

CHICOTEIROS ORKUTEIROS
Glauco Mattoso
CHICOTEIROS ORKUTEIROS
São Paulo
Casa de Ferreiro
Chicoteiros Orkuteiros
© Glauco Mattoso, 2025
Editoração, Diagramação e Revisão
Lucio Medeiros
Capa
Concepção: Glauco Mattoso
Execução: Lucio Medeiros
Fotografia: Ninil Gonçalves
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Mattoso, Glauco
CHICOTEIROS ORKUTEIROS / Glauco Mattoso. –– Brasil : Casa de Ferreiro, 2025. 128 Páginas
1.Poesia Brasileira I. Título.
25-1293 CDD B869.1
Índices para catálogo sistemático: 1. Poesia brasileira
NOTA INTRODUCTORIA
Em todo cyberbullying eu me inspiro, não só nos que soffri dos meus leitores mais sadicos. Aqui colleccionei poemas allusivos a taes scenas de trote virtual e zoações quetaes, porem com base bem veridica, plausivel, verosimil, pelo menos. Meu caso de cegueira, claro, foi aquillo que instigou abusos taes, mas serve este volume de emblematica ammostra do que rolla pelas redes. Connecte-se quem possa se incluir. Divirta-se quem pode enxergar bem.
[PRIMEIRA PARTE]
ORKUT QUE REPERCUTE
(1)
O conto de Theophilo, que incluo no livro PROMPTOS PONCTOS, se refere às coisas que no Orkut circulavam com plena liberdade e sem censura, mostrando como somos, em geral, crueis e deshumanos, só bastando aquelle signalzinho verde, dado de cyma para baixo, como neste governo que se encerra, mas não finda. No Orkut, o que marcou minha attenção foi uma jovial communidade bastante frequentada por boyzinhos folgados e por gente incorrectissima, que expunha alguma photo, permittida ou não, de qualquer gajo um tanto quanto extranho, differente, engraçadinho, capaz de suscitar as gozações daquelles que quizessem ter escravos, fazer com elles tudo que lhes desse na telha. Tal pergunta sempre entrava na pauta, antes que todos respondessem: {O que você faria com o cara da photo, se elle fosse seu escravo?} Amigos copiaram as respostas, que tenho num archivo, onde estão como escriptas foram nessa forma tosca das redes que, tecladas, se expalhavam. É claro que torturas suggeriam os jovens para aquelle “candidato” a alguma adolescente “escravidão”. Torturas sanguinarias e terriveis, mas, entre quaesquer outras, a chibata ganhava de lavada a preferencia geral: posto num “tronco”, o condemnado soffria toda sorte de hypotheticos açoites, precedendo outros abusos. Comtudo, um bem frequente que lhes vinha à mente era fazer que esse escravinho limpasse com a lingua alguma lage,
um piso que, encardido, precisasse de exmero na faxina, alem de, claro, lamber tambem, de todos, os sapatos, os tennis, as botinas ou chinellos. Collar vou, em seguida, algumas phrases que illustram o que exponho, sem siquer mexer naquella typica graphia. Vejamos a primeira, ao responder accerca do que escravos meresciam:
{Faria eli me carregar pra onde eu kisesse nas costas…eu com espora pra eli num impacar e chicote…faria eli lavar o meu saco todo dia…pagaria todas as minhas despesas da minha casa…daria banhu no meu cachorro…lamberia o chão da minha casa pra ficar mais limpo…ixiii um tanto de coisa o condenado ia sofrer na minha mão…}
Tambem fazer lamber, este queria:
{ele ia corta a grama de um campo com os dente e ps limpa um jinasio com a lingua…}
Aqui gargalha alguem do jeito delles:
{fazia ele lamber o chão até sair sangue.. aHuahaUhaUahuH}
Um outro desses jovens respondia:
{mandava ele limpar meu quarto com a lingua, ia ter q se alimentar da sujeira, senaum ia morrer de fome hauhauhuauhau}
Mais este ria à bessa do coitado:
{ia t q lambe o xaum por onde eu ia passar!!!! houhohuh}
Reparem na graphia que indicava o modo como os jovens gargalhavam emquanto digitavam as respostas. Agora adduzir quero um raciocinio em torno dessa alegre diversão,
que sempre inoffensiva se suppunha. Do tempo do governo militar são muitos os relatos de quem foi refem e, nas prisões, forçado pelos civis ou militares (que, nas horas mais vagas, divertir-se desejavam) a algum piso lamber para limpal-o, subjeito, pois, a chutes e pisões. No livro de Gabeira ha referencia que, em verso, mencionei nestas palavras:
DISSONNETTO RETICENTE [0414]
Gabeira, em “O que é isso, companheiro?”, fallando do regime militar, descreve o caso, nunca por inteiro, tal como eu gostaria de fallar.
Rememorando aquelles tempos idos, depois de preso, agguarda no quartel e vê no corredor outros detidos forçados ao mais sordido papel.
Soldados os obrigam a lamber no piso de ladrilhos a sujeira das botas que alli passam, brincadeira que insuffla nos recrutas o prazer.
Ainda que com dó dos seus gemidos, curtiu a scena, até que um coronel o fez tapar os olhos e os ouvidos, porem no paladar seu livro é mel.
Quem sabe, um dia, um outro ex-guerrilheiro melhor me satisfaça o paladar contando quem lambeu chão de banheiro e as solas que pisaram tal logar.
Tambem evoquei esse caso quando fiz estes trez poemas, mais recentes:
MEMORIAS DO CARCERE [6093]
Lamber o chão? Fazer alguem usar a lingua nessa sordida funcção? No Orkut era commum alguem, na mão de sadicos, passar por tal azar.
Nas redes é possivel encontrar imagens em que todo um sujo chão terá que ser lambido. Risos são ouvidos. As prisões são bom logar.
Na nossa dictadura, diz Gabeira, assim se torturou. O preso tinha que limpo deixar onde se caminha com botas militares. Ha quem queira?
Às vezes algemado, de colleira em volta do pescoço, foi a minha lembrança que excitou a punhetinha: Nas botas se lambeu, tambem, sujeira.
TRABALHOS FORÇADOS [7215]
Eu gosto de ver, vate, esse scenario de campo de trabalho, de exhaustão! Eu gosto quando nunca dizer não alli me irá nenhum presidiario!
Adoro ver um homem (acho hilario) de quattro, no mictorio da prisão! Eu mando o chão lamber e lambe, então, sem pressa, appós sentir gosto urinario!
Um homem, quando fica assim prostrado na minha frente e lambe, satisfaz as minhas taras, Glauco! Sou capaz de nelle descomptar meu lado sado!
Me excita que elle esteja condemnado, cumprindo pena! Até que você faz papel desse que nunca terá paz na vida, que lhe resta, de forçado!
DIA DO TORTURADOR CARIOCA [11.180]
Fiquei sabendo, Glauco! Um carioca me disse que prestou serviço para a nossa dictadura, que jogara no carcere escriptores! Sem fofoca!
Nem sempre quem escreve ser masoca deseja… Ahi que mora a questão, cara! Os presos que lamber tiveram rara sujeira, alli no piso dessa toca!
Das cellas para o pateo, um corredor havia, a ser lambido, onde cothurnos pisavam… Um horror, é de suppor!
Quaesquer horarios, sempre, em quaesquer turnos, serviam para a farra! Gozador, o gajo mais curtiu os mais nocturnos…
Tambem mui pertinente é, ja sem rhyma, a crua recyclagem que fiz dum sarcastico sonnetto mais antigo:
ZOADO? [9502]
Você ja foi zoado por moleques, sei disso, mas na practica prosegue no thema porque sua phantasia se excita com lembranças do passado. De quando fui detento, ja não tenho as mesmas coisas para relembrar, pois esses molecotes me zoaram pesado. Filhos eram de qualquer daquelles carcereiros. Elles tinham licença de fazer o que quizessem.
Fizeram-me lavar, com minha lingua, o piso do banheiro. Você não iria querer disso se lembrar, pois solas geralmente teem sabor um pouco menos acido, Glaucão.
Caetano ja cantou que escravidão é coisa, no Brazil, que permanesce ainda que passemos muito tempo taes factos discutindo ou combattendo. A prova disso ouvi, por estes dias, no radio: uns molecotes de collegio de elite foram pegos, pelas redes, propondo, do Nordeste, escravizar aquelles cidadãos, na maioria, que votam num, de esquerda, candidato, que negros ou mulatos sejam, ou que para nada sirvam, fora algum serviço subalterno, o de engraxate, fallando, por exemplo, um dos meninos. Taes factos isolados do contexto jamais são, eu constato, horrorizado, depois das mais recentes aggressões racistas contra aquelles que não teem dinheiro para delles ser collega de classe nem comprar uns caros tennis. Porem mais me lamento quando ouvi fallarem que, de esquerda, alguem fallou em outra dictadura appoiar, typo daquellas sovieticas, taes como citei neste poema aqui transcripto:
PAREDÃO [6207]
Duvido de você, quando me diz que exsiste boa gente em cada lado! Si sou de esquerda, quero fuzilado ver um dos “bons”! Assim serei feliz!
Aquelle que equilibre dois Brazis, por mais que seja bemintencionado, meresce simplesmente ser tractado com toda a cortezia que condiz:
Teremos boa balla, paredão tambem bom, para cada desses tão bomzinhos, porem cuja posição se opponha ao socialismo de plantão!
Mas antes, Glauco, quero vel-os chão lambendo pelo pateo da prisão! Rirei quando pedirem meu perdão por terem sido neutros na questão!
Em summa, alguem que queira ver lambendo um piso os direitistas de plantão, no jogo do poder, é tão insano fanatico, direi, quanto os milicos que estavam obrigando os prisioneiros citados por Gabeira a, com a lingua, lavar o corredor que leva às cellas. Melhor pensarmos, caso orgasmo tenha alguem com essas scenas, que mais vale gozarmos entre quattro paredinhas caseiras que entre quattro paredões dum sordido porão de dictadura.
(2)
Aquella assaz cruel communidade do Orkut é boa fonte para quem pesquisa algum assumpto controverso. Depois de pesquisarmos o que fazem os jovens si tiverem um escravo, ou seja, com a lingua que elle lave um piso de presidio, por exemplo, notamos que, sem pappas nem porens, tambem a crueldade dos moleques se extende, é natural, ao mais commum dever dum humilhado: dos pisantes ser como que engraxate, mas sem dó.
