Jornal No Meio de Nós - Edição 246 - fevereiro de 2019

Page 1

NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 21 | Edição 246 | Fevereiro de 2019

www.diocesedemarilia.net.br

JMJ 2019 reúne Papa e jovens no Panamá

Foto: JMJ Panamá 2019

Encontro de Assessores e Agentes será em 24 de fevereiro A cidade de Adamantina sediará o 36º Encontro Diocesano de Assessores e Agentes de Pastoral em 24 de fevereiro. O evento ocorrerá no Centro Universitário de Adamantina (Unifai) e será conduzido pelo novo coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva. O enfoque do encontro deste ano será a missão e a proposta é que os participantes reflitam sobre como vivenciar o Mês Extraordinário da Missão, proposto pelo Papa Francisco para outubro deste ano. Página 12

Álvaro de Carvalho sedia Semana Missionária 2019

Palavras de Papa Francisco, o sucessor de Pedro, tocaram coração dos jovens reunidos no Panamá para JMJ

Uma multidão de 600 mil jovens, dentre eles quase 6 mil brasileiros, esteve reunida no Panamá, que sediou a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2019. A 34ª edição do evento refletiu o “sim” de Maria, através do lema “Eis aqui a serva do Senhor, façase em mim segundo a Tua palavra”, e contou com a presença do

Santo Padre, o Papa Francisco. Do dia 22 ao dia 27 de janeiro, a JMJ teve diversos momentos, como celebrações, catequese, a tradicional Via-Sacra e os discursos do sucessor de Pedro, cujas palavras penetraram no coração dos jovens do mundo todo. A Diocese de Marília também esteve lá. Além do Caminho

Neocatecumenal, que tradicionalmente participa da JMJ, também viajaram jovens de algumas paróquias, e dois voluntários, de Marília e Vera Cruz, que se inscreveram para esse trabalho. A próxima Jornada, em 2022, será em Lisboa, Portugal. Páginas 8 e 9

Foto: Paróquia Santa Cecília de Álvaro de Carvalho

Bispo participou com seminaristas e candidatos ao diaconato

Página 11

ENFOQUE

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

Dom Antônio Duarte, médico pediatra e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, fala do sofrimento como busca de encontro com Deus

Pe. Silvio César Quaio, que também tem formação em Enfermagem, aborda como superar o sofrimento por meio da oração.

A Apóstola Rosely Francisco dos Santos, afirma que os profissionais da Saúde devem ver o paciente como o prório Cristo.

Página 4

Página 5

Página 2

Cerca de 600 casas do município de Álvaro de Carvalho foram visitadas, de 22 a 27 de janeiro. Estiveram, na Paróquia Santa Cecília, 27 seminaristas, dois que já concluíram os estudos e aguardam a ordenação, sete alunos da Escola Diaconal São Lourenço e o bispo Dom Luiz Antonio Cipolini, que foi quem iniciou esta experiência, em 2015.

Falecem padres Antônio e Miro, após período de internações A Diocese de Marília perdeu os cônegos Antônio Flumignan, em 16 de janeiro, e Valdemiro Cândido do Símbolo, no dia 4 de fevereiro. Eles estavam internados em Marília e foram sepultados, respectivamente, em Presidente Prudente e em Rinópolis. Página 16


2

| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

Editorial O calvário do sofrimento humano

N

o dia 11 de fevereiro, a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora de Lourdes e, junto dela, o Dia Mundial do Enfermo. Por isso, a edição deste mês propõe aos leitores a meditação da dor e da enfermidade à luz do sofrimento redentor de Cristo. As sagradas páginas nos mostram que o desejo de Deus é uma

vida saudável. Diversos textos apresentam o ser humano pedindo ao Senhor a saúde e a cura, pois, na mentalidade bíblica, estas são dons divinos. A sabedoria do Antigo Testamento já afirmava que o Senhor “eleva a alma e ilumina os olhos, dando saúde, vida e bênção” (Eclo 34,17). Na plenitude dos tempos, Jesus acolhe os enfermos, sente com-

paixão de suas dores e os cura dos males físicos e espirituais, mostrando que a saúde refere-se ao corpo e à alma. Trata-se da salvação! Ao assumir o sofrimento da Cruz como instrumento da redenção humana, Nosso Senhor aponta que, depois de Sua Paixão, Morte e Ressurreição, nenhum padecimento é estéril. Nestes últimos dias, dois pres-

bíteros da Diocese de Marília fizeram sua passagem para a eternidade: o Cônego Antônio Flumignan, no dia 16 de janeiro, e o Cônego Valdemiro Cândido do Símbolo, no dia 03 de fevereiro. Após a enfermidade e a dor, alcançaram, no céu, a visão daqueles mistérios que celebraram na terra. Que o Senhor os recompense pelo bem realizado em nosso meio!

Enfoque

A doença é ocasião de encontro com Deus Ilustração: Vitor do Prado Nunes Simão

DOM ANTÔNIO DIAS DUARTE

É

a dor, física ou psíquica, uma das grandes interrogações do ser humano, chegando até o ponto de questionar a existência de Deus, ou até mesmo a sua bondade eterna. Realmente, o drama da coexistência do bem e do mal causa, sobretudo em quem está carente do bem valioso da saúde, até mesmo uma revolta contra Deus. Na vida de um enfermo, Deus, o Bem absoluto, nunca está ausente. Está mais perto do que se imagina. Está de uma forma que pode até ser invisível, mas real: está como um Simão Cireneu ajudando a

carregar a cruz do sofrimento. A doença sempre é uma ocasião de encontro com Jesus Cristo sofredor, que escolheu a sua Paixão e Morte para nos amar e nos salvar do pecado. Abrindo as páginas da Bíblia se lê o sofrimento incrível de Jó e a dor que transpassa como uma espada o coração materno de Nossa Senhora aos pés da Cruz do seu Filho. Impressiona-nos a angústia, a profunda tristeza e o medo dolorido de Cristo no Horto das Oliveiras, chegando até o cumulo da maldade humana em cada passo da Via Sacra do Deus-Homem. Tanto sofrimento não foi em vão: trouxe para as vidas desses

personagens sofredores uma riqueza interior surpreendente, porque nos ensinaram que a certeza do Amor é o sacrifício que dá. Todas as pessoas no mundo têm sofrimentos, mas nem todas as pessoas sabem sofrer! A doença sofrida e a morte padecida trazem consigo uma mensagem de amor. Elas dizem com voz firme e forte: amem Deus que vem ao encontro de quem sofre, abram seus corações para o pedido divino que consiste na oferenda da dor como um ato amoroso e purificador. Dom Antônio Augusto Dias Duarte é um médico pediatra, doutor em teologia moral e bispo auxiliar na Arquidiocese do Rio de Janeiro

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@ diocesedemarilia.org.br | ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO: Pe. Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMADOR: Danilo Cordeiro Silva - MTB nº 86878/SP | CONSELHO EDITORIAL: Pe. Tiago Barbosa, Márcia Welter e Danilo Cordeiro | ILUSTRADOR: Vitor do Prado Nunes Simão | REVISÃO: Pe. Tiago Barbosa | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.net.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes


NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

| Nosso Pastor |

3

Palavra do Bispo A Igreja é missionária

A

letra de um antigo cântico sobre o mês missionário diz o seguinte: “A Igreja é missionária, pedras vivas somos dela, é portanto necessária, de nós todos a parcela, de labor comprometido com o Reino do Senhor, que ele seja construído, na paz, justiça e no amor”. De fato, o Papa Francisco tem insistido na expressão “Igreja em saída” e, ao instituir o Mês Missionário Extraordinário, ofereceu também o tema: “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”. O Papa tem dado testemunho de uma Igreja que não se acomoda na sacristia e nos escritórios, que não se autorreferência, mas sai ao encontro dos que estão nas periferias geográficas e existenciais. Acolhidos por Cristo e vivendo Nele, todos os batizados são enviados como testemunhas da vida nova, do novo céu e uma nova terra. A missionariedade é vocação de todo batizado.

Bispo empossa novos párocos Após anunciar as transferências de sacerdotes para o ano de 2019, o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, presidiu, em janeiro, diversas missas de posse dos novos párocos. Em Marília, ele deu posse ao Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva na Paróquia Santa Rita de Cássia e o Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá na Paróquia São Sebastião. No final do mês, em Tupã, o Pe. Luciano Pontes assumiu a Paróquia São Judas Tadeu, e o Pe. Márcio Rios assumiu a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. Foto: Arquivo pessoal

Pe. Luciano toma posse na Paróquia São Judas Tadeu

DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

Apesar de todas as crises, principalmente da crise humanitária pela qual o mundo passa, vivemos um momento de alegria e de esperança na Igreja. O renovado ardor eclesial do Papa Francisco é um grande sinal do Espírito. Isso exige que estejamos integrados, unidos, dispostos a ler a história e os acontecimentos na perspectiva da ousadia e da coragem. E coragem tem a ver com o coração, que tem a ver com o sentido. Uma vida cristã verdadeiramente plena de sentido é uma vida missionária. Experimentamos esta realidade na Semana Missionária, que aconteceu entre os dias 22 e 27 de janeiro, na Paróquia Santa Cecília, em Álvaro de Carvalho. Os jovens, o bispo, os padres, as religiosas, os seminaristas unidos a muitos leigos e leigas, experimentamos viver a realidade dos “evangelizadores com espírito”. “Evangelizadores com espírito quer dizer

evangelizadores que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo... Jesus quer evangelizadores que anunciem a Boa-Nova, não só com palavras mas sobretudo com uma vida transfigurada pela presença de Deus” (EG 259). Saímos pelas ruas da cidade ao encontro das famílias, dos doentes, dos presos e experimentamos o ardor de uma Igreja decidida a sair fora de si mesma a fim de evangelizar a todos. O “pulmão da oração” (EG 262) nos impulsionou e nos animou diante do cansaço e das dificuldades. Que todos possamos experimentar a alegria de ser Igreja missionária! Peço suas orações para o Pe. Claudinei de Almeida Lima, que está em missão em nossa Diocese Irmã de Coari, no Amazonas e para o Pe. Sidnei de Paula Santos que, neste mês de fevereiro, irá a Coari ministrar um curso de Teologia Bíblica. “Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário!” (EG 80).

