Jornal No Meio de Nós - Edição 249 - maio de 2019

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 21 | Edição 249 | Maio de 2019

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Danilo Cordeiro é ordenado diácono em Junqueirópolis Fotos: Pascom | Paróquia Santo Antônio de Junqueirópolis

Milhares de fiéis assistem encenações da Paixão de Cristo Durante a Semana Santa, um momento que emociona os fiéis católicos é a memória da Paixão e Morte de Cristo e, na Diocese de Marília, a arte se faz presente em diversas cidades, onde esses momentos são retratados, por meio de encenações teatrais. Milhares de fiéis, ao longo de todo território diocesano, reuniram-se para acompanhar os últimos passos de Jesus antes de sua gloriosa Ressurreição. Acompanhe, nesta edição, informações sobre a celebração da Semana Santa e algumas dessas encenações. Páginas 8 e 9

Assembleia da CNBB reúne 300 bispos em Aparecida

Diácono Danilo Cordeiro é ordenado na Igreja onde recebeu os sacramentos da iniciação à vida cristã

A comunidade católica de Junqueirópolis se alegrou com a ordenação diaconal do seu filho, Danilo Cordeiro Silva. A cerimônia ocorreu no dia 26 de abril, na igreja matriz de Santo Antônio, onde ele recebeu os sacramentos da iniciação à vida cristã. Presidida pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini,

a missa contou com a presença de dezenas de sacerdotes, seminaristas e também de familiares e amigos de cidades onde Danilo realizou seus estágios pastorais e de toda a Diocese. Como lema de seu ministério diaconal, Danilo escolheu “Eu vos chamo amigos (Jo 15,15)”. “Ser diácono é exercer o minis-

tério do próprio Cristo”, afirmou. O neo-diácono reside em Irapuru desde dezembro do ano passado e desempenhará seu ministério diaconal na Paróquia Santa Genoveva e também na Paróquia São José, de Flora Rica, auxiliando o Pe. José Ferreira Domingos. Página 11

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

Dom Frei José Gilson, bispo diocesano de Erexim (RS), afirma que o trabalho é o que distingue o homem das demais criaturas

Pe. Ivã Luis de Oliveira Baisso aborda a santificação do tempo, por meio do trabalho cotidiano

Aparecida Piovan, de Marília, fala sobre as mães que trabalham e rogam a Deus pelos seus filhos

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Foto: Daniel Flores | CNBB

Dom Luiz (à direita) com bispos da Província de Botucatu

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ENFOQUE

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A 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ocorreu do dia 1º ao dia 10 de maio. Durante o evento, os bispos atualizaram as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) para o quadriênio 2019 a 2023 e elegeram a nova presidência da entidade.

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Mulheres participarão do sétimo encontro diocesano O Centro Universitário de Adamantina (Unifai) sediará, no dia 26 de maio, o 7º Encontro Diocesano de Mulheres. Neste ano, o tema refletido será “A vocação Divina da Mulher” e quem falará sobre o assunto será Ângela Maria dos Santos, da Comunidade Alpha e Ômega. Página 16


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

Maio de 2019

Editorial Trabalhadores de todas as horas

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iariamente, alternamse em nossas cidades os ciclos de trabalho e descanso. Ao cair da tarde, o trânsito diminui, os trabalhadores voltam para suas casas, as ruas e calçadas ficam vazias. Aos poucos, as luzes das casas se acendem e, em muitas delas, a solidão do dia-a-dia dá lugar à reunião familiar. Mais um pouco

de tempo se passa e a maioria das pessoas já está dormindo. A maioria, mas nem todos! Há sempre aquele que permanece acordado para cuidar de um enfermo num leito hospitalar ou residencial; há também o operário que realiza os reparos nas vias de circulação quando já não há movimento, o vigilante noturno que trabalha pela segurança pública, a

mãe que vela o sono de seu bebê ou simplesmente eleva uma prece no silêncio da noite pelo filho distante. Há ainda aqueles que quase sempre são esquecidos, mas que incessantemente estão prostrados diante de um sacrário, implorando ao Senhor o dom da paz e da segurança aos que labutam. Eis a beleza da Criação: em algum lugar do mundo há alguém vigiando

pelo bem-estar do próximo, seja física ou espiritualmente. Oração e trabalho não são realidades excludentes, mas destinadas ao mesmo fim: a salvação da humanidade. Ao comemorar o dia do trabalho, o Informativo NO MEIO DE NÓS traz à mente todos os ofícios que dignificam a vida humana e cooperam na santificação do tempo. Ora et Labora!

Enfoque Trabalho e dignidade humana Ilustração: Vitor do Prado Nunes Simão

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DOM FREI JOSÉ GILSON, OFMCap

niciamos o mês de maio com a comemoração do dia do trabalho. Do ponto de vista histórico, o trabalho é algo antigo, tanto quanto a presença do ser humano sobre a face da terra. Infelizmente, ao longo da história, o trabalho, que constitui uma dimensão fundamental da existência do homem e da mulher sobre a terra, muitas vezes, foi usado não como meio para dar dignidade à pessoa, mas como forma de opressão, humilhação e escravidão, que deixaram feridas nos corações das pessoas e na me-

mória histórica das nações. O ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, é chamado ao trabalho, que lhe dá a possibilidade de ganhar o pão de cada dia com as próprias mãos. Não só o pão que mantém vivo o corpo, como também o pão da ciência, do progresso, da civilização, da cultura, da educação que não se contenta apenas com as estatísticas, mas em preparar os jovens para a inclusão social por meio do mercado de trabalho. A realidade do mundo do trabalho está sujeita à conjuntura econômica nacional e internacional. Porém, não podemos esquecer

que é feita de pessoas, e o trabalho é uma das características que distinguem o ser humano do resto das criaturas, quanto à manutenção da vida. O desenvolvimento e o progresso de uma nação estão intimamente ligados à sua capacidade de oferecer trabalho às pessoas. Quando esta capacidade esmorece, o povo e a sociedade padecem. Que as comemorações do dia do trabalho nos levem a refletir sobre o direito ao trabalho e a dignidade de vida dos trabalhadores.

Dom Frei José Gislon, OFMCap, é bispo diocesano de Erexim (RS)

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO: Pe. Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@ yahoo.com.br | DIAGRAMADOR: Diácono Danilo Cordeiro - MTB nº 86878/SP | CONSELHO EDITORIAL: Pe. Tiago Barbosa, Diácono Danilo Cordeiro e Márcia Welter | ILUSTRADOR: Vitor do Prado Nunes Simão | REVISÃO: Pe. Tiago Barbosa | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.net.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes


NO MEIO DE NÓS

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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo Maria: modelo eclesial para a missão DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

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Papa Francisco nos ensina: “A Igreja é realmente viva se é materna, missionária e se vai ao encontro do próximo” (Twitter, 21/10/2017). Realmente, faz-se necessário relembrar, que existe um estilo mariano na atividade evangelizadora da Igreja. “Porque sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto. Nela, vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam maltratar os outros para se sentir importantes” (EG 288). O Concílio Vaticano II chamou a atenção para que “todos os filhos da Igreja tenham consciência viva das suas responsabilidades para com o mundo e fomentem em si um espírito verdadeiramente católico” (AG 36). Neste mês de maio, em que, como de costume, veneramos Maria, a mãe de Jesus, de um modo especial, descobrimos nela a dinâmica

Bispos, padres e diáconos celebram Pascoela No dia 29 de abril, o clero diocesano se reuniu para a confraternização da Páscoa. A Pascoela, como é conhecida, ocorreu em Adamantina, na Chácara dos Padres. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, ofereceu a cada ministro ordenado uma publicação sobre o Mês Extraordinário Missionário, que ocorrerá em outubro. O momento de confratenização contou com a presença do bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini, que também falou ao clero. Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Clero se reuniu em Adamantina, na Chácara dos Padres

de justiça e ternura, de contemplação e de caminho para os outros, que faz dela um modelo eclesial para a missão. Nós veneramos Maria porque ela sempre esteve unida a seu filho Jesus Cristo. Ela é testemunha do mistério da Encarnação: “Chegada a plenitude do tempo Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher” (Gl 4,4-6). Ela acompanhou a vida pública de Jesus, recordemos sua presença nas bodas de Caná (Cf. Jo 2,1-12). Esteve especialmente unida a Jesus junto à sua cruz (Cf. Jo 19, 25-27). Estes momentos mostram como Maria tem seu lugar todo especial nos desígnios de Deus e na História da Salvação. Por isso nós a veneramos e vemos nela o modelo da Igreja em missão. Das 64 paróquias de nossa Diocese, 28 trazem o título mariano; tendo Maria como padroeira de quase metade das paróquias. Entre estas paróquias, temos três santuários dedicados a Maria: Nossa Senhora da Glória, em Ma-

rília, Nossa Senhora de Lourdes, em Garça e Nossa Senhora de Fátima, em Dracena. Tendo Maria como modelo eclesial queremos ser, cada vez mais, uma “Igreja em saída”, isto é, uma Igreja missionária. Temos necessidade de transmitir a fé às novas gerações, com novos métodos e novo ardor. Tudo isso será possível se houver uma articulação coordenada por um Conselho Missionário Diocesano (Comidi) que se dedica a essa causa. As famílias são os locais privilegiados para a transmissão da fé, mas também devemos ser Igreja que vai em missão para novos ambientes e lugares a serem evangelizados. Coloquemos nossa Diocese e nosso Plano de Pastoral Diocesano sob a proteção de Nossa Senhora. Que ela interceda por nossa Igreja e seja nossa inspiração a fim de que sejamos fiéis ao Evangelho. Que a nossa devoção a Maria nos ajude a sermos a Igreja de Cristo em missão no mundo.