A tal profissional fiz referencia em muitos dos poemas que escrevi, mas uso o symbolismo tambem typo metaphora podolatra de como
frequente é escravizar um perdedor forçando que elle “engraxe” (“limpe”, diga-se) uns tennis, umas botas, uns sapatos, ou mesmo uns pés descalços dos moleques, do modo mais cruel ou humilhante. Abbaixo collarei, sequencialmente, diversas das respostas da gallera na rede social, para depois fazer mais commentarios a respeito. O gajo, cuja photo collocada foi para ser zoada, jus fazia a phrases nesta typica graphia, de inicio, suggerindo umas torturas:
{Primeiro ele iria para o tronco, para ser disciplinado. Depois ele serviria de escravo para mim e para a Bela Srta. Jeh, nos servindo de capacho, e prestando serviços de pedicure.}
{eu ia coloca no tronco e enche de chicotada nas costa, depois eu ia queima cigarro nas costas dele e cortar com gilete, depois eu ia da pros meu cachorro come!! kkkkkk}
{Alem de ser meu escravo e fazer tudu q eu mandasse eu ia deixa ele a base de pao e agua so .. e eu iria colocar ele todo dia no tronco e dar varias xibatadas com xicote no lombo dele.. e fora as camaras de torturas q eu iria coloca ele.. e quandu eu enjuase dele ow colocaria ele na forca ow na camara de gás .. HuaHAIh}
{acorrentava no toco… aUShAUShAUsaUSHuaS, só pq quiz ser mála escravo tem que obedecê, e não falá!!!!}
{todo dia iria conhecer o tronco e o vira-mundo além de viver com uma máscara de ferro no rosto p/ deixar de gaiatice com a foto do orkut}
{hehehe Virava de cabeça p/ baixo, no tronco, com direito a chicotadas p/ deixar de comentar demais nesse tópico aki.}
{Putz, eu colocava ele de cabeça pra baixo e punha óleo quente no rabo dele, pq isso estoura tudo pro dentro… hehehe}
{tronco e chicote de 3 reios}
{ia manda roça uns mato aqui perto de casa depois qd ele tivesse bem cansado ia manda lambe chao toma agua da caixa de gordura e amarra de ponta cabeça e joga num canto pra começa tudu de novo no proximo dia hUHEUHEuehuHEUheuhUEHe}
{esse ai ia t q lava o banheiro!!! na lingua!!!}
{iah apanha tdo dia… e faze td q eu manda… hsAUshUAHSUAH chicotada nele}
{bateria espancaria…colocava no tronco pra descontar meu odio de todos…kkkkkk}
{AMARRARIA NU TOCO PRA TOMA XICOTADA}
{eu fazia sofrer aos pokos… ia apanhar td dia hauhuahuahuahuau}
{colocaria ele no tronco e rasgaria cum chicote pra ele aprende a num fala assim cum sinha samara}
{provavelment ia fazelo komer merda}
{faria esse desgraçado comer a propria bosta ainda quente}
{cegava esse japones do olho grande e alimentava so de merda…}
{raspava seus olhos com uma gilete nossa… q crueldade falow}
{eu mandava ele limpar as merdas do meu pitbull e do meu pastor alemão…depois mandaria ele comer elas. hahahhh}
{eu mandaria ele satisfaze meu cachorro. fika d 4 escravo nojentu heauiea !!!}
{Se esse sujeito fosse meu escravo eu cortava a língua dele e dava aos cães. Depois eu daria uma surra inesquecível para ele aprender a se comportar. Quando ele estivesse devidamente adestrado eu o usaria como faxineiro}
{ia trabalha pra mim, e eu q ia receber o dinheiro, shuashuas, exploração msmo}
{alugava o corpo dele pra galera e ficava com a grana}
{Ia mandar esse cara tirar minha dúvida de como ficaria uma pessoa sem dentes(arrancados com alicate, e claro sem anestesia) mascar uma porção de giletes, e depois tomar um suco bem concentrado de limão, pra dizer q num sou ruim, só um copo duplo!!!}
{Colocava amarrado no rabo de um cavalo e espantava ele…Qeria v ele arrastandu pasto afora!!!}
{amarrava ele atras dum caminhao monstro 4x4 e botava ele pra come terra, ai depois eu chicoteava e fazia ele toma banho de limão com sal, depois eu dexava ele se cura e obrigava ele a arrumar minha cama, lavar a louça e a privada e etc…}
{eu amarraria ele em um onibus só pra ve ele sendo arrastado enquanto o xão quente destroi sua pele lhe proporcionando muita dor , e sofrimento!!! dps faria ele tomar um banho de alcool só pra velo esperniando de dor !!! heheheh}
{AAAAA…FARIA ELE KONTA UMA PIADA BOA,SENAUM JOGAVA ELI NO FOGO ATÉ SE TORRAR! LEGAU NÉ? HUAHUAHAU}
{mandaria ele dar o cu a galera, e depois ficar contando piadas boas, se fosse ruim … ele ia pro xicote de fogo uahauahuahuhauahuah e depois keria q ele ficasse rindo uaahuahauha}
Agora, as mais directas no que enfoco:
{Mandaria engraxar meu coturno todos os dias.hehehehehe}
{essa figura tem cara de escravo mesmo!! boum, primeiro eu faria ele tirar esse bonezinho de camelô! Faria ele trabalhar nu sempre!! com uma tatuagem escrito o nome do dono e alguma reverencia e tal… Faria dar banho de lingua na sola suja de terra…}
{botava esse vagabundo pra beber chorume}
{ia manda raspá a cabeça dele, encher ele de chute na cara, fazer ele comer lixo! e arrumar meu guarda-roupa iauhahiuah}
{Amarrava no fundo do patio,pra quando chegar IRRITADO em ksa discontar a minha raiva nele com bicudas na cara!!! ashuiuashuiashui}
{Bicudaria a boca dele!!!}
{faria dele meu saku d pankda e chutaria ele ate estora..}
{iria coloca-lo na academia de kung-fu e usa-lo como saco de pancada todo dia huauhauhuahua}
{nossa o cara ia limpa minha bunda qdo eu cagace e ia apanha todo dia pra larga de ser emo}
{eu mandaria esse tosco ai comer minhas melekas do nariz(todinhas)so para deixar de ser muleke, depois faria de capacho e privada, depois mandaria ele ir na boca todo dia para fazer minhas compras!!!}
{Colocaria pra lavar meus pés com a lingua! Pra aprender que em escravo não se bate! Só Espanca! kkkkkk}
{Ah, primeiro, mandava ir se foder… Depois, eu queria experimentar ser dentista, tenho um alicate e um martelo aki que eu nao uso faiz tempo, mas só não teria anestesia… depois eu faria ele engolir uma série de coisas, pelo anus… Faria ele se vestir de EMO, e socaria ele toda hora, contrataria um leão de chácara só para bater nele. Faria ele ir na galeria do rock vestido assim e bater nos emos, e arranjar briga com skinheads, rappers, e td a escória… Fora os afazeres domésticos e profissionais, como limpar a casa, cortar cana, vender o corpo, etc… Além de que eu iria andar descalço e como ele é podolatra, eu iria pisar no barro e faze-lo lamber e se deleitar com meu pé sujo e encardido… pisar de tenis na bosta e faze-lo se deliciar com esta iguaria tbm…}
{mandada eli fika c chicotianu i arrumando meu quarto encerar minha moto… lavar meus tênis… acho q tah legal}
{ec ta fudidu ia t q arruma meu quartuu!!! e oia q ta uma zona!!!!! dpois d lavar minhas cuecas logiko!!!! e limpar meus tenis!!!!}
{bom, eu mandaria ele virar um escravo doméstico mesmo, pra fazer as coisas da casa como lavar as cuecas e meias! :)}
{limpar as minhas partes íntimas com a boca :)}
{arrebentava na paulada heuahueahuea e fazia chupar} {Iria me chupar e satisfazer os desejos sexuais de toda a galera da minha rua… hauauhauhahua}
{Comia o rabo dele. daria muito tapa na cara e esporraria nela}
{lavar todos os meus tenis com uma escova de dente. e depois escovar seus dentes com ela}
{Eu mandava ele fazer uma comida bem boa pra mim … se não fizesse ia pro tronco … depois tinha que ficar fazendo uma bela massagem em meus pés e depois nas minhas costas … e depois podia ir descançar na senzala!}
{sem dó de vc brother…sabe aquela coceira chata entre o dedão do pé? colocava vc pra coçar…com a lingua Hahaha!}
{putz seila mas ia sofrer ia rolar uns cafune no meu dedao}
{hum … corta minha unha … lambe meu xule … xerah meu sufaco hehehehe}
À parte essas flagrantes creancices, paresce-me evidente que sadismo não falta à molecada, seja aquella da roça, dos apês ou da favella, pois, quando se sentir empoderada, qualquer pessoa abusa de quem não está na condição de reagir.
Não posso me furtar à citação das scenas em que feito de capacho
ou mesmo de engraxate fora alguem, tal como de relatos me suppriram. Vejamos mais exemplos pertinentes:
AZAR DE QUEM DISCORDE [10.017]
Não vale se esconder nem desligar a camera. Apparesça para a gente. Assim. Agora dispa-se. Nem tente deixar alguma peça no logar. Agora lamba a lage. Pense estar lambendo nossa sola. Assim. Em frente, agora beba a aguinha, ainda quente, que esteja na privada desse bar.
Agora, com a faca, a lingua corte. Assim. Deixe sangrar, que nós gostamos. Agora coma a merda. Fede forte?
Não pode desistir, sinão mostramos nas redes sua ficha. A sua sorte será soffrer, e rirmos nós, seus amos.
DIA DE NATAL NO PRESIDIO [10.632]
Um preso ja ammestrado normal acha lamber o chão, passar a lingua nessa poeira accumulada, que interessa appenas aos solados de borracha.
A fim de evitar surras, se despacha na hora, ao ouvir ordens e, depressa, de quattro se colloca. Ahi, começa ouvindo bem que alguem o bicco racha.
Risonho, o carcereiro cospe e pisa em cyma desse excarro que elle mesmo soltara alli na lage pouco lisa.
O preso sua lingua passa, a esmo, no cuspe empoeirado, um extra, à guisa do gosto de farofa com torresmo.
DIA DO PRISIONEIRO EM CAMPO DE CONCENTRAÇÃO
[11.069]
Da torre de vigia, algum gaiato observa aquella afflicta multidão de internos trabalhando, sem perdão nem pena, capinando qualquer matto.
Risadas dão os guardas si insensato é o typo de trabalho, pois estão, por vezes, a quebrar pedras, sinão appenas rastejando ao sol ingrato.
Commum é de gattinhas ver alguem levando ponctapés em sua cara, um pateo que lamber tendo, tambem.
A vida de internato se compara, no caso dos menores, ao tal “bem estar” duma FEBEM antiga, à clara.
DIA NACIONAL DA LAMBEÇÃO DE CHÃO [11.460]
Na marra, aquelle inerme prisioneiro começa a rallamber o sujo piso interno do presidio, sob o riso do joven carcereiro, sobranceiro.
A lingua, rente ao tennis por inteiro filmado na sessão, faz indeciso e exquivo movimento. Tambem fiz o serviço, recolhendo cada argueiro.
Os ciscos adherindo vão à minha rallada lingua. A baba molha a lage pisada pelo tennis, que é Rainha.
Embora degradado pelo ultraje, não deixo de exbarrar, em recta linha, num tennis que combina com o traje.
SONNETTO DO FILME QUEIMADO [12.796]
Não, Glauco, supportar você não ia! Fizeram-me lamber todo um banheiro! Sim, isso mesmo! O piso, por inteiro coberto da mais grossa porcaria!
Levei chutes na cara! Valentia nem pude exhibir! Só de lembrar, beiro a nausea! Minha lingua tal chiqueiro lavou na marra, porra! A turma ria!
Senti de mijo o cheiro, senti gosto de bosta mixturada com poeira de tanta sola suja! Fui exposto!
Filmaram tudo, Glauco! Não, não queira achar que poderei erguer o rosto de novo! Não foi mera brincadeira!
SONNETTO DA SESSÃO DE HUMILHAÇÃO [13.145]
Daquella vez, o gajo mandou que eu lambesse todo o piso do banheiro. Tentei obedescer e fui, primeiro, em volta da privada, mas não deu.
Senti fedor de mijo, molhei meu nariz e recuei. Pelo trazeiro levei uns ponctapés. Eis que esse cheiro fedia menos. Ja me convenceu.
A lingua fui rallando pelo chão bastante empoeirado, muita vez topando com o tennis do mandão.
Erguendo um pouco o bicco, o gajo fez que eu desse no solado um toque e não deixasse de entender que sou freguez.
Fallei, ja, tantas vezes! De castigo agora você fica! Vamos, tracte de pôr-se, ja, de quattro! Quem não batte num cão, si for teimoso? Vamos, digo!
Assim! Engattinhando! Mal consigo ficar sem dar risada! Ahi, não latte? Terá que lattir, ora! Disparate seria si fallasse! Eia! Commigo!
Aqui! Perto do vaso! Vamos, lamba bastante esses ladrilhos! Está sujo o piso? Ora, lavando va, caramba!
Não, nada de gemer! Quem é sabujo só lambe! E este meu tennis, que no samba rallei? Lave tambem o dicto cujo!