AGENDA DO BISPO 01/02 – Apresentação do Pe. Guilherme Massoca Baptista como Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Pompéia. 03/02 – Apresentação do Pe. Denismar Rodrigo André como Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima (Jóquei), em Marília 12/02 – Reunião do Clero em Adamantina. 13/02 – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral em Tupã | Missa de Posse do Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá como Reitor do Seminário Propedêutico São Pio X. 14/02 – Missa de Posse do Pe. Wagner Antonio Montoz como Reitor do Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia Rainha dos Apóstolos. 16 e 17/02 – Escola Diaconal. 20/02 – Reunião de Agentes da Região Pastoral I na Paróquia São Pedro, em Garça. 21/02 – Terço no Lar São Vicente de Paulo. 24/02 – 36º Encontro Diocesano de Assessores e Agentes de Pastoral, em Tupã. 26/02 – Reunião da Sub-Região de Botucatu, no Seminário Diocesano Rainha dos Apóstolos. 27/02 – Reunião do Conselho de Presbíteros, em Adamantina. 28/02 – Reunião de Agentes da Região Pastoral II na Paróquia Sant’Ana, em Herculândia.


4

| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

Assessoria Litúrgica Espiritualidade Fogo, sinal do amor divino PE. ANDERSON MESSINA PERINI

O

fogo é algo fundamental na nossa vida e seu sentido se traduz também na Bíblia e na Liturgia. Na vida cotidiana, o fogo tem sentido de vida. É o calor do sol que dá energia ao nosso planeta e mantém a vida. Onde não há luz, a vida corre o risco de não existir. Na maioria das religiões, inclusive a nossa, o fogo é sinal da divindade. Para que os mortos encontrem o caminho, é necessário acender velas. Em alguns lugares é costume colocar uma vela acesa na mão do defunto. As velas ou as tochas acesas nas procissões expressam nossa busca de proximidade de Deus e o desejo de seguir o seu caminho, que é de luz. Em dias festivos, em alguns lugares, é costume acender velas no jantar ou no bolo de aniversário. O fogo tem sentido de destruição: transforma, purifica, espiritualiza. O fogo devora, queima, reduz as cinzas no incêndio. Na cozinha, transforma os alimentos e os torna saborosos. No emprego de metais, o fogo amolece, purifica e os molda. Por seu poder purificador, ele está presente nos ritos de penitência, o qual recebemos no sinal das cinzas, para que renasçamos e nos purifiquemos. Outro sentido presente no cotidiano é relacionar o fogo com a paixão. Por isso, ele representa o amor, o fervor, a dedicação ofertada e sacrificada. Acender uma vela a Deus ou aos santos é sinal de nosso amor e pedido de sua proteção. Na Bíblia, a primeira criatura divina foi a luz (Gn 1). Ela representa felicidade (Jó 29,3; Sl 89,16), salvação e proteção (Sl 27,1; Mq 7,8), sabedoria, orientação, palavra de Deus (Br 4,2; Sb 7,10; Sl 119,105), vida, sendo oposto às trevas que remetem à morte (Jó 33,30; Sl 36,10), e, por fim, a vida concedida pelo Senhor (Sl 18,29). Jesus afirma-se como luz do mundo e que seus discípulos também devem ser. Devemos ser filhos da luz e não

Há um grande mistério escondido no sofrimento das trevas. Vigilantes, com as lâmpadas acesas, portando o óleo suficiente para aguardar a vinda do noivo. A nova Jerusalém não necessita da luz do sol nem da lua, pois a glória de Deus a ilumina. O fogo ainda representa a transcendência e a santidade divinas, que aparece: na sarça ardente; na coluna de fogo no caminho do êxodo; Deus desceu sobre o Monte Sinai em meio ao fogo; a brasa ardente que purifica os lábios de Isaías; o carro de fogo que arrebata Elias; o batismo no Espírito Santo e no fogo; as línguas de fogo em Pentecostes etc. Na Liturgia, o sinal do fogo é empregado na Vigília Pascal para acender o fogo novo, sinal da luz de Cristo e nas brasas que queimam o incenso, sinal de nossa oração que sobe a Deus. No Círio Pascal, aceso no fogo novo, sinal de Cristo Ressuscitado, vencedor das trevas da morte, sol que não tem ocaso, luz que ilumina o mundo. Nas velas acesas do povo na Vigília Pascal, expressando sua fé e sua participação na ressurreição. Nas velas acesas entregues aos padrinhos no batizado, sinal que o batizado foi iluminado por Cristo, recebeu uma nova vida. Nas velas acesas no altar, representa a nossa fé, alegria, oração, devoção e vigilância. Por fim, a lâmpada acesa diante do sacrário é símbolo de presença, oração e adoração a Deus.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

D

Pe. Silvio César Quaio

eus nos ajuda na dor. Quer seja dor física ou emocional, Deus tem a consolação que precisamos. Explicar porque o homem sofre ainda é um grande mistério. E nos perguntamos: porque o homem bom sofre? Sabemos que a vida humana está marcada pela precariedade, a limitação e a mortalidade: é a nossa condição de criatura! Quando Jesus assumiu nossa humanidade em sua Encarnação, sofrendo a Paixão e Morte, trouxe-nos uma nova esperança: a Ressurreição. Assim, pe­la cruz de Cristo, recebemos d’Ele a salvação e o perdão, porque “fomos curados graças às suas chagas” (Is 53, 5). A dor de Cristo curou na raiz na humanidade o mal que o pecado causou; assim temos condições de superar a dor e manter a firme esperança, pois ela não nos decepciona: “Este é o meu consolo no meu sofrimento: a tua promessa dá-me vida” (Cf. Sl 119,50). A dor não é para sempre e o amor de Deus nunca acaba. “Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade!” (Lm 3,22-23). Por isso, há um grande mistério escondido no sofrimento, o de que, quando decidimos nos unir ao Senhor, Ele nos eleva ao alto grau de fé e amor, capazes de nos tornar sarças ardentes, braseiros vivos nas mãos de Deus para o bem da humanidade. Jesus veio para nos ajudar na dor. Ele entende nosso sofrimento, porque ele também sofreu nossa dor. Mas Jesus venceu toda a dor! Pela vida de oração, pelo sacrifício, na obediência e na paciência. Também podemos vencer o sofrimento e a dor, quando nos unirmos à Cruz de Cristo para a redenção da humanidade. Na solidão e no abandono é preciso ter coragem. O medo da dor e da morte nos assola, mas o verdadeiro fiel é aquele que se coloca nas mãos de Deus e confia: “Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice!

Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua” (Lc 22,42). A obra da Redenção continua em cada vida humana ofertada em sacrifício como “hóstia viva, santa e agradável a Deus” (Rm 12,1) para a salvação da humanidade “O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja” (Cl 1,24b). Aqueles que decidem se unir ao Senhor no sofrimento, na dor e na enfermidade “serão confortados em tudo pelo seu glorioso poder, tenhais a paciência de tudo suportar com longanimidade” (Cl 1,11), sobretudo no Céu, nossa morada definitiva, onde não haverá mais dor nem sofrimento. Até lá, Jesus nos ajuda a superar a dor, enquanto vivendo a esperança aguardamos a vinda do Cristo Salvador. Animemo-nos! Fortaleçamos nossa oração, nossa vida eucarística. Revivifiquemos nossa vida de Igreja e de comunidade para que, juntos, apoiados na mesma fé, “quando vier o perfeito, o imperfeito desaparecerá” (1Cor 13,10) e nossa alegria seja plena porque “Deus será tudo em todos” (1Cor 15,28). Por ora, “vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido” (1Cor 13,12). Veja! Este grande mistério, que muitas vezes não responde nossas perguntas acerca do sofrimento do homem bom e inocente, será desvelado na eternidade. A nós cabe, na fé e na esperança oferecer nosso sofrer, nossas dores ao Cálice de Cristo, que mistura sua Divindade à nossa humanidade para, pouco a pouco, nos encaminhar ao desfecho desta vida de dor e amor, sofrimento e entrega. Deus consolador vem com poder e “limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21,4). Pe. Silvio César Quaio é enfermeiro e vigário paroquial das paróquias Sagrado Coração de Jesus, de Marília, e Nossa Senhora Auxiliadora, de Avencas.


NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

| Vida Cristã |

5

Teologia e Pastoral A cama do doente é a cruz e o paciente é Cristo! Foto: Internet

IRMÃ ROSELY F. DOS SANTOS

“T

udo o que fizeres ao menor dos meus irmãos é a mim que o fizeste!” (Mt 25,45). Se esta afirmação de Nosso Senhor estiver em sua mente e em seu coração, tudo o que fizermos, não importa o quê, pensaremos em Cristo e faremos o nosso melhor! É assim que uma pessoa que se dedica aos enfermos deve ser. O cuidar sempre é uma tarefa que envolve muito amor, respeito e, acima de tudo, solidariedade e empatia, colocando-se no lugar do outro. Quando assistimos um doente, quer ele esteja acamado ou em sua fase terminal, devemos fazê-lo com muito carinho e compaixão. O enfermo é outro Cristo e, na sua dor e fragilidade, merece todo o apoio e conforto necessários. Quando o doente fica acamado devemos pensar que ele, quando está na atividade e com toda energia, precisa parar e se deixar amar e ser cuidado, o que não

O enfermo é como Cristo e, na sua dor e fragilidade, merece todo apoio e conforto

