Jornal No Meio de Nós - Edição 219 - Novembro de 2016

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 18 | Edição 219 | Novembro de 2016

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Diocese celebra os 80 anos de Dom Osvaldo Foto: Érica Montilha | Pascom | Diocese de Marília

DNJ é marcado pelo Jubileu do Ano da Misericórdia O Setor Juventude da Diocese de Marília aproveitou o Dia Nacional da Juventude, comemorado em outubro, para celebrar o Jubileu do Ano Santo da Misercórdia. Ao todo, 1.300 jovens estiveram reunidos nas três Regiões Pastorais. No dia 16 de outubro, o Jubileu da Juventude ocorreu nas Regiões I e II. Os jovens passaram pela Porta Santa no Santuário Sagrado Coração de Jesus, em Vera Cruz, e na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Tupã. No dia 30, foi a vez de os jovens da Região III se reunirem em Dracena. Página 8

Esposas participam de evento com maridos candidatos ao diaconato

Momento em que o Bispo Emérito soube da edição especial do Informativo Diocesano NO MEIO DE NÓS

No dia 24 de outubro, Dom Osvaldo Giuntini, Bispo Emérito de Marília, comemorou seus 80 anos de vida. Para homenageá-lo, Dom Luiz Antonio Cipolini e diversos bispos do Estado de São Paulo, juntamente com todo o Povo de Deus reuniram-se na Igreja Santo Antônio de Marília. Mesmo com a chuva que caiu

no final daquela tarde, agentes de pastoral de toda a Diocese agradeceram a Deus pelo testemunho de Dom Osvaldo e ofertaram-lhe rosas em sinal de gratidão. Para presenteá-lo, a equipe diocesana de comunicação lançou oficialmente a edição especial do Informativo NO MEIO DE NÓS, que conta a trajetória

do terceiro bispo de Marília. “Fico muito feliz por poder chegar a esta data e contar, nesta comemoração, com a presença de todas as comunidades por onde passei. Espero corresponder até o fim da vida à graça que o Senhor me dá”, agradeceu o Bispo Emérito de Marília. Página 9

ESPIRITUALIDADE

TEOLOGIA

Neste mês, o Pe. José Ferreira Domingos fala sobre o encerramento do Ano Extraordinário da Misericórdia

Celebrar os fiéis defuntos é ocasião de ressaltar o olhar cristão da morte, que, em Jesus, assume novo sentido

A Igreja professa sua crença na comunhão dos santos. Pelo Batismo, todos estão unidos no amor de Cristo

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Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Candidatos e suas esposas refletiram sobre o amor conjugal

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ENFOQUE

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O encontro, com a participação de 54 casais, ocorreu na Casa Pastoral Diocesana, em Adamantina, no dia 16 de outubro. Esposas participaram do encontro juntamente com seus maridos, que são candidatos ao diaconato permanente. Elas partilharam experiências e refletiram a exortação póssinodal Amoris Laetitia, do Papa Francisco.

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Dom Sergio da Rocha será novo cardeal brasileiro O Papa Francisco anunciou, no dia 9 de outubro, 17 novos cardeais e um deles é o brasileiro Dom Sergio da Rocha, atual arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O consistório para a criação dos novos cardeais será em 20 de novembro. Página 13


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

Novembro de 2016

Editorial

Rezar pelo descanso eterno Na edição de novembro, o NO MEIO DE NÓS, juntamente com toda a Igreja, celebra a comemoração de todos os fiéis defuntos. Por fazer memória dos mortos, muitos encaram o “Dia de Finados” como um dia de tristeza. Porém para nós, cristãos, o dois de novembro não é dia para chorar pelos nossos fiéis que já partiram, mas ao contrário, é ocasião de rezar pelo descanso eterno de nossos falecidos e também de recordá-los com alegria na certeza de que estão na eternidade, junto com Deus.

Celebrar o dia dos mortos é oportunidade ímpar para refletirmos sobre a brevidade de nossa vida e, assim, vivermos da melhor maneira, pois Jesus Cristo veio ao mundo para que todos tenham vida e a tenham em abundância (cf. Jo 10, 10). À luz desta celebração, desejamos que nossos leitores reflitam sobre a santidade, baseados na certeza da vida eterna e, como o Apóstolo Paulo, possam dizer com fé: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1, 21).

Neste mês também rendemos graças a Deus pelo encerramento do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Desde sua proclamação pelo Papa Francisco, no dia 11 de abril de 2015, e de seu início na Diocese, com a abertura da Porta da Misericórdia na Catedral Basílica de São Bento, no dia 13 de dezembro, milhares de católicos viveram o Ano Santo como um momento de graça e renovação espiritual. No próximo dia 20, com a Solenidade litúrgica de Jesus Cristo,

Rei do Universo, o Jubileu Extraordinário termina. Contudo, a pedido do Papa Francisco, ele se estenderá nas dioceses do mundo inteiro por meio da concretização de uma obra de misericórdia. Na Diocese de Marília, o Ano Santo será perpetuado por um gesto concreto na cidade de Irapuru; nossos esforços construirão o Lar Santa Genoveva. Dê sua contribuição e ajudenos a cuidar dos idosos que lá residirão.

Enfoque

Encerramento do Ano da Misericórdia Ilustração: Jorge Armando Pereira

PE. JOSÉ FERREIRA DOMINGOS

Aproxima-se o fim do Ano Santo da Misericórdia, ano este instituído pelo Papa Francisco no dia 08 de dezembro de 2015, para ser celebrado em toda a Igreja até o dia 20 de novembro de 2016 – Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. Francisco achou por bem relembrar ao mundo que em Deus todas as pessoas podem encontrar um rio de misericórdia que se derrama sobre quem quiser se aproximar e que a Igreja, pelo sacramento da peni-

tência, é como que o canal através do qual o pecador é banhado por essa misericórdia divina. A partir de Roma e em todas as igrejas particulares houve a abertura da Porta Santa. Fiéis no mundo inteiro puderam passar pela Porta Santa não como se fosse uma porta mágica, mas como aquilo que ela estava significando: o coração misericordioso do Pai que espera o retorno de cada filho atingido pela realidade do pecado. Ao encerrar-se, esse Ano Santo da Misericórdia terá feito um grande bem espiritual para cada fiel que

o vivenciou, porque pode experimentar a misericórdia de Deus em sua vida e foi convidado a também usar de misericórdia para com todos em seus relacionamentos cotidianos. Por tudo isso, podemos fazer nossas as palavras do salmista: “Dai graças ao Senhor, porque Ele bom! Eterna é a sua misericórdia!” Sl 117 (118). Pe. José Ferreira Domingos estudou Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e é pároco da Paróquia São José, de Panorama

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CÚRIA DIOCESANA: Av. Nelson Spielmann, 521 - Marília/SP - CEP 17500-970 - Fone/fax: (14) 3401-2360 - E-mail: curia@diocesedemarilia.org.br | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | EDIÇÃO GRÁFICA: Danilo Cordeiro Silva | REVISÃO: Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Ademilson Luiz Ferreira | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.org.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA - Fone: (14) 3223-2844 | TIRAGEM: 12.500 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes | Envie notícias de sua paróquia, pastoral ou movimento para o jornal diocesano (jornal-nomeiodenos@yahoo.com.br) e para o site da diocese (pascom.marilia@gmail.com).


NO MEIO DE NÓS

Novembro de 2016

| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo

Um monumento do Ano da Misericórdia

DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

“Da acolhida ao marginalizado que está ferido no corpo e da acolhida ao pecador que está ferido na alma, depende a nossa credibilidade como cristãos” (Papa Francisco).

Na tarde do dia 2 de abril, dentro da oitava da Páscoa, o Papa Francisco presidiu na Praça São Pedro a Vigília de Oração da Divina Misericórdia. Na sua homilia o Santo Padre afirmou que “a misericórdia é, antes de mais nada, a proximidade de Deus ao seu povo. Uma proximidade que se manifesta principalmente como ajuda e proteção”. Nesta ocasião o Papa exortou as dioceses a promoverem uma obra estru-

Visita pastoral em Avencas e Perpétuo Socorro, de Marília Do dia 20 ao dia 23, o bispo diocesano Dom Luiz Antonio Cipolini esteve em visita pastoral às paróquias Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Marília, e Nossa Senhora Auxiliadora, de Avencas. As duas são atendidas pelos padres Valdemar Cardoso e Adeflor Xavier Pereira Júnior, o Pe. Lico. Durante esses dias, Dom Luiz visitou enfermos, crianças carentes e uma escola do bairro de Marília. Além de participar de reuniões com o CPP e Caep, o bispo se reuniu com catequistas, catequizandos e com os funcionários da secretaria da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No sábado, ele presidiu, em Avencas, uma missa em que 12 adultos foram crismados. Foto: Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Bispo visita escola do bairro com diretora Lúcia Buim

tural de misericórdia que perdure no tempo. Muitas são as faces da misericórdia com que Deus vem ao nosso encontro, afirmou o Papa: “São verdadeiramente muitas; é impossível descrevê-las todas, porque a misericórdia de Deus cresce sem cessar. Deus nunca Se cansa de a exprimir”. O Papa Francisco enfatizou que não temos um Deus que não saiba compreender e compadecer-se das nossas fraquezas. Pelo contrário, foi precisamente em virtude da sua misericórdia que Deus se fez um de nós. O Papa Francisco ressaltou ainda que a misericórdia vai à procura da ovelha perdida e, quando a encontra, irradia uma alegria conta-

giosa. “A misericórdia sabe olhar cada pessoa nos olhos; cada uma delas é preciosa para ela, porque cada uma é única”. O Papa lembrou ainda que a misericórdia nos irrequieta e jamais pode deixar-nos tranquilos: “Não devemos ter medo, é um amor que nos alcança e envolve de tal maneira que se antecipa a nós mesmos, permitindo-nos reconhecer a sua face na dos irmãos.” Deixemo-nos conduzir docilmente por este amor, e tornar-nos-emos misericordiosos como o Pai, pois “uma fé que não é capaz de ser misericórdia, como são sinal de misericórdia as chagas do Senhor, não é fé: é ideia, é ideologia”.

