Jornal No Meio de Nós - Edição 250 - junho de 2019

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 21 | Edição 250 | Junho de 2019

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Lucélia acolhe ordenação diaconal de Vitor Hugo Foto: Pascom | Paróquia Sagrada Família de Lucélia

Evento reflete reestruturação do Conselho Diocesano de Leigos A Coordenação Diocesana de Pastoral realizou, no dia 18 de maio, um encontro com coordenadores dos Conselhos Paroquiais de Pastoral (CPP’s). O objetivo foi reunir representantes de todas as paróquias da Diocese de Marília para refletir sobre a formação do Conselho Diocesano de Leigos. Para falar sobre o assunto, esteve em Adamantina, na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, a coordenadora estadual do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), Fátima Ferre. Página 7

“Vos estis lux mundi” objetiva prevenir e denunciar abusos

Diácono Vitor Hugo Pinheiro recebeu, do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, o Livro dos Evangelhos

A Igreja Matriz de Sagrada Família, em Lucélia, foi o local da ordenação diaconal de Vitor Hugo Pinheiro, filho da comunidade. A cerimônia ocorreu no dia 17 de maio e reuniu centenas de fiéis, de diversas cidades, e também sacerdotes. O jovem, de 26 anos, foi ordenado pelas mãos do bispo

diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, que, em sua homilia, destacou o ministério de serviço, pedindo que ele imite o Mestre, Jesus Cristo. Vitor Hugo esteve acompanhado dos pais, Manoel Marcionilio Pinheiro Filho e Maria Rosa de Lima Pinheiro, das irmãs, Márcia e Marcela, e de outros familiares. Diversos amigos,

de paróquias por onde ele passou como seminarista, formaram caravanas para a ordenação. Em Garça, o neodiácono exerce seu ministério na Paróquia São Pedro Apóstolo. Acompanhe, nesta edição, entrevista especial com os diáconos Vitor Hugo e Danilo Cordeiro. Páginas 8 e 9

Foto: Vatican News

Francisco escreveu Carta Apostólica “Vós sois a luz do mundo”

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ENFOQUE

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

Dom Edney Gouvêa Mattoso, bispo de Nova Friburgo (RJ), fala de Eucaristia e Missão, por ocasião do Corpus Christi

Dom Francisco Biasin, bispo emérito no Estado do Rio, comenta a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

Inês Furtado, de Vera Cruz, aborda devoção ao Sagrado Coração de Jesus e relata histórias da Romaria do Apostolado

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A Santa Sé divulgou a Carta Apostólica do Papa Francisco, em forma de “Motu próprio”, intitulada “Vos estis lux mundi” (Vós sois a luz do mundo). O documento, que entrou em vigor em 1º de junho, estabelece procedimentos para prevenir e denunciar casos de abusos sexuais na Igreja.

São Francisco de Assis é a nova paróquia de Adamantina No dia 24 de maio, o bispo Dom Luiz Antonio Cipolini esteve em Adamantina para criar a 65ª paróquia da Diocese de Marília. Na oportunidade, ele deu posse ao primeiro pároco, Pe. Paulo Joaquim de Souza. O Pe. Quinzinho, como é conhecido, já estava à frente da Quase-paróquia. Página 12


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

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Editorial Para que todos sejam um

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um mundo marcado por guerras, divisões e ofensas, muitas vezes, as denominações cristãs, na defesa do que acreditam, podem potencializar as distâncias entre os irmãos. Contra tais atitudes que dilaceram a harmonia, nós, católicos, iniciamos este mês de junho com a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos!

“Para que todos sejam um, como tu, Pai em mim e eu em ti; para que sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviastes” (Jo 17,21): é a afirmação de Nosso Senhor, em sua Oração Sacerdotal antes de, livremente, entregar-Se por amor a cada um de nós! Deste modo, na remissão dos pecados de todo o gênero humano é que se demons-

tra o amor de Deus para conosco. Em junho, celebraremos também a Solenidade de Corpus Christi quando, de nossas cidades, manifestaremos publicamente a fé na Eucaristia, Sacramento Excelso, que perpetua em nosso meio a presença de Jesus Cristo. Tampouco podemos nos esquecer da Festa do Sagrado Coração de Jesus, cujos associados têm como

vocação continuar a missão de amor de Nosso Salvador na vida cotidiana. Que, reconhecendo-nos irmãos de todos, à luz de Pentecostes, nos nutramos dos frutos do Espírito Santo prometido e, como seguidores de Cristo, vivamos à sombra de seu imenso amor para que o nosso coração seja manso e humilde, semelhante ao d´Ele.

Enfoque Eucaristia e Missão Ilustração: Vitor do Prado Nunes Simão

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DOM EDNEY GOUVÊA MATTOSO

emos uma oportunidade de grande alegria e espiritualidade para todos nós, neste mês de junho, por ocasião da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor. De muitos modos, Ele perpetua a sua presença bendita na Igreja, mas especialmente está presente no Santíssimo Sacramento. Como ensina o Concílio Vaticano II: “na Santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a

vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo” (PO, 5). Somos Igreja, povo alcançado por Jesus Cristo, que, pelo Sacrifício Eucarístico, está mais intimamente unido ao Pai, no Espírito Santo. Somos, assim, enviados a evangelizar. Muitos sãos os modos de evangelização na Igreja, mas na diversidade, que lhe é própria, evangeliza unida num só corpo. Neste aspecto, deve crescer cada vez mais na consciência de sua missão evangelizadora enquanto “Corpo Eclesial”. Continuo esta reflexão com as palavras do Papa Francisco: “A intimidade da Igreja com Jesus é

uma intimidade itinerante, e a comunhão ‘reveste essencialmente a forma de comunhão missionária’. Fiel ao modelo do mestre é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo. A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém” (EG, 23). Enchamos o coração de esperança para que a comunhão faça de nós uma Igreja missionária e em permanente saída. Dom Edney Gouvêa Mattoso é bispo diocesano de Nova Friburgo (RJ).

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO: Pe. Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@ yahoo.com.br | DIAGRAMADOR: Diácono Danilo Cordeiro - MTB nº 86878/SP | CONSELHO EDITORIAL: Pe. Tiago Barbosa, Diácono Danilo Cordeiro e Márcia Welter | ILUSTRADOR: Vitor do Prado Nunes Simão | REVISÃO: Pe. Tiago Barbosa | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.net.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes


NO MEIO DE NÓS

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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo Heresias de nosso tempo DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

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a 57ª Assembleia Geral da CNBB, a Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, em sua declaração, adverte-nos para sete tendências atuais que ameaçam a ortodoxia e a vivência da fé, na sua unidade e integralidade. São erros e heresias atuais. Resumo alguns trechos: 1. O problema do ateísmo e do secularismo. Chega-se devagar à “morte de Deus”. Há uma recusa da autoridade. Só se aceita a tolerância. A impunidade diante dos erros com base no dito “o inferno existe, mas está vazio” pode conduzir à banalidade do mal. A máxima “se Deus não existe, tudo é permitido” está em voga. Enfim, o direito de a Igreja existir no mundo moderno é contestado até por cristãos. 2. O antropocentrismo exagerado. Leva ao relativismo em todos os campos, inclusive o ético. Afirma-se que o homem não só pensa, mas faz a “sua” verdade. É a fé dissociada da prática. O homem se faz Deus e tudo recria....

Conselho Gestor do FDS contempla 26 projetos O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, participou da reunião do Conselho Gestor do Fundo Diocesano de Solidariedade, realizada em Tupã no dia 25 de maio, para a aprovação dos projetos, que receberão recursos advindos da Coleta da Solidariedade. A arrecadação total foi de R$ 244.107,29, porém, 40% foram encaminhados para o Fundo Nacional de Solidariedade; R$ 4.393 serão reservados para despesas da equipe diocesana da Campanha da Fraternidade (CF) e o restante, R$ 142.070,44, serão repassados aos 26 projetos aprovados este ano e à Cáritas Diocesana. Foto: Cleber Click | Pascom São José Operário

Conselho Gestor do FDS apreciou projetos em maio

De um lado há os que acham suficiente acudir às urgências no empenho por um mundo justo e fraterno, e por outro lado a tendência ao fundamentalismo espiritual, que deseja uma Igreja espiritualista, separando fé e vida. 3. Quase não se fala mais em pecado. É politicamente incorreto falar de pecado. Hoje o psicologismo isenta a todos de culpa. Torna-se necessário formar as consciências. 4. Separação entre a fé, a oração e a ação. A vida de oração, espiritualidade e liturgia não podem ser vistas como realidades ultrapassadas, mas partes integrantes da vida eclesial. A Igreja deve crer o que reza e praticar o que crê. 5. A fé permeada apenas pelo emocional-afetivo e o folclórico. Há que se perguntar até que ponto o desejo de satisfazer e acolher nos leva a passar por cima de verdades irrenunciáveis, nos faz banalizar a Eucaristia em celebrações que fogem até mesmo ao decoro litúrgico, etc.

6. Teologia tentada a limitar-se a ser Ciência da Religião. A Teologia é a fé iluminada pela razão, a fé que busca compreensão. É ciência, mas supõe a fé. A Ciência da Religião estuda a religião como busca de sentido, mas sem a exigência da fé. 7. Confiança excessiva na ação humana sem levar em conta o primado da graça de Deus. Pelagianismo, denunciado pelo Papa Francisco, que leva a atribuir tudo ao esforço pessoal e à vontade própria. Daí vem o mundanismo. A opção pelos pobres deve ser fruto da fé cristológica, e não apenas de uma indignação ética, diante da miséria, como se fosse uma ideologia. Devemos nos perguntar se a evasão de fiéis para outras denominações, além de todos os motivos já elencados e sabidos, não é provocada, também, pela insegurança doutrinal, que leva cada um a crer no que convém, fazendo como que um self-service dos conteúdos da fé.

