Jornal No Meio de Nós - Edição 247 - março de 2019

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 21 | Edição 247 | Março de 2019

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Mês Missionário é destaque do 36º Encontro de Agentes Foto: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

Roma confere título de Direito Canônico a professor da Fajopa A Congregação para a Educação Católica concedeu ao docente Doutor Pe. Carlos Roberto Santana da Silva a honraria de “Professor Titular da Cátedra em Direito Canônico São Paulo Apóstolo”. O sacerdote, do clero de Lins, é docente do Curso de Bacharelado em Teologia, da Faculdade João Paulo II (Fajopa), de Marília. O homenageado também é diretor do Programa de Mestrado da Fajopa, vice-decano da Faculdade de Direito Canônico da capital do Estado e vigário judicial do Tribunal Interdiocesano de Botucatu (SP). Página 14

Reitores dos dois seminários diocesanos tomam posse

Agentes e assessores se reuniram em Adamantina para refletir e sugerir como celebrar o mês de outubro

Cerca de 190 pessoas participaram, no dia 24 de fevereiro, do 36º Encontro Diocesano de Assessores e Agentes de Pastoral, realizado em Adamantina, na Unifai - Centro Universitário de Adamantina. A proposta da Diocese este ano foi os participantes refletirem o Mês Extraordinário Missionário, convocado pelo

Papa Francisco para o mês de outubro de 2019. Assessoraram as reflexões o Pe. Tony Funabashi Takuno, mestre em missiologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, e o Pe. Willians Roque de Brito, assessor da Dimensão Missionária. Depois de ouvirem teste-

munhos missionários, os participantes foram convidados a se reunirem em grupos para refletir e propor atividades para a celebração do Mês Extraordinário Missionário. As propostas agora serão estudadas em uma reunião entre a Conselho Missionário Diocesano (Comidi) e o Conselho Diocesano de Pastoral. Página 8

Em fevereiro, Dom Luiz Antonio Cipolini deu posse ao reitor do Seminário Diocesano São Pio X, que é o Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá, e ao Pe. Wagner Antonio Montoz como reitor do recém-criado Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia Rainha dos Apóstolos. Foto: Rafael Capeloci | Seminarista do 1º Ano de Filosofia

Dom Luiz (centro) ao lado dos dois novos formadores

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ENFOQUE

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

Dom Argemiro de Azevedo, bispo diocesano de Assis, fala sobre o significado da imposição das Cinzas

Pe. Francisco Antônio dos Anjos Andrade, de Rinópolis, aborda o perdão como cura interior e afirma: “ele é libertador!”

A Irmã Elaine Cristina de Oliveira, da Copiosa Redenção, afirma que as pastorais são a extensão dos braços de Cristo.

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Multidão de homens se reúne em Aparecida para romaria O Santuário Nacional de Aparecida acolheu, em 16 de fevereiro, uma multidão de 80 mil fiéis, que participou da 11ª Romaria Nacional do Terço dos Homens, evento que já se consolidou e este ano refletiu o tema “Terço dos Homens: não basta rezar, é preciso agir!”. Página 13


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

Março de 2019

Editorial Tempo de conversão e santidade

“E

ntre nós, caríssimos, ninguém é tão perfeito e santo que não consiga ser mais perfeito e mais santo”. Assim exortava São Leão Magno num de seus sermões sobre a Quaresma, apresentando a necessidade de aumentar a prática religiosa e as boas obras neste tempo de renovação interior.

O convite à conversão quaresmal nos remete àquela ordem de Jesus: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48). Este itinerário de santidade e perfeição cristã é alimentado pela permanência no amor e pelo exercício das virtudes. Quanto mais se ama, mais se pratica a vontade de Deus! Para direcionarmos nossos

desejos e ações para o Senhor, a Igreja propõe o caminho da oração, do jejum e da esmola. Estas práticas espirituais nos ajudam a aperfeiçoar nosso amor a Deus e ao próximo: viver em intimidade constante com Jesus, buscar a comunhão eclesial, libertar-se das afeições terrenas, socorrer os necessitados e praticar o perdão. Façamos ressoar em nossa

vida as palavras de Leão Magno: “Sejam perdoadas as culpas, sejam quebrados os grilhões, sejam esquecidas as ofensas, sejam apagadas as vinganças, de modo que a festa sagrada nos encontre a todos, alegres e perfeitos”. Que nesta Quaresma nos tornemos mais perfeitos e santos diante de Deus, a fim de celebrarmos com júbilo as festas pascais!

Enfoque

O símbolo das Cinzas Ilustração: Vitor do Prado Nunes Simão

DOM ARGEMIRO DE AZEVEDO

A

Quarta-feira de Cinzas é considerada a ‘porta’ para a Quaresma, pois esta celebração, marcada pela imposição das cinzas, faz-nos recordar a nossa condição humana, frágil e exposta às imperfeições. A Sagrada Escritura revela-nos o profundo conceito das “cinzas” ou do “pó”. Na leitura do livro do Gênesis, “você é pó e ao pó voltará” (3, 19), compreendemos que somos criaturas mortais, que temos consciência de nossa fragilidade neste mundo e, certamente, desejamos suscitar para nossa

vida um sentido pleno. Somos chamados a nos converter ao Evangelho de Jesus e sua proposta do Reino, mudando nossa maneira de ver, pensar e agir. No Evangelho segundo Mateus, o próprio Jesus faz referência ao uso das cinzas! A respeito daqueles povos que se recusavam a se arrepender de seus pecados, apesar de terem visto os milagres e escutado a Boa Nova, Nosso Senhor proferiu: “Ai de ti, Corazin! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidônia tivessem sido realizado os milagres que em vós se realizaram, há muito teriam arrependido, vestindo-se de cilício

e cobrindo-se de cinzas” (11, 21). Na nossa liturgia atual utilizamos cinzas feitas com as folhagens distribuídas no ano anterior no Domingo de Ramos, lembrando, assim, que a Quarta-feira de Cinzas existe como preparação para a Semana Santa. Essa celebração abre-nos os quarenta dias de penitência e purificação até a Páscoa, significando nossa condição de peregrinos e pecadores que necessitam de transformações profundas para sermos melhores filhos de Deus e irmãos de todos. Dom Argemiro de Azevedo, CMF é bispo diocesano de Assis (SP)

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@ diocesedemarilia.org.br | ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO: Pe. Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMADOR: Danilo Cordeiro Silva - MTB nº 86878/SP | CONSELHO EDITORIAL: Pe. Tiago Barbosa, Márcia Welter e Danilo Cordeiro | ILUSTRADOR: Vitor do Prado Nunes Simão | REVISÃO: Pe. Tiago Barbosa | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.net.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes


NO MEIO DE NÓS

Março de 2019

| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo Fraternidade, políticas públicas e missão DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

O

amor de Jesus nos impele a buscarmos a conversão e a vida fraterna, especialmente no tempo quaresmal que iniciamos com o rito de imposição das Cinzas e com a abertura da Campanha da Fraternidade (CF). Um dos melhores meios para crescermos em nossa fé é a oração individual e comunitária, o jejum e a caridade, conforme Jesus nos ensina no Evangelho de São Mateus: “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está em segredo. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa” (6, 6); “Quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está em segredo” (6, 17s); “Quando deres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz a direita” (6, 2). Jesus nos ensina a fazer as obras de misericórdia porque elas concretizam a alegria de Deus e o bem de seus filhos e não para sermos vistos e louvados pelos outros. O compromisso com

a defesa da vida, com a paz e com a justiça nasce do reconhecimento da dignidade de toda pessoa humana, como filho de Deus. Portanto, ninguém deveria viver na miséria, no abandono ou na solidão. A CF vivenciada durante o período da quaresma é uma rica oportunidade para revermos nossos conceitos e vivência da caridade e da solidariedade. O tema da Campanha deste ano é “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça”, foi inspirado no livro do profeta Isaías (1, 27). Todos desejamos mais vida e dignidade para nossas famílias e comunidades. As Políticas Públicas são o conjunto de ações desenvolvidas pelos governos federal, estadual e municipal, em conjunto com a sociedade, principalmente com os mais variados conselhos comunitários e que visam garantir os direitos básicos da população, tais como o acesso à educação de qualidade, à saúde, à segurança pública, ao trabalho, ao lazer, entre outros. Alguns desses direitos são universais e os governos devem priorizar em suas ações, seClero realiza reunião geral gundo a Constituição Federal, outros direitos deverão ser conquistados através da particiA primeira Reunião Geral do Clero do ano pação dos indivíduos e grupos nos conselhos ocorreu em Adamantina, no dia 12 de fevereiro. Na oportunidade, os ministros ordenados, reunidos na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, fizeram o estudo do Diretório Diocesano do Diaconato Permanente, que, logo em seguida, foi aprovado. O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, ressaltou que agora o texto será estudado com os candidatos da Escola Diaconal São Lourenço, para que ocorra a efetivação do Diaconato Permanente na Diocese de Marília.

Foto: Pe. Tiago Barbosa

Dom Luiz fala na primeira Reunião Geral do Clero do ano

municipais. O ciclo das políticas públicas começa na identificação do problema, como, por exemplo, o menor sem escola; formulação da política para encaminhar a situação; tomada de decisão; implementação; avaliação e monitoramento da execução das decisões. Portanto, o bom andamento das políticas públicas depende da participação dos cidadãos, do exercício da cidadania. Diz uma história que um homem estava atolado num pântano, somente a sua cabeça ainda estava fora do lamaçal. Com toda força dos pulmões ele gritou por ajuda. Logo alguém apareceu e tentou ajudar o pobre homem dizendo: “Dê-me tua mão, eu vou tirá-lo do lamaçal”. Mas o homem que estava atolado até o pescoço continuou gritando por ajuda e não fez nada que permitisse ao outro ajuda-lo. Moral da história: precisamos nos colocar no lugar do outro para entender a sua situação e tentarmos ajudá-lo de maneira eficaz. Que a oração, o jejum e principalmente a caridade vividos nesta quaresma nos ajudem a compreendermos melhor nossa relação filial com Deus e a fraternidade com o próximo. Assim seremos discípulos missionários do amor!

