Jornal No Meio de Nós - Edição 209 - Janeiro de 2016

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17 anos

ANO XVIII - Nº 209 - JANEIRO/2016

Dom Luiz abre a Porta da Misericórdia Érica Montilha / Pascom / Diocese de Marília

Mensagem de Ano Novo ao clero e a todo povo de Deus, da Diocese de Marília Prezados Irmãos e Irmãs, iluminados pela misericórdia de Deus, manifestada em Jesus Cristo, seu Filho amado e nosso Irmão, acolhemos o ano de 2016 com alegria, confiança e simplicidade de coração. Que neste próximo ano, possamos caminhar juntos e evangelizar! Conto com vossas orações e amizade em Cristo. + Dom Luiz Antonio Cipolini

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Ano Extraordinário da Misericórdia foi aberto oficialmente em Roma no dia 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição. E na Diocese de Marília, a abertura ocorreu no dia 13, na Catedral Basílica de São Bento, com a abertura da Porta Santa da Misericórdia. Dom Luiz também abriu a Porta Santa nas igrejas de Vera Cruz, Tupã e Dracena. "Nesse ano, concede-se o perdão geral, indulgências e se faz um grande apelo à conversão, a aprofundar a relação com Deus e com o próximo. Por isso, cada Ano Santo é uma oportunidade para alimentar a fé e renovar o compromisso de ser discípulo missionário de Jesus Cristo", disse Dom Luiz. Páginas 15 e 16


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Palavra

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do bispo

Misericórdia e conversão Dom Luiz Antonio Cipolini

Maria, Mãe de Deus

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atentos, porque é o próprio Jesus quem está cuidando de nós. O testemunho de conversão vai nos conduzir à busca da santidade, que é o desejo de Jesus para cada cristão e para toda a sua Igreja. Esta busca da santidade é que vai fazer com que cresçamos. Ela é para nós, cristãos, um compromisso diário. Vamos atingir a santidade se realmente passarmos pelo processo de conversão, que também é cotidiano. A busca da santidade exige de nós a vivência do amor. Eis o fruto que Deus espera de nós. O fruto que nós cristãos, devemos produzir, na sua vinha, é a vivência do amor. Que o Senhor nos ajude a viver no dia a dia o testemunho da conversão, a busca da santidade, a vivência do amor. Guiados por Maria, a Mãe de Misericórdia, tenhamos a disposição de sempre escutá-la dizendo a nós: "Fazei tudo o que Ele vos disser" (Jo 2,5). Que Deus nos conceda a graça e a esperança de continuarmos construindo o seu Reino na história de nossa Diocese, que, em última análise, é a história de nossa salvação. Feliz e Santo 2016!

título de Maria "Mãe de Deus" é celebrado dia 1º de janeiro, durante o tempo do Natal em que se celebra o nascimento de Jesus, para não se esquecer da divina maternidade de Maria. Este título é recordado em toda Igreja e celebrado em datas diferentes em outros ritos: no rito bizantino e siríaco, no dia 26 de dezembro; no rito copta, no dia 16 de janeiro. O título de "Mãe de Deus" é recordado todos os dias pela Igreja nas orações eucarísticas e, sobretudo, nas festas natalinas. O dia 1º de janeiro é uma das festas marianas mais antigas do rito romano, fixada no século VI, como Oitava de Natal. Com a reforma do Concílio Vaticano II, a festa da Maternidade Divina da bem-aventurada Virgem Maria é colocada neste dia. Antes esta festa fora fixada no dia 11 de outubro pelo Papa Pio XI por ocasião do XV centenário do Concílio de Éfeso. A maternidade divina de Maria foi proclamado no Concílio de Éfeso (ano 431) contra a heresia do bispo Nestório de Constantinopla. O Concílio de Éfeso proclamou o primeiro dogma mariano, conhecido em grego como Theotókos ou em latim Deipara, que significa que Maria é a Mãe de Deus. Nestório, ao contrário, professava a existência de duas pessoas em Cristo – uma humana e outra divina – e que Maria seria mãe da pessoa humana de Jesus, ou seja, aceitava o anthropotókos ("a mãe do homem") ou como preferia Nestório o Christotókos (Maria, mãe de Cristo). O bispo negava, assim, a fé mais comum e aceita depois pelo concílio, na única pessoa de Cristo subsiste duas naturezas: a humana e a divina.

Cúria diocesana: Avenida Nelson Spielmann, 521 Marília/SP - CEP 17500-970 Fone/fax: (14) 3401-2360 e-mail: curia@diocesedemarilia.org.br Centro Diocesano de Pastoral: Rua José Bonifácio, 380 Marília/SP - CEP 17509-004

Professar a fé na maternidade divina de Maria não é aceitar que em Maria gerou a divindade. O divino não tem princípio e nem fim. Professar esta verdade de fé é aceitar a maravilha que realizou em Maria: Deus se fez homem em seu seio materno. Professar a maternidade divina é, pois, professar a divindade e humanidade de Jesus Cristo, na sua única pessoa, que é divina. Por conseguinte, Jesus é divino desde toda eternidade, gerado do Pai antes de todos os séculos; mas na plenitude dos tempos se fez homem, nascido de uma mulher, nascido sujeito à lei (Gl 4,4-5), a fim de redimir os homens e conceder a filiação adotiva. Portanto, celebrar a solenidade de Maria, Mãe de Deus, é celebrar o mistério de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Neste sentido, a maternidade divina é o meio pelo qual Deus em Jesus Cristo escolheu Maria como instrumento humano para realizar a salvação da humanidade. Maria foi o meio pelo qual o Verbo divino se fez carne e cumpre a salvação da humanidade inteira. Assim, Maria se associa intrinsecamente à missão redentora de Jesus. De outro modo, podemos destacar que este dogma mariano tem dois polos fundamentais: de um lado, destaca a condição humana de Jesus que se sujeitou para nossa salvação, ele sendo Deus em sua origem. De outro, a grande dignidade de Maria, a mais humilde e serva das criaturas foi elevada à alta consideração de ser a Mãe de Deus. Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica.

Editora-responsável: Márcia Welter (MTb Tiragem nº35.160-DRT-SP). 11.500 exemplares. Redação e Editoração: Márcia Welter. Revisão: Pe. Ademilson Luiz Ferreira. Autorização Permite-se a reprodução de matérias Horários de atendimento: VERSÃO ELETRÔNICA desta edição, desde que sejam men­ Segunda a sexta-feira das 8h às 17h. cionadas as fontes. Está disponível no site da diocese: www. diocesedemarilia.org.br Produção Editorial Envie notícias de sua paróMW Editora quia, pastoral ou movimento Rua Barão do Rio Branco, 234 - sobreloja Impressão para o jornal diocesano (jornalJornal da Cidade de Bauru Ltda Garça (SP) - CEP 17.400-000 nomeiodenos@yahoo.com.br) e Rua Xingu 4-44 - Higienópolis Fone/Fax: (14) 99195-5452 para o site da diocese (pascom. e-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com. Bauru (SP) - CEP 17013-510 marilia@gmail.com). Fone: (14) 3223-2844 br Fone/fax: (14) 3413-3124 e-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br Website: www.diocesedemarilia.org.br