Appenas concluindo o raciocinio, podemos entender uma attitude mais sadomasochista no contexto das nossas phantasias sexuaes, mas, quando uma attitude juvenil extende-se, na practica, ao tal “bullying”, começa a preoccupar as consciencias. Peor, muito peor, a mim, será si gente que devia ser adulta e esteja no governo, ou exercendo papel oppositor, propaga taes conductas como sendo toleraveis, por mais intolerantes que paresçam, em termos de convivio social.
Na phase em que sizudos cidadãos agirem como os taes adolescentes do Orkut, estamos todos no buraco e nada mais nos salva da barbarie.
[SEGUNDA PARTE]
VIRALIZADOS CASOS REPISADOS
PONCTUAL CASO DE THEOPHILO [conto 9 de PROMPTOS PONCTOS]
Eu sei o que você, Mattoso, quer ouvir. Lhe contarei exactamente aquillo que deseja, pois ja tive em carcere privado um cego, quando morei numa Guyana que não vou dizer qual era para não dar mais detalhes vagos. Vamos, pois, ao poncto. Ainda no começo deste seculo, as redes sociaes não eram tão visadas, patrulhadas, e podiamos formar gruppos, no orkut ou por email, em torno das mais torpes preferencias, taes como quem, de carro, gostaria de edosos ou peões attropelar, collegas ou rivaes escravizar, esposas transformar em putas entre amigos, mactar cães abbandonados, queimar mendigos, coisas desse typo. Pinctou, assim, primeiro nos Estados Unidos, depois entre nós, o thema, até que serio, dessa populosa e sempre maior massa carceraria. Não tinha nosso gruppo solução do typo humanitario para aquelle crescente contingente de detentos, de presos perigosos, para ser exacto, que jamais em sociedade podiam viver como cidadãos communs e que, cumprindo suas penas, por annos custariam muita grana, por causa de presidios cada vez mais caros, appinhados e inseguros. A grande suggestão, que evitaria problemas de motim, de indisciplina, de custos com a maxima politica
de falsa segurança, começou na America, appoiada pela nossa local communidade: forçar todos os presos transitados em julgado a suas boas corneas doar para quem, fora das prisões, dellas precisem. Assim, o condemnado desempenha papel mais social e, noutra poncta, não causa mais problema alli na cella. Percebe você, Glauco, o quanto tal politica suggere de incentivo a todo carcereiro que se excite com essa gente inerme e totalmente subjeita a tantos sadicos abusos? Por isso mesmo, Mestre, eu quiz propor no gruppo certas normas para aquelles cegados prisioneiros, typo dar-lhes forçados trabalhinhos roptineiros, de facto compativeis com a sua abjecta condição: massagear, com suas mãos mas, logico, tambem usando suas linguas, os pés, não appenas dos agentes carcerarios, porem de todos quantos os quizessem usar para deleite vingativo que possa compensar o que fizeram de mau a nós, honestos cidadãos.
Ou seja, as prisões ‘inda serviriam de clinica, a precinhos populares, àquelles que quizessem relaxar os pés com tal holistica massagem. É claro que, entre internos funccionarios, os cegos serviriam tambem para usarem suas boccas em caralhos dispostos a gozar sem restricções de nojo, dignidade e livre excolha da parte dum forçado fellador. O cego que se negue incorreria em grave transgressão disciplinar, subjeita a punições de praxe, como soffrer choques electricos ou ser, na frente dos demais, chicoteado. Na epocha do orkut eu não vivia
ainda na Guyana, mas la fui fugindo dumas dividas que fiz aqui. La, com trambiques, me virei a poncto de ter casa num local pacato que, isolado, me servia de lar, de esconderijo ou de escriptorio, conforme quem entenda do riscado. Não longe da cidade, eu la de carro levava pouco tempo para, às vezes, chegar e fazer compras. Uma vez, passando pela praça principal, notei que estava a turma de pivetes zoando com um cego que pedia comida, que implorava por qualquer sobrinha comestivel. Comestivel? Magina! A molecada só lhe dava nojeiras as mais putridas, mas elle, sem ter alternativa, as devorava de prompto, sem siquer as mastigar direito, para, appós, não vomitar… A cada podriqueira que lhe davam, ficava às gargalhadas todo mundo, mas, quando fui chegando, os molecotes se foram dispersando. O cego, um joven mestiço, percebeu minha chegada e, soffrego, pediu por uma adjuda, um troco para alguma coisa menos passada pôr na bocca, alem de restos. Chamei-o para perto dum kiosque, paguei-lhe qualquer coisa de beber, um lanche e, depois disso, um pappo tive com elle, bem aberto, nestes termos: Perdeu recentemente sua ja precaria visão? Nada de familia, parentes nem amigos? Um emprego qualquer jamais teria? Ficaria na praça, à mercê desses pivetões dispostos a zoar com os mendigos? Então que tal servir-me como um cego servir deve de escravo para quem enxerga normalmente? Hem? Que tal ser meu cão, meu lambedor de pés, meu bem treinado massagista, chupador
de rolla, como os presos que citei? Sim, elle entendeu tudo o que fallei, pois tinha algum preparo, mesmo sendo, talvez, analphabeto. Concordou, baixou sua cabeça, disse “Sim, senhor! O que quizer, senhor, eu faço!”
Levei-o para casa, abertamente lhe impuz que, em troca appenas de comida, colchão para dormir e roupa limpa, seria meu escravo sexual, podal, anal e tudo o mais que suas mãos, sua bocca, às cegas, me pudessem fazer, que divertisse minhas horas.
Eu tinha, na cozinha, alguem e, para negocios outros, outros serviçaes, mas esses poderiam se servir, tambem, da bocca cega, appropriada a toda putaria desejavel.
Assim, ganhei meu proprio prisioneiro, com elle satisfiz todas as taras, usei-o como oral masturbador, diario massagista, lambedor de callos e frieiras, do chulé curtido nas botinas de interior, emfim, me deleitei, sempre dizendo a elle que precisam ter os cegos funcção util no mundo, ou, do contrario, melhor seria, duma vez, morrerem.
PONCTUAL CASO DE RUYZINHO [conto 16 de PROMPTOS PONCTOS]
Nós somos dessa mesma geração, Glaucão, que, no regime militar, viu quando os generaes enduresceram aquillo que ja duro se encontrava: do nosso lado, os ultimos resquicios de frageis liberdades democraticas; do lado delles, uma picca ja bem sadica, gozando o pisão dado, de bota, sobre nossas cabecinhas. Sim, fallo do famoso mez de maio e tudo que, depois, accontesceu: pessoas sendo presas, torturadas e mortas, toda a midia censurada, politicos de esquerda perseguidos e tendo que fugir deste paiz, terror e paranoia geral pelos silentes corredores das escholas primarias, secundarias, superiores. Os gruppos de estudantes dispersavam, temendo um delator que se infiltrasse no meio das mais comicas conversas, tentando subversões detectar nos mais futeis commentarios da gallera. Alli por essas epochas, na minha de lettras faculdade, fui amigo dum joven que, de egual edade, tinha rancor dos professores, dos collegas, daquelles que tivessem cultural preparo ou que talento demonstrassem, na vida, para algumas artes ou officios que exigissem certo nivel mental, certo padrão de intelligencia. Emfim, fiz amizade com um typico reaça fascistoide, esse Ezechias, chamado, pelos intimos, de Zeca. Foi logo no começo dos septenta que Zeca mixturou-se com milicos que estavam no DOI-CODI trabalhando, os quaes o convidaram para ser um desses informantes informaes
que tanto caguetavam os suspeitos de estarem a serviço das esquerdas que, então ja clandestinas, pretendiam pegar em armas para combatter as forças governistas. Zeca nem siquer pestanejou e, com prazer, às hostes repressoras adheriu. Passou a dedurar quem quer que fosse sympathico, nas suas relações, ao lado “communista”, mas tambem aos homens entregava aquelles seus antigos e recentes desaffectos, ou seja, si não fosse com a cara dum cara, allegaria aos militares tractar-se dum malefico “communa”. Um dia perguntei ao Ezechias si tinha dedurado um professor de grego, um apolitico subjeito, que nunca se envolvera com “festivas esquerdas” nem com lucta armada. Ahi me disse Zeca que elle simplesmente lhe tinha dado nota zero… Pode? Hem, Glauco? Ja pensou? Um professor passando pelo pau d’arara só por causa duma nota baixa dada ao Zeca, àquelle inutil vagabundo que nunca algum diploma alcançaria… Ja sei, Glaucão: você perguntará qual era meu motivo para ser amigo dum cagueta como o Zeca, alem de proteger-me contra alguma denuncia que fizesse sobre mim. Então vou confessar. Me fascinava ver scenas de tortura, sim, ver gente soffrendo, pelos methodos mais varios, as dores e vexames que soffriam as victimas, em todos os paizes e tempos, de tyrannicos regimes. Talvez por influencia da catholica noção dos sanctos martyres, que foram cobayas dos tormentos mais atrozes, batti minhas primeiras punhetinhas pensando nessas sadicas sessões
mostradas nas gravuras que illustravam as biblias que nós tinhamos em casa. Assim, quando o Zequinha me contou que, sendo um informante, se valia da sua condição para acceitar convites dos milicos para ter accesso, nas prisões, às taes sessões de “pau”, onde ficavam penduradas as victimas dos choques e demais torturas, que seriam por agentes do rigido regime interrogadas, fiquei enthusiasmado de euphoria. Glaucão, esse espectaculo me foi possivel só por causa do Zequinha! Foi elle que, sabendo do meu gosto por scenas desse typo, fez a magica pergunta: {Ahi, Ruyzinho, cê quer ver um trouxa pendurado no pau, sendo zoado, para a gente tirar sarro? Eu posso perguntar si elles me deixam levar juncto um amigo quando for, na proxima sessão, me divertir…} Na noite duma sexta, como num programma qualquer, fomos, eu com elle, até, dum dos districtos, um annexo. Alli se interrogava algum suspeito, não duma corriqueira accusação, mas dessas clandestinas attitudes que fossem “subversivas” pelo olhar dum simples informante, elle, no caso. Entramos no DOI-CODI e de Ezechias os passos eu segui para chegar à salla de tortura. Appresentado aos rispidos agentes, me sentei ao lado de Ezechias. Ja despido, um homem de seus trinta annos estava aptado pelos pulsos, com as mãos à frente dos joelhos e, por traz dos basicos joelhos flexionados, a barra de madeira suspendia seu corpo, o pendurava como um frango, de cu virado para cyma, com a cara mais voltada ao chão, bem perto
dos pés dos que estivessem ao redor. O pau, o pau d’arara! Tão famoso, capaz de metter medo no maior bandido, mais ainda num covarde qualquer que, estando preso, se incrimine depois dumas sessões de electrochoque! Comnosco, uma platéa duns dez vinha ao show assistir, como quem assiste a alguma comedinha alli no circo. De facto, gargalhadas provocavam os berros do subjeito quando, logo de inicio, no seu anus penetrado foi pelo cabo duma vassourinha, daquellas mais curtinhas. Ficou esse pedaço de madeira alli mettido durante todo o tempo, para a nossa risada alegre, sempre que berrava o trouxa ao sentir subitas ponctadas. Com fios pelo sacco, pela picca, alem dos mais sensiveis ponctos pela carona de idiota, aquelle pobre subjeito debatteu-se em agonia, debaixo das descargas successivas, seguidas de perguntas, mas, às vezes seguidas mesmo só de gargalhadas geraes, ja que ninguem interrogar queria, só zoar mesmo, um barato… O Zeca levantou-se e foi do trouxa tirar uma casquinha, ja que estava, por habito, treinado na tarefa banal de empregar uma machininha de choques, das sessões participando tambem como um algoz efficiente. Então presenciei sua attitude e suas perguntinhas ao refem: {Ahi, seu trouxa! Lembra-se de mim? Não, claro que não lembra! Você nunca me viu, nem me conhesce! Não é mesmo? Mas eu bem que conhesço você, seu communa desgraçado! Você não confessa que é communa? Não? Mas vae depressa confessar! Ahi, gostou? Hem? Gosta disso? Disso tambem gosta?