AGENDA DO BISPO 01/03 – Missa na Comunidade Nossa Senhora do Carmo e São Gaspar Bertoni, na Paróquia Santo Antônio em Marília; 03/03 – Missa no Mosteiro Maria Imaculada; 06/03 – Início do Tempo Quaresmal, Abertura da Campanha da Fraternidade e Imposição das Cinzas, na Catedral; 12/03 – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral; 14/03 – Reunião da Diretoria da Escola Diaconal | Terço no Lar São Vicente de Paulo às 15h; 17 a 22/03 – Semana dos Bispos da Província Eclesiástica de Botucatu; 19/03 – Ordenação Episcopal do Mons. Carlos José de Oliveira, em Lençóis Paulistas (SP); 23/03 – Reunião da Pastoral de Saúde na Paróquia Santo Antônio, em Marília; 26/03 – Reunião do Conselho Econômico Diocesano; 28/03 – Reunião do Colégio de Consultores; 29/03 – 24 Horas para o Senhor; 30/03 – Fórum Juvenil.


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| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade Incenso, sinal de oração e adoração PE. ANDERSON MESSINA PERINI

O

incenso é usado na tradição cristã desde o século IV após o Edito de Milão. O ato de queimar incenso remete a uma atitude de adoração e de oferenda ou sacrifício a Deus, símbolo da oração dos fiéis que se eleva aos céus. A incensação é símbolo da presença de Deus que purifica, ou seja, torna sagrado ou é sagrado aquilo que é incensado. Incensar determinados objetos (cruz, altar, evangeliário, círio pascal, pão e vinho) ou pessoas (ministros, assembleia, corpo do defunto) durante a celebração indicam antes de tudo sua referência a Jesus Cristo, como também respeito àquilo que é sagrado. O ato de incensar extrai um perfume do incenso que lembra o “bom odor de Cristo” (2 Cor 2,14-17). O uso do incenso na liturgia era previsto no Antigo Testamento em várias passagens que nos trazem o significado deste gesto. No livro de Números (17, 6-15; Sb 18,21) Moisés ordena a Aarão a queimar incenso a fim de oferecer um sacrifício de expiação e deter a ira de Deus sobre o povo. Nos Salmos (Sl 141,2) e no Apocalipse (5,8; 8,2-4), a fumaça de incenso é sinal da prece que sobe a Deus. Queimar incenso no sentido bíblico remete a oferenda de um sacrifício, louvor agradável a Deus, gesto de expiação, oração e adoração. A incensação, elemento elaborado com uma resina perfumada que se queima na brasa, é um ritual presente em diversas culturas. Ela está ligada sempre ao culto como gesto de agradar a divindade para atrair felicidade, bem-estar e eternidade. O uso na Igreja passa a partir do século IV. Antes disso, não se usava o incenso para não associar-se ao paganismo devido a obrigação do Império Romano de oferecer incenso à imagem do imperador, como se fosse um deus. Muitos cristãos foram martirizados por recusar-se a prestar este gesto. Outro motivo do não uso na liturgia cristã, foi porque o incenso estava associado ao

culto do Templo de Jerusalém. Na atualidade, a Liturgia prevê o uso do incenso nas celebrações. Geralmente se usa em dias de festas e solenidades. Para a incensação é usado dois objetos: o turíbulo ou incensário (recipiente que coloca brasas para queimar o incenso) e a naveta (recipiente que se coloca as pedras de resina de incenso). Durante a missa se usa durante a Procissão de Entrada, incensam-se a cruz, o altar, o livro do Evangelho (Evangeliário), o presidente da celebração e a assembleia, as oferendas, o pão e o vinho consagrados (IGMR 235-236). Na Liturgia das Horas são previstas a incensação, durante o cântico evangélico das laudes e vésperas, do altar, do presidente da celebração e da assembleia (IGLH 261). Nas exéquias, o corpo do defunto é aspergido e incensado durante a encomendação. O mesmo pode ocorrer na bênção do túmulo (RE 47, 53, 66, 71). Na dedicação de uma Igreja, a incensação ocorre depois da oração de dedicação da Igreja e do altar, onde toda ela é incensada como casa de oração; a assembleia reunida, como templo vivo em que cada fiel é um altar espiritual. O altar onde se coloca o braseiro é coberto pela fumaça de incenso que recorda o fogo que desce do céu para consumir a oferenda (2 Cr 7,1; 1 Rs 18,38). É também previsto para algumas bênçãos, como a Bênção do Santíssimo.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

O perdão como cura interior Pe. FRANCISCO DOS ANJOS

O perdão é algo poderoso, libertador e que nos cura! Como padre já atendi muitas pessoas que têm dificuldades em perdoar; outras que não entendem a necessidade do perdão. Existem ainda pessoas que não querem perdoar, pois acham que isso é uma fraqueza. Mas, na verdade, o perdão é uma necessidade que nos faz alcançar a cura interior para vivermos em paz. Muitas vezes repetimos o ditado que “errar é humano e perdoar é divino!”. De fato, é assim: perdoar é uma característica divina, é Deus quem nos perdoa, foi Ele quem nos perdoou quando ainda éramos seus inimigos (Cf. Rm 5, 10). Por nós mesmos, não somos capazes de gerar o perdão. Com isso, alguns poderiam usar essa realidade como argumento para não perdoar, mas não podemos nos esquecer que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, isto é, somos semelhantes a Ele; é importante também lembrar que Cristo nos fez participar da sua dignidade por Sua Morte e Ressurreição. Em outras palavras, se nos abrimos a Ele, por meio do Seu Espírito, Ele pode realizar em nós aquilo que não podemos por nós mesmos! O grande problema é que às vezes encaramos o perdão com base naquele que nos feriu. Como se o fato de perdoá-lo significasse concordar com o mal que foi feito contra nós, como se estivéssemos autenticando a má ação de outrem e, com isso, proporcionássemos carta branca para que, quem nos agrediu, continuasse praticando o mal. Perdoamos porque Deus nos perdoou por primeiro; assim, precisamos amar aquele que nos feriu, porque Deus nos amou por primeiro. A base do perdão, então, é o amor de Deus e não o mal, pois o mal não tem poder de libertar ninguém. O perdão leva à cura interior porque arrebenta as amarras que nos aprisionam, neutraliza a amargura do nosso coração e nos permite seguir adiante. A falta de perdão nos prende

ao passado, não nos deixa viver o presente tranquilamente e rouba a possibilidade de um futuro pacífico. O perdão nos ajuda a conhecer mais a Deus e a nós mesmos. Quando perdoamos deixamos o papel de vítima e tomamos as rédeas de nossa própria vida não permitindo que o mal que nos fizeram defina quem somos! Para perdoar é preciso entendermos que este caminho é uma trilha de morte, como nos ensina Albert Einstein: “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”. É via de morte porque para trilhá-la é preciso abrir mão do orgulho, do desejo de vingança e do prazer de sair sempre por cima. Com isso não estamos negando que a justiça deva acontecer, pelo contrário; é justo que alguém que comete um crime seja penalizado, no entanto, apenas a punição não ensina e salva ninguém. Deus não nos salvou com castigos, mas, com amor, nos reconciliando com Ele por meio do Sangue Redentor de Jesus. Pagar o mal com o bem é testemunho e oportunidade de quebrar a lógica do ódio e da vingança. O perdão não acontece num passe de mágicas; é preciso decidir-se diariamente por ele, pois, temos uma tendência em voltar a ser escravos. É preciso também pedir a Deus, constantemente, a graça de perdoar a fim de que Ele nos ajude a amar na lógica divina. Que consigamos pedir como nos ensina a jaculatória: “Jesus, manso e humilde de Coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!”. Aproveitemos esse tempo quaresmal para refletir nossas atitudes e pedir a Deus a conversão do nosso coração, permitindo, assim, que Ele gere em nós uma mudança de mentalidade, para que, por meio do perdão, cheguemos à cura interior, para vivermos em paz. Pe. Francisco Antônio dos Anjos Andrade é administrador paroquial da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, de Rinópolis, e Assessor diocesano do Setor Juventude.


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Teologia e Pastoral Pastorais: extensão dos braços de Cristo! Foto: Internet

IRMÃ ELAINE C. DE OLIVEIRA

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dependência química é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma condição que leva o indivíduo, de maneira mais ou menos coagida, a assumir substâncias em doses crescentes ou constantes para ter efeitos subjetivos temporários, onde a continuidade está ligada ao aumento da substância com consequências nocivas para o indivíduo e para a sociedade. Os motivos que podem levar um ser humano ao uso de alguma substância química são complexos, pois entendemos que não existe uma causa única que determine um quadro estruturado de dependência. Existe uma série de fatores que contribui à estruturação de um mecanismo psicológico que busca uma compensação à dor, ao sofrimento, à frustração, à insatisfação e ao vazio dos próprios valores. Essa compensação implica em uma relação com o objeto “drogas” a qual provoca gratificação, prazer e compensa o vazio causado

Papa dá um abraço a ex-dependente, durante Jornada Mundial da Juventude no Brasil

pelo sofrimento. As famílias, de modo geral, no primeiro momento que descobrem que um ente querido está fazendo uso de drogas, muitas vezes não sabem a quem recorrer; outras, o primeiro lugar a buscar ajuda é na Igreja, pois o catolicismo sempre esteve ativamente ligado às ações sociais, levando o Cristo por meio de diversas pastorais para atender as necessidades do próximo. A pastoral eclesial vai ao encontro com esta realidade da dependência química por meio da Pastoral da

Sobriedade, que é a ação concreta no enfrentamento do problema social da exclusão, miséria e violência. A Pastoral da Sobriedade nasceu em 1998, na 36ª Assembleia dos Bispos do Brasil, para responder à delicada questão do uso de drogas. E hoje, vai além. Trata de qualquer tipo de dependência – química ou não – vícios, manias, compulsões ou pecados. É uma pastoral que responde às necessidades das famílias com situações de dependências, pois sua proposta é intervir na prevenção, auxiliar