EXPEDIENTE Bispo diocesano: Dom Luiz Antonio Cipolini Bispo emérito: Dom Osvaldo Giuntini Vigário Geral: Cônego João Carlos Batista Coordenador diocesano de Pastoral: Pe. Ademilson Luiz Ferreira

litúrgica

Pe. Anderson Messina Perini

I

niciamos um novo ano! O Ano Santo da Misericórdia! A passagem de ano é uma boa ocasião para revermos nossa vivência cristã. Nossa sociedade está saturada de discursos bonitos, mas que, na realidade, caem no vazio da falta de compromisso. Em nossos dias, faz-se necessário um testemunho marcado pela fidelidade à missão, pela solidez na fé. Certa vez, Jesus foi interpelado a respeito de um acontecimento trágico, mas sua preocupação já não estava com aqueles que haviam morrido, mas sim com aqueles que estavam ali, ao seu redor (cf. Lc 13,1-9). E Jesus disse: "Se vocês não se converterem, vão morrer todos do mesmo modo" (Lc 13, 5). Ele conta uma parábola, fala do dono de uma vinha que foi muito bem cuidada; dentro dela havia uma outra árvore, uma figueira, que também estava recebendo todo cuidado daquela vinha, porém não produzia frutos. O dono da vinha é Deus, o agricultor da vinha, aquele que está cuidando dela, é Jesus. E essa é sua preocupação: aquela figueira que lá está, que somos nós, que muitas vezes damos muitas folhagens, mas não produzimos frutos. Estamos bebendo, usufruindo das graças de Deus, dos seus benefícios, mas não damos frutos no tempo oportuno. Acredito que o fruto que Jesus pede para nós, neste ano da misericórdia, é o testemunho da conversão. A conversão que significa mudança de mentalidade, mudança de atitude, para que realmente nesta vinha onde estamos plantados, que é o povo de Deus, os nossos frutos sejam colhidos. O testemunho de conversão é uma exigência cotidiana, precisamos estar

Assessoria


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Apresentação,

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eleição e indicação

Conheça nova composição do Conselho de Presbíteros

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a última Reunião Geral do Clero do ano de 2015, realizada em 15 de dezembro, houve a apresentação dos novos vigários episcopais das três Regiões Pastorais da Diocese de Marília. Os sacerdotes também estiveram reunidos, na Casa Pastoral Diocesana, em Adamantina, com o objetivo de eleger os novos membros do Conselho de Presbíteros. A assembleia foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, que apresentou os novos vigários, escolhidos a partir de uma consulta feita a cada Região Pastoral. A partir de agora, a Região Pastoral I terá à frente o Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá, pároco da Paróquia Santa Rita, de Marília. Na Região II o novo vigário é o Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, pároco da Paróquia São José, de Tupã. E o administrador da Paróquia São

01/01 – Santa Maria Mãe de Deus. 03 a 15/01 – Viagem. Visita a Familiares. 17/01 – Início da Semana Missionária com os Seminaristas, na Paróquia Santa Rita, em Marília. 22/01 – Ordenação Presbiteral do Diácono André Luiz Martins dos Santos no Ginásio Municipal de Esportes de Quintana, às 20h. Esta é a nova composição do Conselho de Presbíteros da diocese

José, de Panorama, Pe. José Ferreira Domingos foi o sacerdote escolhido para a Região III. Os três novos vigários também passam a integrar o Conselho de Presbíteros, que tem outros membros natos: o vigário geral, Cônego João Carlos Batista; o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira; e o representante dos presbíteros, Pe. Rui Rodrigues da Silva.

Após a apresentação dos três novos vigários episcopais, os participantes da reunião escolheram cinco membros para o Conselho: Pe. Valdemar Cardoso, Pe. Wagner Antônio Montoz, Pe. Edson de Oliveira Lima, Pe. Sérgio Luiz Roncon e Pe. José Carlos Vicentin. Na sequência, Dom Luiz, presidente do Conselho, indicou dois nomes para fechar a composição: o Frei Airton Carlos Grigoleto e o Pe. José

23/01 – Ministérios do 3º Ano de Teologia, na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Marília. 24/01 – Encerramento da Semana Missionária. 29/01 – Missa e Formatura dos Leigos e Consagrados da Região Pastoral II, na Matriz São Pedro, em Tupã. 30/01 – Ordenação Presbiteral do Diácono Adeflor Xavier Pereira Júnior na Paróquia São José, em Panorama, às 19h30. 31/01 – Missa de posse do Pe. Adenilson (pároco) e apresentação do Pe. Raphael (vigário paroquial) na Paróquia São Judas, às 19h.

Orandi da Silva. Estes integrantes, 13 no total, atuarão

no Conselho de Presbíteros pelos próximos dois anos.

Seminaritas farão uma experiência missionária com Dom Luiz na Paróquia Santa Rita de Cássia

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epois do sucesso da Semana Missionária realizada no início de 2015 em Pracinha e Mariápolis, a Diocese de Marília repetirá a experiência, desta vez na Paróquia Santa Rita de Cássia, que fica na zona sul de Marília. Do dia 17 ao dia 24 de janeiro, as três comunidades da paróquia — Sant'Ana e São Joaquim, São Francisco e São José — receberão a visita de seminaristas. Quem também participará da Semana Missionária, como há um ano, é o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, que visitará as

casas junto com os seminaristas. Além do bispo, também fará parte deste momento o pároco, Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá, e o diácono Willians Roque de Brito. Eles revezarão nas visitas, que serão feitas em duplas. De acordo com o seminarista Tiago Barbosa, do curso de teologia, serão ao todo 25 seminaristas participantes, todos da Diocese de Marília, que cursam filosofia e também teologia. "A expectativa é sempre positiva. É uma oportunidade para aumentar o vínculo entre os seminaristas com o bispo, o padre e o diácono", disse o seminarista, responsável geral pela experi-

ência missionária. As visitas serão de manhã e à tarde e no período da noite haverá programação simultânea nas comunidades, como terço luminoso, via-sacra nas ruas das comunidades e missa com bênção das famílias. A chegada dos seminaristas ocorrerá no salão da capela Nossa Senhora das Graças, às 16h do domingo, dia 17. Às 19h do mesmo dia, haverá a missa de abertura na matriz. A Semana Missionária também terá algumas atividades em comum. Na quinta-feira, dia 21, será celebrado o aniversário de ordenação sacerdotal do Pe. Luiz Eduardo.

No dia seguinte, o diácono André Martins será ordenado presbítero em Quintana. No mesmo dia, às 20h, a comunidade participará de uma adoração eucarística na intenção de sua ordenação, bem como das ordenações dos outros diáconos: Adeflor Xavier Pereira Júnir (marcada para 30 de janeiro) e do diácono Williams Roque de Brito (em 20 de fevereiro). Às 19h30 do sábado, dia 23, o bispo Dom Luiz concederá o ministério de leitor aos seminaristas Francisco de Andrade, Guilherme Massoca e Marcelo Feltri. A missa de encerramento da Semana Missionária ocorrerá na

manhã do domingo, dia 24, às 8h. A experiência missionária na Paróquia Santa Rita de Cássia servirá para ampliar o trabalho missionário dos seminaristas e aprimorar seus conhecimentos acerca das realidades paroquiais. Para acompanhar a Semana Missionária, os leitores do jornal diocesano poderão acessar um perfil criado na rede social Facebook (www. facebook.com/semanamissionariamarilia), onde estão sendo postadas as novidades sobre o evento, que envolverá todas as comunidades da Paróquia Santa Rita de Cássia.