AGENDA DO BISPO 03/11 – Terço no Lar São Vicente às 15h | Crisma na Paróquia N. Sra. Auxiliadora, em Tupã. 04/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. de Guadalupe, em Marília. 05/11 – Escola Diaconal | Crisma na Paróquia Sagrada Família, em Lucélia. 06/11 – Crisma nas paróquias N. Sra. Aparecida, em Rinópolis, e São Pedro, em Tupã. 08/11 – Rede Kids – Salão Paroquial da Catedral. 09/11 – Reunião da Região Pastoral I na Paróquia Santo Antônio, em Marília. Aulas no Curso de Teologia para Leigos e Consagrados (CTLC) da Região Pastoral I. 10/11 – Reunião dos Bispos do Sub Regional e Formadores na Residência Episcopal. 11/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro, em Marília. 12/11 – Assembléia do núcleo da CRB no Lar Sto. Antônio, em Tupã | Crisma na Par. São Pedro, em Garça. 13/11 – Crisma na Par. N. Sra. Aparecida em Queiroz | Encontro Provincial de Surdos no Patronato - Marília. ENCERRAMENTO DO ANO DA MISERICÓRDIA, ÀS 17h NA CATEDRAL 14/11 – Crisma na Paróquia São João Batista, em Marília. 15/11 – Crisma na Matriz e na Comunidade Santa Edwiges, da Paróquia Santa Antonieta, em Marília 16/11 – Aulas no Curso de Teologia para Leigos e Consagrados (CTLC) da Região Pastoral I. 17/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. Aparecida, em Quintana. 18/11 – Crisma na Paróquia São Miguel, em Marília. 19/11 – Crisma na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Vera Cruz. 20/11 – Crisma nas paróquias São José, em Tupã, e Senhor Bom Jesus, em Arco-Íris. 22/11 – Reunião do Conselho de Formação. 23/11 – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral em Tupã | Aulas no CTLC da Região Pastoral I. 24/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. da Glória, em Marília. 25/11 – Crisma na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Marília. 26/11 – Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral | Crisma na Paróquia Sagrada Família, em Marília. 27/11 – Crisma nas paróquias N. Sra. do Rosário, em Pompéia, e N. Sra. de Fátima (Jóquei), em Marília. 29/11 – Reunião do Conselho de Presbíteros, em Adamantina. 30/11 – Crisma na Paróquia Maria Mãe da Igreja, em Marília.


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| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica

Espiritualidade

A celebração da morte do cristão

O olhar cristão da morte

PE. ANDERSON MESSINA PERINI

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m todas as religiões existe uma importância enorme para os ritos fúnebres, os quais se acredita que preparam o defunto para outra vida. Este germe de verdade presente nas culturas humanas é realidade também na fé católica. De fato, todos os sacramentos, principalmente os de iniciação cristã (Batismo, Crisma e Eucaristia) têm como objetivo final a Páscoa definitiva do cristão, ou seja, preparam cada crente para entrar na vida eterna. É o que professamos na fé: “espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir”. O dia da morte é, para o fiel, no término de sua caminhada sacramental, a plenitude da vida da graça recebida no Batismo, ainda que possa ingressar de algumas purificações para ingressar na plenitude do céu. O rito da celebração da morte do cristão se chama exéquias, do latim ex-sequi, exsequiae que quer dizer seguir, acompanhar, encaminhar. As exéquias são a série de ritos e orações com a qual a comunidade cristã acompanha seus defuntos e encomenda-os à bondade de Deus. As exéquias constituem um sacramental pelo qual a Igreja reza pelos seus fiéis na hora de sua morte a fim de entregá-los nas mãos do Pai. O fiel defunto é depositado no cemitério, que significa dormitório, com esperança de que o corpo, como uma semente, brote para a ressurreição na glória (Catecismo da Igreja Católica n.1683). O ritual de exéquias acompanha tanto o defunto quanto sua família. Cada etapa da dor (choque inicial, velório, fechamento do caixão, saída de casa, celebração e sepultamento) constitui uma etapa prevista pelo ritual. A comunidade cristã talvez não se expresse em cada um destes momentos, mas de alguma forma tudo se realiza. Nesta celebração, a Igreja não celebra a morte. Ao contrário, as exéquias expressam a fé na ressurreição. A Igreja quer expressar neste ritual a fé no mistério pascal de Jesus Cristo a fim de que todos os que, mediante o Batismo, passaram a formar um só corpo com Cristo morto e ressuscitado, passem também com Ele para a vida eterna com corpo e alma. Por isso, podemos falar que a morte é a Páscoa do cristão. O aspecto principal é celebrar o fato da morte, não por si mesmo, mas como acontecimento de salvação unida ao mistério da fé da morte e

ressurreição do Senhor. Existem alguns elementos que são previstos nas exéquias. Primeiro destacamos a Liturgia da Palavra, que atualmente propõe mais de 60 textos à escolha, que proclamam o mistério pascal de Jesus e garantem a esperança de uma vida nova no Reino de Deus, exortam à piedade para com os defuntos e a dar testemunho de vida cristã. O círio pascal ou as velas, que podem ser colocados em frente ao caixão ou ao lado, simbolizam a luz pascal que anuncia que a vida não terminou e iluminam os passos através da passagem da morte. A cruz, colocada próximo ao caixão, é sinal daquele que venceu a morte. A aspersão com a água benta recorda o batismo, com o qual honra o corpo do defunto, templo do Espírito Santo. A encomendação é a oração pela qual a Igreja intercede em favor do fiel defunto para que possa participar da comunhão da Igreja celeste. Esta oração, ao mesmo tempo, é um tributo da comunidade cristã, que faz uma saudação de despedida e apresenta o fiel defunto no momento de sua partida até a casa do Pai, onde todos nos encontraremos um dia. Por fim, é importante destacar a veneração que a Igreja tem ao corpo. A Igreja honra o corpo do defunto por razões de fé, pois o corpo do cristão é templo do Espírito Santo e está chamado à ressurreição gloriosa. Isso porque este corpo foi batizado, ungido pelo óleo santo, alimentado pela eucaristia, marcado com sinal de salvação, e, enfim, foi instrumento da eficácia dos sacramentos. Deste modo, o corpo tornado cadáver continua sendo objeto de cuidado da Igreja, porque a salvação não é só da alma, mas de corpo e alma.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

PE. FERNANDO C. ABÁRZUZA

A Morte e Ressurreição de Jesus afirmam uma Nova Vida As afirmações sobre a morte de Jesus representam o ponto central do acontecimento salvador do Novo Testamento. Também neste texto aparece em conexão com as afirmações sobre sua ressurreição e sobre a justificação ou a nova vida do homem e a mulher de fé cristã. Em Filipenses 2,7ss, São Paulo afirma que Jesus “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”. Esta morte aconteceu “por nós”, é em favor nosso. Sua morte vence a lei: “Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus” (Rm 7,4). Sua morte venceu nossa morte: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e sua graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; e que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (2Tm 1,9-10). Neste sentido, junto à confissão de fé na salvação presente aparece a salvação futura. “Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1Cor 15,22). João expressa a mesma fé sobre a repercussão da morte e ressurreição de Cristo na condição humana. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e

crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jn 5,24). A Morte não nos separa de Deus Em todo o pensamento cristão, existe o convencimento de que a morte não separa o cristão de Deus, mas que lhe conduz à comunhão com Cristo Jesus, que padeceu e morreu e, assim, leva todo fiel até a fonte e origem da vida. Neste sentido, São Paulo de tal maneira definiu a concepção cristã da morte, confessando que a fé não elimina a morte e a morte não elimina a vida. “Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos, de sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor” (Rm 14:7,8). De acordo com o Concílio Vaticano II, “na existência humana se faltam o fundamento divino e a esperança da vida eterna, a dignidade humana é gravemente lesada, como tantas vezes se verifica nos nossos dias, e os enigmas da vida e da morte, do pecado e da dor, ficam sem solução, o que frequentemente leva os homens ao desespero. Ante os enigmas de vida e morte, o homem permanece para si mesmo um problema insolúvel, apenas confusamente pressentido. Ninguém pode, na verdade, evitar inteiramente esta questão em certos momentos e sobretudo nos acontecimentos mais importantes da vida. Só Deus pode responder plenamente e com toda a certeza, Ele que chama o homem a uma reflexão mais profunda e a uma busca mais humilde” (GS 21). Pe. Fernando Canomanuel Abárzuza é sacerdote marianista (da Companhia de Maria) e reside em Marília