é nada fácil. Quando cuidamos de um enfermo, devemos encorajá-lo a sempre dar um passo a mais na paciência, pois o estado frágil em que se encontra um dia vai acabar. No cuidado de um enfermo em fase terminal, também devemos encorajá-lo e, acima de tudo, prepará-lo para o encontro definitivo com o Pai, fortalecendo sobretudo a sua fé com orações e incentivos para que ele não passe esse momento tão misterioso achando que está só e frá-

gil, pois estes sentimentos dão lugar ao medo de não saber quando e como será o pós-morte. As visitas nunca devem ser longas e as conversas devem gerar ânimo na pessoa enferma, pois, nem sempre uma enfermidade leva à morte e os doentes, mesmo os que estão em Unidades de Terapia Intensivas (UTI), costumam ter uma audição apurada. Valendo-se disso, devemos aproveitar cada momento para dizer ao paciente palavras oportunas e,

Direito e justiça na Sagrada Escritura PEDRO P. DE OLIVEIRA

Ao afirmar que o direito e a justiça são condições para a liberdade (Cf. Is 1,27), a Campanha da Fraternidade reconhece que a Política interessa à fé e que a prática da fé constitui, de certo modo, um exercício político. Direito é o termo utilizado pela Sagrada Escritura para designar a ordem justa da sociedade, que nem sempre é respeitada. Por isso, aparece acompanhado da palavra justiça, que é a base do Direito. Percebe-se que a justiça é a razão pela qual nos preocupamos com os mais pobres, com o objetivo de instaurar o projeto de Deus no mundo. Portanto, a justiça bíblica possui um sentido muito maior do que dar a cada um o que lhe per-

tence. Trata-se de uma justiça libertadora, referente ao melhoramento das condições do necessitado Se assumirmos, de fato, nossas responsabilidades, promoveremos a justiça de Deus. Para isso, é preciso cumprir nossos deveres e obrigações. Se no mundo ainda não prevalece a justiça, se as políticas governamentais não conseguem cumprir o que são chamadas a desempenhar, isso não justifica a nossa falta de caridade, de cuidado e atenção para com os pobres e necessitados. A sociedade precisa cada vez mais de pessoas responsáveis, honestas e justas naquilo que fazem. É urgente combater a inaceitável situação de desigualdade social, que se desdobra em miséria, desemprego e indiferença com os

que sofrem. A Igreja é desafiada, sempre à luz do Evangelho, a auxiliar os diferentes segmentos sociais na adoção de critérios mais consistentes na elaboração de planejamentos, iniciativas e reformas. Daí a necessidade de debates e reflexões para qualificar projetos e possibilitar escolhas inteligentes, capazes de impulsionar a sociedade rumo a um futuro melhor. A história mostra que não é possível avançar quando se tem apenas propostas demagógicas. Por isso, temas de reconhecida importância para o país precisam ser debatidos, com participação de todos, em busca do Direito e da justiça. Pedro Pereira de Oliveira é membro da equipe diocesana da Campanha da Fraternidade

sobretudo, incentivá-lo a amar mais a Deus. A cama onde o doente está deitado “é a cruz”, o paciente “é Cristo” e a recuperação da saúde dele deve assumir o aspecto de uma “ressurreição”, de uma vida nova. Por isso, é preciso ajudá-lo neste momento de fragilidade. Portanto, é necessário entender que a visita ao enfermo é muito importante, pois faz o doente recordar que ele é parte do Corpo Místico de Cristo e, por isso, deve aprender a configurar-se com o Cristo sofredor. A enfermidade leva a pessoa a tomar consciência dos valores permanentes e transcendentes de sua fragilidade e da precariedade que a existência humana contém. É bom lembrar o doente que seu sofrimento o leva à união com o Cristo que, na sua cruz, estava unido a todos os que padecem. Nossas dores fazem parte da Paixão de Cristo, pois com Ele O ajudamos a salvar a humanidade. Irmã Rosely Francisco dos Santos é Apóstola do Sagrado Coração de Jesus

ANIVERSARIANTES

01/

ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 06/02 - Pe. Antônio Padula - Marília; 09/02 - Pe. Marcelo Antonio dos Santos - Tupã; 15/02 - Pe. Paulo Joaquim de Souza - Adamantina; 27/02 - Pe. Francisco José del Barrio Tosantos, SM - Marília; ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL 02/02 - Pe. Mauricio Pereira Sevilha - Marília; 02/02 - Pe. Wagner Antonio Montoz - Marília; 03/02 - Pe. Adriano Alves Pereira - Marília; 07/02 - Pe. Ângelo José Biffi - Dracena; 07/02 - Pe. José Gilmar Moreira, RSV - Marília; 07/02 - Pe. Márcio Roberto Rios Martins - Tupã; 07/02 - Pe. Rogério de Lima Mendes, CP - Sagres/Salmourão/ Osvaldo Cruz; 08/02 - Frei Edson Pereira Lopes, OFM - Garça; 10/02 - Pe. Edson de Oliveira Lima - Quintana/Paulópólis; 15/02 - Pe. Anderson Messina Perini - Garça; 15/02 - Pe. Tony Funabashi Takuno - Álvaro de Carvalho/Garça; 17/02 - Pe. Carlos Roberto dos Santos - Tupã; 20/02 - Pe. Willians Roque de Brito - Marília; 22/02 - Pe. José Orandi da Silva - Marília; 22/02 - Pe. Nelson Bernardino Lopes - Parapuã; 25/02 - Pe. Valdemar Cardoso - Tupi Paulista; 27/02 - Pe. José Carlos Vicentin - Marília; 27/02 - Pe. Sérgio Luiz Roncon - Bastos.


6

| Notícias |

NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

ERA UMA VEZ...

Diocese

Perseguindo a lebre

Eacre apresenta tema anual e homenageia casal que fundou ENS em Marília

“Corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus” (Hb 12,1c-2a) Era uma vez um cachorro que viu uma lebre correndo pelo prado. Estava faminto e, imediatamente, saiu em disparada perseguindo o pequeno animal. Um outro cão que passava por ali viu o cachorro correndo, mas não viu a lebre. Impulsivamente começou a correr também. Mais dois ou três cachorros da redondeza ouviram os latidos e seguiram a matilha. A caçada durou umas duas horas, até que alguns cachorros foram ficando pelo caminho. Ao entardecer, apenas um cachorro perseverou e capturou sua presa. Este, não se deixou desviar durante a corrida por terem os outros cães desistido, nem abandonou a corrida por causa dos abismos, dos matagais, dos espinhos ou feridas até apanhar a lebre. Adivinhe qual? Fácil, não é? Aquele que no início da tarde viu a lebre e sabia atrás do que estava correndo. REFLEXÃO É assim que deve também proceder o cristão que anseia por Cristo Senhor: olhar incessantemente para a cruz de Cristo e não desanimar diante das dificuldades até alcançar o Crucificado. A finalidade da luta, da caçada e do caminho é Deus. Não desistamos antes de encontrá-lo. Pense nisso.

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis

C

ento e dez casais estiveram em Marília nos dias 19 e 20 de janeiro. Na oportunidade, foi realizado, nas dependências do Colégio Cristo Rei, o Encontro Anual dos Casais Responsáveis de Equipes (Eacre) das Equipes de Nossa Senhora (ENS). Além de Marília, Garça e Pompeia, cidades da Diocese de Marília que têm o movimento, também participaram do evento casais de Assis e Paraguaçu, da vizinha Diocese de Assis. Todos esses casais fazem parte da Província Sul II, Região SP Oeste I. O Eacre apresentou o tema de estudo das ENS em 2019, que é “Reconciliação, Sinal de Amor” e quem falou sobre o assunto foi o Cônego José Carlos Dias Tófolli, conselheiro espiritual da Região SP Oeste I. O evento em Marília teve a presença do casal responsável pela Super Região Brasil, ou seja, o casal nacional, Lú e Nelson, que passaram as orientações para o ano de 2019 e se dispuseram a tirar as dúvidas dos participantes. Para tomarem conhecimento sobre questões atuais do país, enquanto Igreja e movimento cristológico, os casais assistiram a um vídeo sobre o Sínodo para a Amazônia, uma resposta do Papa Francisco à realidade da Pan-Amazônia, marcado para ocorrer em outubro de 2019. O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, foi convidado para presidir a missa do sábado, que foi concelebrada pelo Cônego Tóffoli e pelo Pe. Adriano Alves Pereira, conselheiro espiritual do Setor B, e Frei Roberto Luiz dos Santos, OFM, e Pe. José Gilmar Moreira, SV, ambos conselheiros de equipes do Setor A das ENS. O Eacre deste ano foi sediado pela cidade de Marília e quem coordenou o evento foram os casais Rosilene Morelatti e Luiz Fernando Morelatti, responsáveis pelo Setor Marília A, e Adriana Bertoncini Tomé e Oswaldo Tomé Junior, casal responsável pelo Setor B. Um momento de destaque do Eacre 2019 foi a ho-

menagem feita a casais que estão há décadas fazendo parte do movimento. É o caso de Marilene Mussi Guimarães e Sílvio Pereira Guimarães, que formaram, com outros seis casais, a primeira Equipe de Nossa Senhora na cidade de Marília. O ano era 1960 e a primeira equipe recebeu o nome de Nossa Senhora Aparecida, com a motivação de um casal que veio de Curitiba (PR). “Anos depois, o saudoso Pe. Gervásio Labbé ministrou um curso, com o tema “Por um mundo melhor” e vimos lá a oportunidade de convidar casais e lançar a semente. E em 1963 foram criadas as equipes 2 e 3 na cidade de Marília”, recordou Marilene, que atualmente faz parte da equipe Nossa Senhora do Carmo. Além do casal, também foram homenageados Venicio Aurélio Onofre e Maria Diva Piment Onofre, e Welman Cury e Lourdes Cury, sendo que os três fazem parte da mesma equipe. Marilene e Sílvio deram seu testemunho, tanto da criação das ENS na Diocese de Marília, quanto de um casamento duradouro, que gerou quatro filhos, dez netos e sete bisnetos. “Sempre colocamos Deus como centro em nossas vidas e contamos com a proteção de Nossa Senhora, que nos acompanha em nossas alegrias e dificuldades. Sem as ENS, não teríamos formado uma família tão abençoada”, afirmou Marilene. Sobre a homenagem, ela disse que os casais mais antigos foram instrumento para lançar sementes que frutificarão naqueles casais que lhe prestaram a homenagem. “Nós plantamos e agora eles têm a tarefa de regar e fazer frutificar. Nós fomos o começo e eles são a continuação do movimento”, considerou. “Esse testemunho nos fez ter mais ânimo e motivação para continuarmos firmes nas Equipes de Nossa Senhora”, disse Fábia Cristina Paes, casada com Edimir Rodrigues. Eles fazem parte do movimento há dois anos e meio. Foto: Ricardo Molina

