Florença dos dois, criando diversos canais e barragens pelo vale do rio Arno. Apesar de o plano “maquiavélico” não ter dado certo, isso só mostra que tensões violentas por conta da água, ou pela falta dela, não são novidade alguma. No momento em que a principal cidade brasileira e a maior da América do Sul passa por uma severa falta d’água, principalmente pela contínua má gestão do governo estadual ao longo dos últimos anos, um cenário distópico já está sendo visualizado pela população da cidade que conta com mais de 10 milhões de habitantes. Para Brahma Chellaney, autor de Water, Peace and War: Confronting the Global Water Crisis, a água cria instabilidade de maneiras surpreendentes e mesmo que, até o momento, as guerras modernas ainda não tenham sido travadas pela água em si, o elemento foi um fato decisivo em muitas delas. Como exemplo, Chellaney cita que a água foi uma das fagulhas que incendiou, ironicamente, a Primavera Árabe – uma vez que a crise que elevou o preço dos alimentos alguns anos antes foi causada pela escassez de água potável. Outro caso é exemplifi cado numa espécie de “teoria do caos”: a falta de terras com recurso hídricos fez a empresa Daewoo, da Coreia do Sul, impulsionar a queda do presidente da distante ilha de Madagascar, na África, em 2009.
Três dos confl itos mais famosos que tiveram a água como grande “incendiário”:

Bolívia: até mesmo a chuva

Em 2000, na cidade de Cochabamba, ocorreu a privatização da água e do já precário sistema de abastecimento e redes de esgoto, que fi cou a cargo da Aguas del Tunari, um consórcio criado com capitais estrangeiros. Da noite para o dia, a população com cerca de 700 mil habitantes aumentou as tarifas em até 300% sem que houvesse sequer melhora nos serviços ou ampliação da área de cobertura para as zonas mais pobres. Quando, de uma hora para a outra, a água, que assim como o ar deveria ser considerado um bem comum, se transformou em uma mercadoria cara ou simplesmente inacessível para a pobre população, as pessoas foram proibidas inclusive de coletar a água da chuva, não tendo outra escolha a não ser irem para as ruas protestarem. Após dias de confl ito das forças armadas bolivianas lutando contra os próprios bolivianos em nome dos lucros de uma empresa estrangeira, um jovem de 17 anos morreu com um tiro de sniper do exército boliviano. O presidente Hugo Banzer cedeu à pressão popular e anulou o contrato de concessão, retornando à prefeitura de Cochabamba o controle da água e a infame lei 2029, que previa a privatização de toda a água da Bolívia, caiu.
China e Tibete: água é controle

Em uma reportagem sobre os problemas de escassez de água, a revista The Economist apontou que palavra chinesa para “política” (zhenghzi) tem um de seus caracteres similar a uma imagem parecida com gotas de água próximas a uma plataforma ou barragem. A sugestão do parágrafo inicial do texto, de que para os chineses a política e o controle de água são equivalentes, é justifi cável: como Maquiavel e da Vinci almejaram em Florença 500 anos atrás, a China tem em suas mãos o destino da população de seus vizinhos, pois os principais rios da Ásia (Mekong e Ganges) nascem na terra de Dalai Lama. Esse é um dos maiores motivos pelo qual o exército chinês entrou e se instalou no Tibete há mais de 50 anos. Não foi exatamente por morrer de amores pelos monges budistas da região, mas sim por esta se tratar de um ponto estratégico geografi camente. Myanmar, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã, Bangladesh e, principalmente, Índia, são todos países que dependem dos rios que descem as geleiras do Himalaia e desafogam suas águas no Oceano Índico.

Oriente Médio: a guerra dos seis dias que dura 50 anos

Quando a Síria anunciou seu plano de obstruir um dos afl uentes do Rio Jordão e desviá-lo para irrigar suas plantações, foi dado o primeiro passo para os seis dias de junho de 1967 que colocariam Israel contra a Síria, Egito e Jordânia, naquilo que fi cou conhecido como a Guerra dos Seis Dias. No momento em que o último tiro foi dado, o Egito tinha a Faixa de Gaza e o deserto do Sinai; a Síria fi cou sem as colinas de Golã – onde nasce o Jordão, vital para o abastecimento de água em Israel; e a Jordânia, que só entrou na guerra na última hora, perdendo tudo o que anexara em 1948. Israel ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental e foi o grande vencedor da guerra-relâmpago.







