Jornal No Meio de Nós - Edição 207 - Novembro de 2015

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16 anos

ANO XVII - Nº 207 - NOVEMBRO/2015

Diocese participa da Assembleia das Igrejas

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 Visita Pastoral O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, realizou sua visita pastoral de outubro nas paróquias de Irapuru e Flora Rica e realizou o encontro regional com a Pastoral Familiar e o ECC. Página 3  Encontro de Mulheres O 4º Encontro Diocesano de Mulheres ocorrerá em Bastos, no dia 15 de novembro. Neste ano, a assessora será Fátima Longo, de Botucatu, que refletirá sobre o tema "A Alegria de Viver". Página 3  Nossa Senhora da Piedade Paróquias da diocese que têm o ECC estão recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora da Piedade, que prepara o XXI Congresso Nacional do movimento, em julho de 2016. Página 15  Sínodo sobre a Família O Papa Francisco presidiu, por três semanas, a 14ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família. O evento teve participantes do Brasil, sendo alguns bispos e também leigos. Página 16

Participaram da Assembleia Jaime, Dom Luiz, Irmã Cida e padres Ademilson e Carlos

Regional Sul I da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) realizou, nos dias 16, 17 e 18 de outubro, a 37ª Assembleia das Igrejas Particulares, que contou com a presença da Diocese de Marília. Além do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e do coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, o evento também contou com a presença da Irmã Maria Apparecida Dias da Silva, do leigo Jaime Piassa, e do Pe. Carlos Roberto dos Santos, de Tupã, que é secretário da Sub-Região de Botucatu. Ao todo, participaram mais de 230 pessoas, de todo o Estado de São Paulo. O tema da Assembleia das Igrejas deste ano foi "Misericórdia e Missão" e os participantes abordaram documentos recentes da Igreja, como a Encíclica "Laudato Si", do Papa Francisco, e a bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Página 7


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Palavra

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Assessoria

do bispo

litúrgica

Bem vindo, Dom Francisco Carlos Creio na Ressurreição da Carne Pe. Anderson Messina Perini

Dom Luiz Antonio Cipolini

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"Bendito o que vem em nome do Senhor" (Mc 11, 9). "A colegialidade afetiva faz do bispo um homem que jamais está só porque sempre e continuamente está com os seus irmãos no episcopado e com aquele que o Senhor escolheu como sucessor de Pedro" (Diretório para o Ministério Pastoral dos Bispos, 12) O Santo Padre Francisco, acolhendo o pedido de renúncia apresentado por Dom Irineu Danelon, SDB, nomeou bispo da Diocese de Lins Dom Francisco Carlos da Silva, transferindo-o da Diocese de Ituiutaba, Estado de Minas Gerais. Dom Irineu esteve à frente do governo pastoral da Diocese de Lins ao longo de 27 anos e é natural de Piracicaba (SP). Foi nomeado bispo em 2 de dezembro de 1987 e no dia 16 de setembro passado, completou 48 anos de ordenação presbiteral. Inspirado pelo lema "A caridade jamais passará", contribuiu decisivamente para a criação e desenvolvimento da Pastoral da Sobriedade. Dom Francisco é natural de Tabatinga, no interior de São Paulo. Nasceu em 30 de setembro e é filho de Manuel Antônio da Silva e Alice Malaquias da Silva. Foi ordenado presbítero no dia 11 de dezembro de 1982, e bispo, em 2007, na cidade de Borborema. Escolheu por lema episcopal "Ide para a vinha". Em sua trajetória como bispo, atuou como primeiro suplente do Conselho Permanente do Regional Leste 2 e membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Francisco foi nomeado no dia 30 de setembro, pelo Papa Francisco, como o oitavo bispo da Diocese de Lins e sua posse está marcada para o dia 27 de novembro, na Igreja

MAARÍLIA Dom Francisco

MAARÍLIA Dom Irineu Catedral. Como bispo diocesano da Província Eclesiástica de Botucatu, recebo Dom Francisco de braços abertos e com muita alegria. Pedimos a Deus, por intercessão de Santo Antônio, padroeiro da Diocese de Lins, que sua nova missão seja abençoada e produza os melhores frutos.

Cúria diocesana: Avenida Nelson Spielmann, 521 Marília/SP - CEP 17500-970 Fone/fax: (14) 3401-2360 e-mail: curia@diocesedemarilia.org.br Centro Diocesano de Pastoral: Rua José Bonifácio, 380 Marília/SP - CEP 17509-004

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica.

Editora-responsável: Márcia Welter (MTb Tiragem nº35.160-DRT-SP). 11.500 exemplares. Redação e Editoração: Márcia Welter. Revisão: Pe. Ademilson Luiz Ferreira. Autorização Permite-se a reprodução de matérias Horários de atendimento: VERSÃO ELETRÔNICA desta edição, desde que sejam men­ Segunda a sexta-feira das 8h às 17h. cionadas as fontes. Está disponível no site da diocese: www. diocesedemarilia.org.br Produção Editorial Envie notícias de sua paróMW Editora quia, pastoral ou movimento Rua Barão do Rio Branco, 234 - sobreloja Impressão para o jornal diocesano (jornalJornal da Cidade de Bauru Ltda Garça (SP) - CEP 17.400-000 nomeiodenos@yahoo.com.br) e Rua Xingu 4-44 - Higienópolis Fone/Fax: (14) 99195-5452 para o site da diocese (pascom. e-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com. Bauru (SP) - CEP 17013-510 marilia@gmail.com). Fone: (14) 3223-2844 br Fone/fax: (14) 3413-3124 e-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br Website: www.diocesedemarilia.org.br

EXPEDIENTE Bispo diocesano: Dom Luiz Antonio Cipolini Bispo emérito: Dom Osvaldo Giuntini Vigário Geral: Cônego João Carlos Batista Coordenador diocesano de Pastoral: Pe. Ademilson Luiz Ferreira

urante o mês de novembro, a liturgia geralmente traz a temática da escatologia cristã, que apresenta o sentido da finalidade última da humanidade. São datas litúrgicas precisas que trazem isto no calendário litúrgico, sobretudo o dia de todos os Santos, finados, a festa do Cristo Rei, o final do Tempo Comum e o início do tempo do Advento. Quatro pontos são importantes na liturgia deste período, que a teologia chama de novíssimos, pois são quatro novidades que ainda nenhum vivo experimentou: a morte, o juízo, o céu e o inferno. Neste artigo deteremos o sentido da ressurreição da carne. Ressurreição da carne é diferente de reencarnação. A doutrina reencarnação ensina que as almas são eternas e tomam novos corpos a cada vida terrestre, a fim de purificarem e aprenderem o destino da vida para poderem ser puros espíritos. Há algumas correntes que afirmam que almas que cometeram crueldade em vidas humanas podem cair na involução em reencarnações posteriores de animais. A crença na reencarnação contradiz a fé cristã e até mesmo o conceito do ser humano, pois a cada reencarnação existiria um despersonificação. Segundo a Antropologia cristã, o ser humano é um ser composto de alma e corpo. Alma e corpo são elementos constitutivos do ser humano criados por Deus: o corpo por geração dos pais e a alma é criada na concepção. Antes da concepção, a alma não existia. Corpo e alma no ser humano formam uma unidade radical e inseparável. Assim, a minha, a sua alma, só passou a existir na concepção do útero materno. Mas por que dissemos que a alma é eterna? A alma é o princípio espiritual que há no homem, é o que nos dá semelhança com Deus, e por isso, como os anjos e Deus, seres espirituais que são eternos,

a alma é eterna em nós. Desta maneira, a morte é a separação da alma e do corpo. O corpo, como consequência do pecado, cai na corrupção. Ao passo que a alma, que é imortal, se encaminha ao juízo de Deus e espera unir-se novamente a seu corpo, e não a outro, quando este ressurgir transformado, quando Jesus voltar. Como isso vai acontecer supera nosso entendimento. É mistério! Mas sabemos que é verdade: pois Cristo ressuscitou na carne, e vive hoje e eternamente, de corpo, alma e divindade, à direita de Deus Pai. São Paulo, na primeira carta aos coríntios, nos explica como ocorrerá a ressurreição: "Todavia, alguém dirá: 'Como é que os mortos ressuscitam? Com que corpo voltarão?' Insensato! Aquilo que você semeia não volta à vida, a não ser que morra. E o que você semeia não é o corpo da futura planta que deve nascer, mas simples grão de trigo ou de qualquer outra espécie. A seguir, Deus lhe dá corpo como quer: ele dá a cada uma das sementes o corpo que lhe é próprio" (1 Cor 15,35-39). São Paulo ainda atesta que nossos corpos ressuscitados serão semelhantes ao de Cristo, serão transformados de corpos corruptíveis a corpos incorruptíveis, revestidos de imortalidade. Por fim, digamos com São Paulo (1 Cor 15, 13-15): se os mortos não ressuscitam, Cristo também não ressuscitou e vã é nossa fé. Deste modo, para os cristãos, a morte não deve ser temida, porque não é o fim de nossa existência. Ao contrário, a cada dia devemos nos preparar para o encontro com o Senhor, a fim de sermos dignos da ressurreição na carne para a vida eterna no Paraíso, desejado por Deus desde a criação do mundo.


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VISITA

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PASTORAL

Irapuru e Flora Rica recebem visita de Dom Luiz

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o mês de outubro, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, realizou sua visita pastoral às paróquias Santa Genoveva, de Irapuru, e São José, de Flora Rica. A visita ocorreu do dia 22 ao dia 25 e ele foi acolhido pelo Pe. Adriano dos Santos Andrade, pároco das duas paróquias. "O nosso bispo foi acolhido carinhosamente pelas paróquias e comunidades. Ele se apresentou como um irmão e amigo, na simplicidade e proximidade, e sempre dirigindo às pessoas palavras de estímulo. Sentimos, em diversos momentos durante nossa conversa, a sua tranquilidade e a paz que transmite para todos", comentou o sacerdote. Para o Pe. Adriano, a visita pastoral foi um momento muito especial e enriquecedor de convivência e aprendizado. "Pudemos partilhar com nosso bispo as alegrias e os desafios de nossa vida paroquial. Senti-

Bispo Dom Luiz se reuniu com diversos grupos das duas paróquias

mos fortemente que nosso pastor nos acolhe e apoia. Ele nos deu muita força e coragem para prosseguirmos com os trabalhos, o que muito nos incentiva", disse. Durante a visita, o bispo tradicionalmente participa de reuniões com o CPP (Conselho Paroquial de Pastoral) e o Caep (Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais), sendo que cada paróquia realizou sua reunião. Dom Luiz também visitou

os prefeitos, o presídio e o asilo de Irapuru, e participou de um encontro com crianças e jovens da Catequese das duas paróquias. Neste mês, o encontro regional foi feito com membros da Pastoral Familiar e do ECC (Encontro de Casais com Cristo) das paróquias da Região Pastoral III. "Dom Luiz nos revelou que gostou muito e que se sentiu muito bem em nossas comunidades", revelou o Pe. Adriano.