AGENDA DO BISPO 01 a 10/05 – 57ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida. 12/05 – Missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Fragata, em Marília. 13/05 – Missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Jóquei, em Marília. 14/05 – Reunião da Sub-Região de Botucatu no Seminário Diocesano Rainha dos Apóstolos. 15/05 – Visita à Creche Dona Maria Leonor, em Garça. 16/05 – Reunião com a Diretoria da Escola Diaconal São Lourenço | Terço no Lar São Vicente de Paulo, em Marília. 17/05 – Ordenação Diaconal do Seminarista Vitor Hugo Pinheiro, em Lucélia. 18/05 – Encontro com coordenadores dos Conselhos Paroquiais de Pastoral (CPP’s), em Adamantina | Formação com Mesc da Região Pastoral III. 19/05 – Formação e encontro com as esposas dos candidatos ao Diaconado Permanente. Formação com Mesc das Regiões Pastorais II e I. 21/05 – Reunião do Caed. 22/05 – Reunião do Conselho Diocesano de Formação. 23/05 – Reunião do Colégio de Consultores. 24/05 – Instalação da Paróquia São Francisco, em Adamantina. 25/05 – Reunião do Conselho Gestor da Caritas Diocesana, em Tupã | Crisma na Paróquia São Pedro, em Paulicéia. 26/05 – 7º Encontro Diocesano de Mulheres, em Adamantina. 27 a 31/05 – Retiro Anual do Clero, em Agudos.


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| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade Flores, sinal de nossa devoção e amor PE. ANDERSON MESSINA PERINI

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uso de flores é um dado cósmico e cultural presente em todo mundo. As flores estão presentes em diversos momentos da vida: na alegria, como nascimentos, aniversários, noivados, casamentos, festas familiares; nos momentos dolorosos, como doenças, velórios, enterros; e nos momentos sociais, inaugurações, homenagens, arranjos para dias de festa. As flores são usadas como enfeites, mas também como presentes, expressão de nosso apreço, consideração, amor, carinho, saudade. Elas dizem mais do que palavras. Conseguem despertar e exprimir sentimentos tão profundos e tão diversos, tais como: alegria, satisfação, felicidade, alívio, gratidão, carinho, prazer, amor, vida, esperança, solidariedade, saudade, desejo de continuar juntos. Despertam nossa sensibilidade e tocam o nosso coração. No contexto religioso popular, as flores têm um papel fundamental de enfeite e oferenda. Quantas são as pessoas que levam flores às igrejas e as colocam no altar, aos pés da cruz ou junto ao seu santo de devoção, como expressão de fé, esperança e de amor! Na Bíblia, as flores são sinais da fragilidade da vida (Cf. Sl 103,15; Is 40,6); são também de felicidade e de santidade (Cf. Sl 72,7; Nm 17,17-23; Eclo 39,13ss; Tg 1,10; Mt 6,28ss). Na tradução da bíblia grega para latim, em lugar de broto, traduziu-se por flor da raiz de Jessé (Cf. Is 11,1). No Cântico dos Cânticos (2,1-2), as flores são expressão do amor marital que une a Igreja ao seu Senhor. O encontro de Jesus e Maria Madalena na manhã de Páscoa retrata essa ideia dos cânticos, o qual o Senhor Ressuscitado é confundido com o jardineiro. São João retrata o jardim do sepulcro como figura do jardim do Paraíso. O novo Homem, Jesus, e a nova Mulher, a Igreja, que Maria Madalena representa, são princípios de um mundo novo, o desejo de Deus que quer transformar o mundo no novo Paraíso.

Na Liturgia, as flores são previstas nas normas como ornamento e enfeite. Sua menção é explícita no Rito de Dedicação de Igreja e Altar, que depois da unção, incensação e da iluminação, na preparação do altar para a liturgia eucarística, deve-se enfeitar com flores. Para outros momentos litúrgicos, o uso de flores não é mencionado explicitamente. Sua referência é implícita na menção de ornamentos. Por exemplo, na Quinta-feira Santa, a capela onde ficará o Santíssimo Sacramento ficará em adoração, faz a referência à ornamentação. O Diretório Litúrgico afirma que durante a Quaresma é proibido ornamentar o altar com flores e, que durante o Advento, pode-se fazer o uso com sobriedade e moderação. Seu uso na liturgia tem poucas normativas, mas na prática pastoral é o adorno principal. As flores fazem parte da liturgia e dão tom de solenidade e alegria para qualquer celebração. Elas são expressão do nosso amor a Jesus Cristo, a nova aliança, sinal da sua vitória sobre o pecado e a morte e da vida nova trazida pela Páscoa que somos chamados a participar. Por fim, existe na seção do Ritual de Bênção chamado “Bênção de objetos que favoreçam a devoção do povo cristão” que prevê a bênção de flores por intercessão da Virgem Maria ou dos santos e se sugere leituras bíblicas que nos ajuda a aprofundar este símbolo.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

A santificação do tempo por meio do trabalho Pe. Ivã Luis de Oliveira Baisso

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o dia 1º de maio a Igreja celebra a memória de São José Operário, instituída em 1955, pelo Papa Pio XII. Tal celebração muito nos diz ainda hoje, pois, a partir do exemplo do carpinteiro de Nazaré, todos somos chamados à colaboração com Deus em sua obra de santificação do mundo. Alguma vez nos questionamos sobre o modo que podemos auxiliá-lo? Em primeiro lugar, é preciso que haja uma justa orientação para aquilo que realizamos. Sendo assim, podemos refletir a partir do primeiro versículo do Salmo 126: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigiam as sentinelas”. Este salmo possui estreita unidade com o salmo 125: ambos cantam a reconstrução de Jerusalém após o Exílio da Babilônia (597-538 a.C.). Nesse contexto, apercebe-se o salmista que todo o processo de reconstrução, se não orientado para a glorificação de Deus, torna-se vazio e, portanto, destinado ao fracasso e à destruição. Se as obras humanas não são orientadas para Deus – mesmo com o desenvolvimento de novas tecnologias; do crescente processo de globalização e capacitação do ser humano – tudo o que é realizado torna-se vazio e sem sentido. Não seria essa a causa de boa parte dos males de nosso tempo? De fato, necessita o ser humano de um sentido para tudo o que realiza, pois ao ser criado por Deus e destinado ao Céu, “[...] tem em si uma sede de infinito, uma saudade de eternidade, uma busca de beleza, um desejo de amor, uma necessidade de luz e de verdade, que o impelem rumo ao Absoluto; o homem tem em si o desejo de Deus” (Bento XVI). Sem a orientação para Deus impera na sociedade o mal-estar, o vazio. Visto que o sentido último da existência do homem é o próprio Deus, sua vocação primeira consiste em colabo-

rar com Ele no governo da criação (Cf. Gn 1,26), e fá-lo por meio do trabalho. Contudo, o pecado original, além de ter corrompido o ser humano, tornou o trabalho uma maldição, causadora de sofrimentos (Cf. Gn 3,19). Diante dessa situação, a resposta divina é redimir o ser humano e, a partir dele, o trabalho. Assim como a redenção da humanidade se concretiza a partir da Encarnação do Filho de Deus, nosso Senhor, também a redenção do trabalho se inicia quando o mesmo Verbo Encarnado se faz “Filho do carpinteiro” (Cf. Mt 13,55), submetendo-se ao trabalho na carpintaria de Nazaré. Esta é a admirável obra da salvação: o artífice do mundo, ao assumir a carne humana, aprende de São José o ofício de carpinteiro; enquanto o Justo José, ao exercer seu trabalho, orienta sua vida em função do mesmo Senhor. Dessa forma, o “cristianismo procura fazer permear, em certo sentido, o trabalho com uma vida nova mediante a aliança misteriosa entre o agir humano e aquele providencial de Deus que se realiza no aperfeiçoamento da natureza mediante a atividade laboriosa. Torna-o meio de santificação e de oração, de participação na obra criadora e redentora do Verbo no sofrimento-alegria do trabalho, realizando de tal modo ‘a mística pascal do trabalho’ [...] O trabalho torna-se deste modo — juntamente com a oração — o caminho da santificação do homem; o que foi expresso pelo grande Patrono da Europa, São Bento, no seu bem conhecido lema ‘Ora et labora’” (João Paulo II). Em São José encontramos a mais perfeita síntese dessas duas realidades – a oração e o trabalho –, pois, ao orientar-se a Deus, fez de seu trabalho uma prece silenciosa em palavras, mas rica em significado. Seja para manifestar a glória de Deus o trabalho realizado por nossas mãos! Pe. Ivã Luis de Oliveira Baisso é administrador paroquial de São João Batista, de São João do Pau D’Alho, e de Nossa Senhora Aparecida, de Nova Guataporanga


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Teologia e Pastoral Mãos que rezam, trabalham e cuidam

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Foto: Internet

APARECIDA PIOVAN

ãe, palavra pequena, mas com milhões de significados! Temos, neste sentido, exemplos de milhares de mulheres que trabalham em casa para conforto de seus filhos, esposo e toda a família, e, com garra e determinação, trabalham fora para ajudar financeiramente seu lar. A mão de uma mãe que luta, lava, passa, cozinha e limpa sua casa, muitas vezes precisa deixar seus filhos para trabalhar fora. Diante de tal realidade, com o coração despedaçado ao deixar seus pequenos sob os cuidados de outros, pois precisa ajudar no orçamento de casa, encontra um tempinho para juntar as mãos e rezar e, em oração, pede ao Senhor Deus que cuide de seus filhos! Mães que, por muitas vezes, não encontram creches para suprir as necessidades, acabam recorrendo à ajuda de familiares e amigos para confiar a responsabilidade do cuidado para com

Mães sempre elevam suas mãos para o alto e rogam a Deus pelos seus rebentos

os menores. Existem também aquelas mulheres mães que, na ausência de tais pessoas, se veem obrigadas a deixar seus filhos sozinhos em casa ou, ainda, num cantinho de seu próprio trabalho. Estas mulheres, diariamente, elevam suas mãos para o alto e rogam a Deus para que Ele vele pelos seus rebentos sozinhos em casa. Temos, também, aquelas mães que, sozinhas, criam seus filhos; muitas ve-

zes passam necessidades ou até mesmo fome, tendo como alimento as sobras que ganhou das mesas de onde trabalham. Mesmo nesta esfera de dificuldades, essas mulheres, com gratidão, encontram tempo para rezar agradecendo a Deus por providenciar o necessário para suas famílias. Há, ainda, as mães que, na dura lida da vida, ensinam aos filhos onde devem andar, mas os filhos, por escolhas

