Jornal No Meio de Nós - Edição 251 - julho de 2019

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 21 | Edição 251 | Julho de 2019

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Milhares de fiéis celebram Corpus Christi na Diocese Foto: Érica Montilha | Pascom | Diocese de Marília

Padroeiro da Diocese é festejado em Garça, Tupã e Pauliceia Uma paróquia de cada Região Pastoral recebe como padroeiro o patrono da Diocese de Marília, São Pedro Apóstolo. O dia dedicado a ele, 29 de junho, é feriado em Garça, Tupã e em Pauliceia. As três cidades tiveram programação para os fiéis celebrarem a data. São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, na perseguição aos cristãos pelo imperador Nero, e seu corpo está sepultado sob o altar da Basílica de São Pedro, no Vaticano, reforçando o que Cristo disse, que sobre sua fé seria construída Sua Igreja. Página 11

Irmã Dulce, “O Anjo Bom da Bahia”, será canonizada

Bispo Dom Luiz presidiu missa campal no largo da Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, em Marília

Somente na sede da Diocese de Marília, a solenidade de Corpus Christi reuniu aproximadamente 13 mil fiéis. A missa campal foi celebrada ao lado da Catedral Basílica Menor de São Bento Abade e, depois, os fiéis seguiram em procissão, acompanhando o Santíssimo Sacramento, até o largo da Igreja Matriz de

Santo Antônio. O trajeto foi enfeitado por cerca de 800 voluntários, que se revezaram para a confecção dos tapetes. A solenidade foi celebrada em todas as cidades da Diocese de Marília e em muitas localidades, os fiéis também enfeitaram as ruas. Neste ano, os fiéis da Região

Pastoral I receberam um folder da Cáritas Diocesana de Marília. O material apresentou prestação de contas da arrecadação da Coleta da Solidariedade. O impresso foi distribuído nas Regiões Pastorais II e III no final de semana seguinte. Página 8

O Vaticano anunciou para 13 de outubro a canonização da brasileira Irmã Dulce, conhecida como “O Anjo Bom da Bahia”. Ela se tornou beata em 2011, em uma cerimônia realizada no Brasil, e sua canonização ocorrerá durante o Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, no Vaticano. Foto: Reprodução da Internet

Religiosa nasceu na Bahia e será a primeira santa brasileira

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ENFOQUE

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

Cardeal Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), escreve sobre a celebração do avós de Jesus

O presidente do Lar Frederico Ozanan, de Garça, Cláudio de Oliveira, fala sobre do trabalho com os idosos na instituição

Pe. Geraldo Lelis, OCS, que acompanha o bispo emérito, aborda o cuidado dos ministros ordenados na terceira idade

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Semana Jovem reunirá grupos juvenis neste mês de julho Expressões jovens de toda a Diocese de Marília poderão se reunir, em suas paróquias, para a Semana Jovem, proposta pelo Setor Juventude. O evento já é tradição em algumas cidades, como Marília, onde a Semana Jovem ocorrerá pela 16ª vez, e em Junqueirópolis, onde esta será a 19ª edição. Página 16


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

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Editorial

O maior vínculo com o nosso passado...

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erceira idade, tempo do descanso merecido, melhor das idades, são três dos inúmeros adjetivos utilizados para designar o período da velhice, última fase de nossas vidas, que, em tempos de rápidas mudanças, como as que vivemos, podemos nos deixar levar pela onda do descarte, transformando, com isso, a melhor idade em tem-

po de abandono e solidão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como idoso todo indivíduo com 60 anos ou mais. Hoje, o Brasil tem cerca de 28 milhões de pessoas nessa etapa da vida, número que representa 13% da população do país. Deste modo, de acordo com a Projeção da População, divulgada em 2018 pelo Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE), a perspectiva é que o percentual desta faixa etária dobre nas próximas décadas. Seremos uma nação com um número considerável de idosos! Eles que, com a experiência de vida, além de se constituírem o maior vínculo com o nosso passado, se bem assistidos, podem nos ajudar a construir um país de justiça que, à luz da fé, seja uma

pátria de oportunidades para todos, sem exclusão. Cuidemos de nossos idosos, não desprezando-os, para que, como fiéis guardiões dos bons princípios, na última etapa de nossas vidas, com eles, consigamos dizer como São Paulo Apóstolo: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé” (2Tm 4, 7).

Enfoque Os avós de Jesus e os nossos avós Ilustração: Vitor do Prado Nunes Simão

de importância eles tiveram na vida de cada um de nós! E também as várias gerações anteriores, elebramos neste mês a bisavós, tataravós e todos aqueles festa de Sant’Ana e São que vieram antes de nós têm granJoaquim, os avós de de importância em tudo o que nós Jesus e os pais da Vir- somos hoje. gem Maria. Queremos olhar para Nós queremos reconhecer a Sant’Ana e São Joaquim a fim de importância e o valor que os mais reconhecermos a importância dos idosos têm e, o melhor modo de nossos antepassados na fé, nos fazer isso é ao rejeitar a cultura do valores e nos princípios que nós descartável. Porque essa cultura temos para a nossa vida. é terrível por procurar descartar Quando lembramos esses dois as pessoas quando elas não têm santos, nos remetemos aos ante- mais utilidade. Segundo a qual o passados e, em especial aos nos- importante é aquilo que é útil e sos avós. Quando celebramos os aquilo que produz; e deixa de reavós de Jesus, nós também cele- conhecer aqueles que muito probramos os nossos avós. Que gran- duziram, deram muito de si, traCARDEAL ORANI JOÃO TEMPESTA

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balharam para construir a família, para edificar a nação e que são, na verdade, nossos pais na fé. Rezemos: Ó São Joaquim e Sant’Ana, protegei as nossas famílias desde o início promissor até à idade madura repleta dos sofrimentos da vida e amparai-as na fidelidade às promessas solenes. Acompanhai os idosos que se aproximam do encontro com Deus. Suavizai a passagem suplicando para aquela hora a presença materna da vossa Filha ditosa a Virgem Maria e do seu Filho divino, Jesus! Amém. Cardeal Orani João Tempesta é arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO: Pe. Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@ yahoo.com.br | DIAGRAMADOR: Diácono Danilo Cordeiro - MTB nº 86878/SP | CONSELHO EDITORIAL: Pe. Tiago Barbosa, Diácono Danilo Cordeiro e Márcia Welter | ILUSTRADOR: Vitor do Prado Nunes Simão | REVISÃO: Pe. Tiago Barbosa | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.net.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes


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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo Novas diretrizes para a Evangelização DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

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s Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o quadriênio 2019 a 2023, representam um novo impulso no empenho missionário da Igreja no tempo atual. Levando em conta o contexto cultural cada vez mais urbano em que vivemos, e com a qual precisamos dialogar, o caminho proposto pelas novas diretrizes é o de promover e construir comunidades eclesiais missionárias. O modelo de sua construção é a própria casa, à semelhança das primeiras comunidades cristãs que se reuniam nos lares: “eram perseverantes no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2, 42). A casa, em seu duplo movimento, permite o ingresso e a saída, o acolhimento e o envio. Portanto, comunidade e missão são as duas grandes referências que atravessam todo o Documento.

Encontro com o Cabido dos Cônegos da Catedral Na manhã do dia 3 de julho, na Residência Episcopal, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, se reuniu com o Cabido Diocesano por ocasião da proximidade da Festa de São Bento Abade, padroeiro da Catedral Basílica de Marília. O encontro, que contou com a participação dos monsenhores Nivaldo Resstel e Achiles Paceli de Oliveira Pinheiro, e dos cônegos João Carlos Batista e José Carlos Dias Tóffoli, foi a primeira reunião do Cabido após o falecimento dos cônegos Maurício Pilon, Antonio Flumignan e Valdemiro Cândido do Símbolo, entre 2018 e 2019. Foto: Arquivo Pessoal

Cabido dos Cônegos reunidos com o bispo diocesano

O sentido comunitário é ressaltado como forma para contrapor-se ao individualismo marcante da cultura urbana. A casa é entendida como um lar para os seus habitantes, acentuando as perspectivas pessoal, comunitária, social e ambiental. A perspectiva ambiental, inspirada na Carta Encíclica Laudato Sì, lembra o cuidado com a nossa casa comum, ou seja, o planeta terra. Trata-se de abraçar e vivenciar a missão “como escola de santidade” (DGAE, n. 4). As chamadas “urgências”, nas diretrizes anteriores, transformaram-se em “pilares”, como as colunas que sustentam a casa. São identificados quatro pilares: o pilar da Palavra de Deus e a iniciação à vida cristã; o pilar do Pão que é a casa sustentada pela liturgia e a espiritualidade; o pilar da caridade que é a casa sustentada sobre o acolhimento fraterno, o cuidado com as pessoas e o meio ambiente, e o pilar da ação missionária, porque é impossível fazer uma

experiência profunda de Deus na comunidade eclesial que não leve, inevitavelmente, à vida missionária. Este é o objetivo geral, que resume o caminho que a Igreja quer fazer, para evangelizar nos dias atuais: “Evangelizar no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da casa comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude”. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019 – 2023, Documento da CNBB nº 109, está disponível para aquisição nas livrarias e também para download no site da CNBB. Por isso, convido a todos para conhecerem profundamente este documento, como iluminação sobre o que o Espírito Santo quer de nossa Igreja neste momento.

AGENDA DO BISPO 03/07 – Reunião do Cabido Diocesano na Residência Episcopal. 04/07 – Missa na Catedral | Reunião do Caed na Cúria Diocesana. 05/07 – Missa na Catedral | Reunião do Conselho Diocesano de Formação na Residência Episcopal | Reunião com Missão Louvor e Glória. 07/07 – Missa na Basílica Nossa Senhora da Conceição, em Caconde. 11/07 – São Bento, Abade. Missa na Catedral às 19h30. 12/07 – Missa no Mosteiro Maria Imaculada. 13/07 – Encontro da Pastoral Carcerária, Sub Regional de Botucatu, em Marília. 14/07 – Missa com Agentes de Pastoral da Saúde da Região Pastoral I, na Paróquia Santo Antônio, em Marília, às 15h. 15 a 17/07 – Visita à Diocese de Coari no Amazonas, Diocese Irmã da Diocese de Marília. 25/07 – Terço no Lar São Vicente de Paulo. 26/07 – Missa e Benção do Altar na Comunidade Sant’Ana, Paróquia Santa Rita, em Marilia. 27/07 – Encontro com Coordenadores e Assessores da Urgência 5, em Tupã | Crisma na Paróquia Santa Rita, em Marília. 28/07 – Encontro com familiares dos candidatos ao Diaconato Permanente, da Capelania do Hospital das Clínicas, em Marília. 30/07 – Reunião Geral do Clero, em Adamantina.