AGENDA DO BISPO 01/06 – Reunião da Pastoral da Educação, em Tupã | Crisma na Paróquia São José, em Osvaldo Cruz. 02/06 – Crisma na Paróquia São Benedito, em Sagres | Crisma na Paróquia São João Batista, em Salmourão. 03/06 – Missa na Catedral às 19h30. 04/06 – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral. 05/06 – Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, no Lar São Vicente de Paulo. 06/06 – Reunião de Agentes de Pastoral, Região Pastoral III. 06 a 09/06 – Visita Pastoral na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Vera Cruz. 11 a 13/06 – 82ª Assembleia dos Bispos - Regional Sul I, em Itaici. 15/06 – 2ª Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral. Missa de Aniversário da Comunidade Éfeta, na Igreja São Vicente. 16/06 – Missa com RCC da Região Pastoral I, em Garça. 18/06 – Reunião dos Bispos do Sub Regional na Fajopa | Reunião com os seminaristas propedeutas, filósofos e teólogos no Seminário Rainha dos Apóstolos. 19/06 – Reunião de Agentes de Pastoral, Região Pastoral I. 20/06 – Solenidade de Corpus Christi. 21 a 23/06 – Visita Pastoral na Paróquia Santo Antônio, em Marília. 25/06 – Reunião do Conselho de Presbíteros. 26/06 – Reunião da Equipe Diocesana de Formação. 27/06 – Reunião de Agentes de Pastoral, Região Pastoral II | Terço no Lar São Vicente de Paulo, em Marília. 28/06 – Dia de Santificação Sacerdotal. 29/06 – Entrega dos cheques do Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) | Crisma na Paróquia São Francisco Xavier, em Bastos.


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| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade Imposição das mãos nos ritos PE. ANDERSON MESSINA PERINI

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imposição das mãos é um sinal sacramental de tradição judaico e cristã presente na Sagrada Escritura. As mãos são partes do corpo responsáveis pelo estabelecimento de contato com os outros e o mundo exterior. Pelas mãos, buscamos o alimento e o transformamos; estabelecemos relações. Elas são símbolo do poder e força, como também de carinho, amor e proteção. Tal gesto se encontra presente em diversas tradições religiosas como transmissão de poder de cura, bênção e proteção. Na tradição bíblica aparece este sinal como bênção (Cf. Gn 48,13-22; Mc 10,14); de transmissão do poder e de autoridade (Cf. Nm 27,15-23); de conferir o Espírito Santo para a vida cristã ou para o ministério ordenado (Cf. At 6,1-6; 8,15-17; 13,2-3; 19,1-7; 1 Tm 4,14; 2 Tm 1,6); e de cura (Cf. At 28,8). Na liturgia, o gesto da imposição das mãos se apresenta em diversos sacramentos e sacramentais como sinal de invocação e transmissão do Espírito Santo como cura, dom, perdão e bênção. Como sinal do Espírito Santo apresenta no exorcismo, invocando o Espírito para que liberte a pessoa do mal. Isto ocorre tanto para o exorcismo maior, para libertar um possesso, como no exorcismo menor em preparação para o Batismo realizado pelo padre, diácono ou catequista delegado pelo bispo a essa função. No sacramento da Confirmação, a imposição das mãos é sinal de transmissão do Espírito Santo. O gesto ocorre simultaneamente com a unção na fronte pelo bispo ou delegado deste, sinal essencial deste sacramento. Distinguese de um gesto de imposição das mãos precedente do bispo e dos padres sobre todos os crismandos. Na ordenação, a imposição das mãos em silêncio é sinal da transmissão do Espírito, gesto essencial ao sacramento, tanto para o ministério no caso dos diá-

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos conos, como para o sacerdócio, no caso dos presbíteros (padres) e bispos, seguida da oração consecratória. Na consagração da Eucaristia, durante a epiclese (invocação do Espírito Santo) se estende as mãos sobre o pão e o vinho para santificação. No sacramento da Penitência, impõe-se as mãos para a absolvição sacramental para o perdão dos pecados. Na Unção dos Enfermos, se impõe as mãos sobre os doentes em silêncio antes da unção como sinal da presença consoladora do Espírito. Como sinal de bênção, encontramos o gesto da imposição das mãos sobre as pessoas ou bênçãos solenes, pelo sacerdote no final das missas ou dos sacramentos, ao final da Celebração da Palavra ou da Liturgia das Horas, nas Laudes e Vésperas; e sobre os objetos os quais se pede a bênção de Deus. A Bênção Nupcial, com imposição das mãos, no Matrimônio, juntamente com os pais dos noivos, sinal da bênção de Deus ao casal recém-casado. Por fim, também são abençoados com imposição das mãos os catecúmenos (pessoa que está se preparando para ser batizado). Para os catecúmenos, a bênção com as mãos expressa o amor de Deus e a solicitude da Igreja para dar-lhes ânimo, alegria e paz na sua caminhada.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

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DOM FRANCISCO BIASIN

oração pela unidade de todos os crentes é um dos principais pedidos de Jesus, é o centro da sua oração sacerdotal. A unidade é o sinal que caracteriza a natureza da comunidade cristã. Segundo o Evangelho de João, a unidade da comunidade fundamentase na unidade de Deus e a torna visível. A unidade, por assim dizer, existe antes da Igreja, é um presente doado à Igreja, não uma meta a ser alcançada: se ela renunciasse à sua própria unidade, corromperia a sua própria natureza e seria infiel à sua vocação. Nesta perspectiva, o ecumenismo não é um hobby ou um opcional, mas se constitui como fidelidade à oração de Jesus e ao seu testamento: que todos os que crêem nele sejam um, como ele com o Pai e o Pai com ele (Cf. Jo 17,21 s.). Qualquer séria ameaça à unidade não é periférica na vida da Igreja, mas põe em questão a própria comunidade na sua existência e na sua missão. No início da história da Igreja esta convic­ ção era tão forte que ela foi sigilada no símbolo niceno-constantinopolitano e traduzida na afirmação pela qual a unidade é sinal essencial da Igreja, sendo a sua primeira nota característica: creio na Igreja una! Como a unidade pertence à natureza da Igreja, esta não pode acostumarse com a divisão que contradiz à intenção de Jesus e constitui a sua própria essência. Nem uma história secular de separação pode legitimar o fato que as igrejas se neguem mutuamente a comunhão na pregação, no sacramento e no ministério. Sendo que inegáveis motivos da verdade evangélica e da ética cristã não justificam a quebra da comunhão eclesial, a separação torna-se ilegítima porque é uma ofensa contra a natureza da própria Igreja. Portanto, pode se considerar em culpa uma comunidade cristã que aceita e justifica a divisão ou se fixa nela, qualquer que seja o motivo que a originou. “Não é a unidade que requer uma jus-

tificativa, mas a separação!” (J. Ratzinger, Theologische Prinzipienlehre, Munchen 1982, 211) O movimento ecumênico fundamenta-se na oração e nasceu com a proposta de realizar a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (Souc). Surgida em 1908, por iniciativa de dois ministros, um anglicano, Paul J. F. Wattson, e outro episcopaliano, Spencer Jones, a Souc logo recebeu em campo católico a aprovação e o incentivo dos Papas São Pio X e Bento XV, embora com a finalidade de reconduzir as outras Igrejas à Igreja de Roma. Este ano, a Semana de Oração pela Unidade Cristã foi preparada por cristãos da Indonésia. Com uma população de 265 milhões, dos quais 86% se identificam como muçulmanos, a Indonésia é bem conhecida como o país que tem a maior população muçulmana. No entanto, 10% dos indonésios são cristãos de tradições diversas. Tanto em termos de população como de grande extensão de terra, a Indonésia é a maior nação do sudeste da Ásia. Tem mais de 17.000 ilhas, 1.340 diferentes grupos étnicos e mais de 740 línguas locais, mas ainda assim está unida na sua pluralidade pela língua nacional Bahasa Indonésia. Os cristãos da Indonésia sentiram que as palavras do Deuteronômio, “Procurarás a justiça, nada além da justiça” (cfr. Dt 16, 18-20) falavam fortemente sobre sua situação e suas necessidades e as propuseram como lema da Souc. Como cristãos de comunidades separadas, nos unimos para orar pela unidade. O tema proposto é imperativo por causa das recorrentes situações que trazem divisões e conflitos. Ao orarmos juntos, recordamos que, como membros do corpo de Cristo, somos chamados a buscar e tornar visível a justiça. Nossa unidade em Cristo nos capacita a tomar parte na luta mais ampla pela justiça e a promover a dignidade da vida. Francisco Biasin é bispo emérito de Barra do Piraí, em Volta Redonda (RJ)


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| Vida Cristã |

Teologia e Pastoral Propagar a devoção ao Sagrado Coração! Foto: Pascom | Santuário Sagrado Coração de Jesus de Vera Cruz

INÊS BEATRIZ BONADIO FURTADO

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uma Romaria Interdiocesana do Apostolado da Oração, há alguns anos, durante a Adoração do Santíssimo, debaixo de um sol escaldante, milhares de pessoas sentiam a verdadeira presença de um Deus glorioso. O sol sequer queimava ou ardia naquela multidão; apenas passava a brisa suave de Deus que soprava e envolvia a todos, fazendo-nos mais leves e receptores das bênçãos do Altíssimo. Graça especial, relatada algumas semanas após, por uma senhora que aqui veio pedir a cura, depois de receber o diagnóstico positivo de uma grave doença e que estava com a cirurgia marcada para o dia seguinte. Nos momentos de profunda oração, ela sentiu-se visitada por Jesus, e, na manhã seguinte, em sua cidade, ela pediu que outro exame fosse feito antes da cirurgia, e no resultado não deu mais nenhum tumor. No caminhar com Jesus, nesses en-