O ciclo das políticas públicas

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DIOGO CESCHIM

processo – ou ciclo – das políticas públicas é composto por diferentes fases: 1) percepção e definição da agenda; 2) formulação da política; 3) tomada de decisão; 4) implementação; 5) avaliação dos resultados obtidos. Toda política inicia seu ciclo com a identificação de um problema. Tomemos como exemplo algo recorrente na área da saúde pública: a falta de medicamentos de uso controlado. A insatisfação diante desta carência é determinante para que o problema entre na pauta do governo. Identificado o problema, é necessário buscar soluções que visem saná-lo. Neste momento, os agen-

tes públicos e sociais se reúnem e propõem soluções que acreditam ser mais viáveis para solucionar a dificuldade. Voltando ao nosso exemplo, o gestor decide escolher, entre muitas alternativas, a criação de um programa de parcerias com laboratórios farmacêuticos para a produção adequada à demanda. A próxima etapa é a implementação da política pública. Nessa fase, ela sai do papel e se torna algo concreto. No caso do programa de medicamentos, o órgão público dá o aval para a produção e distribuição dos medicamentos em falta nos hospitais e farmácias públicas. A última etapa do ciclo é a avaliação, quando os atores sociais respondem se a política é boa ou não, apontando falhas e propondo

intervenções e melhorias. É importante ressaltar que a participação da população é essencial para o sucesso, ou não, de uma política pública. O que a Campanha da Fraternidade deste ano nos pede é que tenhamos a consciência de que nossa participação é imprescindível na construção de uma sociedade cada vez mais justa e digna. Dessa forma, asseguraremos, de fato, um Reino de direito e justiça a quem mais precisa, como nos orientou o próprio Cristo, em Jo 10: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Diogo Ceschim é membro da equipe diocesana da Campanha da Fraternidade

próprias, se desviam do caminho e vão parar nas prisões. Elas, com o coração sangrando, vão visitar seus filhos e, com suas mãos, por vezes calejadas, prepararam alimentos para levar aos cárceres. Essas, diariamente, elevam as mãos para os céus e, em suas orações, pedem para que Deus liberte seus filhos. Todos estes exemplos de mães se unem e, semanalmente, oram pelos seus filhos na certeza de que o amor “é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor 13, 4-7). A tais mulheres, feliz Dia das Mães! Continuemos rezando pelo maior tesouro que Deus nos deu: nossos filhos. Aparecida Piovan é do Movimento Mães que oram pelos filhos, da Paróquia Santa Antonieta, de Marília.

ANIVERSARIANTES

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ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 01/05 - Pe. Sérgio Luiz Roncon - Bastos; 03/05 - Pe. Adeflor Xavier Pereira Junior - Marília; 05/05 - Pe. Ângelo José Biffi - Dracena 10/05 - Frei Roberto Luiz dos Santos, OFM Marília; 10/05 - Pe. Tiago Aparecido de Souza Barbosa; 12/05 - Pe. Wagner Antonio Montoz - Marília 15/02 - Pe. Márcio Antônio de Souza, CJS - Marília 16/05 - Pe. Márcio Roberto Rios Martins - Tupã; 23/05 - Pe. Júlio Pereira de Souza Neto - Marília; 23/05 - Pe. Willians Roque de Brito - Marília; 26/05 - Pe. Tony Funabashi Takuno - Garça | Álvaro de Carvalho. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL 26/05 - Frei Cláudio Moraes Messias, OFMCap Dracena.


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ERA UMA VEZ...

Diocese

O pregador

Proposta nova para jovens, Nárnia reúne universitários em Marília

Era uma vez um jovem que pregava o Evangelho nos trens. Certo dia, encontrou um homem muito valente e ameaçou fazê-lo parar de pregar porque o estava incomodando. O jovem insistiu e teve a sua Bíblia arrancada das mãos e lançada pela janela do trem. Esse referido pregador ficou transtornado e triste porque achou que Deus não poderia permitir que alguém tivesse tomado tal atitude, já que estava pregando a Palavra de Deus. Esse jovem pregador passou por um longo período de desânimo espiritual por não entender o que lhe sucedera e achar que Deus não poderia permitir que aquele homem tirasse de suas mãos aquela Bíblia e a lançasse fora como um sinal claro de blasfêmia. Algum tempo depois, veio a resposta para edificar a fé daquele (ex) pregador... À beira da linha férrea, naquele mesmo dia, estava um homem desgostoso da vida por ter se embrenhado no vício e no crime. Desprezado pelos familiares que não queriam nem ter notícias suas devido ser fugitivo da polícia, naquele dia decidiu dar fim à vida e caminhava à beira da linha férrea esperando o momento de se jogar embaixo do trem. Mas aquela Bíblia voou pela janela do trem e atingiu exatamente o eminente suicida. A Bíblia bateu no homem e caiu aberta no chão. O homem, vendo aí um claro sinal de Deus, deixou-se envolver pela leitura da Palavra de Deus e desistiu de seu intento, vindo a se converter ao Cristianismo, tendo, logo depois, a sua vida transfor-

mada e sendo muito grato por tamanho amor e misericórdia de nosso Deus. E o jovem pregador? Pois aquele pregador que estava desanimado já nem queria ir à Igreja, foi convidado para ouvir um testemunho de um homem que havia se convertido depois de ter vivido no crime e nas drogas. Deus havia feito uma grande obra na vida dele. Sua surpresa foi grande quando o homem relatou que havia se convertido através de uma Bíblia que voara maravilhosamente da janela de uma vagão de trem e estava em seu poder. Nela, constava o nome de uma pessoa e ele guardava esta Bíblia no desejo de um dia encontrar o dono. E assim o pregador nem esperou terminar o testemunho e se dirigiu ao irmão para saber se era o seu nome que constava naquela Bíblia. O pregador confirmou ser sua aquela Bíblia e ele relatou o que havia acontecido e falou que agora sim podia entender que Deus prevaleceu, a sua Palavra prevaleceu, a vida prevaleceu e que “operando Deus, quem impedirá?”

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dia 11 de abril marcou o início de uma nova experiência de fé para os jovens universitários da cidade de Marília. Nessa data, foi realizada a primeira edição do Nárnia Worship, uma iniciativa do Projeto Sacramix, em parceria com a Célula Yeshiva da Comunidade Colo de Deus e dos grupos que atuam nas Universidades, como Grupo de Oração Universitário da RCC (GOU) e Grupo de Universitários Evangélicos (Unicristo). O encontro, com músicas de louvor, contou com a participação de cerca de 60 pessoas, que se reuniram na Mansão Eventos, no campus universitário. A coordenadora Janine Oliveira informou que a iniciativa se estendeu para outras denominações religiosas. “Focamos em fazer um movimento cristão. Promovemos uma noite de louvor e adoração através da música, com pequenas ministrações, com um ministério composto por músicos católicos e também evangélicos”, contou. Durante o encontro, houve vários testemunhos de universitários. “Inclusive fomos surpreendidos pelo testemunho de uma pessoa que ouviu nosso louvor do apartamento dela e nos agradeceu, pois disse que sentiu a presença muito forte de Deus em sua casa”, contou Janine. Alguns universitários contaram que encontraram um novo sentido para suas vidas, a partir do Nárnia. “Há um tempo atrás, eu me afundei na depressão, perdi todo o sentido de viver, parei de tocar, de servir, vendi meus instrumentos, equipamentos. Por meses eu coloquei uma máscara no rosto e fui trabalhar, sorrindo para as pessoas, mas por dentro estava morto. Dormia 12, até 18 horas seguidas. Passei a viver como se Deus não existisse. O vazio era

imenso. Tomei vários medicamentos, fiz vários tratamentos. Hoje, acordei sentindo algo diferente, não só pelo que aconteceu ontem, mas pelo que vejo no caminho à frente, olhando todos vocês”, revelou uma pessoa, no Instagram. Outra comentou que uma pessoa, que pensou naquele dia em tirar a própria vida, participou do encontro e, ao final, recebeu um abraço e a afirmação de que tinha valido a pena participar, pois reencontrou a alegria de viver, que é Jesus Cristo. O Nárnia Worship nasceu com o objetivo de propor uma Igreja em saída. “Começou com o desejo do nosso coração para fazer algo para os jovens, que vão à Igreja, que nunca foram ou não vão mais. Porém, em um formato diferente do que eles já conheciam ou tinham ouvido falar”, relembrou Janaína. Quanto ao nome do projeto, o DJ Tau, que também está envolvido nesta iniciativa, explicou que Nárnia é popular tanto na literatura, quanto no cinema e esta geração de jovens já teve contato com a obra, que remete ao universo cristão. “Como queremos atrair jovens universitários, achamos esta uma boa linguagem, sem estereótipos religiosos, mais poético e conceitual”, comentou. Tau lembrou que o projeto foi desenvolvido pensando-se na Geração Z, os nascidos de 1995 a 2010, e se tornará o maior grupo populacional do planeta ainda este ano. “Em 2020, já ocupará mais de 20% dos postos de trabalho, demandando mudanças contundentes, tanto nas estruturas e processos corporativos, quanto nas relacões profissionais”, relatou. A proposta é realizar o Nárnia Worship uma vez por mês e o segundo encontro está marcado para 16 de maio. Toda divulgação está sendo feita pelo Instagram @encontrenarnia. Foto: Vinih Cruz

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis

Primeira experiência do Nárnia Worship reuniu cerca de 60 jovens, na Mansão Eventos, no campus


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Fiéis celebram Festa da Misericórdia com adoração