Estiveram presentes casais de Marília, Garça, Pompeia, Assis e Paraguaçu, que fazem parte da Província Sul II


NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

| Notícias |

7

Crianças e adolescentes arrecadam R$ 8 mil para África

A

Infância e Adolescência Missionária (IAM) da Diocese de Marília, divulgou o resultado da Campanha da Ação Solidária “Dá-me de beber” (Jo 4,7), realizada desde novembro até início de dezembro de 2018. A campanha teve o objetivo de promover a conscientização sobre o papel da água, sua importância e desafios na vida do povo na região de Cabo Delgado, província da Diocese de Pemba, na África. A iniciativa teve o gesto concreto solidário, para a construção de pelo menos três poços artesianos na missão assumida pelo Regional Sul I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na Diocese, por meio de orações e ofertas. Motivado pela IAM do Regional Sul 1, que compreende as dioceses do Estado de São Paulo, grupos da Infância e Adolescência Missionária da Diocese de Ma-

Foto: IAM Diocese de Marília

Crianças construíram poço para trabalhar conscientização da importância da água

rília realizaram encontros para reflexão sobre essa temática e trabalharam para arrecadar doações nas suas paróquias. As crianças também incentivaram os benfeitores a fazerem uma oração, em família,

para os missionários, pela Diocese de Pemba e por esse projeto. Em toda a Diocese de Marília, o resultado do gesto concreto resultou no valor de R$ 8.727,65. A avaliação da Cam-

panha foi positiva e a coordenação da IAM ressaltou o empenho e o comprometimento das crianças e adolescentes em realizá-la. “Eles se sentiram felizes por ajudarem irmãos missionários de outro continente e, de fato, criou-se a conscientização acerca do cuidado para com a água”, comentou Rodinei Célio Andrade, coordenador diocesano da IAM. Segundo ele, a Infância e Adolescência Missionária Diocesana agradece a cada pessoa que contribuiu para esta campanha na Diocese, tanto financeiramente como através das orações pela Diocese de Pemba. Os leitores do Informativo NO MEIO DE NÓS que quiserem colaborar com a missão assumida pelo Regional Sul 1 da CNBB, podem enviar sua contribuição através de depósito na conta do Banco do Brasil – agência 2800-2 e C/C 686868-1.


8|

Notícias |

NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

Especial JMJ 2019 reúne 600 mil jovens de todo mundo no Panamá Mais de 600 mil jovens, entre eles quase 6 mil brasileiros, estiveram neste país da América Central, do dia 22 ao dia 27 de janeiro. A JMJ 2019 teve como lema “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua palavra”. Participantes da Diocese de Marília que estiveram lá contam como foi esta experiência. Fotos: Arquivo pessoal | JMJ Panamá 2019

Momentos da Jornada Mundial da Juventude no Panamá

“E

sta es la juventud del Papa”. Sob estes gritos, o Papa Francisco foi recepcionado por uma multidão de jovens, que estiveram reunidos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2019. Para o evento deste ano, o Santo Padre esteve no Panamá, país da América Central, que acolheu a 34ª edição da JMJ, realizada a cada três anos em nível internacional. Uma multidão de mais de 600 mil jovens, dentre eles quase 6 mil brasileiros, estiveram reunidos do 22 ao dia 27 de janeiro, e participaram de diversas atividades, como as catequeses, ministradas por bispos de todas as partes. Na cerimônia de abertura da JMJ e acolhida do Sumo Pontífice, os jovens emocionaram o Papa quando carregaram a cruz missionária e desfilaram com as bandeiras de seus países. Outros, ainda, deram seu testemunho de fé e disseram a Francisco o quanto a experiência religiosa mudou suas vidas e perspectivas. O Santo Padre começou seu discurso com humildade e positividade: “Lembro-me que, em Cracóvia (onde a JMJ foi realizada três anos atrás), alguns me perguntaram se estaria presente no Panamá e eu lhes respondi: ‘Eu, não sei; mas Pedro estará lá certamente. Pedro estará’. Alegra-me poder-vos dizer hoje: Pedro está convosco, para celebrar e renovar a fé e a esperança”, disse ele, no Campo Santa Maria la Antigua, em Cinta Costera. Para esta edição da Jornada, o Papa escolheu as palavras da Virgem ao Anjo: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua palavra”. E Francisco aproveitou o entusiasmo dos jovens para pedir que fizessem como Maria e dissessem seu “sim”. “Saberemos nós responder ao anjo, como Maria?”, indagou o Pontífice. Ele não esqueceu de agradecer aos organizadores da JMJ Panamá, que prepararam, com grande entusiasmo, o evento. “Obrigado por terem tido a coragem de construir e hospedar, por terem dito ‘sim’ ao sonho de Deus, que é ver os seus filhos reunidos”, concluiu o Papa em seu primeiro momento com a multidão de jovens. Assim como no Brasil, a JMJ Panamá também contou com a participação de voluntários, vindos de várias partes do mundo, para auxiliar

a recepção e a condução deste grandioso evento para a juventude mundial. Dois jovens da Diocese de Marília que se inscreveram para servir foram selecionados e chegaram ao país três dias antes, tendo participado de treinamentos. Dandara Cristina da Silva Lima, da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Marília, e Júnior Roberto do Nascimento Caetano, do Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, iniciaram seu período de serviço no aeroporto, auxiliando os jovens que chegavam de diversos países. Enquanto Dandara auxiliou na enfermaria, Júnior encaminhava os peregrinos aos alojamentos ou hotéis. Antes do evento, eles também participaram, com todos os voluntários internacionais de um momento de limpeza de uma praia e uma ação social com a comunidade local, com momento de diversão e interação com crianças panamenhas. A experiência de servir foi considerada transformadora por Dandara. Ela já tinha participado da JMJ realizada no Rio de Janeiro, em 2013, e em Cracóvia, em 2016. “Ser voluntário é se doar totalmente. É servir ao outro sem querer nada em troca. É renunciar a si mesmo para um bem comum. Já no primeiro dia no Panamá, pude sentir o significado de servir”, afirmou ela. Ao todo, foram 19.500 voluntários e eles tiveram um encontro particular com o Papa Francisco. “Experimentamos como a fé adquire um sabor e uma força completamente novos: torna-se mais viva, dinâmica e real. Experimenta-se uma alegria diferente pela oportunidade de trabalhar lado a lado com os outros para atingir um sonho comum”, afirmou o Papa em seu discurso para os voluntários. “Foi uma mistura de emoção com sensação de dever cumprido, pois entre tantos, Deus me escolheu para servir”, disse Júnior. Além dos dois voluntários, a Diocese de Marília também teve outros representantes na JMJ. O Pe. Adriano dos Santos Andrade, de Lucélia, esteve lá e considerou muito rica a experiência da Jornada Mundial da Juventude. “Ela foi marcada pela religiosidade e a cultura do povo panamenho, que acolheu os peregrinos com muito afeto. Foram dias de grande enriquecimento espiritual, com todas as celebrações e catequeses”.


NO MEIO DE NÓS Um momento de destaque de toda Jornada são as catequeses, conduzidas por bispos de todo o mundo. Um deles, neste ano, foi Dom Amilton Manoel da Silva, arcebispo auxiliar de Curitiba, que é natural de Osvaldo Cruz. Fiéis da Diocese de Marília assistiram a catequese do conterrâneo, que afirmou que Deus aguarda uma resposta dos jovens ao Seu chamado; uma resposta ao Seu projeto de vida para eles. De Irapuru, viajaram, juntamente com o Pe. Adriano, Jaqueline Alves Moreira e seu sobrinho, Felipe Moreira de Moraes. Ela vivenciou sua terceira jornada, enquanto ele teve sua primeira experiência. Jaqueline comentou que esta JMJ foi especial, pois conseguiu chegar pertinho do Papa Francisco. “Fiquei emocionada! Foi um sentimento tão intenso que, por mais que descreva às pessoas como foi ou como me senti lá, tenho a impressão de que é algo que só se entende vivendo de fato”, disse ela. Outro grupo que viaja a toda Jornada Mundial da Juventude, há anos, é o Caminho Neocatecumenal, de Marília. Para o Panamá, viajaram 14 pessoas. Para alguns, a Jornada Mundial da Juventude é destino certo a cada três anos, seja onde for. Para João Santos, esta foi a segunda experiência e ele considerou emocionante estar junto de tantos jovens, que foram ao Panamá ver o Sumo Pontífice. “Pude ver que todos são como eu; que, apesar das dificuldades, estão lá para seguir a Cristo e melhorar como ser humano, ser cidadão melhor e capaz de ajudar o próximo com ações concretas”, afirmou. Ele destacou as palavras de Francisco. “O Papa disse que, como Maria, não se deve seguir a Cristo porque todos O seguem, passivamente. Mas segui-Lo por sua própria escolha. Também me tocou quando o Santo Padre disse que Deus nos ama do jeito que somos, mesmo com todos os nossos erros”. O movimento Neocatecumal participa da JMJ desde o bispado de Dom Frei Daniel Tomasella. Ele era diretor espiritual e foi a várias jornadas, acampando-se com os jovens do Neocatecumenato da Diocese de Marília. O bispo, que faleceu em 2003, só parou de ir às jornadas quando suas condições físicas já não permitiam. PALAVRAS DO PAPA Reunidos junto ao Papa, jovens de todo o mundo participaram de momentos marcantes, como a tradicional Via-Sacra.