Fíéis demonstram devoção ao Sagrado Coração de Jesus na Romaria de Vera Cruz

contros, temos o testemunho de uma mãe que veio para agradecer sobre a volta do filho que estava morando nas ruas por envolvimento com drogas. Ela esteve aqui na Romaria no ano anterior para pedir pelo filho; era um caso muito difícil, segundo ela. Mas pedindo com muita insistência, voltou para casa cheia de esperança. Ao chegar ao seu lar, encontrou o filho em casa, sendo que fazia meses que não voltava. Este

foi recebê-la muito alegre e disse estar voltando para casa, e, daquele dia em diante, não usou mais droga. Já se passara um ano e a mãe voltou ao Santuário para agradecer. Neste outro testemunho, nossa zeladora relata: “Meu nome é Antonia Brandão Bonadio. Tenho recebido muitas graças, mas vou contar um milagre recebido por minha filha caçula, Ana Lucia. Ela estava com idade de dois anos e

Compromisso político e participação DIÁCONO DANILO CORDEIRO

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omo afirmava Aristóteles, o objetivo de toda cidade é conduzir a uma vida feliz e independente. O filósofo grego dizia que “as ações honestas e virtuosas, e não só a vida comum, são o escopo da sociedade política”. Em outras palavras, não basta habitar num mesmo local para ser considerado um cidadão; é preciso viver de modo íntegro, buscando o bem de toda a comunidade. Nisto Aristóteles tinha razão! Por vezes, pensa-se que a eleição dos representantes políticos a cada quatro anos basta para criar uma esfera de participação democrática. Nesse caso, o exercício do voto torna-se mero cumprimento

de uma regra social e não produz a tão almejada consciência política capaz de conduzir à vida verdadeiramente feliz e virtuosa. É dever do Estado garantir a manutenção de um espaço democrático marcado pela cidadania mediante a criação de mecanismos de participação social. Mas também os cidadãos têm o dever de exercer o protagonismo nas decisões políticas por meio do acompanhamento e cobrança dos que ocupam cargos eletivos. Portanto, a participação no processo político caracteriza-se pela presença em vários ambientes e organizações: audiências públicas, conselhos (municipais, estaduais e federais), conferências, fóruns e reuniões. Trata-se não apenas de esferas de diálogo e consulta, mas

também órgãos de controle e deliberação. Assumir tais espaços por meio do debate e da fiscalização significa ser protagonista da execução das políticas públicas e fazer ouvir as demandas e necessidades da população. Precisamente quando um indivíduo dá este passo, ele deixa de ser mero habitante-expectador de uma cidade ou país para transformar-se num promotor do bem viver. A Campanha da Fraternidade deste ano deve nos levar à seguinte interrogação: quais são os espaços políticos que ainda devemos ocupar nas cidades de nossa Diocese? Diácono Danilo Cordeiro é coordenador da equipe diocesana da Campanha da Fraternidade

meio, quando teve febre e dizia que doía uma perna. Levei-a ao médico e ele disse que precisaria interna-la na Santa Casa em Marília para exames. Depois de 11 dias, disseram que ela estava com câncer na bacia e a desenganaram. Eu tinha recebido de uma parente uma novena com relíquia do Beato Pe. José de Anchieta, hoje, São José de Anchieta, com a oração do Sagrado Coração de Jesus. Depois de cinco anos de tratamento ela estava curada. Rezei a Novena do Sagrado Coração de Jesus, não por nove dias, mas por nove anos”. Relatos como estes evidenciam o quão Nosso Senhor Jesus Cristo, presente por meio de nós no Santíssimo Sacramento, é o sustento de todos os cristãos! E nós, do Apostolado da Oração, assumimos, livremente, o propósito de viver e propagar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus com as nossas vidas! Inês Beatriz Bonadio Furtado é membro do Apostolado da Oração do Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz.

ANIVERSARIANTES

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ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 07/06 - Pe. Miguel Joao Borro - Uso de Ordens; 08/06 - Pe. Clécio Ribeiro - Uso de Ordens; 09/06 - Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza - Lucélia/Pracinha; 09/06 - Pe. Mauricio Pereira Sevilha - Marília. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL 02/06 - Pe. Marcelo Henrique Gonzalez Dias - São João do Pau D’Alho/Nova Guataporanga; 08/06 - Pe. Marcos Roberto Marques Ortega - Vera Cruz; 15/06 - Pe. Danilo Nobre dos Santos - Marília; 19/06 - Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza - Lucélia/Pracinha; 24/06 - Pe. Gabriel Fortier, RSV - Marília; 27/06 - Pe. Pio Milpacher, CJS - Marília; 29/06 - Pe. Fernando Canomanuel Abárzuza, SM Uso de Ordens; 30/06 - Côn. João Carlos Batista - Marília.


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NO MEIO DE NÓS

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ERA UMA VEZ...

Diocese

Pré-julgamento

Nossa Senhora de Fátima é festejada de maneira especial em 4 paróquias

“Que seja cada um de vós pronto para ouvir, mas tardio para falar e tardio para encolerizar-se...” (Tg 1,19) Eram uma vez dois vizinhos. Um deles comprou um coelho para os filhos. Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. O homem comprou um filhote de pastor alemão. Conversa entre os dois vizinhos: — Ele vai comer o meu coelho! — De jeito nenhum. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos e fazer amizade... E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e viceversa. As crianças, felizes com os dois animais. Eis que o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou sozinho. No domingo, à tarde, os donos do cachorro tomavam um lanche quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra, morto. Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo. Dizia o homem: — O vizinho estava certo, e agora? Só podia dar nisso! Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?! Todos se entreolhavam. O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos. — Já pensaram como vão ficar as crianças? Não se sabe exatamente quem teve a idéia, mas parecia infalível: — Vamos lavar o coelho,

deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na sua casinha. E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças. Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma. — O que foi? Que cara é essa? — O coelho, o coelho... — O que tem o coelho? — Morreu! — Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem. — Morreu na sexta-feira! — Na sexta? — Foi. Antes de viajarmos as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu! REFLEXÃO Temos a tendência de julgar os fatos sem antes verificar o que, de fato, aconteceu. Somos sempre prontos, rápidos para julgar e lentos para silenciar. Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e reagimos cometendo injustiças. Pense nisso!

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ossa Senhora de Fátima é uma das invocações marianas atribuídas à Virgem Maria, surgida com base nos relatos das aparições reportadas por três pastorinhos na Cova da Iria, em Fátima, Portugal. A primeira aparição ocorreu em 13 de maio de 1917, e se repetiram durante alguns meses, sempre no dia 13, até o mês de outubro. A aparição mariana identificou-se como sendo “a Senhora do Rosário” e, por esse motivo, também ficou conhecida como Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Aos três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, ela fez um pedido insistente de oração, especificamente a oração do Santo Rosário. Na Diocese de Marília, quatro paróquias têm Nossa Senhora de Fátima como padroeira. Em Marília, os festejos da paróquia do bairro Fragata ocorreram do dia 3 ao dia 13, sendo que o ponto alto ocorreu do dia 10 ao dia 12, quando todas as pastorais, movimentos e grupos da paróquia promoveram uma quermesse. No começo do mês, foi iniciado o novenário em honra à padroeira e, na véspera do dia de Nossa Senhora de Fátima, 12 de maio, o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, esteve no santuário e presidiu a santa missa, encerrada com um momento preparado pelas catequistas e que emocionou a todos. Crianças fizeram a coroação de Nossa Senhora e também encenaram as aparições da Virgem aos três pastorinhos. Em Adamantina, foi realizada uma quermesse no dia 11 de maio e, no dia 13, houve procissão com a imagem da padroeira e missa solene. Durante todo o mês de maio, foi feita a recitação do Santo Terço meia hora antes de todas as missas. E no dia 26, as crianças da Ca-

tequese fizeram a coroação de Nossa Senhora. Esse gesto também foi repetido em Dracena, no Santuário Nossa Senhora de Fátima, onde os fiéis encerraram a celebração do jubileu de ouro de criação, ocorrido há um ano. 10 ANOS DE CRIAÇÃO Ainda em Marília, a Paróquia Nossa Senhora do Bairro Jóquei teve um motivo a mais para celebrar o dia da padroeira este ano: seus 10 anos de criação. A comunidade preparou uma extensa programação de atividades em comemoração ao jubileu, que teve como tema “10 anos caminhando com a Virgem de Fátima ao encontro de Jesus”. Os fiéis puderam participar de uma novena, celebrada cada dia por um sacerdote diferente e com temas relacionados à Virgem de Fátima. No dia 13, houve a recitação do terço em honra à padroeira às 9h, 12h, 15h e às 18h. E às 20h, o bispo diocesano esteve na Igreja Matriz para presidir a missa solene em honra à padroeira e em ação de graças pelos 10 anos da paróquia. Na oportunidade, as crianças da Catequese fizeram a coroação da imagem da padroeira e os fiéis puderam acompanhar, em um painel fotográfico, a história desses 10 anos de caminhada pastoral. “Embora a paróquia tenha comemorado 10 anos, a comunidade existe há mais de 50 anos e ainda temos bairros que necessitam de um trabalho mais profundo e sistemático de evangelização. Essa é uma preocupação que temos: levar a presença de Cristo e de seu Evangelho para esses novos bairros de nossa comunidade. A região está em constante expansão e a Igreja precisa estar presente para fazer com que a Palavra de Deus chegue a todos”, disse o administrador paroquial, Pe. Denismar Rodrigo André. Foto: Pascom | Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Jóquei de Marília

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis

Paróquia do Jóquei teve presença do bispo diocesano, que presidiu a missa no dia da padroeira