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| Vida Cristã |

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade Cruz: sinal supremo do amor de Deus pela humanidade PE. ANDERSON MESSINA PERINI

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Cruz é o símbolo de identidade cristã, sinal supremo do amor de Deus pela humanidade. A cruz como símbolo ocupa um lugar importante, tanto como ornamentação das nossas igrejas, tanto na devoção popular. Existem cruzeiros próximos aos templos ou cemitérios, símbolo da vida. Penduramos cruzes ou crucifixos em nossos pescoços, nas paredes de nossa casa, em estabelecimentos públicos e comerciais. A cruz tem um sentido bíblico e teológico profundo. Perseguido e condenado à morte de cruz, Jesus é identificado com o servo sofredor das profecias de Isaías (40-55), o que traz a salvação. Seus discípulos, imitando o divino mestre, continuam sua missão de servo, com coragem e dispostos a entregar a própria vida para salvar os outros. A cruz, assim, para os cristãos, é sinal de vitória sobre o pecado e a morte, pois Jesus ressuscitou. A cruz se transformou em sinal de vida, valor e resistência. Na carta de são Paulo aos efésios (Cf. 2,16), a cruz é sinal de reconciliação entre dois povos, judeus e pagãos, e entre Deus e a humanidade. Ela é também sinal da vida, pois se a primeira árvore do Jardim do Éden estava a serpente enrolada e nos trouxe o pecado, a segunda árvore, a da vida, que é o madeiro da santa cruz estava Jesus, que de seu mistério pascal nos trouxe a vida em plenitude. Na liturgia, a cruz ou o crucifixo é usado em diversas situações. Na adoração do Crucificado na Sexta-feira Santa, como sinal de salvação. A cruz processional vai à frente, pois Cristo vai conosco, é o caminho que nos leva ao Pai. O crucifixo do altar, que deve estar próximo ou sobre ele (IGMR 308), que recorda a paixão salvadora do Senhor, pois o altar é o memorial da Páscoa. As cruzes da Igreja (12 ou 4), postas nas paredes, ungidas e iluminadas na dedicação. O número doze, sinal de plenitude no apocalipse, recorda que a Igreja é a imagem da nova Jerusalém (Cf. Ap

21,12). O número quatro representa os quatro pontos cardeais, totalidade cósmica, que ocorre o mesmo na Bíblia (Cf. Gn2,10; Mt 24,31; Ap 6,1-8). Existe a bênção de cruzes ou crucifixos, que são entregues aos missionários, a cruz nova para veneração pública ou pequena para devoção pessoal. Por fim, a persignação, o traçado do sinal-da-cruz com a mão e o polegar é usado na liturgia: no início das celebrações (abertura) e no final destas (bênção), por parte dos participantes, que com a mão tocam a testa, o peito e os ombros; no primeiro ofício da Liturgia das Horas, por parte dos participantes com o polegar sobre os lábios, acompanhado da oração “Abri meus lábios, ó Senhor”; nos batizados o ministro, os pais e os padrinhos traçam-no sobre a testa do batizando; na Confirmação, o bispo unge com a crisma com o polegar e o traça na fronte dos crismandos; antes de proclamar o Evangelho, o ministro o traça no livro e depois na testa, boca e o peito, e a assembleia acompanha o último gesto; durante a consagração da Eucaristia, o padre estende as mãos sobre o pão e o vinho, e quando invoca o Espírito Santo traça com as mãos o sinal-da-cruz para que os transforme no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo; nas bênçãos; na Vigília Pascal, o padre traça o sinal no círio pascal; e na Unção dos Enfermos, traça sobre a fronte e nas mãos com o óleo.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

No cuidado com os idosos, vamos ao encontro do Cristo que sofre CLÁUDIO RODRIGUES DE OLIVEIRA

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er voluntário é dedicar espontaneamente parte do tempo para trabalhar em prol do bem social e comunitário. O trabalho voluntário é uma ação de cidadania e Solidariedade, que enriquece a vida de quem o faz e contribui para a transformação da sociedade. Ao assumir o Lar dos Idosos de Garça sob essa responsabilidade, confesso que tive muito medo, pois não é como trabalhar em uma empresa, como no comercio; aqui nós cuidamos de seres humanos e, assim, nos tornamos parte de suas famílias. Muitas vezes sendo a única referência para eles, que já foram rejeitados pelos seus e pela própria sociedade. Nós sabemos que muitos que chegam aqui não têm mais vínculos familiares, alguns ainda recebem a presença de seus parentes, mas outros acabam terminando seus dias sem a visita contínua de seus entes. Nossa instituição é considerada de longa permanência para os idosos. Aqui nós trabalhamos em equipe, composta por fisioterapeuta, psicóloga, assistente social, enfermeiros e cuidadores. Ao todo, formamos um corpo de 32 colaboradores, incluindo também motoristas e serviços de limpeza e de cozinha. Atualmente, contamos com 58 internos, sendo 38 homens e 20 mulheres. Amor ao próximo é o grande segredo que temos a fim de dedicarmos nosso tempo e esforços com caridade no que fazemos, pois têm muitas situações em que encontramos os idosos bravos, agressivos, pois quase sempre sentem dores e também se sentem sozinhos, no que diz respeito ao afeto familiar. Justamente em situações extremas, como essas, que temos que ter muito amor em nossas atividades. Diante de nossa realidade encontramos, muitas vezes, idoso com sofrimentos, frágeis também pelos seus

problemas de saúde. Diante de toda essa caminhada, nós podemos ver no olhar de cada senhor e senhora que cuidamos o rosto do próprio Jesus Cristo Sofredor. Quando nos colocamos em um serviço voluntário como este precisamos nos doar cada vez mais, pois a intensidade de nossa entrega evidencia a caridade e a dedicação para o conforto de nossos idosos. A doação a eles constitui-se como que uma via de mão dupla, uma vez que, quando doamonos ao próximo emprestando-nos a ao próprio Deus. Neste sentido, considero muito importante nosso cuidado para cada idoso que assistimos, pois neles exercemos o reflexo de nossa fé e de nossa intimidade com Deus que nos confiou este trabalho. Vivemos tempos difíceis de secularização em todas as dimensões da vida e, diante de tal realidade, somente nosso contato com Ele que nos fortificaremos a fim de enfrentarmos os desafios que se tornam cada vez mais comum na missão de doar-se. Em nosso voluntariado, a generosidade de Deus tem suscitado cada vez mais pessoas e instituições que somam conosco para que juntos consigamos transformar a realidade dos idosos que assistimos. Assim, sempre em tom de agradecimento, nos enraizamos no desenvolvimento de nossa fé por meio da oração, seja pessoal ou comunitária, em nossa família ou em comunidade paroquial! É justamente nossa intimidade com Deus que nos impele ao serviço e, por isso, saímos de nossa zona de conforto para irmos ao encontro desta grande obra de amor aos nossos idosos; neles, vamos ao encontro do Cristo que sofre em cada irmão ou irmã que se angustia uma casa que se dedica a idosos ou, ainda, daqueles irmãos que vivem nas ruas e não têm um lar para se aconchegar. Cláudio Rodrigues de Oliveira é presidente do Lar Frederico Ozanan, de Garça


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Teologia e Pastoral Homens que dedicaram suas vidas aos altares

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Foto: A12

PE. GERALDO LELIS DE ANDRADE, OCS

mês de julho se aproxima e, com ele, datas comemorativas muito significativas, tanto para o calendário civil, como para o anuário eclesiástico. Em destaque temos o dia 26; quando a Igreja no mundo recorda a memória de São Joaquim e de Sant´Ana, pais de Nossa Senhora e avós de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, nesta ocasião aqui no Brasil é comemorado o dia dos avós. Lembrar nossos amados avós por meio de uma data dedicada totalmente a eles é celebrar a vida daqueles que, com muito carinho e ternura, continuam se apresentando como referência para todos nós; mesmo se já morreram, pois o legado de caridade fica eternizado em nossos corações! Referência de bondade, justiça e de perseverança na fé de um mundo melhor. Impossível seria enumerar tanto ensinamento que eles já nos deixaram e ainda nos possibilitam com o exemplo

Ministros ordenados idosos, carinhosamente, podem ser chamados avós de nossa fé

diário! Os avós nos remetem, na maioria das vezes, a pessoas idosas. Homens e mulheres que fizeram a história da nossa Pátria e da nossa Igreja, e que nos ajudam no hoje a manter e a escrever os dias futuros. Deste modo, como em nossas famílias temos como referências nossos patriarcas, no seio eclesial existem os ministros ordenados idosos. A pergunta é: estão sendo acompanhados

e bem cuidados por nós? Eis que surge, então, a missão dos religiosos Oblatos de Cristo Sacerdote que têm como trabalho específico “servir o Eterno Sacerdote na pessoa dos bispos e sacerdotes seculares necessitados de ajuda e assistência, seja com eles cooperando na evangelização e nas missões populares, seja quando, pela enfermidade ou peso dos anos, precisarem de alguém que, ao seu lado, os assista cordialmente”.