"A Alegria de Viver" será o tema do Encontro de Mulheres deste ano

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s mulheres da diocese de Marília terão, no mês de novembro, a oportunidade de participar do 4º Encontro Diocesano de Mulheres. O evento será no dia 15, em Bastos, na Associação Leão de Judá (Rua Takanobu Tatsumoto, nº 535). Neste ano, o evento terá como tema "A Alegria de Viver" e a assessora convidada foi Maria de Fátima Longo, de Botucatu. Ela nasceu sem braços e sem pernas, mas desenvolve intensa atividade, com palestras motivacionais e evangelização. "Ela superou seus próprios limites, conseguindo estudar, formar-se e se tornar professora. Também exerceu um mandato de vereadora em sua cidade. Desenvolve trabalhos pastorais em sua paróquia. Vive rodeada de amigos, escreve cartas, faz palestras e partilha com todos a alegria

de viver. Ao invés de reclamar da vida, Fátima nos ensina a superar os problemas a partir da confiança em Deus", comentou o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, responsável pela organização do evento. Segundo o sacerdote, será uma manhã de muita alegria e espiritualidade.

"Fátima é um grande exemplo de superação para muitas pessoas", observou Terezinha de Souza e Silva, O encontro em Bastos começará às 8h30, com a um café da manhã. Em seguida, será celebrada a Santa Missa. Após a palestra da assessora Fátima, haverá uma apresentação musical com Taís Fonseca, de Tupã. O encerramento ocorrerá com o almoço. Segundo o Centro Diocesano de Pastoral, será cobrada uma taxa de R$ 10,00 (dez reais) por pessoa. A confirmação da participação deverá ser feita até o dia 10 de novembro, pelo e-mail: cdpdiocesedemarilia@ gmail.com. "Assim como nos anos anteriores, estamos na maior expectativa, acreditando, desde já, que deu certo. Estamos felizes", finalizou Terezinha, que foi uma das idealizadoras do Encontro Diocesano de Mulheres.

01/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. do Rosário, em Pompéia.  Crisma na Paróquia Sagrada Família, em Marília. 02/11 – Finados – Missa no Cemitério da Saudade, às 8h. 04/11 – Curso de Teologia para Leigos e Consagrados. 05/11 – Crisma na Paróquia Maria Mãe, em Marília. 06/11 – Crisma na Paróquia Santa Isabel, em Marília. 07/11 – Escola Diaconal.  Crisma na Paróquia Santo Antônio, em Adamantina. 08/11 – Crisma na Paróquia Santo Antônio, em Junqueirópolis. 10/11 – Reunião da Diretoria da Escola Diaconal. 11/11 – Curso de Teologia para Leigos e Consagrados 12/11 – Reunião do Cabido Diocesano no Itra.  Crisma na Paróquia N. Sra. Aparecida, em Oriente. 13/11 – Crisma na Paróquia Santa Antonieta, em Marília. 14/11 – Crisma na Paróquia São José, em Tupã. 15/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. de Fátima (Jóquei), em Marília, às 9h30.  Crisma na Paróquia N. Sra. Aparecida, em Quintana. 16/11 – Reunião com Secretários (as) da Região Pastoral I. 17/11 – Reunião com Secretários (as) das Regiões II e III. 18/11 – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral.  Curso de Teologia para Leigos e Consagrados. 19/11 – Ano da Vida Consagrada.  Missa com Religiosos (as) em Osvaldo Cruz. 20/11 – Crisma na Paróquia São Miguel, em Marília. 21/11 – Crisma na Paróquia Santa Antonieta (Pe. Nóbrega), em Marília. 22/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. da Glória, em Tupi Paulista.  Jubileu de Diamante da Paróquia Sta. Cecília, em Álvaro de Carvalho. 23/11 – Encontro dos Bispos do Sub Regional. 24/11 – Reunião do Conselho de Formação.  Crisma na Paróquia N. Sra. Aparecida, em Flórida Paulista. 25/11 – Curso de Teologia para Leigos e Consagrados. 26/11 – Reunião dos Bispos da Província com Formadores.  Consagração à Igreja Particular da Leiga Lucilene, em Pacaembu. 27/11 – Posse de Dom Francisco Carlos da Silva (Diocese de Lins). 28/11 – Crisma na Paróquia São João Batista, em Marília. 29/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. de Lourdes, em Garça.  Crisma na Paróquia Santa Antonieta, em Marília.

Cáritas Diocesana convoca assembleia para 31 de outubro

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presidente da Cáritas Diocesana de Marília, Pe. Francisco José Del Barrio Tosantos, convocou, para o último dia de outubro, a Assembleia Geral Ordinária. Deverão participar do encontro os membros da diretoria, do Conselho Fiscal, associados, funcionários e voluntários. O início está previsto para as 8h30, na Rua José Bonifácio, nº 731, no bairro Palmital, em Marília. Segundo o sacerdote, den-

tre os assuntos da pauta estão informações a respeito das atividades realizadas, com a prestação de contas. Também está prevista a discussão sobre uma alteração do estatuto da entidade e a aprovação de novos associados. Por fim, será eleita a nova diretoria da Cáritas Diocesana. A assembleia em Marília contará com a presença do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini.


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Santa

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rita de cássia

Bispo e seminaristas preparam Semana Missionária para janeiro Para ampliar o trabalho missionário na Diocese de Marília e aprimorar o conhecimento das realidades paroquiais por parte dos futuros padres, Dom Luiz Antonio Cipolini e os seminaristas organizam ações missionárias que acontecerão entre os dias 17 e 24 de janeiro de 2016 na Paróquia Santa Rita de Cássia.

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paróquia Santa Rita de Cássia, zona Sul de Marília, receberá dos dias 17 a 24 de janeiro do próximo ano a Semana Missionária, motivada pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e pelos 25 seminaristas da diocese. A iniciativa tem por objetivo aperfeiçoar as atividades missionárias e, por conseguinte, fazer com que os futuros presbíteros conheçam as realidades paroquiais que precisam do auxílio missionário. A primeira edição desta experiência do bispo com os seminaristas aconteceu no início de 2015 nas paróquias Imaculada Con-

ceição, de Mariápolis, e Santa Luzia, de Pracinha. Toda a organização da Semana Missionária, que terá o Ano da Misericórdia como tema, está sendo realizada pelo bispo, pelo pároco que receberá a iniciativa, Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá, pelo diácono Willians Roque de Brito, pelos próprios seminaristas e também conta com a ajuda do CDP (Centro Diocesano de Pastoral) e de seu coordenador, o Pe. Ademilson Luiz Ferreira. Leigos e leigas da paróquia Santa Rita, envolvidos com a dimensão missionária, também participarão da experiência no início de 2016.

Para elaborar as atividades e executar a logística utilizada nas visitas, os representantes formaram uma comissão e já deram início aos trabalhos. A equipe também lançou, na última quinzena de outubro, um perfil na rede social Facebook (www.facebook.com/semanamissionariamarilia) onde serão postadas as novidades da ação que acontecerá em janeiro. (Tiago Barbosa).

Retiro da Renovação Carismática Católica reúne 350 jovens na cidade de Adamantina

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p ro x i m a d a m e n t e 350 pessoas estiveram reunidos em Adamantina nos dias 10 e 11 de outubro, para o Retiro Diocesano para Jovens. Promovido pela RCC (Re­novação Carismática Católica), o evento teve o tema "Um tempo novo para a Juventude". Os jovens tiveram a presença de Rodrigo Ferreira, da Missão Louvor e Glória, e do Pe. Wilson Luiz Ramos, diretor espiritual da RCC e pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Dracena. O retiro atraiu jovens de toda a Diocese de Marília, que puderam viver, naquele final de semana, a experiência de um encontro pessoal com Deus.

No Click com o Senhor

Jovens puderam vivenciar um encontro pessoal com Deus no retiro

"A semente foi lançada e regada, mas é preciso que a cada dia busquemos a santidade para que a semente germine, cresça e produza frutos bons",

afirmou Rafael Henrique Carlos Sartorato, secretário de comunicação social da Renovação Carismática Católica da cidade de Adamantina.

Jubileu de Ouro Na noite de 25 de outubro, a Paróquia Santa Cecília, de Álvaro de Carvalho, celebrou, com imensa alegria, os 50 anos de vida religiosa da Irmã Cecília, que pertence à Congregação das Irmãs da Misericórdia. A celebração do Jubileu de Ouro foi presidida pelo Pe. Angelo Fornari e teve a presença de amigos e familiares. A religiosa tem 26 anos de dedicação à comunidade de Álvaro de Carvalho, junto à Creche Nazaré. A Irmã Cecília afirmou ser muito feliz em sua vocação — que tem por lema "amai-vos uns aos outros, como eu vos amei" (Jo 13,34) —, agradeceu a Deus e disse que ficou muito emocionada com a celebração.

Deus existe

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ra uma vez um velho árabe, analfabeto, que orava com tanto fervor e com tanto carinho toda noite, que certa vez o rico chefe de grande caravana o chamou à sua presença e lhe perguntou: — Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler? O crente fiel respondeu: — Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele. — Como assim? — indagou o chefe, admirado. O servo humilde explicou-se: — Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu? — Pela letra. — Quando o senhor recebe uma joia, como é que se informa quanto ao autor dela? — Pela marca do ourives. O empregado sorriu e acrescentou: — Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi? — Pelos rastros — respondeu o chefe, surpreendido.

Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso: — Senhor, aqueles sinais lá em cima não podem ser dos homens! Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também. Reflexão Deus, mesmo sendo invisível aos nossos olhos, deixa-nos sinais em todos os lugares: na manhã que nasce calma, no dia que transcorre com o calor do sol ou com a chuva que molha a relva... Deixa-nos sinais no cotidiano, na luta do dia a dia. Pense nisso! Pe. Valdo Bartolomeu de Santana (padre.valdo@uol. com.br).