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| Vida Cristã |

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Teologia e Pastoral Caráter consultivo dos Conselhos e sua problemática

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Foto: Divulgação

PE. ADEMILSON LUIZ FERREIRA

ncentivados pelo Concílio Vaticano II e pelo processo de planejamento pastoral da Igreja no Brasil, os Conselhos diocesanos e paroquiais encontram no Código de Direito Canônico e no direito particular sua regulamentação. O Conselho Presbiteral constitui órgão obrigatório na Diocese. Os conselhos econômicos igualmente são de constituição obrigatória e os conselhos pastorais são facultativos. Acerca do Conselho Presbiteral, conforme recomendação da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em 1969, embora consultivo, seu voto deve ser acolhido. Segundo o Sínodo dos Bispos de 1971 e diversas exortações de Paulo VI, a cooperação entre presbíteros e bispos não pode ser configurada totalmente pela lei. Embora a decisão final compita ao bispo, faz-se necessário ouvir a opinião de todos para se chegar a um acordo acerca dos assuntos

Padres conciliares na Basílica de São Pedro, no Vaticano, durante seção do Concílio

tratados. Embora recomendável, o Conselho de Pastoral Diocesano, ainda figura no Direito Canônico (cân. 511-514) como facultativo e tem voto consultivo. Acontece o mesmo com o Conselho Paroquial de Pastoral. Os diversos Conselhos da Igreja nasceram ou desenvolveram-se a partir das orientações do Concílio Vaticano II. Brotam diretamente da teologia da comunhão e indiretamente da teologia da Colegialidade, tendo em vista que todos concorrem para o bom governo da Igreja. Dois limites encontram-se na le-

gislação canônica e requerem solução que ultrapasse o âmbito puramente “legal”: a constituição facultativa dos Conselhos Pastorais e o caráter consultivo de todos os conselhos. Quanto ao primeiro limite não se vê situação pastoral que “desaconselhe” a constituição do Conselho Pastoral Diocesano (cân. 511) ou que o Conselho Paroquial seja de alguma maneira “inoportuno” (cân. 536). Não se compreende que haja razões graves que justifiquem sua inexistência por longo período de tempo. Ainda que, canonicamente, sejam

consultivos, para expressar melhor a comunhão na Igreja, tais conselhos necessitam assumir um papel cada vez mais ativo. Neste sentido, a opinião do povo de Deus não seria reduzida a “mera consulta”, mas constituiria fator determinante na tomada de decisões. Apoiados mais nos textos conciliares que na legislação canônica, os leigos reclamam uma participação ativa na vida da Igreja, não se contentando em serem meros executores de decisões tomadas por outros. O Concílio desperta a consciência de sua missão e responsabilidade no mundo. O canonista Queiroga garante que “as categorias do direito, mesmo renovadas pela teologia pós-conciliar, serão sempre inadequadas para exprimir e vivenciar o mistério do ser e agir da Igreja”. Para ele, a corresponsabilidade supera a estreiteza do enquadramento em “deliberativo ou consultivo” e “[...] a comunhão transcende os limites da lei”. Pe. Ademilson Luiz Ferreira é coordenador diocesano de Pastoral

Comunhão dos Santos: vivos e mortos no misericordioso coração de Deus PE. MAURO S. POLLON

Dia 2 de novembro milhares de pessoas vão aos cemitérios para homenagear os seus entes queridos. É o chamado “Dia de Finados”. De fato, o cristianismo, desde os seus primórdios, sempre deu importância à memória dos cristãos falecidos, principalmente no contexto de perseguição, em que os mortos eram mais do que mortos; eram mártires. Honrá-los e seguir seu testemunho de vida cristã eram preceitos fundamentais na vida da Igreja nascente. No Credo Apostólico professamos que cremos na Comunhão dos Santos, o que podemos chamar de “Mística da Comunhão”, onde todos, pelo batismo, estamos unidos no amor de Cristo: os que peregri-

nam na terra, a chamada Igreja Peregrina; os que já passaram por esta vida e estão se purificando, a Igreja Padecente; e os que já gozam da glória celestial, a Igreja Triunfante. São três dimensões do único e santo Corpo Místico de Cristo. A Comunhão dos Santos expressa o amor que une a todos, vivos e mortos, numa intercessão contínua, No Brasil, há algum tempo, o Dia de Todos os Santos e o Dia dos Fiéis Defuntos eram celebrados seguidamente nos dias 1º e 2 de novembro, como se fossem duas partes de uma mesma celebração: a comunhão dos discípulos de Cristo – dia 1º – e a oração aos falecidos – dia 2, conforme o Missal Romano. A pedido da CNBB, com a aprovação da Santa Sé, a celebração de

Todos os Santos foi transferida para o domingo seguinte ao dia 1º de novembro, quando este não cair no domingo. O distanciamento desta festa e o Dia de Finados, teve como conseqüência o enfraquecimento do sentido catequético dessas duas importantes datas, ainda que não fosse essa a intenção, é claro. O resultado foi uma supervalorização pelos católicos em geral do dia de finados, e pouca adesão ao Dia de Todos os Santos. De qualquer forma, se a oração é um ato de amor, então por que não pedir: “Cristo Deus, Autor da Vida, receba em sua glória eterna nossos entes queridos. Amém!” Pe. Mauro Sérgio Pollon é padre diocesano de Marília e reside em Dracena

ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 15/11 – Pe. Claudinei de Almeida Lima – Quintana e Paulópolis. 19/11 – Pe. Wilson Luís Ramos – Dracena. 22/11 – Pe. Manoel Cirino de Souza – Flórida Paulista. 30/11 – Frei Cláudio Moraes Messias, OFMCap – Dracena.


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ERA UMA VEZ... Castigo atenuado “Ele estava ainda ao longe, quando seu pai o viu, correu e lançou-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos” (Lc 15,20) Era uma vez... Raul, que costumava derrubar o leite cada vez que mungia as vacas. Um dia o pai o advertiu: — Se voltas a derrubar o leite, vais dormir no palheiro. Mas o Raul, arteiro e distraído, numa tarde de ordenha, voltou a derrubar o leite. E desta vez, um balde inteirinho. O pai, irredutível, ditou-lhe a sentença. O Raul chorou, reclamou, mas apesar de a mãe interceder por ele, foi dormir nessa noite no palheiro. À noite, o pai entregou-lhe um cobertor, uma lanterna e um pedaço de pão. Raul, com uns olhinhos suplicantes, tentou demover o pai. Não serviu de nada. O indicador estendido do pai apontou-lhe a cama: o palheiro. Lá havia muitos ratos, cobras, muitos bichos. O Raul tinha medo. O pai quase se arrependeu da sentença. O pequenino afinal iria ficar sujeito a muitos perigos. Mas castigo, é castigo. Palavra de pai não volta atrás. O Raul tem que aprender a ser obediente, a ter cuidado. E lá foi o Raul, com o coração a bater acelerado, e de lágrimas nos olhos. Deitou-se receoso. Custou-lhe adormecer. Deu muitas voltas, espreitou

muitos fantasmas, ouviu muitos ruídos. Mas o sono foi mais forte. Raul dormiu mesmo no palheiro. O pai tinha sido muito severo. Só que, ao acordar no outro dia de madrugada, sentiu um corpo quente encostado ao seu. O pai estava dormindo ao seu lado. REFLEXÃO No dia em que pecares certamente morrerás — Deus pronunciou a sentença e cumpriu-a. Nós mesmos fomos dormir no palheiro. Mas Deus, pelo seu infinito amor paternal e infinita misericórdia providenciou o nosso livramento. Quando acordamos da nossa insensibilidade, fechamento e desobediência, damos conta que ele está dormindo ao nosso lado. Assim é nosso Deus Pai, assim são nossos pais. Os pais não querem corrigir seus filhos. Quando o fazem é por amor, é para o crescimento. Pense nisso.