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Festa da Misericórdia foi celebrada, em todo o mundo, no II Domingo da Páscoa, dia 28 de abril. Na noite do sábado, em Adamantina, a Comunidade Alpha e Ômega promoveu o Luau da Misericórdia na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, onde estiveram reunidas cerca de 400 pessoas. Dias antes, os fiéis puderam participar de um tríduo em preparação à festa. No dia do Luau, cada participante fez a doação de um litro de leite, sendo que a arrecadação foi doada ao PAI (Polo de Atividades Integradas) Nosso Lar, de Adamantina, e também enviada para Matão (SP), onde fica a sede da Comunidade Alpha e Ômega. O seminarista Jean Pedro de Jesus Paula participou do Luau com jovens de Mariápolis e contou que pôde constatar um verdadeiro encontro dessa juventude com Deus e com seu amor misericordio-

Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Em Adamantina, centenas de fiéis se reuniram para o Luau da Misericórdia

so. O pregador convidado para participar do Lual foi Lucas Ferreira, de Marília, e ao final do evento, o Pe. Paulo Joaquim de Souza, de Adamantina, concluiu com a bênção do Santíssimo Sacramento. Em Lucélia, o Mosteiro da Divina Misericórdia, que tem à frente os monges da Divina Misericórdia, recebeu, ao longo do dia, centenas de fiéis, que tiveram momentos de adoração e participa-

ram da Santa Missa da Festa da Divina Misericórdia no período da manhã. Um momento de destaque do dia foi a bênção solene do quadro de Jesus Misericordioso. Os fiéis também recitaram o Terço da Misericórdia, às 15h, e puderam fazer confissões ao longo do dia. Além de cidades da Diocese de Marília, o evento também contou com a participação de fiéis de outras localidades, uma vez que

a Festa da Misericórdia já é celebrada há alguns anos no Mosteiro de Lucélia. Muitos desses fiéis consideram o local propício para a oração silenciosa e contemplativa, e, dessa maneira, experimentam uma maior interiorização. Outra festa já tradicional ocorreu em Dracena, promovida pela Sociedade Irmãos da Misericórdia (SIM), o evento reuniu 529 pessoas da cidade e de toda a região. Os fiéis estiveram reunidos nos dias 27 e 28 de abril. Matheus Fernandes Possari, de Dracena, destacou a alegria que contagiou todos os participantes. “Eu vivi uma experiência com a misericórdia divina que me fez querer estar a cada dia mais firme na minha decisão de permanecer no caminho de Jesus”, garantiu Mayara Bonine Marinho Conde, de Dracena, outra participante da Festa da Misericórdia em Dracena.


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Destaque Diocese celebra o Mistério da Páscoa de Nosso Senhor Durante a Semana Santa, os fiéis católicos revivem os últimos dias de Jesus antes de sua gloriosa ressurreição. Do Domingo de Ramos até o Domingo de Páscoa, diversas atividades levam as pessoas a refletirem o Mistério de Cristo. Fotos: Gustavo Uriel Pascom Diocesana | Catedral Basílica de São Bento Abade

Acima, Missa dos Santos Óleos e, abaixo, Missa do Lava-pés

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Semana Santa, tradição católica que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo, inicia-se no Domingo de Ramos — quando se faz memória à triunfal entrada de Jesus em Jerusalém — e termina com a Ressurreição de Jesus, que ocorre no Domingo de Páscoa. Nesse período, os fiéis são convidados a participar de diversos momentos marcantes, repletos de simbolismos. Na Terça-feira Santa, uma celebração reuniu todo o clero diocesano em Tupã. A Missa dos Santos Óleos ocorreu na matriz de São Pedro Apóstolo e foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Na ocasião, ele fez a bênção dos óleos dos Enfermos e dos Catecúmenos, e a consagração do óleo do Crisma, que serão utilizados, durante o ano, nas igrejas e hospitais da Diocese de Marília. Após a bênção, os óleos foram distribuídos a representantes de todas as paróquias da Diocese, que foram até o bispo acompanhados de seus párocos e vigários. Outro momento de destaque da celebração foi a renovação das promessas sacerdotais, feitas por todos os padres. Em Marília, na Quinta-feira Santa, Dom Luiz presidiu a missa da Ceia do Senhor com o gesto de Lava-pés, celebrada na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, no dia 18 de abril. A celebração contou com a participação de integrantes da Pastoral dos Surdos. Dom Luiz lavou, um a um, os pés dos surdos. O bispo diocesano fez o mesmo gesto no período da tarde, porém com os idosos que residem no Asilo São Vicente de Paulo. De acordo com o assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, Pe. Anderson Messina Perini, é durante a Semana Santa que os fiéis católicos celebram o principal mistério de sua fé, que é o mistério pascal. “A Semana Santa é um verdadeiro retiro espiritual, no qual fazemos o encontro com Jesus Cristo, que passa pela Paixão, Morte e Ressurreição”, comentou. Monsenhor Nivaldo Resstel, de 85 anos, já celebrou quase 60 Páscoas como sacerdote. Ele lembrou que todo cristão deve saber o significado e a importância da Semana Santa. “O Tríduo Sagrado começa na Quinta-feira Santa, com a

última ceia, em que Jesus dá o mandamento do serviço, ao lavar os pés dos discípulos, e institui a Eucaristia e o sacerdócio”, recordou. O sacerdote, que atualmente reside em Marília, lembrou que o Evangelho de São João traz todas as informações sobre o sofrimento enfrentado por Jesus, mas que existem dois focos: “aquilo que aconteceu e o que esse fato nos traz, que são os mandamentos do amor, do serviço, e a salvação”. No Sábado Santo, os fiéis permanecem em vigília, como que velando Jesus. E no Domingo de Páscoa ocorre a grande festa, em que se celebra sua presença viva no meio de nós. Sendo assim, Páscoa significa nova aliança, novo sacerdócio, novo povo, a passagem de uma realidade para a outra, do antigo para o novo, daquilo que Deus prometeu, o mistério de Jesus Cristo. Monsenhor Nivaldo fez referência a Santo Agostinho, que para falar da vida, da Páscoa e da beleza da Eucaristia, dizia: “Oh, que beleza maravilhosa; sempre antiga, sempre nova”. “A cada ano, o cristão vive o mesmo mistério, mas cada vez que se celebra, torna-se novo”, disse ele, que foi ordenado sacerdote em 19 de dezembro de 1959, em Marília. Já neste ano, o Pe. Edson Barbosa celebrou sua primeira Semana Santa e sua primeira Páscoa como sacerdote. Ordenado em dezembro do ano passado, ele atua na Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis, e comentou que celebrar a Páscoa foi uma experiência rica e, ao mesmo tempo, desafiadora. “Por mais que se conheça o rito, não é a mesma coisa quando se preside a celebração e se coloca à frente, para celebrar junto com o povo. E o que mais me chamou a atenção foi ver a piedade do povo diante do mistério celebrado”, ressaltou. O Pe. Edson foi convidado para auxiliar o Pe. José Ferreira Domingos nas cidades de Irapuru e Flora Rica. Sendo assim, desde o Domingo de Ramos, ele se dividiu entre essas duas comunidades e também a sua paróquia. “Um momento que me marcou foi o da prostração e silêncio, na Sexta-feira Santa. Lembrei-me de minha recente ordenação e pude fazer novamente a experiência de esvaziamento de Deus”, finalizou o novo sacerdote.


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Encenações da Paixão de Cristo emocionam milhares de fiéis Já é tradição, em muitas paróquias da Diocese de Marília, a encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Em Marília, o espetáculo, trazido pela Paróquia Santa Rita de Cássia, completou 25 anos em 2019 e, para celebrar o jubileu, foi inserida à encenação a passagem da multiplicação dos pães e dos peixes.

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ma forma que os fiéis têm de vivenciar a Semana Santa é assistindo as encenações da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Trata-se de uma manifestação artística da fé, que leva milhares de expectadores a palcos montados em praças públicas, cenários muitas vezes criados pela própria natureza. Reunir a família para assistir ao Teatro da Sexta-feira Santa já se tornou tradição para muitas pessoas. Em Marília, o mais tradicional espetáculo ocorre na Paróquia Santa Rita de Cássia, que começou há 25 anos. O local continua o mesmo, o Parque do Povo, mas do primeiro espetáculo até hoje, muita coisa mudou. “Começou em cima de um caminhão, em um local gigantesco. Hoje, o trabalho para preparar o evento triplicou, mas o amor continua o mesmo”, disse Sandra Farias, que coordena o espetáculo há seis anos, mas está envolvida com o trabalho há 20 anos. A encenação deste ano ocorreu na Sexta-Feira Santa, dia 19 de abril, e reuniu uma multidão de aproximadamente 10 mil pessoas. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, que costumava enviar vídeo para ser exibido no início do espetáculo, esteve pessoalmente acompanhando o evento deste ano, com autoridades civis do município de Marília. Ele deu início ao evento com uma oração. A equipe que levou emoção ao público presente no Parque do Povo, foi formada por cerca de 250 pessoas, entre atores e pessoal de apoio. A comemoração dos 25 anos ficou por conta de uma cena especial. “Guardamos essa cena para este momento. Trata-se da multiplicação dos pães e peixes. E no momento em que Jesus Cristo fazia seu milagre, todas as 10 mil pessoas presentes recebiam pães. Foi um momento que marcou muito, pois as pessoas partilharam o pão no mesmo instante em que Jesus fazia a multiplicação”, alegrouse Sandra. Em Marília, a encenação conta com a participação de crianças de três anos de idade até idosos de 80 anos. “Esses idosos têm um fôlego enorme e se doam imensamente. É um verdadeiro caso de amor”, comentou. Os ensaios começaram em janeiro, em todos os domingos, e a encenação teve duração de 1h40. As reuniões sempre foram no Parque do Povo, onde o relevo traz um charme especial ao espetáculo. “O teatro é ao ar livre e o cenário tem 80% de paisagem natural. O Monte Calvário, onde Jesus é crucificado, é uma réplica de Jerusalém. E nós não o fizemos assim. Foi a natureza”, concluiu Sandra. Em Adamantina, o cenário é a igreja matriz de Santo Antônio, onde uma equipe de 50 pessoas