O compromisso com o bem comum DANILO CORDEIRO SILVA

A

revelação cristã possui uma verdade fundamental que justifica o interesse da Igreja pelo mundo: Deus saiu ao encontro do homem para salvá-lo. Em Jesus Cristo, o Senhor do universo pisou a terra por Ele construída e assumiu toda a dramaticidade da existência humana. Deus não apenas viu o sofrimento material e espiritual do povo, mas agiu a fim de extirpá-lo. Com a Encarnação, o Reino de Deus se tornou presente e atuante em nosso meio. Desde então, homens e mulheres são capazes de apontar para ele quando constroem suas relações sociopolíticas segundo a vontade de Deus, no amor. A Doutrina Social da Igreja é

enfática ao ensinar que a ação humana, quando sustentada pela caridade, contribui para a edificação daquela Cidade definitiva para a qual caminhamos. O bem comum representa o caminho “político” ou “institucional” da caridade. Buscar sua promoção torna-se uma exigência do Evangelho. A Política consiste na gestão da coisa pública e seu objetivo mais elevado é a promoção de uma sociedade à medida do homem e de sua dignidade. É papel do cristão iluminá-la com os valores que brotam da Palavra de Deus, a fim de que se produza um mundo justo. Enquanto peregrinamos para a Cidade celeste, convivemos e atuamos na cidade terrena. Assim, importa-nos a edificação desta como prefiguração daquela. É preciso

que exerçamos nossa cidadania em prol do bem comum por meio da participação nas tarefas políticas. Há muitas formas de comprometerse com esta missão: a atuação em cargos públicos; a escolha responsável dos representantes populares; a defesa dos direitos fundamentais pela implementação de políticas públicas; o comprometimento com a verdade, a virtude e a justiça. Em suma, recordemos a famosa frase de Dostoiévski: “Cada um de nós é responsável por tudo perante todos, e eu mais que todos”. Tratase da expressão poética de um ensinamento muito conhecido pelos cristãos: amar o próximo significa responsabilizar-se por ele! Danilo Cordeiro Silva é assessor da equipe diocesana da Campanha da Fraternidade

na recuperação, na reinserção familiar e social e na atuação política. Além da Pastoral da Sobriedade, todas as pastorais podem ajudar as famílias com dependência química, pois os mesmos buscam, em primeiro lugar, a acolhida e a escuta de seu sofrimento, sem julgamentos da sua condição, uma vez que as pastorais têm como finalidade, de maneira geral, levar o Cristo de várias formas aos nossos irmãos que apresentam algum tipo de necessidade. As paróquias que não possuem uma pastoral específica como a da Sobriedade, também podem auxiliar as famílias cedendo espaços para grupos que apoiam esta realidade, como os grupos de Amor Exigente (AE), Alcoólicos Anônimos (AA), entre outros. Enfim, a Igreja tem, de modo particular em suas pastorais, a extensão do braço de Cristo para estender e dar as mãos a todos aqueles que precisam de um olhar misericordioso. Irmã Elaine Cristina de Oliveira, da Associação das Irmãs da Copiosa Redenção.

ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 01/03 - Pe. José Valdir Grisante - Inúbia Paulista; 06/03 - Pe. Renan Gimenes Takizawa - Tupã; 07/03 - Pe. Sidnei de Paula Santos - Iacri; 15/03 - Pe. Marcelo Feltri Ribeiro - Pauliceia; 17/03 - Pe. José Antonio de Sousa, CJS - Marília; 27/03 - Pe. Pio Milpacher, CJS - Marília.

ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL 13/03 - Pe. José Valdir Gisante - Inúbia Paulista; 15/03 - Pe. Domingos de Jesus - Monte Castelo.

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ERA UMA VEZ...

Diocese

Ingratidão do Rei

Suicídio é tema tratado em encontro de formação da Pastoral da Sobriedade

Era uma vez um rei que tinha dez cães selvagens. Ele usava para torturar e comer qualquer um dos seus servidores que cometesse um erro. Um dos servos disse algo errado e o rei já não gostava dele. Então ele ordenou que o servo deveria ser jogado aos cães. O servo disse: — Eu o servi por dez anos, e você faz isso comigo. Por favor me dê dez dias antes de me jogar aos cães? E o rei lhe concedeu. Nesses dez dias, o servo foi para o guarda que lida com cães e disse que gostaria de servir os cães durante os próximos dez dias. O guarda estava confuso, mas concordou e o servo foi designado a alimentar os cães, fazer a limpeza, e banhá-los com todo o conforto. Quando os dez dias acabaram, o rei ordenou que o servo fosse jogado aos cães como punição. Quando foi lançado, todo mundo ficou surpreso ao ver os cães vorazes lamberem os pés do servo. O rei, perplexo, com o que estava vendo, disse: — O que aconteceu com meus cães? O servo respondeu: — Eu servi os cães apenas dez dias e não esqueceram os meus serviços, no entanto, eu o servi por dez anos e você se esqueceu de tudo, no meu primeiro erro. O rei percebeu seu erro e ordenou que o servo fosse salvo. REFLEXÃO Que não repitamos esse erro de nos esquecermos as coisas boas que recebemos e, assim que essa pessoa comete um erro, condenarmos com ingratidão. Pense nisso!

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis

C

erca de 50 pessoas participaram, nos dias 16 e 17 de fevereiro, do VII Encontro de Formação Permanente e Espiritualidade da Pastoral da Sobriedade. Realizado no Seminário São Vicente de Paulo, em Marília, o evento teve dois momentos. Primeiramente, uma equipe do Hospital Espírita de Marília (HEM) foi convidada a participar do encontro para falar sobre a prevenção ao suicídio. A coordenadora diocesana da Pastoral da Sobriedade, Vanda Ramos, justificou a escolha desse tema de reflexão: “Estamos perdendo muitos irmãos que cometem esse ato devido à depressão e à dependência química, para fugir de suas dores. Marília tem tido, infelizmente, muitos casos de suicídio. Diante desse fato, devemos prestar atenção em nossos familiares e em seus comportamentos. Muitas vezes estão pedindo socorro e não percebemos. Vamos mudar nossas atitudes em relação ao próximo e ajudar a quem precisa”, argumentou. O segundo momento, de espiritualidade, foi conduzido pelo Pe. Denismar Rodrigo André, assessor diocesano da Pastoral da Sobriedade. Ele falou sobre a necessidade de integração da espiritualidade no cotidiano dos agentes de pastoral. O encontro teve, ainda, testemunhos de irmãos que estão em sobriedade. Dez dos 51 participantes fazem parte da Comunidade Terapêutica Projeto Vida Nova, de Marília. E, no domingo, o evento contou com a presença do coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, que presidiu a missa. Outro sacerdote que participou, e conduziu a oração de encerramento do encontro, foi o Pe. Mauricio Pereira Sevilha. O TRABALHO O grupo de Autoajuda e a metodologia adotada pela Pastoral da Sobriedade para o tratamento das dependências é considerado, pela ciência, um recurso eficaz para esse tratamento, por ser utilizado com o ob-

jetivo de restaurar o equilíbrio emocional das pessoas que compartilham as mesmas dificuldades. A coordenadora explicou que o Grupo de Autoajuda é desenvolvido através de reuniões semanais. Elas estão baseadas na reflexão e na vivência de 12 temas bíblicos, que pretendem levar a uma conversão, a um Programa de Vida Nova. “Isso porque a Pastoral da Sobriedade não se limita apenas em bloquear o uso da droga e o abuso do álcool, mas propõe a redescoberta do verdadeiro sentido da vida”, afirmou Vanda. Segundo ela, a reflexão de cada um dos 12 Passos da Pastoral da Sobriedade, aos poucos, vai tornando dependentes e familiares mais sensíveis ao sofrimento um do outro, estimulando a mudança de comportamento pessoal. A Pastoral da Sobriedade foi iniciada em 2008 na Diocese de Marília e, atualmente, está presente em cidades como Garça e Junqueirópolis, onde as reuniões ocorrem todas as quintas-feiras, às 20h, respectivamente nas paróquias São Pedro Apóstolo e Santo Antônio. Em Bastos e Ouro Verde, as reuniões ocorrem todas as quartas, sendo que na primeira às 19h30 e na segunda às 20h. Em Marília, existem diversos grupos. Nas segundas, há reunião na Paróquia São Miguel Arcanjo, às 19h30; nas terças na Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Jóquei, às 20h; e no dia seguinte nas paróquias Nossa Senhora de Guadalupe e São João Batista, ambas às 20h. E nas sextas-feiras, há reuniões dos grupos das paróquias Santa Antonieta, às 19h30, e Santa Rita de Cássia, às 20h. Da mesma maneira, em Dracena também existem grupos nas três paróquias. Enquanto as paróquias Nossa Senhora de Fátima e São Francisco Assis fazem seus encontros às 20h das quartas-feiras, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida realiza suas reuniões nas quintas, também às 20h. Foto: Pastoral da Sobriedade

Grupo se reuniu no Seminário São Vicente, em Marília, e refletiu sobre maneiras de prevenção ao suicídio


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Intérpretes de libras auxiliam a Comunidade Éfeta

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m grupo de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) da cidade de Marília se encontram sempre nos primeiros sábados de cada mês, nas dependências da Comunidade São Vicente, às 17h, para aprofundarem seus conhecimentos na língua, por meio da troca de experiências. Eles compõem a Comunidade Éfeta Marília e, nessas ocasiões, discutem as dificuldades, desafios e conquistas no decorrer do mês, sempre à luz do Evangelho de Jesus. “Os surdos, como porção do Povo de Deus, têm a necessidade e o coração ardente de louvar o Senhor, a seu modo, com seus dons e com sua língua própria”, afirmou o Frei João Paulo Gabriel Mendes de Moraes, da Ordem dos Frades Menores, que acompanha os surdos. A Comunidade Éfeta Marília completa, em 2019, 30 anos. Ela foi fundada