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista

Diocese Paróquias da Diocese celebram a padroeira do país e abertura do Ano Mariano TIAGO BARBOSA Milhares de devotos participaram no dia 12 de outubro de celebrações em honra a Nossa Senhora da Conceição Aparecida em todas as comunidades paroquiais da Diocese de Marília. Na Catedral Basílica Menor de São Bento, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, a celebração deu início ao Ano Jubilar na Diocese de Marília. Intitulada como Ano Mariano pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a iniciativa acontece em virtude dos 300 anos da aparição da imagem no Rio Paraíba. “Maria assume sua missão de confiar o mundo a Jesus”, enfatizou o bispo diocesano ao explicar o trecho do Evangelho que relata as Bodas de Caná (cf. Jo 2,1-11). Dom Luiz ressaltou que a Padroeira do Brasil intercede por todos que recorrem a ela, mas disse também que o pedido dos fiéis à Virgem Maria deve ser traduzido na prática diária do bem. “Nossos pedidos precisam exprimir a vontade de colaborar na construção de um reino de paz e amor. Se pedimos bênçãos para a pátria brasileira e para as nossas famílias, devemos transformarnos em instrumentos daquilo que pedimos”, afirmou. REGIÕES PASTORAIS

Em Quintana, centenas de fiéis além de participarem da missa em louvor à padroeira da comunidade paroquial também encontraram uma oportunidade de fazer suas doações. Motivados pelo pároco, Pe. Claudinei de Almeida Lima, durante a novena preparatória e na missa que deu início ao Ano Mariano, os devotos contribuíram com alimentos não perecíveis que foram destinados às famílias carentes da cidade. “Pela situação econômica de nosso país foi uma forma que encontramos para ajudar as pessoas que sofrem”, comentou o pároco, ao dizer que 180 famílias foram beneficiadas e ainda há alimentos para montar mais 40 cestas básicas. Os fiéis de Rinópolis, cuja paróquia também leva o nome de Nossa Senhora Aparecida, homenagearam a padroeira com duas missas na matriz, uma missa no Recinto Poliesportivo e procissão. “Foi um dia especial, para nós uma tradição. Esperamos o ano inteiro para celebrar Nossa Senhora”, comentou a devota Rita de Cássia Amaral Pedro. O Pe. Ivã Luis de Oliveira Baisso, vigário paroquial em Nova Guataporanga, explicou que na comunidade aconteceu uma carreata que, com grande número de veículos, percorreu as principais ruas da cidade até chegar à igreja, onde os devotos participaram da missa. “Contamos com boa participação dos fiéis”, ressaltou. Fotos: Arquivo pessoal

Em sentido horário: comemorações em Marília, Quintana, Nova Guataporanga e Rinópolis


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Acólitos e Coroinhas passam pela Porta Santa

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Serviço de Animação Vocacional e a Pastoral Vocacional (SAV-PV) promoveram encontros para acólitos e coroinhas. Os eventos ocorreram nas Regiões I e II e somente na Região III o evento não será realizado. Segundo o assessor do SAV-PV, Pe. Luciano Pontes, o objetivo dos encontros foi despertar nos acólitos e coroinhas um gosto cada vez maior pelas coisas de Deus. “Quisemos promover uma cultura vocacional e fazer ressoar nos corações deles o chamado do Senhor para uma entrega a serviço do Reino de Deus”, afirmou. MARÍLIA Na Região I, o Encontro de Acólitos e Coroinhas ocorreu em Marília, no dia 16 de outubro. Mais de 300 acólitos e coroinhas estiveram presentes e por ser o Ano da Misericórdia, foi celebrado o Jubileu dos Acólitos e Coroinhas. A iniciativa começou na Catedral São Bento, com o rito da passagem pela Porta Santa e um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. Em seguida, os participantes fizeram uma caminhada até a Paróquia Santo Antônio, onde, segundo o Pe. Luciano Pontes, todos foram acolhidos com muito carinho. “Agradeço a todos os que colaboraram com a realização desse evento: aos assessores que acompanharam as crianças e adolescentes, aos seminaristas que no estágio pastoral se dedicam a esse trabalho e se fizeram presentes, às paróquias São Bento e Santo Antônio. Nosso muito obrigado”, disse o Pe. Luciano Pontes, que acompanhou os acólitos e coroinhas durante a celebração do Jubileu.

TUPÃ A Região Pastoral II promoveu seu encontro em Tupã, no Lar Santo Antônio, da Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena. Cerca de 500 crianças e adolescentes estiveram reunidas no dia 30 de outubro, no período da manhã, e também celebraram o seu Jubileu. A proposta foi refletir o tema “Sede misericordiosos como vosso Pai” (Lc 6, 36). Além da oração inicial, foi encenada uma peça teatral com o tema da parábola do Pai Misericordioso. “O intuito desse encontro é reunir os acólitos e coroinhas para um encontro de espiritualidade e motivar o ministério deles”, disse o Pe. Murilo Aparecido Dias, que acompanhou os participantes e é o assessor da Pastoral Vocacional na Região II. Após o teatro e a animação, as crianças e adolescentes foram em direção à Matriz de São Pedro Apóstolo. Na praça em frente à igreja, fizeram uma breve via sacra e depois passaram pela Porta da Misericórdia. O evento em Tupã foi encerrado com a Santa Missa. AVALIAÇÃO Dois acólitos que participaram do jubileu da Região I foram Wesley de Melo de Oliveira, de 17 anos, e Adrielly Villy Caetano Ferreira, de 18 anos. Eles são da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, de Marília, e consideraram muito significativo estar em comunhão com todos os acólitos da Região I. “Participar desse momento de misericórdia foi importante para a nossa fé”, afirmou Wesley. “Os momentos de adoração também foram muito bonitos”, considerou Adrielly. Foto: Nelson Cândido | Santa Rita

Pe. Luciano Pontes acompanhou acólitos e coroinhas da Região I, reunidos na Santo Antônio

Foto: Cléber Click

Foto: Jornal diocesano

Pe. Murilo fala às crianças da Região II, reunidos no Lar Santo Antônio

Pascom Comunicar Amor e Perdão PE. VALDEMAR CARDOSO

Comunicar-se com amor, mais do que falar sobre tudo, é ouvir o que a pessoa tem a dizer e, sobretudo, ouvi-la naquilo que está dizendo. Quando a pessoa expressa algo, naturalmente acaba se expressando através desse algo. Não basta acolher a mensagem. É preciso acolher o sujeito da mensagem na mensagem comunicada. Isso só é possível quando a comunicação vem temperada e animada pela energia do amor. O mesmo acontece com a arte de perdoar. Em geral, as pessoas entendem que perdoar é esquecer as ofensas recebidas, o que, em parte, é verdade. Mas, esquecer as ofensas é apenas esquecimento. Perdoar é estar ciente da ofensa e, mesmo sentindo a dor que ela provocou, continuar acolhendo a pessoa, fazendo assim como o Mestre fazia. Por amor, Ele era contra o pecado e a favor do pecador. Perdoar é continuar partilhando amor, apesar das ofensas e dos defeitos que a outra pessoa apresenta. É como transitar por caminhos que tem buracos. Sabe-se deles, não dá para negar, mas o que importa é

estar no caminho e caminhar. Perdoar é um dos modos mais profundos de se comunicar amor. Todo ser é um ser de amor. Ninguém sofre por falta de amor. Só por desamor. O desamor é o ser amor que se recusa a ser o que se é para praticar e ser o que não é. Nisso, a luz se apaga. E a paga, fere, machuca e dói. E mais. Toda a dor causada por um desamor é um convite grande para o ser voltar a ser o que é: amor. E aí, a pergunta é: O que você está sendo agora?

Pe. Valdemar Cardoso é membro da Pascom diocesana


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Destaque Jubileu reúne juventude nas Regiões Pastorais Mais de mil jovens se encontraram nas regiões pastorais para a celebração do DNJ (Dia Nacional da Juventude). Em sintonia com o Ano Extraordinário da Misericórdia, os eventos aconteceram no mês de outubro e contaram com peregrinações.

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proximadamente mil e trezentos jovens participaram no mês de outubro do Dia Nacional da Juventude (DNJ) que, em 2016, aconteceu nas regiões pastorais. Segundo o Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, assessor do Setor Juventude, os três eventos aconteceram em comunhão com o Ano Extraordinário da Misericórdia. “Nosso objetivo foi concentrar nossos jovens na reflexão do Ano Santo. Contamos com pregações, peregrinações, missas e muita música para que todos fossem conduzidos à experiência da misericórdia”, relatou. No dia 16 de outubro, o Jubileu da Juventude aconteceu nas regiões pastorais I e II. Pela manhã, 300 jovens da Região Pastoral II se reuniram em Tupã para a peregrinação à Porta da Misericórdia da Igreja São Pedro Apóstolo. “Foi muito bom estar entre amigos. Participar do DNJ é sentir a alegria que vem de Deus”, ressaltou Taisa dos Santos, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Rinópolis. Para ela, a pregação realizada pelo Pe. Adeflor Pereira Junior, bem como os sorrisos, as brincadeiras e os olhares revelaram a busca da santidade por parte dos jovens. No período da tarde, foi a juventude da Região

Pastoral I que se encontrou no Santuário Sagrado Coração de Jesus, em Vera Cruz, para o Jubileu. Cerca de 600 pessoas participaram da peregrinação que se encerrou com a celebração da missa presidida pelo pároco, Pe. Marcos Roberto Marques Ortega. O seminarista Raide Garcia Passone participou do encontro em Vera Cruz e disse que o DNJ ajudou os participantes a entenderem a dinâmica da misericórdia na vida cotidiana. “Os jovens foram chamados a anunciarem a misericórdia de Deus nos lugares onde se encontram, quer nas faculdades, quer em casa ou até mesmo na balada”, disse. Para os 400 jovens que participaram do Jubileu na Região Pastoral III, o evento aconteceu no dia 30 de outubro na cidade de Dracena. Após a concentração no cruzeiro da cidade, a juventude peregrinou até a Porta Santa da Igreja Nossa Senhora Aparecida. Utilizando-se do discurso do Papa Francisco na Jornada Mundial da Cracóvia, o assessor do Setor Juventude na Diocese incentivou os jovens a saírem do comodismo para abraçarem a evangelização: “Jovens, tenham diariamente a audácia de encontrar-se com Jesus e viver a experiência da Misericórdia. A partir deste encontro com

Foto: Kleber Alves

Jovens da Região III reunidos nas escadarias em Dracena

Nosso Senhor, sejam misericordiosos como o Pai”, concluiu. Após a Missa aconteceu um momento de louvor que contou com a pregação e testemunho de padres da região. Para a jovem Fabiana da Silva Santos, da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis, que participou da organização do Jubileu da Juventude na Região Pastoral III, o evento foi um marco para a Diocese, pois revelou o rosto dos jovens. “Quando a gente pensa que é bastante forte, que nada consegue nos emocionar o sufuciente para nos fazer perder o controle de nossas emoções, surge a inesperada surpresa! Além das expressões corporais e faciais que confirmaram o sucesso do DNJ, as palavras dos participantes constataram que a missão foi devidamente cumprida”, ressaltou. Para o sacerdote assessor do Setor Juventude, o Dia Nacional da Juventude nas Regiões Pastorais favoreceu a participação dos grupos e levou os jovens a constatarem que a misericórdia de Deus deve ser a condição fundamental do cristão.


