Jornal No Meio de Nós - Edição 245 - janeiro de 2019

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 21 | Edição 245 | Janeiro de 2019

www.diocesedemarilia.net.br

Ordenações marcam o mês de dezembro

Foto: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

Nova coordenação visa atualização do Plano de Pastoral Após quatro anos das atividades do Pe. Ademilson Luiz Ferreira à frente do Centro Diocesano de Pastoral (CDP), a função passa a ser exercida, a partir de 2019, pelo Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva. Em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, o novo coordenador diocesano de pastoral comentou as perspectivas para os trabalhos e destacou que a continuidade e atualização do Plano Diocesano de Pastoral (PDP) marcará o início de seu empenho na nova função. Página 12

Assembleia da Cáritas avalia atividades e reelege diretoria

Em 29 de dezembro, Dom Luiz ao lado dos quatro novos padres, Thiago e Edson (esq.) e Marcos e Silvio (dir.)

O ano de 2019 se encerrou com um saldo de nove novos sacerdotes ordenados. Após Denismar Rodrigo André, Rafael Lopes Ciuffa, Renan Gimenes Takizawa, Tiago Aparecido de Souza Barbosa e Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC, outras duas ordenações conjuntas foram celebradas, ambas em

Marília. Os quatro últimos sacerdotes ordenados foram Marcos Aparecido Ribeiro Maciel e Silvio Cesar Quaio, que optaram por uma ordenação conjunta em 15 de dezembro, na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, e Edson Luís Barbosa da Silva e Thiago Carlos dos Santos, na Igreja Matriz de Santo Antônio,

no dia 29 de dezembro. Todos foram ordenados sob a imposição das mãos do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, que designou Marcos a trabalhar em Bastos; Sílvio em Marília e Avencas; Edson em Junqueirópolis; e Thiago em Tupã. Páginas 8 e 9

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

O Cônego José Bizon, da Comissão Episcopal para o Ecumenismo, fala da construção da paz a partir do diálogo inter-religioso

Pe. Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC, aborda a paz interior, que é encontrada quando se busca a Deus

A Madre Francis, religiosa clarissa de Marília, comenta a contribuição da vida monástica para a paz no mundo.

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Foto: Cáritas Diocesana de Marília

Idosos durante atividade física do projeto Espaço Conviver

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ENFOQUE

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A Cáritas Diocesana de Marília reelegeu seu presidente, Pe. José Carlos Vicentin, e também o vice, Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá. Em assembleia realizada no final do ano, a entidade também avaliou as atividades realizadas no triênio 2016-2018, sendo que o destaque foi a inauguração Projeto Espaço Conviver, que atende pessoas idosas.

Jornada Mundial da Juventude começa neste mês, no Panamá Evento terá a presença do Papa Francisco e contará com participação de jovens de diversos países. Dois jovens da Diocese de Marília, que se inscreveram para ser voluntários, foram escolhidos pela coordenação panamenha.

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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

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Editorial Glória a Deus e paz aos homens!

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Igreja abre o ano civil rezando pela paz no mundo. É um dia de oração precisamente porque a paz não é alcançada pela assinatura de tratados políticos, como se ela fosse uma conquista exclusivamente humana. Em primeiro lugar, a paz é um dom divino e, por isso, os cristãos pedem que o Príncipe da Paz faça descer

sobre a humanidade a plenitude de sua bênção e sua graça. Na Mensagem para o 52° Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco afirma que a boa política deve estar a serviço da paz e do respeito ao outro. Onde há corrupção, negação do direito e a busca pelos interesses de um pequeno grupo, mutila-se a cultura da paz. Nesse contexto, é papel da re-

ligião colaborar para a construção de uma paz duradoura. Sabendo que o mundo é fruto de um projeto de Deus, os crentes têm o dever de unir seus esforços com todos os homens e mulheres de boa vontade, sejam eles de outras religiões ou não crentes. Essa colaboração fraterna deve ter por finalidade a transformação das relações sociais e a defesa de valores como a

justiça, a liberdade e a concórdia. Com essa temática, o Informativo NO MEIO DE NÓS deseja que a paz seja meditada e cultivada não apenas por ocasião do Ano Novo, mas em todas as situações cotidianas. Inspirados pelas festas natalinas, tenhamos a certeza de que, desde a Encarnação do Verbo, a paz e a fraternidade são possíveis. Cristo é a nossa paz!

Enfoque

Diálogo: ponte entre povos e religiões Ilustração: Vitor do Prado Nunes Simão

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CÔNEGO JOSÉ BIZON

ltimamente as redes sociais têm apresentado fatos de intolerância contra pessoas e instituições religiosas. Creio eu que sejam fatos isolados, pessoais e pontuais, devido a um desequilíbrio emocional, uma atitude de fanatismo, fundamentalismo, radicalismo ou ignorância religiosa. Sendo assim, esses casos precisam ser analisados e julgados pela justiça, eles não podem ficar impunes. O Papa Francisco, em seus pronunciamentos cotidianos e de encontros com autoridades religiosas, enaltece a importância

da convivência pacífica, do testemunho e do papel das religiões a serviço da vida e dignidade dos povos, diante da intolerância. O documento “Diálogo e Anúncio”, nas suas orientações e conselhos, tem sido meu porto seguro e me ajuda na prática pastoral, com tranquilidade e serenidade, por exemplo: 1. A compreensão mútua: tem me ajudado a eliminar preconceitos e promover o conhecimento por meio de estudos; 2. O compromisso comum: tem me ajudado no testemunho e na promoção de valores da dignidade humana, como na espiritualidade; 3. O enriquecimento mútuo: nesses anos em que estou

à frente desse trabalho, despertoume valores que jamais pensei em minha vida presbiteral. É possível, sim, dialogar seguindo as orientações que temos recebido do Magistério da Igreja, isto é, olhar nossa realidade e estar dispostos a dialogar com aqueles que querem e estão abertos ao diálogo, construindo pontes para encurtar distâncias, promovendo conhecimentos para superação de preconceitos e de possíveis conflitos que possam aparecer em nossos caminhos, contribuindo para uma boa convivência entre todos os filhos e filhas de Deus. Cônego José Bizon é diretor da Casa de Reconciliação do Regional Sul I da CNBB.

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@ diocesedemarilia.org.br | ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO: Pe. Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMADOR: Danilo Cordeiro Silva - MTB nº 86878/SP | CONSELHO EDITORIAL: Pe. Tiago Barbosa, Márcia Welter e Danilo Cordeiro | ILUSTRADOR: Vitor do Prado Nunes Simão | REVISÃO: Pe. Tiago Barbosa | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.net.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes


NO MEIO DE NÓS

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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo O coração da Igreja Jovem

DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

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a sua exortação pós-sinodal para a América, São João Paulo II afirmava: “Os jovens são uma grande força social e de evangelização. Eles constituem uma numerosíssima parte da população em muitas nações americanas. No seu encontro com Cristo vivo se alicerçam as esperanças e expectativas por um futuro de maior comunhão e solidariedade para a Igreja e as sociedades na América”. Meditar e rezar com e sobre os jovens é permitir que a Igreja também se renove. Nesta perspectiva é que acontecerá a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude de 22 a 27 de janeiro de 2019 no Panamá, país latino rico em cultura, cheio de hospitalidade e paisagens inspiradoras. Serão dias de profunda espiritualidade, partilha e confraternização com jovens do mundo todo e a presença especial do Papa Francisco.

Fajopa forma turma de Filosofia A Igreja São Miguel Arcanjo, de Marília, sediou a missa de formatura do bacharelado em Filosofia da Faculdade João Paulo II (Fajopa). A cerimônia, que ocorreu em 14 de dezembro, foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e concelebrada por padres ligados à formação presbiteral e à faculdade. Ao todo, formaram-se 16 alunos, entre seminaristas e leigos. Da Diocese de Marília, formaram-se os seminaristas Bruno Franco de Lima, Guilherme Ulian e Muriel Filippe da Silva. Foto: Arquivo pessoal

O tema da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá – “Eis aqui a Serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38) – ecoa nos corações da juventude, sobretudo nos corações daqueles jovens que permitem à Palavra de Deus entrar e transformar sua vida. A Palavra de Deus inverte a tradição histórica e cultural daquela época, até a de hoje. Somos chamados a servir! A exemplo de Maria, a “Serva do Senhor” (v. 38). Será a oportunidade de renovar a fé, o compromisso com Cristo, o amor a Maria e a identidade de juventude católica. Em sua última Jornada Mundial da Juventude, na Polônia, o Papa Francisco ainda chamou atenção sobre o exemplo de Nossa Senhora na vida dos jovens. Diz-se, de Maria, que guardava todas as coisas, meditando-as no seu coração (cf. Lc 2,19.51). Com o seu exemplo, essa simples jovem de Nazaré ensina-nos a conservar a memória dos acontecimentos da vida e a olhar de modo destemido para o horizonte de nossa própria história.

Durante os dias da Jornada Mundial da Juventude no Panamá, os jovens seminaristas da nossa Diocese de Marília estarão realizando a Semana Missionária, na Paróquia Santa Cecília, em Álvaro de Carvalho. Queremos realizar esta Semana Missionária no seguimento a Jesus Cristo, à luz da vocação mariana, que acolhe o chamado do Senhor para realizar sua vocação e missão no projeto redentor de Deus. O tema “Eis-me aqui” de Maria nos recorda de tantos homens e mulheres, entre eles muitos jovens, que também vão se somando à fileira dos seguidores de Cristo que cotidianamente dizem sim à vida e não a todo sistema de morte. Que a Palavra que encontrou morada em Maria encontre, também no coração dos jovens, o lugar de transformação, buscando construir e animar o corpo missionário de uma Igreja em saída para em tudo amar e servir. Termino pedindo vossas orações para que a Semana Missionária em Álvaro de Carvalho seja caminho de conversão e de construção do Reino de Deus!