Foto: Comunidade Éfeta

Intérprete de Libras em exercício durante celebração com presença de surdos

em 18 de junho de 1989, com a celebração da primeira missa na Catedral de São Bento Abade. A primeira intérprete foi a atual coordenadora da Comunidade, a surda Ione Francisco, com a ajuda dos movimentos labiais, técnica que aprendeu da mãe, ainda criança, e também com o auxílio dos folhetos da liturgia. Em 1996, os surdos receberam a co-

laboração dos Padres Marianistas, que continuam auxiliando até hoje. “Desde então, vários intérpretes foram regando esse jardim da solidariedade”, disse o frade, fazendo menção a Érica Eliane Porto Altíssimo, que começou naquela época e é a atual coordenadora dos intérpretes. Hoje, são 11 voluntários, que além de se colocarem a serviço e saberem Libras,

doam seus ouvidos e suas mãos. “São pessoas que acreditam no potencial e na capacidade de cada surdo, de ser um cidadão com dignidade. Temos intérpretes com 24 anos de caminhada, outros com 13, 10, 5 anos”, contou o Frei João Paulo, que é intérprete há dois anos. O religioso afirmou que assumir este serviço é mais que olhar para o outro e tentar inclui-lo: “é deixar o coração falar mais alto e se perceber, olhando para o outro com o olhar de Jesus, participar de suas vidas, das suas dificuldades e das suas alegrias. É sentar na mesma mesa e partilhar seus feitos. É ser esperança evangélica na vida dos irmãos socialmente esquecidos, abandonados”, avaliou o Frei João Paulo, ao afirmar que os surdos são os protagonistas desta pastoral. “Agradecemos a Deus pelo dom que recebemos, e, aos surdos, pela confiança em nós”, complementou o intérprete.


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Março de 2019

Destaque Leigos propõem sugestões para Mês Missionário Extraordinário Cerca de 190 assessores e agentes de pastoral se reuniram em Adamantina para o 36º encontro anual, realizado em 24 de fevereiro. Na ocasião, eles refletiram o Mês Missionário Extraordinário, proposto pelo Papa Francisco para outubro. Os participantes propuseram atividade para vivenciar a iniciativa. Fotos: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

Evento teve celebração, palestra e reflexões em grupos

“A

lém de favorecer a troca de experiência entre as paróquias, esse encontro anual é sempre uma forma de motivar as lideranças e encontrar caminhos para o trabalho de evangelização paroquial”, disse o Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, sobre o Encontro Diocesano de Assessores e Agentes de Pastoral. O evento, que chegou à 36ª edição, foi conduzido pelo sacerdote, que teve sua primeira experiência como coordenador diocesano de pastoral. Na manhã de 24 de fevereiro, cerca de 190 pessoas estiveram reunidas na Unifai - Centro Universitário de Adamantina. Após a acolhida, o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, presidiu a missa, na qual ressaltou a importância de os fiéis da Diocese permanecerem no amor: “Que continuemos unidos no amor de Cristo! No fragmento do Evangelho proposto, Jesus ensina aos seus discípulos a beleza e o desafio de permanecer no amor. Nunca, na história do mundo, houve um convite tão coerente, tão abrangente e tão exigente ao amor”. Neste ano, a proposta da Diocese foi refletir o Mês Missionário Extraordinário, proclamado pelo Papa Francisco. O encontro foi assessorado pelo Pe. Tony Funabashi Takuno, vigário da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça, e administrador paroquial da Paróquia Santa Cecília, de Álvaro de Carvalho. O sacerdote é mestre em missiologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, e professor do Curso de Teologia para Leigos e Consagrados (CTLC) da Região Pastoral I. Quem também o acompanhou nesse tema foi o assessor da Dimensão Missionária, Pe. Williams Roque de Brito. Além da explanação sobre o tema central, os participantes também tiveram um momento para ouvir testemunhos sobre experiências missionárias. Um deles foi do seminarista Guilherme Ulian, do primeiro ano de Teologia, que faz parte do Conselho Missionário Diocesano (Comidi) e já participou de quatro das cinco edições da Semana Missionária. Ele contou sobre experiências vividas durante o evento e afirmou que a iniciativa missionária proporciona um avivamento pastoral para as paróquias continuarem o trabalho

missionário. “Muito bom ver que uma paróquia que recebeu a missão dá frutos”, disse ele, lembrando que a experiência já foi vivenciada pelas paróquias de Mariápolis e Pracinha; depois em Marília, na Paróquia Santa Rita de Cássia; em Herculândia, Pauliceia e, neste ano, em Álvaro de Carvalho. Além dos seminaristas, essas comunidades também tiveram a presença do bispo diocesano, e, recentemente, dos candidatos ao diaconato permanente. Após esse momento, os assessores e agentes foram divididos em grupos para refletiram e propor sugestões para a Diocese de Marília vivenciar o Mês Extraordinário. Os participantes propuseram formações missionárias, para reforçar a importância da missão tanto fora, como dentro da Diocese. “Essa formação ocorrerá nas próprias pastorais, que devem descobrir espaços de missão. O trabalho missionário ocorre, inclusive, nas paróquias, que devem ir ao encontro de quem está à margem. É preciso trabalhar o anúncio do Evangelho nessas realidades”, relatou o Pe. Marcos, sobre as sugestões dos leigos, que também foram de realizar celebrações por Região Pastoral e paroquiais, para despertar os fiéis para o espírito de missão. Segundo o sacerdote, as propostas dos grupos serão levadas a um encontro, marcado para 16 de março, que reunirá o Comidi e o Conselho Diocesano de Pastoral. “Eles é que deliberarão sobre essas sugestões e definirão uma linha específica para o trabalho missionário e a vivência desse mês extraordinário. Os agentes, inclusive, consideram que isso seja algo definitivo na Diocese e não somente uma ação durante o mês missionário”, explicou. “A missão é um pontapé inicial, um auxílio para nossas comunidades. A Igreja peregrina é, por natureza, missionária. Ser missionário faz parte da Igreja”, considerou Isabel Terto dos Santos Rebeque, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Pacaembu. “Foi um excelente encontro. O tema foi propício para o tempo de missão que estamos vivendo”, concluiu a leiga. Outro participante do encontro foi Mário Osvaldo Bravi, da Paróquia São José Operário, de Tupã. Ele disse que considerou o encontro produtivo e que é necessário que as decisões sejam, agora, colocadas em prática.


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Regiões Pastorais iniciam aulas do CTLC com novos alunos Os Cursos de Teologia para Leigos e Consagrados começaram suas aulas no mês de fevereiro. As três Regiões Pastorais têm novas turmas iniciando o curso este ano. A iniciativa começou em 2001, inicialmente somente para leigos da Região I. O objetivo foi promover a capacitação de lideranças e o aprofundamento teológico.

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partir do Concílio Vaticano II, encerrado em 1965, os leigos foram ressaltados como sendo os protagonistas da Igreja. A reflexão até deu origem ao decreto Apostolicam Actuositatem, sobre o Apostolado dos Leigos, que reafirma a importância de sua atuação na vida da Igreja. Como protagonista, o leigo também tem a missão de evangelizar e, para isso, é necessária a formação. “A partir do Concílio Vaticano, a formação teológica não fica restrita aos padres. Conhecer a doutrina da Igreja torna os leigos protagonistas dessa evangelização”, complementou o Pe. Anderson Messina Perini, que é diretor do Curso de Teologia para Leigos e Consagrados (CTLC) da Região I. Foi com esta preocupação que o curso foi criado há quase 20 anos, em 2001, com o apoio e incentivo do então bispo diocesano de Marília, Dom Osvaldo Giuntini. A proposta foi oferecer aos leigos, que queriam conhecer melhor sua fé e aprofundar seus conhecimentos, um curso de Teologia, com duração de três anos. Além de capacitar lideranças, o curso também objetivou, desde o princípio, buscar uma prática pastoral mais eficiente. Alguns anos depois, o curso também foi implantado nas Regiões II e III e, atualmente, a formação alcança toda a Diocese, sendo que na Região Pastoral II já existem dois polos, em Tupã e Adamantina, e também foi iniciado um grupo de Aprofundamento Teológico, para leigos que já passaram pelo curso regular. Enquanto na Região I existem três turmas cursando a Teologia para Leigos, nas Regiões II e III o curso é realizado por módulos e, a cada semestre, uma disciplina é ministrada e uma nova turma começa os estudos.

INÍCIO DAS AULAS O ano letivo começou em fevereiro e novas turmas iniciaram os estudos em 2019. Em Marília, as aulas do Curso de Teologia para Leigos e Consagrados são ministradas no Centro Diocesano de Pastoral e, neste ano, 93 alunos fazem parte dessa iniciativa. Segundo a coordenação do curso, são 47 leigos no primeiro ano, 25 no segundo e 20 alunos que estão no último ano de estudos. A aula inaugural ocorreu no dia 4 de fevereiro e reuniu as três turmas, no Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia Rainha dos Apóstolos. O assessor foi o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva. A Região Pastoral II é a única que tem dois nú-