Hem? Quer pedir arrego? Quer pedir? Então lamba meu tennis! Lamba ahi!} Zequinha pressionava, com o pé, o rosto do coitado, cada vez que dava mais um choque e mais risada. O trouxa, de cabeça para baixo, de cara para a sola do Zequinha, tentava para fora pôr a lingua, mas sua cabeçorra mal podia mover-se, sem appoio, nesse exforço. Assim, elle implorava, agonizante, que pena, piedade, emfim, tivessem. Mas elles só pararam quando o cara, talvez tendo um attaque, desmaiou. Dalli foi retirado, quando nós tambem nos retiramos, satisfeitos. Num outro dia, fomos ver alguns pellados prisioneiros sendo usados à guisa de banaes pannos de chão. Sim, tinham que, pisados pelas botas, chutados e expancados com bastões, lamber aquelle piso de ladrilhos do longo corredor que separava as cellas da tal salla de tortura. É claro que Ezechias se exbaldava e, nesses bons momentos de lazer, fazia que esses pobres prisioneiros lambessem a poeira, não appenas do piso, mas tambem dos tennis delle, que dava ponctapés em cada rosto com maxima alegria, à minha vista. Queria se exhibir, naturalmente, pois elle se gabava dessa sua total intimidade com os homens que pela repressão eram, de facto, maiores responsaveis, mais até que muitos generaes e coroneis. Não, Glauco, não tomei parte em nenhuma sessão de electrochoques, nem siquer de chutes. Nunca! Appenas assisti… Depois daquella phase, ja não tive contacto com o Zeca, que sumiu. Disseram que elle tinha sido morto,
mas acho que mudou de identidade e esteve, muitos annos, convivendo tranquillo, na maior civilidade, por vezes como reles funccionario dum centro cultural ou de qualquer privada faculdade, com aquellas pessoas que elle tanto odiou, tanto chamou de communistas e quiz ver soffrendo só por causa das idéas…
[TERCEIRA PARTE]
DA CHARTA CURTA À BANDA LARGA
CHARTAS ENTRE UM JOVEN E UM VELHO BARDO
(1/10) [3981/3990]
(1)
Dante a Lobo se habilita e se torna remettente:
Caro Mestre, me permitta que, por esta, me appresente! Sou poeta e, em minha escripta, é você muito influente!
Sou aquelle que mais cita os seus versos e que sente a attracção dessa “maldicta” e “satanica” corrente!
Pedir venho, caro Mestre, que me treine, que me addextre nesse officio delirante!
No enveloppe tambem segue o meu livro! Não me negue commentario! Seu, P. Dante.
Lobo a Dante deu aqui a resposta do correio:
Oi, moleque! Recebi seu livrinho, que ja leio. Fora um erro, aqui ou alli, você até que não faz feio…
Falta só mais phrenesi, mais tesão; sobra receio de offender. Eu não senti seu pezão pisando em cheio.
Por fallar nisso, meu Dante, qual seu typo de pisante preferido? Qual seu traje?
Qual seu numero? Me diga! Me despeço: acceite a amiga saudação do Lobo Cage.
Dante a Lobo dizer quiz isto ao ser correspondido:
Alô, Mestre! Estou feliz que me tenha respondido! Acho tudo que me diz procedente: faz sentido!
Farei versos mais febris, doradvante! Me decido a acceitar suas subtis temptações, e me convido!
Tenho pé quarenta e trez e não é nada burguez meu pisante: uso cothurno!
Mestre, um thema me suggira que illumine a minha lyra! Do seu Dante, o taciturno.
Lobo a Dante se desmancha em porens de intenções más:
Salve, Dante! Mas que prancha tem você, moleque! Faz suppor que ella se excarrancha sobre a lingua mais loquaz!
Um assumpto que deslancha qualquer verso e dá-lhe gaz é explicar aquella mancha na cueca dum rapaz!
Vamos! Faça-me um poema sobre um thema assim! Não tema parescer muito melloso!
Me descreva com cuidado o prazer de estar mellado! Seu Lobão, o palavroso.
Dante a Lobo acha que sova lhe dará e será cruel:
Mestre! Agora se renova meu tesão de menestrel! De improviso fiz a trova que passei para o papel:
“Na cueca tive a prova de que é doce como o mel minha picca! Quem a escova faz da lingua seu pincel!”
Não ficou la muito boa, reconhesço! Mas à toa não compuz essa quadrinha!
Vamos, Mestre, faça a sua! Pincte o septe! Prostitua seu pincel! Dante, o pestinha.
Lobo a Dante assim lhe veiu responder, abrindo o leque:
Dante, a trova estava meio desconnexa, mas que peque nisso, appenas, pois, em cheio, me pegou! Eis o meu xeque:
“Quando o mel eu saboreio na cueca dum moleque, com a lingua faço o asseio: lavo a mancha, antes que seque.”
Ja pensou, Dante, em fazer uma sobre o seu prazer de na sola ser lambido?
Pense um pouco! Experimente! Me descreva o que é que sente um pestinha! Lobo, o lido.
Dante a Lobo batte o prego do caixão, acha o gabola:
Porra, Mestre! Eu não sossego si a mycose em meu pé colla! Mas, da proxima que eu pego, sua bocca me consola:
“Quando eu tiro o meu burzego, sinto cocegas na sola!
Só si a lingua for dum cego numa lixa assim se exfolla!”
Seja cocega ou coceira!
O que importa é que a cegueira seja a tonica da scena!
Que tal, Mestre! Satisfaço seu desejo mais devasso? Do seu Dante, o bom de penna.
Lobo a Dante, sem extranho se sentir, deu voz bem dada:
Melhorou, Dante! E o tamanho do seu pé me inspira cada vez mais… Ora, eu não me accanho de propor esta cantada:
“Si de lingua dei um banho numa sunga ennodoada, o volume que abboccanho cresce e, ao Dante, a scena aggrada…”
Pois vejamos si você como “sordido” me vê e prosegue nesse tom.
Nosso caso está no rhumo ideal, é o que eu presumo. Do Lobão, de lingua o bom.
Dante a Lobo se revela e os cachorros solta, a rodo:
Mestre, digo, Escravo: appella sua trova para o engodo! Mas farei sua goela engolir um outro lodo:
“Quer você ver si me fella, mas na bocca eu não lhe fodo! No meu cu você se mella: vae lambel-o fundo, e todo!”
Que tal, Lobo? Agora admitte que eu excedo o seu limite e sou optimo no ramo?
Pois responda, e com respeito! Provocou-me? Foi bem feito! Do seu Dante, do seu Amo.
Lobo a Dante applaude a raça e ao jogral não dá mais trella:
Certo, Dante, você passa no meu teste e se revela, mesmo, sadico. Uma taça ergo, em brinde, à trova bella!
Não fará você que eu faça a faxina anal, mas sella sua trova esta chalaça com louvor! Me orgulho della!
Pois, agora, a você cabe ser o Mestre! Estupre, enrabe um discipulo novato!
Passe a bolla! É sua vez de fazer o que lhe fez o seu Lobo, um bardo grato.
FAGUEIRO BULLYINGUEIRO
(1)
(1/10) [4701/4710]
Por causa da internet, o bullyingueiro, agora, anda folgado. Raramente é pego. Caso o seja, elle se sente impune. Não serei eu o primeiro.
Ja tive meu perfil, ja fui blogueiro. Virei hacker, fodi muito cliente de banco. Mas, si algum deficiente eu pego, não é só pelo dinheiro.
Eu quero é que elle soffra em minha mão! Divirto-me abusando delle. Obrigo o cara a se humilhar: sinto tesão.
Achei, recentemente, um, que eu castigo appenas verbalmente. Sem visão, o typo troca epistolas commigo.
Epistola é maneira de fallar: mensagens nós trocamos, ja durante uns mezes, virtuaes. Foi o bastante: o cego collocou-se em seu logar.
Alguem que não enxerga a digitar correios electronicos? Que expante não vejo nada: em machina fallante consegue qualquer cego se virar.
Mas elle, embora possa até poema compor, sabe o que perde. Tenho, assim, um jeito de fazer que chore e gema.
O jeito é expiccaçal-o: para mim, não ha melhor prazer! Telephonema não tem effeito egual, nem egual fim.
Ainda, no Brazil, verbal abuso paresce novidade e, virtual, tem gente que nem crê ser usual. Nos falta informação, é o que eu deduzo.
Ficou o proprio cego algo confuso, achando que era trote. Mas foi tal a minha persistencia que, affinal, venci pelo cansaço e virei “muso”.
Nas proximas estrophes, eu copio uns trechos do que tanto a gente troca. Mais tarde, vou, talvez, batter um fio.
Virou-se bem o cego na engenhoca fallante, mas restou-lhe pouco brio depois que o vi qual bicho em sua toca.
-- Oi, cego! Enxergo agora um lindo dia, sabia? Um céu azul, um sol divino! Você se exquesceu disso, eu imagino. Mas é muito gostoso ver, sabia?
“Saber, eu sei… Dahi minha agonia! Me lembro de que olhei, desde menino, o azul do céu, o verde esmeraldino das plantas… Exquescer-me? Jamais ia!”
-- Então, cego, imagine como eu sinto prazer em lhe contar o que estou vendo, das cores cada tom, tudo distincto…
“Calculo o seu prazer, pois, neste horrendo negror, si é vinho branco ou vinho tincto, só sei pelo sabor, disso eu dependo!”
-- Então, ceguinho, como é que se sente você si eu lhe disser que um filme vejo, pornô, que satisfaço o meu desejo, emquanto você escuta sons, somente?
“Me sinto mais por baixo. A mais candente das audiodescripções nenhum ensejo me pode dar ao gozo. Eu nem me pejo de estar, pois, no papel mais indecente!”
-- Fodido está você, ja, no sentido symbolico, ceguinho. Não seria o caso de, no duro, ser fodido?
“Pensei, ja, muito nisso e, em poesia, comparo-me ao escravo e me decido a abusos supportar de quem me guia…”
-- Talvez, de minha parte, eu me decida a guia ser de cego… Até supponho um cego em meu poder, todo tristonho, fazendo o que eu mandar… Isso é que é vida!
“Você, fallando assim, ja me convida àquillo de mais torpe, mais medonho, que alguem possa fazer! Não me envergonho de achar que chupo, caso alguem me aggrida…”
-- É nisso que pensei! Fazer você chupar meu pau, beber chichi… Mas, antes, cumprir as outras ordens que eu lhe dê…
“Suspeito que ordens sejam… Humilhantes! Lamber um cego as botas de quem vê me eguala ao animal! Lamber pisantes!”
-- Exacto! Si de quattro eu ponho um cego, abbaixo de cachorro o ponho, é claro! Será muito engraçado ver seu faro buscando a minha bota, isso eu não nego!
“Ainda que isso faça do meu ego um lixo, eu comprehendo e me declaro, sim, prompto a obedescer! O gosto amaro do couro eu provo! Nelle a lingua exfrego!”
-- Irei photographar! Você não acha que eu devo usar a bota mais pesada, mandar que lamba a sola de borracha?
“Terei que lhe lamber, si isso lhe aggrada, o pó desse solado… A lingua racha nos sulcos da borracha empoeirada…”
-- Rachada tem a lingua você, ja, que eu sei, e mais um pouco vou rachal-a! Lambendo um borzeguim, você se eguala ao cão. Mas outras coisas me fará…
“Farei, tenho certeza! Quem me dá taes ordens, não somente ver que ralla a lingua, o cego, espera: vae usal-a na rolla, vae querel-a agindo la…”
-- Fiquei sabendo como um cego pode servir de chupador, si o paladar se adapta e a bocca acceita o pau que a fode…
“Serei tal fellador! Posso chupar assim, servir de cabra ao pau do bode: Dum cego a bocca, nisso, não tem par!”