Trabalho da Catequese realizado na Diocese de Marília PE. ANDRÉ LUIZ MARTINS DOS SANTOS

À luz do Evangelho de Lucas, em particular do texto dos Discípulos de Emaús, contemplamos o trabalho da Catequese na Diocese de Marília, realizada em nossas 65 paróquias. A proposta, ao longo destes últimos anos, foi a elaboração das Semanas de Formação Catequética nos meses de janeiro e julho, durante as férias escolares. Sendo assim, as paróquias se reúnem por microrregião ou da maneira como julgam melhor. Em fins do ano passado, foi proposto, pela Coordenação Diocesana de Catequese, um censo com a

finalidade de descobrir e avaliar o trabalho catequético nas paróquias, bem como o número de catequistas e catequizandos em todo o território diocesano. O censo foi realizado entre os meses de março e maio deste ano e, abaixo, segue o resultado: Região Pastoral I – 795 catequistas e 5.152 catequizandos; Região Pastoral II – 669 catequistas e 5.429 catequizandos; Região Pastoral III – 390 catequistas e 3.672 catequizandos. Totalizando, assim, 1.854 catequistas em toda a Diocese e 14.253 catequizandos. Além das Semanas de Formação, anualmente os catequistas se reúnem no terceiro domingo de

agosto para uma Manhã de Espiritualidade. Há muito tempo, esta atividade acontece nas Regiões Pastorais, porém, nossa proposta para este ano é celebrar o trabalho desenvolvido em nossas paróquias por meio de um Encontro Diocesano de Catequistas. O evento está previsto para ocorrer no dia 18 de agosto, na cidade de Lucélia, com início às 8h e término às 13h. Esta grande concentração de nossos catequistas será um momento de oração, de espiritualidade e de convivência fraterna. Pe. André Luiz Martins dos Santos é o assessor diocesano da Catequese.

Justamente por este último ponto que nós, oblatos, exercemos nosso ministério na Diocese de Marília: para assistirmos nosso bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini, em suas necessidades. Esta dimensão é importante refletirmos! O cuidado com os bispos, padres, diáconos e religiosos idosos, os avós de nossa fé, como, carinhosamente podemos afirmar, exige de todos nós um sentimento de gratidão, pois eles dedicaram suas vidas aos altares do Senhor exercendo a dimensão missionária da Igreja por meio do incansável pastoreio ao povo de Deus. Por isso, na fase idosa dos homens do serviço a Deus e ao próximo, nosso zelo para com eles deve, necessariamente, evidenciar a preocupação que eles tiveram ao longo da vida de levar a todos o dom que receberam no dia da ordenação: de serem dispensadores da graça de Deus! Pe. Geraldo Lelis de Andrade, OCS, é Religioso da Congregação dos Oblatos de Cristo Sacerdote e é cuidador do bispo emérito de Marília, Dom Osvaldo Giuntini.

ANIVERSARIANTES

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ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 01/07 - Pe. Rafael Lopes Ciuffa - Garça; 03/07 - Pe. Jacinto Sebastião da Silva - Marília; 05/07 - Pe. José Orandi da Silva - Marília; 05/07 - Pe. Valdemar Cardoso - Tupi Paulista; 08/07 - Dom Luiz Antonio Cipolini - Marília; 14/07 - Pe. José Ferreira Domingos - Irapuru / Flora Rica; 21/07 - Pe. Adriano dos Santos Andrade - Lucélia / Pracinha; 27/07 - Pe. Rafael Octávio Garcia - Herculândia; 28/07 - Pe. José Ribeiro da Silva - Flórida Paulista; 31/07 - Pe. Rogério de Lima Mendes, CP - Osvaldo Cruz / Salmourão. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL 06/07 - Pe. Sidnei de Paula Santos - Iacri; 07/07 - Dom Luiz Antonio Cipolini - Marília; 07/07 - Pe. Veríssimo Mânfio, SAC - Uso de Ordens; 11/07 - Pe. José Luís Dias Barbosa, CP - Osvaldo Cruz / Salmourão; 17/07 - Pe. Paulo Joaquim de Souza - Adamantina; 28/07 - Frei Joaquim Camilo Alves, OFM - Marília.


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ERA UMA VEZ...

Diocese

Que mochila pesada!

Semana de Oração pela Unidade Cristã reúne fiéis católicos e luteranos

“Um amigo fiel é um po- tes, ele estaria velho agora, deroso refúgio, quem o des- mas meus pés estariam mais cobriu, descobriu um tesou- confortáveis... ro” (Eclo 6,14). — Se eu tivesse usado todas as minhas roupas, elas Era uma vez um homem estariam rasgadas agora, mas que, precisando fazer uma meu corpo mais protegido... longa viagem, preparou-se — Se eu tivesse usado como melhor lhe convinha. meu chapéu, suas abas estaTeria um longo caminho, riam gastas, mas minha cabeonde enfrentaria sol, chuva, ça preservada... os rigores do inverno, enfim, Ele refletiu e reconheceu obstáculos de todo tipo. No que ali, tão perto dele, estaentanto, achava que nada po- vam seus verdadeiros amigos deria detê-lo. para servi-lo. Providenciou sapatos, Porém, tentando preserroupas, chapéu, tudo o que vá-los, ele não havia permiachava necessário. Pensou tido que participassem da sua também em seu destino e no vida. que de valor possuía. Abriu a mochila e nela colocou seus REFLEXÃO pertences, calçados, roupas, Lembre-se: Seus amigos chapéu..., tudo novo. não desejam apenas fazer Achou que, mesmo que parte da sua mochila como não quisesse usá-los, ao me- um fardo, um calçado, uma nos os teria a seu dispor. roupa, um chapéu. Querem Acomodou a mochila nas estar com você em toda sua costas e partiu. Ao longo de caminhada, mesmo que chesua caminhada, após inúme- guem ao fim dela desgastaras trilhas, o homem se can- dos, sujos, cansados. sou. Ainda assim, estariam Ficou exausto! O peso da- certos que, de algum modo, quele tesouro que ele nunca contribuíram para aliviar a utilizava estava ficando insu- sua dor, o seu sacrifício, e portável. de que participaram também O calçado, na mochila, da sua alegria. Todos juntos, continuava novo... mas os conseguiriam chegar ao fim! pés dele estavam acabados. A Pense nisso! peça de roupa estava intacta enquanto o corpo dele sujo e maltratado... O chapéu também estava novo enquanto a cabeça ardia por causa do sol. Faltava muito ainda para chegar ao fim de sua jornada... Mas tudo o que possuía, embora novo e preservado, de nada lhe servia... Em silêncio, concluiu: Bartolomeu Santana — Se tivesse utilizado Pe. éValdo pároco da Paróquia Santo meu calçado novo muito anAntônio, de Junqueirópolis

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o dia 3 ao dia 8 de junho, foi celebrada a Semana de Oração pela Unidade Cristã, que já tem se tornado uma tradição em Marília, entre os cristãos católicos e da Igreja de Confissão Luterana. A primeira experiência ocorreu no ano passado, a partir da iniciativa da pastora Paula Trein, que fez contato com a Cúria Diocesana de Marília em 2017, ocasião em que se comemorou os 500 anos da Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero. Neste ano, o tema refletido foi “Procurarás a Justiça, nada além da justiça” (Dt 16,18-20) e o evento foi conduzido pelo Pe. Willians Roque de Brito, responsável pela Dimensão Ecumênica na Diocese de Marília. A celebração de abertura da Semana ocorreu às 20h do dia 3, na Igreja Luterana. No dia seguinte, o grupo teve a oportunidade de participar na Casa Marianista da oração ao estilo de Taizé, momento conduzido pela Família Marianista que se envolveu ativamente nesse evento. Dia 5 de junho, quarta-feira, ocorreu um momento especial no Asilo São Vicente de Paulo, onde os idosos tiveram um momento de oração. Esteve presente o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini. Na noite da quinta-feira, dia 6, uma celebração ecumênica, conduzida pelo Pe. Willians e a Pastora Paula, reuniu centenas de cristãos no Colégio Sagrado Coração de Jesus. O encerramento da Semana de Oração teve, mais uma vez, a participação da Casa Marianista, que acolheu um sarau, animado pela Pastora Paula. Várias pessoas demonstraram seus dons em forma de poesias, leituras, “causos” pinturas e canções. O sarau foi encerrado com uma confraternização.

“A Semana de Oração é sempre um encontro entre pessoas que desejam lutar pela paz, pela unidade, pela cumplicidade e pelo bem de toda a sociedade. Tem havido aumento no número de pessoas que participam, acompanham as atividades, divulgam e compartilham o trabalho. De tal modo que este ano senti que meu trabalho foi menos puxado, pois tive mais pessoas com quem compartilhei as funções. Foi uma grande alegria celebrar mais esta Semana”, avaliou Pe. Willians. Para a Pastora Paula, é de extrema importância celebrar esta união com igrejas cristãs. “É uma forma de demonstrar para as pessoas que as nossas diferenças não têm valor algum perante o amor de Deus por todas as pessoas”, afirmou. “Nossas celebrações e orações nos ensinam que, para Deus, não importa como somos e o que temos e, sim, a intenção do nosso coração para com nossos próximos”, complementou Paula. A pastora lembrou que a Semana de Oração pela Unidade Cristã ensina que, diante de tantas tragédias e tristezas deste mundo, quando se unem pela paz e dignidade de vida de todas as pessoas, é que se entende o verdadeiro papel do cristão neste mundo. Desde o ano passado, quando o evento começou a ser celebrado, foi criado um grupo, com católicos e luteranos, que se reúne periodicamente para discutir as ações ecumênicas na cidade de Marília e para preparar a Semana de Oração pela Unidade Cristã. Neste ano, passou a integrar essa equipe Cláudia Regina Caniatto de Souza, que faz parte da Família Marianista. “Foi uma experiência gratificante de união, amor e respeito ao próximo. O mais importante é o que nos une: o amor de Deus”, afirmou a leiga marianista. Foto: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

Uma das atividades da semana foi a Oração ao Estilo de Taizé, realizada na Casa Marianista


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Comunidade Éfeta completa 30 anos com diversas atividades