cleos do curso, além de ter uma turma do aprofundamento. Em Tupã, as aulas do CTLC são ministradas no Centro de Convivência Monsenhor Afonso Haffner. E, em Adamantina, as aulas ocorrem na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini. Ambas turmas iniciaram as atividades no dia 5 de fevereiro. Os módulos ministrados foram “Sacramentos”, com o Pe. Miguel Borro, em Tupã, e “Liturgia”, com o Pe. Renan Takizawa, em Adamantina. As turmas têm, respectivamente, 145 e 130 alunos inscritos. Quanto ao curso de aprofundamento teológico, o início das aulas ocorreu no dia 12 de fevereiro, na Casa Pastoral Dom Osvaldo Giuntini. Com a participação de 44 alunos, a primeira aula foi ministrada pelo Pe. Luciano Pontes, que apresentou o módulo “Espiritualidade”. Por fim, na Região Pastoral III os alunos iniciaram as aulas no dia 5 de fevereiro nas dependências do Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Dracena. A aula inaugural foi ministrada pelo Pe. Ivã Luís de Oliveira Baisso, coordenador do curso. Ao todo, houve 68 novas inscrições e isso totaliza 96 alunos. Neste semestre, o tema é “Eclesiologia”, e o assessor é o Pe. José Ferreira Domingos, das paróquias Santa Genoveva, de Irapuru, e São José, de Flora Rica. Em 2019, duas das leigas que iniciaram seu último ano de estudo foram Márcia Cristina Gonçalvez, da Paróquia São Judas Tadeu, de Tupã, e Edna Miyagui Amolaro, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena. Elas contaram que ingressaram na iniciativa com o propósito de aprofundarem mais seus conhecimentos. “O curso veio ao encontro de minhas expectativas e a cada módulo tenho um entendimento maior sobre a Igreja e o Evangelho”, disse Márcia. Edna mandou um recado para os leigos interessados em cursar Teologia: “No primeiro ano, tive dificuldade em compreender tudo que era transmitido. Mas perseverei e hoje acho o curso todo maravilhoso. É necessário persistir, pois vale a pena!”. Quem começou a caminhada este ano em Marília foi Marina Sabino da Silva Prado, da Paróquia Santa Antonieta. “Estou amando. Já neste comecinho estou descobrindo muitas coisas que não sabia. Aconselho todos os leigos a fazerem o curso, pois acrescenta muito à nossa vida e à nossa fé. Acredito que a Teologia me ajudará muito no trabalho de evangelização, pois faço parte da Pastoral da Rua e também da Pastoral Carcerária”, considerou a leiga.

Fotos: CTLC das três Regiões Pastorais

De cima para baixo, Regiões I, II, III e Aprofundamento


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Arrecadação para a Evangelização ultrapassou valor de R$ 130 mil

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Cúria Diocesana de Marília divulgou, em fevereiro, o resultado da Coleta para a Evangelização, realizada nas paróquias da Diocese de Marília no dia 16 de dezembro do ano passado. A Campanha para a Evangelização 2018 esteve em sintonia com a Exortação Apostólica do Papa Fran-

cisco “Gaudete et Exsultate”, sobre o chamado à santidade no mundo atual e refletiu o lema “Evangelizar partindo de Cristo”. O montante arrecadado na Diocese de Marília foi de R$ 130.692,77, o que representou um aumento de 22,1% frente ao arrecadado na mesma coleta realizada em 2017, que foi de R$ 107.019,00.

Lançada pedra fundamental para construção de mosteiro em Marília No dia 22 de fevereiro, ocorreu a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Mosteiro da Misericórdia, que será construído em Marília. Quem fez a bênção foi o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Além da comunidade monástica do Mosteiro da Divina Misericórdia de Lucélia, o momento também teve a presença de alguns sacerdotes e leigos. A ideia da construção de um mosteiro em Marília remonta à época da fundação em Lucélia, há 10 anos, quando o então bispo diocesano, Dom Osvaldo Giuntuni, considerou importante uma expressão maior do culto da Divina Misericórdia, na sede do bispado. O terreno, de dois alqueires, fica na estrada vicinal Marília-Avencas Danilo Gonzales Gonzales. De acordo com o prior da Congregação Irmãos de Jesus Misericordioso Contemplativos, Pe. Estêvão da Divina Misericórdia, a previsão é de 18 meses para concluir a obra e os recursos foram doados pela benfeitora Lúcia Velloso Rangel, falecida em 2017, e que aprovava a construção do novo mosteiro. O templo e

a hospedaria terão uma área construída de 2.650 m². “A vida monástica é um dom de Deus na vida da Igreja, principalmente nos tempos de hoje, pois os contemplativos se tornam os membros orantes, para sustentar a missão de todos os cristãos”, disse o prior do mosteiro. PROFISSÃO TEMPORÁRIA A comunidade monástica de Lucélia teve dois religiosos, os irmãos Faustino Maria do Santíssimo Sacramento e José Maria da Santa Face, que fizeram sua profissão temporária no dia 15 de fevereiro, em celebração no Mosteiro da Divina Misericórdia, em Lucélia. “A profissão foi um momento muito especial, e de uma maior união com Deus”, disse o Irmão Faustino. Já o Irmão José considerou este um marco em sua vida: “pela profissão dos votos de castidade, pobreza, obediência, e total abandono à vontade de Deus — este último, um voto próprio do nosso carisma — , eu me torno, diante da Igreja, um religioso”, alegrou-se. Foto: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

Religiosos, sacerdotes e leigos se reúnem com bispo no local da futura construção

CIDADE | PARÓQUIA Adamantina | Santo Antônio de Pádua Adamantina | Quase-Paróquia São Francisco de Assis Adamantina | Nossa Senhora de Fátima Álvaro de Carvalho | Santa Cecília Arco-Íris | Senhor Bom Jesus Avencas | Nossa Senhora Auxiliadora Bastos | São Francisco Xavier Dracena | Nossa Senhora de Fátima Dracena | Nossa Senhora Aparecida Dracena | São Francisco de Assis Flora Rica | São José Flórida Paulista | Nossa Senhora Aparecida Garça | São Pedro Apóstolo Garça | Nossa Senhora de Lourdes Herculândia | Sant’Ana Iacri | São Luiz Gonzaga Inúbia Paulista | Imaculado Coração de Maria Irapuru | Santa Genoveva Junqueirópolis | Santo Antônio Lucélia | Sagrada Família Mariápolis | Imaculada Conceição Marília | São Judas Tadeu Marília | Maria Mãe da Igreja Marília | São Bento Marília | Nossa Senhora da Glória Marília | Santo Antônio Marília | Nossa Senhora de Fátima Marília | Santa Isabel Marília | São Sebastião Marília | São Miguel Arcanjo Marília | Sagrada Família Marília | Santa Rita de Cássia Marília | Nossa Senhora de Guadalupe Marília | Santa Antonieta Marília | Santa Edwiges Marília | Sagrado Coração de Jesus Marília | Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Marília | São João Batista Marília | Nossa Senhora de Fátima (Jóquei) Monte Castelo | Santa Cecília Nova Guataporanga | Nossa Senhora Aparecida Oriente | Nossa Senhora Aparecida Osvaldo Cruz | São José Ouro Verde | Nossa Senhora Aparecida Pacaembu | Nossa Senhora das Graças Panorama | São José Parapuã | Imaculada Conceição Paulicéia | São Pedro Apóstolo Paulópolis | Nossa Senhora Aparecida Pompéia | Nossa Senhora do Rosário Pracinha | Santa Luzia Queiroz | Nossa Senhora Aparecida Quintana | Nossa Senhora Aparecida Rinópolis | Nossa Senhora Aparecida São João do Pau D'Alho | São João Batista Sagres | São Benedito Salmourão | São João Batista Santa Mercedes | Nossa Senhora das Mercês Tupã | São Pedro Apóstolo Tupã | São Judas Tadeu Tupã | Nossa Senhora Auxiliadora Tupã | São José Operário Tupi Paulista | Nossa Senhora da Glória Vera Cruz | Sagrado Coração de Jesus

TOTAL

VALOR 7.211,10 1.282,00 3.048,75 494,15 119,00 109,00 6.689,60 1.260,00 4.000,00 1.842,65 209,25 920,00 5.347,20 1.235,55 794,00 1.741,00 300,00 1.484,80 4.778,40 5.639,00 235,00 1.629,00 1.157,70 4.105,55 1.430,00 2.400,00 1.053,02 4.865,65 404,00 3.214,05 3.070,50 2.678,05 1.718,35 1.414,35 3.342,80 2.907,20 1.703,15 1.162,00 641,25 374,00 1.073,20 1.658,80 4.564,20 1.361,45 1.370,00 1.014,05 4.066,00 1.235,20 377,50 4.414,65 350,00 334,00 2.055,95 615,00 270,60 580,95 303,25 743,80 2.553,85 2.545,25 2.656,00 2.685,00 3.636,00 2.217,00

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Dom Luiz empossa reitores dos dois seminários diocesanos O ano letivo de 2019 foi iniciado com mudanças. O bispo deu posse ao Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá, reitor do Seminário Diocesano São Pio X, e ao Pe. Wagner Antonio Montoz, escolhido para conduzir o recentemente eregido Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia Rainha dos Apóstolos.

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o mês de fevereiro, o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, empossou dois novos reitores. O Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá foi empossado reitor do Seminário Diocesano São Pio X no dia 13 de fevereiro. E, no dia seguinte, foi empossado reitor, do recentemente eregido Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia Rainha dos Apóstolos, o Pe. Wagner Antonio Montoz. As cerimônias ocorreram nos respectivos seminários, em Marília, e também contaram com a presença de sacerdotes. O novo reitor do Propedêutico afirmou que é uma alegria e uma honra ter essa responsabilidade. “Espero executar com muito carinho e dedicação”, disse ele, que já vinha trabalhando como diretor espiritual da mesma casa de formação. Além de reitor, o sacerdote é pároco da Paróquia São Sebastião, em Marília. Já o Pe. Wagner foi empossado o primeiro reitor do novo Seminário Rainha dos Apóstolos. O sacerdote teve ex-

periência de trabalhar na formação logo no início do seu sacerdócio, na década de 90, quando foi reitor do Propedêutico por cinco anos. “É um desafio. Voltar para a formação representa uma grande mudança. Estou animado e esperançoso. É, sem dúvida, uma experiência interessante. Ao mesmo tempo que encaro como desafio, também vejo como esperança”, considerou ele, que também é diretor da Escola Diaconal São Lourenço. MUDANÇAS Os bispos das dioceses de Araçatuba, Assis, Bauru, Botucatu, Lins, Marília e Presidente Prudente mantinham a formação conjunta do clero. Porém, no ano passado, decidiram fazer mudanças na formação dos futuros padres. Enquanto algumas dioceses optaram por formar seminários em conjunto, outras, como Marília, Bauru e Botucatu, decidiram criar seminários independentes. Os seminaristas continuam cursando Filosofia e Teologia na Faculdade João Paulo II (Fajopa). O