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Coordenadores devem indicar nomes para Conselho de Leigos

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erca de 80 pessoas participaram, em 18 de maio, de um encontro convocado pela Coordenação Diocesana de Pastoral. A reunião, na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina, contou com a participação de coordenadores(as) e secretários(as) do Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) das paróquias. O objetivo foi proporcionar uma reflexão sobre o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). Em 2018, os católicos celebraram o Ano do Laicato e, na Diocese, surgiu o desejo de que o Conselho de Leigos fosse reestruturado. “O intuito foi ter contato com os coordenadores dos Conselhos Paroquiais ou secretários e apresentar o Conselho de Leigos, a fim de que, olhando para suas paróquias, pudessem identificar alguns membros que tivessem aptidão para participar dessa nova formação”, comentou

Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Coordenadora estadual, Fátima Ferre, assessorou o encontro de coordenadores do CPP

o Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, coordenador diocesano de pastoral, que convocou a reunião. A proposta foi que os coordenadores fizessem indicações de nomes até 10 de junho, para que, a partir de então, fosse formada a nova entidade. Quem esteve na Diocese de Marília, para falar sobre o tema central, foi Fátima Ferre, coordenadora estadual do Conselho de Leigos. Ela fez as apresentações, e, em um momento de bate-papo, sanou as dúvidas dos par-

ticipantes acerca do funcionamento do Conselho. Além de buscar a reestrutura do Conselho Diocesano de Leigos, que já funcionou na Diocese de Marília há alguns anos, o encontro em Adamantina também serviu para estreitar os laços da Coordenação Diocesana de Pastoral com os coordenadores dos conselhos paroquiais, “pois são eles quem, nas paróquias, juntamente com os padres, são responsáveis por motivar o trabalho pastoral”, lembrou o Pe. Marcos.

Adriana Bezerra da Silva Bueno assumiu este ano como coordenadora do CPP da Paróquia São Luiz Gonzaga, de Iacri, e ela considerou interessante a proposta de criar o Conselho Diocesano de Leigos. “Já conversei com o pároco — Pe. Sidnei de Paula Santos — e temos pessoas para indicar. Importante é que sejam pessoas de visão, de conhecimento”, considerou. Já Gabriel Antônio da Cruz é coordenador do CPP desde 2016 na Paróquia Santo Antônio, de Adamantina, e afirmou que o encontro é uma oportunidade de integração, convívio e troca de experiência entre as paróquias. Sobre a formação do Conselho de Leigos, ele ressaltou que os leigos que participarem de sua formação devem estar conscientes de sua pertença à Igreja e de sua laicidade, buscando o real entendimento de sua vocação e de sua missão.


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Destaque Vitor Hugo Pinheiro é ordenado diácono em Lucélia A cerimônia de ordenação diaconal ocorreu em 17 de maio e foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Diversas caravanas viajaram para Lucélia para esse momento. Como diácono, Vitor Hugo Pinheiro atua na Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça. Fotos: Paróquia Sagrada Família de Lucélia

Vitor foi ordenado sob imposição das mãos de Dom Luiz

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m cerimônia presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, a Diocese de Marília acolheu mais um diácono. Vitor Hugo Pinheiro foi ordenado na Igreja Matriz da Sagrada Família, em Lucélia, na noite de 17 de maio. O então seminarista foi conduzido ao altar pelos pais, Manoel Marcionilio Pinheiro Filho e Maria Rosa de Lima Pinheiro, e também esteve acompanhado pelas irmãs, Márcia e Marcela, pela avó, Dejanira, pelos padrinhos de batismo, além de tios, tias, primos e sobrinhos. Caravanas de paróquias, onde Vitor Hugo realizou estágio pastoral, também estiveram em Lucélia e lotaram a igreja. “Senti-me muito feliz e me emocionei no momento da procissão de entrada, pois percebi o carinho das pessoas que vieram de diversos lugares para prestigiar esse momento especial na minha vida”, revelou. O jovem foi chamado ao altar pelo Pe. José Orandi da Silva, atual administrador paroquial da Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, de Marília, que atuou em Lucélia e o enviou ao seminário, em 2011. Em sua homilia, Dom Luiz destacou o serviço do ministério diaconal. “Vitor, não se envergonhe de ser servidor; pelo contrário, considera-o uma honra, pois assim estarás imitando teu Mestre. Peço que se lembre: o maior serviço que você pode prestar ao povo de Deus é ser memória viva de Jesus, dando exemplo de amor e serviço. Amor que não busca privilégio algum, mas a exemplo de Jesus, doa-se generosamente porque sabe que no Reino de Deus, servir é reinar!”, afirmou o bispo. Vitor revelou que a homilia de Dom Luiz o emocionou e que o momento mais tocante do rito de ordenação foi quando apresentou o Evangeliário ao povo. “Senti uma alegria indescritível ao ver que a graça de Deus se derramou sobre mim e que, definitivamente, fui consagrado para anunciar o Evangelho ao Povo de Deus”, comentou. Para ele, a ordenação foi o momento de entrega total a Jesus Cristo. A cerimônia em Lucélia foi realizada graças à dedicação de toda a comunidade, que preparou, juntamente com Vitor Hugo, cada detalhe. O pároco, Pe. Adriano dos Santos Andrade, e o vigário paroquial, Pe. Diego Luiz Carvalho de

Souza, acolheram com alegria a ordenação diaconal. “Tudo foi preparado com muito carinho e agradeço de coração a todos pelos diversos gestos de amor para comigo, meus familiares e convidados”, disse Vitor Hugo. Pe. Adriano comentou que a ordenação foi um momento importante na história da paróquia de Lucélia. “Todos os grupos estiveram muito empenhados com a preparação. A comunidade tem um grande carinho pelo diácono e tem rezado pela sua vida e seu ministério”, falou o pároco. A cerimônia em Lucélia contou com a presença do também recém-ordenado diácono, Danilo Cordeiro. Vitor Hugo lembrou que os dois iniciaram a formação em 2011 e que participaram juntos do Retiro Anual do Clero, realizado no final do mês (leia matéria na página 11). Diversos amigos que Vitor Hugo fez ao longo de seus 26 anos de idade fizeram questão de estar em Lucélia para prestigiar o novo diácono. Uma dessas amigas foi Marina Sabino da Silva Prado, de Marília, que o conheceu quando o então seminarista iniciou o estágio pastoral na Paróquia Santa Antonieta, em 2015. “Costumo dizer que ele é meu filho do coração. Peço a Deus que o abençoe sempre. Tenho certeza de que será um bom diácono e um ótimo sacerdote”, disse Marina. “Vejo nela um testemunho de fé e de amor a Nosso Senhor Jesus Cristo. No período em que fiz estágio em sua paróquia, tivemos várias oportunidades de partilhar sobre a nossa fé e de nos ajudarmos um ao outro nas diversas atividades”, disse Vitor Hugo sobre a amiga. O INÍCIO DO MINISTÉRIO Como diácono ordenado, Vitor Hugo foi designado a exercer seu ministério na Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça, e trabalha em comunhão com os padres Anderson Messina Perini, Tony Funabashi Takuno e Rafael Ciuffa, e também o Diácono permanente Cecílio Davi. “Nestes primeiros dias do ministério, já tive a oportunidade de fazer celebrações da Palavra nas comunidades, batizados, visitar doentes junto com a Pastoral da Saúde e, nas missas, tenho proclamado o Evangelho, preparando o altar e purificando os vasos sagrados”, alegrou-se.


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Neodiáconos dão entrevista e falam sobre suas vocações

Fotos: Sinkrofoto

irmãos para os quais a sociedade fecha os olhos. VHP — Várias experiências nos marcam durante o período formativo. De maneira especial, me recordo de todos os padres, religiosos e leigos que, de diversos modos, me acolheram bem no seminário, na minha paróquia de origem e nas paróquias onde realizei estágio pastoral. A amizade e partilha de experiências me fez sentir motivado na caminhada vocacional e contribuiu para o meu amadurecimento humano e espiritual.

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Diocese de Marília tem, atualmente, dois diáconos. Por isso, o Informativo NO MEIO DE NÓS fez uma entrevista com Danilo Cordeiro e Vitor Hugo Pinheiro para que os leitores os conheçam melhor.

NO MEIO DE NÓS — Ao retornar à infância e adolescência, como compreende o chamado de Deus em sua vida? DANILO CORDEIRO — Hoje percebo o quanto Deus me envolveu desde a infância, a fim de que eu pudesse compreender seu chamado por meio de pessoas e acontecimentos cotidianos. Minha família foi o berço da minha vocação, mas devo meu discernimento também à minha comunidade de origem, que, desde cedo, me acolheu e ensinou os passos de Jesus. Deus foi generoso ao me chamar ao ministério ordenado: não olhou para minhas imperfeições, mas me chamou de amigo. VITOR HUGO PINHEIRO — Compreendo que o chamado de Deus na minha vida aconteceu através da participação nas atividades e missas da Paróquia Sagrada Família, de Lucélia. Fui coroinha, catequista, acólito, cantei no Coral Nossa Senhora de Fátima e participei do grupo de jovens. Eu me sentia feliz ao realizar todas estas atividades e, com o auxílio dos padres que passaram pela paróquia, comecei a discernir. O testemunho vocacional dos padres des-