-- Não basta, a quem enxerga, ver alguem chupando-lhe o caralho: o cego deve, alem da fellação suave e leve, passar por maus boccados, que ouvir tem…
“Concordo! Chuparei a rolla sem lavar! O que você, rindo, me escreve, à risca levarei e, dentro em breve, serei seu fellador, mais que ninguem!”
-- Sebinho saboreie, então, e mijo!
Na bocca saberá como eu lhe exguicho, que gosto eu tenho, sujo: é o que lhe exijo!
“Calado, engolirei! Tal como um bicho, sujeiras lamberei! Do seu pau rijo, supporto o que quizer, qualquer capricho!”
Accyma transcrevi, portanto, aquillo que um cego, em meu conceito, dever tem de ouvir e obedescer, vindo de alguem que enxerga e pode, a gosto, até punil-o.
Eu, caso ao vivo o veja, nem vacillo: porei a tara em practica! Refem melhor não ha que um cego puto e vem, ao sadico, a calhar: é o meu estylo!
Prefiro eu, entretanto, abusar só por vias virtuaes, neste momento. Não tenho, ao escrever, de ninguem dó!
Dum cego as agonias não lamento! Farei que o pau me chupe e lamba o pó da minha bota! Escrevo, e me contento!
A CEGUEIRA REVISTA, ou
SI ALGUEM SONDA, HA QUEM RESPONDA (1/9) [entre 5028 e 5059]
SI ALGUEM SONDA, HA QUEM RESPONDA (1) [5028]
Tem gente que tem pena, eu não! (retruca um sadico sincero) O cego deve servir como animal! Elle que leve chicote, acceite o chute que o machuca!
Rasteje nu, de quattro! O pé na nucha supporte e o pé na cara, que, de leve, empurra ou, forte, batte! Dentro em breve, alguem tractado assim se reeduca!
Perdeu elle a visão? Melhor me vejo, sabendo que o castigo decidido está pelo destino malfazejo! Eu desses “invidentes” tenho rido/
/à bessa pela rua, sim, sem pejo! Remorsos não terei, pois, si decido fazer delle o que quero: assim, festejo, gozando e rindo, às custas dum fodido!
SI ALGUEM SONDA, HA QUEM RESPONDA (2)
ou
VERDADEIRA VENDA [5031]
Aos sadomasochistas feito eu tenho perguntas pela rede. A maioria confirma que a cegueira me poria em franca desvantagem. Me detenho:
Por mais que seja um sadico ferrenho no officio, pode a venda, na agonia do escravo, ser tirada, o que allivia limites e ameniza o desempenho.
Mas, quando alguem é cego e às ordens fica daquelle que enxergando está, mais nada impede nem limita a escura zica, a treva mais fatal, negra, azarada.
O sadico levanta a sua picca. Appenas para o cego é limitada a acção, e seu defeito justifica do algoz o gozo, o abuso, a gargalhada.
SI ALGUEM SONDA, HA QUEM RESPONDA (3) ou
DERRADEIRA VENDA [5036]
Fallando franco, sabe o que me excita num cego, Glauco? (um sadico confessa) Saber que a escuridão delle não cessa, que aquillo não é farsa nem é fita!
O cego inferioriza-se, permitta dizer, Glauco, de facto! Ao vel-o nessa pathetica funcção, eu gozo à bessa, divirto-me com sua cara afflicta!
Os outros masochistas, sessão finda, libertam-se, levantam, sua venda retiram, são normaes na vida, ainda! Simulam não haver o que os offenda!
Quem pode enxergar goza, à vida brinda! Mas nunca o cego livra-se! Que entenda lhe resta: está por baixo, e eu acho linda a scena! Escravo é, mesmo, não é lenda!
SI ALGUEM SONDA, HA QUEM RESPONDA (4)
[5039]
Um joven saradão, que lucta e malha, fallou si para alguma coisa eu valho: “Verdade, Glauco? Alguns chupam caralho melhor por serem cegos?” E gargalha.
“Concordo! É mesmo, Glauco, é o que mais calha a quem ja não enxerga, esse trabalho: aos pés se adjoelhar do mais bandalho, cahir de bocca frente ao mais canalha!”
“Mas, Glauco, ja pensou? Fede o pentelho a mijo, fede a sebo o pau do filho da puta! E o cego, ou chupa, ou leva relho!” Graceja o garotão, e mais me humilho/
/sabendo que não fica nem vermelho emquanto, a rir, do dia goza o brilho. Um cego não será, jamais, parelho dum normovisual, eis o estribilho.
SI ALGUEM SONDA, HA QUEM RESPONDA (5)
Não, Glauco, não seria covardia usar um cego como chupador, ainda que na marra! Mas, si for, pergunto eu, e dahi? Resposta fria:
No mundo, Glauco, aquelle que judia dos fraccos, indefesos, que da dor dos outros não tem pena, gozador meresce ser, meresce essa alegria!
Na Terra nós estamos para, aqui, ao maximo gozarmos, meu irmão!
Que culpa eu tenho, Glauco, si nasci saudavel, si meus olhos teem visão/
/normal? Aqui quem pode fode e ri!
Não acho covardia, Glauco, não, si alguem dum cego abusa! Até ja vi ser feito um de animal, por diversão!
[5044]
SI ALGUEM SONDA, HA QUEM RESPONDA (6) [5053]
Meu caro Glauco, a cobra, ao rastejar, não soffre, appenas cumpre uma funcção na Terra: se mover no chão. Um cão, de quattro, a lamber lixo, é similar.
Os bichos não questionam seu azar. Ainda que um cachorro amputação da patta soffra, segue em frente e não se queixa nem tem nada a reclamar.
Somente o ser humano saber pode si sorte tem, saudaveis olhos, ou si porta algum defeito que incommode. Olhar um cego é como ver um Show/
/da Vida, pois do Alem ninguem accode. Azar o delle! Ao cego o que faltou me sobra! Eu gozo, emquanto elle se fode! Mais gozo si uma surra nelle dou!
SI ALGUEM SONDA, HA QUEM RESPONDA (7)
ou EXCARNINHO GOSTINHO [5056]
Você pergunta, Glauco, o que eu faria, sem pena, com um cego. Bem, primeiro mandava que esmollasse e seu dinheiro tomava-lhe, todinho, ao fim do dia.
Tambem meu massagista elle seria, trabalho manual bem feito. O cheiro teria de sentir do corpo inteiro suado. E eu quereria putaria…
Depois duma massagem nos pés, eu queria que lambesse: alem do dedo, a lingua, no serviço, é dever seu! E, como é na maldade que eu me excedo,/
/ah, punha esse ceguinho a chupar meu pau, algo achar salgado, amargo, azedo… Que tal? Não lhe paresço um philisteu? Não lembra algum Sansão, algum degredo?
SI ALGUEM SONDA, HA QUEM RESPONDA (8) ou
SERVIÇO COMPLETO
Agora me confirmam que na China, ou India, não me lembro, o cego tem trabalho duro: chupa o pau de quem enxerga, massageia o pé, bolina…
Pensando que alguem sente dó? Magina! O povo se diverte! E chupa bem, o cego, no capricho! Sinão, sem perdão, fazem até beber urina!
Ouvi fallar que, emquanto, no barbeiro, alguem corta cabello, o cego fica, qual baixo serviçal de gente rica, seus pés massageando o tempo inteiro.
Depois, si o freguez manda, a suja picca lhe chupa: sente o gosto, sente o cheiro, provoca nelle o orgasmo prazenteiro, sem nada reclamar da sua zica!
[5058]
SI ALGUEM SONDA,
HA QUEM RESPONDA (9) [5059]
Ah, Glauco, quer saber? Eu não respeito bengala, nem muleta, nem cadeira de rodas! Zombo, faço brincadeira com cego ou alleijado! Acho bem feito!
Destino ou natureza, do defeito dos outros dou risada! Caso eu queira brincar physicamente, dou rasteira, empurro, attiro pedra, me approveito…
Tambem sexualmente! Ja peguei moleque e adulto, fiz deficiente virar meu palhacinho, virar gay. Fiz nego rastejar na minha frente!
Lamber meu pé! Chupar meu pau! Gozei na bocca e perguntei que gosto sente. Você bem me entendeu, Glaucão, eu sei, pois essas minhoquinhas tem em mente.
(1) [6694]
Alô? Sou eu de novo, cara! Achei gozados os seus versos! Achei lindo seu caso de cegueira! Gozei! (rindo) Suppuz na sua bocca que gozei!
Ouvi fallar dum cego ou outro, gay ou não, que ja chupou! Me divertindo estou, de imaginar! Até ja brindo ao olho são que tenho! O que é, ja sei!
É muita sorte minha, cara! Agora toquei-me! Que prazer, enxergar bem! É quasi que tesão! Só falta alguem mammar para a delicia ser da hora!
Ahi, pensei: um cego, que ja chora a perda da visão, por que não vem chupar-me? (rindo) Olé! Lhe digo, sem reserva alguma: a rolla puz p’ra fora!
(2) [6698]
Alô? Glauco Mattoso? Seu fan sou e tenho um chulé forte! Sim, frieira tambem, poeta! Caso você queira saber, tenho pé chato, sim! Gostou?
Galan não sou, nem muito fortão, ou padrão de quem practica capoeira, ou artes marciaes! Mas na colleira eu levo o labrador e voltas dou!
Sim, uso tennis, Glauco! O calcanhar cascudo duma lingua, até, precisa!
A pelle do caralho, sim, deslisa, mas juncta bom sebinho! Quer chupar?
Pergunto porque quero confirmar si é sua fama a mesma da pesquisa! Mas, como sei ser sadico, ja fiz a opção de me negar a ser seu par!
(3) [6703]
Me lembro claramente quando, um dia, me liga aquelle skin que, numa banda, é lider do vocal e que commanda a scena na zonal peripheria.
Sabendo quem sou, elle tripudia: “Ahi, como se sente? Ja bem anda na rua de bengala? Propaganda do braille vae fazer? Ja tem um guia?”
Fui franco: {Não me sinto conformado, mas posso confessar que só me vejo chupando quem vê bem e tem ensejo de bem curtir a vida! Me degrado!}
{Foi isso que escutar quiz?} O folgado responde: “Foi. Dum cego é o que desejo ouvir, sim!” Sempre rindo, o skin, sem pejo, offega. Até paresce ter gozado.
(4) [6714]
Alô? Glauco Mattoso? Sou o Freitas! Me explica si é verdade, si é fofoca: Alem de seres cego, és tu masoca? Que quer isso dizer? Soffrer acceitas?
És membro, por acaso, dessas seitas satanicas? Quem Lucifer invoca ser cego necessita? Numa toca precisa se enfurnar? Tu te subjeitas?
Faz parte, então, da tua condição ouvir, por telephone, essas offensas que nós, normaes, fazemos? Que tu pensas? Sabias que me deste bom tesão?
Me deste, sim! Pensei: minha visão é boa, Glauco! Quantas differenças separam-me de ti! Nas trevas densas tu vives! Vejo cores, mas tu, não!
(5) [6716]
Alô! Quem tá fallando? Cê que é cego? Não tem vergonha, porra? Cê devia pedir esmolla alli no largo! Um dia ainda alli “te” vejo, alli “te” pego!
Perdeu a visão? Sabe que esse prego faz parte duma cruz que merescia? Bem feito! Quem mandou pornographia fazer? Acho bem feito, sim, não nego!
E sabe duma coisa? Acho que todo pornographo devia ser cegado!
Devia, porra! Para meu aggrado, cê deve escutar sarro, porra, a rodo!
E sabe doutra coisa? Não me fodo assim porque só fodo como sado! Não faço poesia! Cê ferrado está por causa disso, desse engodo!
(6) [6718]
Alô, Mattoso! Ocê que é cego otario? Seu trouxa! Si cê visse minha cara de filho do Diabo, sua tara por pés punha de lado um tão precario!