AGENDA DO BISPO 01/01 – Missa no Mosteiro Maria Imaculada, Irmãs Clarissas. 19/01 – Missa de abertura do Eacre no Colégio Cristo Rei, em Marília. 20/01 – Posse Pe. Marcos Roberto Cesário na Paróquia Santa Rita, em Marília. 22 a 27/01 – Semana Missionária na Paróquia Santa Cecília, em Álvaro de Carvalho. 27/01 – Posse do Pe. Luiz Eduardo na Paróquia São Sebastião, em Marília. 28/01 – Posse do Pe. Luciano Pontes na Paróquia São Judas Tadeu, em Tupã.

Dom Luiz junto com formandos seminaristas da Diocese

31/01 – Posse do Pe. Márcio Rios na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Tupã.


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NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade Água, expressão da Graça PE. ANDERSON MESSINA PERINI

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m dos símbolos mais significativos e fortes na liturgia cristã é a água. Usada nos sacramentos e nos sacramentais, sobretudo no Batismo, ela quer recordar a graça e a presença de Deus que santifica. O que é água em nosso cotidiano? Ela pode ter vários sentidos: 1) morte – a água que destrói – como as enchentes, afogamento, tempestades, maremotos, o caos primitivo e ameaçador; 2) vida – a água que dá vida – como a fonte, o riacho, o rio, o mar, a chuva; águas primitivas como força fecunda; o líquido amniótico, água para beber, regar as plantações; sem água não há vida; 3) purificação, de destruição do mal e da deterioração, como os banhos, a limpeza, a água usada para limpar as “sujeiras” e tornar possível um novo começo. No início da Criação, as águas primordiais e caóticas foram organizadas pelo ato do Criador para que pudesse existir vida (Gn 1, 6-10.20-23). No dilúvio, Deus limpou a Terra do pecado e fez uma nova humanidade pelos salvos na Arca de Noé. Na passagem do Mar Vermelho e do Rio Jordão, Deus concedeu aos israelitas atravessar a pé enxuto para que, livres da escravidão, tivessem um novo começo e uma Terra de liberdade. Nas águas de Meriba, provou o povo de Israel no deserto e fez brotar da rocha água para salvá-lo. No Novo Testamento, João Batista inicia no Rio Jordão o batismo de penitência em preparação à vinda do Messias. No diálogo da Samaritana no poço de Jacó, Jesus promete abundância da água viva que sacia verdadeiramente. Jesus pendente na cruz, seu coração aberto pela lança fez brotar água, sinal do Batismo. Ele mesmo ordenou aos apóstolos após a sua Ressurreição que fossem batizar todos os povos para que recebessem a graça do mistério pascal, tornando-os filhos de Deus e dignos de seu reino. Na Liturgia, a água expressa todo o mistério e significado presente na Bíblia e no cotidiano. No Batismo, o

A pacificação do coração

batizando ao entrar nas águas morre e sepulta para o pecado e, depois de sair delas, salva-se e participa na morte e ressurreição de Jesus. A água batismal é sinal do Espírito Santo que regenera, cria uma nova criatura e congrega no Corpo de Cristo, que é a Igreja. O batizado é chamado a evangelizar, feito a experiência de Cristo se torna seu missionário. Em alguns sacramentos, como a Eucaristia e sacramentais, existe a Aspersão com água, sinal da renovação batismal e purificação dos pecados ou santificação das coisas ou ambientes. Na Eucaristia, o sacerdote ou o diácono, na preparação das ofertas, coloca um pouco de água no cálice com vinho que simboliza a nossa humanidade que mergulha, participa da divindade de Cristo, Ele que se dignou assumir nossa humildade. Além disso, o presidente da celebração lava as mãos com água “expressando seu desejo de purificação interior” (IGMR 52). Por fim, um significado novo encontramos no rito do Lava-pés na Quinta-feira Santa. Logo após a proclamação do Evangelho, o presidente da celebração lava os pés de algumas pessoas, geralmente 12 recordando os apóstolos. O gesto recorda o de Jesus na última ceia e nos ensina o valor do serviço e da caridade. Do mesmo modo, os cristãos tem a mesma missão de servir ao próximo pela vivência plena no mandamento do Amor.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

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PE. GABRIEL MARIA

odos nós buscamos a paz, seja na família, nas amizades, no trabalho, na comunidade, nos relacionamentos afetivos e nas demais relações, porque desejamos Deus, que é Paz. Mesmo sem nos darmos conta, é a Deus que buscamos. Infelizmente, vivemos em uma sociedade marcada pela violência, guerra, desamor, desrespeito e injustiças. O ser humano carrega uma marca desde os antigos pais (Adão e Eva): o orgulho, que leva ao egoísmo, fazendo com que olhemos apenas para nossos próprios interesses, fechando-nos em nosso individualismo. Entretanto, não fomos criados para o desamor, mas para a paz. Na raiz bíblica do termo “Shalom” está a ideia de algo completo, inteiro. Paz significa o que é integral, o que plenifica a vida. A paz pertence à plenitude, à completude, enquanto a violência está do lado da falta, da carência, do incompleto. Ao experimentarmos o vazio, falta de respostas, desencontros, perdemos a paz. Quando as coisas não seguem seu fluxo natural, há algo desajustado que gera instabilidade, incertezas e, consequentemente, a falta da paz. O que sentirá uma dona de casa ao terminar a faxina da casa, lavar e passar toda a roupa, ir para a cozinha e ter todos os ingredientes necessários para fazer uma deliciosa receita, ter os filhos e o esposo ao redor da mesa, todos em harmonia, conversando sem brigas, e receber elogios pela preparação daquela refeição? E quanto ao esposo, ao chegar em casa, e encontrar em sua esposa, mesmo cansada, a alegria por têlo de volta, junto dela? E os filhos, ao sentirem que são valorizados e, por sua vez, serem reconhecidos e gratos aos pais? Poderíamos dar tantos exemplos, mais cada um poderá atualizar para sua realidade esta reflexão. Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, considerado justo e piedoso. Ele esperou por anos o cumprimento da promessa segundo a qual

não morreria sem ver o Salvador. Certo dia, ao chegar ao Templo, encontrou José e Maria, que haviam levado o menino Jesus para ser apresentado. Ao ver o menino, Simeão o tomou nos braços e bendisse a Deus com este cântico: “Deixai, agora, vosso servo ir em paz, conforme prometestes, ó Senhor. Pois meus olhos viram vossa salvação que preparastes ante a face das nações: uma Luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo.” (Cf. Lc 2,25-32). Não lhe faltava mais nada, estava em paz, estava completo. Devemos ser homens e mulheres pacificadores, porque o Príncipe da Paz habita em nós. Assim seremos felizes e “chamados filhos de Deus”, como nos diz a Sagrada Escritura e o Papa Francisco, na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, sobre o chamado à santidade no mundo atual. Afirma o Sumo Pontífice “Não é fácil construir esta paz evangélica que não exclui ninguém; antes, integra mesmo aqueles que são um pouco estranhos, as pessoas difíceis e complicadas, os que reclamam atenção, aqueles que são diferentes, aqueles que são muito fustigados pela vida, aqueles que cultivam outros interesses”. Não importam quais sejam as ações do nosso próximo, devemos ser artesãos e distribuidores da paz, pois cremos que somos filhos de Deus e Ele vive conosco. Em nossas orações, peçamos a Nosso Senhor um coração pacificado, porque, com paciência, seremos capazes de suportar todas as adversidades, uma vez que a pacificação nos permite ter uma segurança interior, aguentar e perseverar no bem. Simeão descansou em paz ao contemplar o Senhor. Nós também, ao cumprir bem nossa vocação cristã, teremos paz interior e, como o salmista, toda noite, poderemos cantar: “Em paz, logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes descansar com segurança” (Sl4,9). Shalom! Pe. Gabriel Maria, FGMC é monge do (Mosteiro da Divina Misericórdia – Lucélia


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| Vida Cristã |

Teologia e Pastoral O Reino de Deus está dentro de vós! Foto: Internet

MADRE FRANCIS MARIS

Se existe algo que o ser humano aspira com ardor é a paz do coração. É esta paz que o encaminha para a descoberta do outro, para a fraternidade universal. O ser humano não pode transmitir a paz se não a experimentar dentro de si. A paz interior nos leva sempre para fora de nós mesmos. A paz interior é que gera a paz que levamos para fora de nós mesmos. Se o cultivo da paz é tarefa de todos, a vida monástica, essencialmente, proporciona a todo momento essa possibilidade de sermos arautos da paz. No mosteiro, tudo está orientado para a busca da Face de Deus e a verdadeira vocação monástica é capaz de perceber a Sua Divina Presença em toda criatura humana e os vestígios de sua bondade e sabedoria na imensidão do mundo criado. Hoje, como ontem, o ser humano, sedento de infinito, não poucas vezes, procura saciar essa sede buscando a felicidade em equívocas promessas de paz

Vida monástica: no mosteiro, tudo está orientado para a busca da face de Deus

e bem-estar, alheias às verdadeiras aspirações de sua alma, confundindo valores com vícios, trocando o duradouro pelo transitório, fugindo do adverso e indo ao encontro das facilidades. O contemplativo não é uma pessoa “dissociada” da realidade histórica de seu tempo e da condição mortal do homem decaído pelo pecado original. Contrariamente ao que se supõe, sua real participação na vida da humanidade reside justamente em que também ele está sujeito aos mesmos revezes e fraquezas de todo ser humano. O contemplativo assume em si suas próprias fraquezas e as fraquezas de

seus irmãos, com a singular missão de apresentá-las a Deus, suplicando-lhe se digne purificar em si e nos outros tudo aquilo que em nós desfigura a semelhança com Ele: as chagas de todos os tempos – egoísmos, individualismos, alienação, presunção, busca de poder. Tais deformidades expulsam Deus de nosso coração, deixando um vazio cuja carência é preenchida com pseudo-satisfações que já não contemplam o próximo como irmão, banindo em si e nos outros a paz que é fruto da fraternidade. O contemplativo, em sua vida monástica claustral, torna palpável essa vivência de fraternidade intensa. O espa-

Perseverar no amor fraterno DANILO CORDEIRO SILVA

O primeiro dia do ano é dedicado à confraternização universal, ou seja, é uma data marcada pelo convite à fraternidade, ao diálogo e à paz entre os povos. O novo ano civil tem início não apenas sob as luzes do réveillon, mas, principalmente, a partir do desejo de que todos os homens vivam como irmãos. No livro do Gênesis, após a narrativa da desobediência contra Deus pelo pecado original, o ser humano volta-se contra seu semelhante: Caim mata seu irmão Abel. A fraternidade desejada pelo Senhor é quebrada pela violência e transforma-se em fratricídio. Na raiz daquele crime está o fato de Caim não reconhecer a presença de Deus no rosto de Abel.