E o futuro?
Cada vez mais estudos apontam que a escassez de água potável levará, invariavelmente, que países entrem em confl ito – diplomático ou armado – por regiões abundantes de recursos hídricos. Veja no mapa abaixo, os “pontos quentes” que poderão vivenciar guerras pela água no futuro.
Fonte: Revista fórum. Disponível em: < http://www.revistaforum. com.br/2015/01/29/guerra-pela-agua-ja-e-uma-realidade/>. Acesso em: 16 dez. 2016.

A água é o recurso natural mais abundante do planeta. De maneira quase onipresente, ela está no dia a dia dos 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta. Além de matar a sede, a água está nos alimentos, nas roupas, nos carros e na revista que está nas suas mãos — se você está lendo a reportagem em seu tablet, saiba também que muita água foi usada na fabricação do aparelho. Mas o recurso mais fundamental para a sobrevivência dos seres humanos enfrenta uma crise de abastecimento. Estima-se que cerca de 40% da população global viva hoje sob a situação de estresse hídrico. Essas pessoas habitam regiões onde a oferta anual é inferior a 1 700 metros cúbicos de água por habitante, limite mínimo considerado seguro pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse caso, a falta de água é frequente — e, para piorar, a perspectiva para o futuro é de maior escassez. De acordo com estimativas do Instituto Internacional de Pesquisa de Política Alimentar, com sede em Washington, até 2050 um total de 4,8 bilhões de pessoas estará em situação de estresse hídrico. Além de problemas para o consumo humano, esse cenário, caso se confi rme, colocará em xeque safras agrícolas e a produção industrial, uma vez que a água e o crescimento econômico caminham juntos. A seca que atingiu os Estados Unidos no último verão — a mais severa e mais longa dos últimos 25 anos — é uma espécie de prévia disso. A falta de chuvas engoliu 0,2 ponto do crescimento da economia americana no segundo trimestre deste ano. A diminuição da água no mundo é constante e, muitas vezes, silenciosa. Seus ruídos tendem a ser percebidos apenas quando é tarde para agir. Das dez bacias hidrográfi cas mais densamente povoadas do mundo, grupo que compreende os arredores de rios como o indiano Ganges e o chinês Yang-tsé, cinco já são exploradas acima dos níveis considerados sustentáveis. Se nada mudar nas próximas décadas, cerca de 45% de toda a riqueza global será produzida em regiões sujeitas ao estresse hídrico. "Esse cenário terá impacto nas decisões de investimento e nos custos operacionais das empresas, afetando a competitividade das regiões", afi rma um estudo da Veolia, empresa francesa de soluções ambientais.”


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/populacao-falta-agua-recursos-hidricos-graves-problemas-economicos-politicos-723513.shtml



Referências
DUPRET, Leila. Cultura de paz e ações socioeducativas: desafios para a escola contemporânea. EJA. Temas atuais. Editora Eureka, 2016.
Jares, X.R. (1999). Educación para la paz: su teoría e práctica. 2.ed. Madrid: Editorial Popular. Lara, I. S. & Silva, M. M. (2000). Por uma pedagogia para a não violência. Porto: Profedições Ltda. Novello, Marlei Pissaia. Tribos urbanas de adolescentes e suas significações sobre conhecimento / Marlei Pissaia Novello, 2007.
Osorio, A. R. (2001). Conocer para transformar. Encarte. Barcelona: Cisspraxis. Vygotsky, L. (1988). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes.
Parâmetro Curricualres Nacionais.
Rogério Lacaz-Ruiz; Anne Pierre de Oliveira; Viviane Scholtz; Nelson Haruo Anzai.O limite e a tolerância. Disponível em: http://www.hottopos.com/videtur5/o_limite_e_a_tolerancia.htm
Sites consultados
VivaRio - http://vivario.org.br/ Unesco - http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/culture-and-development/culture-in-sustainable-development/ Brasil escola - http://brasilescola.uol.com.br/