Sou feio mais que a peste! Não é pareo p’ra mim uma caveira! Se compara meu rosto ao dum cadaver que excancara as orbitas, o riso, o vão dentario!
No pé tenho um cascão que se diria com cara mais de lixa que de sola! Ainda assim você disse que exfolla a lingua nella, lambe e ‘inda ammacia?
Ah, tem que se foder, mesmo! Quem ia ter pena dum cegueta que se isola e fica a punhetar-se? Nem dou bolla à sua fracassada phantasia!
(7) [6720]
Alô? Reconhesceu a minha voz? Eu mesmo! Se lembrou? Sou o Gonçalo! Você ja foi (Se lembra?) meu vassallo! Ja fui (Está lembrado?) o seu algoz!
Lembrou-se ja de tudo que entre nós rollou? Ah, vou querer expiccaçal-o, agora que está cego! Não me rallo, não, nesse puta azar seu, tão atroz!
Fiquei um tanto myope, ja preciso usar oculos! Nunca, porem, vou ficar como você! Contente estou sabendo que perdeu o seu sorriso!
Meu pé tem calcanhar ainda liso, sabia? A sua lingua ja ficou babando? Se fodeu! Sim! Se frustrou! De novo, Glauco, o rosto não lhe piso!
(8) [6723]
Alô? Quem falla? Glauco? Ora, você está vivo? Pensei que ja tivesse morrido, porra! A gente até se exquesce dum cego nesse enorme fuzuê!
Em plena pandemia ha quem lhe dê a minima attenção? Nem sua prece meresce ser ouvida, si eu pudesse dar minha suggestão a Deus com “G”!
Um cego deschartavel seja, amigo!
Ainda mais agora, que essa peste até p’ra americanos, que teem teste, remedios e vaccinas, é castigo!
Me expanta que ‘inda agora cê commigo esteja conversando, que ‘inda eu preste alguma attenção nisso que reveste de gozo o que traz tragico perigo!
(9) [6725]
Alô? Você que é cego? Não, não vou fallar quem sou! Ahi, que tal, velhinho? Quem sabe? Ser eu posso seu vizinho de rua, de edificio… Se tocou?
Zoei você na rua! Sempre zoo um cego quando passa! Ja adivinho o que elle sente: raiva! Sou damninho, não sou? Caçoo mesmo! Não perdoo!
Ahi, cê ja levou tapa na cara? Eu tenho uma vontade, você nem calcula, de lascar um tapão bem na fuça dum cegueta que me encara!
Velhinho, ver um cego olhando para mim como si me visse… Ja me vem vontade de batter! Mas eu, porem, nem batto si consente em chupar vara!
(10) [6727]
Alô? Mattoso? Quanto tempo, cara! Você vae se lembrar! Sou o Siqueira! Lembrou? Talvez fallar você não queira daquillo que fizera! Cê chupara!
Você satisfizera a minha tara chupando direitinho, da maneira que curto! Chupará, ja na cegueira, talvez ‘inda melhor, nem se compara!
Fiquei sabendo, Glauco (e prova viva você se torna disso), que quem fica nas trevas melhor chupa alguma picca! E então? A sua bocca ja saliva?
Que pena! A quarentena até lhe priva de toda visitinha? Mas que zica! Daquella scena sadica, tão rica de engasgos, de engulhões, você se exquiva?
CYBERBEBERAGEM
(1)
(1/7) [8844/8850]
Ahi, Glaucão! Você não me conhesce!
Meu nome é Ferdinando Maldonado, sou netto de hespanhol, tenho pé chato, dedão mais curto, cara de marrento e sou, mesmo, folgado, digo logo!
Ficou, Glauco, ouriçado? Pois respondo: Commigo você nunca terá chance!
Odeio, odeio, odeio veadagem!
Veado tem é, mesmo, que morrer! Mas, antes de morrer, tem de soffrer, ficar cego, comer merda, até ser, aos berros, enterrado vivo! Ouviu?
Não pense que, no pappo, me convence!
Li toda a putaria que escreveu!
Dalli nada se salva! Tudo um lixo!
Achou que ganharia companhia com versos desse typo? Pois se enganna!
E então? É como digo: solitario você vae accabar, seu veadão!
É mesmo? Se consola na bebida?
Que typo de bebida? Tem licor, tem vinho, tem wermuth e tem absintho?
Caralho, Glauco! Uau! Bebendo todas está! Não comeu todas, mas bebeu!
Porem não va pensando que me induz, com essa conversinha, a lhe pedir que, em breve, me convide para brindes no seu appartamento! Nada disso!
Hem? Serio? Me convida? Ah, vou pensar…
(2)
Pensei, Glaucão, e… Nada feito! Ouviu? Sou macho! Não visito um veadão da sua laia! Ainda mais um cego! Um cego o que meresce é ser pisado, chutado, rastejar até morrer debaixo duma sola de botina! Não deixo, não, que lamba meu pé chato! Um cego que se foda! Va affogar as magoas num licor! Por fallar nisso, que typo de licor vae tomar hoje? Caralho! Curaçau? Sei, um azul! Sabor delicioso! Tesão puro! Hem? Como? Convidado sou? De jeito nenhum, Glaucão! Na casa dum veado? Não piso num apê desses, mas nem que seja para a bota metter nesse focinho de cegueta! Mas prometto pensar mais um pouquinho… Ouviu, Glaucão?
(3)
Glaucão, entenda duma vez por todas: eu nunca comi bichas! Sou é macho! Me excita só comer uma loirona, daquellas perigosas! Si comi ou ‘inda não comi, não interessa! É como ja fallou o Capitão: quem vota na direita não tem filho veado! Si tiver, lhe quebra a cara!
Meu pae não tolerava veadagem e, caso precisasse, me battia!
Por isso me tornei um direitista, machão, conservador e patriota!
Bebida nacional? Sei que é cachaça, mas sempre preferi vinho ou licor! Ah, quando fico grogue é que eu odeio ainda mais as bichas! Não, um cego é muito peor, Glauco, que essas bichas de rua! Ahi me dá, mesmo, vontade de ver o desgraçado rastejar debaixo de pisão e ponctapé!
Não, nada disso! Odeio quem convida a gente, com segundas intenções, só para beber vinho! Por fallar em vinho, qual é mesmo o seu, Glaucão?
(4)
Você virou veado por ser cego ou cego ficou pela veadagem?
Você perdeu a vista? Antes ainda um pouco ver podia? Ah, foi castigo! Jesus curava cegos que não fossem veados, mas você, que deu o cu, chupou rolla a valer, bem meresceu findar a sua vida na cegueira!
Agora, como dizem, “Chupa, cego!”
Confirma, Glauco, ou não, a minha these?
Mais mamma na garrafa que na picca?
Só resta beber, mesmo! O que vae ser tomado hoje, Glaucão? Licor de mentha?
Laranja? Não? Da Bruxa? Ah, não conhesço!
Dá mesmo uma tontura dessas boas?
Fiquei curioso… Nada de pensar, porem, que estou topando o seu convite!
(5)
Veados não comi nunca, Glaucão!
Mas nelles ja batti, com minha turma, diversas vezes! Sempre preferi batter em travesti! Sabe por que?
Teem elles uma cara de mulher, um corpo feminino… Mas teem rolla!
Não posso concordar com isso, Glauco! Precisam appanhar, para apprender a serem mais mulheres, si quizerem, mas nunca ter aquillo pela frente!
Você, que é masculino no seu porte, tambem precisa duma surra, para deixar de ser de rollas chupador!
Não vale dizer, Glauco, que esses cegos só chupam obrigados, quando são currados pela rua! Você, não!
Em casa fica! Assim mesmo, chupou!
Não vale, tambem, vinhos tomar, como si fosse só desculpa! Aliaz, qual garrafa vae abrir hoje? Caralho!
Fiquei com uma puta sede, seu veado do caralho! Puto! Odeio veados que teem grana, que isso pagam!
(6)
Um dia, ainda pego um cego, Glauco!
Com elle vou fazer o que quizer, ja que elle nem consegue reagir!
Ahi vou desforrar todo o meu odio de gente que meresce esse castigo!
Você ja pensou nisso, Glauco? Não?
Prefere beber vinho ou licor, sempre ahi trancado nesse seu apê?
Um dia ainda penso si decido um cego visitar, para lhe dar aquella licção que elle está pedindo!
Você não decidiu si me convida?
Estamos empattados, então, porra!
(7)
Mas deixe estar, seu cego duma figa! Depois das eleições, quando ganharmos, teremos mais poder e vocês todos, veados, travestis, tambem os cegos, em campos de trabalho confinados serão, Glaucão! Vae ser divertidissimo ver todos trabalhando sob o relho, forçados a ficar sem pão nem agua!
Ahi que eu vou querer ver você, Glauco, passar sem o seu vinho, o seu licor! Somente eu beberei, com meus amigos, curtindo sua fome e sua sede!
E então? Você mantem esse indeciso discurso de quem nunca me convida? Eu acho, mesmo, bom que não convide! Assim eu me mantenho, no meu odio, bem firme contra tanta veadagem!
CYBERBULLYINGUEIRA PENEIRA
DISSONNETTO INDELETADO [0542]
Oi, cego trouxa! Vi você na net!
Até me imaginei na sua frente, você se adjoelhando, obediente, a bocca adivinhando o que se mette!
Não tem pudor “correcto” que me affecte! Problema seu si está cego e se sente por baixo! Agora chupe, engula e aguente!
Na sola sinta o gosto do chiclette!
Primeiro, eu vou mijar. Você no chão se aggacha, molha a cara e bebe o resto. Depois, usando a lingua em vez da mão, ballança a chapelleta. Acha isso honesto?
Si não achar, maior o meu tesão!
Você se presta a isso? Então me presto!
Sei como vocês todos, cegos, são: uns trouxas, que eu controlo, exploro e testo!
DISSONNETTO REENVIADO [0543]
Alô, ceguinho otario! Ja accessei seu site e dei risada de você! Achei bem feito, sendo seu buquê chulé de macho, mesmo sem ser gay!
Brincando ou serio, até me imaginei folgado, commandando: “Abbaixa ahê!” você, de quattro, appalpa e diz: “Cadê?” seguindo meu pisante e minha lei!
Quem manda estar sem vista? Agora tira meu tennis com a bocca e sente o drama! Da meia você chupa o que transspira! Nos dedos você lambe o vão e mamma!
Na sola exfrega a lingua até que fira! E é só começo! O resto a gente trama! Depois, p’ra compensar, você na lyra adjuda a augmentar essa minha fama…
DISSONNETTO DO ESCRAVO VIRTUAL [1053]
Idéas p’ra zoar e deixar puto um cego, entre as postadas pelo Orkut:
“Passar filme pornô p’ra que elle escute emquanto chupa a rolla, e eu só desfructo!”
“Eu punha p’ra fazer serviço bruto: usar a lingua p’ra lustrar meu bute!”
“Commigo o cego appanha e não discute: eu mando rastejar emquanto chuto!”
“Eu faço elle lamber minha frieira!”
“Colloco elle de quattro e appoio o pé!”
“Urino nelle e gozo a brincadeira!”
“Eu encho de chicote esse mané!”
“Lamber o chão, lamber toda a poeira!”
“Eu chuto bolla nelle e grito olé!”
“Tragar meu mijo, mesmo que não queira!”
“Cocô: si não quizer, melhor até!”
DISSONNETTO DO BOM PROVEITO [1054]
E as dicas impudicas vão pingando na caixa de chegada: “Pega o cego e faz lamber sabão, faz chupar prego até deixar um gasto e outro brilhando!”
“Testar na lingua: a gente juncta um bando e todo mundo pisa…” Eu me encarrego de, em cada sola, achar (Ai si me nego!) no doce qual pisou, na bosta quando!
Ahi, pergunta alguem, por ironia: “Mas pode ser você tão excarninho? Você não tem vergonha? É covardia fazer gatto e sapato dum ceguinho!”