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Santa

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cecília

Cáritas Diocesana toma posse em dezembro O Natal de Mogo

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nova diretoria da Cáritas Diocesana tomou posse no dia 3 de dezembro, na sede da entidade. Na oportunidade, o ex-presidente, Pe. Francisco José Del Barrio Tosantos, o Pe. Paco, agradeceu a confiança dada aos Marianistas nos últimos 15 anos, período em que estiveram à frente da Cáritas. A nova diretoria empossada tem como presidente o Pe. José Carlos Vicentin, que agradeceu a confiança do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e também a benevolência e prontidão dos demais convidados para comporem a diretoria e o conselho fiscal. O bispo, por sua vez, recordou o encerramento do Concílio Vaticano II e destacou a presença da Igreja na transformação da sociedade, especialmente pela atuação dos leigos cristãos. A partir da reunião, a nova diretoria, que exercerá seu mandato até dezembro de 2018, ficou assim composta: Presidente — Pe. José Carlos Vicentin; Vice-presidente — Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá; Primeira-secretária — Dé-

bora Felice Matilha; Segunda-secretária — Clara Almeida de Oliveira; Primeiro-tesoureiro — Valdinei de Freitas Barbosa; Segundo-tesoureiro — Marcos Roberto Leal da Fonseca. E o Conselho Fiscal foi assim constituído: Pe. Ademilson Luiz Ferreira, Cônego João Carlos Batista e Pe. Francisco José Del Barrio Tosantos E como suplentes: Manoel Batista de Oliveira, Carlos Stevanato e Dulce Souza e Silva Stevanato. Na Reunião Geral do Clero, realizada no dia 15 de dezembro (leia texto na página anterior), o Pe. Vicentin apresentou o desejo que a Cáritas tenha mesmo uma expressão em nível diocesano. "Para alcançar este objetivo, estaremos enviando às paróquias, possivelmente em fevereiro, um questionário para cadastrar as várias atividades caritativas realizadas pelas comunidades e também um levantamento das necessidades e possibilidades de nossos municípios. Com o resultado desta pesquisa, iremos elaborar um plano de ação dioce­ sano", informou o novo presidente da Cáritas Diocesana

"... E o verbo se fez carne e habitou entre nós..." (Jo 1,14) Era uma vez um homem chamado Mogo, que costumava olhar o Natal como uma festa sem o menor sentido. Segundo ele, a noite de 24 de dezembro era a mais triste do ano, porque várias pessoas se davam conta de quão solitárias eram, ou da pessoa querida que havia morrido naquele ano. Mogo era um homem bom. Tinha uma família, procurava ajudar o próximo, e era honesto nos seus negócios. Entretanto, não podia admitir que as pessoas fossem tão ingênuas a ponto de acreditar que um Deus havia descido à Terra só para consolar os homens. Sendo uma pessoa de princípios, não tinha medo de dizer a todos que o Natal, além de ser mais triste que alegre, também estava baseado numa história irreal: um Deus que havia se transformado em homem. Como sempre, na véspera da celebração do nascimento de Cristo, sua esposa e seus filhos se prepararam para ir à Igreja. E Mogo resolveu deixá-los ir sozinhos, dizendo: — Seria hipócrita de minha parte acompanhá-los. Estarei aqui esperando a volta de vocês. Quando a família saiu, Mogo sentou-se em sua cadeira preferida, acendeu a lareira, e começou a ler os jornais naquele dia. Entretanto, logo foi distraído por um barulho na sua janela, seguido de outro, e mais outro. Achando que era alguém jogando bolas de neve,

Mogo pegou seu casaco e saiu, na esperança de dar um susto no intruso. Assim que abriu a porta, notou um bando de pássaros, que haviam perdido seu rumo por causa de uma tempestade, e agora tremiam na neve. Como tinham notado a casa aquecida, haviam procurado entrar. Mas ao se chocarem contra o vidro, machucaram suas asas, e só poderiam voar de novo quando elas estivesse curadas. — Não posso deixar estas criaturas ai fora — pensou Mogo — Como ajudá-las? Foi até a porta de sua garagem, abriu-a, e acendeu a luz. Os pássaros, porém, não se moveram. — Eles estão com medo, pensou Mogo. Tornou a entrar em casa, pegou miolo de pão, e fez uma trilha até a garagem aquecida. Mas a estratégia não deu resultado. Mogo abriu os braços, tentou conduzi-los com gritos carinhosos, empurrou delicadamente um e outro, mas os pássaros ficaram mais nervosos ainda, começaram a se debater, andando sem direção pela neve, e gastando inutil-

mente o pouco de força que ainda possuíam. Mogo já não sabia mais o que fazer. — Vocês devem estar me achando uma criatura aterradora — disse, em voz alta — Será que não entendem que podem confiar em mim? Desesperado, gritou: — Se eu tivesse, neste momento, uma chance de me transformar em pássaro só por alguns minutos, vocês veriam que eu estou realmente querendo salvá-los! Neste momento, o sino da igreja tocou, anunciando a meia-noite. Um dos pássaros transformou-se em anjo, e perguntou a Mogo: — Agora você entende porque Deus precisava transformar-se em homem? Com os olhos cheios de lágrimas, Mogo respondeu: — Perdoai-me, anjo. Agora eu entendo... Só confiamos naqueles que se parecem conosco, e passam pelas mesmas coisas que nós passamos. Reflexão Que essa bela história nos ajude a penetrar no mistério natalino: o verbo encarnado, o Deus que armou sua tenda entre nós. Tenha um feliz e abençoado Natal. Pe. Valdo Bartolomeu de Santana (padre.valdo@uol.com.br).


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Curso

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de teologia

Regiões Pastorais formam novas turmas de leigos

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o mês de dezembro, as Regiões Pastorais I e III realizaram suas formaturas dos Cursos de Teologia para Leigos. A primeira cerimônia ocorreu na Região III, no dia 1º de dezembro. Foram 32 formandos que se reuniram com seus familiares e amigos no Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Dracena. Após a missa em ação de graças, ocorreu a entrega dos certificados e logo em seguida, foi servido um jantar. A missa foi presidida pelo Pe. Wilson Luís Ramos, pároco do Santuário Nossa Senhora de Fátima. O padrinho da turma foi o Pe. José Ferreira Domingos, de

Panorama, que é também o coordenador do curso. A 9ª turma de leigos a se formar recebeu o nome de "São João Paulo II". A segunda formatura foi a da 13ª turma de leigos da Região I. A cerimônia ocorreu no dia 10 de dezembro, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, do bairro Fragata, em Marília. Além dos professores do curso, o evento contou com a presença do Pe. Anderson Messina Perini, que presidiu a missa e entregou o certificado aos 16 formandos. Em janeiro, no dia 29, 120 leigos se formarão no Curso de Teologia da Região II. A solenidade será em Tupã, às 20h, na Paróquia São Pedro.