Toda vez que isso acontece, o outro deixa de ser visto como irmão, para tornar-se um objeto irrelevante e, por isso, passível de descarte. Em tom de censura, a voz de Deus denuncia a quebra da fraternidade: “Ouço o sangue de teu irmão, do solo, clamar para mim” (Gn 4,10). O alicerce da paz e da justiça é o olhar respeitador do homem que vê o outro como pessoa. Infelizmente, hoje há muitos rostos marcados pela miséria e pela falta de moradia, trabalho e educação; rostos que, silenciosamente, nos chamam à responsabilidade. Ali está a face de Deus ferida e marginalizada. A escuta do Evangelho deve provocar a conversão interior a partir da transformação das relações sociais. Por isso, neste ano, a Campanha da Fraternidade convida

ço físico restrito em que transcorre sua existência, lhe proporciona a imensa riqueza de um convívio frequente e quase ininterrupto com as mesmas pessoas. É aí, nesse espaço limitado, que ele se torna, no dizer do Papa Francisco, “uma Igreja em saída”, e contribui para a paz no mundo. Os mosteiros são, pois, partícipes das vicissitudes modernas e colaboradores ocultos e silenciosos na obra de Redenção, presente no mundo cada vez que o homem e a mulher trabalham para construir a fraternidade. O dom da vida contemplativa para todos os tempos não é mérito do homem, mas pura bondade de Deus que, através de seu Espírito de Amor, faz dos homens e mulheres convivas do amor da Santíssima Trindade na terra, antecipando para toda a humanidade a graça da inefável caridade que viveremos eternamente no céu. Madre Francis Maris da Imaculada,OSC, é do Mosteiro Maria Imaculada, de Marília.

ANIVERSARIANTES

a Igreja a um olhar atento sobre as múltiplas realidades de carência e injustiça, para as quais é preciso implementar políticas públicas capazes de fortalecer a cidadania e o bem comum. Tais políticas são executadas em favor de todos os membros da sociedade, especialmente os que são empurrados para as margens. Até a Páscoa do Senhor, esta seção tratará do convite evangélico à misericórdia e do protagonismo cristão na esfera política. Será uma oportunidade para pensar naquela pergunta divina que interpelou Caim e continua a ressoar aos homens de hoje: “Onde está o teu irmão?” Danilo Cordeiro Silva é coordenador diocesano da Campanha da Fraternidade

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ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 07/01 – Pe. José Carlos Vicentin - Marília; 10/01 – Pe. Cléber Polizer, SV - Marília; 10/01 – Pe. Pedro Léo Ducharme; SV - Marília; 13/01 – Pe. Denismar Rodrigo André - Marília; 15/01 – Pe. Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC - Lucélia; 16/01 – Pe. Francisco Antônio dos Anjos Andrade - Marília; 18/01 – Pe. Edson de Oliveira Lima - Quintana / Paulópolis; 18/01 – Pe. Marcelo Henrique Gonzalez Dias - Nova Guataporanga / São João do Pau D’Alho; 20/01 – Pe. Fernando Canomanuel Abárzuza, SM - Marília; 25/01 – Pe. Jurandir Fernando Noronha - Pacaembu; 26/01 – Pe. Ademilson Luiz Ferreira - Panorama / Santa Mercedes; 31/01 – Pe. Luciano Ruiz Talarico - Queiroz. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL 03/01 – Pe. Luciano Pontes - Tupã. 04/01 – Pe. Estevão Maria da Divina Misericórdia, FGMC - Lucélia; 07/01 – Pe. Clécio Ribeiro - Marília; 15/01 – Pe. Cleber Polizer, SV - Marília; 21/01 – Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá - Marília. 21/01 – Pe. Rafael Octávio Garcia - Herculândia; 22/01 – Pe. André Luiz Martins dos Santos - Marília; 22/01 – Pe. Valdo Bartolomeu de Santana - Junqueirópolis; 23/01 – Pe. Antônio Padula - Marília; 25/01 – Pe. Jacinto Sebastião da Silva - Marília; 27/01 – Pe. Marcelo Antônio dos Santos - Tupã; 28/01 – Pe. Rui Rodrigues da Silva - Adamantina; 29/01 – Pe. Ademilson Luiz Ferreira - Panorama / Santa Mercedes; 30/01 – Pe. Adeflor Xavier Pereira Junior - Marília / Avencas; 30/01 – Côn. José Carlos Dias Tóffoli - Marília; 30/01 – Pe. Wilson Luís Ramos - Dracena; 31/01 – Pe. Adriano dos Santos Andrade - Lucélia / Pracinha.


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ERA UMA VEZ... O mendigo e seu violino (Pe. Gilberto Faustino Braz) Era uma vez em uma cidade um mendigo que tinha um violino. Todos os dias ele ficava na porta de uma igreja tocando a mesma música para ganhar algumas moedas e não passar fome. Todos os dias era a mesma música e as mesmas pessoas. Certo dia, um homem que por ali passava, escutou o mendigo tocar e depois pediu o violino emprestado. Limpou-o, afinou-lhe as cordas e tocou várias músicas que a praça da Igreja em pouco tempo ficou repleta de pessoas. De repente no meio da multidão de tantas pessoas ele gritou bem alto. — É o meu violino!! É o meu violino!! Ele não sabia que com o seu violino poderia tocar tantas músicas bonitas e marcantes. REFLEXÃO Sejamos um violino nas mãos de Deus, deixemos que Ele nos limpe e nos afine para podermos tocar músicas diferentes e bonitas que marcam o coração e a vida das pessoas. Pois a vida é um percurso que deve ser percorrido com a consciência de vivê-la e de se realizar. As coisas que nos rodeiam, todas elas em sua totalidade têm o seu significado. Nós, diante da vida, temos um papel a desempenhar, para que a vida ganhe um sentido especial. A nossa dedicação à santidade nos leva à felicidade. Nascemos para viver em plenitude. Precisamos nos ver a partir da realidade que estamos vivendo. A vida e o viver é uma prática constante em nossa existência. É uma questão de amor nas coisas e com as coisas que fazemos. Pense nisso!

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis

Diocese Consagra-te Marília aborda devoção católica a Nossa Senhora

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Paróquia Santo Antônio, de Marília, sediou, nos dias 8 e 9 de dezembro, a quinta edição do Consagra-te, evento que divulga e propaga uma antiga devoção mariana, por meio do método de consagração total de São Luiz Maria Grignion de Monfort, chamado “Tratado da Verdadeira Devoção”, antigamente conhecido como “Preparação para o Reino de Jesus Cristo”. Neste ano, o tema de reflexão proposto foi “Óh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Cerca de 500 pessoas estiveram reunidas no salão paroquial, vindos de comunidades de Marília, Vera Cruz, Pompeia, Tupã e do distrito de Jafa. A Santa Missa, na qual houve a consagração à Virgem Maria, foi presidida pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, e concelebrada por sacerdotes da região. O assessor do Movimento Eclesial Consagra-te Marília, Pe. Mauricio Pereira Sevilha, esteve presente e acompanhou os fiéis durante o evento. O bispo comentou que, durante a missa, os participantes foram agraciados com uma bela homilia feita pelo assessor diocesano. “Na ocasião, o Pe. Mauricio refletiu sobre as palavras de Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra’ (Lc 1,38) e ressaltou que devemos, inspirados pelo modelo mariano, ser discípulos missionários do Senhor, servindo ao próximo na família e na sociedade”, lembrou. Também participaram do evento o Pe. Luciano Romero da Silva, CSS, pároco da Paróquia Santo Antônio, de Marília, e o Monsenhor Edmilson Zanin, da cidade de Águas de Santa Bárbara (SP). “Todos viveram um momento de profundo conhecimento da devoção a Maria Santíssima e também da doutrina da Igreja Católica”, afirmou Janaina Neves, coordenadora do movimento em Marília.