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Mudança

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na declaração de nulidade matrimonial

A proximidade entre a justiça eclesial e os fiéis Tiago Barbosa

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Papa Francisco, por meio de sua Carta Apostólica Mitis Iudex Dominus Iesus (O Senhor Jesus, Juiz clemente), instaura uma mudança no processo canônico para as causas de declaração de nulidade do matrimônio. Publicada no dia 8 de setembro passado, a reforma visa tornar mais ágeis e acessíveis tais processos. Tendo como orientação a suprema lei da salvação das almas e mantendo completamente o princípio da indissolubilidade do vínculo matrimonial, foi reunido um grupo de peritos da área canônica e pastoral para a elaboração do esboço de uma nova lei processual que, por meio de Motu Proprio (por sua própria iniciativa), o Romano Pontífice apresentou a toda a Igreja. O empenho desta reforma é nutrido pelo grande número de crentes que, por ocasião de seu afastamento físico ou moral, estão apartados das estruturas jurídicas eclesiais. Por tal realidade, afirma o Papa na Carta: "a caridade e a misericórdia pedem que a própria Igreja, enquanto mãe, se torne próxima dos filhos que perceba estarem afastados". Muitos meios de comunica-

ção se equivocaram ao afirmarem que Francisco facilitou a anulação de casamentos, pois a Igreja não os "anula", apenas declara nulas aquelas uniões que, por algum motivo, nunca existiram. Desta maneira, a intenção foi tornar os processos destas declarações mais rápidos. Em linhas gerais, a agilidade pensada pelo Sumo Pontífice se dará por meio de apenas uma sentença executiva em favor da nulidade pautada na certeza moral adquirida por um único juiz, na primeira instância, sob a responsabilidade do bispo diocesano que, com proximidade, em virtude de seu ofício pastoral e em comunhão com o Papa, tem o poder de legislar seus próprios súditos. Em suma, ao tornar os processos mais rápidos, as novas mudanças tornam a justiça eclesial mais próxima dos fiéis, pois colocam o juiz e as pessoas que o acionam em diálogo preciso. As medidas entrarão em vigor no dia 8 de dezembro de 2015, início do Ano da Misericórdia, jubileu extraordinário convocado também pelo Papa Francisco. Tiago Barbosa é jornalista e seminarista do 2º ano de Teologia e faz estágio pastoral na paróquia Santo Antônio, de Adamantina.

Semana Intensiva de Estudos O CTL (Curso de Teologia para Leigos) da Região I realizou sua Semana Intensiva de Estudos de 19 a 23 de outubro. O tema de reflexão, "Família na atualidade", teve como assessor o Pe. Carlos Roberto dos Santos, de Tupã. Ele defendeu a instituição familiar como dom precioso para a sociedade e tratou de algumas questões que as famílias enfrentam no mundo de hoje. Segundo ele, a Igreja deve ter uma ação pastoral para que todas as famílias se sintam acolhidas. Partici­param do evento cerca de 115 pessoas. A Semana de Estudos foi avaliada positivamente pelo coordenador do curso, Pe. Anderson Messina Perini.

Região I discute tema dos Acampamentos em reunião de agentes de pastoral

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s agentes de pastoral da Região I estiveram reunidos no dia 14 de outubro, em Marília, no salão da Paróquia Santo Antônio. Na oportunidade, o Pe. Danilo Nobre dos Santos falou sobre os Acampamentos, seus objetivos e métodos. "Pudemos esclarecer alguns pontos e tirar dúvidas dos participantes", disse o sacerdote, que já participou da organização de alguns Acampamentos na Diocese de Marília. Em sua apresentação, o sacerdote falou sobre toda a história dos Acampamentos, que nasceram de um projeto preconcebido nos Estados Unidos, ministrado a executivos. Seu objetivo inicial era aprimorar o sentido de equipe nas empresas. A Igreja Católica do México, então, adaptou e espiritualizou estes encontros, através do teólogo J. H. Prado Flores. Ele utilizou esses acampamentos para resgatar pessoas em situação de stress ou conflito e também para capacitar agentes de pastoral, envolvidos nas comunidades, que, por diversos motivos, estavam cansados, desmotivados ou afastados. Segundo o Pe. Danilo, na sua origem, o Acampamento surgiu como parte do Projeto Evangelização 2000, criado para atender ao apelo do então Papa, São João Paulo II, quando, em 1983, convocou todo batizado para uma Nova Evangelização: "nova em seu ardor, em seus métodos e em sua expressão." No Brasil, o primeiro acampamento ocorreu em 1991. Conhecido como "Acampamento Zero", o evento teve representantes de vários Estados. A partir de então, a semente foi lançada e surgiram acampamentos em várias ci-

Quem refletiu o tema central foi o Pe. Danilo Nobre, de Marília

dades. "De Presidente Prudente, trouxemos para a Diocese de Marília, há mais de 10 anos. Em janeiro de 2003, um grupo de 15 jovens — 10 de Tupã e cinco de Marília —, a convite do Pe. Wilson Luís Ramos, fizeram a experiência com a missão de trazer o Acampamento para a diocese. Em junho do mesmo ano, realizamos o 1º Acampamento da Diocese de Marília, em Presidente Prudente", relembrou. A primeira cidade a realizar o Acampamento, em território diocesano, foi Pompéia. Posteriormente, a estrutura foi montada em Adamantina e também em Marília. Os acampamentos geralmente são realizados em lugares afastados e os participantes têm atividades das primeiras horas do dia até a noite, com dinâmicas, recreações, ensinamentos, testemunhos e celebrações. "Distribuídos em equipes, eles aprendem ou reaprendem o trabalho e a convivência em comunidade, falando, ouvindo e respeitando as limitações e imperfeições do próximo, para, juntos, vencer, ou não, os desafios propostos, o que dependerá da união da equipe", afirmou o Pe. Danilo. Todo Acampamento conta com a participação de um di-

retor espiritual, que é o padre, responsável por atender as confissões, dar suporte espiritual e celebrar as missas diárias. Existem vários tipos de acampamentos, cada um com estruturas e características próprias. Os tipos são Acampamento Mirim, para crianças; Acampamento FAC - (Formação de Adolescentes Cristãos), para adolescentes de 12 a 14 anos; Acampamento Joam - (Jovens e Adolescentes em Missão), para adolescentes de 15 a 17 anos; Acampamento Juvenil, para jovens de 18 a 30 anos; Acampamento Sênior, para adultos acima dos 30 anos; Acampamento Master, para pessoas acima de 55 anos; e Acampamento Misto, que engloba o Juvenil e o Sênior, não havendo divisão da faixa etária. O sacerdote concluiu reforçando que o objetivo geral do Acampamento é o encontro com Deus, consigo e com o próximo. "Desejamos que os Acampamentos continuem ajudando tantas pessoas, no processo de conversão e evangelização do nosso povo", disse o Pe. Danilo Nobre dos Santos.


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São

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pedro, de garça

Paróquia celebra 80 anos com exposição de fotos

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iéis da cidade de Garça podem conhecer a história da sua mais antiga paróquia visitando uma exposição, aberta no início do mês de outubro. A Paróquia São Pedro Apóstolo completou, no dia 27 de outubro, 80 anos de criação e para celebrar o Jubileu de Carvalho, a exposição traz, além de imagens, objetos sacros e litúrgicos, documentos, roupas e peças de mobílias utilizados ao longo das últimas oito décadas. A história da Paróquia São Pedro Apóstolo se confunde com a história da própria cidade, que tem 86 de emancipação. Por esse motivo, o pároco, Pe. Evandro César Batista Ribeiro, considera que a exibição do acervo trará recordações a toda a população garcense. "Os visitantes terão aqui momentos de cultura, pois não estamos apenas retratando a história dos 80 anos da paróquia, mas também mostramos um pouco da história da cidade. Afinal, falar da história da paróquia sem falar da história da cidade e de seus moradores não seria um resgate histórico", comentou. A exposição traz, ainda, imagens de santos da antiga Matriz de São Pedro, que foi demolida no ano de 1963. Segundo o pároco, muitas dessas imagens estavam en-

terradas, outras estavam em capelas particulares e em cemitérios. Um fato interessante é que a demolição da igreja foi feita durante a realização do Concílio Vaticano II, que foi encerrado em 1965. O Pe. Evandro explicou que as informações vinham desencontradas de Roma e muitas pessoas as interpretaram de forma incorreta e passaram a acreditar que a Igreja se desfaria das imagens. Daí a explicação para algumas imagens terem "sumido" e agora terem sido "devolvidas" pela comunidade. A paróquia aniversariante realizou um extenso trabalho de pesquisa cultural e o resultado pode ser visto diariamente, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. A exposição foi montada no salão paroquial, na Rua Heitor Penteado, mesmo local onde atualmente estão sendo celebradas as missas, pois a igreja matriz passa por reformas. Confira um breve histórico da Paróquia São Pedro Apóstolo no site Garça. com (www.garca.com).

Pároco Pe. Evandro: falar da história da paróquia sem falar da história da cidade e dos moradores não seria resgate histórico.

Jesus Cristo Palavra que nos alimenta Dom Estevão

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o Quarto Evangelho — Evangelho de João — lemos: "No início era o Verbo, o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus" (Cf. Jo. 1,1). E ainda: "E o Verbo tornou-se carne e armou sua tenda entre nós" (Cf.Jo. 1,14). Quando lemos esses versículos da Palavra de Deus, iluminados pelo Espírito Santo, encontramos uma força motivadora como alimento que nos encoraja para vivermos o dia-a-dia de nossas vidas. Quando pensamos no Filho de Deus que se fez carne, ou seja, que nasceu da Virgem Maria, que assumiu um corpo humano, que teve fome, sede, frio etc... compreendemos que Ele, enquanto homem, necessitou de alimento, de alguém que o alimentasse. Podemos pensar em Maria, sua Mãe, o amamentando, preparando alimentos para seu Jesus menino. Ele, enquanto ser humano, teve que nutrir seu corpo para sobreviver, pois a carne de Jesus também precisou de nutrientes, vitaminas e tudo que o nosso corpo precisa. Podemos pensar, ainda, que Jesus teve que alimentar seu espírito com um alimento espiritual, ou seja, a Palavra do Pai, que diz que nem só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus. Por isso, Ele adqui-

riu um profundo conhecimento da palavra de Deus contida na Torá. Assim sendo, Ele precisou alimentar sua carne e seu espírito. Quem somos nós então para não nos preocupamos com estas necessidades fundamentais para vivermos bem? Como Jesus, nós também necessitamos de um bom alimento para nutrir nossa carne (corpo) e nosso espírito para vivermos em plenitude. Para o corpo, temos a ciência nos orientando quais os alimentos mais adequados para uma vida saudável. Mas assim como Jesus, não basta cuidar da saúde do corpo, é preciso também alimentar nosso espírito. Para alimentar nosso corpo, sabemos muito bem onde encontramos alimentos, sabemos das redes de supermercados que existem em nossas cidades e até das ofertas que nos oferecem. Perguntamos então, onde encontramos alimento para nosso espírito? Sem dúvida na Pa-

lavra de Deus. Palavra essa que chamamos de Bíblia, Sagrada Escritura. Sim, neste livro encontramos Palavras que nutrem nosso espírito porque são Palavras de vida e vida Eterna. Assim como necessitamos de um saudável alimento para nutrir nosso corpo, necessitamos de uma boa Palavra para termos equilíbrio em nossos pensamentos e sentimentos. Precisamos de uma palavra de ânimo diante de nossos desafios, uma palavra de coragem diante dos nossos medos, uma palavra de perdão diante de nossas feridas e de palavras iluminadas diante de tantas trevas que a história vai nos apresentando em nosso caminho. Caros irmãos, Jesus assumiu em Si nossa realidade humana, sentiu nossas dores, nossas preocupações. Somos encorajados e nos sentimos mais fortes com Ele. Portanto, a Palavra de Deus, que outrora inspirou os profetas na plenitude dos tempos, se Encarnou, falou aos homens de todos os tempos e continua falando que Ele é o alimento da vida Eterna. Dom Estevão da Divina Misericórdia, MDM, é prior do Mosteiro da Divina Misericórdia, de Lucélia.