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Dom Osvaldo completa 80 anos com missa solene Centenas de pessoas estiveram reunidas na matriz de Santo Antônio, em Marília, para a missa em ação de graças pelo jubileu de carvalho do bispo emérito de Marília. Dom Osvaldo recebeu várias homenagens, dentre elas o lançamento de uma edição especial do Informativo Diocesano NO MEIO DE NÓS.

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ito décadas de vida do bispo emérito de Marília. Esta foi a motivação de centenas de fiéis e dezenas de sacerdotes, religiosos e seminaristas para se reunirem na Matriz de Santo Antônio, em Marília, na noite de 24 de outubro. Dom Osvaldo Giuntini, o aniversariante, presidiu a missa em ação de graças, que também contou com a presença do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Segundo ele, a presença de Dom Osvaldo na Diocese de Marília é motivo de louvor, pois “a oração, o exemplo e o conselho de seu antecessor correspondem à sua vasta experiência apostólica”. A missa, que começou às 19h30, também contou com a presença de bispos do Estado de São Paulo e de familiares de Dom Osvaldo. Além das várias homenagens que recebeu, aconteceu o lançamento da edição especial do Informativo NO MEIO DE NÓS, que traz a história dessas oito décadas do terceiro bispo diocesano de Marília. A publicação dessa edição foi uma surpresa para o aniversariante, que ficou emocionado e se disse muito feliz. A tiragem dessa edição comemorativa foi de 15.000 exemplares, 2.500 a mais do que

Capa da edição especial do Informativo NO MEIO DE NÓS

a edição regular. O informativo especial foi distribuído na missa em ação de graças e também enviado às paróquias da Diocese de Marília e aos seus irmãos no episcopado, de dioceses do Estado de São Paulo. Em suas 16 páginas, o informativo traz textos sobre a infância e juventude do aniversariante, seu diaconato e presbiterado, sua atuação na Diocese de Jundiaí, sua vinda para Marília, sua relação com os sacerdotes, com o povo de Deus e com os Papas João Paulo II e Bento XVI. O bispo diocesano, Dom Luiz, foi convidado a dar sua palavra e lembrou do lema escolhido por Dom Osvaldo para seu episcopado: “Dou-vos minha vida”. “Realmente doaste a sua vida, no trabalho evangelizador e nos inúmeros serviços prestados à Igreja particular de Marília, ao longo de mais de 30 anos”, afirmou o bispo diocesano. “A fraternidade entre nós, bispo diocesano e bispo emérito, serve de edificação para o Povo de Deus e particularmente para o presbitério diocesano”, lembrou Dom Luiz. O jornal traz, ainda, uma entrevista com o bispo aniversariante, sem que ele soubesse que seria publicada em uma edição especial pelo seus 80 anos de vida. Por conta do jubileu de carvalho, diversas felicitações de bispos e sacerdotes foram publicadas nesta edição comemorativa. Ao final das homenagens e da missa em ação de graças, Dom Osvaldo agradeceu a presença de todos e as manifestações de carinho do clero e do povo. “Fico muito feliz por poder chegar a esta data e contar, nesta comemoração, com a presença de todas as comunidades por onde passei. Espero correspon-

der até o fim da vida à graça que o Senhor me dá”, disse. MAIS HOMENAGENS Durante seu governo como bispo diocesano, Dom Osvaldo muitas vezes foi chamado de “pai” e “pastor”. “Ele sempre foi um pai que ama seus filhos. Hoje, chamamos de avô pela idade e porque se torna pai duas vezes”, comentou o Pe. José Afonso Maniscalco, de Pauliceia. O sacerdote afirmou que Dom Osvaldo marcou a diocese pela simplicidade e humildade. “Sempre mais ouvindo do que falando. Fez nossa Igreja Particular mais participativa, valorizando os conselhos diocesanos, as regiões pastorais, os dons dos padres. Sempre nos atendia qualquer dia e hora que o procurássemos. Hoje, moro distante de Marília. Mas sempre que posso, faço-lhe uma visita”, afirmou. Pe. Danilo Nobre dos Santos, de Marília, foi o último sacerdote ordenado por Dom Osvaldo, antes da chegada de Dom Luiz à Diocese de Marília. “Para mim, foi uma grande honra, pois ele é modelo de pai e amigo. Alguém que sempre se empenhou em acompanhar de perto a vida da diocese, sobretudo a formação dos vocacionados à vida sacerdotal”, disse. Questionado sobre como descreve Dom Osvaldo, o sacerdote logo respondeu: “É uma pessoa humilde e terna, disposto em servir sempre e acolher com carinho a todos!”. “Desejo ao nosso bispo emérito muita saúde e a certeza de nosso amor e carinho por ele, nosso respeito e admiração por ter sido e por continuar sendo um pastor zeloso e entregue ao projeto do Pai nesta porção do povo de Deus, presente na Igreja particular de Marília”, concluiu o Pe. Danilo Nobre dos Santos.

Fotos: Érica Montilha | Pascom | Diocese de Marília


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Escola Diaconal faz encontro para candidatos e esposas Depois da experiência ocorrida há um ano, em que foi realizado um retiro com as esposas dos candidatos ao diaconato permanente, a Escola Diaconal São Lourenço realizou um novo encontro com os casais. Eles estiveram reunidos no dia 16 de outubro, em Adamantina, na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini. Com a participação de 54 casais, o encontro abordou a dimensão espiritual e teve como embasamento a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia, lançada pelo Papa Francisco em março e que fala sobre o amor na família. Para o assessor do encontro, Pe. Evandro César Batista Ribeiro, “um casal feliz testemunha a alegria do anúncio do Evangelho”. Segundo o sacerdote, o dia foi pensado para que as esposas dos

Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia norteou reflexões do encontro

candidatos pudessem refletir sobre o matrimônio e também o diaconato, juntamente com seus esposos. “Não há amor conjugal se os cônjuges não se abrem a Deus, ao respeito mútuo e ao serviço aos irmãos”, afirmou o Pe. Evandro ao falar para os esposos que um está unido ao outro para que sejam instrumentos de salvação. Uma das esposas comentou que

a Escola Diaconal tem ajudado na organização de sua vida conjugal. “Partilhamos juntos a partir de tudo o que ele aprende”, afirmou Kátia Francisca Costa Roma Martins, casada há seis anos com Robert Martins, de Marília, um dos candidatos ao diaconato permanente. “O encontro com as esposas enriquece muito a nossa formação, uma vez que elas também partici-

pam e nos apoiam nesta caminhada especial para melhor servirmos nossa Igreja”, disse Rogério Aparecido Rodrigues, de Sagres, casado há 13 anos com Cláudia Patrícia Rodrigues. Um momento de destaque do encontro em Adamantina foi a partilha feita entre as esposas. “Eles tiveram a preocupação de nos perguntar como estamos nos sentindo com o chamado que nossos esposos atenderam. Afinal, eles viajam uma vez por mês para participarem da Escola Diaconal. Cada uma partilhou suas experiências”, lembrou Maria Irene do Nascimento Paiva, de Garça, casada há 32 anos com Jair Paiva. Ela considerou o encontro uma experiência maravilhosa. “Com certeza, aprendemos muito umas com as outras”, complementou.