HISTÓRIA O Consagra-te Marília nasceu há cinco anos, em 2014, quando cerca de 100 pessoas fizeram os estudos do Tratado da Verdadeira Devoção e, dessa maneira, realizaram o “1º Consagra-te Marília”. Rita de Cássia Rodrigues Bozzo foi uma das participantes desta última edição do Consagra-te Marília. Ela contou que a edição 2018 do evento foi um divisor de águas em sua vida. “Foi fundamental para meu fortalecimento espiritual, o que eu buscava há anos! Percebi o quanto Maria me aproximou de seu Filho e nosso amado Mestre e Senhor, Jesus Cristo. Foi de uma maneira que nunca imaginei, um amor que nunca senti. Vi o quanto minha fé foi avivada. E o quanto aumentou meu amor e respeito pelo próximo e pela Igreja Católica. Sei que sou pecadora, e que nada sei! Mas sei que Maria, Mãe de Deus e nossa, usou e usará do Consagra-te como instrumento de conversão e avivamento de muitos cristãos católicos, que se abriram e se abrirão para esta graça”, comentou. Ela revelou que, por muitos anos, relutou em aceitar Maria, mesmo sendo católica de nascimento. “Compreendi o quanto estava errada, o quanto estava longe do amor de mãe de Maria e, consequentemente, de Jesus, pois não houve ser humano mais puro e mais próximo a Jesus que Maria”, afirmou a fiel de Marília. “O Consagra-te foi um instrumento valioso e especial em minha vida e, tenho certeza, na de muitas pessoas”, comentou Paulo César Pereira, de Pompeia. “Eu já era devoto de Nossa Senhora e tenho testemunhos de sua presença na vida de minha família. O Consagrate é um instrumento maravilhoso de Deus nessa guerra espiritual em que vivemos. E Maria nos conduz até o Céu, até Deus. Muitas almas estão sendo salvas por meio do Consagra-te”, complementou. Foto: Janaína Rodrigues Neves

Alguns dos participantes do Consagra-te Marília, que estiveram reunidos na Paróquia Santo Antônio, em dezembro


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RCC promove congresso com pregador de São Paulo

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Renovação Carismática Católica (RCC) promoveu, nos dias 8 e 9 de dezembro, o Congresso Diocesano de Pregadores. Sediado pela Paróquia Imaculada Conceição, de Parapuã, o evento reuniu, no salão paroquial, cerca de 120 pregadores de toda a Diocese de Marília. Quem esteve em Parapuã, para conduzir as reflexões, foi o responsável pela reflexão teológica da Renovação Carismática Católica, pregador João Cláudio Rufino, da Arquidiocese de São Paulo. Ele teve o suporte do coordenador diocesano da RCC, Ivan Tonini. De acordo com ele, o congresso foi um momento muito rico e de um aprofundamento da Palavra. “O objetivo foi levar os participantes a um aprofundamento reflexivo da Palavra de Deus, sem deixar que essa Palavra seja anunciada sem a espiritualidade querigmática, como devem

Foto: RCC Diocese de Marília

João Cláudio (centro) veio da Arquidiocese de São Paulo para pregar o Congresso

ser as pregações nos grupos de oração, e também nos levar a compreender nosso chamado ao ministério de pregação”, comentou. Os pregadores presentes ao encontro tiveram um momento de interação com a comunidade católica de Parapuã.

No sábado, dia 8, foi celebrado o dia da Imaculada Conceição e o congresso foi encerrado com a Santa Missa em honra à padroeira, presidida pelo pároco, Pe. Nelson Bernardino Lopes. “Foi uma linda festa comemorada e rezada com os participantes, junto à comunidade de Pa-

rapuã”, informou Ivan. “Tivemos a graça de ter uma experiência magnífica com a Palavra de Deus, aprofundar um pouco mais e aprender a contextualizá-la. Foi um mergulho para cada um de nós, pregadores. Até hoje ainda ouvimos comentários sobre o evento. Saímos saciados”, avaliou Luiz Antônio José, que é o coordenador do Ministério de Pregação da Diocese de Marília. No domingo, ocorreu simultaneamente ao Congresso, em uma das salas de catequese do mesmo salão, a última assembleia diocesana da RCC Marília. Na ocasião, foram apresentados os novos conselheiros, diretoria, conselho fiscal e coordenadores diocesanos para o biênio 2019/2020. O Congresso se encerrou naquele dia, com a celebração da Santa Missa, e contou com a participação do Pe. Marcelo Feltri, então vigário da Paróquia São José Operário, de Tupã.


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Destaque Diocese acolhe novos padres em ordenações conjuntas Os quatro novos sacerdotes — Marcos Aparecido Ribeiro Maciel, Sílvio Cesar Quaio, Edson Luís Barbosa da Silva e Thiago Carlos dos Santos — optaram por realizar duas ordenações conjuntas em Marília. No dia 15 de dezembro, a cerimônia foi Catedral Basílica de São Bento Abade, e no dia 29, na Matriz de Santo Antônio. Fotos: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

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u quero alimentar o povo, perdoar seus pecados e sarar as feridas”. Essa frase foi dita por Silvio Cesar Quaio, no Exame de Ordem, no dia 16 de novembro, na Cúria Diocesana de Marília, e repetida, em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, após sua ordenação sacerdotal, em 15 de dezembro de 2018. O novo sacerdote fez parte dos nove novos sacerdotes ordenados neste ano de 2019. Sílvio optou por fazer uma ordenação conjunta com Marcos Aparecido Ribeiro Maciel e a cerimônia, presidida pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, ocorreu na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade. A solene celebração também contou com a presença do bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini, de dezenas de sacerdotes, seminaristas, religiosos e centenas de fiéis. No dia 29 de dezembro, a comunidade católica mariliense novamente se reuniu, desta vez na igreja matriz de Santo Antônio, para a ordenação conjunta de Edson Luís Barbosa da Silva e Thiago Carlos dos Santos. A cerimônia também foi presidida por Dom Luiz, que enfatizou a missão do presbítero como sal e luz. “Como pastores, ser sal e luz significa comprometermo-nos em estar no meio do nosso povo e com o nosso povo. Apoiar a sua fé e a sua esperança. Abrindo portas, trabalhando com ele, sonhando com ele, refletindo e, sobretudo, rezan-

Bispo Dom Luiz ordenou Silvio e Marcos no dia 15 (acima) e Edson e Thiago no final do mês de dezembro

do com ele. Como pastores, unidos ao nosso povo, devemos refletir: como estamos promovendo a caridade e a fraternidade, o desejo do bem, da verdade e da justiça? O que podemos fazer para que a corrupção não se aninhe nos nossos corações e nos corações de nossos jovens?”, disse ele, na ocasião da primeira ordenação conjunta de dezembro. Cada um dos novos padres tiveram, no início do seu discernimento vocacional, um exemplo a ser seguido, a figura de um sacerdote. O Pe. Marcos contou que seu modelo foi o Pe. Afonso José Maniscalco. O sacerdote, inclusive, proferiu as palavras que marcaram o Pe. Edson, durante uma de suas primeiras missas. “Ele disse ‘nunca perca o contato com os jovens, com os pobres e a comunhão com o clero’”, lembrou o novo padre, que teve como figuras sacerdotais seu tio, Pe. Edivaldo Santos Pereira, e o Pe. Sidnei de Paula Santos, que o enviou ao Seminário Propedêutico, em 2010. Quem encaminhou o Pe. Thiago foi o Pe. Valdemar Cardoso e quem o acompanhou em seu período de formação foi o Pe. Anderson Messina Perini. Por fim, quem ajudou no discernimento do Pe. Silvio foi o Pe. Manoel Cirino de Souza, falecido há dois anos. Dois dos novos padres são considerados vocações maduras. Pe. Marcos, antes de ingressar no seminário, atuou na área de design de interiores e cursou até o terceiro ano de Psicologia. “A faculdade me ajudou no discernimento. Conheci Jesus e quero segui-Lo”, disse. Pe. Silvio cursou enfermagem e chegou a fazer pós-graduação na área. “Esse processo me ajudou a amadurecer, ver minha trajetória e ver o chamado de Deus à vida ministerial”, considerou. Já o Pe. Edson chegou a ser noivo e tocava música secular. Depois de um período afastado, retornou à Igreja, atraído pela Renovação Carismática Católica (RCC). Ele foi pregador e chegou a ser indicado para ser coordenador nacional da RCC, tendo exercido a função de coordenador estadual. Pe. Thiago contou que sempre teve contato com a Sagrada Escritura e que, desde criança, sempre tinha o desejo de servir a Deus. Sobre a trajetória no seminário, ele afirmou: “Foi um caminho de renúncias, mas para viver um amor maior. E nos momentos mais difíceis da caminhada, ative-me à oração”.


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2018 se encerra com ordenação de nove novos sacerdotes

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Além de Edson, Marcos, Silvio e Thiago, a Diocese de Marília acolheu outros cinco sacerdotes no ano de 2018: Denismar Rodrigo André, Rafael Lopes Ciuffa, Renan Gimenes Takizawa, Tiago Aparecido de Souza Barbosa e o monge Gabriel Maria Mãe da Misericórdia.

rito da ordenação conta com várias etapas, como um caminho de crescimento espiritual. A Prece Litânica representa a oração, que não pode faltar na vida do padre. A imposição das vestes é assumir o compromisso com Deus e com a Igreja. O ósculo da paz expressa a comunhão do clero. “Se não tiver comunhão, não tem sentido a nossa vocação. Ninguém consegue caminhar sozinho”, afirmou o Pe. Marcos Aparecido Ribeiro Maciel. Ao final do rito, os novos sacerdotes foram cumprimentados pelos padres, em sinal de acolhida. Os ministros ordenados ali presentes acolhem os néo-sacerdotes em nome de suas comunidades. Questionados sobre o momento mais tocante da ordenação, todos os novos sacerdotes destacaram a prostração, quando é proferida a Ladainha de Todos os Santos. “Era como se Deus me desse um descanso naquele momento; sentia-me muito leve”, compartilhou o Pe. Edson Luís Barbosa da Silva. “Levantei como homem novo!”, afirmou o Pe. Thiago Carlos dos Santos. “Você se deita e se entrega totalmente a Deus. Outro momento é o das vestes sacerdotais. É ali que se concretiza o presente, o passado e o futuro. Você é revestido com as vestes e, a partir daí, torna-se sinal de Cristo na vida das pessoas”, comentou o Pe. Marcos. “A ordenação me preencheu de modo muito profundo. Eu me senti muito feliz. O que experimentei foi uma alegria profunda, que transbordava”, avaliou o Pe. Silvio Cesar Quaio. Uma marca do sacerdote é o lema que escolhe para seu ministério, geralmente algo que lhe marcou em toda a trajetória de estudos ou até de vida. O lema escolhido pelo Pe. Edson foi “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração (Mt 11,29). Já o Pe. Marcos escolheu um trecho do Missal Romano: “Dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós”. O Pe. Silvio, que é natural da Diocese de Araçatuba, escolheu o tema “O Senhor completará o que em meu auxílio começou” (Sl 138,8), e, por fim, o lema do ministério do Pe. Thiago é “O Amor jamais acabará” (1Cor 13,8). O início do ministério sacerdotal é descrito pelo Pe. Marcos como uma bênção de Deus. “Poder repetir as palavras, que Cristo repetiu na última ceia, é algo muito marcante e significativo”, disse. Pe. Thiago descreveu sua emoção nas primeiras missas que presidiu: “minha sensação, quando vou consagrar, é de alegria. Sinto temor e tremor, porque agora o Espírito Santo vem, e faz-me o canal de Sua Graça. Deus me escolheu por amor e não