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Dioceses

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do estado reunidas em itaici

Assembleia das Igrejas reflete "Misericórdia e Missão" A 37ª edição da Assembleia das Igrejas Particulares do Estado de São Paulo reuniu mais de 230 participantes em Itaici. Além dos bispos, estiveram reunidos sacerdotes, religiosas, leigos e representantes de organismos do Regional Sul I da CNBB.

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om o tema "Misericórdia e Missão", o Regional Sul I da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), realizou, de 16 a 18 de outubro, a 37ª Assembleia das Igrejas Particulares. Bispos, padres, religiosas e leigos das dioceses do Estado de São Paulo e representantes dos organismos, pastorais, movimentos e associações vinculadas ao Regional estiveram reunidos em Itaici, no município de Indaiatuba. Ao todo, mais de 230 pessoas participaram da assembleia deste ano. A Diocese de Marília esteve representada pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, pelo coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, pelo leigo Jaime Luiz Piassa, coordenador do Conselho Diocesano de Pastoral e pela religiosa Ir. Maria Apparecida Dias da Silva, a Ir. Cida. Além dos quatro, outro sacerdote da diocese que esteve em Itaici foi o Pe. Carlos Roberto dos Santos, que exerce a função de secretário da Sub-Região de

Botucatu. A abertura da assembleia foi feita pelo presidente do Regional Sul I, e arcebispo de Campinas (SP), Dom Airton José dos Santos. Segundo ele, o objetivo do encontro foi abordar os recentes documentos da Igreja, como a Encíclica "Laudato Si", do Papa Francisco, a bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Misericordiae Vultus, e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019, recentemente aprovadas na 53ª Assembleia Geral da CNBB, que ocorreu no último mês de abril. Além de Dom Airton, também participou do evento o vice-presidente do Regional, Dom Pedro Luís Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes, e do secretário-geral, Dom Júlio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. O início dos trabalhos foi marcado por uma brilhante exposição feita por Dom Nelson Westrupp, bispo emérito de Santo André, logo no primeiro dia. Após a exposição dele, houve grupos, debates, plenária e palavra livre dos partici-

Evento contou com presença de bispos, padres, religiosas e leigos

pantes. Motivados pelo tema central da assembleia, os participantes foram divididos em 16 grupos de discussão, que refletiram sobre duas questões: "Como relacionar e integrar 'Misericórdia e Missão' em nossa ação evangelizadora e prática pastoral?" e "Como trabalhar a 'conversão pastoral' e alimentar uma paixão pelo cuidado de nossa casa comum?". Os resultados das reflexões foram levados para a plenária e dentre as ações propostas, destacam-se: redescobrir o rosto misericordioso que nossa Igreja tem; superar o funcionalismo eclesial; deixar de ser complicadores para se tornar facilitado-

Encarar a morte com naturalidade Pe. José Ferreira Domingos

Natalício 15/11 – Pe. Claudinei de Almeida Lima – Paulópolis/ Quintana. 19/11 – Pe. Wilson Luís Ramos – Dracena. 20/11 – Fr. Wagner Gleyson Theodoro, OFM – Garça. 22/11 – Pe. Manoel Cirino de Souza – Flórida Paulista. 25/11 – Pe. Vinícios Augusto dos Santos Araújo, CSS – Marília. 29/11 – Fr. Leandro José Sanches, OFM – Marília. 30/11 – Fr. Cláudio Moraes Messias, OFMCap – Dracena.

res do encontro com o Deus da misericórdia; deixar-se iluminar pelo exemplo do Papa Francisco; e as dioceses devem olhar com carinho para os padres que trabalham nas periferias. Os participantes também consideraram que deve ser incentivada a ajuda entre as paróquias; necessidade de sair do comodismo e ir em busca das misérias do povo sofrido e cuidar das suas feridas, como fez Jesus Cristo; favorecer a conscientização dos leigos no sentido de irem além do simples trabalho pastoral/paroquial; se fala muito de justiça e se esquece do perdão: a Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus e, como Jesus, ir ao

encontro de todos sem excluir ninguém; incentivar a criação da pastoral da ecologia onde ainda não houver; investir na educação ecológica, a começar pelas crianças; valorizar e trabalhar bem a Campanha da Fraternidade 2016, que tratará da questão ecológica; conversão Ecológica: optar por um consumo sustentável investindo na conscientização e na educação a partir de pequenas iniciativas que geram novos estilos de vida; incentivar a participação nos conselhos municipais do meio ambiente; tentar incutir valores que não sejam consumistas; ter espiritualidade coletiva; desenvolver programas educativos nos meios de comunicação de massa e nas redes sociais, entre outras ações. No último dia, formaram-se grupos por diocese e cada Igreja Particular assumiu alguns compromissos. "Nossa diocese se comprometeu em reestruturar a Urgência Missionária, continuar a organizar as demais urgências e a realizar a conscientização ecológica a partir da 'Laudato Si' e da CF 2016", informou Dom Luiz Antonio Cipolini.

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az parte da nossa tradição de fé rezar pelos falecidos. Assim, mantemos a comunhão espiritual com os nossos irmãos que não se encontram mais entre nós. Eles não estão mais no caminho em que nós ainda estamos. Eles concluíram a jornada da existência terrena, jornada esta que um dia também será concluída por cada um de nós, visto que "somos cidadãos do céu", conforme nos lembra São Paulo em Fl 3,20. Na qualidade de cidadãos do céu, precisamos atingir nossa plena cidadania. Consideran-

do tal perspectiva, ao rezar pelos mortos, não podemos perder de vista os vivos, quer dizer, nós mesmos. Porque, assim como hoje fazemos memória dos que já partiram, amanhã nós também teremos partido e outros rezarão em nossa memória. Esse pensamento pode nos ajudar a tomar sempre mais consciência não apenas de que a morte existe e de que muitos já morreram, mas, sobretudo, de que a vida é breve, e, da parte principal: eu vou morrer. Isso não deve dar um tom trágico à nossa existência terrena nem nos levar a viver em função de morte. Isso deve nos levar a estabelecer uma relação amistosa com a morte, uma vez que esta é inevitável.

A morte é inevitável, mas não é abominável. "Somos cidadãos do céu", afirma Paulo. Ora, para chegar ao céu em plenitude, é preciso morrer. Sendo assim, a morte deve ser encarada por nós de modo natural. A nossa fé fundamenta a naturalidade com a qual a morte deve ser vista por nós. A nossa fé é fé numa pessoa que morreu, ressuscitou e nos afirma: "Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá" – Jo 11,25. Cremos? Sim. Então viveremos. Pe. José Ferreira Domingos é administrador paroquial da Paróquia São José, de Panorama.


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Santas

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missões populares

Quatro paróquias estão se preparando para as Missões

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uatro paróquias da Diocese de Marília estão em processo de preparação das SMP (Santas Missões Populares). As paróquias abraçaram a proposta do Primeiro Plano Diocesano de Pastoral com o objetivo de revitalizar sua pastoral, a partir de um processo missionário permanente. Uma dessas paróquias é a São José, de Tupã. Lá, as Santas Missões Populares foram debatidas em duas reuniões do Conselho Paroquial de Pastoral. Na oportunidade, os agentes de pastoral refletiram a importância de sua realização, a fim de renovar, pastoralmente e espiritualmente, a comunidade paroquial. "As SMP seriam também um dos meios de estarmos mais presentes na realidade das oito comunidades que compõem a paróquia, como tem sido pedido pelo Papa Francisco", informou o pároco, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva. No dia 29 de novembro, a Paróquia São José realizará sua Assembleia Paroquial. O Pe. Anderson Messina Perini, que já vivenciou as Missões Populares em sua paróquia — a Santa Antonieta, de Marília —, foi convidado para participar do evento. "Ele nos ajudará nas reflexões, a partir da experiência vivida por eles. Sendo a proposta aprovada pela Assembleia, iremos, no mesmo instante, constituir o Comipa (Conselho Missionário Paroquial), que fará os encaminhamentos necessários para as SMP", complementou o sacerdote. Em Tupã, outra paróquia também está vivenciado as Santas Missões Populares. É a São Pedro Apóstolo, que realizará sua Assembleia Paroquial no dia 8 de novembro. Segundo o pároco, Pe. Carlos Roberto dos Santos, de novembro até fevereiro, serão organizadas as equipes que coordenarão os setores e

prepararão todas as etapas das Santas Missões Populares. Em Marília, duas paróquias estão iniciando o processo, com o envolvimento de todas as lideranças da paróquia. A Paróquia Santa Rita de Cássia definiu que no mês de janeiro, haverá uma semana missionária, do dia 17 ao dia 24, com a participação de seminaristas da Diocese de Marília. "Agora, no mês de novembro, organizaremos as visitas para levantamento de dados e, assim, preparar para a chegada dos seminaristas em 2016. Após a semana missionária, faremos, em fevereiro, uma Romaria Paroquial para Aparecida", antecipou o pároco, Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá. Ainda de acordo com ele, neste mês de novembro serão definidas as datas para os retiros preparatórios das San-

tas Missões. "Pretendo, com a equipe, realizar as Santas Missões Populares em outubro de 2016", afirmou o sacerdote. Outra paróquia que está no processo de "namoro", quando acontecem os primeiros diálogos, é a Sagrado Coração de Jesus, de Marília. De acordo com seu pároco, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, houve uma Assembleia Paroquial em setembro para apresentar a proposta. Mais de 150 paroquianos puderam ouvir o Pe. Anderson Messina e acolheram a proposta. "Agora, vivemos o momento de diálogos e maior conscientização, tanto no CPP (Conselho Paroquial de Pastoral), como nos grupos paroquiais. Prepararemos a equipe central e daremos continuidade aos trabalhos", informou o Pe. Ademilson.