NMN — Com as experiências vividas nos últimos dias, o que é ser diácono? DC — É ser ministro da bênção, do cuidado, da proximidade e da oração. Sinto-me extensão das mãos abençoadoras de Jesus estendidas sobre o mundo, de modo particular na liturgia, nas bênçãos às casas e nas visitas aos enfermos. Como um irmão de caminhada, tenho a oportunidade de sorrir e chorar junto daqueles que Deus confia ao meu ministério em Irapuru e Flora Rica. pertou em mim o desejo de ser padre e, por meio da VHP — É uma alegria indescritível abençoar as pesoração, senti que esse era o chamado de Deus para mim. soas, principalmente com o Santíssimo Sacramento, visitar os doentes com a Pastoral da Saúde, batizar as NMN — A partir do momento em que decidiu deixar crianças, assistir os matrimônios, proclamar o Evana sua família e amigos para ingressar no seminário, gelho nas missas, preparar o altar e purificar os vasos como encarou a nova fase numa cidade distante, lon- sagrados. Por meio do exercício do ministério diaconal tenho procurado servir com amor ao povo de Deus da ge de toda realidade conhecida até então? DC — Toda mudança nos desinstala. Em nossa vida, Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça. precisamos estar abertos às novidades, ainda mais quando se trata das surpresas que Deus nos prepara. Deixar NMN — Que mensagem você deixaria aos jovens família e amigos não é tão simples, mas é uma forma que desejam ascender às Ordens Sacras? de renunciar um pouco daquilo que somos e temos para DC — Jesus não nos promete conforto e facilidades, mas, em meio aos trabalhos do dia-a-dia, nos concede a buscar cumprir a vontade do Senhor! VHP — Ao ingressar no Seminário São Pio X, em graça de uma vida plena e realizada. Ouvir o chamado 2011, eu estava muito contente, pois realizava a vontade de Nosso Senhor é fazer a experiência da pesca milade Deus. Aos poucos, fui me adaptando às novidades da grosa, como nos diz o Evangelho. Ainda que muitas veformação presbiteral: estudo, orações, vida em comu- zes encontremos adversidades, Ele não deixa que nosso nidade e trabalhos comunitários. Ao participar destes coração desanime e envelheça, pois Seu amor nos renomomentos da formação sentia que o chamado de Deus va a cada dia. Vale a pena seguir Sua voz! estava se confirmando na minha vida. Eu estava distan- VHP — Caros jovens, Deus te da minha família e amigos, mas em minhas orações nos chama para anunciar a sempre pedi a Deus por eles e, nos momentos em que sua mensagem. Ele quer tive a oportunidade de visitá-los, percebia que estavam contar conosco para ser outro Cristo na terra. Não contentes com a minha decisão. somos perfeitos, mas o NMN — Dos oito anos de discernimento vocacional, Senhor nos chama, covividos em três seminários e em várias comunidades nhecendo nossas miséparoquiais, alguma experiência em especial marcou rias, a ser sua testemunha em nossa Diocese e sua vida de seminarista? DC — Foram várias, mas destaco o trabalho realizado no mundo. Ele vos capacicom a Pastoral de Rua das paróquias Sagrado Coração tará e vos fará felizes! Não de Jesus e Santa Antonieta, de Marília. Foi um tempo tenham medo de fértil para moldar meu coração, tantas vezes egoísta, ao dizer “sim” chaCoração manso e humilde de Nosso Senhor. Pude fa- ao zer grandes amizades e experimentar a alegria cristã do mado de serviço silencioso e realizador, especialmente àqueles Deus.


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Junho de 2019

Vocação divina da mulher: encontro é bem avaliado

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Fotos: Milton Ura | No Click com o Senhor

Centro Universitário de Adamantina (UniFai) sediou, no dia 26 de maio, o 7º Encontro Diocesano de

Mulheres. Estiveram reunidas em Adamantina cerca de 250 mulheres e a abertura ocorreu com a Santa Missa, presidida pelo coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva. Neste ano, o tema de reflexão do encontro foi relacionado ao Ano Vocacional e quem falou sobre o assunto foi uma consagrada da Comunidade Alpha e Ômega. Ângela Maria dos Santos abordou “A vocação divina da mulher” e destacou sua vocação como esposa, mãe e filha, nos diversos setores da sociedade. “Percebi a alegria das mulheres em participar de um encontro preparado para elas. Também notei a necessidade que tinham de partilhar suas vidas e desenvolver ainda mais os assuntos

A assessora convidada foi Ângela Maria dos Santos, da Comunidade Alpha e Ômega

relacionados ao tema. Foram muito receptivas e acolhedoras”, disse a assessora. Antes do encerramento, as participantes acompanharam uma encenação sobre a vida de Nossa Senhora e de santas. A interpretação foi feita pelo Grupo Ânima, formado por jovens da Paróquia São Miguel Arcanjo, de Ma-

rília. A peça, apresentada sobre sapatilhas de balé, emocionou as participantes. A Paróquia Sagrada Família, de Marília, enviou 43 mulheres ao encontro e uma delas foi Maria Angelica Galiote Silva, que levou junto sua mãe, Antônia Anna Batisttel Galiote, de 91 anos. “Amamos! Aliás, eu amo essa Diocese de Marília, que eu ado-

tei há 40 anos. Esse foi realmente um encontro de valorização da mulher. Foi muito prazeroso passarmos aquele tempo juntas. Precisamos dar valor a encontros de formação como este, que não são comuns em outras dioceses”, avaliou. Edna Navarro Buzzatto, secretária da Paróquia São José Operário, de Tupã, organizou uma caravana de 56 mulheres, que foram a Adamantina a fim de participarem do encontro. Uma delas foi Sônia de Oliveira Santos Gallego, que considerou que as mulheres precisam mesmo de incentivos como este encontro. “Gostaria que tivesse mais eventos como este”, disse. “Achei tudo maravilhoso, desde a acolhida, até o encerramento. A pregação da Ângela foi um grande aprendizado para todas nós, mulheres”, afirmou Alessandra Aparecida Borges Ferreira, do Santuário Nossa Senhora de Fátima, de Dracena.

Comunidade Éfeta completa 30 anos neste mês de junho Há 30 anos, em 18 de junho, Dona Emília Fagnani, mãe de três surdos profundos, fundou, em Marília, a Comunidade Éfeta, com o intuito de evangelizar, na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), os surdos de famílias católicas. A palavra Éfeta vem do aramaico e significa “abre-te”. Essa palavra foi dita por Jesus no momento em que curou um surdo. A comunidade começou na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, em Marília, e hoje tem sua sede na Capela São Vicente de Paulo, pertencente à Paróquia Santa Izabel. Semanalmente, aos sábados, surdos, intérpretes e fiéis de maneira geral se reúnem para as missas, às 19h. São sempre missas interpretadas, mas contam com um número expressivo de ouvintes, pois é presidida por padres ouvintes. Em razão dos 30 anos, a Comunidade Éfeta receberá uma homenagem no dia 14 de junho, em uma sessão

Foto: Arquivo pessoal

Emília (de óculos), junto com os filhos surdos, Ivair (esq.), Ione (de preto) e Irineu (dir.)

solene, na Câmara Municipal de Marília. No dia seguinte, haverá a missa em ação de graças, presidida pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini. E para o dia 29 está prevista uma festa de confraternização, com o tema “Anos 60”. “Será um momento de descontração e alegria”, contou a intérprete Biana Yonemotu.

Segundo ela, o grupo conta, atualmente, com a participação de cerca de 40 surdos, 12 intérpretes de Libras, além de familiares e amigos. A mais antiga integrante é a atual coordenadora diocesana, Ione de Fátima Francisco, que faz parte da Comunidade Éfeta desde o princípio. “É uma missão de amor a Cristo, a Maria, à Igreja Católica e aos irmãos surdos.

Só o amor faz seguir adiante, porque crê, suporta, acredita, confia e espera”, afirmou a surda, que é uma das filhas da pioneira Dona Emília. Marcos Roberto Samuel é o intérprete mais recente e ingressou no grupo não porque tem algum familiar surdo, mas porque trabalhava no comércio de Marília e, às vezes, não conseguia se comunicar com clientes surdos. Ele iniciou o curso e foi convidado, pela professora Bianca, a participar da Comunidade Éfeta, interpretando Libras nas missas. “Defino Libras com a palavra ‘futuro’, pois quando conheci, passava por um momento de indecisões pessoais e profissionais. Ela veio para me mostrar um horizonte cheio de oportunidades e um futuro promissor, em todos os aspectos. Agradeço a Deus pela oportunidade de fazer parte desse grupo de intérpretes e dessa comunidade, onde fui tão bem acolhido”, disse Marcos Roberto.


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Retiro do Clero traz reflexões de bispo missionário do Pará Dom José Luiz Azcona, bispo emérito da Prelazia do Marajó (PA), é de origem espanhola e tem se dedicado a pregar retiros pelo país e pelo mundo. O momento de reflexão do clero ocorreu em Agudos (SP), no Seminário Santo Antônio, e reuniu cerca de 75 pessoas.