MAARÍLIA Região III

MAARÍLIA Região I

Paróquia Santa Antonieta, de Marília, celebra 24 anos de criação

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o último dia 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição e abertura do Ano Santo da Misericórdia, a Paróquia Santa Antonieta também vivenciou com imensa alegria a celebração de seus 24 anos de criação, caminhando, assim, para a comemoração do seu jubileu de prata a ser celebrado em 2016, quando completará 25 anos. A missa solene foi celebrada na Igreja Matriz Santa Antonieta às 19h30, onde foram rendidas graças ao Senhor pela existência desta paróquia crescente na zona norte da cidade, que é composta por seis comunidades: Santa Antonieta, Nossa Senhora Aparecida (Distrito de Padre Nóbrega), Santa Edwiges, Nossa Senhora Rosa Mística, Nossa Senhora de Lourdes e Comunidade Bom Jesus (Distrito de Rosália). Esta celebração contou com a participação de muitos paroquianos, representados por estas comunidades, que compõem a paróquia. A celebração foi presida pelo pároco, Pe. Anderson Messina Perini. Em sua homilia, o sacerdote destacou a importância do trabalho que é desenvolvido enquanto paróquia. Foi uma celebração muito bonita, dando abertura a esse ano de preparação para a grande festa a ser celebrada no próximo ano. Outra atividade que marcou esta semana de comemoração, foi a Assembleia Paroquial 2015, ocorrida no dia 6 de dezembro, realizada no Centro Pastoral, cuja construção está sendo terminada. Neste dia, foi muito impor-

tante a participação dos coordenadores de movimentos, pastorais e setores missionários de toda a paróquia, onde puderam refletir sobre o Ano Santo da Misericórdia. O assunto foi refletido pelo diácono Willians Roque de Brito no período da manhã. Em seguida, houve a divisão em grupos para avaliação da caminhada paroquial. Após o almoço, foi realizada a plenária, sendo apresentadas as colocações pelos grupos, no intuito de continuar o trabalho a ser desenvolvido, bem como melhorar em alguns pontos, no que é necessário, conforme as colocações dos participantes. Ao todo, estiveram reunidas cerca de 50 pes-

soas neste dia. A assembleia encerrou-se às 16h, após a celebração eucarística. Essas atividades marcaram este 24º aniversário da paróquia, que está crescendo gradativamente, por estar localizada em uma grande extensão territorial da cidade de Marília. "Ó Santa Antonieta, querida padroeira, intercedei ao Pai por nós! Atendei nossos pedidos sobre vossa proteção, que dirigíamos a Deus nossa oração!" (Letra do Hino à Padroeira). Santa Antonieta, Rogai por nós! (Texto enviado pelo paroquiano Rodinei Andrade).


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Encarcerados

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da diocese

Pastoral Carcerária faz celebrações em penitenciárias

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esta época de final de ano e de festas natalinas, a Pastoral Carcerária continua atuando dentro dos cárcerces. No dia 18 e 19 de dezembro, a Pastoral Carcerária de Marília esteve presente na Penitenciária de Marília para uma celebração eucarística, no dia 18, com os funcionários, e também com uma missa para os presos, no dia 19. A primeira celebração foi presidida pelo Pe. Ademilson Luiz Ferreira, e no dia seguinte, o presidente foi o Pe. Anderson Messina Perini. O sacerdote preparou os encar-

cerados por meio da confissão. Os demais detentos também puderam participar de uma celebração com a Pastoral. Além dos padres, alguns agentes colaboraram nesta celebração. Em Tupi Paulista, a Pastoral Carcerária também esteve presente na penitenciária feminina, onde tradicionalmente é realizada uma confraternização de final de ano, entre as encarceradas do semi-aberto, os funcionários e colaboradores. A Pastoral Carcerária foi convidada e, após o momento festivo, houve uma celebração, presidida pelo pároco de Tupi Paulista, Pe. Valdo Bartolomeu

de Santana, que também é assessor diocesano da pastoral. Segundo o sacerdote, foi um momento muito bonito. "As detentas fizeram danças, coreografias e entoaram cantos cristãos e natalinos. No momento da celebração, eu falei sobre o nascimento de Cristo, a esperança, a singeleza. Mencionei que os pastores que anunciaram Jesus, também eram marginalizados, excluídos. Um momento marcante foi quando o Menino Jesus passou pelas mãos de todas as dententas. Rezamos, cantamos e elas se emocionaram. Encerramos cantando 'Noite Feliz'. Foi mui-

to bonito", relatou o Pe. Valdo. O evento na penitenciária feminina de Tupi Paulista ocor-

reu no dia 16 de dezembro e reuniu cerca de 90 detentas do regime semi-aberto.

Confraternização da Pastoral da Criança conta com 500 participantes

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Pastoral da Criança da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Flórida Paulista, realizou uma confraternização no dia 12 de dezembro. Estiveram presentes as famílias atendidas pela Pastoral da Criança, em um total de aproximadamente 500 pessoas, que se reuniram no salão paroquial. Em Flórida Paulista, a Pastoral da Criança completou, em julho deste ano, 15 anos de atuação, atendendo, atualmente, 195 crianças com 15 líderes e equipe de apoio. "Com as bênçãos de Deus e com a contribuição da comunidade, estamos proporcionando uma assistência digna a gestantes e crianças até seis anos", observou a coordenadora de ramo, Alice de Brito Alcântara Rosa. Segundo ela, quem desejar ser líder da Pastoral da Criança em Flórida Paulista deverá deixar seu nome na secretaria paroquial ou com os líderes da pastoral até o dia 15 de janeiro.

Marília

"Assim, entraremos em contado e daremos início às nossas atividades", disse. A coordenadora lembrou que a Pastoral da Criança tem como lema "Para que todas as crianças tenham vida em abundância" (Cf. Jo 10, 10), e que "tem a missão de promover o desenvolvimento das crianças, do ventre materno aos seis anos, por meio de orientações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, fundamentadas na mística cristã que une fé e vida, contribuindo para que suas famílias e comunidades realizem sua própria transformação".

Novena de Natal No mês de dezembro, as paróquias da Diocese de Marília realizaram a Novena de Natal, em preparação à cele­ bração do nascimento do Menino Jesus. Diversos grupos de oração foram formados, como este da foto, da Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística, de Marília.