Pastoral Carcerária Agentes da Pastoral Carcerária estiveram reunidos, no dia 25 de outubro, em Tupi Paulista, para a assembleia anual. Além dos 31 agentes, também participou do evento, o assessor diocesano, Pe. Valdo Bartolomeu de Santana. Na oportunidade, foi escolhida a nova coordenação da Pastoral Carcerária, que passa a ter à frente a leiga Caroline Ribeiro Pereira, de Garça. Ela terá o auxílio de Júlio Pasquim, de Marília. De acordo com o Pe. Valdo, a assembleia foi muito rica e bem participada, pois estavam presentes representantes de todos os grupos que atualmente visitam os cárceres. "Continua o desafio de conseguir manter animados os grupos atuais e formar pastorais para as unidades ainda não assistidas", disse.

Missão Jovem Estigmatina visita 250 casas em Marília "Uma canção de amor para o seu coração". Este foi o tema da XVI Missão Jovem Estigmatina, realizada pela Paróquia Santo Antônio, de Marília. Jovens missionários de vários lugares estiveram reunidos do dia 9 ao dia 12 de outubro e visitaram aproximadamente 250 casas. "Eles levaram às famílias uma mensagem de alegria e de esperança", contou o pá-

roco, Pe. Vinícios Augusto dos Santos Araújo, CSS. No sábado pela manhã, os participantes das Missões estiveram presentes à Missa de Envio, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Em seguida, eles realizaram uma caminhada pelas ruas principais de Marília. Os jovens tiveram, ainda, um Louvorzão. No domingo, foi realizada uma noite temática dos anos 60, no salão paro-

quial. E no dia 12, solenidade de Nossa Senhora Aparecida, ocorreu o encerramento das Missões Estigmatinas, com a presença do superior provincial da Província Santa Cruz, Pe. José Ovídio da Costa, CSS, e de alguns confrades estigmatinos. "Com imensa alegria, gostaríamos de agradecer as famílias que acolheram os jovens, a equipe de trabalho e a todos

que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização e o bom êxito desta Missão Jovem. Pedimos a Deus, por intercessão de São Gaspar Bertoni, que abençoe a todos jovens para que perseverem no caminho do amor de Jesus e no compromisso missionário", disseram o Pe. Vinícios e o diácono Alexsandro Silva Ferreira, CSS, que estiveram envolvidos na realização do evento.


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Aprofundamento

da vocação

Retiro Vocacional reúne 25 jovens em Adamantina

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Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina, recebeu, do dia 16 ao dia 18 de outubro, 25 jovens. Vinte rapazes e cinco moças participaram do Retiro Vocacional, promovido pelo SAV-PV (Serviço de Animação Vocacional – Pastoral Vocacional). "Foi um momento bas­tante favorável para aprofundar o sentido da vida e o chamado de Deus para nós. Refletimos sobre a teologia das vocações, os

sinais vocacionais; a graça de perseverar no chamado de Deus, que é o único modo de alcançarmos a verdadeira felicidade. Além disso, tivemos testemunhos vocacionais sobre o matrimônio, o sacerdócio, a vida religiosa, os leigos consagrados e a vida contemplativa", contou o coordenador do SAV-PV, Pe. Luciano Pontes. Os participantes, que estão fazendo discernimento vocacional, também tiveram momentos de oração, meditação pessoal, em silêncio, e dinâmicas de grupo.

O sacerdote explicou que nesse encontro, o tema vocacional foi abordado de forma ampla e aprofundado na experiência de vida de cada participante. "A estrutura da Casa Pastoral de Adamantina proporcionou momentos de reflexão e encontro com Deus, consigo mesmo e com o próximo. Parece que os participantes gostaram bastante", disse o coordenador, que agradeceu a todos que se envolveram na realização do retiro vocacional deste ano.

Encontro da imagem de Nossa Senhora Rosa Mística

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o dia 19 de janeiro de 2015, em passeio pela praia de Guarujá (SP), iniciou-se o encontro com uma imagem de Nossa Senhora. Para qualquer pessoa que não tenha fé, é somente o encontro com uma imagem perdida ou jogada na praia. Diante da fé, é possível perceber a presença de Deus e uma espiritualidade que cerca o momento, o qual se apresenta como especial. Era a imagem de Nossa Senhora Rosa Mística, nome gravado na base da imagem. O encontro começou em uma manhã, por volta de 11h45 e durou bastante tempo, como vou descrever mais adiante. Acabávamos de chegar naquela praia, eu, minha esposa e nossas filhas. Nos organizamos em lugar que pensávamos ser o melhor para aquele momento. Vi que logo cedo já havia ocorrido a limpeza da praia, pelos tratores que passam rastelando todo o lixo. Caminhando e observando os rastros do trator e dos espaços rastelados, sem perceber, pisei em algo. Olhei para baixo, pensando ser algum tijolo ou cascalho; vi a parte da imagem... uma primeira parte. Era a base de uma imagem e dava para ler que estava escrito "Maria Rosa Mística". Percebi que o trator havia passado por cima com seus grandes pneus. Pensei imediatamente: que pena! É só um pedaço! Logo ali perto, sem dar passos, avistei outra parte e algum

imagem como foi encontrada

sentimento diferente me ocorreu, pensando poder completar a imagem. O primeiro era a proporção de mais ou menos até perto da cintura; esta outra, dali até o pescoço. Decepção! Olhei para vários lados, revirei alguns montes de areia onde passara o trator e seu imenso rastelo e nada de encontrar a cabeça da Santa. De toda forma, peguei as duas partes, com cuidado e certa devoção àquela imagem, pois para nós, católicos, cristãos e de espiritualidade e respeito, cuidamos mesmo que de pequenas partes de uma imagem sagrada. Pensei devotamente que iria encontrar mais tarde a cabeça. Nesse momento comentei com minha esposa que, caso encontrasse todas as partes, iria restaurar e doar para o Pe. Danilo, que acabara de assumir a Pró-Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística. Passamos a tarde toda por ali, minha família e alguns parentes, olhando a beleza da praia. Os pedaços da imagem continuavam ali. Eu já havia saído, disfarçadamente, tentando encontrar a cabeça naquele mesmo lugar, que já não sabia ao certo onde era, mas, ao menos, próximo, naquela pequena região. Mais para o final da tarde, numa última tentativa, fui ao local e observei vários objetos deixados pela praia e fixava os olhos, buscando com esperança

imagem restaurada

a cabeça. Nada se confirmava e, enfim, quase me conformei que não ia encontrar. Fomos embora e, claro, depois de um dia e uma noite, com a agitação do mar e com a maré mais alta, seria impossível mesmo encontrar qualquer objeto. No dia seguinte, como estávamos em turma, decidiram ficar em um lugar mais à frente, distante daquele do dia anterior. Já quase me esqueci da possibilidade de encontrar a cabeça de Nossa Senhora Rosa Mística. Mesmo assim, no fundo de minha mente e coração, algo me distraía das conversas e me fazia pensar e dizer, em alguns momentos, que iria encontrar o que queria. Mais um dia, já 21 de janeiro, uma quarta-feira. Mais uma vez ocorreu a proposta de ir para outra praia, desta vez bem mais distante: fomos à cidade de Praia Grande. Foi ótimo o dia, mas a esperança em encontrar o que faltava da imagem se desvanecia. Mesmo não tendo encontra-

do naquele dia 19, levei as duas partes da imagem e deixei no porta-malas de meu carro. Ficou bem ali, num cantinho, protegida para não se quebrar mais ainda. Ainda que em pedaços, não podia devolver às areias, muito menos ao lixo. Jamais faria isso. Iria trazer até Marília e, possivelmente, levaria ao cruzeiro do cemitério para deixar lá, pois foi assim que aprendi com minha mãe e meu pai. No dia 22 de janeiro, decidimos ficar no mesmo local da primeira vez; era nosso último dia usufruindo daquela praia, daquele mar. Fiquei feliz, pois foi o lugar que mais me agradou. Naquele dia, estranhamente, percebi que não estava bem. Sentei em uma cadeira e algo não estava bem. Calafrio, dor no estômago, um pouco de náusea. Que estranho! Não havia comido nada demais. Ofereceram-me alguns tipos de remédio. Tomei com um pouco de água. Aguardei um tempo, parecia que não passava e saí para caminhar um pouco. Na verdade, receando passar mal bem ali no meio da turma, queria garantir estar longe deles. Fui perto de um canal. Meu corpo pesava e o estômago indicava algo também pesado. Comecei a rezar umas ave-marias. É bom rezar em todos os momentos, seja para pedir ou agradecer. Pedi a Nossa Senhora que me ajudasse a melhorar, pois não queria estragar nosso passeio. Queria aproveitar muito ainda o último dia. Pedi a Maria e me referi à Nossa Senhora Rosa Mística, já que a havia encontrado. Era um espaço

bem aberto. Muita areia, branca e brilhosa com a luz do sol. Depois de algumas poucas ave-marias, repentinamente, olhei para o chão e avistei, com imensa e intensa alegria a cabeça de uma imagem. Era a parte que faltava! Melhorei imediatamente. Coisa estranha também! Que bom! Inacreditável! Três dias depois!? Como é possível? Foi possível. As partes se encaixaram perfeitamente. Completa em partes... além de quebrada em três, também faltava parte das mãos, de uma das rosas e do rosto; mas, as partes se encaixaram perfeitamente. Decidimos que seria restaurada, pois uma experiência como esta é única e inexplicável. Possibilidade pequena. Fé que pode ser maior e que, com tal experiência e ensinamento, pode dar novo sentido às nossas vidas. Coincidentemente, momento que, em nossa Diocese de Marília, o bispo Dom Luiz Antonio Cipolini indicou a criação da nova Paróquia, Nossa Senhora Rosa Mística. Deus nos proteja sempre. Maria seja nossa mãe e nos ensine a ternura. Nossa Senhora Rosa Mística nos ensine a mística e a espiritualidade de estarmos atentos à vontade de Deus, cumprindo o seu mandamento de amor. Seja ela a conselheira do clero e de todos nós, fiéis ao amor de Deus, em meio aos desafios do mundo. (Síntese do testemunho enviado pelo leigo Cláudio Roberto Brocanelli ao Pe. Danilo Nobre dos Santos).