“Cuidado, que o feitiço vira, um dia!” {Que nada! Meu futuro até adivinho: viver às custas delle! Quem judia tem gozo e ‘inda garante um dinheirinho!}
DISSONNETTO DOS VICIOS CONNEXOS [1306]
Disseram que a internet é viciosa que nem cigarro, toxico ou bebida: no Orkut ou no Youtube, quem convida a entrar perdeu a compta do que dosa.
A mim, o que vicia (E quem não goza no vicio?) é sonnettar! Mal succedida é a busca da abstinencia: a recahida vem como, appós um motte, vem a glosa.
Sonnetto é como, à noite, o monitor no quarto do onanista adolescente: o foco de luz, forma, som e cor. No mundo não ha nada que me tempte,/
/sem cura, como o gozo de compor sonnettos e dum micro estar na frente. Melhor, só mesmo o magico sabor dum bollo… ou dum puddim, principalmente.
DISSONNETTO DA CELLULA PORTATIL [1443]
Ha muito pouco tempo, o cellular formato dum tijolo ainda tinha. Agora é miniatura, e só fallar é o minimo que faz a machininha.
Navega, photographa, tem logar até para uma pasta como a minha, repleta de sonnetto, e, ao avatar que queira nos achar, elle dá linha.
Um anno mais, ou dois, elle fará, ao som espacial do Pink Floyd, tarefas quasi magicas: não ha limite para um mobil robotoide.
Nós mesmos transmittir-nos nelle vamos: a menos que eu delire e que eu endoide, ja digitalizados, viajamos dum cyberego ao outro, explica Freud.
PINGOLIM DE CHERUBIM [3163]
Na classe media, rolla muito disto: Filhinho-de-mamãe, elle é mimado, mas falta faz papae, que é separado, e pode esse moleque ser malvisto.
Nas redes, sem pudor se identifica. Franzino, delicado, mas tyranno, o junior não se enturma: em casa fica jogando e, connectado, impõe seu plano.
Escravos virtuaes ja collecciona, mais velhos e malhados. Dum exige que seja o buccal vaso no qual mije, e o cara topa o encontro e telephona.
A scena, a quem a curte, em “scat” é rica: Gravada, bem mostrou o exgotto humano: abrindo a bocca, o adulto acceita a picca fininha, que lhe urina, e engole o damno.
A fonte deste caso não despisto: Contou-me um masochista. O typo sado, na rua, é um anjo e, em casa, o algoz malvado. São muitos os que escondem perfil mixto.
DIVERSÃO DE VER SÃO [3215]
Fodão no “cyberbullying”, elle faz furor no assedio physico ao rapaz.
Recentemente, um caso egual ao meu se deu quando um alumno cego quiz contar, virtualmente, o que soffreu na mão duns internautas imbecis.
O mouco, o gordo, o coxo, soffrem isso: na eschola e na internet, algum collega o offende, humilha, e diz que gente cega só serve para o sordido serviço.
Nem bem se connectava, achava em seu systema este recado: {Estou feliz podendo ver! Você, não! Se fodeu! Agora vae “rezar”, como se diz!}
Seguiram-se os abusos todos, mas, em mim, teriam dado ao gozo um gaz.
PERFIDO PERFIL [3454]
Quem sou eu: dominador de outro macho ou de mulher. Quem ficar ao meu dispor vae fazer o que eu quizer.
Uso farda e sou de cor. Quero escravos de qualquer condição, seja o que for, massagista, boy, choffer.
Mas adviso eu a vocês: tenho pé quarenta e trez e só meço um metro e meio. Alem disso, me acham feio.
O tamanho do meu pau eu não digo, pois sou mau. Quem não chupa, eu pisoteio. Quem quizer, me envie email.
MEME DO MAIO AMARELLO [6097]
Adoro provocar um accidente de transito, Glaucão! Quando, no Orkut, havia aquelles themas, Belzebuth nos dava as instrucções, a sangue quente!
A gente attropelava, cara! A gente passava no signal! Mas quem dispute um racha ja não ha! Só se discute questão de “segurança”! Ha quem aguente?
Um rico molecote, no volante, podia attropelar uma velhinha, um cego que cruzasse, em verde, a linha! Que sarro! Que tesão! Eu ri bastante!
Em taes “communidades” foi, durante um tempo, uma delicia! A gente tinha total commodidade! Você minha vontade entende, certo? Não se expante!
DIA DE COMBATTE AO CYBERBULLYING [10.549]
Devia ser um crime, mesmo, usar um cego, pelas redes, para aquillo que chamam cyberbullying! Bem tranquillo me sinto, pois de falla é meu logar!
Usaram o ceguinho para dar idéa de quem chupa! Sim, eu fil-o, chupei bastante, sim, mas o sigillo deviam respeitar, não violar!
Glaucão, dos bullyingueiros eu sou boa e facil victiminha a ser gozada, mas delles poderá qualquer pessoa!
Sim, hoje é com o cego, mas será da mamãe a vez, depois! Quem hoje zoa talvez seja zoado, si isso aggrada!
DIA DO INTERNAUTA [10.637]
Leitores teus, Glaucão, acho que muito crueis e desalmados, mesmo, são! Não são como o leitor de occasião, curioso, de interesse mais fortuito!
Aquelles internautas teem intuito satanico, cumprindo uma missão, ou seja, a de exhibir ao cego quão pathetico é seu rosto no circuito!
São fans das tuas obras, não duvido, mas, antes de mais nada, querem ver-te por baixo, humilhadissimo: um fodido!
Tu queres isso mesmo? O obscuro flerte com gente possuida, Glauco? Ouvido eu tenho que, à distancia, vão foder-te!
DIA DA CYBERPORNOGRAPHIA [10.653]
Poeta, agora mesmo ouvi no meu radinho que investigam a quadrilha que está chantageando uma familia inteira, aliaz duas! Ih, fodeu!
Ja foram trez ou quattro! O que rendeu fofoca venenosa foi a trilha deixada pelas redes! Quem a pilha desnuda, em pello, cada phariseu!
Até governador foi pego nessa chantagem pornographica, temendo seu nome ser exposto! Mau à bessa!
Quem manda accessar tanto obsceno, horrendo e porco contehudo? Quem confessa, agora, que gravou o que estão vendo?
DIA DA WIKIPEDIA [10.766]
Glaucão, sobre você ja consultei verbetes de internet e tive immensa noção de frustração! Ninguem condensa seus dados mais recentes, é de lei!
Até que não ommittem que ser gay e sadomasochista lhe compensa a tragica cegueira… Mas quem vença não ha tal producção, eu ja notei…
Seus septe mil sonnettos serão oito ou nove em pouco tempo! Quem consiga manter-se em dia accaba mais affoito!
Mas deixe estar, poeta! A mão amiga dalgum pesquisador fará biscoito finissimo! Com numeros quem briga!
DIA
Sahiu, emfim, a nova lei! Agora ninguem vae practicar mais cyberbullying, tampouco o proprio bullying! Quem regule emfim apparesceu, em boa hora!
Ainda agora, cara, ha alguem que chora por ter sido zoado! Ocê calcule ja quantos foram, Glauco! No meu bule jamais faltou café! Quer saber? Bora!
Com minha turma, cara, practiquei, practico, ou seja, até practicarei na vida todo o bullying que eu quizer!
Alguem vae me dedar? Ja zoei gay, cegueta, alleijadinho… Não ha lei que puna nem quem batte na mulher!
DIA DE MUDAR A SENHA [10.879]
Troquei as minhas senhas, menestrel! Sim, eram demais faceis… Minha data natal, de casamento… Muito chata a coisa! Até passei por infiel!
Roubaram uma dellas! A seu bel prazer, achou o hacker só mammata nas minhas comptas! Fez muita bravata, chantagem, e extorquiu-me até o annel!
Bem, para ser sincero, o gajo quiz meus dois anneis que, entendo, valem ouro: da mão e esse de traz, como se diz…
Cedi, claro, Glaucão! Nenhum thesouro me vale tanto quanto o mais feliz momento: o de soffrer esse desdouro!
DIA DO AMIGO NO FACEBOOK [10.896]
Só cinco mil amigos? Ha limite, então, para a amizade nessa tão famosa plataforma? A gente não consegue se expandir? Não se permitte?
É chato! Si queremos um convite fazer a algum podolatra amigão, a rede nos responde, de antemão, que está fechado o circulo de elite!
Não acha chato, Glauco? Ja milhões alguem de seguidores poderá ter noutra rede, erguendo os seus pezões!
Ao menos você pode, camará, junctar alguns leitores de Camões que gostem de sonnetto… Basta, ja!
DIA DO YOUTUBE [10.950]
Eu curto youtube, Glauco! Só lamento que seja tão careta, pois censura qualquer pornographia! A picca dura, a chota aberta, em vão achar eu tento!
Em outras plataformas, ha momento propicio para tudo! Quem procura chichi sendo bebido, merda pura na bocca dum refem, tem cem por cento!
Um dia, as redes todas nos darão aquillo que quizermos, menestrel! Mais nada pedirá nosso tesão!
Excepto no seu caso, claro! O fel que engole cada cego você não veria, audiodescripto, tão fiel!
DIA DO INFLUENCIADOR [11.068]
Milhares de podolatras eu tinha, Glaucão, entre milhões de seguidores! Bastava que eu mostrasse, em varias cores, as meias, e mais fama ja me vinha!
Um dia, mostrei meia amarellinha em vez da vermelhinha! Fortes dores senti, pois meus fanaticos leitores cortaram as curtidas na telinha!
Ahi, pensei: Quem é que influencia quem? Desses seguidores sou refem e, caso me descurtam, morro, um dia!
Por isso os “influencers”, hoje, veem morrendo com frequencia! Mais valia ter sido um menestrel, e mais ninguem!
OUTRO DIA DO BLOGUEIRO [11.150]
Glaucão, sei dum blogueiro que podia, talvez, te interessar! Faz propaganda das proprias solas sujas! Sim, pois anda descalço, o tal rapaz, no dia a dia!
Passei-lhe teu contacto! Uma alegria seria ver-te em scena! Acho que manda lamber, si te propões, até que expanda limites e te imponha outra agonia!
Experto sei que é, mesmo, o tal blogueiro, pois tudo monetiza, até seus pés! Terás que lhe pagar algum dinheiro!
Mas pensa no teu ecstase! Primeiro, tu mostras, na lambida, quem bem és! Depois, chafurdarás mais no chiqueiro!
DIA DO CYBERAMIGO [11.203]
Nenhum cyberamigo vem commigo curtir alguma coisa, trovador! Ja tudo nessas redes faz suppor que tenho mesmo um cyberinimigo!
Um só, não: varios! Hoje nem consigo ligar tranquillo o meu computador! Em odio converteu-se todo o amor que espero receber sempre que ligo!
Os “haters” ja me xingam de veado, me mandam chupar rolla, lamber bota e, emfim, eu ja me sinto um mal amado!
No meu perfil ja muita gente bota fé, breve, em que eu me macte! Cancellado por todos, não excappo da chacota!
Um hacker me pescou, Glaucão! Abri um link interessante e, de repente, estava alli na tela, à minha frente, o sadico moleque, esse gury!
De posse dos meus dados, elle ri, propõe sua chantagem indecente, exige que eu me cale e que não tente fugir à sua sanha! Me fodi!
Depois de me pescar e meu dinheiro pegar, ‘inda cobrou que eu me exhibisse pellado, o chão lambendo por inteiro!
Mostrou a sua sola! A creancice de prompto me excitou! Até seu cheiro suppuz sentir, tal como elle me disse!
DIA NACIONAL SEM ENSEJO DE FESTEJO [11.500]
Estavam hackeando o cellular do vice, do ministro, do juiz… Flagraram muito pappo, p’ra mostrar que tudo fajutar a turma quiz.
Foderam-se, porem. Appós pegar um delles, rastrearam os perfis de todos os demais. Deram azar e estão no xilindró, como se diz.
Mas fica uma pergunta… Si tem tanto bandido, como hacker, invadindo, saber quero: o problema está ja findo?