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"Casa

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comum, nossa responsabilidade"

CF 2016 terá encontros preparatórios já em janeiro

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o novo ano que se inicia, a Igreja do Brasil já começa a preparar seus fiéis para a Campanha da Fraternidade, que em 2016 terá como tema "Casa comum, nossa responsabilidade" e lema "Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca" (Cf. Am 5,24). Os encontros preparatórios serão realizados por Região Pastoral e o primeiro ocorrerá no dia 10 de janeiro, em Marília, no Itra (Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos). Na Região II, a Paróquia Santo Antônio, de Adamantina, sediará o encontro no dia 17 de janeiro. E na semana seguinte, no dia 24, os fiéis das paróquias da Região III se reunirão em Dracena, no Santuário Nossa Senhora de Fátima. Segundo o coordenador diocesano da CF, diácono Adeflor Xavier Pereira Júnior, o Lico, em todas as Regiões a apresentação terá início às 8h30, com o café da manhã, e término por volta das 11h30. De acordo com ele, a Campanha da Fraternidade tem sido um grande instrumento para o desenvolvimento do espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária. "É momento de conversão e prática de gestos concretos em prol da transformação de situações injustas. Uma verdadeira preparação para a Páscoa", afirmou. A CF 2016 tem como objetivo geral "Assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa 'casa comum'", segundo consta no texto-base. Neste ano, assim como em 2000, 2005 e 2010, a CF é ecumênica, sendo que foi elaborada e preparada pelo Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil), que representa o ecumenismo de caráter institucional. "Nessa empreitada de conscientização e conversão temos alguns objetivos específicos: a) Unir igrejas na promoção da justiça e do direito ao saneamento básico; b) Estimular o conhecimento da realidade local em relação aos serviços de saneamento básico; c) Incentivar o consumo responsável dos dons da natureza; d) Incentivar os

Concílio

vaticano ii

Os 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II Pe. Ademilson Luiz Ferreira

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municípios para que elaborem e executem o Plano de Saneamento Básico; e) Denunciar a privatização dos serviços de saneamento básico; f) Desenvolver a compreensão da relação entre ecumenismo, fidelidade à proposta cristã e envolvimento com as necessidades humanas básicas", relacionou o assessor diocesano, de acordo com o texto-base da Campanha da Fraternidade 2016. A CF terá início no primeiro dia da Quaresma, 10 de fevereiro. A partir dos encontros preparatórios por Região Pastoral, as equipes paroquiais prepararão seus fiéis para a celebração da Campanha da Fraternidade. História A origem da CF se deu em 1961, quando três padres, responsáveis pela Cáritas Brasileira, idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para suas atividades assistenciais. Essa atividade foi realizada pela primeira vez na Quaresma de 1962, em Natal (RN), e recebeu o nome de Campanha da Fraternidade. "Apesar de não obter o êxito financeiro esperado, a atividade tornou-se o embrião do projeto anual da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Foi na Quaresma de 1964, sob o impulso do Concílio Vaticano II, que a CF ganhou abrangência nacional. Desde sua primeira edição nacional até nossos dias, a CF não foi interrompida, de forma que, neste ano de 2016 estamos vivendo sua 53ª edição", informou o diácono Adeflor Xavier Pereira Júnior.

o dia 8 de dezembro de 2015, o Papa Francisco deu início ao Jubileu Extraordinário da Misericórdia. O início deste Ano Santo coincide com o cinquentenário do encerramento do Concílio Vaticano II. O desejo do Papa consiste em manter vivo o espírito do Concílio Vaticano II, que foi um verdadeiro sopro do Espírito na vida da Igreja. Por isso, a partir desta edição, vamos aprender um pouco mais sobre o Concílio Vaticano II, sua história, teologia e consequências para a Igreja e o mundo. Preferindo o "remédio da misericórdia" ao da severidade, no dia 11 de outubro de 1962, o Papa João XXIII dava início ao 21º Concílio Ecumênico, o mais participativo de toda a história da Igreja, reunindo, ao longo de quatro anos, mais de 3.000 bispos e demais padres conciliares de todo mundo, dentre os quais 243 brasileiros. O Concílio Vaticano II transcorreu durante os anos de 1962 a 1965, dividindo-se em quatro períodos. A ideia do Concílio nasceu nos primeiros meses do pontificado do Papa João XXIII e em 25 de janeiro de 1959, o Santo Padre anunciou aos cardeais de Roma seu desejo de realizar um Concílio. Em nome do Papa, o cardeal Domenico Tardini, Secretário de Estado do Vaticano, enviou carta aos cardeais de todo o mundo, comunicando a intenção do pontífice. Na festa de Pentecostes, no dia 17 de maio de 1959, o Papa nomeou a Comissão antepreparatória e, desta vez, o cardeal Tardini enviou carta a todo o episcopado mundial, comunicando a realização do próximo Concílio e solicitando conselhos e desejos do que os bispos gostariam que fosse tratado. Os bispos teriam toda a liberdade para propor temas a serem discutidos. No dia 5 de junho de 1960, teve início a fase preparatória do Concílio, com a constituição das dez Comissões

Preparatórias. Também foram criados: o Secretariado para a divulgação, o Secretariado para a unidade dos cristãos e a Comissão Central do Concílio. Finalmente, em 11 de outubro de 1962, teve início na Basílica de São Pedro, no Vaticano, a solene abertura do Concílio Vaticano II. Em média, cada um dos quatro períodos conciliares durou pouco mais de dois meses (I Período: 11/10 a 08/12/1962. II Período: 29/09 a 04/12/1963. III Período: 14/09 a 21/11/1964. IV Período: 14/09 a 08/12/1965). Nos períodos intermediários os bispos puderam voltar para suas dioceses, enquanto as comissões continuariam seus trabalhos. Durante os quatro períodos conciliares (1962-1965) foram aprovados 16 documentos, entre Constituições, Decretos e Declarações. Configurou-se uma nova imagem da Igreja: aberta, dialogante e participativa. A Igreja entrou em diálogo com o mundo e com as outras religiões. Valorizou o Povo de Deus, a colegialidade dos bispos, a missão dos presbíteros e religiosos. Resgatou o diaconato como grau próprio da Hierarquia. Posicionou-se a favor da liberdade religiosa. Assumiu as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos seres humanos como suas. Aproximou a liturgia da vida do povo. Promoveu inúmeras outras iniciativas em favor do diálogo e da comunhão. Alegremo-nos com toda a Igreja por esta dádiva de Deus que foi o Concílio Vaticano II e procuremos conhecer um pouco melhor a riqueza deste Concílio que transformou, de uma vez por todas, a vida de nossa Igreja. Pe. Ademilson Luiz Ferreira, Mestre em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte (FAJE), é coordenador diocesano de Pastoral e pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marília.


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osvaldo cruz

Dom Luiz ordena sacerdote passionista da diocese

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este Ano da Vida Consagrada, outro sacerdote religioso foi ordenado em território diocesano. No dia 19 de dezembro, pela imposição das mãos do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, foi ordenado sacerdote o Pe. Hélcio Antunes Garcia, da Congregação da Paixão de Jesus Cristo, dos padres passionistas. A cerimônia ocorreu em Osvaldo Cruz, na Paróquia São José, que está sob a administração dos passionistas. Em entrevista ao jornal diocesano "No Meio de Nós", o Pe. Hélcio disse ter sido "contagiado pela alegria devido ao bom ambiente celebrativo e fraterno". "Alegria ao ser ordenado por Dom Luiz; ao ser acolhido por toda a comunidade católica osvaldocruzense (sem esquecer de Sagres e Salmourão); ao receber muitos amigos vindos em diversas caravanas de Cascavel, Colombo e Curitiba, do Estado do Paraná, e de Osasco (SP), com ônibus ou automóveis; ao receber muitos religiosos e religiosas", revelou. O novo sacerdote comentou, ainda, que a celebração e confraternização foram alegres e simples, porém, ser perder a mística que envolve momentos importantes como esse. "Do tamanho da alegria, só a gratidão: pela disponibilidade e carinho de Dom Luiz; pelo trabalho das famílias que