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os últimos dias de maio, de 27 a 31, os ministros ordenados da Diocese de Marília se recolheram em Agudos (SP) para o Retiro Anual do Clero. Novamente realizado no Seminário Santo Antônio, em Agudos (SP), o evento reuniu cerca de 70 sacerdotes, três diáconos e o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e o bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini. Para pregar o retiro deste ano, foi convidado o missionário espanhol, Dom José Luiz Azcona, bispo emérito da Prelazia do Marajó (PA). Ele falou sobre a configuração do ministério sacerdotal à Cruz de

Cristo, sempre na perspectiva da conversão por parte dos ministros ordenados. O bispo partiu do segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos, versículo 38, que fala do arrependimento, do qual nasce um homem novo. “A geração de um homem novo é o maior milagre”, disse o pregador, fazendo referência à conversão de um ministro ordenado. Em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, Dom Azcona, como é conhecido, falou de sua rotina de pregação de retiros e de quantas situações de conversão de padres já presenciou. Segundo ele, a problemática do clero de hoje, no Brasil, na América Latina

Fotos: Pe. Tiago Barbosa | Pascom | Diocese de Marília

Retiro contou com presença de Dom Osvaldo (esq.) e Dom Luiz (centro)

Dom Azcona é bispo emérito e atualmente prega retiros pelo mundo

Semana de reflexão do clero foi realizada no seminário de Agudos

e no mundo todo está relacionado à falta de fé, de ardor missionário e do Espírito Santo. “Certa vez, pregava a 800 padres e as expressões de conversão foram tão evidentes que um bispo que me acompanhava, na explicação teológica, disse que nunca tinha ouvido confissões com tanto arrependimento, lágrimas e até mesmo gritos. Esse caminho de arrependimento leva à comunhão, tão necessária hoje à Igreja em toda a parte, e leva necessariamente à missão”, revelou o bispo emérito, que se disse feliz nessa rotina de pregar retiros. Dom Azcona também comentou que compreende bem os problemas que enfrenta um sacerdote e pediu: “arrependei-vos. Do arrependimento, surge um padre novo, que se sustenta em Jesus Cristo”. A avaliação do bispo emérito da Prelazia do Marajó sobre o retiro que pregou é que foram dias de graça, salvação e esperança. “Vi um clero muito atento à Palavra de Deus. Terminei o retiro com o tema esperança, pois é a posse antecipada das coisas que virão no futuro. Se é posse, podemos dar testemunho. E a esperança cristã se distingue de qualquer utopia ou esperança humana, porque é intervenção de Deus”. A pregação do retiro de 2019 também foi bem avaliada pelo Monsenhor Achiles Paceli de Oliveira Pinheiro, de 80 anos. O sacerdote participou de todos os retiros, mesmo tendo passado uma recente temporada residindo em Campos do Jordão (SP). “Com uma comunicação simples, ele nos fez aprofundar aspectos importantes de nosso serviço ao povo de Deus. O retiro deste ano nos fez questionar nossa ação pastoral, sobretudo no aspecto missionário, que é essencial à Igreja de Cristo”, disse. Monsenhor Achiles, que reside em Quintana, lembrou que o retiro é sempre momento de comunhão com Deus e de comunhão fraterna entre clero diocesano.

Ministros se reúnem em encontros e refletem missão Cerca de 1.500 ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (Mesc) estiveram reunidos, nas três Regiões Pastorais da Diocese de Marília, para os encontros anuais de formação. Os três eventos refletiram a espiritualidade missionária e a espiritualidade do ministro da Eucaristia. O cronograma foi o mesmo: começou com um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, seguido da espiritualidade e encerrou com a Santa Missa. O primeiro evento ocorreu na tarde de 18 de maio, para os ministros da Região Pastoral III. Cerca de 400 pessoas estiveram reunidos no salão do Asilo São Vicente de Paulo, em Dracena, e quem conduziu o encontro foi o Pe. Milton Afonso do Nascimento, vigário paroquial em Panorama e Santa Mercedes. Na manhã do dia 19, o evento ocorreu em Osvaldo Cruz, para os ministros da Região II. Quem falou aos cerca de 500 participantes foi o Pe. Renan Gimenes Takizawa, de Tupã. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, presidiu as missas em Dracena e em Osvaldo Cruz. O evento também contou com a participação do assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, Pe. Anderson Messina Perini, que conduziu o momento de adoração ao Santíssimo em Osvaldo Cruz e em Garça, onde naquela tarde ocorreu o encontro da Região I. O aspecto da espiritualidade foi ministrado pelo Pe. Williams Roque de Brito, de Marília, que assessora o Conselho Missionário Diocesano (Comidi). O encontro teve a participação de cerca de 550 fiéis. “Foram dois dias maravilhosos, com excelentes avaliações. Esses encontros são fortificantes para os ministros, que saíram renovados dos encontros”, avaliou o Pe. Anderson. “Achei um encontro positivo, pois falamos sobre a vida de testemunho e, principalmente, sobre nossa missão”, compartilhou Rodrigo do Nascimento Ribeiro, ministro no Santuário Nossa Senhora de Fátima, de Dracena. “Refletimos a importância de sermos mais participativos e missionários dentro da nossa própria cidade”, comentou Ana Isabel Sevilha Cavano, da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Tupã. Já Márcia Simão, ministra da Paróquia Santa Edwiges, de Marília, destacou que considerou especial o momento da adoração. Foto: Pascom | Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Dracena

Ministros da Região III estiveram reunidos em Dracena


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Adamantina tem nova paróquia: São Francisco de Assis

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bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, esteve em Adamantina, no dia 24 de maio, para a criação da terceira paróquia na cidade. Localizada no Jardim Adamantina, a Paróquia São Francisco de Assis, formada por cinco comunidades, também teve nomeado pároco o Pe. Paulo Joaquim de Souza, conhecido como Quinzinho. A comunidade, criada há mais de 30 anos, tornouse a 65ª paróquia da Diocese de Marília e está localizada em uma cidade onde a maioria dos habitantes é católica. A celebração solene contou com a presença de sacerdotes, religiosos e religiosas, autoridades civis do município e de centenas de fiéis. O pároco da Paróquia Santo Antônio, Pe. Rui Rodrigues da Silva, responsável por pedir, ao bispo, mais um sacerdote, para preparar a comunidade para a elevação de uma nova paróquia, foi quem leu o decreto de instalação e a provisão de posse do Pe. Quinzinho. Em sua homilia, Dom Luiz afirmou que as paróquias “são células vivas da

Igreja e lugar privilegiado, no qual a maioria dos fiéis têm uma experiência concreta de Jesus Cristo, na comunhão eclesial”. “As paróquias são chamadas a ser casa e escolas de comunhão. É aquele lugar privilegiado onde vivemos o amor cristão”, afirmou o bispo. Ele também fez referência ao padroeiro da nova paróquia, São Francisco de Assis. “A proposta de Francisco é evangélica, atual e urgente. Vencer o mal fazendo o bem; ‘onde houver ódio, que eu leve o amor’, como ele ensina a rezar. Francisco representa um ideal de felicidade sólido e duradouro”, afirmou Dom Luiz. Pe. Quinzinho se disse feliz por ter preparado a comunidade e ter dinamizado os trabalhos pastorais, desde quando assumiu a então Quase-paróquia, em janeiro de 2018. “Seguimos a caminhada como paróquia, mas ainda contamos com a ajuda financeira das paróquias Santo Antônio e Nossa Senhora de Fátima”, lembrou o pároco.

Paróquias promovem doação de fraldas geriátricas na Semana Santa A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Queiroz, realizou, no dia 7 de maio, a doação de 130 pacotes de fraldas geriátricas para pacientes internados na Santa Casa de Tupã. O gesto concreto foi motivado nos fiéis da cidade durante a Semana Santa. A entrega das fraldas foi realizada pelo pároco, Pe. Luciano Ruiz Talarico, responsável pela campanha, juntamente com o Coordenador de Conselho Paroquial Pastoral (CPP), Claudinei Monteiro da Silva. Durante a entrega, o pároco ressaltou a importância deste hospital que atende pacientes de toda região. A Paróquia São José Operário, de Tupã, também motivou seus fiéis a fazerem a doação de fraldas geriátricas. A doação, no entanto, foi feita a idosos necessitados da própria paróquia. Ao todo, foram arrecadadas cerca de 50 pacotes. Foto: Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Queiroz

Paróquia de Queiroz arrecadou fraldas, doadas a hospital de Tupã

Fotos: Milton Ura | No Click com o Senhor

Pároco e bispo diocesano descerraram a placa comemorativa à criação da paróquia

FIQUE DE OLHO EDIAM A Infância e Adolescência Missionária (IAM) promoverá, no mês de outubro, o Encontro Diocesano do IAM (Ediam). No último final de semana de maio, foi realizada a sétima Jornada Nacional da IAM, que começa a preparação para o evento diocesano. A jornada ocorreu nas paróquias que têm a iniciativa e objetivou celebrar os 176 anos da Obra da IAM.

agosto, a Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça, sediará o encontro da Região Pastoral I. Os encontros serão dedicados à apresentação do novo material diocesano para os encontros de preparação para pais e padrinhos. ASSEMBLEIA SUL 1 De 11 a 13 de junho será realizada, no Centro de Espiritualidade Inaciana, em Itaici, Indaiatuba (SP), a 82ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as dioceses do Estado de São Paulo.

BATISMO A Pastoral do Batismo iniciou, em maio, seus encontros regionais. No dia 26, o encontro da Região Pastoral III ocorreu em Junqueirópolis, na Paróquia Santo Antônio. PENTECOSTES No dia 30 de junho, a Região A Renovação Carismática II realizará o encontro na Pa- Católica (RCC) prepara, para róquia São José, de Osvaldo o mês de junho, a celebração Cruz, e em agosto, no dia 18 de de Pentecostes. No dia 16 de

junho, fiéis católicos se reunirão nas três Regiões Pastorais. Na Região I, o evento ocorrerá no Grêmio Teatral Leopoldo Fróes, na cidade de Garça, e os pregadores serão Isio Ribeiro e André Luis, ambos da Diocese de Assis (SP). O Ginásio de Esportes de Lucélia foi o local escolhido para sediar a celebração de Pentecostes na Região II. E quem estará pregando será Mauricio Alves Pereira, o Mauro, da Diocese de Osasco (SP). E na Região III, o pregador será Heber Campos, da Diocese de Itapetininga (SP). Os fiéis estarão reunidos no Ginásio de Esportes de Pauliceia. Nos três encontros, foi proposta a reflexão do mesmo tema: “Unidos de coração vivemos um novo Pentecostes” (Cf. At 2,1-4).