prepara o teatro há 14 anos. Lá, quem coordena o espetáculo é Vera Cardoso, que está à frente desde o princípio. Ela contou que, em anos anteriores, a encenação era feita no Domingos de Ramos e que este ano decidiram realizá-lo na Sexta-Feira Santa. “Avaliamos que deu um sentido maior e trouxe mais emoção. Somos muito unidos e todos têm o dever de passar uma mensagem profunda, seja qual for o papel que desempenhe. Todos têm um enorme prazer por essa obra”, contou Vera. Uma das espectadoras em Adamantina foi Rosemary Guimarães, que avaliou: “Acho que quanto mais visual, mais o ser humano consegue compreender as coisas. O espetáculo conseguiu transmitir a sensação de dor, de amor, de paixão, de entender o significado do que Jesus fez por cada um de nós”. Em Dracena, os fiéis se reúnem há nove anos, para assistir ao espetáculo, na praça em frente à Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida. A encenação da Paixão e Morte teve duração de 40 minutos e reuniu cerca de 2.500 pessoas. Talina Barros Morita, uma das coordenadoras, explicou que o objetivo de todos os atores é a conversão dos fiéis presentes, por meio da encenação. Um dos atores foi Roberto Akira Kikuchi, que já foi Pilatos, mas este ano interpretou um soldado. Ele participou da encenação junto da esposa, Taís Virgínia Duarte Kikuchi, que foi Maria Madalena. “Esta foi minha quinta interpretação e, este ano, refleti sobre o que Jesus passou, pois o soldado é um personagem mais ríspido. Considero que é inspiração divina, pois não conheço ninguém que tenha curso de teatro em nosso grupo”, disse ele. Diversas paróquias têm o hábito de envolver os fiéis por meio da arte e as encenações estão crescendo a cada ano, com mais trabalho e pessoas envolvidas. O espetáculo, no entanto, não fica somente com a Sexta-feira Santa. Em Pompeia, como nas demais comunidades da Diocese, a Paróquia Nossa Senhora do Rosário realizou uma extensa programação, desde a procissão e Missa de Ramos e Missa de Encerramento da Campanha da Fraternidade (CF), passando pela Via-Sacra, Procissão do Encontro, Tríduo Pascal e Missa de Páscoa. Na Sexta-feira Santa, a encenação da Paixão e Morte de Cristo reuniu atores na escadaria da igreja matriz. Foram três meses de preparação com ensaios e formações espirituais. O elenco foi montado com os jovens do Acampamento, que tiveram todo respaldo do Pe. Guilherme Massoca Baptista e do seminarista Rafael Capeloci. No dia do espetáculo, fiéis chegaram cedo para assistirem à encenação da Paixão de Cristo.

Fotos: Divulgação

Encenações em Pompeia, Marília, Adamantina e Dracena


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Ministros da Comunhão terão encontros neste mês

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este mês de maio, a Diocese de Marília, por meio da Pastoral Litúrgica, promoverá os encontros regionais para os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (Mesc). Os encontros anuais de espiritualidade e formação para Mesc ocorrerão nas cidades de Garça, Osvaldo Cruz e Dracena. No dia 18, o encontro será realizado na Região III, no Salão dos Vicentinos, em Dracena, e os ministros estarão reunidos das 14h às 19h. Na manhã seguinte, o evento anual ocorrerá na Matriz de São José, no centro de Osvaldo Cruz. E no período da tarde, os ministros extraordinários da Região I se reunirão na Matriz de São Pedro Apóstolo, em Garça. Neste ano, o tema abordado nos três eventos será “Espiritualidade Missionária” e a assessoria será da Pastoral Litúrgica Diocesana e do Conselho Missionário Diocesano (Comidi). “Este tema que escolhemos está em

Foto: Arquivo

Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão da Região II reunidos no ano passado

comunhão com o Mês Extraordinário Missionário, que o Papa Francisco propôs para ser celebrado no mês de outubro. Essa iniciativa terá como inspiração ‘Enviados e batizados para evangelizar o mundo todo’”, lembrou o assessor da Pastoral Litúrgica Diocesana, Pe. Anderson Messina Perini. A expectativa é de que todos os ministros extraordinários compareçam, sendo que, atualmente, existem cerca de

3.000 pessoas nesta função em todo território diocesano. O maior número de ministros está concentrado nas paróquias da Região Pastoral I. O Pe. Anderson fala da participação nos encontros regionais dos Mesc’s: “A importância é o fortalecimento da espiritualidade cristã para aqueles que exercem o ministério da Sagrada Comunhão, que é distribuída aos irmãos, sobretudo

os enfermos. Que eles possam se fortalecer por meio do encontro pessoal com Cristo”. O sacerdote enalteceu também que o encontro é uma oportunidade de confraternização com aqueles que exercem o mesmo ministério na Região Pastoral. HISTÓRIA Foi após o Concílio Vaticano II, de 1962 a 1965, que o Papa Paulo VI autorizou a instituição dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Eles são fiéis leigos cuja missão é facilitar aos celebrantes a distribuição da Sagrada Comunhão em igrejas, capelas, hospitais, aos doentes nas casas e outros lugares, desde que o sacerdote não possa fazer isso. Este ministério deve ser exercido por leigos que tenham uma vida cristã autêntica, sejam maduros na fé e possam servir a Igreja. Além disso, os ministros devem ter uma boa formação doutrinária, pois pode também realizar a celebração da Palavra, ou orientar as pessoas a quem leva a Eucaristia.

Dia do Congregado Mariano será celebrado na Igreja São Miguel O salão paroquial da Igreja São Miguel Arcanjo, em Marília, sediará, no dia 19 de maio, o Encontro das Congregações Marianas da Diocese de Marília. Segundo a coordenação do movimento, são aguardadas aproximadamente 100 pessoas. O encontro terá momentos de oração, louvor e formação, com o tema “Vinde Mãe, em nosso auxílio”. O início será às 8h30 e o término está previsto para as 15h. O período da manhã será dedicado à animação, formação e missa, presidida pelo Pe. Júlio Pereira de Souza Neto. E à tarde, haverá sorteio de brindes, oração do terço e, no encerramento do encontro, os fiéis cantarão o Hino das Congregações Marianas do Brasil. “É uma data muito especial, já que celebramos o Dia Nacional do Congregado Mariano, uma data festiva, que recorda a existência e perseverança das Congregações Marianas, desde o ano de 1563”, comentou Heloísa Pollon, que faz parte da Federação Mariana com a função de secretária.

Foto: Arquivo

Encontro dos Marianos, realizado no ano passado, na cidade de Sagres

456 ANOS No ano de 1563, o padre jesuíta Jean Leunis, professor no Colégio Romano, iniciou uma associação religiosa, que propunha aos seus membros uma vida cristã exemplar e fervorosa, com uma especial devoção à Virgem Maria. “Esta iniciativa começou a ser imitada e seguida em outros colégios dos jesuítas na Europa e também na América, com a denominação de Congregações

Marianas. Em 1583, foi fundada, no Colégio dos Jesuítas, na Bahia, a primeira congregação mariana no Brasil. Porém, com a expulsão dos padres jesuítas do Brasil, em 1759, as Congregações Marianas desapareceram aos poucos, retornando com a volta dos religiosos ao país em 1870, no Colégio São Luís, em Itu (SP). “Somos uma associação religiosa de

456 anos de existência em nível mundial, com a opção de amar e servir a Cristo por meio dos exemplos de Nossa Senhora”, frisou Heloísa. NA DIOCESE Atualmente, na Diocese de Marília, há três congregações na Região Pastoral I, sendo elas em Marília, nas paróquias Sagrada Família, São João Batista e São Miguel Arcanjo. E na Região II há congregações nas cidades de Osvaldo Cruz, Parapuã, Sagres e Salmourão. A Federação Mariana afirma que é possível fundar novas congregações em qualquer paróquia da Diocese de Marília. A equipe diocesana informa que os interessados em conhecer o trabalho ou participar das reuniões das congregações marianas podem entrar em contato com a coordenação da Federação Mariana. Os telefones de contato são (14) 99716-8859 (Paulo Neres Santana) e (14) 99716-3101 (Alessandra Bezerra da Silva).


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Diocese ganha novo ministro ordenado: o diácono Danilo A cerimônia de ordenação diaconal ocorreu em Junqueirópolis, na Paróquia Santo Antônio, onde Danilo recebeu os sacramentos da iniciação à vida cristã. Diversas paróquias, por onde o Diácono Danilo passou quando seminarista, enviaram caravanas para os fiéis participarem da ordenação.

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om Luiz Antonio Cipolini, bispo diocesano de Marília, presidiu a cerimônia na qual Danilo Cordeiro Silva foi ordenado diácono. A ordenação ocorreu no dia 26 de abril, em sua cidade natal, em Junqueirópolis. O novo diácono esteve acompanhado de familiares e amigos na Igreja Matriz de Santo Antônio, onde ele recebeu os sacramentos da iniciação à vida cristã. A emoção tomou conta dos fiéis presentes à cerimônia. Até mesmo de Dom Luiz, que, destacou, em sua homilia, o “sim” professado pelo seminarista para o grau da Ordem. “Que milagre

maravilhoso o teu sim em resposta ao chamado de Jesus. Siga em frente, não tenha medo; Ele, o Ressuscitado, está contigo. Recorra sempre a Maria, a serva do Senhor. Ela intercede e anima os discípulos de seu Filho, que se tornam filhos dela também. Venha somar em nosso clero e eu, te asseguro, como pai e pastor: se trilhares o caminho do amor serviço, você será feliz, muito feliz. E fará muitas pessoas felizes e alargará o Reino de Deus entre nós”. Após a homilia, iniciou-se o rito da ordenação diaconal, no qual o candidato fez os propósitos de guardar o mistério da fé, servir a Igreja, abraçar o celiba-