Fotos: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

porque sou melhor. E agora posso levar a Eucaristia para Seus filhos”. Logo após a ordenação, o Pe. Edson já assumiu integralmente a Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis, pois o pároco, Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, entrou em férias no início do ano. NOMEAÇÕES Na Circular 09/2018, Dom Luiz comunicou as paróquias para as quais os quatro novos padres foram designados. Além do Pe. Edson, que está em Junqueirópolis, o Pe. Marcos foi designado para a Paróquia São Francisco Xavier, em Bastos, onde está atuando como vigário paroquial. Após a ordenação, o Pe. Silvio assumiu como vigário paroquial nas paróquias Sagrado Coração de Jesus, de Marília, e Nossa Senhora Auxiliadora, de Avencas. Por fim, o Pe. Thiago foi designado para ser vigário paroquial nas paróquias São Judas Tadeu, de Tupã, e Senhor Bom Jesus, de Arco-Íris. Os outros cinco sacerdotes ordenados no ano de 2018 também já foram designados para seus primeiros trabalhos. Pe. Denismar Rodrigo André assumirá como administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, do Jóquei, de Marília. Pe. Rafael Lopes Ciuffa já está atuando como vigário paroquial na Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça, enquanto o Pe. Renan Gimenes Takizawa está na Paróquia São Pedro Apóstolo, de Tupã, também como vigário paroquial. O Pe. Tiago Aparecido de Souza Barbosa está em Marília, como vigário paroquial da Santa Rita de Cássia e o monge Pe. Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, dos Irmãos de Jesus Misericordioso, exerce seu ministério no Mosteiro da Divina Misericórdia.

Em 2018, nove ordenados. Em destaque, Edson e Thiago


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Catequese propõe Semana de Formação nas paróquias

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odo início de ano, durante as férias escolares, a Assessoria Diocesana da Catequese propõe a realização de uma semana de formação para catequistas. É um período de atualização e planejamento para aqueles que ministram, durante todo o ano, a catequese para as crianças. A formação costuma ser por paróquia ou por microrregião e cada paróquia avalia, da melhor maneira, a possibilidade desse agrupamento de catequistas para a formação e planejamento anual. A proposta da coordenação diocesana é que essa formação ocorra na semana do dia 21 ao dia 25 de janeiro, mas cada paróquia fica livre para a escolha da data. “O importante é não deixar de ter a formação”, disse o Pe. André Luiz Martins dos Santos, que assumiu, no mês de setembro, a Assessoria Diocesana da Catequese. Durante a formação, deverá ser abordada a espiritualidade e missão do catequista. A proposta da coordenação diocesana é adentrar a espiritualidade da Catequese com um momento reflexivo

Foto: Arquivo

A formação dos catequistas ocorre todo início de ano, durante as férias escolares

com a Palavra de Deus, com uma espécie de meditação à luz dos textos bíblicos e documentos da Igreja. O Pe. André comentou que também sugere que a formação trate da “pedagogia das idades”. “Já falamos desse assunto outras vezes, mas é sempre preciso reforçar o modo como lidar com as faixas etárias do período catequético. Sabemos da mudança de tempo em que vivemos,

então é justo que analisemos com cautela cada etapa para um trabalho cada vez melhor”, argumentou. Os catequistas também farão o planejamento anual e serão informados sobre o Encontro de Catequese, uma vez que a entrada de novos catequistas exige uma atenção especial. Quanto ao planejamento, ao longo do ano de 2019, haverá a Formação Cate-

quética no mês de julho, do dia 22 ao dia 26, sendo que o tema ainda será escolhido. Outro evento já agendado, para 18 de agosto, foi a Assembleia Diocesana da Catequese, porém o local e temas ainda não foram definidos. Por fim, continuarão a ser realizadas as reuniões das coordenações diocesana e regionais. O Pe. André comentou que é desejo da Coordenação da Catequese conhecer as realidades das paróquias e das regiões e que, para isso, precisa contar com as coordenações regionais e seus assessores. “Por esse motivo, é projeto da coordenação a realização de uma Assembleia Diocesana dos Catequistas neste ano de 2019. Uma grande celebração por todo o trabalho desenvolvido em nossas comunidades”, afirmou. O sacerdote também revelou como é estar à frente da Catequese na Diocese de Marília. “Tem sido uma experiência feliz, porém árdua. Afinal, já temos um trabalho que vem sendo feito há algum tempo e precisamos dar continuidade e, ao mesmo tempo, responder às exigências atuais”, ponderou o sacerdote.

Setores de Marília preparam Eacre para casais das ENS A cidade de Marília sediará, nos dias 19 e 20 de janeiro, o Encontro Anual dos Casais Responsáveis de Equipes (Eacre) das Equipes de Nossa Senhora (ENS). Casais eleitos responsáveis de equipe e também casais de ligação estarão reunidos no Colégio Cristo Rei. Além dos casais de Marília, estarão presentes casais de Garça, Assis e Paraguaçu, sendo que todos fazem parte da mesma regional. De acordo com Adriana Bertoncini Tomé e Oswaldo Tomé Junior, casal responsável pelo Setor B de Marília, a expectativa é que participem do Eacre cerca de 230 pessoas. Os casais estão tendo o suporte do casal regional, que é de Marília, Elda e Josué Inácio Trindade. Na Diocese de Marília, as ENS têm três setores, sendo dois em Marília e um em Garça, que tem como casal responsável Alessandra e Adhemar Almeida. Em Marília, o Setor A é conduzido por Rosilene Morelatti e Luiz Fernando Morelatti. Para presidir a missa de abertura do Eacre foi convidado o bispo diocesano

Foto: Arquivo

Em 2018, o Eacre foi realizado na Diocese de Assis, com casais de Garça e Marília

de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini. O evento também contará com a presença do Cônego José Carlos Dias Tóffoli, diretor espiritual regional, que é de Marília; e os conselheiros espirituais dos Setores A, B e de Garça, respectivamente, os padres Evandro César Batista Ribeiro, Adriano Alves Pereira e o Frei Edson Pereira Lopes. Neste ano de 2019, as ENS refletirão

sobre o tema “Reconciliação, Sinal de Amor”, e o lema “Quando estava ainda longe, seu pai o avistou e foi tomado de compaixão, correu-lhe ao encontro, abraçou-o e o cobriu de beijos” (Lc 15,20). Após o Eacre, os participantes transmitirão os conhecimentos para os demais casais das ENS em seus setores. Em Marília, o Pós-Eacre ocorrerá em fevereiro, assim como também em Garça.

Em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, Adriana disse que o objetivo é dar mais visibilidade às atividades realizadas, por se tratar de um movimento que trabalha com os casais e também as famílias. O MOVIMENTO Com o carisma “A Espiritualidade Conjugal” e a mística “Reunidos em nome de Cristo, Auxílio Mútuo e Testemunho”, o movimento das Equipes de Nossa Senhora foi fundado pelo Pe. Caffarel, em fevereiro de 1947, na França. O movimento está presente no mundo todo e no Brasil possui a maior quantidade de membros. Seu principal objetivo é a santificação dos casais, por meio de estudos mensais, terços, missas e retiros. A cada ano, a coordenação internacional das ENS propõe um tema de estudos e, no ano passado, a reflexão dos casais foi sobre “A Missão do Amor”. Todos os anos, casais das equipes da Diocese de Marília participam do Eacre. Em 2018, o evento ocorreu na cidade de Assis.


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Cáritas avalia projeto com pessoas idosas em Marília Em recente Assembleia da Cáritas Diocesana de Marília foram apresentados a prestação de contas e o relatório das atividades realizadas nos últimos três anos. O destaque ficou por conta do Projeto Espaço Conviver, um serviço de convivência e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, dedicado a idosos.