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Atualidade Vaticano divulga carta para prevenir e denunciar abusos

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o início de maio, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou a Carta Apostólica do Papa Francisco, em forma de “Motu próprio”, que entra em vigor a partir de 1º de junho. Intitulada “Vos estis lux mundi” (Vós sois a luz do mundo), o documento estabelece novos procedimentos para prevenir e denunciar casos de abusos sexuais na Igreja. O Santo Padre esclareceu que essas normas foram aprovadas “ad experimentum” por três anos. A Carta Apostólica é fruto da reflexão e colaboração, durante e após o encontro do Papa com os presidentes das Conferências Episcopais e os superiores dos principais institutos religiosos, realizado no Vaticano em fevereiro deste ano. “Os crimes de abuso sexual ofendem Nosso Senhor, causam danos físicos, psicológicos e

Foto: Vatican News

“Vos estis lux mundi” (Vós sois a luz do mundo) surgiu a partir de encontro com bispos

espirituais às vítimas e lesam a comunidade dos fiéis”, recorda o Papa, na introdução do documento. Na “Vos estis lux mundi”, o Sumo Pontífice determina as normas que se aplicam no caso de assinalações relativas a clérigos ou a membros de Institutos de Vida Consagrada ou de Sociedades de Vida Apostólica, no que diz respeito a crimes sexuais. Uma das orientações do Papa é

que todas as dioceses devem estabelecer, antes de junho de 2020, “sistemas estáveis e facilmente acessíveis ao público para apresentar as assinalações” dos casos de abuso sexual e de acobertamento dos mesmos. Todos os ministros ordenados, religiosos e religiosas são obrigados a informar às autoridades eclesiásticas competentes sobre abusos dos quais tenham conhecimento. E no caso

de denúncias contra bispos, a Carta Apostólica introduz medidas processuais que, em geral, solicitam a verificação do notificado ao arcebispo da Província Eclesiástica. O texto também determina que os casos notificados deverão ser verificados prontamente e tratados de acordo com o Direito Canônico. E, por fim, a carta apostólica demonstra a preocupação e o cuidado das pessoas que foram ofendidas ou sofreram abuso e a importância do acolhimento, escuta e acompanhamento, oferecendo-lhes a assistência espiritual e terapêutica de que necessitam. Deste modo, Francisco quer com estas normas “que as pessoas que sofreram abusos possam recorrer à Igreja local certas de que serão bem acolhidas, que serão protegidas de represálias e que suas denúncias serão tratadas com a máxima seriedade”.

Papa institui Charis, novo serviço internacional da RCC Na celebração de Pentecostes, no dia 9 de junho, o Papa Francisco oficializará um novo serviço para a Renovação Carismática Católica (RCC). Charis, um serviço de comunhão internacional, tem como objetivo servir a RCC no mundo todo, ou seja, todas as comunidades e expressões que surgiram a partir dela. O anúncio foi feito em dezembro do ano passado e a palavra Charis é grega e significa “graça” e “carisma”. O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida esclarece que como um organismo a serviço de todas as realidades da Renovação Carismática Católica, Charis não exercerá nenhuma autoridade sobre ela. Cada realidade carismática permanecerá aquilo que é, no pleno respeito de sua identidade, e permanecerá sob a jurisdição da autoridade eclesiástica da qual depende. Cada uma, no entanto,

Foto: Arquivo pessoal

Papa Francisco escolheu Gabriella Marcia como representante para América do Sul

poderá valer-se livremente, para o cumprimento de sua missão, de todos os serviços que a Charis proporcionará, objetivo fundamental proposto pelo novo organismo. Após a aprovação de seu estatuto por um período ad experimentum, o Dicastério fez a nomeação do moderador, professor Jean-Luc Moens, da Bélgica, dos 18 membros do Serviço Internacional de Comunhão e do

assistente eclesiástico, Pe. Raniero Cantalamessa, OFM Cap, da Itália, para um primeiro mandato, de três anos. Para a América do Sul, da língua portuguesa, foi designada para integrar o Serviço Internacional de comunhão Gabriella Marcia da Rocha Días, de Fortaleza (CE). Todos viajaram para Roma para assumirem suas funções na solenidade de Pentecostes, dia em que o

estatuto da Charis entrará em vigor. Antes, porém, ficarão reunidos, durante uma semana, para fazerem o planejamento e discutirem as diretrizes desse novo serviço. O Papa Francisco estará presente com o grupo no sábado, dia 8, quando haverá um encontro aberto para membros da RCC de todo o mundo. E, no domingo, dia 9, ele fará o anúncio oficial da Charis, na Praça de São Pedro. Gabriela, a única brasileira que faz parte do grupo, disse que não sabe porque Deus a escolheu. “Tive a experiência do batismo no Espírito Santo aos 17 anos, em 1994, e minha vida mudou totalmente. Decidi ingressar no Shalom, uma comunidade carimática que nasceu dessa corrente de graça, e virei missionária. Sou grata a Deus, pois acredito que é sempre uma honra servir a Igreja e o povo de Deus”, concluiu Gabriella.


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NO MEIO DE NÓS

Junho de 2019

Região I Creche Maria Leonor, de Garça, completa 70 anos de trabalho

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comunidade católica de Garça celebrou, em maio, os 70 anos da Associação Brasileira das Franciscanas de Garça, também conhecida como Centro de Convivência Maria Leonor, ou Creche Maria Leonor, administrada pelas religiosas da Congregação das Irmãs Franciscanas de Siessen. A obra atualmente tem como diretora Rosenéia dos Santos Alves e a Irmã Eugênia Pereira de Lima como presidente da Associação. No dia 4 de maio, foi celebrada, nas dependências da creche, uma missa em ação de graças pelos 70 anos da instituição. Para presidir a celebração, foi convidado um sacerdote que fez parte da história de parte dessas sete décadas. O Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, que atualmente é coordenador diocesano de pastoral, foi um dos meninos atendidos pela creche e foi cuidado pelas religiosas, enquanto seus pais trabalhavam. Além dele, também foram convidados à missa solene os sacerdotes de Garça, da Paróquia São Pedro Apóstolo e do Santuário Nossa Senhora de Lourdes. Para a ocasião, foi formado um coral com as crianças, regidas pela Irmã Eliane Cassetari. Ao todo, participaram da iniciativa 30 crianças e, após essa primeira experiência, já foram convidadas para outras apresentações na cidade. No dia 15 de maio, esteve na instituição o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, que chegou com o intuito de visitar as religiosas, os co-

laboradores e também as crianças atendidas. “Ele nos deixou uma mensagem profunda, tanto para a creche quanto para as crianças. Ele concedeu uma bênção especial à instituição”, contou a Irmã Eugênia. A instituição também montou, em uma de suas salas, uma exposição, com fotografias e documentos que relembram e contam a história dessas sete décadas de dedicação às crianças. Atualmente, a Creche Maria Leonor atende 193 crianças, de 2 a 14 anos e idade. Ao todo, são cinco religiosas que se dedicam a esse trabalho e contam com o auxílio de 33 pessoas, entre profissionais e colaboradores. No contra turno escolar, a instituição oferece às crianças aulas de natação, informática, canto, dança, flauta, atividades lúdicas e auxílio nas tarefas escolares. Uma das mães beneficiadas pelo trabalho das religiosas é Daiana Aparecida Gonçalves de Souza, mãe de Miguel, de seis anos, Mariah, de quatro, e Théo, com três anos de idade. “Eu e meu esposo amamos esse trabalho pois a creche é uma extensão da nossa casa. Meus filhos são muito bem atendidos lá, ao ponto de receberem alimentação especial, por conta de restrições quanto aos derivados de leite. Até quando tem bolo de aniversário, eles fazem um especial, para que os três possam comer. A diretora Rose e as religiosas são maravilhosas e super dedicadas e tratam todos como se fossem seus próprios filhos”, disse a mãe.

Fiéis festejam Santa Rita de Cássia com novena e Festa das Rosas Na única paróquia dedicada a Santa Rita de Cássia na Diocese, fiéis da cidade de Marília tiveram um mês de maio repleto de atividades, norteadas pelo tema “Com Santa Rita, redescobrir as vocações”. Os festejos em louvor à padroeira tiveram início no dia 13 de maio, quando começou uma novena. A novidade deste ano ficou por conta dos convidados, todos sacerdotes recém-ordenados, das dioceses de Assis, Araçatuba, Franca e Marília. Por conta da temática vocacional, cada dia foi dedicado a uma área profissional, como educação, saúde, construção civil, motoristas, serviços gerais, lojistas, serviços domésticos, funcionalismo público, profissionais liberais e até mesmo os desempregados tiveram um dia especial de oração, reflexão e

benção. A programação teve, ainda, uma missa com a liturgia voltada para as criança, no dia 19 de maio, e, no dia da padroeira, 22 de maio, os fiéis puderam participar de celebrações às 12h, às 15h e também às 20h, com procissão. Nos dias 24, 25 e 26 de maio, foi realizada a já tradicional Festa das Rosas, sendo que neste ano ocorreu a sexta edição. Morgana Pereira de Moraes é devota de Santa Rita desde que mudou para Marília, há 14 anos. Ela participou da Novena junto da neta, Pietra, de seis anos. “Todas as noites, foi sorteada uma imagem da padroeira e a Pietra queria muito. Falei para ela pedir a Santa Rita que visitasse nossa casa e, no último dia da novena, ela foi sorteada”, alegrou-se Morgana. Foto: Pascom | Paróquia Santa Rita de Cássia de Marília

Fiéis na celebração solene em honra a Santa Rita de Cássia, no dia 22 de maio

Fajopa faz processo seletivo para turma de ensino à distância

Foto: Centro de Convivência Maria Leonor

Crianças formaram um coral por ocasião da comemoração dos 70 anos da Creche

A Faculdade João Paulo II (Fajopa), de Marília, abriu inscrições para turma de ensino à distância (EaD), com início em 7 de agosto. As matrículas podem ser feitas no site www. fajopa.edu.br até 11 de julho e a prova ocorrerá no dia 13 de julho. O curso terá duração de seis meses e para se inscrever o único requisito é ter concluído o Ensino Médio. O objetivo é capacitar os alunos para a pesquisa e reflexão teológicas a partir da práxis cristã, a fim de que promovam o diálogo entre fé e cul-

tura, para serem educadores da fé e construtores de uma sociedade justa e fraterna, alicerçada numa democracia participativa. “O aluno matriculado na graduação em Teologia terá disciplinas relacionadas às diferentes áreas do saber teológico propriamente dito, como Sagrada Escritura, moral cristã, dogmas da fé e Cristologia, e daqueles transversais como, por exemplo, da História da Igreja, o Direito Canônico e Aconselhamento Pastoral”, informou Luís Pedrosa, professor e coordenador do curso à distância.