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Pascom

Mãe comunicadora Pe. Valdemar Cardoso

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á de dentro de sua casa em Nazaré, Maria foi chamada por Deus pra ser a mãe do filho Dele. Mãe do Filho de Deus? Sim, embora isso parecesse o mar querendo entrar no rio. Sem entender bem como isso poderia ser realizado, Maria aceitou. Esse era o desafio: olhar para escuridão e contemplar a luz. Maria aceitou ser mãe. E Maria foi mãe. E Maria viveu como mãe. Mãe – Maria. Maria, Mãe de Jesus! Tudo podia acabar no dia em que seu filho foi morto na cruz. Mas, o filho, na hora da morte, entrega sua mãe para ser mãe do discípulo amado João e na pessoa de João entrega sua mãe para ser a mãe de todos nós. (Jo 19,25-27). E Maria aceitou ser nossa mãe. E Maria nos abraçou para sempre com todo o seu amor de Mãe. Mãe nossa. Senhora nossa. NOSSA! Nossa Senhora, Mãe de Deus e Mãe do povo de Deus. Maria de Deus, Maria do povo. De novo Mãe. E para que onde estiver a mãe, estejam também seus filhos, a mãe está onde seus filhos estão. Mãe é presença. Como um presente, Maria está presente na vida da gente. Não caminhamos sozinhos gemendo e chorando nesse vale de lágrimas. Maria cami-

nha conosco. Muitos são os sinais de sua presença e seu amor materno. Dentre eles destacamos sua aparição às crianças de Fátima em Portugal, pedindo mais oração e conversão para que o povo fique livre do mal do mundo. Na cidade do México, ela aparece ao índio Juan Diego, pedindo que não se tenha medo e, sim, confiança em seu amor materno. Diz Nossa Senhora de Guadalupe ao índio: "Não temas! Não estou aqui eu que sou tua mãe?" Aqui em solo brasileiro, aparição de Nossa Senhora aconteceu nas águas do Rio Paraíba, aonde ela veio em socorro dos pobres e desvalidos. Maria é Mãe do amor. E com seu amor de mãe, é nossa eterna intercessora e advogada nossa. Nela podemos confiar. Com ela podemos amar a vida, amar a Deus, amar e caminhar. Depois, caminhar e a m a r. . . Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós! Pe. Vald e m a r Cardoso é membro da equipe da Pascom ( Pa s t o r a l da Comunicação).

Marianinhos No dia 4 de outubro, foi realizado o 34º Encontro Diocesano de Marianinhos, no salão da Paróquia Sagrada Família, em Marília. Estiveram presentes marianinhos das comunidades de Marília, Parapuã, Salmourão e Sagres, e também representantes da futura comunidade de Marianinhos da capela Santo Antônio, do Bairro Guarani. Além dos 93 marianinhos, estiveram presentes representantes da Federação Mariana, marianos e pais, totalizando 140 participantes. Uma missa, no período da manhã, teve a presença do pároco anfitrião, Pe. Edson de Oliveira Lima, e do assistente espiritual da Congregação Mariana, Pe. Francisco José del Barrio Tosantos, o Pe. Paco. "Eles fortificaram o nosso movimento com palavras de incentivo e amor: 'Um devoto de Maria nunca se perde'", contou Alessandra de Cássia Montisseli de Carvalho, que faz parte da Federação Mariana na Diocese de Marília. Ainda no período da manhã, houve momentos de formação com enfoque no amor, honestidade, respeito e perdão. À tarde, foi feita uma gincana, na qual os marianinhos foram divididos em quatro equipes. Eles tiveram provas bíblicas, maratona, e dinâmicas com objetivo de formação, agilidade, cooperação, coordenação, concentração, velocidade e trabalho em equipe. O encerramento do encontro ocorreu às 16h. "Foi um dia muito alegre e abençoado. E através das brincadeiras e do lúdico, unimos formação e confraternização, dando mais ânimo para os marianinhos da diocese", disse Alessandra, que lembrou que este é um encontro anual, que visa à formação e confraternização. "Também visa manter o

Marianinhos lotaram a igreja Sagrada Família, durante encontro

Thiago (centro), juntamente com pároco (direita) e outros fiéis

fervor da nossa fé e devoção, bem como a motivação e fortalecimento de nossas comunidades". Pastoral do Surdo No dia 8 de novembro será realizado, em Marília, o XVI Encontro Provincial de Surdos e X Encontro de Intérpretes Católicos. Aproximadamente 150 surdos e ouvintes deverão se reunir no Patronato e refletirão o tema "Só tu tem palavras de vida eterna". Segundo a coordenadora da Pastoral do Surdo, Ione de Fátima Francisco, os intérpretes farão uma apresentação e o Pe. Fernando Canomanuel Abárzuza presidirá a Santa Missa, às 11h. O evento contará com a presença de surdos e intérpretes de Assis, Garça, Araçatuba, Birigui, Bauru, Pompeia, Duartina, Jafa e Botucatu. Noite de Louvor A Paróquia São Francisco Xavier, de Bastos, promoveu,

no dia 2 de outubro, uma Noite de Louvor, com a presença do cantor Thiago Brado. "O trabalho deles é evangelizar pela música", contou o pároco, Pe. Sérgio Luiz Roncon. "Tivemos um contra tempo aqui pois o calor estava demais. Após uns 40 minutos, começou a fazer tempo de chuva e ela veio com tudo. Acabou a energia e tivemos que terminar com Luz de vela a Adoração do Santíssimo. Mas Deus sabe o que faz. O momento de Adoração, que ocorreu no escuro, foi sublime e maravilhoso. O Thiago soube conduzir, mesmo sem som. As pessoas corresponderam com silêncio absoluto e a Adoração neste clima não poderia ter sido melhor", relatou o sacerdote. Além de Bastos, o evento contou a presença de pessoas de Osvaldo Cruz, Rinópolis, Iacri, Tupã e Parapuã.


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da vida consagrada

Comunidade Lar Santa Terezinha Amor e Vida O Lar Santa Terezinha, na zona rural de Junqueirópolis, é a única instituição que atende mulheres na região oeste do Estado. Foi construída em 2006, com recursos da comunidade local. As Irmãs da Copiosa Redenção assumiram o trabalho na Comunidade Terapêutica em março de 2012. A Comunidade funciona com um Programa Terapêutico fundamentado em uma metodologia que abrange a pessoa em sua área psicológica, física e espiritual. Contamos com a colaboração de profissionais: psicólogo, nutricionista, assistente social, técnico em enfermagem, educadora social e voluntários. A casa é administrada por uma diretoria. O endereço de correspondência do Lar Santa Terezinha é Avenida Junqueira, nº 782, Centro – Junqueirópolis (CEP: 17.890-000; fones: (18) 97226209/99114845; e-mails: santaterezinha@gmail.com e larsantaterezinha@hotmail.com).

Carisma O carisma da Copiosa Redenção foi colocado por Deus no coração do Pe. Wilton, em determinado momento da história, como luz para realidade humana de milhares de dependentes de substâncias psicoativas, em processos de profunda autodestruição. A Copiosa Redenção se concretiza a cada dia, diante do altar, na adoração realizada por todos os seus membros. Adorar é trazer diante de Cristo, presente no Santíssimo Sacramento, onde tudo se consome no Amor e pelo Amor à juventude dependente das drogas e trabalhar pela recuperação da mesma. Adorar e trabalhar; orar e agir. Duas metas que se encontram no coração do Senhor, fonte de toda Redenção. Assim, podemos dizer que cada irmã e irmão da Copiosa Redenção é convidado a viver um duplo desafio no coração da Igreja. Adoração e recuperação. Só é capaz de compreender este carisma quem, em primeiro lugar, experimenta esta graça de redenção em sua vida, de modo especial

na adoração ao Santíssimo Sacramento. Copiosa Redenção não é uma tarefa, mas é um dom de Deus. Estar continuamente diante do peito aberto de Jesus Cristo, sendo lavado pela água da purificação, pelo sangue da Salvação. Ser filha da Copiosa Redenção é ser como Moises, abrindo, não mais o mar vermelho, mas o Coração de Cristo e levando uma multidão de ovelhas a passar por um mar de amor e misericórdia que traz certeza de plena salvação.

Pe. Wilton Moraes Lopes A cidade de Tesouro, no Mato Grosso, foi uma terra de garimpo, rica em diamantes. Entre tantas pedras preciosas que este solo produziu, Deus escolheu uma como preciosidade para a Igreja: Wilton Moraes Lopes, sacerdote redentorista e fundador da Copiosa Redenção. Ele nasceu em 27 de abril de 1956, neste pequeno município da diocese de Guiratinga (MT). Desde sua infância, cultivava a sua espiritualidade. Por iniciativa própria, frequentava, muitas vezes sozinho, a missa dominical. Re v e l o u , t a m b é m d e s d e muito cedo, ser uma alma piedosa, pois procurava sempre ir ao encontro dos necessitados e oprimidos. Muitas vezes, pegava remédio da farmácia de seu pai para dar aos pobres. Ele ingressou no seminário com apenas 13 anos, adequando-se ao ritmo de vida com certa disciplina. Nesse período, dedicou-se ao estudo da música, tornou-se o organista do seminário, onde tocava nas missas e nas celebrações. Buscava, com assiduidade, a capacitação intelectual, através da leitura, desde o seminário menor até a universidade. Professou os seus votos no ano de 1977, na cidade de Ponta Grossa, pertencente à província de Campo Grande, com sede em Curitiba. Antes mesmo de sua ordenação sacerdotal, iniciou o ministério de pregação. Foi ordenado sacerdote no dia 9 julho de 1983, em Rondonópolis (MT). Passou a realizar frequentemente pregações em várias cidades do país para o povo em geral e para algumas congregações religiosas.

Por meio deste sim, Deus gerou para a Igreja, neste coração sacerdotal, a Copiosa Redenção. E assim, podemos contemplar, ao observar os passos de um sacerdote que faz uma constante oblação de seu ser ao Pai, transformando-se em uma imagem viva do Santíssimo Redentor; e que com seu precioso silêncio, sabedoria, determinação, humildade e amor, enriquece a vida de inúmeros filhos gerados na fé. (Texto enviado pelas Irmãs da Copiosa Redenção).