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o final de novembro, dia 24, foi realizada a Assembleia da Cáritas Diocesana de Marília para a prestação de contas e o relatório das atividades realizadas no triênio 2016-2018. Além da reestruturação das instalações, a diretoria também passou a ser encarregada da administração do Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS). Na oportunidade, foi eleita uma nova diretoria, sendo que o Pe. José Carlos Vicentin foi reeleito presidente da Cáritas, assim como também o vice-presidente, Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá, e a secretária, Osmarisa de Oliveira Marques de Melo. Também fazem parte da diretoria Luiz Carlos Teco e Manoel Batista de Oliveira, como tesoureiro e vice-tesoureiro, respectivamente, e Marília Delleo Ferracini, como vice-secretária. O grupo exercerá o mandato até dezembro de 2021. Durante a assembleia, foi destacada a readequação dos espaços para as pessoas idosas, o que contou com o investimento da Diocese de Marília. O Projeto Espaço

Conviver iniciou seus trabalhos em 1º de agosto. As 50 vagas disponibilizadas foram rapidamente preenchidas. Segundo o Pe. Vicentin, houve desistências, por motivos diversos, especialmente de limitações da saúde, mas 28 pessoas perseveraram até o final do semestre, no período vespertino. Para este novo ano, a diretoria decidiu abrir uma nova turma, com 35 vagas, para o período da manhã. A turma do período vespertino receberá novas pessoas, totalizando também 35 pessoas. O projeto prevê a continuidade das atividades físicas diárias, considerando que a avaliação dos participantes testifica um maior condicionamento físico e a diminuição significativa das dores comuns nessa idade. Além disso, o artesanato deverá continuar sendo um espaço de interação, além de favorecer a coordenação motora e intelectiva dos idosos. Esse artesanato prestou um serviço de crescimento humano-afetivo, pois as peças fabricadas foram doadas a crianças da comunidade do distrito de Rosália — que pertence Fotos: Cáritas Diocesana de Marília

Pe. Vicentin, na confraternização realizada com assistidos e familiares

Idosos são orientados nos jogos, considerada atividade lúdica e cognitiva

ao município de Marília — e a outros idosos de vários pontos da cidade. Também faz parte do serviço a reflexão sobre diversos temas e a partilha das experiências de vida. Uma parceria tem sido o trabalho voluntário no artesanato, na cozinha e na oficina de informática. “O voluntariado faz parte das orientações estratégicas da Cáritas Brasileira. Economicamente, ajuda no custeio do projeto, mas o valor agregado de sentimentos e doação de vida é incomensurável”, afirmou o presidente. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, visitou o projeto com os seminaristas no mês de outubro, sendo que alguns deles têm auxiliado os idosos na oficina de informática. Tal presença é avaliada pelo Pe. Vicentin como muito positiva. “Assim, eles vão tendo, em sua formação presbiteral, o engajamento em projetos sociais”. A dedicação da equipe de trabalho foi bastante elogiada na avalição dos idosos, sendo que muitos deles testemunharam ainda seu crescimento emocional e psíquico. Igualmente, foi registrada a satisfação dos familiares dos idosos com sua participação no projeto, manifestada na confraternização das famílias realizada no dia 1º de dezembro. Roseli Maria Barros Teixeira, de 76 anos, é uma das participantes do Projeto Espaço Conviver. “Isso é obra de Deus. A dedicação de todos lá, inclusive do Pe. Vicentin, é maravilhosa. O projeto me fez bem em todos os sentidos, principalmente no aspecto da saúde, pois, além dos exercícios, a alimentação é feita com muito carinho. Isso sem falar da boa companhia. Fiquei feliz em saber que farão nova turma. Eu continuarei no ano que vem, se Deus quiser”, falou Roseli. “Acompanhando diariamente o projeto, podemos testemunhar o desenvolvimento das pessoas e agradecer a Deus pela obra que nos confiou realizar”, concluiu o Pe. Vicentin.

Semana Missionária 2019 ocorrerá em Álvaro de Carvalho com seminaristas A Paróquia Santa Cecília, de Álvaro de Carvalho, foi a escolhida para receber dezenas de seminaristas no início de 2019, quando será realizada mais uma edição da Semana Missionária. Neste ano, o tema escolhido foi “Sede Santos como Deus é Santo”, uma referência à Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, em que o Papa Francisco afirma que todos são chamados à santidade. A Semana Missionária, de 22 a 27 de janeiro, contará com a participação de 28 seminaristas da Diocese de Marília, do Propedêutico e dos cursos de Filosofia e Teologia, e também de candidatos ao diaconato permanente. Na oportunidade, o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, estará em Álvaro de Carvalho para sua visita pastoral e tradicionalmente acompanha os seminaristas em algumas visitas. A abertura da Semana Missionária ocorrerá com uma missa, presidida pelo bispo. A iniciativa também teve, desde sua preparação, o apoio do administrador paroquial da Paróquia Santa Cecília, Pe. Tony Funabashi Takuno. Durante a Semana, além das visitas às residências da cidade, haverá missas, confissão, terço luminoso, encontro com a Catequese e também com jovens. Um dos seminaristas envolvidos na organização é João Bonzanini, do 4º ano de Teologia. De acordo com ele, essa iniciativa tem grande relevância para o processo formativo dos seminaristas. “Entramos nas casas das pessoas para falar de Jesus e anunciar a Boa Nova. É claro que somos apenas instrumentos. É Deus quem realiza toda obra missionária e nos impulsiona para a missão. Nós partimos do mandado missionário de Jesus Cristo, que disse: ‘Ide e pregai o Evangelho’. É muito bonito ver toda a comunidade envolvida nessa Semana Missionária. Eles nos esperam com alegria”, contou o seminarista que participará da iniciativa durante suas férias. Foto: Arquivo

Missionários na edição de 2018, na cidade de Pauliceia


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2019 será marcado pela atualização do Plano de Pastoral

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ano de 2019 começa com mudanças na Diocese de Marília. Findado um período de quatro anos à frente do Centro Diocesano de Pastoral (CDP), o Pe. Ademilson Luiz Ferreira deixou, no final do ano, a função de coordenador diocesano de pastoral. O indicado foi o Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, que ocupou, até o início deste ano, a função de pároco da Paróquia São José Operário, de Tupã, administrador paroquial da Paróquia Senhor Bom Jesus, de Arco-Íris, e de vigário episcopal da Região Pastoral II. Ao mesmo tempo, ele exercia a função de assessor diocesano do Setor Juventude. “Estava acostumado com os jovens. Chorava com eles, alegrava-me, divertia-me, evangelizava-os e era evangelizado por eles. É um ciclo que se fecha. Mas como coordenador de pastoral, continuarei dando atenção à juventude. Afasto-me, mas continuo junto”, disse o Pe. Marcos, que foi substituído pelo Pe. Francisco Antônio dos Anjos Andrade, no trabalho com os jovens. Quanto à função de vigário episcopal da Região II, quem assumirá será o Pe. Carlos Roberto dos Santos, pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Tupã. O Pe. Marquinhos, como é conhecido, também foi designado para ser o pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília. Quanto ao cargo de coordenador de pastoral, ele explica que sua função será animar, coordenar a pastoral diocesana e manter a comunhão diocesana na ação pastoral. “E o objetivo da ação pastoral é a evangelização”, lembrou ele. Oficialmente, o novo coordenador de pastoral está na função desde 1º de janeiro, mas a apresentação oficial será no dia 21, quando os colaboradores do Centro Diocesano de Pastoral voltarão das férias coletivas. O grande legado do Pe. Marcos será dar continuidade ao Plano Diocesano de Pastoral (PDP), que terá vigência até este ano de 2019. “O que eu refletia com Dom Luiz Antonio Cipolini é dar continuidade ao PDP e vivenciá-lo da melhor maneira possível, respeitando a dimensão da Diocese e as características das três Regiões Pastorais”, comentou. De acordo com o sacerdote, a ideia é seguir a mesma dinâmica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Não é lançar sempre novos documentos, mas atualizá-los, considerando a realidade do momento. O que definimos é

Foto: Arquivo

Pe. Ademilson, então coordenador de pastoral, conduz assembleia que atualizou PDP

começar a discutir isso nas reuniões da Coordenação de Pastoral e do Conselho de Pastoral”, informou. O Conselho Diocesano de Pastoral, que congrega coordenadores diocesanos de pastorais, movimentos e associações, assim como os vigários episcopais e assessores diocesanos, reúne-se duas vezes por semestre. Já a Coordenação Diocesana de Pastoral faz reuniões a cada 40 dias e reúne os vigários episcopais, os assessores das cinco urgências pastorais e um leigo representando cada Região Pastoral. “Inicio esse trabalho contando com a colaboração de todos os agentes, sejam leigos, religiosos ou sacerdotes. Queremos que tudo caminhe bem para o anúncio do Evangelho. Precisamos trabalhar juntos”, afirmou. OUTRAS MUDANÇAS Na Circular nº 10/2018, a última do ano, o bispo diocesano anunciou outras mudanças para o ano de 2019. Na Cúria Diocesana, o Pe. Mauricio Pereira Sevilha foi nomeado vigário geral da Diocese e o Pe. Adeflor Xavier Pereira Junior será o chanceler do Bispado. Com as novas nomeações, o Conselho de Presbíteros ficou assim formado: Dom Luiz Antonio Cipolini, como presidente, e os padres Mauricio Pereira Sevilha, Marcos Roberto Cesário da Silva, José Orandi da Silva, Carlos Roberto dos Santos, Valdemar Cardoso, Rui Rodrigues da Silva, Adriano dos Santos Andrade, Edson de Oliveira Lima, José Carlos Vicentin, José Afonso Maniscalco, Rogério de Lima Mendes, Wagner Antonio Montoz e Wilson Luís Ramos. O Colégio de Consultores também tem nova composição, uma vez que

os membros anteriores completaram cinco anos de mandato. Os seis padres que compõem esse importante órgão, na função de aconselhamento do bispo, são: Mauricio Pereira Sevilha, José Orandi da Silva, Carlos Roberto dos Santos, Valdemar Cardoso, Marcos Roberto Cesário da Silva e Wagner Antonio Montoz.

RETORNO Outra novidade para 2019 será o retorno do Monsenhor Achiles Paceli de Oliveira Pinheiro, que foi para Campos do Jordão (SP) há três anos. Seu retorno está previsto para meados do mês de fevereiro. Em 2016, o sacerdote deixou a Diocese de Marília para ingressar na Fundação Santa Cruz, uma entidade que acolhe padres idosos. O Monsenhor Achiles decidiu retornar para ficar mais próximo da família e residirá em Quintana, juntamente com o Pe. Edson de Oliveira Lima. O sacerdote, que tem 55 anos de ministério e completará 80 anos de idade em fevereiro, nunca deixou de fazer parte do clero diocesano de Marília e em diversas oportunidade, nesses três anos, participou de momentos importantes, como do Retiro Anual do Clero.