Fotos: Pascom | Paróquia Santo Antônio de Junqueirópolis

Danilo foi levado ao altar pela Irmã Paola Saggiorato e pelo seu pai, Adibias

Candidato teve momento de prostração durante o rito da ordenação

Bispo designou Danilo a atuar como diácono em Irapuru e Flora Rica

to, progredir na oração e seguir o exemplo de Cristo. Por fim, Danilo prometeu obediência ao bispo diocesano e aos seus sucessores. Logo após a invocação de todos os santos, Dom Luiz impôs as mãos e proferiu a prece, ordenando Danilo diácono. Ele recebeu, então, as vestes diaconais, o livro dos Evangelhos e o Ósculo da Paz do bispo diocesano. A cerimônia toda foi acompanhada por centenas de fiéis, vindos de diversas paróquias, por onde o novo diácono passou como seminarista. De Marília, haviam caravanas das paróquias São Miguel Arcanjo, Santo Antônio, Santa Antonieta, Maria Mãe da Igreja e também das paróquias Santa Genoveva, de Irapuru, e São José, de Flora Rica, onde ele exercerá o ministério diaconal. Danilo comentou que reviveu um pouco de sua história vocacional naquele dia da ordenação. Ele contou que a memória de sua mãe estava muito presente na igreja. Ela faleceu algumas semanas antes da cerimônia de ordenação. “Percebi claramente como Deus encaminhou tudo de forma tão perfeita para que eu chegasse nesse momento”, disse. Sobre a emoção da cerimônia de ordenação, Danilo comentou: “Ser diácono é exercer o ministério do próprio Cristo, vivendo meu lema, ‘Eu vos chamo amigos (Jo 15,15)’. Para mim, é uma graça imerecida, que me desperta para o serviço e o amor”. O pai, Abidias Cordeiro Silva, entregou seu único filho à Igreja de Cristo e afirmou que isso foi um prazer. “Desde pequeno, ele demonstrava o interesse em seguir esse caminho. Foi coroinha, catequista, fez parte do grupo de jovens, de canto. Eu e minha esposa sempre o incentivamos. E foi uma decisão dele, então apoiamos”, relatou. Sobre a perda recente da esposa, Abidias disse que não está sendo fácil. “Mas foi a vontade de Deus. Estou recebendo o apoio do meu filho e de familiares”, revelou.

“Sou feliz por abençoar em nome de Cristo”, afirmou O Diácono Danilo Cordeiro Silva está residindo em Irapuru desde dezembro do ano passado. Ele já tinha realizado parte do seu estágio pastoral na Paróquia Santa Genoveva e também na Paróquia São José, de Flora Rica, nos anos de 2016 e 2017. Como foi designado a exercer seu ministério diaconal nessas duas paróquias, ele está sendo acompanhado pelo pároco, Pe. José Ferreira Domingos. Sua apresentação como diácono ocorreu no dia 27 de abril, um dia após a ordenação, em Flora Rica, e no dia seguinte em Irapuru. Danilo contou que foi bem acolhido. “Na verdade, sou de Junqueirópolis e esta é minha região. Eu me sinto bem aqui, também pela convivência com os padres. São cidades pequenas e muito acolhedoras. Isso, no começo do ministério, faz toda a diferença”, afirmou. O novo diácono contou que tem acompanhado o Pe. Ferreira nas formações e na liturgia. “Nas duas paróquias temos o Plano Paroquial de Formação e temos revezado na participação das reuniões mensais com todas as pastorais. Temos dividido as tarefas. Além disso, já fiz o batizado de cinco crianças”, alegrou-se. O pároco disse que o Diácono Danilo já está em plena atividade, colaborando na condução pastoral das paróquias de Irapuru e Flora Rica, em conformidade com o que diz respeito ao exercício do ministério diaconal. “A convivência com ele é excelente. O povo de ambas as paróquias o estima muito e tem grande carinho por ele. Estamos felizes”, revelou o Pe Ferreira. Danilo, por sua vez, também falou como é atuar com o sacerdote. “Minha convivência com o Pe. Ferreira é excelente. De fato, ganhei um grande amigo. Ele me ensina muito e estou aprendendo bastante aqui”, comentou. O ordenado revelou que tudo está sendo novo e que vive a surpresa de cada dia nesse ministério diaconal. “Sou feliz por abençoar em nome de Cristo”, relatou o néodiácono. Foto: Sinkrofoto


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Coleta da Solidariedade tem arrecadação 3,18% maior que em 2018

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Centro Diocesano de Pastoral (CDP), divulgou o resultado da Coleta da Solidariedade, realizada em todas as paróquias no Domingo de Ramos, dia 14 de abril. A coleta foi o gesto concreto dos fiéis para a Campanha da Fraternidade (CF), que este ano propôs a reflexão do tema “Fraternidade e Políticas Públicas”. O total arrecadado atingiu R$ 243.827,29, sendo que esse montante vem crescendo ano após ano. Em relação a 2018, quando a arrecadação atingiu R$ 236.300,12, o incremento foi de 3,18%. Do total de R$ 243.827,29, 40%, ou seja, R$ 97.530,92 serão enviados ao Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) e o restante, 60%, R$ 146.296,37, serão geridos pelo Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS), administrado pela Cáritas Diocesana. As irmãs Clarissas também tiveram a iniciativa de realizar essa coleta no mosteiro em Marília e doaram a arrecadação, de R$ 280,00, para a Diocese. Todos os anos, os recursos são distribuídos a projetos sociais, que seguem algumas determinações e devem promover, sobretudo, a dignidade humana. Uma entidade que já apresentou muitos projetos é a Horta Comunitária Vinha do Senhor, ligada à Paróquia Santa Anto-

nieta, de Marília. Dentro desta iniciativa, já surgiram outras frentes sociais, como o Projeto Sopão e a Padaria Artesanal. No ano passado, a Padaria apresentou projeto para aquisição de freezer e microondas e recebeu, do FDS, a soma de R$ 2.558,00. Lindaura Soares de Oliveira iniciou seu trabalho na Horta Comunitária desde o princípio, há 14 anos. E depois viu crescer o Sopão e a Padaria, onde atua diretamente. Ela conta que esse trabalho lhe garantiu dignidade e que, antes de ingressar, sofria de depressão. “Sou voluntária, como todos os outros e antes de trabalhar aqui, vivia indo ao posto do bairro, por problemas de saúde relacionados à depressão”, contou. Outra fiel que viu sua vida transformada foi Aparecida Fátima de Oliveira, que trabalha no Projeto Fundo de Solidariedade, que tem padaria e lavanderia comunitárias, ambas ligadas à Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília. O FDS disponibilizou ao projeto, que já tem 10 anos, um valor de cerca de R$ 3 mil, para a colocação do piso e trabalho de pedreiro. “Minha vida estava cruel. Faltava tudo em minha casa e eu dependia dos Vicentinos. Trabalhando aqui, recuperei a dignidade, pois este, agora, é meu ganha-pão”, revelou Cida, como é chamada, dizendo-se emotiva por recordar as dificuldades do passado.

FIQUE DE OLHO MUR Nos dias 4 e 5 de maio, foi realizado, em Adamantina, a Formação Diocesana do Ministério Universidades Renovadas (MUR), ligado à Renovação Carismática Católica (RCC). Cerca de 30 pessoas estiveram reunidas no Lar Cristão, e refletiram o tema “Universidades Renovadas: renova-te”. Foram jovens universitários e profissionais de diferentes Grupos de Oração Universitária (GOU’s) e do Grupos Profissionais de Partilha (GPP’s), já graduados, das cidades de Marília, Tupã, Osvaldo Cruz e Adamantina. Hoje, na Diocese, existem oito GOU’s e dois GPP’s. Mas estão em processo de abertura outros três GOU’s e um GPP. PREGADORES A RCC iniciará, em junho, uma nova turma da Escola de Formação de Prega-

dores. As aulas serão ministradas nas três Regiões Pastorais e os encontros serão mensais, sendo que o término do curso está previsto para maio de 2020. A coordenação da Escola informa que as inscrições podem ser feitas com os coordenadores de grupos de oração da RCC. A partir da quantidade de inscritos, será analisada a quantidade de módulos por Região Pastoral e as cidades onde o curso será ministrado. RETIRO ANUAL DO CLERO O Seminário Santo Antônio, em Agudos, sedirá mais um Retiro Anual do Clero. Bispos, sacerdotes e diáconos da Diocese estarão reunidos de 27 a 31 de maio, para refletir o tema “Espiritualidade Missionária”. Para falar sobre o assunto, foi convidado o bispo emérito da Prelazia de Marajó (PA), Dom José Luís Azcona Hermoso, OAR.

CIDADE | PARÓQUIA

VALOR

Adamantina | Santo Antônio de Pádua Adamantina | Quase-Paróquia São Francisco de Assis Adamantina | Nossa Senhora de Fátima Álvaro de Carvalho | Santa Cecília Arco-Íris | Senhor Bom Jesus Avencas | Nossa Senhora Auxiliadora Bastos | São Francisco Xavier Dracena | Nossa Senhora de Fátima Dracena | Nossa Senhora Aparecida Dracena | São Francisco de Assis Flora Rica | São José Flórida Paulista | Nossa Senhora Aparecida Garça | São Pedro Apóstolo Garça | Nossa Senhora de Lourdes Herculândia | Sant’Ana Iacri | São Luiz Gonzaga Inúbia Paulista | Imaculado Coração de Maria Irapuru | Santa Genoveva Junqueirópolis | Santo Antônio Lucélia | Sagrada Família Mariápolis | Imaculada Conceição Marília | São Judas Tadeu Marília | Maria Mãe da Igreja Marília | São Bento Marília | Nossa Senhora da Glória Marília | Santo Antônio Marília | Nossa Senhora de Fátima Marília | Santa Isabel Marília | São Sebastião Marília | São Miguel Arcanjo Marília | Sagrada Família Marília | Santa Rita de Cássia Marília | Nossa Senhora de Guadalupe Marília | Santa Antonieta Marília | Santa Edwiges Marília | Sagrado Coração de Jesus Marília | Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Marília | São João Batista Marília | Nossa Senhora de Fátima (Jóquei) Monte Castelo | Santa Cecília Nova Guataporanga | Nossa Senhora Aparecida Oriente | Nossa Senhora Aparecida Osvaldo Cruz | São José Ouro Verde | Nossa Senhora Aparecida Pacaembu | Nossa Senhora das Graças Panorama | São José Parapuã | Imaculada Conceição Paulicéia | São Pedro Apóstolo Paulópolis | Nossa Senhora Aparecida Pompéia | Nossa Senhora do Rosário Pracinha | Santa Luzia Queiroz | Nossa Senhora Aparecida Quintana | Nossa Senhora Aparecida Rinópolis | Nossa Senhora Aparecida São João do Pau D'Alho | São João Batista Sagres | São Benedito Salmourão | São João Batista Santa Mercedes | Nossa Senhora das Mercês Tupã | São Pedro Apóstolo Tupã | São Judas Tadeu Tupã | Nossa Senhora Auxiliadora Tupã | São José Operário Tupi Paulista | Nossa Senhora da Glória Vera Cruz | Sagrado Coração de Jesus