Fevereiro de 2019

| Notícias |

9

Lá, Francisco fez um pronunciamento, no qual afirmou que, na cruz, Jesus se identificou com todo o sofrimento. Mas chamou a atenção para a apatia e o conformismo da sociedade. “Foi difícil reconhecer-Vos no irmão sofredor: desviamos o olhar, para não ver; refugiamo-nos no barulho, para não ouvir; tapamos a boca, para não gritar. É mais fácil e remunerador ser amigo nas vitórias e na glória, no sucesso e no aplauso; é mais fácil estar próximo a quem é considerado popular e vencedor”, refletiu. Segundo Francisco, as situações em que Jesus crucificado se faz presente na atualidade são “no grito sufocado das crianças impedidas de nascer e de tantas outras a quem se nega o direito a ter uma infância, uma família, uma instrução; que não podem jogar, cantar, sonhar. Nas mulheres maltratadas, exploradas e abandonadas. Nos olhos tristes dos jovens que veem ser arrebatadas as suas esperanças de futuro por falta de instrução e trabalho digno”. Francisco ressaltou a figura de Maria e falou da necessidade de os cristãos aprenderem a estar de pé junto da cruz, não com um coração blindado e fechado, mas com um coração que saiba acompanhar, que conheça a ternura e o devotamento; que entenda de compaixão para tratar com respeito, delicadeza e compreensão. As palavras de Francisco penetraram nos corações dos jovens e a voluntária Dandara, destacou uma fala que, segundo ela, quebrou um paradigma. “Ele nos disse que não somos o futuro. Que somos o ‘agora’ de Deus; o hoje! Francisco é um Papa próximo, que sabe ver a realidade de um jovem, sabe enxergar os desafios, dificuldades e renúncias que temos de fazer para estar ali”, comentou. AVALIAÇÃO Dias depois da JMJ, já no Vaticano, o Papa se referiu aos jovens que encontrou no Panamá. Em uma Audiência Geral, ele ressaltou sua presença alegre. “Uma festa para eles e uma festa para o Panamá, e também para toda a América Central, marcada por várias situações e necessitada de esperança e paz, e também de justiça”, avaliou. E complementou: “Os jovens cristãos são fermento de paz no mundo”. A JMJ 2022 será em Lisboa, Portugal, e os jovens de lá acolheram a cruz missionária ainda em solo panamenho.

Peregrinos vieram de diversas nações para encontro com o Papa Francisco


10

| Notícias |

NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

Encontros de formação reúnem cerca de 1.100 catequistas

A

nualmente, a coordenação diocesana da Catequese propõe a realização de encontros de formação e planejamento para os catequistas de todas as paróquias. A iniciativa começou há alguns anos e objetiva promover uma atualização para os catequistas durante o período de férias. A proposta foi realizar o encontro na última semana de janeiro, mas cada paróquia teve a liberdade de escolher a melhor data. Da mesma maneira, a coordenação propôs a reflexão do tema “A pedagogia das idades”, mas cada uma pôde optar pelo tema que melhor auxiliasse seus catequistas. As paróquias têm atendido o pedido de formação da Diocese de Marília e uma delas é a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Pompeia, segundo informou o assessor diocesano da Catequese, Pe. André Luiz Martins dos Santos. Lá, um dos catequistas que participou da formação, pela primeira vez, foi Vanderley Tadeu de Oliveira. Ao todo, foram 38 catequistas, entre novos e antigos, que participaram do encontro no salão pa-

Foto: Paróquia Santo Antônio de Adamantina

Catequistas da Paróquia Santo Antônio, de Adamantina, na foto oficial da formação 2019

roquial. “Achei útil essa formação, pois tivemos momentos com uma psicóloga, falando sobre como abordar o catequizando de acordo com sua idade”, disse ele, que deixou a coordenação do Ministério da Eucaristia. “Não queria deixar intervalo sem servir a Igreja e sempre tive apreço pela Catequese e nela poderei dar continuidade ao trabalho de evangelização, iniciado no Ministério da Eucaristia”, concluiu.

Na Região III, uma comunidade que se destaca na formação para os catequistas é a Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista. Lá, uma das mais antigas catequistas é Dejandira Moraes Rorato, que já foi coordenadora regional da Catequese. Sobre a importância da formação, ela comentou que nunca é demais aprender. “Precisamos estar bem informados pra poder formar”, afirmou ela, que já é catequista há 20 anos. Em

Tupi Paulista, a formação ocorreu com cerca de 40 participantes, que se reuniram no Centro de Pastoral. A formação para os catequistas, em muitas paróquias, foi ministrada por seminaristas. Foi o que ocorreu em Mariápolis, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, onde o evento foi conduzido pelo seminarista Alan de Amorim. “Penso que a formação anual dos catequistas é uma das tarefas mais urgentes de nossas comunidades, pois, segundo o Diretório Geral para a Catequese, ‘o catequista é, de certo modo, o intérprete da Igreja junto aos catequizandos’. A formação tende a fazer do catequista um ‘educador do homem e da vida do homem’”, disse. Segundo Fernanda Gutierres Castanha, coordenadora diocesana da Catequese, a estimativa é de que tenham participado das formações cerca de 1.100 catequistas em todo o território diocesano. “É uma alegria que os catequistas de nossa Diocese estejam em comunhão e, assim, fortalecidos, tenham ânimo para o novo ano catequético que se inicia”, finalizou.

CF 2019 tratará de políticas públicas e Regiões já se preparam

F

raternidade e Políticas Públicas é o tema da Campanha da Fraternidade (CF) 2019 e na Diocese de Marília ela marca o início de uma nova etapa, com a reformulação de toda a equipe diocesana. Após anos de dedicação à CF, o Pe. Adeflor Xavier Pereira Júnior deixou a assessoria e quem assumiu em seu lugar foi o seminarista Danilo Cordeiro Silva. Além dele, outras seis pessoas, representando as três Regiões Pastorais, formam a nova equipe. Em novembro do ano passado, o seminarista esteve em Itaici, com outros três membros da equipe, para participar do encontro preparatório da CF. A proposta este ano é refletir o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27) e, segundo Danilo, tratará do comprometimento dos cristãos na construção de uma sociedade mais justa. “E as políticas públicas são um instrumento para que isso possa acontecer”, disse o seminarista. Na Diocese de Marília, o conhecimento adquirido em Itaici será transmitido em encontros regionais, programados

Foto: Equipe Diocesana da Campanha da Fraternidade

Paróquias da Região II se reuniram no Lar Santo Antônio, em Tupã, para refletir a CF

para este mês de fevereiro. “Com estas formações regionais, queremos estimular as equipes paroquiais a transmitirem esse conhecimento na formação de seus fiéis. Além disso, buscaremos estimular a formação e articulação das equipes paroquiais da CF”, contou Danilo, complementando que poucas paróquias têm equipes permanentes. “Esta é uma orientação da equipe nacional: que exista um grupo que pense a CF não somente no período da Quaresma, mas também ao longo do ano”, complementou.

O primeiro encontro preparatório ocorreu em 3 de fevereiro, no Lar Santo Antônio, em Tupã. Cerca de 90 pessoas participaram do evento, conduzido pela equipe diocesana. O grupo também estará nos outros dois encontros, no dia 8, em Marília, na Faculdade João Paulo II (Fajopa); e no dia 10, no salão da Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Tupi Paulista. Segundo seminarista Danilo, a formação tem o objetivo de impulsionar as equipes a transmitir essa mensagem em

suas comunidades. A proposta é dar informações para os fiéis fazerem seus exercícios quaresmais — oração, jejum e esmola — de forma plena. “Queremos mostrar que a fé implica um compromisso em nossa vida. Esse compromisso é com Deus, em primeiro lugar e, depois, com os irmãos. A fé sem comprometimento com os irmãos é vazia”, afirmou Danilo. O novo assessor da CF comentou que o tema deste ano pode sofrer preconceitos, uma vez que muitas pessoas dizem não gostar de política. “Porém, não falaremos de política partidária, mas política como instrumento de justiça e solidariedade”, esclareceu. Tanto o Antigo Testamento, quanto o Novo apresentam o ideal de justiça como sendo a vontade de Deus. “Mas ela não é simplesmente dar ao outro o que lhe cabe, mas dar condições para que tenha uma vida digna. No Novo Testamento, Jesus estabelece a justiça do Reino, baseada na verdade e na misericórdia, voltada para os mais necessitados, os excluídos”, observou.


NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

| Notícias |

11

Semana Missionária leva seminaristas a Álvaro de Carvalho A iniciativa do bispo diocesano reuniu seminaristas na Paróquia Santa Cecília, em Álvaro de Carvalho. Dom Luiz Antonio Cipolini participou do evento juntamente com seminaristas e candidatos ao diaconato permanente. Missionários realizaram, durante este período, visitas a cerca de 600 residências.