hospedaram os visitantes; pela acolhida e ajuda dos religiosos passionistas da comunidade São José (padres Marcos, Hélio, Antônio, Joaquim e José Luís); pelo trabalho dos leigos da paróquia (das diversas comunidades, pastorais e movimentos), sobretudo os da Pastoral Vocacional. E gratidão a Deus e à minha família", complementou. "Rezo para que haja muita paz no coração de todos. E que tenhamos atitudes misericordiosas", disse, fazendo referência ao Ano Santo da Misericórdia, aberto pelo Papa Francisco dias antes de sua ordenação, em 8 de dezembro. Pe. Hélcio informou que viajará no dia 11 de fevereiro

para Metoro, Província (Estado) de Cabo Delgado, em Moçambique, onde viverá para serviço do Reino de Deus na Diocese de Pemba (Capital de Cabo Delgado). Biografia Hélcio nasceu em Dracena, no dia 7 de julho de 1970 e é filho de Rosa Antunes Garcia e Anísio de Deus Garcia. Ele tem dois irmãos: Cláudio Antunes Garcia e Valdeir Antunes Garcia. Sua família esteve presente na cerimônia de ordenação sacerdotal. Com três anos de idade, seus pais se mudaram para Osvaldo Cruz, sendo que antes passou por Inúbia Paulista.

Sua formação foi em Osasco, onde cursou o propedêutico em 2007; em Colombo, onde cursou filosofia e fez o postulantado, do ano de 2008 a 2010; e

em Ponta Grossa (PR), onde fez o noviciado em 2011. Na cidade de Cascavel, permaneceu de 2012 a 2015, onde cursou teologia e fez o juniorado.

Diocese terá outras três ordenações sacerdotais

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urilo Aparecido Dias foi o primeiro dos quarto diáconos a trabalho da Diocese de Marília a ser ordenado, no dia 26 de dezembro (leia texto na próxima página). Os outros futuros padres são André Martins, Adeflor Xavier Pereira Júnior e Willians Roque de Brito. A primeira ordenação do ano de 2016 está marcada para 22 de janeiro, às 20h. O candidato ao sacerdócio é André, cuja cerimônia ocorrerá no ginásio municipal de esportes de Quintana. "Depois de oito anos de período formativo, sinto uma alegria muito grande agora

que estou prestes a ser ordenado presbítero. Ao mesmo tempo, sei das responsabilidades e compromissos que o segundo grau do Sacramento da Ordem tem. Ao saber que fui aprovado, tratei de avisar minha família, os amigos mais próximos e as comunidades onde trabalho. Sem dúvida alguma, ao anunciar à minha comunidade de origem — Quintana — a alegria foi maior ainda. Eles estão se empenhando em ajudar no que é necessário pra ordenação e formaram equipes de trabalho. Agradeço a Deus por viver esse momento e também à nossa diocese pela acolhida", disse André, que escolheu como lema

"Porque em Vós coloquei a esperança (142,8)". Ainda em janeiro, às 19h30 do dia 30, outro diácono será ordenado sacerdote: Adeflor, mais conhecido como Lico. A cerimônia ocorrerá na Paróquia São José, de Panorama, onde algumas equipes trabalham na preparação da ordenação. Segundo Lico, as equipes estão sendo lideradas e acompanhadas pelo pároco, Pe. José Ferreira Domingos. "Também tenho recebido auxílio dos seminaristas e do cerimoniário, Pe. Anderson Messina Perini, de Marília", contou. Dias antes da ordenação — 27, 28 e 29 — a comunidade fará

um tríduo preparatório, cada dia presidido por um sacerdote. Quanto a mim, estou me preparando com muita alegria e expectativa, junto com minha família e amigos; tenho rezado o chamado que Deus me faz e buscado me conformar, cada vez mais, a vontade d'Ele", comentou Lico. O tema escolhido por ele para o ministério sacerdotal é "Senhor, tu sabes tudo. Tu sabes que te amo (Cf. Jo 21,17)". Confira mais informações sobre a ordenação de Willians, marcada para 20 de fevereiro, na próxima edição do jornal diocesano "No Meio de Nós".


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de dezembro

Murilo Dias é ordenado sacerdote em Lucélia

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m dia depois do Natal, em 26 de dezembro, a Diocese de Marília acolheu mais um sacerdote em seu clero. Murilo Aparecido Dias foi ordenado presbítero pela imposição das mãos do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, em Lucélia. A cerimônia reuniu centenas de fiéis e também sacerdotes e seminaristas da Diocese de Marília e de outras dioceses, que estiveram reunidos na Paróquia Sagrada Família. Como lema de seu ministério, o novo padre escolheu "Em atenção à tua palavra, vou lançar as redes" (Lc 5, 5), que foi refletido no início da homilia de Dom Luiz. Murilo disse que essa frase sempre norteou sua vida. "No decorrer desse Evangelho, Jesus diz para Pedro, que é uma figura muito importante para mim, 'avance para águas mais profundas'. Essa frase me marcou porque quando fiz meu pri-

Fotos: No Ckick com o Senhor

meiro retiro, em 2005, aos 15 anos, ela estava escrita na lousa. Lançar as redes é um mandato de Jesus, para buscar homens e mulheres para a messe. Eu busco cumprir o que Ele pede. Embora seja indigno, eu me lanço nesse mar", disse o novo sacerdote, que nasceu em 12 de outubro de 1989. E esse relacionamento entre o vocacionado e Cristo foi tema da homilia de Dom Luiz. "A espiritualidade 'sacerdotal'

Seminário Diocesano terá cinco seminaristas

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cada ano, novos candidatos ao seminário ingressam no Propedêutico, período em que os jovens se preparam para os cursos de filosofia e teologia, necessários para a formação sacerdotal. Na Diocese de Marília, essa preparação ocorre no Seminário Diocesano São Pio X, onde os jovens permanecem pelo período de um ano. Em 2016, cinco novos candidatos ao sacerdócio ingressarão no Propedêutico. No dia 27 de novembro, eles estiveram no seminário, em Marília, onde foram recebidos pelo reitor, Pe. Lu-

ciano Pontes. "Eles já tinham feito acompanhamento com encontros vocacionais. Fizemos o encontro somente para acertarmos alguns detalhes para o ano que vem", disse o sacerdote. Desses cinco jovens, três são de Pompeia, um de Dracena e outro de Marília. O início das aulas do Seminário Diocesano será em 15 de fevereiro. De acordo com o Pe. Luciano, quatro jovens que concluíram o propedêutico em 2015 ingressarão, neste ano, no curso de filosofia no Seminário Provincial Sagrado Coração de Jesus, também em Marília.