7.213,40 2.464,25 9.056,80 801,20 224,20 200,00 10.295,95 940,00 8.000,00 7.730,55 342,95 2.503,10 6.307,55 982,55 794,00 2.396,25 300,00 1.283,65 22.108,00 8.819,85 1.289,75 3.138,00 1.060,00 5.174,50 1.811,80 3.052,00 3.502,00 7.871,40 1.903,15 4.796,10 6.323,90 2.369,00 3.903,75 3.503,35 10.721,35 3.085,60 1.971,30 1.766,85 2.006,25 55,00 295,00 4.343,79 8.565,95 3.141,70 5.399,85 6.829,70 3.221,10 1.280,35 561,50 4.900,40 1.743,80 353,75 3.307,90 3.389,00 615,55 807,60 1.708,60 1.320,60 4.431,35 5.492,20 2.100,00 3.847,00 10.520,00 3.120,00

TOTAL

243.827,29


NO MEIO DE NÓS

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Atualidade Bento XVI aborda questão dos abusos sexuais em artigo

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o mês em que completou 92 anos de vida, o Papa Emérito Bento XVI publicou um texto, no qual abordou a relação dos abusos sexuais na Igreja com a crise de fé. Segundo o Santo Padre, é preciso voltar a Deus para superar a crise dos abusos. “A força do mal nasce da nossa rejeição do amor de Deus (…) Aprender a amar Deus, portanto, é o caminho para a redenção dos homens”. Foi o que afirmou Bento XVI em um longo artigo escrito para a revista alemã “Klerusblatt” e divulgado pela Agência CNA, em que enfrenta abertamente a chaga dos abusos contra menores cometidos por expoentes do clero. Ele afirma que, embora não tenha, como emérito, mais nenhuma responsabilidade direta, quis dar sua contribuição para esta missão, levada adiante pelo seu sucessor, Papa Francisco, a quem agradeceu por “mostrar continuamente a Luz de Deus”.

Foto: Internet

Joseph Ratzinger, o Papa emérito Bento XVI, escreveu artigo que foi publicado em revista

Joseph Ratzinger começa seu texto falando do contexto social e da revolução sexual iniciada na década de 1960, período em que a pedofilia era considerada como “permitida” ou até “conveniente”. Somente na década de 80 essa questão começou a ser abordada de forma mais enfática, mesmo assim sendo tratada de modo brando e lento, “garantindo em particular os direitos dos acusados e tornando as condenações quase impossíveis”. Bento XVI fez ainda referência

a como esse problema foi abordado no Concílio Vaticano II, iniciado em 1962 e encerrado em 1965. “O sentir conciliar vem, de fato, entendido como uma atitude crítica ou negativa em relação à tradição vigente até aquele momento, que agora tinha que ser substituída por uma nova relação, radicalmente aberta, com o mundo até desenvolver uma espécie de nova e moderna ‘catolicidade’”. O Papa Emérito disse concordar com seu antecessor, o Papa São João Paulo II, que atribuiu à Congregação

para a Doutrina da Fé a competência do abuso sobre menores, de modo a poder legitimamente impor a pena máxima, através de um verdadeiro processo penal: a demissão do estado clerical. No entanto, ele admite, houve atrasos que “deveriam ter sido evitados”. E por esta razão, disse apoiar as novas reformas empreendidas pelo Papa Francisco. Na terceira e última parte do texto, Bento XVI se dedica aos questionamentos sobre esse problema e afirma: “O antídoto para o mal que nos ameaça e ameaça o mundo inteiro ultimamente só pode consistir no fato de nos abandonarmos ao amor de Deus. Este é o verdadeiro antídoto para o mal. Um mundo sem Deus so pode ser um mundo sem sentido”, frisou. A resposta a tudo isto, segundo ele, é voltar “novamente a aprender a reconhecer Deus como fundamento da nossa vida”.

Assembleia Geral da CNBB elege nova presidência Bispos de todo o Brasil estiveram reunidos, de 1º a 10 de maio, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida, para a 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A missa de abertura, presidida pelo então presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha, teve a presença do núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello. A participação foi de mais de 300 pessoas, entre arcebispos, bispos diocesanos, auxiliares e eméritos, que tiveram a tarefa central de atualizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) da Igreja no Brasil para o quadriênio 2019 a 2023. “As DGAE são indicações para o projeto de planejamento pastoral para as dio-

Foto: Wesley Almeida | CNBB

Dom Sérgio cumprimenta Dom Walmor durante a posse da nova presidência, no dia 10

ceses”, contou o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, que participou da assembleia. Outro objetivo da assembleia deste ano foi a eleição da nova presidência da CNBB para os próximos quatro anos, além das presidências das 12 Comissões Episcopais Pasto-

rais da entidade. O novo presidente da Conferência é Dom Walmor de Oliveira Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG); o 1º vice-presidente é Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS), e o 2º vice-presidente é Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima. Já o novo secretá-

rio geral é Dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro. Como já é tradição, durante a Assembleia, os bispos se reúnem para redigir uma carta ao povo brasileiro. No documento, os bispos abordam os problemas vividos no país, como o desemprego e a violência, e chamam, mais uma vez, a atenção para as propostas para a reforma da Previdência Social, que só se legitimam se feitas em vista do bem comum e com participação popular, de forma a atender, em primeiro lugar, os pobres. “O Brasil que queremos emergirá do comprometimento de todos os brasileiros com os valores que têm o Evangelho como fonte da vida, da justiça e do amor”, afirmam os bispos.


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Região I Missão Jovens da Cruz reúne juventude de diversas cidades

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Santuário Nossa Senhora da Glória, de Marília, promoveu, de 26 a 28 de abril, o Retiro da Missão Jovens da Cruz, que contou com a presença de cerca de 80 jovens de diversas cidades e também outras dioceses. Eles estiveram reunidos na Chácara do Bicudo, em Marília, e para fazer a animação musical esteve presente a Comunidade Sagrada Face, de Franca (SP). A proposta do grupo Jovens da Cruz foi trabalhar no retiro temas como a formação da personalidade e do caráter, vocação, castidade, evangelização e a relação do jovem com a Igreja. Durante o encontro, houve seis pregações e alguns momentos de silêncio, que favoreceram um encontro

Foto: Missão Jovens da Cruz

Os cerca de 80 jovens tiveram momentos de adoração, formação e oração

pessoal com Deus. No sábado, houve a celebração da Santa Missa e Adoração Solene. “Fomos convidados a entrar na luz da verdade, que dissipa todas as nossas trevas. A luz não somente no sentido da Igreja, mas também de tirar nossas máscaras e mostrar nossas feridas diante do Amor de Deus”, re-

latou Thiago Múrcia, um dos organizadores do retiro. As reflexões do retiro giraram em torno do poema “Viver de Amor” da doutora da Igreja Teresa de Lisieux. Por meio dele, os jovens foram conduzidos à experiência de serem transformados na face da Misericórdia, na Sagrada Face.

“Esse retiro me proporcionou a confirmação de um caminho de santidade que venho buscando trilhar há algum tempo, mesmo na minha pequenez e limitação”, comentou Matheus Anjos, de Pompeia. Já Maria Eduarda Góis, que veio de Londrina (PR), expressou assim sua experiência em Marília: “Vivenciar este retiro foi experimentar, com clareza, a vontade de Deus: me tirar do barulho e me conduzir ao silêncio. Um silêncio fecundo, profundo e de paz!”. “Em poucas palavras, esse retiro foi o que eu precisava para ancorar o meu coração no Céu. Ancorar, pois nesses três dias não nos contentamos com o superficial, mas com a profundidade que só o silêncio proporciona”, afirmou Beatriz Nomura, de Adamantina.

Região II Seminarista Vitor Hugo Pinheiro será ordenado diácono em Lucélia

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epois da ordenação diaconal de Danilo Cordeiro Silva, será a vez de Vitor Hugo Pinheiro ser ordenado diácono pela imposição das mãos do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. A cerimônia está marcada para o dia 17 de maio, na Paróquia Sagrada Família, de Lucélia, com início às 20h. A comunidade está se dedicando à preparação da ordenação e o Coro Paroquial Pe. Valério Utel está ensaiando todas as músicas escolhidas pelo seminarista. “Estão se emprenhando muito nos ensaios. Além da paróquia de Lucélia, também estou contando com o auxílio da Paróquia São Pedro, de Garça, onde estou fazendo meu estágio pastoral desde

Foto: Pascom | Paróquia São Pedro de Tupã

Seminarista Vítor Hugo durante a Missa dos Santos Óleos, em Tupã

o mês de janeiro”, disse Vitor, que convidou todas as comunidades por onde passou durante seu período formativo. O seminarista, que nasceu em Lucélia no dia 22 de abril de 1993 e ingressou no seminário, juntamente com Danilo, em 2011, contou que

sua comunidade está contente com a ordenação, pois faz 13 anos que nenhum filho da comunidade é ordenado. Os outros dois ordenados foram o Pe. Milton Afonso do Nascimento, em 2006, e o Pe. Nelson Bernardino Lopes, no ano de 1992. Em entrevista ao Informativo NO

MEIO DE NÓS, Vitor disse que está feliz pela sua vocação ser confirmada pela Igreja. “Serei diácono em Garça, Álvaro de Carvalho e Jafa, auxiliando os padres que atendem essas comunidades. Os fiéis me acolheram muito bem e estão dispostos a trabalhar comigo”. O futuro diácono também destacou o apoio dos sacerdotes de sua cidade natal, padres Adriano dos Santos Andrade e Diego Luiz Carvalho de Souza. “Estão contentes e motivando as pessoas a rezarem e trabalharem pela organização da ordenação”, contou. Vitor Hugo é filho de Manoel Marcionilio Pinheiro Filho e Maria Rosa de Lima Pinheiro e tem duas irmãs, Márcia e Marcela.