Fotos: Rafael Capeloci | Seminarista do 1º Ano de Filosofia

Pe. Luiz Eduardo assumiu como reitor do Seminário Diocesano São Pio X

Pe. Wagner foi empossado reitor do novo seminário diocesano em Marília

objetivo, segundo o Pe. Wagner, é tornar a formação mais próxima da diocese. “A casa de formação tem outras orientações aos seminaristas. Eles cursam Filosofia ou Teologia e o restante do tempo têm momentos de formação no seminário. Aqui, ela é mais voltada à espiritualidade, vocação e dimensão humano-afetiva”, explicou o reitor. As dioceses de Bauru e Botucatu também criaram, cada uma, sua casa de formação na cidade de Marília. Enquanto as demais dioceses optaram pela estrutura conjunta no prédio onde abrigava, até o ano passado, os seminaristas que cursavam a Filosofia. Na opinião do Pe. Wagner, essa experiência é positiva. “Há um acompanhamento e presença maiores do bispo e também do clero”, justificou. Atualmente, residem 25 jovens no seminário da Diocese de Marília, sendo 19 que cursam Filosofia e seis que estão no curso de Teologia. Para o seminarista Evandro Augusto Camara Vasconcellos, que iniciou o primeiro ano de Filosofia, a expectativa é grande. “Somos a primeira turma dessa nova experiência diocesana. A convivência entre os seminaristas está mais intensa e temos recebido a visita de Dom Luiz e dos padres da diocese”, considerou. O novo seminário manteve parte do nome, uma vez que Rainha dos Apóstolos também dava nome ao agora extinto Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos (Itra). Na mesma ocasião em que o Pe. Wagner foi empossado reitor, o bispo também fez a apresentação do diretor espiritual, que é o Pe. Mauricio Pereira Sevilha. O Pe. Wagner comentou que, agora que existe um novo seminário diocesano em Marília, a ideia é promover uma aproximação com o Movimento Serra, que tem atuação direta com a formação diocesana.

Celebrações pelo início do ano letivo marcam criação da Pastoral da Educação A Diocese de Marília vive a gestação de uma nova pastoral, a da Educação. Segundo o Pe. Rafael Lopes Ciuffa, que está à frente desse trabalho, trata-se de uma pastoral embrionária, diferente de outras pastorais. “Existem pastorais fundamentais para o desenvolvimento diário da Igreja, e, embora não seja vista como essencial, a Pastoral da Educação é tão importante como as pastorais de manutenção”, explicou o sacerdote, da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça. Ele lembrou que a missão da Igreja é evangelizar as diferentes culturas, levar o Cristo a todas as realidades e circunstâncias. “E a Pastoral da Educação tem o objetivo de evangelizar o ambiente onde se transmite a educação. É uma pastoral ampla porque várias instâncias lidam com a educação, desde a família, até mesmo a Igreja e as escolas, os professores, os gestores”, explicou. As iniciativas da Pastoral da Educação também têm sido “embrionárias”, conforme definiu o Pe. Rafael. Sua proposta foi fazer uma celebração em razão do início do ano letivo. Três paróquias aderiram a essa iniciativa. Em Garça, uma missa reuniu, no dia 24 de fevereiro, professores, gestores, colaboradores e alunos, dentre eles crianças e jovens. Outras duas paróquias que tiveram a missa em ação de graças pelo início do ano letivo foram a São Miguel Arcanjo, de Marília, e a São José, de Panorama, que reuniu seus professores e alunos para uma bênção especial. Segundo o sacerdote, a Pastoral está com iniciativas ainda tímidas, mas pretende alcançar mais pessoas. Embora esteja ainda sendo gestada, a nova pastoral já tem uma equipe, formada por pessoas das três Regiões. “A ideia é elaborarmos um subsídio, a ser apresentado ao bispo, para que tenhamos um direcionamento diocesano para as paróquias que quiserem implantar a Pastoral da Educação, que é uma pastoral missionária. Afinal, saímos dos muros da Igreja e vamos em direção à necessidade de evangelizar as culturas e, sobretudo, a educação”, concluiu o Pe. Rafael. Foto: Paróquia São José, Panorama

Pe. Ademilson abençoa alunos, na missa em Panorama


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Março de 2019

Retiros de Carnaval foram opção para os fiéis católicos

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s retiros de Carnaval se tornaram uma alternativa para os cristãos católicos passarem o feriado prolongado, com momentos de louvor e espiritualidade. A Renovação Carismática Católica (RCC) já tem tradição em preparar eventos em diversas cidades do território diocesano. Neste ano, foram realizados “Rebanhões” em Marília, Bastos, Iacri, Tupã e Osvaldo Cruz. Proposto pela coordenação da RCC, tema comum nos Rebanhões foi “Deus nos amou primeiro” (1Jo 4,19b). Cerca de 120 pessoas estiveram reunidas em Bastos, no Salão Encontro das Águas. No sábado e no domingo de Carnaval, os fiéis participaram de missas e tiveram momentos de louvor, pregações e dinâmicas. A pregação foi de Rita de Cássia, do Ministério de Oração por Cura e Libertação. Em Tupã, o Rebanhão de Carnaval 2019 ocorreu nos quatro dias do feriadão e teve cinco pregadores, das cidades de Bastos, Dracena, Lucélia e também Tupã. Segundo os organizadores cada dia estiveram reunidas cerca de 100 pessoas.

O evento, realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor João Geraldo Iori, teve uma característica atrativa: diversos pais puderam participar das atividades, pois, simultaneamente ao Rebanhão, a RCC de Tupã realizou o Rebainho, para crianças. Enquanto pais e mães participavam das pregações e demais atividades, as crianças tinham uma equipe que cuidava delas, evangelizando, de uma forma particular, os pequenos. Ao todo, o Rebainho teve a participação de mais de 20 crianças. Em Marília, um dos seis pregadores convidados foi o Pe. Edson Luís Barbosa da Silva, de Junqueirópolis, que presidiu a missa de abertura, em honra a Virgem Maria. “Ela experimentou o amor divino e nos ensina também a experiência de que Deus nos amou primeiro, nos remetendo ao que é característico do processo salvífico”, disse. O sacerdote também fez uma pregação acerca do tema “O amor de Deus nos constrange, porque nós não o merecemos”.

Desenvolvimento infantil é tema de oficina da Pastoral da Criança A Pastoral da Criança promoveu, no final de janeiro, a Oficina Contínua de Desenvolvimento Infantil. O evento ocorreu em Lucélia e contou com 15 capacitadores e 25 brinquedistas, que no período da manhã se reuniram aos demais e à tarde tiveram uma oficina específica sobre esse ofício. Esse conhecimento foi transmitido por Valquíria Aparecida Valdivino da Rocha, capacitadora de brinquedistas. Evelyn Cristina Cardoso, multiplicadora do Guia do Líder na Diocese de Marília, é a responsável por transmitir as informações sobre o desenvolvimento infantil para os capacitadores e contou um pouco do que foi discutido nessa oficina. “Toda nossa ação gira em torno das várias fases que a criança vive. O cenário atual do desenvolvimento infantil sofre a influência dos meios em que as crianças estão inseridas. Esse cenário se torna um desafio para os líderes da Pastoral da Criança, que tanto incentivam e orientam o desenvolvimento infantil”, disse. A multiplicadora lembra que há 35

anos a Pastoral da Criança vem juntando pessoas de boa vontade e muita garra para cumprir sua missão de garantir saúde e o desenvolvimento integral de crianças, gestantes e seus familiares. Ela destacou a necessidade de as crianças brincarem: “a criança brinca por necessidade e aprimora seus sentidos, como visão, audição, tato e seus movimentos, que fazem com que ela conheça e descubra como são e para que servem os diferentes brinquedos, que entenda os costumes dos adultos. E é nessa convivência com a família, os vizinhos e a comunidade que a criança amplia suas relações, sente-se incluída e faz novas descobertas”. A partir dessa oficina em nível diocesano, agora os capacitadores transmitirão esses conhecimentos em suas paróquias. Os primeiros encontros ocorrerão no dia 9 de março, em Adamantina, Dracena e Pacaembu e, no dia 10 de março, em Marília. A ideia é que todo conhecimento seja transmitido nas paróquias que têm a Pastoral da Criança até o final do primeiro semestre.

Foto: Renovação Carismática Católica

Acima, Rebanhão em Bastos, e, abaixo, Rebainho realizado para crianças em Tupã

FIQUE DE OLHO 24 HORAS PARA O SENHOR No ano de 2013, o Papa Francisco propôs a iniciativa das 24 Horas para o Senhor, por meio do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Sua proposta foi reunir toda a comunidade cristã em oração, louvor e ação de graças ao Senhor, dando ênfase ao sacramento da Reconciliação. Trata-se de momentos de oração e de confissão, de anúncio do Evangelho e de vigília, com o objetivo de ajudar os fiéis a vivenciarem a Quaresma, em preparação à Pascoa. Nesse período de 24 horas, a ideia é que as igrejas fiquem com as portas abertas aos fiéis. A iniciativa proposta pelo Papa ocorre na sexta-feira até o sábado que antecedem o Domingo Laetare, ou Domingo da Alegria; ou seja, o quarto Domingo da Quaresma. Neste ano de 2019, as 24 Horas para o Senhor serão nos dias 29 e 30 de março. Na Diocese de Marília, a iniciativa do Papa, que tem como pano de fundo a misericórdia de Deus, moti-

vou a Pastoral Litúrgica a elaborar um subsídio, para ser utilizado por todas as paróquias. PASTORAL LITÚRGICA No dia 9 de março, 120 pessoas participaram da Assembleia da Pastoral Litúrgica, que este ano ocorreu no Centro de Convivência Monsenhor Afonso Haffner, em Tupã. Após a abertura, houve uma meditação sobre a espiritualidade da Quaresma, conduzida pelo seminarista Muriel Filippe. Depois, houve um momento dedicado à música litúrgica para o período quaresmal e quem abordou a questão foi o músico e compositor Frei Zilmar Augusto, OFM. De acordo com o assessor diocesano, Pe. Anderson Messina Perini, os participantes também apresentaram propostas de datas para os encontros deste ano. Antes do encerramento, houve a escolha da nova coordenação da Pastoral Litúrgica e Edna Regina Gasparotto dos Santos foi eleita a coordenadora.