ocorre quando o padre se entrega à sua função na comunidade, prestando-lhe seu serviço e deixando-se enriquecer e avivar pelo povo ao qual ele serve. Vou me transformando numa pessoa sacramental, cujas palavras e ações ecoam alto e bom som na vida da comunidade. Vou me transformando na imagem do Pastor que represento. Vou tornando-me habilitado, não tanto a fazer todas as coisas, mas a representar alguém", afirmou o bispo. A ordenação é um momento de muita emoção para o candidato ao sacerdócio e Murilo revelou que já se emocionou ao entrar na igreja e ver seus amigos e familiares. Segundo ele, todo rito de ordenação é emocionante, mas foi durante a oração consecratória, feita por Dom Luiz, que sentiu seu corpo todo ser preenchido pelo Espírito Santo. "Também me emocionei na colocação das vestes sacerdotais, na unção das mãos e nos cumprimentos que recebi", contou. Murilo, que é natural de Pracinha, celebrou sua primeira missa na Paróquia Santa Luzia, às 10h do dia 27. Ele esteve na presença do pároco, Pe. Domingos de Jesus, do Pe. Evandro César Batista Ribeiro, e dos diáconos Willians Roque de Brito e Rafael Cesari, este último da Diocese de Araçatuba. Naquela noite, o Pe. Murilo celebrou sua segunda missa, desta vez em

Pe. Murilo é natural de Pracinha, tem 26 anos, e atuará em Tupã

Tupã, na Paróquia São José, onde trabalhará como vigário paroquial. A missa foi concelebrada pelo pároco, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva. O novo sacerdote também esteve na companhia do amigo Tiago Barbosa, seminarista do curso de teologia. Murilo se disse imensamente grato a Deus, à dioce-

se, a Dom Luiz e também ao bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini. "Agradeço também a todos os padres, diáconos e fiéis, pelas orações, pela presença e também pela ajuda financeira com a ordenação. "Meu coração se preenche de alegria em saber que tantas pessoas me amam", concluiu o Pe. Murilo Aparecido Dias.

A primeira missa do novo sacerdote foi celebrada em Pracinha


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Pascom

Comunicar o que? Pe. Valdemar Cardoso

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sse ser divino dentro de uma experiência humana, chamada pessoa, está aqui mergulhado no mar da existência. Sua presença não é à toa, nem sem sentido. Pelo contrário. A pessoa humana tem por missão evoluir. Então, nas águas da existência, existir é evoluir. A existência é o lugar das possibilidades de evolução. Na existência tudo é possível. Até o impossível tem seu espaço de possibilidade. Aqui tudo pode acontecer. O nada também. Tudo é transitório não porque passa, mas porque tudo está em trânsito. É o fenômeno da transitoriedade que torna possível captar ou perceber algum ser existindo. Nenhum ser consegue ficar parado. Nem poste. Tudo movimenta. Tudo é movimento. O momento também se movimenta. Chama-se futuro ao que ainda não veio. Chama-se passado ao que se pensa que se foi. Chama-se presente ao momento que se tem ao mesmo tempo em que se vai. Por isso, ele é um presente. É aí que o ser humano se encontra. No transitar. Ele mora em lugar nenhum, em nenhum lugar e em todos os lugares ao mesmo tempo.

No movimento. Ser gente é ser isso. Ser gente é ser luz que se materializa sem virar matéria. E estar humano é iluminar todos os espaços materiais para que o mundo apareça em luz. Diante disso, pode-se afirmar que quando um ser humano apega-se ao que é material, fazendo dele sua fonte de vida, entra-se, desse modo, num processo de involução, viajando na contramão da sua vocação. Evoluir é preciso. Para evoluir como um ser divino caminhando pela experiência humana, a pessoa é chamada a ser um ser viajante cósmico desapegado da matéria, por ser o guardião da vida, que ilumina com a vida a vida da existência em sua pura transitoriedade. O Mestre-Luz quando esteve aqui disse que o ser humano é a luz do mundo. Quem descobrir essa verdade se descobrirá na verdade. Pe. Vald e m a r Cardoso é membro da equipe da Pascom ( Pa s t o r a l da Comunicação).

Frei Clóvis O vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena, Frei Clóvis Barbosa, comemorou 50 anos de vida sacerdotal. A missa em ação de graças foi celebrada na quarta-feira, dia 9, na Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida com as presenças dos freis Carlos Silva (ministro provincial), Aírton Grigoleto (pároco), Cláudio Moraes e Maurício dos Anjos. O Frei Clóvis trabalha há 10 anos na Pousada Bom Samaritano, em Dracena. No dia 18 de dezembro, a comemoração do jubileu de ouro, ocorreu em sua cidade natal, Guapé (MG). Confraternização O CCEM (Círculo Católico Estrela da Manhã), como nos anos anteriores, promoveu um almoço de confraternização, convidando todas as pessoas que, durante o transcorrer do ano, cooperaram, de uma forma ou de outra, com suas realizações. O convite foi feito em sinal de sincero reconhecimento e de agradecimento. O almoço foi realizado no dia 13 de dezembro, na sede do CCEM, em Marília. "Nas inúmeras atividades desenvolvidas, objetivando o trabalho de evangelização, em absoluta prioridade, e também daqueles eventos visando arrecadar fundos para as despesas de manutenção da nossa sede, inúmeras pessoas, inclusive simpatizantes do nosso movimento, prontificam-se e comparecem para dar seu apoio, com satisfação. A essas pessoas que agradecemos, afirmou Pedro Onichi, diretor de assuntos religiosos do CCEM. O almoço de confraternização contou com a presença do bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, que compareceu logo após celebrar a solene missa de aber­ tura da Porta Santa na Catedral Basílica de São Bento, que deu início ao Ano Santo da Mise­ ricórdia. Dom Luiz esteve acompanhado de alguns padres que também participaram da solenidade de abertura do Ano

Fotos do Frei Clóvis: Cláudio José Pasqualeto

Frei Clóvis Barbosa comemorou seus 50 anos de vida sacerdotal

Bispo Dom Luiz esteve presente no almoço do Círculo Católico

Santo. "Com essas gratas participações, o almoço de agradecimento promovido pelo Círculo, tornou-se também motivo de agradecimento a Deus, em ação de graças, pela abertura do Ano Santo da Misericórdia". Catequistas Do dia 25 ao dia 29 de janeiro, a Diocese de Marília promoverá uma formação para catequistas. O tema de estudo sugerido pela coordenação diocesana é o Documento 95 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), "Ministério do Catequista". Segundo a coordenadora diocesana da Catequese, Regina Zanandréa, esta formação

é tradicional e ocorre todos os anos, no final das férias e antes do início da catequese. "Serve para que aqueles que estão iniciando possam ter conhecimento do trabalho do catequista", disse. Todos os catequistas da diocese são convidados a participar e a formação será realizada por paróquia. "O tema é sempre sugerido na última reunião do ano anterior. Neste caso, é uma atualização. Este documento já foi estudado há alguns anos. Muita coisa mudou desde então. Por isso, a equipe achou melhor retomá-lo", justificou Regina Zanandréa.