FIQUE DE OLHO TEOLOGIA PARA LEIGOS O início do ano é período para os fiéis fazerem suas inscrições para os Cursos de Teologia para Leigos, que têm polos nas três Regiões Pastorais. Na Região I, o período de matrículas é de 28 de janeiro a 4 de fevereiro, das 8h às 12h ou das 13h às 16h, no Centro Diocesano de Pastoral, em Marília. Os interessados em ingressar no curso deverão levar cópia do CPF ou RG, foto 3x4, histórico escolar e Carta de Apresentação do Pároco. A Região I oferece 50 vagas e será cobrada uma taxa de inscrição no valor de R$ 40,00. As aulas serão iniciadas no próprio dia 4 de fevereiro, às 20h, no Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos (Itra), em Marília. Na Região II, as inscrições para os dois polos do curso serão de 15 a 30 de janeiro, nas secretarias paroquiais. As aulas inaugurais ocorrerão no dia 5 de fevereiro, em Tupã e também para a turma de Adamantina. Os documentos serão os mesmos e cada aluno deverá pagar uma taxa de R$ 35,00. Finalmente, na Região III, as inscrições poderão ser feitas nas secretarias paroquiais durante o mês de janeiro. Além dos documentos, os leigos deve-

rão pagar uma taxa de R$ 20,00. As aulas terão início no dia 5 de fevereiro, no salão da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Dracena, onde o curso é ministrado. ORAÇÃO O Cônego Valdemiro Cândido do Símbolo, que teve um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH), no dia 2 de dezembro, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília (HCFAMEMA). Não há previsão de alta, pois além de seu quadro neurológico inspirar cuidados, o sacerdote também apresentou quadro de infecção das vias aéreas, ou seja, uma pneumonia. Outro sacerdote da Diocese de Marília que se encontra adoentado é o Cônego Antônio Flumignan, de Marília. Ele estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Marília, em razão de um problema cardíaco. Mas recebeu alta no dia 9 de janeiro e agora está em seu apartamento, onde necessita de cuidados especiais. Segundo familiares, ele terá de fazer acompanhamento de fonoaudiólogo e também de fisioterapeuta. “Mas o coração está bem”, afirmou sua sobrinha, Débora Flumignan dos Santos.


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Atualidade Papa convida pobres de Roma para um almoço natalino Dias antes do Natal, o Papa Francisco esteve reunido com um grupo de pobres, para um almoço especial. O evento foi organizado pela Esmolaria Apostólica e oferecido pelos atletas do Grupo Esportivo “Fiamme Gialle”, no Centro Esportivo da Polícia Fiscal, em Castelporziano. Os próprios atletas, que treinam no local, cozinharam e serviram as mesas dos convidados, pessoas pobres assistidas pela Cáritas da Diocese de Roma. O almoço foi servido no dia 18 de dezembro e contou com a participação de centenas de pessoas. Os convidados pelo Santo Padre foram pobres, pessoas desabrigadas, em situação de exclusão e também imigrantes. Segundo os organizadores, o objetivo foi compartilhar com todos um dia de festa, marcado pela diversão que o esporte pode oferecer em um

Foto: Vatican News

Papa Francisco convidou pobres, desabrigados e imigrantes para almoço de Natal

clima de família, também com presentes simbólicos. “Eles são distribuídos como símbolo de solidariedade e acolhida na época do Natal”, disse, em comunicado, o Vaticano, antes da realização do evento. A Santa Sé comunicou que este almoço só foi possível graças à iniciativa promovida pela Athletica Vaticana, a representação atlética da Santa Sé, com a intenção de relançar

o apelo do Papa Francisco de viver o Natal priorizando a solidariedade e a atenção concreta às pessoas mais necessitadas. “É um testemunho de caridade e fraternidade através da linguagem do esporte que, por sua natureza, prevê a inclusão e o respeito da dignidade dos mais necessitados”, concluiu o comunicado. A necessidade de se superar a “cultura do descarte”, já pedida an-

teriormente pelo Papa Francisco, somou-se à sua orientação de dedicar tempo e atenção aos necessitados neste Natal. Isso motivou a realização do Almoço de Amor, no mesmo dia 18 de dezembro. A iniciativa, promovida pelo movimento eclesial Renovação no Espírito Santo (RnS), levou voluntários a presídios de Milão, Turim, Palermo, Bolonha, Bari, Salerno, Siracusa, Massa Carrara, Eboli, Lanciano e Ivrea. Ao todo, 13 institutos penitenciários da Itália reuniram seus detentos e familiares, para um almoço com pratos “estrelados”, criados por chefs famosos e servidos por artistas da música, do teatro e da TV, além de atletas e jornalistas. Segundo o presidente da RnS, Salvatore Martinez, o Almoço de Amor quer superar a “cultura do descarte” e investir em humanidade.

JMJ 2019 começa no dia 22 e terá dois voluntários da Diocese Jovens de todo o mundo estarão reunidos no Panamá, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O evento ocorrerá do dia 22 ao dia 27 de janeiro e será a oportunidade de jovens de diversos países se reunirem com o Papa Francisco. A Jornada Mundial da Juventude é realizada a cada três anos e as últimas edições ocorreram na Cracóvia, em 2016, e no Brasil, em 2013. A JMJ 2019 refletirá o tema “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua palavra (Lc 1, 38)”. Da Diocese de Marília, tradicionalmente participam membros do Caminho Neocatecumenal. Neste ano, viajarão ao Panamá 20 pessoas. Alguns jovens também se organizam para viajar com o objetivo de participar do evento e de ver o Papa de perto. É o caso de três jovens de Osvaldo Cruz: Edgar Sanches Ibide, Jaqueline Ibide, do Movimento Escalada, e Jhenyffer Barbosa, que em-

Foto: Arquivo pessoal

Dandara já participou da JMJ no Rio e em Cracóvia (foto) e, em 2019, será voluntária

bora sendo de Salmourão, representará a Paróquia São José, de Osvaldo Cruz. Ela faz parte do Grupo de Jovens São Miguel Arcanjo, da Renovação Carismática Católica (RCC). A novidade desta JMJ está por conta de dois jovens da Diocese de Marília, que foram convidados a ser voluntários. Dandara Cristina da Silva Lima, da Paróquia Perpétuo Socorro, de Marília, e Júnior Ro-

berto do Nascimento Caetano, do Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, fizeram inscrição para serem voluntários e enviaram à coordenação do evento, no Panamá, uma série de documentos, inclusive, uma carta de apresentação do pároco e informações sobre sua atuação na comunidade. Dandara é coordenadora dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística (Mesc) e

também acólita e serva do Grupo de Jovens Guerreiros Restaurados do Onipotente (GRO). Ela participou das duas últimas Jornadas, no Rio e em Cracóvia. “A expectativa é grande, até mesmo porque não sei qual será minha função. Ficarei 19 dias no Panamá. Já recebi material com algumas informações básicas sobre cultura do país. E assim que chegarmos, teremos uma semana de formação”, contou Dandara. O voluntário Júnior já foi catequista de Crisma e conhece a língua espanhola pois morou em Umuarama (PR), uma cidade próxima da fronteira com o Paraguai. O jovem se diz ansioso, pois nunca participou de uma Jornada Mundial da Juventude. “Foi uma grande surpresa ser escolhido. Soube que mais de 20 mil jovens se inscreveram para ser voluntários. A expectativa agora é saber como iremos servir”, comentou o jovem de Vera Cruz.


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NO MEIO DE NÓS

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Região I Paróquia de Marília festeja dia de Nossa Senhora de Guadalupe

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a Diocese de Marília, existe uma paróquia dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe, cuja devoção é grande entre os povos latinos, principalmente do México. O dia da padroeira é celebrado em 12 de dezembro. No entanto, a paróquia de Marília iniciou as festividades já no dia 9 de dezembro. Na oportunidade, os fiéis participaram de uma carreata nos arredores da igreja matriz, logo após a missa das 8h. Cerca de 30 carros decorados com a imagem da santa participaram do evento e receberam a benção do pároco, Côn. João Carlos Batista, ao final do percurso. Os moradores do bairro também prestigiaram a carreata, saindo às ruas para ver a passagem dos carros. No dia 10, as famílias da comunidade participaram do terço de con-

Foto: Paróquia Nossa Senhora Guadalupe, de Marília

Fiéis entronizam imagem da padroeira, cuja devoção é grande entre os povos latinos

templação aos mistérios e devoção à Virgem de Guadalupe. Às 6h do dia da padroeira, o vigário episcopal da Região I, Pe. José Orandi da Silva, celebrou a missa e relembrou a história da aparição da Virgem de Guadalupe. E à tarde, a comunidade se reuniu para a recitação do terço mariano. A festividade foi encerrada

com missa solene à noite. Presidida pelo Côn. João Carlos, a celebração contou com grande participação dos fiéis da região. A solenidade também foi em comemoração aos 29 anos de criação da paróquia. APARIÇÃO Em 1531, a Virgem de Guadalupe

apareceu ao índio Juan Diego e pediu que ali, na colina de Tepeyac, fosse construída uma igreja. O bispo local não acreditou no relato e ordenou que ele pedisse um sinal à Virgem. Dias depois, a caminho de Tlatelolco, encontrou novamente a Virgem, que pediu ao índio para subir a Tepeyac para colher as flores do seu cume. Ele achou estranho, pois era inverno e não nasciam flores naquela época do ano, mas foi até lá e se surpreendeu ao encontrar rosas castelhanas, não originárias do México. Quando o índio retornou, a Senhora arrumou as flores no manto de Juan, que o levou ao palácio do bispo. Chegando lá, abriu o manto e as flores caíram no chão, evidenciando a imagem da Virgem de Guadalupe como pode ser vista até hoje, na Basílica de Guadalupe, no México.