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Atualidade Papa pede que nenhum caso de abuso seja encoberto

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Papa Francisco surpreendeu o mundo mais uma vez ao abordar claramente um assunto delicado, considerado por muitos como uma ferida aberta na Igreja Católica: as denúncias de abuso sexual de menores e pessoas vulneráveis. Para tratar do tema, o Santo Padre convocou uma reunião de quatro dias no Vaticano. O Encontro sobre a Proteção dos Menores e Adultos Vulneráveis na Igreja, reuniu, na Sala Régia do Palácio Apostólico, os presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo e superiores de Congregações, além de vítimas que sofreram abusos. O Papa classificou os casos como “crimes vís e nefastos”. “Eles destroem inevitavelmente o melhor daquilo que a vida humana reserva a um inocente, causando danos irreparáveis para o resto da existência”. A síntese de tudo que foi discutido durante o encontro deu origem a um documento, escrito pelo próprio

Foto: Internet

Santo Padre afirma que qualquer caso de abuso seja tratado com a máxima seriedade

Papa. Ele lembrou que milhões de crianças em todo o mundo são vítimas de abusos sexuais, geralmente cometidos por pessoas do convívio familiar. Mas Francisco não menospreza os casos ocorridos dentro da Igreja, o que chamou de “monstruosidade”. “Torna-se ainda mais grave e escandalosa na Igreja, porque está em contraste com sua autoridade moral e a sua credibilidade. O consagrado, escolhido por Deus para guiar as almas à salvação, deixa-se subjugar pela sua fragilidade humana ou pela

sua doença, tornando-se um instrumento de satanás. Nos abusos, vemos a mão do mal, que não poupa sequer a inocência de crianças”, afirmou. E uma maneira de combater esse mal, segundo o Santo Padre, é anunciar o Evangelho aos pequeninos e protegê-los dos “lobos vorazes”. Quanto à revolta das pessoas acerca desse assunto, Francisco disse que é justificada e que, nela, a Igreja vê o reflexo da ira de Deus, “traído e esbofeteado por estes consagrados desonestos”. Ele garantiu que qual-

quer abuso será tratado com a máxima seriedade. Além de propor a tutela das crianças e a seriedade implacável, a Igreja propõe um verdadeira purificação, no sentido de trabalhar a prevenção, com a santificação dos sacerdotes. O Papa propõe, ainda, mudanças na formação, com exigências da seleção. Com relação às conferências episcopais, Francisco pede aos bispos que nenhum abuso seja jamais encoberto, “pois isso favorece a propagação do mal e eleva o nível do escândalo”. Outra medida fundamental proposta pelo Sumo Pontífice é o acompanhamento de pessoas abusadas, os quais, segundo afirmou, têm feridas indeléveis. “A Igreja tem o dever de oferecer-lhes todo o apoio necessário”, considerou. Por fim, o Papa Francisco finaliza sua Mensagem com um tom de esperança: “gostaria de assinalar a importância de dever transformar este mal em oportunidade de purificação”.

Terço dos Homens reúne 80 mil pessoas em Aparecida O Santuário Nacional de Aparecida (SP) recebeu, no terceiro final de semana de fevereiro, 80 mil pessoas. Esta foi a XI Romaria do Terço dos Homens, sempre realizada em Aparecida, com a presença de integrantes do movimento de todas partes do país. A estimativa, inicialmente, para esta 11ª edição da Romaria Nacional do Terço dos Homens era de receber cerca de 50 mil fiéis. O número subiu para 80 mil romeiros e eles refletiram o tema “Terço dos Homens: não basta rezar, é preciso agir!” e o lema “Eis-me aqui”. O evento já teve início no dia 15, com missa presidida pelo arcebispo de Juiz de Fora (MG) e bispo referencial para o Terço dos Homens, Dom Gil Antônio Moreira. Na oportunida-

Foto: Internet

Romaria dos Homens reuniu multidão no Santuário Nacional e superou expectativas

de, ele afirmou que este movimento é uma bênção para a Igreja e para a família. Dom Gil ressaltou que é preciso ir ao encontro daqueles homens que estão desanimados, daqueles que foram por outros caminhos. Os homens reunidos em Aparecida também participaram de procis-

são, recitações do terço e vigília, em preparação ao ponto alto da Romaria, que foi a celebração da manhã do sábado, dia 16, na Tribuna Bento XVI. O arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, presidiu a celebração e, referindo-se à presença dos grupos nos mais diversos lugares, exortou:

“Lá estão vocês sempre com a força do terço, curando feridas. Vamos ser o Evangelho!”. Os homens tiveram, ainda, um momento de consagração a Nossa Senhora Aparecida, no altar central do Santuário Nacional. A Diocese de Marília tem o movimento do Terço dos Homens desde 2010 e, atualmente, existem grupos em 35 paróquias, que se reúnem semanalmente para a recitação do terço. Todos os anos, os homens se reúnem em caravanas para participar da romaria em Aparecida. Um dos romeiros foi Roberto Messias Mendes, da Paróquia Santa Isabel, de Marília. “É como estar numa grande festa da fé. É estar no aconchego da casa da mãe e sentir arrepio em cada Ave Maria”, disse.


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NO MEIO DE NÓS

Março de 2019

Região I Professor da Fajopa recebe título da Congregação para Educação Católica

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Província Eclesiástica de Botucatu foi surpreendida, no início do ano, com uma boa notícia vinda do Vaticano, por meio da Congregação para a Educação Católica. O Professor Doutor Pe. Carlos Roberto Santana da Silva foi nomeado, pelo Grão Chanceler da Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, “Professor Titular da Cátedra em Direito Canônico São Paulo Apóstolo”. Pe. Beto, como é carinhosamente chamado, é do clero de Lins, também vigário judicial do Tribunal Interdiocesano de Botucatu e leciona na Faculdade João Paulo II (Fajopa), em Marília, onde é diretor do Programa de Mestrado em Direito Canônico. A instituição de ensino acolhe seminaristas de sete das oito dioceses da Província. O topo da carreira acadêmica universitária, pela Santa Sé, é o cargo de professor catedrático ou titular, ao qual se acede por nomeação da Congregação para Educação Católica de Roma, no qual somente podem se inscrever os detentores do título de doutor, e no caso do Pe. Beto, em Direito Canônico, bem como pessoas de notório saber. A partir deste ponto, o professor representa a autoridade máxima na sua área dentro da universidade e pode participar de questões administrativas como

chefia de unidades. Depois deste ponto, ele só adquire mais benefícios por meio de premiações. Em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, o Pe. Beto falou da alegria em receber o título. “Para o professor, a maior alegria é participar, como cidadão, na humanização da sociedade. Por isso, Senhor, esta vitória não é só minha, mas muito mais Vossa, meu Deus, e por ela eu Vos agradeço!!!”, afirmou. A Diocese de Lins, em comunicado oficial, também comemorou a notícia: “Unidos à Igreja de Jesus Cristo, em oração e serviço, roguemos que nossa família diocesana possa, a cada dia mais, colaborar com a missão evangelizadora e ser testemunho vivo através de ações concretas, na defesa do direito, da verdade e da fé. Que Santo Antônio de Pádua, nosso padroeiro, possa abençoar e continuar a iluminar esse nosso irmão, nessa missão a ele confiada”. O Pe. Hugo D’Ans, também do clero de Lins e coordenador do Bacharelado em Teologia da Fajopa, comemorou, na publicação em uma rede social, o título do sacerdote amigo: “Esta nomeação é um motivo de muito orgulho para nossa faculdade e mais um incentivo à missão acadêmica de nosso querido Pe. Beto”. Igualmente, a Fajopa também fez um post parabenizando o membro do corpo discente da instituição de ensino. Foto: Arquivo

Pe. Beto, na ocasião em que assessorou o Curso de Atualização do Clero, em 2017

Monsenhor Achiles completa 80 anos dias depois de retornar à Diocese No mês de fevereiro, o Monsenhor Achiles Paceli de Oliveira Pinheiro completou 80 anos de vida. A comemoração ocorreu em Marília, na Paróquia Sagrada Família, onde foi pároco e também vigário paroquial. No aniversário, dia 26, fiéis, sacerdotes, familiares e o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, reuniram-se para homenagear o aniversariante, que passou os três últimos anos residindo em Campos do Jordão (SP), na Fundação Santa Cruz, uma obra social que acolhe pessoas em situação de rua. Seu retorno à Diocese ocorreu duas semanas antes do aniversário e a decisão de voltar ocorreu pois ele queria ficar mais próximo à família. O sacerdote foi acolhido em Quintana e mora na casa paroquial, jun-

tamente com o pároco, Pe. Edson de Oliveira Lima, com quem cultiva uma amizade de décadas. Os dois se conhecem desde quando o Pe. Edson tinha seis anos de idade e o Monsenhor Achiles era pároco da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Marília. Foi o sacerdote quem enviou o Pe. Edson ao seminário e, depois de muitos anos, eles trabalharam, juntos, na Paróquia Sagrada Família. Embora resida em Quintana, ele não terá obrigações como a de um vigário paroquial. Mas ajudará o Pe. Edson dentro de suas condições. Sobre a morada na nova cidade, o Monsenhor Achiles comentou que o povo da Paróquia Nossa Senhora Aparecida é muito acolhedor. “Estou feliz por estar aqui”, finalizou. Foto: Paróquia Sagrada Família, Marília

Dom Luiz, Monsenhor Achiles e Pe. Edson, na celebração do aniversário, em Marília

Congresso Catequistas Brasil tem participantes da Diocese de Marília Doze catequistas, um sacerdote e um seminarista da Diocese de Marília estiveram em Aparecida (SP), do dia 8 ao dia 10 de fevereiro, participando do Congresso Catequistas Brasil, realizado no Centro de Eventos do Santuário Nacional. De Marília, foram nove catequistas da Paróquia Maria Mãe da Igreja — além do pároco, Pe. Adriano Alves Pereira, e do seminarista Ermes Rodrigues de Almeida Neto, que realiza seu estágio pastoral —, um catequista da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, do Bairro Fragata, um da Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística e

um catequista da Paróquia Santa Cecília, de Monte Castelo. Ao todo, o evento reuniu cerca de duas mil pessoas de toda parte do país. O congresso foi promovido pela agência de Comunicação Católica Promocat Marketing Integrado, e teve como objetivo capacitar os catequistas para sua missão de evangelizar. “O congresso trouxe novidades como a inclusão de crianças e jovens especiais na comunidade e na catequese. Foi maravilhoso”, afirmou a catequista da Paróquia Maria Mãe da Igreja, Melina Baraldi.