Ou vão continuar, em cada cantho, roubando sem pudor nosso bemvindo salario de peões? Eu não, não brindo!
DIA INTERPESSOAL DUM NATAL MENTAL [11.574]
Extranho… Um bom amigo, com quem privo ha tempos, bloqueou minha mensagem, fazer não quer contactos. Assim agem os haters, no universo vingativo.
Amigos, não. Eclectico, convivo com todos, os que fallam só bobagem e muitos que manteem sua coragem de ver com um olhar mais creativo.
Mas, quando um amigão meu me bloqueia, percebo que, gagá, bolla não dá à verve dum poema, à velha veia.
Que pena! Melancholico, receia? Não quero mais julgal-o, só que va passar bem seu Natal, ter boa ceia.
SONNETTO DO POST SCRIPTUM [11.664]
Que vida de ironias, esta minha! Quem muita mão, por annos, me tem dado tambem se chama Glauco. Do meu lado esteve e revisou-me em cada linha.
Mas eis que quem cegueta ficou tinha que ter mais um amigo dedicado, capaz de editar livros. Esse fado cabia ao cego mago que escrevinha.
Meus livros digitaes, quem os edita Lucio se chama: accode quem é sem visão e de olho alheio necessita.
Nos tempos dessa peste, que é maldicta, em boa hora Lucio ouvir me vem e em vias virtuaes me posta a escripta.
SONNETTO DO SEXO VIRTUAL [11.686]
{Não basta trepar, Glauco! Tenho, nua, que me photographar! Você sabia? Sinão, como, durante a pandemia, irei mostrar que a vida continua?}
{A gente trepa, cada qual na sua, mas meu corpão a rede ja vigia! Assim todos verão que estou sadia! Pellada só não orna andar na rua!}
{Não acha, Glauco? Sei que cegos não se importam com imagens! Todavia, você concorda, né, com tal orgia?}
-- Amiga, si me vissem, o tesão brochava! Melhor faço si na pia me lavo da punheta que vicia…
No gruppo de trabalho, um advogado, em teleconferencia, faz de casa a sua parte. Toda a these embasa com technica. Detalha cada dado.
Estão engravatados. Só o coitado destoa, de pyjama, pois se attraza e exhibe, ‘inda, remellas, ja que em braza os olhos tem. Paresce extremunhado.
Os outros, por emquanto, fingem nem notar, mas o causidico se sente em casa. Acha alguns cravos, de repente.
Expreme saliente espinha, sem o minimo pudor. Aquella gente formal emfim se coça. Ah, clima quente!
SONNETTO DA PATOTA REMOTA
Por teleconferencia, a reunião transcorre normalmente. De repente, alguem se escandaliza, mal se sente. Teria visto um gajo pelladão?
Disseram “pelladão” mesmo, mas não se explica como o gajo, que dum quente banhinho ja sahia, poz-se em frente daquelle formalissimo telão.
Demais participantes, constrangidos, fingiram nem notar que sem toalha estava aquelle impavido canalha.
Alguem cortou a tela, mas ouvidos attentos perceberam que se expalha um “Ah!” de decepção por essa falha…
SONNETTO DOS AUTOPROCLAMADOS [11.800]
Pensaste nisso, Glauco? Ainda bem que nunca foste um “autoproclamado” cegueta, fellador, masoca, sado, podolatra, propheta, bardo ou zen!
O Olavo, pelas redes, jamais tem la muito positivo resultado si for nas wikipedias pesquisado! Não gostam muito delle, Glaucão! Hem?
Quem de “influenciador digital” é chamado, bom curriculo não fez! No maximo, um babaca faz freguez!
Te seguem outros bardos! Tens até leitores que te zoam, uma vez que és fan do proletario ou do burguez!
SONNETTO DO NOVO NORMAL
Depois da pandemia, será como a nossa roptininha, Glauco? Tão normal quanto possivel? Ou ja não mais pode ser normal nem o que eu como?
A mascara que, em tempos de rei Momo, usada foi por pura diversão, agora à força todos usarão?
E quanto aos meus desejos? Como os domo?
Terei que namorar só pela tela?
Poder só vou trepar virtualmente?
Churrascos não darei a tanta gente?
Não, Glauco! Bem peor se me revela a coisa! Mais até do que carente, serei um miseravel indigente!
SONNETTO
Ouviu fallar, Glaucão? Fazem orgia por teleconferencia! No jornal está que fazer podem bacchanal remota, pelas cameras! Sabia?
É tudo organizado: o horario, o dia… A gente se cadastra num canal de imagem e qualquer coisa “normal” será considerada, sem phobia!
Glaucão, até podolatras terão logar! Emquanto um mostra a sua sola, um outro mostra a lingua, passa, colla…
Só mesmo você, Glauco, solas não verá! Mas poderá pedir esmolla verbal! Abusos typo: “Deita! Rolla!”
SONNETTO
Ceguinho, Tommy Edison tem seu computador fallante, bem melhor que o meu. Tambem, pudera! Pormenor que compta: mais será do que sou eu!
Um cego americano ou europeu melhor recebe pelo seu suor! A machina repete-lhe de cor aquillo que ja, celere, entendeu!
Mensagens em voz alta lidas são: “Cegueta, va tomar no cu!” “Quer picca? Tem mais é que chupar!” Tommy replica…
{Comtigo, Glauco, nunca será tão tranquillo! Tua machina te indica que estás na posição duma titica!}
Glaucão, não sou blogueiro qualquer, não! Eu tenho um incommum perfil, que faz veridicos prognosticos, que as más e sujas linguas chamam de “illação”!
Magina! Sou prophetico! Serão ferrados todos quantos do rapaz aqui fallarem merda! Sou mordaz, fodaz! Sou perspicaz paca, Glaucão!
Prevejo que você, que ficou cego por pura sacanagem do Destino, terá que punhetar-se! Eu vaticino!
Não seja, não, por isso! Me encarrego de baba lhe causar, pois imagino você lambendo o bute dum menino…
SONNETTO DUM BLOG AUCTORAL [12.251]
Blogueiro não fui nunca, mas um dia alguem querer irá, na blogosphera, achar-me, investigar quem fui, quem era, quem sou e quem serei, em theoria.
Terei fortuna critica que iria a alguem interessar? Ah, quem me dera! Talvez, junctando tudo, uma gallera saber queira dum cego que escrevia…
Creei BLOGOCULAR, simples archivo de textos sobre quem, ainda vivo, insiste em cantar tudo o que está alem…
Meu lyrico radar é sensitivo, tacteia ao versejar. Por este crivo, leitor nenhum meus dados fica sem.
SONNETTO DUMA FUMAÇA PARA A MASSA [12.255]
Será a celebridade illusão pura? Nos seculos passados, quem ficasse famoso mal expunha a sua face a uns poucos que entendiam de cultura.
Ainda assim, bem celebre perdura a fama do Marquez ou dos da classe dum Dracula, dum Socrates. Ja nasce a gloria, agora, duma só loucura:
Milhões são, pelas redes sociaes, levados a saber de quem só faz, em publico, um cocô fedido, um gaz…
Alguns appenas deixam que seus paes, amigos e parentes saibam das cagadas que fizeram… Linguas más!
SONNETTO DO INFLUENCIADOR [12.256]
Não quero saber, Glauco! Eu assassino, massacro, sim, qualquer reputação! Sou influenciador, você ‘inda não notou? É claro! É cego, né, menino?
Si fosse seguidor, eu imagino que iria dar razão, na lacração, a tudo em que, trendando, metto a mão! Rapaz, como você ficou cretino!
Não lacra, não descurte, não cancella? Seu tempo não occupa, ja, todinho, nas redes sociaes? Ah, não, velhinho!
Hem? Como? Não se importa? Ah, é? Só zela por sua poesia? Meu damninho poder ignora, nesse seu caminho?
Glaucão, por que você não participa de eventos virtuaes, aula remota, distante educação, ou não adopta um desses cellulares, não se equipa?
Se vire! Coração faça da tripa! Você não é escriptor? Pois sua quota de sadicos leitores uma bota porá na tela! Ripa na chulipa!
Que espera? Seus leitores mostrarão, na tela, a sola chata! Mas se tracta de pose, de subtil provocação!
Prefere punhetar-se? Mas então a “accessibilidade” é bem ingrata! Dá pena a sua falta de visão!
SONNETTO
Fodeu, Glauco! Prenderam meu guru! Agora que venceu meu opponente, ficou impracticavel, de repente, mandar qualquer rival tomar no cu!
Aquelles robôs todos -- Por Exu! -serão inuteis, Glauco! Quem sustente, nas redes, a fofoca, se desmente! Meu mytho vae virar mais um tabu!
Que faço, porra? Alguem tem que mimar meu ego! Onde estará, Glauco, meu gado? Passaram a boiada? Ah, puta azar!
Podia ter vencido, no logar daquelle fraudador, meu alliado! Faz falta algum regime militar!
SONNETTO DA PORTABILIDADE [12.374]
Não posso consentir, Glauco, que queira alguem me coagir a dar o braço! Não uso cellular! Demais excasso é o raio do teclado, uma canseira!
“Tambem” não é “tb”! Sem brincadeira! “Você” não é “vc”! Si exsiste espaço depois de cada virgula, sim, faço questão de digitar a phrase inteira!
Por isso nem twitter tenho, nem whatsapp ou instagram! Meu facebook siquer nem monitoro! Poupo o muque!
Em sendo um escriptor, como ninguem você, Glauco, conhesce nosso truque no tracto das palavras! Nem encuque!
SONNETTO DO “COPYLEFT” [12.617]
Si temos “copyright”, hem, por que não alguem ter “copyleft”? Tahi, poeta! A nossa liberdade ninguem veta de termos um mercado livre, irmão!
Mas nossos cellulares todos são chipados, grampeados! É completa a rede de espiões que nos affecta, fuçando, rastreando, como estão!
Até quando transamos nos espia um typo voyeurista de robot, capaz de detectar algo pornô…
Sabendo qual chulé você lambia, vão elles lhe vender o que Rimbaud usou: meias eguaes às do vovô!
SONNETTO DA CAGADA
O nosso cellular nos espiona, poeta! Sabe tudo sobre nós o proprio fabricante, pela voz, a cara, a roupa, joven ou cafona!
Mas não appenas quando telephona a gente! Elle controla nossos prós e contras, até quando, logo appós fodermos, fica a gente mais cagona!
Sim! Como nós levamos ao banheiro aquelle apparelhinho, saber vão quem menos é, quem mais será cagão…
si duro ou molle faço o que primeiro sae, isso só me importa a mim, Glaucão! Por isso um cellular não quero, não!
SONNETTO DUM CELLULAR DE PARLAMENTAR
Não, vate, elles jamais vão me calar! Aquelle cellular foi hackeado! Nas photos, não sou eu que estou do lado dum bugre, dum marmanjo tão vulgar!
O cu que se excancara alli, com ar de fenda arrombadaça, sem cuidado nenhum com a limpeza… Não, culpado não sou de estar naquelle cellular!
Será que elles não notam que tal “nude” não pode ser por minha mão tirada? Não tenho, não, com isso, vate, nada!
Mas sabe por que o publico se illude? Por causa da famosa deputada que vive se filmando, sim, pellada!
SONNETTO DO APPLICATIVO DEGENERATIVO
Foi padre e pae de sancto, um dos maiores doutores satanistas brazileiros.
Nasceu no seiscentismo e, nos terreiros bahianos, se chamou Madame Doris.
Morreu, ja nos sessenta, como Boris Basset, mais conhescido. Pioneiros poemas fez, versando sobre cheiros anaes, como os de Judas, os peores.
Quem suas obras queira conhescer pesquise mais IA neste excellente acervo dos poetas do prazer.
Achou algum equivoco? Ora, tente checar na concorrencia: alli, vae ver, encontra algo, talvez, mais convincente.

Casa de Ferreiro