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rês décadas da Comunidade Éfeta foram celebradas neste mês de junho em Marília. O grupo é formado por surdos e intérpretes da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Para comemorar a data, foram programadas diversas atividades e, no dia 14, houve uma homenagem na Câmara Municipal de Marília. A filha da fundadora da Comunidade Éfeta, Dona Emília Fagnani, Ione de Fátima Francisco, recebeu o documento em nome do grupo. Em seu discurso, ela pediu que o poder público capacite as pessoas que prestam atendimento no serviço de saúde, pois esta é uma das maiores dificuldades que os surdos têm. Ione fez um apelo para que os políticos enxerguem os surdos como cidadãos e que respeitem seus direitos essenciais. No dia 15, foi celebrada uma missa, seguida de um jantar comemorativo. E

Foto: Comunidade Éfeta

Grupo da Comunidade Éfeta na missa solene em comemoração aos 30 anos de criação

no final do mês, os surdos e intérpretes tiveram um momento de confraternização com uma festa ao estilo Anos 60. Um dos surdos que participa de todas as festividades é Odair Castro, que faz parte da comunidade desde sua fundação. “Antes da Comunidade Éfeta existir, nós, os surdos, não conhecíamos nada sobre a Igreja, nem sobre o Evangelho. Nós não recebíamos nenhum tipo de ensinamento”, lembrou Odair. A entrevista com o surdo foi possível graças ao traba-

lho da intérprete Bianca Yonemotu, que atua com Libras há 11 anos. Por meio de Bianca, Odair disse: “Todos nós temos problemas na vida e é muito fácil se desviar do caminho certo nas horas difíceis. A vivência com a Comunidade me dá muita emoção e força para continuar no caminho bom. Hoje eu entendo que seguir os exemplos de Jesus e de Maria é o que me faz ser feliz”. O coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Sil-

va, afirmou que é um orgulho existir essa pastoral na Diocese de Marília: “Nesses tempos de inclusão, nós, como Igreja, podemos nos sentir alheios, quando, na verdade, devemos ser os primeiros a incluir. A Comunidade Éfeta tem feito um trabalho bonito de evangelização e também inclusão. Nosso sentimento é de gratidão a esses irmãos que assumiram essa pastoral. Devemos, também, reconhecer o trabalho dos religiosos marianistas e dos frades franciscanos, que sempre dão suporte espiritual para eles”. A Pastoral da Comunicação (Pascom) iniciará o trabalho de inserção de Libras em seus vídeos produzidos e divulgados pelo site da Diocese e pelas redes sociais. “É uma forma de acessibilidade, visto que a comunidade católica também é formada por fiéis surdos, que merecem estar a par dos acontecimentos e informações”, considerou Bianca.


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Julho de 2019

Destaque Fiéis demonstram sua fé durante o Corpus Christi No dia 20 de junho, milhares de fiéis se reuniram para a Solenidade de Corpus Christi e acompanharam o Santíssimo Sacramento em procissão pelas ruas das cidades. Neste ano, a Cáritas Diocesana de Marília distribuiu folder nas paróquias, com a prestação de contas da arrecadação da Coleta da Solidariedade. Fotos: Divulgação

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Solenidade de Corpus Christi levou às ruas das 37 cidades que compõem a Diocese de Marília milhares de fiéis no dia 20 de junho. Na sede da Diocese, uma multidão de cerca de 13 mil pessoas se reuniu ao lado da Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, onde a Santa Missa foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e concelebrada por dezenas de sacerdotes, de todas as paróquias da cidade. Em sua homilia, o bispo ressaltou que todos estavam unidos em torno da Eucaristia, o Pão vivo que desceu do céu e, por isso, é missão de todo católico “comungar Nosso Senhor Eucarístico dignamente, vivendo em comunhão entre nós e colocando-nos a serviço uns dos outros”, disse. Destacando o trabalho das diversas pastorais sociais da Igreja, o bispo diocesano afirmou que, para os que se alimentam do Corpo e Sangue de Cristo, “o desejo de servir é sempre mais forte que as dúvidas e as dificuldades”, e concluiu: “nos coloquemos a serviço, caminhando em união de fé e caridade, comprometendo-nos com o Reino de Deus, que está no meio de nós”. A solenidade deste ano teve a par-

Acima (em sentido anti-horário), fiéis em Marília, Oriente, Rinópolis, Bastos e Dracena

ticipação especial de surdos e mudos que pertencem à Comunidade Éfeta, que completou, em junho de 2019, 30 anos de evangelização e inclusão na cidade de Marília. Os membros da Comunidade participaram da missa juntamente com intérpretes, que fizeram sua tradução na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). Os fiéis das 19 paróquias de Marília participaram da missa campal e depois seguiram, em procissão, até o largo da Igreja Matriz de Santo Antônio. No trajeto, o Corpo de Cristo foi conduzido por ruas enfeitadas com tapetes feitos de serragem colorida. O trabalho de decoração dos quarteirões contou com cerca de 800 voluntários. Na praça da Matriz de Santo Antônio, já no início da noite, a solenidade foi encerrada, com a bênção do Santíssimo Sacramento. O gesto foi repetido em todas as outras 36 cidades que compõem a Diocese de Marília, sendo que em muitas localidades, a tradição da confecção dos tapetes foi mantida ou então recuperada. Foi o que ocorreu em Pracinha. A Paróquia Santa Luzia iniciou a confecção dos tapetes na Solenidade de Corpus Christi do ano passado e, segundo o vigário paroquial, Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza, neste ano houve maior adesão dos paroquianos. “As pastorais se envolveram com a preparação do material e com a confecção dos tapetes. O espírito de união, alegria e amor por Jesus motivaram os fiéis a se dedicarem nesta festa. Tudo foi feito com muito amor!”, contou ele. O enfeite das ruas representa o zelo dos fiéis, que manifestam publicamente sua fé católica na Eucaristia e preparam o caminho por onde passa Jesus Sacramentado. Para enfeitar as ruas, além da serragem colorida,

foram utilizados borra de café, tampinhas de garrafa e cascas de ovos, guardados e preparados durante os meses que antecedem a festividade. Outra modalidade de preparação das ruas incentivou a solidariedade dos fiéis. Em Panorama, a Paróquia São José motivou a comunidade a doar alimentos não perecíveis, fraldas geriátricas e também lençóis. O material doado enfeitou a primeira parte do trajeto, que saiu da Igreja Matriz e foi até a Capela São José Operário. De acordo com a secretaria paroquial, foram arrecadados 380 kg de alimentos, 41 pacotes de fraldas e 18 lençóis, encaminhados, posteriormente, ao Serviço de Ação Social Paroquial (Sasp), que trabalha com famílias carentes. SOLIDARIEDADE Durante as celebrações na Região Pastoral I, fiéis receberam folder da Cáritas Diocesana de Marília, com a prestação de contas da Coleta da Solidariedade deste ano, ocorrida no dia 14 de abril, no Domingo de Ramos. Por questões gráficas, as cidades das Regiões Pastorais II e III distribuíram os impressos nas missas do final de semana seguinte. Em todas as paróquias, os fiéis contribuíram com uma arrecadação de R$ 244.107,29, sendo que 40% foi enviado ao Fundo Nacional de Solidariedade, e 60% ficaram na Diocese. Desta porcentagem, 3% foi destinado para as atividades da equipe da Campanha da Fraternidade (CF), que motiva a coleta, 10% para os projetos da Cáritas Diocesana e o montante de R$ 127.863,40 foram repartidos, pelo Conselho Gestor do Fundo Diocesano (FDS), entre 26 entidades sociais distribuídas em todo o território diocesano.


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Clero celebra Santificação Sacerdotal em Adamantina Na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, os ministros ordenados da Diocese de Marília se reuniram para o Dia de Santificação Sacerdotal. O encontro foi realizado em Adamantina, na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, e as reflexões foram conduzidas pelo Pe. José Antônio de Sousa, CJS.

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a segunda sexta-feira após a Festa de Corpus Christi, os fiéis católicos celebram a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Todos os anos, nesse dia, celebra-se o Dia de Oração pela Santificação Sacerdotal. A iniciativa foi do Pe. Mario Venturini, que dedicou sua vida e apostolado à santificação do clero e fundou, em 1926, a Congregação Jesus Sacerdote. Esta congregação está presente na cidade de Marília e, há muitos anos, esta é a oportunidade de reunir o clero diocesano e religioso para um dia de espiritualidade. Assim, no dia 28 de junho, os ministros ordenados se reuniram em Adamantina, na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, onde participaram da Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Tradicionalmente, o momento é sempre conduzido por padres da Congregação de Jesus Sacerdote e este ano falou o Pe. José Antônio de Sousa, CJS, da Paróquia São Judas Tadeu. O religioso elaborou a reflexão acerca do conteúdo das sete homilias pronunciadas pelo Papa Francisco, por ocasião das Missas da Ceia do Senhor, celebradas durante a Semana Santa, desde o início do seu pontificado até hoje. “Foi um ambiente de oração, proporcionando, assim, um momento importante de espiritualidade e fraternidade sacerdotal”, considerou o pregador. O Pe. José Antônio pediu aos ministros ordenados que procurem, com a graça de Deus, serem autênticos pastores, que vivem a alegria sacerdotal. O encontro foi marcado pela oração, mas também foi um momento de confraternização dos padres e diáconos. Todos os anos, o encontro é preparado pela Pastoral Presbiteral, atualmente presidida pelo Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, pároco da

Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Ministros ordenados da Diocese refletiram as sete homilias pronunciadas pelo Papa Francisco nas Missas da Ceia do Senhor

Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis. Segundo ele, a Diocese de Marília é privilegiada por ter em seu território a Congregação de Jesus Sacerdote e ter, todos os anos, o encontro do Dia de Santificação Sacerdotal motivado pelos religiosos. “Este é sempre um momento para rezarmos. Só o encontro já é uma graça. E um detalhe importante desse dia ocorre depois do momento de deserto, quando atendemos a confissão uns dos outros. Um momento realmente bonito. E sempre concluímos o encontro com a adoração ao Santíssimo Sacramento”, comentou o Pe. Valdo, evidenciando que o Dia de Santificação Sacerdotal é importante para fortalecer os laços, partilha e renovação da fé e da esperança “É mesmo um momento de santificação”, complementou. Neste ano, participaram pela primeira vez do encontro os dois diáconos, Danilo Cordeiro da Silva e Vitor Hugo Pinheiro, recém-ordenados. “Rezar pela nossa santificação é pedir que seja feita a vontade de Deus em nossas vidas, mesmo que pareça difícil demais. Somente assim, seremos verdadeiramente felizes e nos santificaremos. Esta é a experiência de confiar-se totalmente a Deus: a vontade d’Ele para nossas

vidas triunfa sobre todo vento contrário”, afirmou o Diácono Danilo, que exerce seu ministério nas paróquias Santa Genoveva, de Irapuru, e São José, de Flora Rica. O Diácono Vitor disse que considerou o encontro muito bom. Sobre sua expectativa para o sacerdócio, ele contou que tem vivido em oração. “Minha expectativa para o sacerdócio tem me levado a perseverar na oração e a servir com alegria os irmãos e irmãs, por meio do ministério diaconal”, observou. O diácono atua na Paróquia São Pedro Apóstolo, na cidade de Garça. PARÓQUIAS A devoção ao Sagrado Coração de Jesus começou a partir de 1673, quando Santa Margarida Maria de Alacaque recebeu várias revelações de Jesus Cristo, o que fez com que formasse uma equipe de apóstolos, hoje conhecido como Apostolado. Na Diocese de Marília, duas paróquias são dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus, sendo nas vizinhas cidades de Marília e Vera Cruz. Na sede da Diocese, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus teve as festividades a partir do dia 25 de junho. No primeiro dia, houve uma missa presidida pelo Pe. Silvio Cesar

Quaio, na qual houve a bênção dos pães. No dia 26, houve a bênção do sal, na missa presidida pelo Pe. Willians Roque de Brito. E no dia seguinte, o Pe. André Luiz Martins dos Santos presidiu a missa com a bênção da água. No dia dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, houve uma procissão saindo da Fundação Bradesco em direção à Igreja Matriz, onde foi presidida a missa festiva em honra ao padroeiro. A celebração foi presidida pelo administrador paroquial, Pe. Adeflor Xavier Pereira Junior, o Pe. Lico. Em Vera Cruz, o dia do padroeiro é feriado na cidade. Porém, como muitos habitantes trabalham em cidades vizinhas, como Marília, as festividades foram feitas no período da noite. Antes da missa, houve a consagração e entrega das fitas aos novos zeladores do Apostolado da Oração, cuja devoção é o Sagrado Coração de Jesus. Em seguida, houve procissão com o andor do Coração de Jesus. E, para encerrar as atividades, o pároco e reitor do Santuário Sagrado Coração de Jesus, Pe. Marcos Roberto Marques Ortega, presidiu a Santa Missa.


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Pentecostes reúne 2.600 fiéis nas três Regiões Pastorais

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iéis das três Regiões Pastorais da Diocese de Marília estiveram reunidos, no dia 16 de junho, para o Cenáculo de Pentecostes, evento preparado pela Renovação Carismática Católica (RCC) e que, tradicionalmente, ocorre no final de semana seguinte à solenidade de Pentecostes. Segundo o assessor diocesano da RCC, Pe. Adeflor Xavier Pereira Junior, isso é feito para que os membros da RCC estejam em suas respectivas paróquias para celebrar com suas próprias comunidades a solenidade litúr-

gica do Pentecostes. Em 2019, o tema refletido nos encontros foi “Unidos de coração, vivemos um novo Pentecostes” (Cf. At 2,1-4). Em Garça, os fiéis da Região I estiveram reunidos no Grêmio Teatral Leopoldo Fróes, onde os pregadores foram Isio Ribeiro e André Luis, da Diocese de Assis (SP). Um dos participantes foi Claudinei Silva de Oliveira, de Pompeia, que considerou a experiência fantástica. “Pudemos discernir que é nossa missão mostrar o rosto de Jesus. E foi o próprio Cristo que falou em nossos corações”, disse.

A Escola Maria do Carmo Menezes Mendonça, de Lucélia, acolheu fiéis da Região II e lá estiveram pregando Mauricio Alves Pereira, e sua irmã, Rita, da Diocese de Osasco (SP). “Foi um verdadeiro derramamento do Espírito Santo em nosso meio. Saímos renovados para a missão”, garantiu Damiana Silvério, de Osvaldo Cruz. Na Região III, um dos fiéis que esteve no Ginásio de Esportes, em Pauliceia, foi Alécio Gama Coutinho Lopes Ferreira. Ele afirmou que o Cenáculo foi um grande sopro de Deus sobre sua vida e sua família. “Nossa

comunidade ficou repleta de alegria”, disse Alécio, morador da cidade. Em Pauliceia, o evento foi pregado por Heber Campos, da Diocese de Itapetininga (SP). Sobre o sucesso do Cenáculo deste ano, que reuniu cerca de 2.600 pessoas em toda a Diocese, o coordenador diocesano da RCC, Ivan Tonini, revelou que já sentia, em seu coração, que este ano seria diferente, que algo muito especial e extraordinário o Senhor realizaria. “O Espírito Santo renovou os participantes dos três eventos”, finalizou. Fotos: RCC Diocesana

Garça sediou Cenáculo de Pentecostes da Região I

RCC da Região II se reuniu em escola de Lucélia

Na Região III, fiéis celebraram Pentecostes em Pauliceia

Centro Diocesano promove formação Osvaldo Cruz sedia encontro da para agentes da Pastoral do Dízimo Pastoral do Batismo e reúne 103 fiéis Com o objetivo de reunir os agentes da Pastoral do Dízimo e acompanhar sua caminhada, foram realizados, no dia 2 de junho, eventos simultâneos nas três Regiões Pastorais. Os Encontros de Formação da Pastoral do Dízimo ocorreram, respectivamente, em Marília, na Paróquia São Miguel Arcanjo; em Iacri, na Paróquia São Luiz Gonzaga; e em Junqueirópolis, na Paróquia Santo Antônio. Ao todo, estiveram reunidas cerca de 180 pessoas nas três Regiões da Diocese. Os eventos tiveram como base as reflexões do Documento 106 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “O Dízimo na Comunidade de Fé”, que traz o dízimo como um processo de evangelização. “O texto não aborda o dízimo como uma questão financeira, de quantidade. Mas a partir da ótica de que, por meio do dízimo, trabalhamos uma boa evange-

lização. O dinheiro deve ser aplicado na experiência da evangelização, no anúncio do Reino de Deus”, comentou o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva. Em um segundo momento, foi motivada uma partilha entre os agentes de pastoral e suas paróquias. “Percebemos algumas lacunas, como a dificuldade de trabalhar a Pastoral do Dízimo numa inserção com outras pastorais da paróquia para haver uma verdadeira pastoral de conjunto”, compartilhou. Segundo o sacerdote, o próximo passo, agora, será organizar uma comissão diocesana da Pastoral do Dízimo, que terá o objetivo de motivar, exortar e fomentar a experiência do dízimo nas paróquias, a partir da ótica da evangelização. “A resposta das paróquias foi boa e acredito que em alguns meses já teremos a comissão formada”, concluiu o Pe. Marcos.

A Pastoral do Batismo realiza seus encontros regionais e, em 30 de junho, a Capela Rosa Mística, da Paróquia São José, de Osvaldo Cruz, sediou o encontro da Região Pastoral II. O evento reuniu 103 pessoas e foi conduzido pelo Pe. Marcelo Henrique Gonzalez Dias, assessor diocesano da Pastoral do Batismo, e pelos leigos Dorival Nogueira Santana, de Junqueirópolis, e João Batista Toledo, de

Marília. Na oportunidade, foi apresentado o novo material diocesano para os encontros de preparação para pais e padrinhos. Esse material foi elaborado pela Equipe Diocesana de Iniciação à Vida Cristã. Segundo o Pe. Marcelo, a Região II tem melhorado muito a participação nos encontros regionais, o que se traduz numa maior motivação para o trabalho pastoral. Foto: Pascom | Paróquia São José de Osvaldo Cruz

Encontro em Osvaldo Cruz fecha ciclo de formações nas três Regiões Pastorais


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São Pedro, padroeiro da Diocese, é festejado em três paróquias As cidades de Garça, Tupã e Pauliceia realizaram diversas atividades em homenagem a São Pedro, que também é patrono da Diocese de Marília. O apóstolo está sepultado abaixo do altar da Basílica de São Pedro, no Vaticano, sendo a pedra sobre a qual foi construída a Igreja de Cristo.

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Diocese de Marília tem como padroeiro São Pedro Apóstolo, que foi escolhido, entre os doze apóstolos, para ser a pedra sobre a qual Cristo construiu sua Igreja, a Igreja Católica Apostólica Romana. O apóstolo está sepultado abaixo do altar da Basílica de São Pedro, no Vaticano. A escolha de Pedro se deu pelo sua profissão de fé e seu espírito de liderança. Foi ele quem proclamou Cristo o Filho de Deus e, embora tenha falhado, negando Jesus três vezes, reconciliou-se com Ele. A missão de Pedro, assim como dos demais apóstolos, foi

ser testemunha da Ressurreição e proclamar a Boa Nova no primeiro século. Ele foi crucificado, de cabeça para baixo, na perseguição aos cristãos, pelo imperador Nero. Este apóstolo, a quem sucederam todos os Papas da história da Igreja, foi escolhido, após a criação da Diocese de Marília, para ser o padroeiro deste território. O dia dedicado a ele é 29 de junho. E sendo patrono da Diocese de Marília, São Pedro Apóstolo também dá nome a uma paróquia em cada Região Pastoral. Uma delas, em uma extremidade, fica na cidade de Garça, e foi criada em 27 de outubro de