Marianinhos participam de encontro em Salmourão

Ano da Misericórdia se encerra com coleta para construção de asilo

A Federação Mariana realizou, em 16 de outubro, o 35º Encontro Diocesano de Marianinhos, com 77 marianinhos e 65 adultos. O evento ocorreu em Salmourão e começou com o café e a oração inicial. Os marianinhos assistiram à palestra “História de Maria”, apresentado por Ana Lúcia Tormena, de Osvaldo Cruz. Antes do almoço, o sacerdote passionista José Luiz Barbosa presidiu a missa e participou de um momento mariano, preparado pelas crianças de

Neste Ano Santo, o Papa Francisco pede que cada diocese escolha um “monumento da misericórdia” – um obra, um trabalho, um gesto concreto que marque o Ano da Misericórdia. “Que belo seria que como uma lembrança, digamos, um monumento deste Ano da Misericórdia, que existisse em cada diocese uma obra estrutural de misericórdia: um hospital, uma casa de repouso para idosos, para crianças abandonadas, uma escola onde não haja, um hospital, uma casa para recuperar toxicodependentes… Seria belo que cada diocese pensasse: o que posso deixar como lembrança viva, como obra de misericórdia viva, como chaga de Jesus vivo neste Ano da Misericórdia”, refletiu o Papa Francisco em abril deste ano. Na Diocese de Marília, o bispo Dom Luiz Antonio Cipolini propôs que o Lar dos Idosos de Irapuru fos-

Sagres. Na oportunidade, os marianinhos contaram a história de Nossa Senhora Aparecida e fizeram a oração do Ângelus. O almoço foi preparado pela Renovação Carismática Católica (RCC) de Salmourão e a animação do encontro ficou por conta do Ministério Jovem “Augusta Rainha”, da cidade. No período da tarde, houve sorteio de brindes, animação e a tradicional Gincana. O encerramento ocorreu às 15h, com a oração final e o Hino das Congregações Marianas. Fotos: Federação Mariana

Durante o encontro, marianinhos contaram a história de Nossa Senhora Aparecida

se escolhido como o “Monumento da Misericórdia”. Sendo assim, será realizada uma coleta no final de semana do encerramento do Ano Santo, nos dias 12 e 13 de novembro. A arrecadação será destinada para o Lar, que passa por uma situação delicada e, cujos os idosos estão prestes a serem despejados. “O Asilo São Vicente de Paulo foi leiloado, devido a dívidas trabalhistas, pelo Ministério Público. Atualmente, todos aguardam a construção de uma nova sede para abrigar os 20 idosos atendidos. Assim, a Paróquia de Santa Genoveva assumiu essa causa da construção do lar, com a formação de uma nova associação. Já foi doada uma área para construção, e com o apoio e a solidariedade de todos, em breve se dará o início dessa obra”, informou o pároco, Pe. Adriano dos Santos Andrade.


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Jovens participam com entusiasmo do Retiro Vocacional Diocesano O evento ocorreu na Casa Pastoral Diocesana, em Adamantina. Trinta jovens de diversas paróquias se reuniram para o encontro . O retiro contou com testemunhos vocacionais e ajudou os jovens a discernirem suas vocações. Muitos saíram de lá com uma certeza em seu coração: seguir a Deus.

“Um divisor de águas em minha vida”. Foi assim que o jovem Lucas Bernardo de Souza, de 15 anos, definiu a participação no Retiro Vocacional Diocesano. Realizado do dia 21 ao dia 23 de outubro, o evento reuniu cerca de 30 jovens, rapazes e moças, na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina. Além dos jovens, também participaram religiosas, religiosos, seminaristas e o assessor do Serviço de Animação Vocacional e da Pastoral Vocacional (SAV-PV), Pe. Luciano Pontes. Segundo o sacerdote, a participação foi boa no retiro deste ano. “Acredito que esse número maior de jovens se deva ao fato de nossos padres, religiosas e leigos que trabalham no serviço vocacional terem incentivado sua participação”, disse. Durante o retiro, os jovens ouviram vários testemunhos vocacionais, inclusive de um irmão da Congregação de Jesus Sacerdote, o Irmão Cláudio Roberto Picardi Júnior. O jovem de 27 anos disse que ficou feliz em ajudar. “É enriquecedor para nós, que já traçamos um caminho e estamos seguindo por ele. Ver também tantos

jovens que querem conhecer o projeto de Deus e realizar com coragem e confiança é uma graça de Deus, uma grande alegria”, disse o religioso. O Retiro Vocacional Diocesano trouxe luz para alguns desses jovens, que não tinham certeza de sua vocação. “Eu tinha dúvida, mas agora tenho certeza de que quero ser missionária e pregar a Palavra de Deus”, disse Beatriz dos Santos Silva, de 14 anos, da Paróquia Santo Antônio, de Adamantina. “Foi uma experiência gloriosa participar desse retiro. Deus me trouxe muitas luzes através dos testemunhos. E o que tem pesado mais para mim é a vida sacerdotal”, revelou Jean Pedro de Jesus Paula, 16 anos, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Queiroz. O jovem Lucas disse que participou do retiro a convite de seu pároco, Pe. Luiz Henrique de Araújo. “Foi uma experiência nova, de iluminar meus passos. Sempre fui da Igreja, sempre busquei a Deus. Pude sentir Sua presença. Deus quer algo especial para mim. Esse encontro foi um divisor de águas em minha vida. Sinto um chamado para o sacerdócio. E o próximo passo será continuar a vida

em oração”, disse o jovem da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Ouro Verde. Outro participante foi Gabriel de Souza Ferreira, 18 anos, do Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz. Ele comentou que o retiro foi uma luz em meio a tantas inseguranças e dúvidas. “Em princípio, não queria vir, mas quando cheguei eu me surpreendi. Quando achamos que Deus vai agir nas maiores coisas, ele age nas coisas mais simples, numa simples frase que uma pessoa nos diz. Esse retiro me fez pensar ainda mais sobre minha vocação, fez com que eu amadurecesse minha vocação”, disse. Ele também comentou que os jovens devem aprender a ouvir a vontade de Deus. “Aqui, Deus falou muito comigo. E se é isso que Deus quer para mim, eu também quero!”, garantiu Gabriel, que afirmou, entusiasmado, que se tivesse outro retiro no final de semana seguinte, participaria novamente. “Avalio esse retiro positivamente. Foi um grupo muito bom de participantes. Eles participaram de todos os momentos com intensidade”, concluiu o Pe. Luciano Pontes. Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Pastoral Carcerária realiza Assembleia Diocesana em Marília No dia 30 de outubro, a Pastoral Carcerária realizou sua Assembleia Diocesana. O evento reuniu 40 pessoas em Marília, na Paróquia Santa Antonieta. Os participantes estiveram reunidos das 8h às 13h30 com a missão de avaliar as atividades deste ano e programar o calendário do ano de 2017. Um dos objetivos do evento foi apontar o que houve de bom, o que precisa melhorar e também verificar as sugestões dos agentes de pastoral. Além disso, a assembleia deste ano também foi formativa. O Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, assessor diocesano da Pastoral Carcerária, conduziu esse momento e apresentou o material de formação que dispõe. “Existem muitos agentes novos e foi necessário retomar o princípio dessa pastoral nas cidades que têm unidades prisionais”, disse o sacerdote. Segundo ele, do ano passado para cá, cerca de 20 novos agentes de pastoral começaram a atuar. “Ao mesmo tempo tivemos algumas baixas”, lamentou. A Pastoral Carcerária tem grupos atuantes nas cidades de Garça, Marília, Osvaldo Cruz, Irapuru e Tupi Paulista. “Temos atualmente 84 agentes de pastoral”, informou o Pe. Valdo. Antes do encerramento, os participantes elegeram a nova coordenação. Maura Saldeira de Souza Machado, de Irapuru, conduzirá o grupo na Diocese de Marília por dois anos. A próxima assembleia diocesana ocorrerá em Flórida Paulista. Foto: Pe. Valdo Bartolomeu de Santana

Pe. Luciano Pontes, o assessor do SAV-PV, e os participantes do Retiro Vocacional Diocesano deste ano

Agentes avaliaram atividades deste ano


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Cursos de Teologia realizam estudos intensivos do segundo semestre Neste segundo semestre, os Cursos de Teologia para Leigos das três Regiões Pastorais realizam suas tradicionais Semanas Intensivas de Estudos, que reúnem não somente os alunos regulares do curso mas também outros leigos. A Região II apresentou para seus leigos o tema Moral Católica e quem abordou o assunto foi o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. O evento ocorreu no início de outubro, do dia 3 ao dia 5 e reuniu em Parapuã as turmas de leigos de Adamantina e de Tupã. Segundo os organizadores, a Semana Intensiva reuniu 140 alunos do curso, além de alguns alunos da Escola Diaconal São Lourenço. Na Região I, a temática de estudo foi Bioética, e o assessor convidado foi o Pe. Carlos Roberto dos Santos, de Tupã. Ele abordou o tema para 70 alunos regulares e para outros 22 leigos que fizeram inscrição. Alguns alunos da Escola Diaconal também participaram da Semana. Os fiéis estiveram reunidos no Itra (Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos), do dia 24 ao dia 28 de outubro. Na Região Pastoral III, os estudos intensivos ocorrerão nos dias 7 e 8 de novembro, no salão paroquial do Santuário Nossa Senhora de Fátima. Os alunos e demais fiéis estarão reunidos das 20h às 22h e serão assessoradas pelo Pe. Carlos, que, a exemplo da Região I, abordará o tema Bioética. “Falaremos sobre defesa da vida; reprodução humana assistida em todas as suas variantes; paternidade e maternidade responsável ligada aos métodos contraceptivos; aborto; a morte e o morrer; e a ideologia de gênero. Apresentaremos fatos científicos e também a posição da Igreja Católica”, informou o sacerdote.