"Copiosa Redenção não é uma tarefa; mas é um dom de Deus"

Marília tem mosteiro das Clarissas

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Ordem das Irmãs Clarissas (Ordem de Santa Clara) nasceu no século XIII, no dia 18 de março de 1212, quando Santa Clara de Assis fugiu da casa paterna para se consagrar na igrejinha da Porciúncula, onde a esperavam São Francisco de Assis e seus companheiros. Nascia a Segunda Ordem Franciscana. Santa Clara viveu no mosteiro de São Damião, fora dos muros de Assis, seguindo a regra que São Francisco tinha feito para ela e suas irmãs. A vocação de uma Clarissa é de estar aos pés de Jesus, sempre procurando a face de Deus; viver em Altíssima Pobreza, em fraternidade e contemplação. É um verdadeiro abraço ao Cristo Pobre, Humilde e Crucificado, deixando tudo para viver o TUDO. Vivemos em clausura papal, ou seja, não temos atividades pastorais, pois o nosso apostolado é levar Jesus aos corações por meio da oração, com o intuito de atingir todo o orbe. É uma vocação específica; radical para o mundo, mas vivenciado com grande alegria franciscana por todas que têm a graça da vocação contemplativa clariana. A jovem, quando sente o chamado, é acompanhada pela madre ou pela mestra de noviças. Se demonstra vocação e desejo de experimentar a nossa vida, começa a percorrer um caminho de formação: postulantado (dois anos), noviciado (dois anos), juniorato (quatro

As Clarissas vivem no Mosteiro Maria Imaculada, em Marília

a seis anos) e, enfim, a Profissão Solene Perpétua, cuja formação é contínua, por toda vida. Nosso mosteiro chegou em Marília no ano de 1999, a pedido de Frei Irineu Andreassa, OFM — hoje bispo em Lages (SC). No mosteiro, a Irmã Clarissa tem momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento no decorrer do dia e da noite; momentos de meditação, hora espiritual, convívio fraterno, trabalhos artesanais como imagens, velas, círios pascais e paramentos litúrgicos; todo trabalho de jardim, horta, pomar. Fazemos de tudo um pouco e sempre em espírito de oração. Os momentos fortes do dia são a Santa Missa e o ofício Divino, que rezamos durante sete vezes no dia para santificar todas as horas. Em nosso jardim fechado, florescemos para Deus, tornando-nos verdadeiras esposas de Cristo. Também rezamos nas intenções de quem nos pede orações, podendo entrar em contato co-

nosco ou deixar o pedido de oração na caixinha de entrada do parlatório ou da capela. Se alguma jovem sentir-se chamada para uma vida de oração e contemplação mais intensa, pode entrar em contato conosco pelo endereço: Mosteiro Maria Imaculada – Irmãs Clarissas — Alameda Santa Carolina, nº 150 – Cep 17514-830 – Marília (SP); Fone: (14)3454-8758; E-mail: clarissasmarilia@gmail. com. ( Te x t o e n v i a d o p e l a Irmã Maria Virginia do Espírito Santo, OSC).


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Espírito

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santo

Cenáculo Diocesano reuniu 700 fiéis em Tupã

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RCC (Renovação Carismática Católica) realizou, no dia 25 de outubro, o Cenáculo Diocesano. O evento ocorreu no ginásio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo/Campus Avançado, antigo CEI, em Tupã, com a participação da RCC de todas as cidades da Diocese de Marília. Segundo os organizadores, estiveram presentes aproximadamente 700 pessoas. A pregadora foi Vera Casagrande, do Ministério de Cura e Libertação da RCC do Paraná, que refletiu o tema "Se vivemos pelo Espírito, andemos de acordo com o Espírito". A missa foi presidida pelo Pe. Wilson Ramos, de Dracena, que é diretor espiritual da RCC da Diocese de Marília. "Além das pregações, houve apresentação artística, muito louvor e momentos fervorosos de oração", contaram os organizadores.

Ordenação em Garça No dia 9 de outubro, foi ordenado, em Garça, o Frei Luís Fernando Nunes Leite, da Ordem dos Frades Menores. Ele foi ordenado diácono sob a imposição das mãos do bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes.

Cristo Rei do Universo Diácono André Martins

Franciscanos realizam SeFran em Marília

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o dia 4 de outubro, os franciscanos da cidade de Marília, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, festejaram o dia de São Francisco de Assis. Na oportunidade, foi realizado a III Semana Franciscana. Neste ano, a festa teve um significado especial, pois 2015 foi proclamado pelo Papa Francisco o Ano da Vida Consagrada. Di­ versas atividades foram oferecidas aos fiéis: devoção mariana, Hora Santa Eucarística, Formação Bíblica, entre outras. "Tudo em conformidade com a proposta do Papa", de acordo com o pároco, Frei Leandro Sanches, OFM. No dia 4, dedicado ao Santo, houve a tradicional "Benção de São Francisco para os animais", ao meio-dia. Às 16h, foi celebrada a Missa pelos Enfermos, e às 18h30, o coral "Canto em qualquer canto" se apresentou juntamente com a Orquestra Mariliense de Viola Caipi-

Fiéis levaram os seus animais para a bênção de São Francisco

ra. Por fim, a celebração solene de São Francisco ocorreu às 19h. "Rezemos como São Francisco de Assis: 'Eterno Deus onipotente, justo e misericordioso, concedei-nos, a nós míseros, praticar por vossa causa o que reconhecermos ser a vossa vontade e querer sempre o que vos agrade, a fim de que, interiormente purificados, iluminados e abrasados

pelo fogo do Espírito Santo, possamos seguir as pegadas de vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e por vossa graça unicamente chegar até vós, ó Altíssimo, que em Trindade perfeita e unidade simples viveis e reinais na glória, como Deus onipotente, por toda a eternidade'", disse o Frei Leandro.

"Santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino" (Mt 6, 9-10): dessa maneira nos dirigimos ao Pai, pedindo a Ele que o Seu Reino de justiça, amor e paz se instaure em nosso mundo e em nossas vidas. Mas há que se reiterar que, num mundo cada dia mais paganizado, indiferente a Deus, será árdua a tarefa de defendermos o Reinado de Cristo. A Solenidade de Cristo Rei do Universo nos ajuda a compreender que Jesus é Rei porque nos ama, porque sendo rico fez-se pobre, porque morreu e ressuscitou a fim de resgatar a humanidade perdida pelo pecado. A realeza de Cristo é perceptível justamente porque não se distancia do homem, ao contrário, experimentando nossas fraquezas, caminhando por nossas veredas, angustiando-se e padecendo por nós, é capaz de reinar pela solidariedade para com todos. Reina pela verdade, chamando para si todos aqueles que, capazes de ouvi-Lo, aderem à sua vontade, carregam a cruz e, por isso, resistem àquelas outras verdades criadas para confundir o homem e desviá-lo do caminho da salvação. O reinado de Jesus é, antes de tudo, o reinado do servi-

ço: sendo Deus, serviu o homem, e ao encarnar-se deu a este vida nova unicamente pelo amor. Sim, Jesus é Rei, e como diz um sábio bispo: "Nunca nos esqueçamos que aquele que entrou em Jerusalém como Rei, veio num burrico, símbolo de mansidão e serviço. Como coroa teve os espinhos; como cetro, uma cana; como manto, um farrapo escarlate; como trono, a cruz". O cristão deve lembrar-se sempre que o que marca a realeza de Cristo é a sua cruz! Iluminados por tão grande solenidade, proclamemos o Reino de Cristo, expandindo-o pelo amor, verdade, piedade, justiça, solidariedade e paz. Acreditar em Jesus é, antes de tudo, permitir que seu Reino penetre em todos os âmbitos de nossa existência e ter a coragem de, com toda a Igreja, proclamar: "Cristo Rei, sois dos séculos Príncipe, Soberano e Senhor das nações! Ó Juiz, só a vós é devido julgar mentes, julgar corações". Assim seja. Amém. Diácono André Martins exerce seu ministério nas paróquias Santa Cecília, de Monte Castelo, e Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista.


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Seminaristas

Sub-Regional promove formação para futuros padres Entre seminaristas e formadores, cerca de 120 pessoas participaram do evento, que ocorreu em Marília. Segundo o bispo diocesano de Araçatuba, Dom Sérgio Krzywy, o encontro trabalhou o aspecto base da formação sacerdotal.

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formação presbiteral conjunta da Província Eclesiástica de Botucatu, que participam as dioceses de Araçatuba, Assis, Bauru, Botucatu, Lins, Marília, Ourinhos e Presidente Prudente, reuniu seus seminaristas, entre os dias 2 e 4 de outubro, para palestras sobre a dimensão humano-afetiva da formação presbiteral. Com abordagens psicológicas na construção do indivíduo, o curitibano Agostinho Capeletti Busato foi quem assessorou o final de semana voltado para os seminaristas das duas casas provinciais de formação que ficam na cidade de Marília. Segundo o bispo diocesano de Araçatuba, Dom Sérgio Krzywy, que esteve no encontro, o momento formativo trabalhou a dimensão humano-afetiva que é um aspecto base da formação presbiteral.

"Santo Tomás de Aquino diz que a graça supõe a natureza, por isso, a nossa natureza precisa ser bem conhecida para podermos acolher com alegria a graça que vem de Deus e também para vivê-la de modo integral", ressaltou o bispo. O evento, que teve como objetivo transmitir a importância do conhecimento pessoal e a busca do sentido da vida na compreensão de si a partir da afetividade e sexualidade, foi de iniciativa da equipe formativa, composta pelos reitores, diretores espirituais e de estudos, e também pela psicóloga do SPSCJ (Seminário Provincial Sagrado Coração de Jesus), onde moram os seminaristas que cursam filosofia, e do Itra (Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos), onde residem os estudantes de teologia da Província. "Todo ser humano tem uma gama de

sentimentos, eles existem para o equilíbrio do psiquismo", explicou o psicólogo na introdução de sua abordagem conduzida, ao longo dos três dias, a partir do pensamento de Karl Hartmann, Max Scheler, Gustav Jung e Viktor Frankl. Para o conferencista, o tema escolhido pela organização é pertinente no processo de assimilação dos futuros sacerdotes e o trabalho de despertar nos seminaristas a responsabilidade de sua própria formação constitui-se como que o diferencial da Província Eclesiástica de Botucatu. "Fiquei surpreso com a realidade daqui, impressionado com o grupo. O trabalho dos formadores tem um fruto visível", disse Busato. No encerramento do curso, retomando os versos "quem sabe aonde quer chegar escolhe o caminho certo e o jeito de caminhar", do poeta amazonense Tiago de Mello, o Cônego José Carlos Dias Tóffoli, reitor do Itra, fez uma reflexão sobre o valor do sacrifício pessoal na geração da vida: "A conversão é fundamental no processo formativo. Precisamos aprender a morrer para as nossas vontades e, assim, oferecermos vida para o povo de Deus", conclui o religioso. Entre formandos e formadores, cerca de 120 pessoas participaram do evento que também envolveu os seminaristas do Seminário de Filosofia e Teologia Diocesano Nossa Senhora da Salette, de Lins, e dos Seminários Propedêuticos de Bauru, Botucatu, Lins, Marília e Presidente Prudente. O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, também esteve no evento. Opinião dos participantes O Cônego José Carlos acredita que o final de semana formativo ajudou os seminaristas a pensarem num novo sentido comunitário à caminhada vocacional, com a consciência de que sozinhos não terão sucesso em nenhum empreendimento. O diretor espiritual do Itra, Pe. Irineu Castro de Oliveira, assim como os

outros formadores, além de avaliar o encontro positivamente, pensa que a questão da responsabilização pelo processo, por parte dos formandos, é indispensável para o êxito da formação. Segundo reitor do SPSCJ, Pe. Márcio José Cattache, como os seminaristas são os grandes protagonistas do processo formativo, todo esse esforço "reflete futuramente na qualidade dos presbíteros". Para o seminarista de filosofia da Diocese de Bauru, Thiago de Freitas Albertini, o encontro constituiu-se como "uma experiência inesquecível, no qual podemos aprender um pouco de como nos enxergar e de que, às vezes, culpamos os outros de nossas atitudes, mas que somos nós os próprios responsáveis", afirmou. A psicóloga Alessandra Faria Rossi que, há 10 anos atua num trabalho em conjunto nas duas casas de formação, ressaltou que seu exercício de despertar a consciência do "eu" nos seminaristas é o que foi refletido durante o final de semana: "a minha missão é justamente ajudar o vocacionado a se encontrar". Giovani Fernando Cardoso, seminarista quartanista da Diocese de Presidente Prudente, que se prepara para a ordenação diaconal, disse que o encontro veio ser, em seu discernimento, um impulso maior para a arte de ser e viver. Para ele, a partir das reflexões de Agostinho Busato, "ser o que nós somos é o desafio da humanidade hoje". "O povo de Deus espera um padre autêntico, que seja capaz de ser aquilo que realmente é", afirmou o Pe. Luciano Ruiz Talarico, também diretor espiritual do Itra, ao destacar a importância das palestras no aperfeiçoamento dos formandos, pois para ele, o sacerdote é aquele indivíduo que ajuda as pessoas a viverem bem e, por isso, deve saber trabalhar com maturidade suas próprias humanidades. Semelhante opinião tem também Lenon Rodrigues da Silva, seminarista da Diocese de Lins, que julgou a iniciativa provincial como "peculiar e pertinente" aos futuros presbíteros da Igreja.