Fotos: Pascom das paróquias São Pedro de Garça, Tupã e Pauliceia

Fiéis de Garça celebraram missa do padroeiro em templo recém reformado

Festividades em honra a São Pedro reuniram fiéis em Matriz de Tupã

Em Pauliceia, carreata levou imagem do padroeiro pelas ruas da cidade

1935; a outra, mais centralizada no território diocesano, foi a primeira paróquia criada em Tupã, em 30 de junho de 1936. Por fim, quase na outra extremidade da Diocese, existe uma paróquia dedicada a São Pedro em Pauliceia e ela foi criada em 16 de julho de 1958. Em cada uma dessas cidades, as paróquias realizaram diversas atividades para envolver seus fiéis em torno do dia do padroeiro, feriado municipal nas três cidades. Em Garça, de 25 a 28, os fiéis contaram com missas diárias. No dia 27, a comunidade contou com a presença do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Na celebração do padroeiro, 29 de junho, uma procissão saiu às 9h e culminou com a missa solene de São Pedro Apóstolo. Na paróquia de Tupã, houve um tríduo preparatório de 24 a 26 de junho, sendo que alguns padres foram convidados. Nos dias 27, 28 e 29, foi realizada uma quermesse. E no feriado do padroeiro, houve uma procissão a partir das 18h, seguida da missa festiva, com a participação de fiéis das quatro paróquias da cidade. Em Pauliceia, as festividades já foram iniciadas no dia 21 de junho, com uma novena em honra ao padroeiro. Foram nove dias de celebração, cada oportunidade com um tema específico e um sacerdote celebrante. Na cidade, como não há missa aos sábados, a celebração do Dia de São Pedro Apóstolo ocorreu no domingo, dia 30, quando centenas de fiéis se reuniram na Igreja Matriz. Antes, porém, houve uma carreata com a imagem do padroeiro. PROJETOS SOCIAIS No dia do padroeiro da Diocese, na sede da Cáritas Diocesana, em Marília, houve a entrega dos cheques aos 26 projetos sociais contemplados em 2019 com recursos da Coleta da Solidariedade (Confira mais detalhes na próxima edição).

Comissão prepara o Mês Missionário Extraordinário E outubro será celebrado o Mês Missionário Extraordinário, proclamado pelo Papa Francisco com o objetivo de promover a consciência da missão além fronteiras. Na Diocese de Marília, a preparação nas paróquias tem à frente a Comissão Missionária Diocesana (Comidi). O assunto será tema das Atualizações de Leigos e também do Clero, que ocorrerão no mês de agosto, com a assessoria do Pe. Maurício da Silva Jardim, diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM). Além dessa formação, o Comidi também está preparando subsídio para que as paróquias realizem atividades, como encontros, recitação do Terço Missionário; e uma vigília eucarística, a pedido do Papa, para o dia 19 de outubro. Segundo o assessor do Comidi, Pe. Willians Roque de Brito, dentre as atividades, a prática das visitas missionárias será a mais estimulada, ainda que seja em apenas um espaço específico da paróquia. Quanto à vigília eucarística, a proposta é que tenha ao menos uma hora de duração. O material está em fase final de preparação e deverá ser entregue às paróquias no início de agosto. Para a elaboração do subsídio que será entregue, o Comidi estudou as propostas feitas durante o último Encontro Diocesano de Agentes de Pastoral, realizado em fevereiro. A missa de abertura do Mês Missionário Extraordinário na Diocese de Marília ocorrerá durante a Assembleia Diocesana, marcada para 22 de setembro. EM GARÇA A missionariedade está em destaque na cidade de Garça, na Região Pastoral I. Nos dias 8 e 9 de junho, foi realizado o retiro interparoquial, que reuniu cerca de 120 pessoas da Paróquia São Pedro Apóstolo e do Santuário Nossa Senhora de Lourdes. Esta foi a primeira etapa das Santas Missões Populares, que depois terá a visita missionárias a 16 mil residências, com a realização de uma pesquisa para saber qual é a realidade religiosa do município. O retiro foi conduzido pelo Pe. Willians e, segundo o pároco da Paróquia São Pedro, Pe. Anderson Messina Perini, o evento empolgou bastante os missionários. Foto: Pascom | Paróquia São Pedro Apóstolo de Garça

Retiro reuniu fiéis das duas paróquias da cidade de Garça


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Coleta para Lugares Santos tem arrecadação 17,92% maior que em 2018

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o dia 19 de abril, fiéis da Diocese de Marília atenderam ao convite do Papa Francisco e contribuíram com uma coleta realizada em todas as paróquias. A Coleta para os Lugares Santos, realizada na Sexta-feira Santa, tem como objetivo promover iniciativas para a manutenção dos lugares que conservam a memória de Jesus Cristo. A iniciativa sensibiliza os fiéis sobre o

valor da solidariedade para com os católicos presentes na região da Terra Santa, onde a grande maioria dos moradores são muçulmanos e judeus. A arrecadação de 2019 na Diocese de Marília teve um aumento de 17,92% em comparação ao valor obtido no ano passado, que foi de R$ 42.527,70. Neste ano, a soma da Coleta para os Lugares Santos nas paróquias foi de R$ 50.151,44.

FIQUE DE OLHO ANTI-DROGAS De 19 a 26 de junho, a Pastoral da Sobriedade motivou a celebração da Semana Nacional Antidrogas, que objetiva conscientizar e mobilizar a sociedade quanto ao problema. Na Diocese, muitas paróquias tiveram testemunhos de dependência em recuperação, durante missas e catequese. VISITA PASTORAL O bispo Dom Luiz Antonio Cipolini realizou, em junho, duas visitas pastorais, sendo a primeira ao Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, no dia 6. Lá, um dos momentos de destaque foi o encontro que Dom Luiz teve com familiares dos três seminaristas da cidade, João Victor Bonzanini, Frederico Coqueiro Dias e Renan Esteves. Outra visita ocorreu à Paróquia Santo Antônio, de Marília, do dia 21 ao dia 23. O bispo se reuniu com pais e catequizandos e também conversou com fiéis do Círculo Católico Estrela da Manhã, da Pastoral Nipo-Brasileira (Panib). PPI A Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) fará sua assembleia eletiva em 6 de julho. O evento, que ocorrerá em Tupã, no Centro de Convivência Monsenhor Afonso Haffner, terá a participação da coordenadora estadual, Sandra Regina Capana Michellin, de Limeira (SP). SHALOM A Jornada Masculina de Shalom está marcada para os dias 13 e 14 de julho de 2019, na Casa Pastoral Diocesana Dom Os-

valdo Giuntini, em Adamantina. São oferecidas 50 vagas e a expectativa é que o evento tenha o mesmo sucesso e participação da Jornada Feminina, realizada no mês de maio. CATEQUISTAS Nas férias de julho, a equipe diocesana da Catequese propõe nova formação para os catequistas das paróquias. A iniciativa deverá ser de 22 a 26 de julho, por paróquia ou micro-região. Para este ano, o tema é “Itinerário Catequético – Iniciação à Vida Cristã: um processo de inspiração catecumenal”. PASTORAL LITÚRGICA A equipe diocesana de Liturgia conduzirá, no dia 28 de julho, o 4º Encontro de Formação para Equipes de Liturgia e Grupos de Música Litúrgica, que este ano terá como tema “Ano Litúrgico – Ciclo do Natal”. Integrantes de todas as paróquias estarão reunidos, das 8h às 16h, no salão da Paróquia São José, de Osvaldo Cruz. RETIRO INACIANO A Casa Pastoral de Adamantina sediará mais uma edição do Retiro Inaciano para Leigos. O evento será iniciado às 18h do dia 30 de agosto e tem encerramento previsto com almoço no dia 1º de setembro. Esta é a segunda iniciativa, que terá novamente a assessoria do Pe. Luís Renato, SJ, que desta vez pregará o tema “O silêncio é o caminho que conduz Deus ao Coração”. A inscrição terá um custo de R$ 250,00 e os interessados podem contatar o Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, através do fone (18) 99714-4095.

CIDADE | PARÓQUIA Adamantina | Santo Antônio de Pádua Adamantina | Quase-Paróquia São Francisco de Assis Adamantina | Nossa Senhora de Fátima Álvaro de Carvalho | Santa Cecília Arco-Íris | Senhor Bom Jesus Avencas | Nossa Senhora Auxiliadora Bastos | São Francisco Xavier Dracena | Nossa Senhora de Fátima Dracena | Nossa Senhora Aparecida Dracena | São Francisco de Assis Flora Rica | São José Flórida Paulista | Nossa Senhora Aparecida Garça | São Pedro Apóstolo Garça | Nossa Senhora de Lourdes Herculândia | Sant’Ana Iacri | São Luiz Gonzaga Inúbia Paulista | Imaculado Coração de Maria Irapuru | Santa Genoveva Junqueirópolis | Santo Antônio Lucélia | Sagrada Família Mariápolis | Imaculada Conceição Marília | São Judas Tadeu Marília | Maria Mãe da Igreja Marília | São Bento Marília | Nossa Senhora da Glória Marília | Santo Antônio Marília | Nossa Senhora de Fátima Marília | Santa Isabel Marília | São Sebastião Marília | São Miguel Arcanjo Marília | Sagrada Família Marília | Santa Rita de Cássia Marília | Nossa Senhora de Guadalupe Marília | Santa Antonieta Marília | Santa Edwiges Marília | Sagrado Coração de Jesus Marília | Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Marília | São João Batista Marília | Nossa Senhora de Fátima (Jóquei) Monte Castelo | Santa Cecília Nova Guataporanga | Nossa Senhora Aparecida Oriente | Nossa Senhora Aparecida Osvaldo Cruz | São José Ouro Verde | Nossa Senhora Aparecida Pacaembu | Nossa Senhora das Graças Panorama | São José Parapuã | Imaculada Conceição Paulicéia | São Pedro Apóstolo Paulópolis | Nossa Senhora Aparecida Pompéia | Nossa Senhora do Rosário Pracinha | Santa Luzia Queiroz | Nossa Senhora Aparecida Quintana | Nossa Senhora Aparecida Rinópolis | Nossa Senhora Aparecida São João do Pau D'Alho | São João Batista Sagres | São Benedito Salmourão | São João Batista Santa Mercedes | Nossa Senhora das Mercês Tupã | São Pedro Apóstolo Tupã | São Judas Tadeu Tupã | Nossa Senhora Auxiliadora Tupã | São José Operário Tupi Paulista | Nossa Senhora da Glória Vera Cruz | Sagrado Coração de Jesus