Fotos: Milton Ura | No Click com o Senhor e Odilei Bado | Arquidiocese de Botucatu

Dom Luiz com turma do Curso de Teologia de Adamantina

Turma de leigos de Tupã reunida com bispo diocesano

Em Marília, leigos se reuniram no Itra e refletiram a Bioética

Paróquia celebra 4 anos das Santas Missões Em 23 de outubro, Dia Mundial das Missões, a Paróquia Santa Antonieta, de Marília, celebrou os quatro anos das Santas Missões Populares, que foram iniciadas em 2013. As cinco comunidades pertencentes à paróquia reviveram, nas missas daquele final de semana, a caminhada desse período de Santas Missões Populares. Em cada uma há setores missionários atuantes, com fiéis que se reúnem semanalmente para partilha da Palavra de Deus e oração do terço. A cada semana, um mistério do rosário — Gloriosos, Gozosos, Dolorosos e Luminosos — é contemplado, conforme o devocionário elaborado pelo pároco, Pe. Anderson Messina Perini. Atualmente, o território paroquial compreende 50 pequenos setores missionários. No dia 27 de outubro, ainda dentro do clima das festividades da Semana Missionária, foi realizado o terço luminoso, realizado na matriz às 20h, com a presença dos agentes de pastoral que levaram as capelinhas dos padroeiros dos setores. O grupo de jovens realizou a encenação dos mistérios do terço meditados. Houve também a presença do Terço dos Homens e do Terço das Mães.

FIQUE DE OLHO ERRAMOS Na edição passada, o NO MEIO DE NÓS cometeu um engano ao publicar a função do Monsenhor Nivaldo Resstel, autor do artigo “Outubro: mês das Missões”, na página 4. Atualmente, o sacerdote reside em Marília e não é mais administrador paroquial em Monte Castelo, conforme foi publicado. IAM Com o tema da Campanha Missionária deste ano, “Cuidar da Casa

Comum é nossa missão”, e com o lema “Deus viu que tudo era bom”, em sintonia com o tema da Campanha da Fraternidade 2016, a Infância e Adolescência Missionária (IAM) celebrou o mês missionário. “Pudemos refletir em nossos grupos o cuidado que devemos ter com o nosso ambiente, sendo esta a missão de todos. Também pudemos reforçar o que trabalhamos em nosso encontro diocesano, onde a temática foi a mesma da CF 2016”, disse a coordenadora da IAM, Irmã Maria Apparecida Dias.

“A missão é algo envolvente, que cativa, impulsiona, nos faz ser anunciadores da Boa Nova de Jesus. Mostramos às crianças e aos adolescentes que são agentes importantíssimos de evangelização e muitas vezes evangelizam pai, mãe, irmãos e amigos”, comentou Rodinei Andrade, membro diocesano da IAM. Uma das paróquias que têm a IAM, a Paróquia Santa Antonieta, de Marília, realizou uma Gincana Missionária no dia 22 de outubro, para as crianças e adolescentes e a turma de iniciação da Catequese.

“Foi um momento rico e importantíssimo, pois celebramos o Dia Mundial das Missões e também os quatro anos de Santas Missões Populares na paróquia. Rezamos, brincamos e nos divertimos muito, reforçando o espírito missionário para nossas crianças e adolescentes, que é de ser cristão alegre, servindo nosso mestre e Rei Jesus Cristo e anunciando a todos Sua palavra”, informou Rodinei Andrade, que também é o coordenador da IAM na Paróquia Santa Antonieta.


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Atualidade Assembleia das Igrejas reflete Amoris Laetitia

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ispos, sacerdotes, religiosos e leigos do Estado de São Paulo estiveram reunidos em Itaici para a 38ª Assembleia das Igrejas Particulares. De 14 a 16 de outubro, mais de 250 pessoas participaram do evento e refletiram o tema central, que foi “Nova Pastoral Familiar à luz da Exortação Apostólica Pós-sinodal Amoris Laetitia”. Como ocorre todos os anos, o tema da Assembleia das Igrejas é escolhido alguns meses antes pelos próprios bispos do Estado durante a Assembleia Regional, realizada em Aparecida. As reflexões foram conduzidas, no primeiro dia, pelo presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom João Bosco Barbosa de Souza. No segundo dia, o casal Pedro e Ketty de Rezende, da Arquidiocese de Campinas, contaram sobre a experiência vivida durante o Sínodo, realizado no Vaticano, em outubro de 2015. Eles foram auditores no Sínodo dos Bispos e auxiliaram os participantes a refletir sobre a importância de evangeli-

Foto: Arquivo pessoal

Pe. Carlos Roberto, Aparecida, Marcio, Jaime e Pe. Ademilson estiveram em Itaici

zar as famílias para que sejam evangelizadoras. A Assembleia também teve um momento de reflexão em grupos e apresentação de propostas e questionamentos em plenário. Segundo os organizadores, os frutos dessa Assembleia das Igrejas deverão ser apresentados, futuramente, e serão preparados por Dom João Bosco, que enviará aos participantes um texto pastoral com o amadurecimento das reflexões

realizadas. Antes da Assembleia, já havia sido encaminhado aos participantes um texto preparatório. PARTICIPAÇÃO DA DIOCESE A Diocese de Marília esteve representada no evento. Neste ano, os participantes foram o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, e três leigos: Jaime Luiz Piassa, da Pastoral Familiar, e o casal Marcio

José Yoshimura e Aparecida Antônio Yoshimura, do Movimento Encontro de Casais com Cristo (ECC). Além deles, o Pe. Carlos Roberto dos Santos, que atua em Tupã, também esteve presente, como secretário da Província de Botucatu. “A Assembleia foi um momento muito rico para as Dioceses do Estado de São Paulo e, particularmente, para nossa diocese, que também esteve representada. Como resultado final, nós nos conscientizamos ainda mais acerca da necessidade de uma ‘nova evangelização das famílias’ à luz da Amoris Laetitia. Não se trata de trabalhar apenas com a Pastoral Familiar – muito importante em nossa Igreja – mas fazer da família uma preocupação ‘transversal’ em nossa evangelização. Toda a nossa ação evangelizadora deverá levar em conta a realidade apresentada pela Amoris Laetitia, que ilumina nossa caminhada. Como compromissos desta assembleia, nossa Diocese quer tornar a Amoris Laetitia ainda mais conhecida e deseja pensar nesta ‘nova evangelização da famílias’”, disse o Pe. Ademilson.

Dom Sergio da Rocha é nomeado cardeal

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o segundo domingo de outubro, dia 9, o Papa Francisco anunciou a nomeação de 17 novos cardeais, de 11 países. Dentre eles, um brasileiro: Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília e atual presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O consistório para a criação dos novos cardeais está marcado para 20 de novembro, no Vaticano. O evento ocorrerá em consonância com a conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, que começou em dezembro de 2015 e irá até novembro deste ano. O Santo Padre fechará a Porta Santa da Misericórdia naquele dia, em Roma. A solenidade terá a presença dos novos cardeais, do Colégio Cardinalício, de arcebispos, bispos e presbíteros. Na Diocese de Marília, o encerramento do Ano Santo ocorrerá no dia 13 de novembro.

NOVOS CARDEAIS Os 17 novos cardeais são de 11 países e uma curiosidade é que 13 deles têm menos de 80 anos de idade, ou seja, têm direito a voto em um futuro conclave que terá a finalidade de escolher um novo Papa. PRESIDENTE DA CNBB Dom Sergio da Rocha é natural de Matão (SP) e nasceu em 21 de outubro de 1959. Sua ordenação sacerdotal ocorreu na cidade natal em 14 de dezembro de 1984. Dom Sergio estudou Filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos, Teologia no Instituto Teológico de Campinas, concluiu mestrado em Teologia Moral na Faculdade Teológica Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e fez doutorado na mesma disciplina na Academia Alfonsiana de Roma. No dia 13 de junho de 2001, foi elei-

to bispo auxiliar de Fortaleza (CE), pelo Papa João Paulo II, aos 41 anos de idade. Em 11 de agosto daquele ano, recebeu a ordenação episcopal. Em 31 de janeiro de 2007, foi nomeado bispo coadjutor de Teresina (PI) e se tornou arcebispo em 3 de setembro de 2008. Foi nomeado arcebispo de Brasília em 15 de junho de 2011 pelo então Papa Bento XVI e, desde abril do ano passado, preside a CNBB. SINAL DE MISERICÓRDIA Para o novo cardeal, a nomeação foi uma surpresa. “Foi um sinal da misericórdia de Deus, mas também daquilo que deve ser a vida de quem se coloca a serviço da Igreja, seja como bispo, no dia a dia, seja como cardeal. Isto é, no meio do nosso povo, como o Papa Francisco tanto tem insistido”, disse Dom Sergio da Rocha.