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"Juventude

construindo uma nova sociedade"

Flórida Paulista reúne jovens para o DNJ 2015

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o primeiro domingo do mês de novembro, jovens de toda a Diocese de Marília estarão reunidos na cidade de Flórida Paulista, na Região Pastoral III, para participar do DNJ (Dia Nacional da Juventude). O encontro ocorrerá no Ginásio de Esportes, ao lado da Igreja, com início às 8h30 e término com a Santa Missa, às 14h, presidida pelo coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira. O tema refletido no DNJ será "Juventude construindo uma nova sociedade". Segundo o assessor diocesano do Setor Juventude, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, esta é uma oportunidade de

congregar todas as expressões juvenis para ressaltar a importância da presença do jovem na sociedade atual. Esta é a trigésima edição do DNJ, que é um evento de âmbito nacional, para congregar os grupos de jovens e as diversas expressões juvenis. O Dia Nacional da Juventude costuma ser realizado no mês de outubro, mas este ano, na Diocese de Marília, ele foi transferido para novembro por causa do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Algumas paróquias realizaram, nos dias 17 e 18 de outubro, o Pré-DNJ, com momentos de louvor, adoração e uma ação social e missionária, em preparação ao encontro diocesano.

Imagem peregrina segue peregrinação, agora pelas paróquias da Região III

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este mês de outubro, a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida iniciou sua visita pelas paróquias da Região Pastoral III.

MAARÍLIA Flórida Paulista

Fotos Cláudio José/Pascom/Bastidores da Notícia

MAARÍLIA Pacaembu

MAAIrapuru

Festa da padroeira em Dracena No dia 12 de outubro, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena, recebeu o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, que presidiu a missa de encerramento da Festa da Padroeira, ao lado dos freis Aírton Grigoleto, Cláudio Moraes e José Luís Viana. Dom Luiz conduziu a reflexão a respeito do Evangelho de João, capítulo 2, sobre as Bodas de Caná. No final da celebração, houve apresentações com as crianças, o momento da Coroação de Nossa Senhora, a bênção especial e a entrega de tercinhos para a comunidade.

E a primeira paróquia a receber a imagem foi a Nossa Senhora Aparecida, da cidade de Flórida Paulista. A peregrinação da padroeira

do Brasil também passou pelas paróquias Nossa Senhora das Graças, de Pacaembu; Santa Genoveva, de Irapuru, e São José, de Flora Rica.


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Nossa

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senhora da piedade

Imagem está em peregrinação pela Diocese de Marília

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Diocese de Marília está recebendo a peregrinação da imagem de Nossa Senhora da Piedade. Iniciada em 15 de setembro, Dia de Nossa Senhora da Piedade, a peregrinação está sendo feita nas cidades que têm a presença do ECC (Encontro de Casais com Cristo). A primeira cidade a recebê-la foi Tupi Paulista, que faz parte do Setor III do ECC na Diocese de Marília. No dia 15 de outubro, ela chegou em Tupã e no dia 22 de outubro, o ECC realizou uma manhã de espiritualidade para reunir seus casais. Na oportunidade, os participantes lembraram que em 2016, no mês de julho, será realizado em Belo Horizonte (MG) o XXI Congresso Nacional do ECC, com o tema "ECC: Família evangelizadora, alegria da nova paróquia na sociedade" e o lema "Então a glória do Senhor se manifestará (Is 40,5)". O congresso é a razão pela qual a imagem de Nossa Senhora da Piedade está em peregrinação pelo país. "O movimento Encontro com Casais com Cristo constitui-se como uma riqueza para a vida eclesial. Com seu trabalho dinâmico, à luz de Jesus, seus membros plantam sementes do Reino na sociedade, e já colhemos bons frutos. Por isso, nós, enquanto comunidade, queremos rezar por este belo trabalho", explicou o pároco da São José, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, uma das quatro paróquias de Tupã por onde a imagem passou. Segundo Carlos Stevanato e Dulce Souza e Silva Stevanato, casal diocesano coordenador do ECC, a imagem ficará três dias em cada paróquia e a finalização dessa peregrinação na Diocese de Marília deverá ocorrer no dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, na Paróquia Santa Izabel, de Marília, que faz parte do Setor I da diocese.

Santa Teresinha A Paróquia Imaculado Coração de Maria, de Inúbia Paulista, celebrou, no dia 1º de outubro, a Missa de Santa Teresinha, a santa das rosas e das missões. A Santa Missa foi celebrada com três bênçãos especiais, como destacou o Pe. Valdir Grisante: "a bênção da eucaristia, bênção de Santa Teresinha com a consagração e, por fim, a bênção das rosas". Os fiéis e devotos participaram fervorosamente com muita fé, tornando a celebração como um jardim de rosas (Pascom de Inúbia Paulista).

Nossa Senhora de Schoenstatt Em 14 de outubro, o pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Tupã, Pe. Carlos Roberto dos Santos, presidiu a celebração dedicada a Nossa Senhora de Schoenstatt, Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável. A data em que se comemora é 18 de outubro e há mais de 100 anos que a peregrinação de Nossa Senhora de Schoenstatt ocorre em diversos ambientes familiares. Também existem, pelo mundo, diversos santuários dedicados à Mãe Rainha (Pascom da paróquia de Tupã).

Pompéia realiza Acampamentos FAC e Sênior

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Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Pompeia, sediou o IV Acampamento FAC (Formando Adolescentes Cristãos), do dia 10 ao dia 13 de outubro. Com a presença de aproximadamente 104 adolescentes, o evento teve a presença de fiéis de Pompeia e também de outras cidades. Durante estes quatro dias, os adolescentes vivenciaram profundamente o amor de Deus em suas vidas e foram convidados a colocar em prática todos os momentos vividos na Fazendo São

Pedro, local sede dos acampamentos de Pompeia. Do dia 29 de outubro ao dia 2 de novembro, ocorrerá o V Acampamento Sênior, para adultos acima dos 30 anos de idade. "As equipes estão trabalhando para que os fiéis que farão o Acampamento Sênior possam experimentar a profundidade da presença e do amor de Deus em suas vidas e, com isso, testemunharem com coragem e entusiasmo o Reino de Deus", comentou o vigário paroquial, Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza.


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Sínodo

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sobre a família em roma

Papa Francisco reflete vocação e missão da família

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urante três semanas, foi realizada no Vaticano, a 14ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família. Com o tema "A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo", a reunião ocorreu do dia 4 ao dia 25 de outubro. Além do Papa Francisco, que presidiu a Assembleia, estiveram reunidos 270 padres sinodais, de cada um dos cinco continentes. Também estiveram em Roma 24 especialistas, 51 auditores, 14 delegados fraternos e 18 casais, sendo um do Brasil. Ketty Abaroa de Rezende e Pedro Jusseieu de Rezende são docentes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no interior de São Paulo, e participaram do evento juntamente com seu filho, um bebê de colo. O Brasil foi representado por 11 pessoas, sendo que os bispos presentes foram: o presidente-delegado, Cardeal Raymundo Damasceno Assis; o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Sérgio Da Rocha; o bispo de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini; o arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha; o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Sche-

rer; e o arcebispo de Manaus (AM), Dom Sérgio Eduardo Castriani. Em suas palavras, na abertura do evento, o Papa Francisco afirmou que o Sínodo é um espaço protegido, no qual a Igreja experimenta a ação do Espírito Santo. "O Sínodo é uma expressão eclesial, isto é, a Igreja que caminha unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de Deus. O Sínodo se move necessariamente no seio da Igreja e dentro do santo povo de Deus, do qual nós fazemos parte na qualidade de pastores, ou seja, de servidores", afirmou. As línguas mais utilizadas nos pronunciamentos do sínodo foram o italiano e o inglês, seguidos pelo francês e pelo espanhol. O evento deu origem a três principais documentos: o Relatório do Sínodo (Relatio Synodi) e os dois discursos pontifícios, de abertura e de conclusão dos trabalhos. Durante o período em que estiveram reunidos, os participantes discutiram várias questões relacionadas à família e à Igreja. O Sínodo objetivou encontrar respostas e soluções adequadas aos problemas da atualidade e abordar a realidade da família no mundo de hoje. Uma das

Fotos: L'Osservatore Romano

conclusões feitas pelos participantes foi que o testemunho das famílias missionárias continua sendo indispensável para a vida da Igreja. Entre as muitas questões discutidas, também abordou-se acerca da possibilidade de comunhão aos divorciados e recasados, a problemática da união entre pessoas do mesmo sexo, os novos núcleos familiares e o processo de reconhecimento da nulidade matrimonial (leia texto na página 16 desta edição). Até mesmo temas atuais como o drama dos refugiados e a perseguição aos cristãos, foram comentadas na assembleia. O relatório final, que surgiu a partir das reflexões dos grupos, foi apresentado dois dias antes do encerramento dos trabalhos. Em uma de suas últimas falas, o Santo

Padre afirmou que "o esforço do cristão é propenso a abrir a porta do coração ao Espírito Santo". "A família tem o compromisso de acolher e educar os filhos; cuidar dos pais idosos, proteger e acudir os membros mais frágeis da família, ajudar-se mutuamente para realizar suas qualidades e aceitar seus limites. Uma família que se fecha em si mesma é uma contradição, uma mortificação da promessa que a fez nascer e a faz viver", disse o Papa, em uma audiência geral.


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