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Região II Fiéis de Tupã celebram São José Operário no Dia do Trabalho

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m 1º de maio, os fiéis celebram o dia de São José Operário, pai adotivo de Jesus Cristo, conhecido por sua humildade e dedicação ao trabalho. Ele é o patrono das famílias e dos trabalhadores. Na Diocese de Marília, uma única paróquia é dedicada a ele e fica na cidade de Tupã. A comunidade paroquial foi a quarta e última paróquia criada na cidade, no dia 1º de maio de 1990. Nesta mesma data, os fiéis renderam graças e celebraram os 29 anos da paróquia. No dia do padroeiro, a comunidade pôde acompanhar a inauguração do novo sistema de projeção das missas, com dois telões retráteis e dois projetores. O pároco, Pe. Marcelo Antônio dos Santos, também

Foto: Pascom | Paróquia São José Operário de Tupã

No dia do padroeiro, houve a inauguração de painel com São José Operário

apresentou um painel confeccionado na parede do altar, representando a carpintaria de São José. “Tudo isso foi possível graças aos recursos advindos do dízimo que nosso fiéis dão à paróquia”, frisou o sacerdote, que assumiu a paróquia em janeiro deste

ano. Ele ressaltou que sua nova comunidade é ativa e bem participativa. “São fiéis fervorosos, mas temos muitos desafios pela frente e um deles é a conclusão do centro catequético pastoral e a construção da Capela Imaculada Conceição. E, futuramen-

te, queremos construir a nova igreja São José, mas isso é apenas um projeto”, contou o Pe. Marcelo, que esteve à frente da construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima, quando era pároco em Adamantina. O novo pároco explicou que o projeto da construção do novo templo é sonho dos fiéis e que apenas abraçou a ideia. “Mas a prioridade é mesmo a conclusão do centro catequético”, afirmou o pároco. Na missa solene, o Pe. Marcelo propôs aos fiéis a recordação de todos homens e mulheres que trabalharam arduamente, com a mesma simplicidade e humildade de São José, pelo amadurecimento da comunidade, localizada na zona leste da cidade de Tupã.

Região III Plano de Formação Paroquial é realizado em Irapuru e Flora Rica

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s paróquias Santa Genoveva, de Irapuru, e São José, de Flora Rica, estão implantando uma experiência inovadora: o Plano de Formação Paroquial. A iniciativa objetiva avaliar o trabalho realizado nas paróquias e pensar novas possibilidades, com base no que está funcionando e naquilo que pode ser melhorado. Embora vivam realidades distintas, as duas paróquias tem à frente o pároco, Pe. José Ferreira Domingos, e o recém-ordenado diácono Danilo Cordeiro. O Plano de Formação Paroquial é baseado em duas frentes. “Primeiro, fazemos reuniões com todas as pastorais, individualmente, para saber de todos os trabalhos realizados e encaminhar questões práticas. Depois,

Foto: Maria Aparecida Menon | Paróquia Santa Genoveva de Irapuru

Encontros mensais de formação reúnem representantes de todas pastorais e outros fiéis

uma vez por mês, temos a formação paroquial, reunindo todos membros de pastorais e fiéis de maneira geral”, contou o pároco, Pe. Ferreira. Segundo o Diácono Danilo, os temas dessas formações são definidos a partir de necessidades pastorais ou seguindo o ritmo litúrgico. “Em maio, por exemplo, destacamos o tema Mariologia e

neste mês de junho, o enfoque será a formação eucarística, devido à celebração do Corpus Christi. Também já surgiu a necessidade de realizarmos visitas missionárias a todas as casas de Irapuru, o que deverá ocorrer no mês de julho. Futuramente, esse trabalho também poderá ser feito em Flora Rica”, explicou.

O acompanhamento é a ideia central dessa iniciativa. Nos encontros individuais com as pastorais, sempre estão presentes o pároco e o diácono. E nas reuniões gerais, eles se revezam nas formações. De acordo com Danilo, muitos problemas e dificuldades pastorais podem ser resolvidas com o diálogo. E os dois afirmam que ouvir os leigos tem sido uma experiência interessante. “É importante trilhar um caminho juntos, como comunidade paroquial. Partimos da ideia do Evangelista João, que diz que o Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas. O Plano de Formação Paroquial tenta, de uma forma singela, fazer com que os pastores estejam próximos das ovelhas e ouçam suas reais necessidades”, concluiu o Diácono Danilo Cordeiro.


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Junho de 2019

Tapetes são sinal da adoração a Jesus Sacramentado

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orpus Christi, expressão em latim que significa “Corpo de Cristo”, é uma comemoração litúrgica católica que ocorre na quinta-feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade, que, por sua vez, acontece no domingo seguinte ao de Pentecostes. Na ocasião, os fiéis, reunidos ao clero, fazem a adoração ao Santíssimo Sacramento, que é conduzido, em procissão, pelas ruas das cidades. Em muitas paróquias, ainda se conserva a tradição da ornamentação das vias públicas para a passagem do Santíssimo e, na Diocese de Marília, essa ainda é uma realidade em algumas cidades. É o caso de Marília, onde 14 paróquias estão envolvidas na preparação das ruas. O Pe. Willians Roque de Brito, pároco da Paróquia Santa Antonieta, foi o padre escolhido para coordenar os trabalhos e, segundo ele, cerca de 1.000 fiéis trabalharão, na véspera do Corpus Christi, para a ornamentação das vias públicas. Neste ano, o trajeto será diferente de anos anteriores. A missa começará às 16h, no Largo da Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, e depois a procissão sairá da Avenida Nelson Spielmann, percorrerá a Rua 9 de Julho até a Avenida Santo Antônio, até a igreja

Foto: Arquivo

Fiéis se dedicam na ornamentação das ruas de Vera Cruz para a passagem do Santíssimo

matriz de Santo Antônio, onde o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, dará a bênção. Ainda na Região I, o Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, também mantém uma tradição de décadas, com a ornamentação de ruas, trabalho que envolve diversos fiéis. Os tapetes chegam a ter 12 metros de largura e os materiais utilizados são, basicamente, serragem pintada. Outra cidade que fará a procissão com ruas decoradas será Tupã, onde existem quatro paróquias. Cada uma ficou responsável pela ornamentação de um trajeto, sendo que este ano a missa ocorrerá às 15h, na matriz de Nossa Senhora Auxiliadora, e será presidido pelo pároco, Pe. Márcio Roberto Rios

Martins. Depois, a procissão seguirá até a Igreja Matriz de São Pedro Apóstolo e a bênção será dada pelo Pe. Marcelo Antônio dos Santos, pároco da Paróquia São José Operário. Ao longo do trajeto, os sacerdotes farão o revezamento. Fiéis das quatro paróquias organizaram e arrecadaram material, como pó de café e de serra, cascas e caixas de ovos, para confeccionar os tapetes. Em Tupã, há muitos anos não se fazia a decoração das ruas para a passagem do Santíssimo Sacramento e, de acordo com os organizadores, a população está ansiosa pelo Corpus Christi deste ano. Na Região Pastoral III, a tradição dos tapetes também se mantém em algumas cidades, como São João do Pau d´Alho e Nova Guataporanga, onde atuam o Pe.

e colabor a com a su

Oração

e doação

Ivã Luis de Oliveira Baisso, como administrador paroquial, e o Pe. Marcelo Henrique Gonzalez Dias, vigário paroquial. Os fiéis que ajudam na confecção dos tapetes são das pastorais, as crianças e jovens da Catequese e também pessoas da comunidade. Os materiais utilizados para ornamentar as ruas são pó de café, tampinhas de garrafa pintadas, pó de serra tingido, areia, bagaço de cana, cal, flores de tecido e casca de ovos. Segundo o Pe. Marcelo Henrique, os tapetes são sinais da honra, do amor e da adoração que os católicos prestam a Jesus Sacramentado. “Se ele vai passar pelas ruas da cidade, convém que o caminho seja bem enfeitado, como sinal de que acreditamos que ali, naquela pequena partícula branca, está o próprio Cristo Senhor, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem”, afirmou o sacerdote. A decoração das ruas também é feita em outros países, como Portugal, França, Espanha e Itália. “Em alguns deles, as procissões e os enfeites nas ruas praticamente deixaram de ser feitos a partir da década de 1970, mas algumas comunidades estão redescobrindo o significado profundo dessa devoção popular. Afinal, a Santíssima Eucaristia é a fonte e o ápice da vida cristã”, concluiu o sacerdote.

Faça seu Gesto Solidário e colabore com os Projetos de Ação Missionária. Deposite qualquer quantia na conta Bancária, em nome da CNBB Regional Sul 1 BANCO DO BRASIL Agência: 6914-0 Conta corrente: 40381-4 AS MISSÕES AGRADECEM!

CONSELHO MISSIONÁRIO REGIONAL


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