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Região III Pascom de Junqueirópolis promove encontro regional de agentes

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Pastoral da Comunicação (Pascom), da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis, promoveu, neste mês de maio, sua segunda manhã de espiritualidade. O evento, direcionado aos agentes da Pascom da Região Pastoral III da Diocese de Marília, foi realizado no dia 5, na capela São Miguel Arcanjo. A primeira experiência foi realizada em 2018 e, neste ano, reuniu cerca de 20 agentes de comunicação das paróquias Nossa Senhora Aparecida e São Francisco de Assis, de Dracena, Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista, além da paróquia anfitriã. Os agentes refletiram a Mensagem do Papa Francisco sobre o 53º Dia Mundial das Comunicações Sociais e quem falou sobre o assunto foi o Pe. Tiago Barbosa, que assessora a Pascom da Diocese de Marília. Também passaram pelo evento o pároco de Junqueirópolis, Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, e o vigário episcopal, Pe. Valdemar Cardoso, que também já assessorou a Pascom no passado. Osvaldo Nogueira Santana, um dos idealizadores do encontro, lembrou que tudo foi feito sem custo algum para os agentes e suas paróquias. A Pascom contou com o auxílio de casais do Encontro de Casais com Cristo (ECC) de Junqueirópolis, que ficaram responsáveis pelo café da manhã e o almoço. Um dos participantes foi João Adolfo dos Santos, de Dracena. “Foi uma ma-

nhã de conhecimento e grande importância para a pastoral, com a condução do Pe. Tiago. Em comunhão com outros integrantes das pastorais, passamos uma manhã de reflexão e orações para aprimorarmos as experiências em nossas paróquias”, disse ele, que é membro da Paróquia São Francisco de Assis. DO LIKE AO AMÉM Na Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais o destaque são as redes sociais. O Santo Padre manifesta sua preocupação com as ameaças que existem. “Se é verdade que a internet constitui uma possibilidade extraordinária de acesso ao saber, verdade é também que se revelou como um dos locais mais expostos à desinformação e à distorção consciente e pilotada dos fatos e relações interpessoais, a ponto de muitas vezes cair no descrédito”, afirma. Francisco considera que as redes sociais servem para conectar melhor, fazer encontrar e ajudar mútua, ao recordar que “somos membros uns dos outros” (Ef 4, 25). E afirma que o que se quer é uma rede feita para libertar, para preservar uma comunhão de pessoas livres. “A própria Igreja é uma rede tecida pela Comunhão Eucarística, onde a união não se baseia nos gostos (‘like’), mas na verdade, no ‘amém’ com que cada um adere ao Corpo de Cristo, acolhendo os outros”, finaliza.

Panorama realiza Assembleia Paroquial com 156 pessoas A Paróquia São José, de Panorama, realizou, no primeiro domingo do mês de maio, sua Assembleia Paroquial. Realizado das 8h às 13h, o evento reuniu 156 pessoas das comunidades São José, Nossa Senhora Aparecida, São Pedro, São Benedito e São Francisco e do Conselho de Assuntos Econômicos Paroquial (Caep). O pároco, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, conduziu a Assembleia, juntamente com o vigário paroquial, Pe. Milton Afonso do Nascimento. Em um primeiro momento, os participantes fizeram uma reflexão sobre o tema “Igreja: casa e escola de comunhão”, com a orientação do Pe. Marcelo Feltri Ribeiro, de Pauliceia. Segundo o pároco, o objetivo da assembleia foi proporcionar mais en-

trosamento entre as pastorais e grupos da paróquia e também um maior conhecimento da realidade paroquial. Em seguida, os participantes foram convidados a se reunirem em grupos e responderem a uma questão relacionada ao que poderia ser melhorado ou acrescentado na caminhada paroquial, considerando a chegada dos novos padres neste ano. As discussões e propostas já serão levadas à próxima reunião do Conselho Pastoral Paroquial (CPP), segundo informou o pároco. Antes do encerramento, o Pe. Milton também levou aos presentes informações sobre o Mês Extraordinário Missionário, proposto para outubro deste ano, como sugestão do Papa Francisco. Foto: Paróquia São José de Panorama

Pe. Marcelo Feltri refletiu o tema “Igreja: casa e escola de comunicação”

Santuário de Dracena celebra sua padroeira, Nossa Senhora de Fátima

Foto: Pascom Paróquia Santo Antonio de Junqueirópolis

Agentes da Pascom tiveram a oportunidade de refletir Mensagem do Papa Francisco

Em pleno mês de maio, dedicado a Maria, os fiéis de Dracena celebraram o dia de Nossa Senhora de Fátima. Na cidade, existe o Santuário diocesano dedicado a ela, que foi erigido em dezembro de 2012. Para celebrar a padroeira, uma novena foi iniciada no dia 4 de maio e se prolongou até 13 de maio, dia em que se celebra Nossa Senhora de Fátima. A novena reuniu os fiéis todos os dias, às 15h, na igreja matriz. A missa solene foi presidida pelo pároco e reitor, Pe. Wilson Luís Ramos. O sacerdote comentou que o

povo participou com muita fé e devoção e lembrou que em janeiro a paróquia completou 51 anos de criação e encerrou as comemorações do jubileu. “A participação foi grandiosa e surpreendeu a todos”, disse. Um momento de destaque da cerimônia, que já virou tradição na cidade, foi a coroação da imagem da padroeira. Esse gesto foi feito pelas crianças da Catequese. Os fiéis também participaram de procissão e assistiram a um teatro realizado pelos jovens conectados da paróquia.


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Encontro diocesano reflete vocação divina da mulher

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m pleno mês de maio, dedicado a Maria, Mãe de Jesus Cristo, a Diocese de Marília promoverá a sétima edição do Encontro Diocesano de Mulheres. O evento será no dia 26 e ocorrerá em Adamantina. A chegada no Centro Universitário de Adamantina (UniFai) está prevista para as 8h30, quando será servido o café da manhã. Já o encerramento ocorrerá com o almoço. Neste ano, o tema de reflexão proposto para as participantes será “A vocação divina da mulher”. Segundo o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, será uma manhã de muita alegria e espiritualidade. “O encontro vai entrar nessa dinâmica do Ano Vocacional, abordando a vocação divina da mulher. Queremos, com isso, trabalhar e valorizar essa vocação, que abrange tanto o ser esposa, quanto a maternidade. Abordaremos a vocação de ser mulher, diante da realidade da nossa sociedade”, comentou. Para assessorar o encontro, foi convidada Ângela Maria dos Santos, consagrada da Comunidade Alpha e Ômega, que está presente em Adamantina. “Existe dentro de cada mulher uma beleza extraordinária! Foi dada por Deus.

Foto: Arquivo

Sétima edição do Encontro de Mulheres será assessorada por Ângela Maria dos Santos

O seu papel é de enriquecer o mundo, com seus talentos e virtudes, como vemos no livro de Provérbios. O objetivo desse encontro é que as mulheres façam a experiência do amor infinito de Deus, de maneira única e pessoal. Que possam recuperar o valor e a dignidade da mulher, tão ameaçados por ‘ideologias e padrões’ de nossa época. A mulher pode viver intensamente sua vocação divina, como esposa, mãe e filha, nos diversos setores de nossa sociedade. A essência da sua feminilidade é necessária nos lugares em que se tomam as decisões mais importantes”, antecipou Ângela, sobre sua apresentação no dia 26. HISTÓRIA

O primeiro evento foi realizado em novembro de 2012 e o Encontro Diocesano sobre a Postura da Mulher na Igreja Católica refletiu, a partir da Carta do Papa João Paulo II, Mulieris Dignitatem, o papel da mulher na Igreja, na vida da comunidade, na família e na sociedade. Todos os anos, o tema é escolhido de acordo com a realidade atual da Igreja, direcionado ao universo feminino. A iniciativa surgiu a partir de um bate papo informal entre duas mulheres juntamente com o Pe. Sérgio Luiz Roncon, de Bastos. Posteriormente, a ideia do encontro foi levada, por eles, ao Conselho Diocesano de Pastoral. A proposta foi aprovada e teve o apoio do então coordenador diocesano

e colabor a com a su

Oração

e doação

de pastoral, Pe. Carlos Roberto dos Santos, sendo que o encontro foi, até hoje, preparado pelo Centro Diocesano de Pastoral (CDP). Além das palestras, o Encontro de Mulheres também costuma trazer testemunhos de mulheres protagonistas na vida da comunidade católica. Somente no ano de 2017, o Encontro Diocesano de Mulheres foi cancelado, dias antes do evento, devido à paralização dos caminhoneiros, que afetou o abastecimento de combustíveis e alimentos. CONVITE O coordenador diocesano de pastoral, em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, fez um convite a todas as mulheres que estão à frente das atividades pastorais da Diocese de Marília. “São tantas mulheres que exercem coordenação e lideranças de movimentos e pastorais. Convido todas para que possam refletir sobre essa vocação de ser mulher, essa vocação divina”, disse o Pe. Marcos. “Faço um convite especial também aos homens, para incentivarem as mulheres de suas vidas, esposas, filhas, namoradas e mães a fazerem essa experiência”, afirmou a assessora Ângela.

Faça seu Gesto Solidário e colabore com os Projetos de Ação Missionária. Deposite qualquer quantia na conta Bancária, em nome da CNBB Regional Sul 1 BANCO DO BRASIL Agência: 6914-0 Conta corrente: 40381-4 AS MISSÕES AGRADECEM!

CONSELHO MISSIONÁRIO REGIONAL


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