V

inte e sete seminaristas estiveram em Álvaro de Carvalho, entre 22 e 27 de janeiro, quando foi realizada a Semana Missionária 2019. Neste ano, a Paróquia Santa Cecília, juntamente com seu administrador, Pe. Tony Funabashi Takuno, acolheu os alunos dos cursos de Filosofia e Teologia, além do bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini. Segundo o seminarista João Victor Bonzanini, coordenador da Semana Missionária deste ano, foram visitadas cerca de 600 casas. Embora a avaliação final ainda não tenha

sido feita, o aluno do último ano de Teologia antecipou que considerou a experiência muito boa. “A comunidade nos acolheu com imensa alegria. Todos os missionários se empenharam, sob sol quente ou chuva. Tentamos atender aquilo que Cristo nos pede: ‘Ide e fazei discípulos’. Foi uma experiência muito rica de ‘Igreja em saída’, como nos convida o Papa Francisco, e de encontro com o irmão, inclusive aqueles que estão no cárcere”, comentou ele, lembrando que visitaram o presídio do município. Para o seminarista Alexandre Ricardo de Oliveira Rocha esta foi Fotos: Paróquia Santa Cecília, Álvaro de Carvalho

Seminarista e candidatos ao diaconato convivem com fiéis da paróquia

Experiência missionária foi vivenciada pelos seminaristas pelo quinto ano

Bispo Dom Luiz visitou casas de enfermos em Álvaro de Carvalho

uma experiência inédita, uma vez que começará, neste ano, o curso de Filosofia. “Esse contato com os fiéis estimulou muito a nossa fé e aumentou nosso amor vocacional pelo sacerdócio”, considerou ele, que é um dos 19 seminaristas do curso de Filosofia. A Semana Missionária também teve a participação de seis seminaristas da Teologia, dois que já concluíram essa etapa e sete alunos da Escola Diaconal São Lourenço. Cada seminarista teve um ou dois “anjos”, ou seja, fiéis da comunidade, que os acompanharam. Uma delas foi Janaína Cristina de Souza Bonato, que é catequista e também faz parte da Pastoral Familiar e do Ministério da Eucaristia. “Foi uma experiência enriquecedora. Vi minha comunidade feliz com a visita dos missionários. Essa vinda trouxe, para todos nós, uma chama nova do Espírito Santo”, considerou. “Trouxe muita alegria a passagem dos missionários pela nossa casa”, garantiu Lucinéia Magalhães, uma das moradoras que recebeu a visita. Dom Luiz participou da Semana Missionária e visitou repartições públicas e casas de enfermos. Quem também acompanhou os seminaristas em alguns momentos foi o reitor do Seminário Diocesano Rainha dos Apóstolos, Pe. Wagner Antonio Montoz. Ele considerou que a Semana Missionária ofereceu aos seminaristas uma oportunidade de contato mais intenso com as comunidades. “As visitas nas casas, as bênçãos, celebrações e a convivência com os paroquianos são momentos bastante intensos que ajudam na formação do futuro padre e oferecem à paróquia um momento intenso de atividades”, garantiu. A Semana Missionária foi uma iniciativa de Dom Luiz, sendo que em 2015 começou em Pracinha e Mariápolis; em 2016 na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Marília; em 2017 ocorreu em Herculândia; e, no ano passado, quem acolheu os seminaristas foi Pauliceia.

Pe. Claudinei assume missão na Igreja-Irmã de Coari, no Amazonas No dia 18 de janeiro, chegou em território amazonense o Pe. Claudinei de Almeida Lima, que viajou para uma experiência missionária com duração de dois anos. O sacerdote da Diocese de Marília foi recepcionado por Dom Marcos Piatek, bispo diocesano de Coari (AM). Há um ano, o Pe. Claudinei foi um dos dez missionários que passaram 20 dias em comunidades ribeirinhas da Igreja-Irmã de Coari e aquela foi sua primeira experiência missionária. “Eu me coloquei à disposição para servir a Diocese de Marília e também a Igreja-Irmã de Coari”, contou o sacerdote, que procurou o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, para se colocar a serviço. O envio missionário é fruto do acordo de Igrejas-Irmãs firmado pelos dois bispos diocesanos, e Dom Marcos acolheu o convite pois sua diocese é extensa e muitas comunidades são conduzidas pelos leigos e recebem a visita de um sacerdote apenas uma vez ao ano. O Pe. Claudinei exercerá o ministério na Paróquia São Sebastião, de Caapiranga (AM). O município fica a 231 km de distância de Coari, cidade sede, e 134 km de Manaus, a capital amazonense. A Igreja-Irmã da Diocese de Marília tem a extensão territorial de 117.235 m² e, atualmente, conta com 10 paróquias, 15 padres diocesanos e cinco padres religiosos. Em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, o sacerdote contou que ainda vai conhecer a realidade de sua nova comunidade. “Para mim, será uma experiência de entrega mesmo. É preciso trabalhar a questão da missão e ir ao encontro. E o mais importante é servir com alegria. Estou ansioso e também feliz. Espero me entregar com amor ao Reino de Jesus nessa diocese amazonense”, afirmou o sacerdote. A missa de envio do Pe. Claudinei ocorreu no dia 13 de janeiro, em Bastos, na matriz de São Francisco Xavier. A celebração foi presidida pelo pároco, Pe. Sérgio Luiz Roncon, e toda comunidade esteve reunida para se despedir do Pe. Claudinei, que é natural de lá. Foto: Arquivo pessoal

Pe. Claudinei visita fiéis na distante Diocese de Coari (AM)


12

| Notícias |

NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

Assessores e agentes refletirão missão em encontro anual

N

este mês de fevereiro, como de costume, a Diocese de Marília promove o Encontro Diocesano de Assessores e Agentes de Pastoral. Em 2019, será realizada a 36ª edição do evento, que ocorrerá em Adamantina, no Centro Universitário de Adamantina (Unifai). O encontro, marcado para o dia 24, iniciará as atividades pastorais do ano de 2019 e será conduzido pelo novo coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, que assumiu a função no mês passado. São convidados a participar deste 36º Encontro, que ocorrerá das 8h às 15h, dois representantes por paróquia — o coordenador do Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) e outro membro —, assessores eclesiásticos de pastoral em âmbito diocesano, membros do Conselho Diocesano de Pastoral e membros da Coordenação Diocesana de Pastoral. Também são convidados os religiosos, consagrados e seminaristas. MISSÃO

Foto: Arquivo

Pe. Willians, na última edição do encontro, também conduzirá o evento deste ano

O encontro deste ano vai refletir o Mês Extraordinário da Missão, proposto pelo Papa Francisco para o próximo mês de outubro. “A temática será a missão, a partir da experiência do próprio batismo”, enfatizou o coordenador de pastoral. A partir do tema, serão traba-

lhadas sugestões para o Mês Missionário. “Também queremos refletir com os agentes algumas pistas de ação para trabalhar a dimensão missionária dentro da Diocese, no nosso cotidiano. Temos várias experiências missionárias, como as Santas Missões Populares, a Semana Missionária realizada pelos seminaristas — e que ocorreu neste

mês de janeiro — e as missões realizadas por religiosos, como os redentoristas. Temos, ainda, aquela experiência missionária com a Igreja-Irmã de Coari (AM), realizada em janeiro do ano passado”, relatou o Pe. Marcos. Durante o encontro, haverá testemunhos destas experiências e esse momento será conduzido pelo Pe. Willians Roque de Brito, que é assessor da Dimensão Missionária na Diocese de Marília. Ele foi um dos 10 missionários da Diocese de Marília que passaram alguns dias conhecendo a realidade do povo ribeirinho de Coari. Outro missionário foi o Pe. Claudinei de Almeida Lima, que pediu para voltar ao Amazonas para mais dois anos de missão. O sacerdote, que residia na Paróquia São José, de Panorama, na Região Pastoral III, pediu para passar dois anos se dedicando à missão em território amazonense. “Estamos até considerando a possibilidade de conversarmos com o Pe. Claudinei, em tempo real, pela internet”, finalizou o Pe. Marcos.

FIQUE DE OLHO INTÉRPRETES CATÓLICOS No dia 2 de fevereiro, será realizada a reunião mensal dos intérpretes da Pastoral do Surdo. Na oportunidade, será decidida a escala de interpretações do mês, para as missas que são celebradas para os surdos. Segundo a intérprete Bianca Yonemotu, baseados na liturgia diária e também em celebrações especiais, os intérpretes analisam se há novos sinais a serem estudados da Libras (Língua Brasileira de Sinais) para incorporarem nas missas. Essa primeira reunião do ano ocorrerá na Capela São Vicente de Paulo, que pertence à Paróquia Santa Isabel, de Marília. PASTORAL DA SAÚDE Agentes da Pastoral da Saúde da Diocese de Marília participarão da Romaria Nacional, que ocorrerá no dia 2 de fevereiro. Fiéis de todo o país estarão reunidos na Basílica Nacional de Nossa

Senhora Aparecida, em Aparecida, e refletirão, neste ano, o tema “Maria Inspiradora de políticas públicas a serviço da vida e da saúde”. A VIII Romaria Nacional da Pastoral da Saúde celebrará o Dia Mundial do Enfermo, que é comemorado em 11 de fevereiro, e o Ano Vocacional dos Camilianos, sendo que São Camilo é o padroeiro da Pastoral da Saúde. Segundo a coordenação diocesana da Pastoral da Saúde, irão a Aparecida cerca de 130 pessoas, sendo que três ônibus já foram contratados para a viagem. PASTORAL DA SOBRIEDADE Está marcado, para os dias 16 e 17 de fevereiro, o VII Encontro de Formação Permanente da Pastoral da Sobriedade. Os agentes de pastoral se reunirão no Seminário São Vicente de Paulo, em Marília, e serão assessorados, em um momento de espiritualidade, pelo Pe. Denismar Rodrigo André, que agora é o novo assessor eclesiástico da Pastoral da Sobriedade.

Segundo a coordenadora diocesana, Vanda Leite da Silva Ramos, deverão participar do evento cerca de 50 pessoas, sendo que serão admitidos, além dos agentes, também pessoas que participam dos grupos de auto-ajuda. A Pastoral da Sobriedade trabalha não somente com dependentes químicos em recuperação, mas também com seus familiares, que aprendem como lidar com essa situação. O enfoque deste encontro de formação será a prevenção do suicídio, que tem acometido muitas pessoas que se encontram nessas situações de dependência. “Teremos também, em nossas reuniões, irmãos com depressão. Estamos sempre prontos a ajudar os excluídos, fazendo deles os preferidos”, concluiu Vanda. Às 18h do sábado, os participantes participarão da santa missa, celebrada pelo novo coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva.

AULAS INAUGURAIS Neste mês de fevereiro começam as aulas dos Cursos de Teologia para Leigos e Consagrados (CTLC) das três Regiões Pastorais. Em Marília, a primeira aula está marcada para o dia 4, sendo que as turmas iniciarão o ano às 20h, no auditório do Seminário Diocesano Rainha dos Apóstolos. Na Região II, as turmas de Tupã e Adamantina iniciarão o ano no dia 5, terça-feira, sendo que cada uma terá sua aula. Em Tupã, as aulas do CTLC são ministradas no Centro de Convivência Monsenhor Afonso Haffner. E em Adamantina, as aulas ocorrerão na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini. No mesmo dia 5 também está previsto o início do ano letivo na Região Pastoral III, sendo que os leigos se reunirão no salão da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Dracena.


NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

| Atualidade |

13

Atualidade Dom Luiz recebe carta de agradecimento do Vaticano

O

s fiéis da Diocese de Marília receberam uma bênção apostólica, enviada diretamente do Vaticano, pelo Papa Francisco. A carta do Santo Padre, assinada em 11 de dezembro de 2018, foi recebida pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, durante o mês de janeiro. O Sumo Pontífice se disse agradecido por ter recebido a Carta Aberta de Apoio da Diocese de Marília ao Papa Francisco, face “às recentes calúnias levantadas contra o Sucessor de Pedro a propósito de crimes e pecados cometidos por alguns clérigos”. A correspondência foi assinada pelo clero diocesano, por religiosos e centenas de agentes de pastoral, que estiveram reunidos por ocasião da 42ª Assembleia Diocesana, realizada

Foto: Arquivo

Carta ao Papa foi assinada por fiéis que participaram da Assembleia Diocesana 2018

em setembro do ano passado. Na correspondência, emitida por meio da Secretaria de Estado do Vaticano, Francisco se disse “agradecido pelo gesto amigo e solidário”. A carta vinda do Vaticano foi assinada por Dom Edgar Peña, Substituto para Assuntos Gerais da Secretaria de Estado. No documento, ele afirma que o Papa Francisco retribui o gesto invocando, para todos os fiéis da

Diocese de Marília, a “abundância dos dons do céus que os fortaleçam na comunhão eclesial”. Peña conclui a carta dizendo que o Santo Padre envia à Diocese e aos agentes de pastoral “uma propiciadora bênção apostólica, pedindo que, por favor, não deixem de rezar por ele”. O bispo diocesano comentou que foi uma emoção indescritível receber a correspondência do Vaticano. “O

meu desejo é de dividir esta imensa alegria com todos os que assinaram a carta aberta ao Papa Francisco, mas também com todos os cristãos e pessoas de boa vontade, que se sentem solidárias com o Sucessor de Pedro”. Segundo Dom Luiz, o Concílio Vaticano II ensina que “os bispos, por instituição divina, sucederam o lugar dos Apóstolos como pastores da Igreja, e quem os escuta, escuta Cristo, quem os despreza, despreza a Cristo e aquele que o enviou” (LG, 20; Lc 10,16). “O episcopado, uno e indiviso, apresenta-se unido na mesma fraternidade em torno do Papa, para atuar na missão de anunciar o Evangelho e de guiar pastoralmente a Igreja, a fim de que cresça em todo o mundo e, também na diversidade de tempo e lugar, continue a ser comunidade apostólica”, justificou o bispo para o envio da carta ao Papa.

Santa Sé lança livro com palavras do Papa sobre crise imigratória Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco tem sido uma voz forte na defesa dos direitos da pessoa humana, em especial os refugiados. O Santo Padre não se cala diante de notícias de tragédias no Mar Mediterrâneo, que tem sido, nos últimos seis anos, considerado cemitério de milhares de africanos. Ele trabalha para colocar a Igreja na linha de frente dos trabalhos de acolhimento e diálogo nessa crise imigratória. O assunto é abordado em homilias, conferências, no Angelus, em catequese, e até mesmo em encontros com líderes políticos. A quantidade de pronunciamentos do Papa é tamanha, desde o início de seu pontificado, que o setor do Vaticano responsável pelos refugiados lançou um livro com as palavras de Francisco e também uma cartilha para ajudar na luta contra o tráfico

Foto: Internet

Refugiado deixa seu lar, seus pertences, para fugir com a família de regiões de conflito

humano. A obra, que tem discursos coletados até dezembro de 2017, está sendo considerada também como um guia para pastorais e movimentos que trabalham com imigração e para toda a sociedade despertar a atenção e o cuidado com essas pessoas que são obrigadas a fugir de seus países, principalmente por causa de guerras, e que muitas vezes encontram as

fronteiras fechadas, são hostilizados e sofrem violência. Um dos diretores do Setor do Vaticano responsável pelos migrantes e refugiados, Pe. Fabio Baggio, lembrou que, para algumas autoridades, esse discurso do Papa se torna um incômodo, mas ele propõe um pacto global; que os países dividam a responsabilidade de acolher e integrar

estas pessoas que são obrigadas a fugir de situações de conflito. A maior parte dos imigrantes que fazem travessia pelo Mar Mediterrâneo foge de países do continente africano, onde as guerras, a exploração e o trabalho escravo têm sido um drama. A publicação do Vaticano inclui também uma cartilha sobre tráfico de pessoas, que pode ser a exploração sexual ou o trabalho escravo. O material ajuda a reconhecer essas situações e trabalhar pelo seu fim. “Um exemplo disso é a exploração de pessoas. Quando se compra uma roupa muito mais barata que o normal, precisamos nos questionar sobre como chegaram a esse preço. O que está por trás dessa fábrica. Isso vai nos colocar sempre mais ativos, mais atentos a toda a humanidade” afirmou o Pe. Fabio.


14

| Notícias |

NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

Região I Frei Teodolino celebra, em Marília, 25 anos de vida religiosa

O

mariliense Frei Teodolino Braz Pereira, OFM, comemorou, no dia 12 de janeiro, 25 anos de vida religiosa. A celebração ocorreu em sua comunidade de origem, a Paróquia Santa Rita de Cássia, em Marília. “Foi lá que nasceu minha vocação”, lembrou o religioso franciscano, que é da Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus. “Na celebração, renovei meus votos religiosos, na presença de meu superior e diante da comunidade”, disse. Quem esteve em Marília foi o Frei Fernando Aparecido dos Santos, OFM, que veio de São José do Rio Preto (SP). Sua irmã, Hosana Braz Pereira, também esteve presente e se disse agradecida a Deus por ter tido a alegria de participar de um momento tão especial na vida de seu irmão.

Foto: Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus

A celebração do jubileu de prata ocorreu na Paróquia Santa Rita de Cássia

Em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, o Frei Teodolino afirmou que celebrar o jubileu de vida religiosa é momento de ação de graças. “Agradeço a Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus, que me acolheu, formou e confiou na minha vocação. E a minha família, principalmente meus saudo-

sos pais, que me ensinaram a amar Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Santa Igreja”, disse ele, afirmando que é feliz e realizado por doar sua vida a Deus e à Sua Igreja. Frei Teodolino nasceu em 6 de outubro de 1972 e contou que, já desde sua adolescência, quis seguir Jesus Cristo. Primeiramente, ele foi

acolhido no Seminário Diocesano São Pio X, onde amadureceu a vocação à vida religiosa consagrada. A partir de 1992, foi acolhido pela Custódia Franciscana do Sagrado Coração de Jesus e iniciou sua formação para ser um frade franciscano. Dois anos depois, emitiu os primeiros votos de obediência, pobreza e castidade. Após a ordenação, Frei Teodolino atuou por 10 anos como formador, ajudando outros jovens que desejavam ser frades franciscanos. Em seguida, foi transferido para São José do Rio Preto, onde assumiu a função de secretário custodial, que exerce até o momento. A partir de fevereiro, o religioso se mudará para Bebedouro (SP), onde assumirá a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, como vigário paroquial.

Região II Comunidade Alpha e Ômega promove retiro espiritual com 80 fiéis

A

comunidade católica Alpha e Ômega, que administra a Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina, promoveu, nos dias 2 e 3 de fevereiro, o Retiro de Espiritualidade Cântico dos Cânticos. Com início às 14h do sábado e encerramento às 17h do domingo, o tema proposto foi “Eu sou do meu amado e meu amado é meu” (Ct 6,31). O evento reuniu 80 participantes de diversas paróquias da Diocese de Marília. Foram adultos e jovens a partir dos 17 anos de idade, todos com certa caminhada de fé. Segundo os organizadores, o retiro abordou o relacionamento entre Deus e a alma humana, onde o amor se estende como pano de fundo e perpassa todo o livro Cântico dos Cânticos, até à união

Foto: Comunidade Alpha e Ômega

Evento refletiu Cântico dos Cânticos na Casa Pastoral Diocesana, em Adamantina

definitiva, ou o matrimônio espiritual, na linguagem mística. Quem conduziu o retiro foram os membros da comunidade Alpha e Ômega, Marcos Roberto de Oliveira, de Adamantina, e Cirlene Gonçalvez, de Matão (SP). A animação ficou por conta dos

músicos da comunidade de Matão. Um dos participantes do retiro foi o sacerdote beneditino, Dom Milton Aparecido Santana, que veio da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP). Além dos retirantes, o evento contou com a participação de 25 voluntários, que trabalharam

na cozinha e ajudaram com dinâmicas, cantos e organização do retiro. Segundo os organizadores, a maior parte dos participantes foi da cidade de Adamantina e da vizinha cidade de Lucélia. “Não somos somente corpo e psique. Possuímos também uma dimensão espiritual, que faz parte de todo nosso ser. Uma das funções dessa dimensão espiritual é buscar o sentido último de nossa vida, ou seja, a nossa volta à casa do Pai. Esse encontro proporcionou que minha alma adormecida fosse despertada e retornasse para os braços do Pai. Sem dúvida, foi um encontro onde nossa alma foi beijada pelo amado Jesus”, revelou, a respeito do retiro, Lucimar da Silva Gonzaga, da Paróquia Nossa Senhora de Fatima, de Dracena.


NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

| Notícias |

15

Região III Em Juqueirópolis, Projeto Despertar completa 1 ano com encontro festivo

A

juventude de Junqueirópolis comemorou, no dia 2 de fevereiro, o primeiro ano do Projeto Despertar. Tratase de um grupo de jovens que se reúne mensalmente na paróquia e que começou com cerca de 40 integrantes. Nesta celebração de um ano de aniversário, estiveram reunidos cerca de 400 jovens, ou seja, dez vezes mais pessoas reunidas. A primeira reunião do Projeto Despertar ocorreu, também, no primeiro sábado do mês de fevereiro de 2018. Na ocasião, o então seminarista Edson Luís Barbosa da Silva auxiliou os jovens no início da caminhada do grupo, que também teve o apoio do pároco, Pe. Valdo Bartolomeu de Santana. “Nesta festa de aniversário trouxemos várias atrações: Thayná Azevedo, do Recife, jovem evangelizadora do Kairós; Nicole Salt, da Comunidade Canção Nova; Gil Motta, da Banda Metanóia; e o Ministério Reflexo de Deus, de Martinópolis (SP)”, informou Raíra Fernandes, uma das gestoras e fundadoras do Projeto Despertar. Além dela, também fundaram o grupo Thiago Guimarães, Laís Ortolani, Victor Santana e Edson Barbosa, hoje sacerdote, vigário paroquial em Junqueirópolis, e diretor espiritual do Projeto

Despertar. De acordo com Raíra, a ação evangelizadora foi criada para acolher todos para servir a Igreja. “Consideramos um grupo de jovens, pois jovem é todo aquele que está em crescimento, inclusive espiritual. Sendo assim, nosso grupo não tem idade”, comentou. Cada encontro aborda um tema distinto e os participantes não são comunicados anteriormente sobre qual será o assunto discutido na ocasião. “O Despertar gera essa curiosidade. Os jovens não sabem do tema, da decoração, de quem será o pregador”, divertiu-se Raíra. As reuniões do grupo ocorrem todo primeiro sábado do mês, das 19h30 às 22h30 e costuma reunir cerca de 250 jovens, um grande aumento no número de participantes, comparando-se aos 40 jovens que se reuniram pela primeira vez, em 2018. Raíra afirmou que o Projeto Despertar só tomou essa dimensão graças à direção espiritual do Pe. Edson. “A orientação dele e o apoio do nosso pároco, Pe. Valdo, foram fundamentais”, garantiu a gestora. O esforço ao longo do ano e para a preparação do primeiro aniversário teve bons frutos. “Sensacional. Achei sublime, encantador, incrível. Foi a presença de Deus vivo!”, avaliou Raíra. Foto: Pascom Paróquia Santo Antônio de Junqueirópolis

Pe. Edson preside celebração durante Projeto Despertar, que reuniu cerca de 400 jovens

Escada Jovem reúne juventude de paróquia de Dracena a cada 15 dias Fundado em 2013, o Escada Jovem é um grupo da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena, que se reúne a cada 15 dias, no Auditório Frei Moacir Chinelatto. O grupo de jovens nasceu com o estímulo do então pároco, Frei Mauricio dos Anjos, OFMCap, e se reúne para momentos de oração, leitura da Palavra e partilha sobre a vida dos santos de veneração católica. “Também abrimos espaço para os jovens esclarecerem as suas dúvidas. Para isso, contamos com a participação, em alguns encontros, dos freis franciscanos da nossa paróquia e também de sacerdotes diocesanos, convidados para participarem e ministrarem palestras”, contou o seminarista Evan-

dro Augusto Câmara Vasconcelos, que é natural desta paróquia e ingressou, neste ano, no primeiro ano do curso de Filosofia na Faculdade João Paulo II (Fajopa). O Escada Jovem tem cerca de 30 participantes, sendo que sete fazem parte da coordenação. Evandro lembrou, em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, que o Frei Maurício motivou muito a juventude da Paróquia Nossa Senhora Aparecida e que o Escada Jovem foi apenas um de seus feitos. Atualmente, ele é responsável pelos setores missionário e vocacional da Província dos frades capuchinhos do Estado de São Paulo. “Estamos sempre em contato com ele”, garantiu o seminarista. Foto: Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Dracena

Grupo de jovens se reuniu para encontro realizado no dia 2 de fevereiro

Irapuru celebra padroeira, Santa Genoveva, com missa festiva O ano se iniciou com festa na cidade Irapuru. No dia 3, feriado municipal, foi celebrado o dia da padroeira da Paróquia Santa Genoveva e, para marcar a data, foi celebrada uma missa festiva. Centenas de pessoas estiveram reunidas na noite do dia 3, na igreja matriz. Quem presidiu a missa foi o pároco, Pe. José Ferreira Domingos, que assumiu a paróquia há um ano. Santa Genoveva também é padroeira de Paris. Ela nasceu em 422, em Nanterre, perto de Paris, na França, e faleceu em 3 de janeiro de 502, aos

89 anos, sendo sepultada na igreja dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo. No ano de 1130, apareceu uma peste em Paris, a peste do fogo, causando muitas mortes e mais de 1.400 doentes. O povo, então, uniu-se, começou a rezar para Santa Genoveva e fez uma procissão com suas relíquias pela cidade. Milagrosamente, a epidemia acabou. Genoveva, por estes e outros milagres foi considerada, e é até hoje, a Padroeira de Paris. Foi o Papa Inocêncio ll que marcou sua festa e seu culto para o dia 3 de janeiro.


16

| Notícias |

NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2019

Diocese perde cônegos Antônio e Valdemiro

F

aleceram, neste início de ano, dois sacerdotes da Diocese de Marília: os cônegos Antônio Flumignan e Valdemiro Cândido do Símbolo. O Cônego Antônio Flumignan faleceu em 16 de janeiro, na Santa Casa de Misericórdia de Marília, após um período de internações, que começou em novembro do ano passado. O sacerdote, que faria 88 anos de idade em 12 de maio deste ano, sofria de disfagia, que é a dificuldade de deglutir. No dia 25 de novembro, ele sofreu uma parada cardíaca por insuficiência respiratória aguda, em decorrência da obstrução das vias aéreas por resto alimentar. Internado na Santa Casa, ele permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até 21 de dezembro e, até o dia 9 de janeiro, no quarto. Nessa data, teve alta e ficou aos cuidados de sua sobrinha, Débora Flumignan dos Santos, e Jacy Rosa Rodrigues, do Instituto Secular das Servas de Jesus Sacerdote, que cuidava do sacerdote há 33 anos. “Ele foi como um pai, um orientador, um diretor espiritual. Para mim, foi um santo ao meu lado. Durante minha vida, aprendi muito com ele”, disse a consagrada. Um dia antes de sua morte, ele voltou a ser internado, mas teve uma

Fotos: Arquivo

Cônego Antônio Flumignan

Cônego Valdemiro Cândido do Símbolo

parada cardiorrespiratória. Seu corpo foi velado na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade e, depois, seguiu para Presidente Prudente, onde era aguardado por familiares. Lá, foi sepultado no Cemitério João Batista, no jazigo da família Flumignan. O Pe. Antônio, como era chamado, é descrito por amigos do clero como uma pessoa muito simples, humilde, discreta, autêntica e extremamente atenciosa com todos. O sacerdote foi pároco da Catedral até o ano de 2002, após um período de 22 anos. Ele também foi vigário geral da Diocese por oito anos. Nascido e batizado em Presidente

Prudente, ele ingressou, aos 16 anos, no Seminário Salesiano em Goiás. Sua ordenação ocorreu no dia da Imaculada Conceição, 8 de dezembro de 1959. Sendo assim, faria, em 2019, 60 anos de sacerdócio. Tenho escolhido como lema sacerdotal “Anunciar as insondáveis riquezas de Cristo” (Ef 3,8), o Pe. Antônio exerceu o ministério sacerdotal, como religioso salesiano por 19 anos. Depois, ele decidiu fazer experiência no clero diocesano e foi acolhido pelo então bispo diocesano de Marília, Dom Frei Daniel Tomasella, que lhe ofereceu a Paróquia Sant’Ana, de Herculândia. Sua incardinação na Diocese de Marília ocorreu em dezembro de 1980, quando já estava em Marília, na Catedral Basílica. O Cônego Valdemiro era conhecido por todos como o Pe. Miro. Ele estava hospitalizado desde 2 de dezembro em Marília, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH). Após pouco mais de dois meses internado, o Pe. Miro faleceu em 3 de fevereiro, três dias antes de completar 42 anos de sacerdócio, e seu funeral ocorreu na igreja matriz de Nossa Senhora Aparecida,

e colabor a com a su

Oração

e doação

de Rinópolis, paróquia onde foi pároco por quase quatro décadas. Na manhã do dia 5, ele foi sepultado no Cemitério Municipal da cidade. O sacerdote, nascido em Catas-Altas da Noruega (MG) no dia 29 de outubro de 1946, estudou na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e foi ordenado em 6 de fevereiro de 1977, sob o lema “Para ser sinal da presença de Deus no meio dos homens”. Após dois anos de ministério sacerdotal exercido na Congregação Pequena Obra da Divina Providência, ele pediu ao seu provincial para fazer uma experiência pastoral fora da congregação. O pedido foi aceito pelo seu provincial e Dom Frei Daniel aceitou a experiência na Diocese de Marília. Foi assim que o Pe. Miro veio para a Alta Paulista, onde foi designado a ser o vigário ecônomo da paróquia de Rinópolis, por um período de três anos. Demonstrando seu interesse pela paróquia e seu amor pela Igreja de Marília, ele permaneceu aqui, foi incardinado à Diocese em janeiro de 1986, por Dom Frei Daniel, e ficou até seu falecimento, neste ano de 2019. “O Pe. Miro era uma pessoa extremamente cuidadosa com as coisas da Igreja, tinha um amor enorme pela Eucaristia. E foi isso que deixou como maior ensinamento para nós. De fato, uma grande perda para a comunidade católica daqui”, disse Deodolinda Teremussi, conhecida como Dedé, que é catequista e trabalhou com o pároco desde que chegou na paróquia. Ambos sacerdotes tinham o título de cônego, sendo que Pe. Antônio o adquiriu em 2002 e o Pe. Miro em 1991. Eles passaram a integrar, assim, o Cabido de Cônegos da Basílica Catedral de São Bento de Marília.

Faça seu Gesto Solidário e colabore com os Projetos de Ação Missionária. Deposite qualquer quantia na conta Bancária, em nome da CNBB Regional Sul 1 BANCO DO BRASIL Agência: 6914-0 Conta corrente: 40381-4 AS MISSÕES AGRADECEM!

CONSELHO MISSIONÁRIO REGIONAL


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.