TOTAL

VALOR 516,55 685,70 1.250,10 146,60 75,80 200,00 2.140,00 800,00 1.100,00 373,00 215,50 249,55 1.694,61 341,70 734,00 1.068,95 100,00 1.307,10 1.440,00 2.171,90 243,56 384,50 426,10 836,75 635,00 1.120,00 708,25 983,40 454,00 1.065,50 457,70 250,00 244,50 1.332,05 1.674,95 1.152,45 193,25 1.386,00 495,90 40,00 80,00 596,02 2.245,90 734,20 348,00 1.515,40 1.248,35 166,00 79,00 837,10 212,75 259,50 789,30 1.300,00 110,75 128,30 1.708,60 79,00 1.211,85 1.026,90 1.017,05 1.270,55 2.162,00 330,00

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Atualidade Em Assembleia, bispos elegem nova diretoria do Regional

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Diocese de Marília participou, do dia 10 ao dia 13 de junho, da 82ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as dioceses do Estado de São Paulo. O evento foi realizado em Itaici, Indaiatuba (SP) e contou com a presença de 51 bispos e também coordenadores diocesanos de pastoral e representantes dos Organismos ligados ao Regional. A Diocese de Marília esteve representada pelo bispo Dom Luiz Antônio Cipolini, pelo coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, o Pe. Carlos Roberto dos Santos, como secretário da Sub-Região Pastoral de Botucatu, da qual a Diocese de Marília faz parte, e também pelo Pe. Tiago Barbosa, jornalista convidado pelo

Foto: Regional Sul 1 da CNBB

Participantes da 82ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1, reunidos em Itaici

Regional. Durante os três dias de assembleia, o episcopado paulista teve momentos de oração, estudos, votação e debates pastorais. As novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o próximo quadriênio (2019-2023) foi o tema central da Assembleia e quem o refletiu foi o bispo diocesano de Jales (SP), Dom José Reginaldo Andrietta.

Pe. Marcos, um dos representantes da Diocese de Marília, comentou que um aspecto refletido em Itaici foi a valorização das pequenas comunidades. “As agora chamadas ‘comunidades eclesiais missionárias’. Falamos da importância de se retomar os primórdios da nossa Igreja, com os pequenos grupos de reflexão e também celebração”, rememorou o coordenador diocesano de pastoral.

Outros dois momentos marcaram a 82ª edição da Assembleia: primeiramente, o episcopado paulista elegeu sua nova presidência. Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo diocesano de Mogi das Cruzes (SP), foi reeleito presidente; e Dom Edmilson Amador Caetano, bispo diocesano de Guarulhos (SP), continua como vice-presidente. Já Dom Luiz Carlos Dias, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, foi escolhido como secretário-geral. Outro momento de destaque deste ano foi a comemoração do Jubileu de Prata da presença missionária do Regional Sul 1 no Regional Norte 1 da CNBB. Para marcar a data, foi lançada a Edição “25 anos da Missão Amazônia”, uma publicação que conta memórias e testemunhos ao longo desses anos de comunhão e solidariedade entre os dois regionais.

Papa marca canonização da primeira santa brasileira O Vaticano anunciou, no dia 1º de julho, a cerimônia de canonização de Irmã Dulce para o dia 13 de outubro. A primeira mulher nascida no Brasil se tornará santa em uma celebração presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, em Roma. A cerimônia ocorrerá durante a realização do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia e, junto de Dulce, outros quatro beatos serão canonizados. Sua beatificação ocorreu em setembro de 2010. O “Anjo Bom da Bahia”, como era conhecida a Irmã Dulce, tornou-se beata em cerimônia realizada no Brasil, em 22 de maio de 2011, pelo enviado especial do então Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo, então arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil. A partir de então, ela passou a ser chamada Bem-Aven-

Foto: Reprodução da Internet

Irmã Dulce foi beatificada em 2011, no Brasil, e canonização ocorrerá no Vaticano

turada Dulce dos Pobres. O anúncio da canonização também foi feito e comemorado no Brasil pelo atual arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, e pela superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Pontes. Em uma coletiva de imprensa na capital baiana, Dom Murilo informou que o nome santo da religiosa será Santa Dulce dos Pobres e que

seu dia celebrado será sempre 13 de agosto, a partir do ano de 2020. Em território brasileiro, uma cerimônia em ação de graças foi marcada para 20 de outubro e será na Arena Fonte Nova, em Salvador. Em Roma, em 14 de outubro, Dia da Santíssima Trindade, será celebrada missa agradecendo o dom de Irmã Dulce, na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses, construída no século XVII.

HISTÓRIA DA RELIGIOSA Irmã Dulce nasceu em Salvador, em 26 de maio de 1914, com o nome de batismo de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Desde cedo se destacou, entre os pobres, por suas obras de caridade e assistência aos necessitados. Mesmo antes de iniciar a vida religiosa, aos 13 anos, ela passou a acolher mendigos e doentes da cidade de Salvador na casa de sua família, que passou a ser chamada “A Portaria de São Francisco”. Pouco antes de completar 20 anos, ela ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Como religiosa, continuou dedicando sua vida aos pobres e doentes, até sua morte, em 13 de março de 1992, aos 77 anos.


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Julho de 2019

Região I Pe. Wagner Montoz prega Retiro das Equipes de Nossa Senhora

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s Setores A e B das Equipes de Nossa Senhora (ENS), de Marília, realizaram seu retiro anual no Seminário Diocesano Rainha dos Apóstolos. Realizado do dia 31 de maio ao dia 2 de junho, o evento contou com a participação de 75 casais. Para pregar o retiro, foi convidado o Pe. Wagner Antonio Montoz, reitor do Seminário Diocesano Rainha dos Apóstolos. O sacerdote tratou de diversos assuntos estudados pelas ENS neste ano de 2019, que tem como tema “Reconciliação: sinal de amor”. Segundo Adriana Bertoncini Tomé, juntamente com o esposo, Oswaldo Tomé Júnior, disse que o Pe. Wagner foi convidado pois, no passado, quando morava em Marília,

Foto: Ricardo Molina | Pascom | Diocese de Marília

Casais dos Setores A e B participaram do Retiro Anual das ENS no Seminário Diocesano

acompanhava as ENS e tem muito conhecimento a respeito do movimento. Além das palestras, o Retiro Anual das ENS contou com momentos de espiritualidade, com adoração ao Santíssimo Sacramento, Santas Missas e Terço Meditado.

“Os casais equipistas avaliaram bem o encontro e ficaram maravilhados com a sabedoria, a espiritualidade e a humildade do Pe. Wagner. Ele conduziu o retiro com muita sensibilidade e alegria. Foi um final de semana para os casais refletirem suas

vidas”, disse Adriana. Ana Paula e Leonardo Mikio Okimura participaram do Retiro Anual das ENS pela primeira vez e comentaram que o assessor apresentou tudo em uma linguagem muito clara. “Voltamos do retiro querendo fazer tudo melhor, querendo ser melhores”, afirmou Ana Paula. Mesmo tendo ouvido falar do retiro por meio de outros casais, Neila e Raphael Aparecido Barreto da Silva se surpreenderam ao fazer sua primeira experiência. “Os momentos de deserto, tanto individuais como em casal, foram muito importantes para nosso crescimento como pessoas, como cristãos e dentro das ENS. Ficamos com vontade de participar de mais retiros”, disseram.

Região III Paróquia de Dracena oferece formação para 90 agentes de pastoral

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o último domingo de junho, dia 30, a Paróquia São Francisco de Assis, de Dracena, promoveu um encontro para Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, membros da Pastoral Litúrgica e pessoal das equipes de canto. O evento reuniu cerca de 90 pessoas na Igreja Matriz de São Francisco de Assis. A ideia partiu de uma paroquiana, Rosana Fortunato Leite Baralde, que, em julho do ano passado, participou de um evento em Bastos, o Encontro de Liturgia e Música, promovido para toda a Diocese de Marília. Na ocasião, o assessor foi o então Diácono Tiago Barbosa, que hoje é sacerdote e foi convidado para conduzir em Dracena e replicar a formação para os paroquianos.

Foto: Pascom | Paróquia São Francisco de Assis de Dracena

Formação contou com ministros extraordinários, cantores e membros da Liturgia

Em 2018, somente três agentes da Paróquia São Francisco de Assis, além de Rosana, estiveram em Bastos. O evento entusiasmou o grupo de tal maneira que eles voltaram para sua paróquia e começaram a amadurecer a ideia de oferecer essa formação para os demais paroquianos.

A ideia agradou o pároco, Pe. Ângelo José Biffi, que passou a apoiar o grupo na organização deste encontro de junho. A preparação do encontro começou em fevereiro deste ano e os organizadores convidaram o Pe. Tiago para assessorar. O sacerdote abordou o tema “Liturgia, Eucaristia e Música” e a ava-

liação dos organizadores foi positiva: “Foi excelente; uma tarde muito proveitosa”, observou Rosana. Letícia Mendonça dos Santos, que integra a equipe de canto, foi uma das participantes do encontro e considerou a formação “sensacional”. “Ele expôs, através da palestra e de oficinas, o quanto a liturgia é importante para a comunidade paroquial. Devemos sempre estar preparados, pois transmitimos o amor de Jesus para as pessoas que vão até o encontro Dele. A liturgia é sagrada e devemos sempre proclamá-la”, lembrou. Segundo Rosana, a ideia é que este seja apenas o primeiro encontro de formação. “Queremos promover mais eventos, com outros temas, em nossa paróquia”, finalizou ela, que é coordenadora dos Mesc.