NO MEIO DE NÓS

Março de 2019

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Região II Pe. Francisco assume Rinópolis após morte do Cônego Valdemiro

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comunidade católica de Rinópolis se reuniu, na noite de 15 de fevereiro, para acolher o seu novo pastor. Nomeado administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, o Pe. Francisco Antônio dos Anjos Andrade foi apresentado pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, que presidiu a missa solene. A igreja matriz ficou lotada de fiéis, que, dias antes, deram adeus ao Cônego Valdemiro Cândido do Símbolo, falecido em 3 de fevereiro, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) Hemorrágico. O Pe. Miro, como era chamado carinhosamente, completaria, dias após sua morte, 40 anos à frente da paróquia de Rinópolis. Na celebração exequial, haviam pessoas que foram

Foto: Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Rinópolis

Pe. Francisco foi apresentado e empossado em missa celebrada no dia 15 de fevereiro

batizadas pelo Pe. Miro, receberam dele a primeira comunhão, casaramse, tiveram filhos, que igualmente foram batizados por esse pároco, falecido aos 72 anos de idade. Desde dezembro, quando foi internado, a paróquia se manteve ativa, com o auxílio do então vigário episcopal da Região II, Pe. Marcos Roberto Cesá-

rio da Silva, e por sacerdotes de cidades vizinhas, que se revezavam para a celebração das missas. A chegada do Pe. Francisco, que deixou a função de vigário da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília, reaviva a comunidade católica da cidade, que tem uma população de cerca de 10 mil pessoas.

Os fiéis se mostraram empolgados, já na missa de apresentação, e o Pe. Francisco contou, em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, que muitas pessoas já o procuraram para se apresentar e se colocar a serviço. “São pessoas solícitas, disponíveis e prontas a ajudar. Vim com espírito de continuidade, com o intuito de contribuir para que o Reino de Deus continue acontecendo aqui em Rinópolis. Quero juntar forças com todos que aqui já estão”, afirmou o Pe. Francisco, que tem 30 anos de idade e foi ordenado em 7 de outubro de 2017. Embora ainda esteja conhecendo a realidade de sua nova paróquia, o Pe. Francisco adiantou que quer contribuir para o reavivamento das pastorais já existentes e criar aquelas que considera fundamentais.

Região III Panorama e Flora Rica celebram padroeiro com festas neste mês

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ão José é considerado o Patrono Universal da Igreja e, neste mês de março, é celebrado o seu dia. O Papa Pio XI, em 8 de dezembro de 1870, proclamou esse título ao pai adotivo de Jesus. Na Diocese de Marília, algumas paróquias terão uma programação especial para celebrar o dia 19 de março. E na Região III, duas são dedicadas a São José. Em Flora Rica, uma quermesse paroquial marcou o início das festividades, em 9 de março. Nos dias 16, 17 e 18, sempre às 19h30, um tríduo prepara os fiéis para a festa solene, que ocorrerá no dia do padroeiro. Às 17h30, uma procissão sairá da entrada da cidade até a igreja matriz. Em seguida, terá início a missa festiva,

Foto: Paróquia São José, Flora Rica

Flora Rica prepara quermesse, tríduo, procissão e missa solene para celebrar padroeiro

em honra a São José, presidida pelo pároco, Pe. José Ferreira Domingos. “Espero que, ao celebrar a festa de São José, a comunidade aproveite para refletir sobre a maneira como José é apresentado na bíblia, um ‘homem justo’. Que cada fiel possa se empenhar para fazer como ele e ade-

quar sempre mais a vida àquilo que corresponde à vontade de Deus”, disse o pároco. Em Panorama, quem conduzirá a festa será o Pe. Ademilson Luiz Ferreira. No tríduo, de 16 a 18 de março, cada dia terá uma bênção especial: aos pais, às crianças e aos jovens e às

famílias. “No dia do padroeiro, receberão uma bênção especial todas as pessoas que têm nomes derivados de José”, informou. Uma procissão sairá às 18h da Capela São José Operário, em direção à igreja matriz. Após a missa, serão distribuídos mil pedaços de um bolo, que traz 500 medalhinhas do padroeiro. TESTEMUNHO Luzia Felix não tem nome derivado de São José, mas tem devoção pelo padroeiro desde a infância, por influência do pai, este sim com o nome de José. A fiel de Flora Rica contou que sempre recorreu ao seu santo de devoção, mas foi após uma cirurgia complexa e bem sucedida que sentiu a intercessão de São José.


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NO MEIO DE NÓS

Março de 2019

Diocese sedia encontro regional e promove I Fórum

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Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia Rainha dos Apóstolos, recentemente eregido, sediou, o Encontro do Sub-Regional do Setor Juventude, que objetivou reunir todas as expressões juvenis das oito dioceses que formam a Província de Botucatu. Cerca de 80 pessoas, representando a Arquidiocese de Botucatu e as dioceses de Araçatuba, Assis, Bauru, Lins, Marília, Ourinhos e Presidente Prudente, estiveram reunidas no dia 10 de fevereiro. O evento teve a participação de Lucas Galhardo, da coordenação nacional da Juventude, que esteve em Roma, participando o Sínodo dos Bispos sobre a Juventude. Ele comentou o que foi discutido durante o evento, que reuniu bispos do mundo todo e representantes jovens de diversos países. O sínodo, realizado em outubro do ano passado, teve como lema “Os Jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Além de relatar como foi o Sínodo, Galhardo falou sobre o Setor Juventude ser o espaço que reúne as expressões e que deve promover cada uma delas em suas particularidades. Os participantes também tiveram um momento de discussão entre grupos, no qual houve a troca de experiências à luz de algumas

Foto: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

Jovens de oito dioceses se reuniram em Marília e refletiram o Sínodo dos Bispos

questões. As respostas for partilhadas e encaminhadas à equipe que secretariou o evento, que é de Presidente Prudente (SP). “Observei que apesar das singularidades de cada diocese, em alguns aspectos e dificuldades, muitos pontos são comuns e esse contato pode contribuir para que, unidos, possamos encontrar soluções e caminhar juntos, como o sínodo propõe”, avaliou a coordenadora do Setor Juventude da Diocese de Marília, Izadora Burato, que representou a Diocese juntamente com o jovem Matheus Parola Bento dos Anjos, coordenador da Região I, do Setor Juventude.

FÓRUM DE JUVENTUDE Motivados pelas reflexões do Sínodo dos Bispos, o Setor Juventude da Diocese de Marília organiza o I Fórum da Juventude, a ser realizado no período de 29 a 31 de março. A proposta é contar com representantes das juventudes de todas as paróquias, que estarão reunidas na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina. Será uma oportunidade de os jovens receberem formação, refletirem e planejarem as ações com toda a juventude da Diocese. Por esse motivo, afirma o assessor diocesano do Setor Juventude, Pe. Francisco Antônio dos Anjos Andrade, que “é de extrema importância que haja a participação das lideranças nestes dias”. As vagas são limitadas e a orientação da coordenação do Fórum é que cada paróquia envie dois representantes. Porém, caso haja necessidade de mais representantes, a paróquia deve entrar em contato com a coordenação do Setor Juventude. As inscrições serão realizadas por meio de um formulário online, disponível no Portal da Diocese de Marília, www.dio-

e colabor a com a su

Oração

e doação

cesedemarilia.net.br. O assessor do Setor Juventude também faz um apelo ao clero: “sejamos, para eles, presença que impulsiona, que os ajuda a serem protagonistas da evangelização. Peço que os padres enviem seus jovens para nosso primeiro Fórum, para, juntos, traçarmos os caminhos que vamos trilhar no trabalho da juventude”, disse o Pe. Francisco, lembrando que não será cobrada taxa de inscrição para que as paróquias possam colaborar com o deslocamento dos jovens de suas cidades até o local do encontro. BISPOS E JOVENS A juventude foi tema de um encontro entre os bispos, padres coordenadores diocesanos de pastoral e assessores diocesanos do Setor Juventude da Sub-Região Pastoral de Botucatu. Eles estiveram reunidos em Marília no dia 26 de fevereiro e discutiram políticas públicas voltadas para os jovens, tema que está em comunhão com a Campanha da Fraternidade (CF) 2019. EXTENSÃO Em parceria com a Faculdade João Paulo II (Fajopa), de Marília, a Sub-Região Pastoral de Botucatu proporciona, em 2019, o Projeto de Extensão Juventude Contemporânea. O primeiro módulo ocorreu nos dias 9 e 10 de março, com a assessoria do professor mestre Pe. Antonio Ramos do Prado, assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Outros quatro módulos acontecerão do mês de abril a julho. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site da instituição de ensino (www. fajopa.com).

Faça seu Gesto Solidário e colabore com os Projetos de Ação Missionária. Deposite qualquer quantia na conta Bancária, em nome da CNBB Regional Sul 1 BANCO DO BRASIL Agência: 6914-0 Conta corrente: 40381-4 AS MISSÕES AGRADECEM!

CONSELHO MISSIONÁRIO REGIONAL


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