Região III Frei Airton Grigoleto celebra 25 anos de sacerdócio em Dracena A comunidade católica de Dracena celebrou, no dia 18 de dezembro, o jubileu de prata de ordenação sacerdotal do Frei Airton Carlos Grigoleto, OFMcap, que dias depois, em 22 de dezembro, completou 55 anos de idade. A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, da qual é pároco, realizou um tríduo vocacional, de 13 a 15 de dezembro, coordenado pelo Frei Mauricio dos Anjos, que já foi pároco e veio diretamente de Piracicaba para a celebração dos 25 anos. Segundo o vigário paroquial Frei Cláudio Moraes Messias, cada dia veio um frei do Estado de São Paulo para falar com os fiéis. No primeiro dia de tríduo foi ce-

Foto: Assessoria de Comunicação | Frades Capuchinhos SP

Frei Airton, o aniversariante, presidiu missa em comemoração ao jubileu de prata

lebrada a vocação leiga, e quem falou sobre o assunto foi o Frei Pedro Antônio Pereira, OFMCap, de Santo André (SP). No segundo dia, o destaque foi a vocação familiar, com o Frei Nilton César Groppo, OFMCap,

de São Paulo (SP). E no último dia o tema foi a vocação sacerdotal, e quem esteve em Dracena foi o Frei Décio Pacheco Bezerra, OFMCap, de Birigui (SP). No domingo, dia 16, estiveram

na cidade outros padres. A missa em ação de graças foi presidida pelo próprio aniversariante e concelebrada pelo Frei Carlos Silva, conselheiro Geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que é de Roma, na Itália, e esteve em visita pelo Brasil. Outro concelebrante foi o vigário provincial da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, Frei Sermo Dorizotto, de Piracicaba. Após a missa, foi servido um almoço para os religiosos e também aos líderes da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. O aniversariante, que nasceu em Coroados (SP), ficou emocionado com a grande participação da comunidade.


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Região II Pracinha festeja Santa Luzia com tríduo, missa festiva e quermesse

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iéis católicos de Pracinha celebraram, no mês de dezembro, sua padroeira, Santa Luzia. Nos dias 10, 11 e 12, foi realizado um tríduo preparatório, conduzido pelo vigário paroquial, Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza. No dia 10, houve missa com a bênção dos idosos. No dia seguinte, quem recebeu uma bênção especial foram as crianças e, finalmente, no terceiro dia, foi a vez da bênção aos jovens. No dia de Santa Luzia, 13 de dezembro, os fiéis se reuniram na igreja matriz para uma missa festiva, presidida pelo Pe. Diego. “Foi uma missa bonita e bem participada pelos fiéis. Ao final, houve uma queima de fogos”, contou o sacerdote, que, embora seja vigário paroquial, administra a comunidade de Pracinha. Ana Paula Martins dos Santos auxiliou o padre na celebração do dia da padroeira e comentou que a missa foi belíssima. “A igreja estava lotada e muitas pessoas ficaram em pé”, comemorou a leiga, que é coordenadora da Liturgia e também faz parte da Pastoral do Dízimo. No dia 15, os fiéis novamente se reuniram, na paróquia, para a quermesse da padroeira. Santa Luzia é invocada pelos fiéis como protetora dos olhos, considerados a janela da alma.

BALANÇO O Pe. Diego mudou-se para Pracinha em janeiro de 2018 e considera que este primeiro ano à frente da Paróquia Santa Luzia foi intenso, cheio de atividades e celebrações. “O engajamento e a participaçao dos fiéis foi grande. Isso torna o balanço do ano de 2018 positivo”, garantiu o sacerdote. O sacerdote complementou dizendo que neste ano foram propostas missas especiais, como a celebração do dia de São José Operário, São Pedro Apóstolo, Dia das Mães, além da quermesse da padroeira. “Também reestruturamos a Pastoral do Dízimo e ainda temos trabalho a ser feito”, revelou o vigário paroquial. Em 2019, o sacerdote continua em Pracinha e, em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, agradeceu aos fiéis por aceitarem suas propostas e se abrirem às novidades que o Espírito Santo suscita no coração da Igreja. “Que possamos continuar firmes e engajados neste ano de 2019”, disse. Pe. Diego afirmou que Pracinha tem um povo simples e muito acolhedor. “São pessoas que aderem às novidades e, devidamente motivados, são muito trabalhadores”, finalizou o vigário paroquial. Foto: Paróquia Santa Luzia, de Pracinha

Pe. Diego conversa com crianças, em missa dedicada a elas, durante tríduo preparatório

Banda Sinfônica e Coral da PM fazem concerto em Osvaldo Cruz A Matriz de São José, em Osvaldo Cruz, foi palco de um Concerto Natalino, que trouxe à cidade cerca de 70 integrantes da Banda Sinfônica e Coral Masculino do Corpo Musical da Polícia Militar (PM) do Estado de São Paulo. A apresentação ocorreu no dia 18 de novembro, e reuniu centenas de pessoas, que vieram prestigiar essa parceria da PM, da Paróquia São José e da Prefeitura Municipal de Osvaldo Cruz. O evento teve o objetivo de celebrar o Natal do Senhor, os 187 anos de criação da PM, ocorrido em dezembro; os 77 anos de aniversário da cidade de Osvaldo Cruz; além dos 60 anos da presença dos padres passionistas na Paróquia São José.

Os músicos vieram da capital e apresentaram canções variadas e de contexto natalino. “Foi, na verdade, um presente de Natal para nossa Igreja e nossa cidade. Um belíssimo concerto, sem comparações. Todos que vieram gostaram e voltaram para casa extasiados e edificados com a beleza dos instrumentos e das vozes”, disse o pároco, Pe. Rogério de Lima Mendes, CP. “Nós, do interior paulista, temos carência desse tipo de cultura. Foi um espetáculo ímpar, com músicas propícias para esse tempo do Advento. Infelizmente, muitas pessoas não tiveram a oportunidade de assistir, pois o nosso comércio esteve aberto à noite”, comentou a paroquiana Claudinéia Ferreira. Foto: Paróquia São José, de Osvaldo Cruz

Corpo Musical da Polícia Militar (PM) do Estado de São Paulo se apresentou na igreja

Lucélia celebra Sagrada Família em dois eventos em dezembro A Paróquia Sagrada Família, de Lucélia, teve dois grandes eventos durante o mês de dezembro de 2018. No dia 8, a igreja promoveu uma festa no pátio da matriz. Segundo o pároco, Pe. Adriano dos Santos Andrade, a missa recebeu o nome de 1ª Festa das Famílias. “Realizamos uma grande festa, que teve praça de alimentação, sorteio de brindes, inclusive de uma moto”, contou o sacerdote. A parte religiosa da festa ocorreu no final do mês. O dia da Sagrada Família é sempre celebrado no domingo seguinte ao Natal, na Oitava de Natal,

que em 2018 foi em 30 de dezembro. Naquele dia, a comunidade católica de Lucélia participou de uma carreata, às 18h, que foi seguida de missa festiva em honra à Sagrada Família. Além do pároco, a cerimônia também contou com a participação do vigário paroquial, Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza, e dos monges do Mosteiro da Divina Misericórdia, padres Estêvão da Divina Misericórdia, e Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC. A Paróquia Sagrada Família, de Lucélia, completará 74 anos de criação em maio deste ano.


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NO MEIO DE NÓS

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Informativo traz novidades no ano novo

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m 2019, a Igreja no Brasil propõe a discussão de importantes pautas eclesiais e sociais. Uma delas é o chamado de Deus, que será meditado por meio do Ano Vocacional proposto pela Conferência dos Bispos. Outro destaque é a atenção voltada às políticas públicas, tema da Campanha da Fraternidade, que será iniciada na Quarta-feira de Cinzas. Além disso, a realidade da Pan-Amazônia ocupará lugar especial no contexto latino-americano com a realização do Sínodo convocado pelo Papa Francisco. Em sintonia com esses assuntos, o Informativo NO MEIO DE NÓS trará em suas seções os acontecimentos mais importantes da Diocese, do Brasil e do mundo, além do debate mensal de um tema relevante para a vida comunitária. Ao longo do ano, nossos leitores acompanharão o surgimento de uma coluna bíblica e poderão, ainda, participar de uma seção interativa enviando perguntas a serem respondidas por padres da Diocese. O objetivo das duas propostas é oferecer um conhecimento sólido da fé católica a partir das dúvidas mais comuns entre os fiéis. Até dezembro, o tema para debate de cada mês passará a ser desenvolvido sob

o viés vocacional na seção “Teologia e Pastoral”. Esta abordagem contará com a apresentação dos trabalhos realizados por ordens religiosas presentes na Diocese, bem como a reflexão dos desafios pastorais referentes ao tema. Já o segundo artigo da referida seção trará assuntos ligados à Campanha da Fraternidade ao longo do primeiro semestre e, a partir de julho, cederá lugar à coluna de interação com o leitor. A seção “Espiritualidade” trará uma abordagem mística do assunto central da edição, apresentando caminhos para o equilíbrio interior por meio da oração, da ascese e do autodomínio. Por fim, a expressão artística do “Enfoque” passará a ser feita por Vitor do Prado Nunes Simão, o novo ilustrador do Informativo. Natural de Andradina (SP), Vitor tem 19 anos e é seminarista da Diocese de Araçatuba. Nas horas vagas do curso de Filosofia, ele dedica-se aos desenhos, uma paixão de longa data. “A arte está presente em minha vida desde muito cedo. Fiz sete anos de aula de desenho e pintura durante minha infância, mas acredito que fui tomar consciência de todo o amor à arte quando percebi que poderia usar essa habilidade para encontrar a Deus. Como dizia o Papa Bento XVI, a arte é capaz de levar o homem a ir além do que se vê e, assim, abrir uma porta para o infinito. De fato, a beleza nos direciona para o alto!”, disse o seminarista, que se prepara para o segundo ano de Filosofia. “Uma obra de arte deve nos levar à oração”, concluiu.

Ilustração: Vitor do Prado Nunes Simão

Aquarela da Catedral São Bento


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