Foto: CNBB

Dom Sergio é o atual presidente da CNBB


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NO MEIO DE NÓS

Novembro de 2016

Região I Oriente celebra padroeira com inauguração da igreja matriz

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Dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em 12 de outubro, foi uma data especial, sobretudo para os fiéis da cidade de Oriente. Lá, mais de mil pessoas estiveram reunidas para a cerimônia solene em homenagem à padroeira e também para a inauguração da reforma e ampliação da igreja matriz de Nossa Senhora Aparecida. Quem presidiu a celebração foi o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Ele ungiu o altar e as cruzes do templo, acendeu as luzes e abençoou o novo sacrário. O pároco, Pe. Sidnei de Paula Santos, concelebrou a missa e lembrou que a obra, que recebeu formato de cruz, foi fruto do empenho dos fiéis da comunidade, que abraçaram o projeto, desde o ano de 2013. O empenho da comunidade foi ressaltado pelo bispo, que também destacou a

preocupação da equipe paroquial em ampliar o espaço, mantendo os traços históricos do templo. Além da igreja, a reforma também incluiu a revitalização da praça da igreja. A inauguração ocorreu em um momento importante para a comunidade católica de todo o país. Na mesma data, foi aberto o Ano Mariano, por ocasião dos 300 anos da aparição, no Rio Paraíba, da imagem daquela que se tornou a padroeira do Brasil. Em sua homilia, Dom Luiz lembrou que toda a vida de Nossa Senhora foi um culto oferecido a Deus e, por isso, ela é um autêntico exemplo. “Temos na Virgem Maria um modelo para todos os cristãos”, concluiu. Para o Pe. Sidnei, o sentimento é de eterna gratidão ao povo de Oriente, “que colaborou com espírito de total doação e generosidade. Uma vitória de todos”.

Fotos: Erica Montilha | Pascom | Diocese de Marília

A inauguração da reforma de ampliação ocorreu no dia da padroeira, N. Sra. Aparecida

Região II Café da Manhã marca comemoração do padroeiro de Sagres Fotos: Paróquia São Benedito

Dia começou com o café da manhã e em seguida os fiéis participaram da celebração

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Paróquia São Benedito, de Sagres, esteve em festa no mês de outubro. No dia 5 foi comemorado o padroeiro e, para festejar a data, foi realizado o Café da Manhã com São Benedito. A iniciativa começou em 2015 e neste ano reuniu mais pessoas. A organização foi do Grupo dos Marianinhos Nossa Senhora Aparecida, coordenados por Andréia Albino e Doralice dos Santos. Além do café e do leite, os fiéis também puderam beber chá e sucos e comer pão de queijo, pão francês, cachorro quente, biscoitos e frutas. Após o café da manhã, foi celebrada a Santa Missa, presidida pelo Pe. Joaquim Carlos Lopes Bogalhos. Um bolo de aniversário, doado por Iraci Fávaro dos Santos, foi servido à comunidade depois da celebração. A comemoração do dia do padroeiro contou com

doações feitas pelo comércio e também pela comunidade. E a preparação do café da manhã contou com o apoio da cozinha piloto da Escola Municipal. O PADROEIRO São Benedito Manasceri, que por sua cor ficou conhecido como santo mouro, nasceu em 31 de março de 1524, na ilha da Sicília, na Itália. Ele foi filho de escravos trazidos da Etiópia (África) e nasceu com a promessa de ser livre da escravidão, o que de fato aconteceu. O dia dedicado ao santo é 5 de outubro e a igreja de Sagres o tem como padroeiro por esta ter sido a primeira imagem doada para a então capela. A doação foi feita pelo fiel Benedito Albino e a imagem veio do Santuário Nacional de Aparecida. A capela tornou-se paróquia em 16 de janeiro de 1960 e manteve a dedicação a São Benedito.


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Região III SIM prepara Congresso para celebrar 20 anos de evangelização

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o final de novembro, dias 26 e 27, a Sociedade Irmãos da Misericórdia realizará o “Congresso 20 anos dizendo SIM a Deus”, em comemoração às duas décadas de missão e evangelização desse movimento, que está sediada na cidade de Dracena. O evento terá momentos de louvor, oração e pregação e será realizado no Centro de Evangelização Mãe da Divina Misericórdia. Os fiéis terão a presença do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, da Arquidiocese de Cuiabá (MT). Ele é autor de diversos livros e apresenta, semanalmente, o programa “Oitavo Dia”, na Rede Canção Nova de Televisão. O evento também terá a participação do pregador e músico Juninho Cassimiro, atual coordenador nacional do Ministério de Música e Artes da Renovação Carismática Católica (RCC). O músico é autor e intérprete de várias canções católicas. No segundo dia do encontro, haverá a consagração à Santíssima Virgem pelo método de São Luís Maria Grig-

nion de Montfort. Os fiéis terão a oportunidade de se consagrarem ou renovar seus votos de consagração a Nossa Senhora. As inscrições para o Congresso poderão ser feitas juntamente com a SIM até o dia 11 de novembro e mais informações poderão ser obtidas pelo fone (18) 3821-4477 ou pelo email eventos@redesim.com.br. RETIRO A Sociedade Irmãos da Misericórdia promove, com frequência, eventos para os fiéis da Renovação Carismática. E, no último final de semana de outubro, nos dias 29 e 30, cerca de 330 pessoas participaram do Retiro Despertar do Carisma, do Enchei-vos. Realizado em Dracena, no Centro de Evangelização da SIM, o evento teve como pregadores Juliano Bertolini, Valter Franhan e Syrlanie Marcolino, todos da cidade. O evento também contou com a participação do Pe. José Ribeiro da Silva, pároco da Paróquia São Francisco de Assis. Fotos: Sociedade Irmãos da Misericórdia

Retiro reuniu 330 fiéis e teve presença do Pe. José Ribeiro (esq.) e o pregador Valter (dir.)

Tupi Paulista: missa homenageia professores pelo seu dia No dia 23 de outubro, os professores tupienses participaram de missa festiva, na Matriz de Tupi Paulista, em homenagem ao seu dia, comemorado em 15 de outubro. A celebração foi presidida pelo pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória, Pe. Valdo Bartolomeu de Santana. Durante a missa, o professor David de Freitas deixou a mensagem homenageando os professores atuantes, apo-

sentados e também os falecidos. Antes do encerramento da cerimônia, todos os professores presentes foram agraciados com uma rosa, entregue em nome da comunidade católica da cidade. Segundo a paróquia, o mimo foi entregue numa forma carinhosa de ressaltar e agradecer os homenageados pela importância da educação e dos educadores na comunidade e na vida de cada um.

Junqueiropolense é ordenado diácono em São Paulo No dia 1º de outubro, Dia de Santa Terezinha do Menino Jesus, ocorreu a ordenação diaconal de Dom Rafael Arcanjo dos Santos, beneditino, que é natural da cidade de Junqueirópolis, que fica na Região III da Diocese de Marília. A cerimônia foi celebrada no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, e teve como bispo ordenante o cardeal da Arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer. Dom Rafael é filho de José Arcanjo dos Santos e Enedina Ferreira dos Santos. Ele residiu em Junqueirópolis até 1986 e, alguns de familiares ainda residem na comunidade. O novo diácono é monge no mosteiro de São Bento desde 2003. No ano de 2010, foi enviado aos Estados Unidos onde, na Pensilvânia, realizou os estudos teológicos. Seu retorno ao

Brasil ocorreu em julho de 2016. “Rezemos por Dom Rafael para que Deus o conserve no seu santo serviço”, comentou o Pe. Ângelo José Biffi, pároco da Paróquia Santo Antônio. Fotos: Aquivo pessoal

Dom Rafael é monge e foi ordenado no Mosteiro de São Bento, em São Paulo


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Novembro de 2016

Encontro refletiu a missão dos secretários Fotos: Cléber Click | Pascom São José Operário

Jubileu dos Secretários e Secretárias reuniu aproximadamente 130 pessoas em Tupã

O Encontro Diocesano de Secretários e Secretárias deste ano teve o caráter de “Jubileu dos Secretários”. O evento ocorreu no dia 30 de setembro e reuniu cerca de 130 pessoas. Um dos momentos de reflexão ficou por conta da leiga consagrada Lucilene Livino de Melo, secretária paroquial de Pacaembu. Acompanhe, a seguir, algumas ideias apresentadas por ela: “Nossas secretarias paroquiais devem ser uma ‘porta de misericórdia’, que acolhem pessoas de todos os tipos. Nesta acolhida, cada pessoa se sente única e importante. O trabalho dos secretários e secretárias paroquiais é marcado pela hospitalidade e pelo acolhimento. Torna-se urgente saber atender, ouvir, responder e orientar. Trata-se da arte de escutar atentamente cada pessoa, discernindo o que deve ser encaminhado e esclarecendo várias dúvidas.

Secretários e secretárias são homens e mulheres de Deus. Não apenas funcionários, mas evangelizadores. Mais que um simples trabalho, eles realizam uma missão pastoral, especialmente com os afastados da Igreja, que podem encontrar na secretaria paroquial uma porta de entrada para a Comunidade. Por isso, devem ser pessoas de oração e de vida comunitária. Normalmente têm o privilégio de contar com a igreja ao seu lado, permitindo um acesso ao Santíssimo Sacramento. A missão dos secretários consiste em ser ‘ponte’ entre a pessoa que procura atendimento e a comunidade de fé e o padre. A secretária paroquial é como um ‘cartão de visita’ da comunidade. Para muitos, consiste num lugar do primeiro contato com a Igreja e porta de acesso aos sacramentos e à vida pastoral”.


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