NO MEIO DE NÓS

Julho de 2019

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Região II Após 31 anos desativada, capela de Pracinha é reformada e reinaugurada

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o dia de Santo Antônio, 13 de junho, a comunidade do Bairro Três Botecos, que pertence ao município de Pracinha, viveu um momento histórico: a resolução de um problema que começou há mais de três décadas. Não existe registro da data da construção da Capela Santo Antônio, mas considera-se que a comunidade tenha sido formada há cerca de 50 anos. Na década de 80, o Três Botecos era um bairro próspero e, embora estivesse no perímetro rural e sobrevivesse da agricultura de subsistência, tinha um pequeno comércio e era habitado por várias famílias. “Nossos domingos eram na capela e em torno dela”, contou Cleide Ferreira do Nascimento Barbosa, que mudou para São Paulo em 1986, após se casar com Claudemir Teixeira Barbosa. Com o êxodo, muitas pessoas como eles, partiram para cidades maiores, como Lucélia, Adamantina, Campinas (SP), para a capital e até mesmo para o vizinho Estado do Mato Grosso do Sul. Restaram algumas famílias e a última missa na capela foi celebrada em 1988. Desde então, a capela foi desativada, restando apenas o altar e as imagens de santos, que tiveram destino desconhecido. Nos últimos anos, com a estrutura comprometida, o local servia de abrigo para animais e até para usuários de drogas. “Soube da desativação por meio de parentes e fiquei triste. Voltei para cá em 2017 e estava em um momento muito difícil. Minha casa fica em frente à capela e olhar aquilo tudo abandonado me deixava ainda mais triste”, contou Cleide.

A mesma tristeza inquietava o Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza, vigário paroquial, que atua em Lucélia e Pracinha desde o início de 2018. “A capela fica na estrada vicinal entre Pracinha e Lucélia e um dia resolvi parar e conversar com os moradores. Disseram para não perder meu tempo, que a maioria das pessoas era protestante”, lembrou ele, que não desistiu e visitou sítio por sítio, para conhecer os moradores. “Quando ele chegou, aguardávamos o rapaz da internet em nosso sítio, mas ele veio dizendo que trazia outro tipo de conexão”, divertiu-se Cleide, ao lembrar da primeira vez que viu o Pe. Diego. O sacerdote descobriu que a grande maioria dos moradores era católica, mas desmotivados e afastados da vida em comunidade. “Foi então que comecei, no início de 2018, a celebrar missas mensais, sempre nos sítios. Primeiro, queria motivar a espiritualidade do povo, para depois reformar a capela”. A obra começou em março de 2019 e, ao todo, foram gastos em torno de R$ 20 mil, com vidros, portas, forro, telhado, iluminação, sistema elétrico, pintura e pavimentação. Os recursos vieram das paróquias de Pracinha e Lucélia, e por meio de doações de fiéis. O Pe. Diego esteve em Minas Gerais, de onde trouxe imagens em arte barroca. A missa de reinauguração foi presidida pelo Pe. Diego e concelebrada pelo pároco, Pe. Adriano dos Santos Andrade, e pelos sacerdotes do Mosteiro da Divina Misericórdia, que fica próximo à capela. Estiveram presentes cerca de 400 fiéis. Foto: Pascom | Paróquia Santa Luzia de Pracinha

Exterior da capela reformada, na noite da reinauguração, dia de Santo Antônio

São Luiz Gonzaga, patrono da juventude, é festejado em Iacri A comunidade católica de Iacri festejou, no dia 21 de junho, seu padroeiro, São Luiz Gonzaga. A celebração começou com uma procissão às 18h30, que saiu da Capela Santa Luzia e seguiu para a Igreja Matriz. No percurso, os fiéis entoaram cantos e levaram a imagem do padroeiro, cujo histórico foi lido durante o trajeto. Na Matriz de São Luiz Gonzaga, houve a missa festiva, presidida pelo pároco, Pe. Sidnei de Paula Santos. Luiz Gonzaga nasceu em 9 de março de 1958, em Roma, na Itália. Era o primogênito de Ferrante Gonzaga, que queria que o filho seguisse seus passos de soldado e comandante no exército imperial. Com cinco anos de idade, já vestia uma couraça, com escudo, capacete, cinturão, espada e marchava atrás

do exército do pai. Aos 12 anos, porém, após ter recebido a primeira comunhão das mãos de São Carlos Borromeu, decidiu entrar para a Companhia de Jesus. Ele renunciou à herança paterna e passou a se dedicar aos mais humildes, sobretudo, doentes da epidemia que acometeu Roma em 1590. Essa aproximação com os doentes fez com que contraísse uma doença e morresse em 21 de junho de 1591, aos 23 anos de idade. O corpo de São Luiz, “Patrono da juventude”, repousa na igreja de Santo Inácio, em Roma. Ele era dotado de temperamento forte. As duras penitências às quais se submeteu foram sinais de determinação não comum, rumo a uma meta que se havia proposto claramente desde a primeira adolescência.

Foto: Valdemir Andreassa | Paróquia São Luiz Gonzaga de Iacri

Imagem do padroeiro é levada em procissão antes da missa festiva em Iacri

Pastoral da Saúde encerra ciclo de encontros regionais para agentes A Pastoral da Saúde realizou no dia 9 de junho seu encontro regional na cidade de Pracinha. Cerca de 200 agentes de pastoral da Região II estiveram reunidos na Paróquia Santa Luzia. Eles refletiram o tema “Estive enfermo e me visitastes” (Mt 25,36) e quem falou sobre o assunto foi o assessor diocesano, Pe. Domingos de Jesus, e a psicóloga Irmã Diva Alves dos Santos, de Herculândia. Também estiveram presentes o vigário paroquial de Pracinha, Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza, e o Pe. Jorge

Ricardo Cintra da Silva, de Mariápolis, que acompanha a Pastoral da Saúde na Região Pastoral II. Segundo a coordenadora diocesana, Solange da Costa Maximino, o encontro foi avaliado como positivo. “Foi maravilhoso, tanto as palestras, quando a recepção de Pracinha”, considerou. Os demais encontros foram realizados em maio nas Regiões I e III. Solange informou que agora a equipe diocesana prepara para outubro, em Adamantina, um encontro para todos os agentes de pastoral da Diocese.


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Julho de 2019

Setor Juventude motiva realização da Semana Jovem

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este mês de julho, o Setor Juventude propõe a realização de um momento de reflexão para os jovens da Diocese de Marília. A proposta é que as paróquias realizem a Semana Jovem, mas o assessor diocesano, Pe. Francisco dos Anjos Andrade, explicou que o Setor Juventude não está sugerindo um tema específico para os jovens refletirem. “Pedimos, apenas, que aprofundem algum momento que foi trabalhado durante o Sínodo dos Bispos sobre a Juventude, realizado no ano passado, em outubro”, disse o sacerdote. Segundo ele, diversos temas foram discutidos em Roma, com relação às dificuldades enfrentadas pela juventude atualmente. “Também podem trabalhar o discernimento vocacional dos jovens”, complementou o Pe. Francisco, lembrando que a Exortação Pós Sinodal, “Christus Vivit” (Cristo Vive) traz ao jovem a alegria e um novo sentido para viver. Da mesma maneira, o Setor Juventude também dá liberdade para as paróquias realizarem o evento na data que considerarem apropriada. “O importante é reunir todas as expressões juvenis da paróquia ou da cidade”, lembrou o Pe. Francisco.

Foto: Arquivo

Jovens de Marília, reunidos no ano passado durante Semana Jovem na Catedral

Em Marília, na sede da Diocese, a Semana Jovem é realizada desde 2004 e começou como um projeto da Paróquia São Miguel Arcanjo, ligado ao grupo de jovens Jusami (Juventude São Miguel), posteriormente assumido pelo Setor Juventude da cidade de Marília. Para a 16ª edição, os organizadores propõe a reflexão do tema “Buscar até Te encontrar”, do dia 14 ao dia 20 de julho. As atividades e pregações se concentrarão na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade. O evento terá nove pregadores, no total, e dentre eles estará Nicole Salt, jovem de 18 anos, que evangeliza jovens por meio da música, e Rodrigo Ferreira, da Missão Louvor e Glória. Embora reúna jovens de toda a cidade de Marília e também da região, outras

iniciativas ocorrerão em Marília e em cidades próximas à sede da Diocese. Na Paróquia Santa Rita de Cássia, no Bairro Nova Marília, a Semana Jovem ocorrerá de 7 a 12 de julho e será encerrada com a Romaria Juvenil, que levará cerca de 100 jovens peregrinos ao Santuário Nacional de Aparecida. Nas cidades vizinhas de Vera Cruz, Oriente e Pompeia as paróquias também motivam seus jovens. Em Vera Cruz, o Santuário Sagrado Coração de Jesus realizou a Semana Jovem do dia 30 de junho ao dia 6 de julho, sendo que os jovens tiveram pregações, feitas por diversos convidados, lual e momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. Em Tupã, três das quatro paróquias (São Pedro Apóstolo, Nossa Senhora

Auxiliadora e São José Operário) reunirão seus jovens de 14 a 21 de julho. Cada dia haverá uma atividade, sempre em uma paróquia. Os jovens terão pregação, recitação do terço, adoração, “Cine Pipoca”, “Papo Jovem”, Lual e gincana. Na Região III, uma cidade que realizará a 19ª edição da Semana Jovem será Junqueirópolis. O evento será do dia 20 ao dia 27 de julho e a organização geral será do Projeto Despertar, um grupo de jovens ligado à Paróquia Santo Antônio. Segundo o vigário paroquial, Pe. Edson Barbosa, a Semana Jovem envolverá toda a comunidade e cada dia um grupo, pastoral ou movimento ajudará os jovens nas atividades propostas. A juventude terá o auxílio de membros da Renovação Carismática Católica (RCC), do Terço dos Homens, do Encontro de Casais com Cristo (ECC), entre outros. “Isso é a Pastoral de Conjunto”, lembrou o sacerdote. Os jovens de Junqueirópolis também aproveitarão a Semana Jovem para se preparar para o Dia Nacional da Juventude (DNJ), evento que sediarão este ano, em 20 de outubro. “Por esse motivo, escolhemos refletir, agora, o tema do DNJ, que será ‘Construindo a civilização do Amor’”, concluiu o Pe. Edson Barbosa.


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