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da vida consagrada

Conheça mais sobre a Vida Consagrada Passionista

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o apresentar a Missão Passionista, urge pontuar o grande significado da Missão como realidade inerente à vida cristã. Jamais poderemos falar de vida autenticamente cristã sem dar o devido relevo à dimensão missionária da Igreja, na qual a família passionista se faz servidora, por seus dons e carisma. Ninguém pode ser um verdadeiro missionário, se não encarnar a vida de Cristo e armar sua tenda na realidade do mundo. "O Verbo se fez carne e acampou entre nós". Paulo da Cruz, um homem primordialmente místico e maiormente missionário, entendeu sua vida como Missão – daqui resulta a atualidade do carisma "Paulo Cruciano". Um carisma sempre atual, pois, brotando da ação do espírito no seio da Igreja, desinstala a própria Igreja, levando-a ao amor comprometido com os crucificados de nosso tempo. Paulo VI, convocou a Igreja à "evangelização das culturas". O Santo João Paulo II nos pediu a "evangelização nova". "O Cristão do Futuro ou será místico ou não será cristão". Nosso Santo Pai fundador é místico, a missão Passionista deve ter caráter e cunho místico. Não temos que inventar nada além do que já está pontuado com autoridade hierárquica no Catecismo. Apenas devemos atualizar nossos métodos, e motivações, para que os filhos de Deus de hoje não fiquem à deriva, inseguros, se sentindo cidadão de segunda classe, mas da classe "real" a que pertencem: "Reino de Deus". Missão Passionista Só quem segue de perto, passo a passo, pé ante pé, pode perceber melhor os ditames da intimidade da "Paixão de Cristo", "apaixonado pela vida nova" – "Paixão nova". Paixão nova porque no Novo Testamento não cabe nada, absolutamente nada, que não seja novo em Cristo. O missionário não é um Deus para consertar o mundo. O missionário é um ministro de Jesus Cristo, para revelar aos

filhos de Deus o começo do caminho certo. A Missão passionista encarna a realidade e a vida do povo de Deus, ao longo da história, se inspira concretamente na carta aos Filipenses 2, 6-11: Ele tinha a condição divina, mas não se apegou à sua igualdade com Deus. "São Paulo da Cruz continua vivo nos seus missionários, proclamando que a paixão de Cristo é maior obra do amor de Deus. A Igreja missionária está a serviço do reino, com os pés na terra, as mãos na realidade histórica e olhos voltados para o céu. A missão passionista se reali-

za, se avalia não pelo número de religiosos. "Bastaria um missionário verdadeiramente passionista para contagiar o mundo com a mensagem da Paixão". A missão passionista não é um privilégio apenas dos cristãos conventuais ou monásticos ou do presbitério, mas de todos os batizados que se inserem na Igreja e pelo vínculo afetivo com o Carisma da Paixão, tornam-se vozes que se levantam, mãos que se entrelaçam, pés que se firmam na estrada, olhos que se fixam em Deus, corações que batem no pulsar da compaixão. (Pe. Marcos Leite Azevedo, CP Coordenador Missão Passio-

nista nas paróquias São João Batista, de Salmourão; São

Benedito, de Sagres; e São José, de Osvaldo Cruz).

Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena

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Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena Chegou ao Brasil em 1903, graças às Irmãs Missionárias Italianas, que, enviadas por Deus através da nossa Fundadora, Madre Savina Petrilli, não hesitaram em deixar sua terra natal para anunciar em terras longínquas a mensagem de paz e esperanças que Deus lhes confiou para todos os sedentos de Deus. Principalmente os pobres. O seu Carisma é viver a Sacerdotalidade de Cristo, oferecendo-se com ele cada dia pelo bem dos irmãos necessitados, não procurando fora de nós a matéria para o sacrifício. A Irmã dos Pobres é chamada a dar a vida pelos irmãos mais pobres e os que têm motivos para sofrer a exemplo de Cristo. A primeira obra fundada no Brasil foi o Colégio Santa Catarina em Belém, e a partir daí surgiram outros como Sagrado Coração em Teresina, Colégio Santa Catarina em Recife, Instituto Madre Savina Petrilli, em Ribeirão (PE), Colégio Madre Savina Petrilli, em Itapetinga (BA) e Colégio de São José, em Maceió (AL), além de outros em alguns Estados do Brasil. Com as transformações que a sociedade brasileira vem sofrendo ao longo das últimas

décadas, seja no âmbito religioso, social, econômico e político, os colégios se colocam em atitude de permanente atualização, através de modernas metodologias e tecnologias, conservando intacta a solidez dos valores, especialmente aqueles mais apreciados por Savina: justiça, ternura, bondade, gratuidade e disponibilidade. Procurando manter a excelência acadêmica, os colégios do grupo saviniano são também proposta de humanização, evangelização e cidadania. É sua meta educar evangelizando e evangelizar educando, para também evangelizar a cultura, especialmente a hodierna, tão indiferente a Deus e às suas manifestações. As obras sociais são abertas a todos, respeitam as diferenças de idade, cor e credo religioso. Têm suas raízes nas tradições da Congregação e no coração de Sa-

vina. Elas mantêm vivo o espírito saviniano. As obras assistenciais enquadram-se no campo das políticas sociais brasileiras, dividindo sua área de atuação em Proteção Básica e Proteção Especial, atendendo crianças, jovens, adultos e idosos, nos mais variados tipos de vulnerabilidade pessoal e social. Sua meta é intervir no desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas, nos níveis cognitivos, afetivo e volitivo, vendo o indivíduo sob diferentes realidades. As pessoas são consideradas como verdadeiras criaturas, nascidas para o crescimento e para a liberdade. A exemplo da semente lançada na terra, que primeiro morre para depois nascer, crescer e dar frutos continuando a espécie, adaptando-se às condições e mutações dos tempos, assim aconteceu com a missão das Irmãs

dos Pobres no Brasil, especialmente no Norte e Nordeste brasileiro. Houve uma grande evolução desde que as heroínas missionárias italianas chegaram ao Brasil, entrando por Belém do Pará. É fácil perceber os efeitos e frutos desta obra religiosa que a Deus pertence e Dele é expressão. Chegamos em Tupã, Diocese de Marília, em 1963. Atualmente, desenvolvemos um trabalho de assistência social no Lar Santo Antônio, com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e pessoal. Em parceria com o povo tupãense, o Lar atua como instrumento de promoção humana, defesa da infância e adolescência. Como missão, desenvolvemos um processo educativo transformador com nossas educandas junto aos seus familiares, proporcionando-lhes uma formação integral, preparando-as para o verdadeiro exercício da cidadania, como meio de resgatar a dignidade humana. Enriquecemos nossa missão, atuando na legião de Maria da Paróquia São Pedro, e na Pastoral Vocacional da paróquia e da Diocese de Marília. (Texto enviado pela Congregação das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena).


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santo da misericórdia

Artigo: As indulgências no Ano da Misericórdia Pe. Anderson Messina Perini

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Papa Francisco proclamou um Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que se instalou em nossa diocese em 13 de dezembro de 2015 e se encerrará em 13 de novembro de 2016. Na Diocese de Marília, teremos quatro igrejas com a Porta da Misericórdia, nas quais se poderá lucrar indulgências: Catedral de São Ben-

to, de Marília; Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz; Igreja Matriz de São Pedro, de Tupã; e Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida, de Dracena. Indulgência consiste na remissão da pena temporal, diante de Deus, devida pelos pecados já perdoados, que se alcança por meio da Igreja, sob certas condições, a quem estiver em estado de graça. Adquire-se para si mesmo ou para os defuntos, mediante o ministé-

Aniversário Natalício 06/01 07/01 10/01 10/01 20/01 22/01 25/01 26/01 31/01

– Pe. Narcyso Jordan – Marília. – Pe. José Carlos Vicentin – Lucélia. – Pe. Pedro Léo Ducharme, RSV – Marília. – Pe. Cleber Polizer, RSV – Marília. – Pe. Fernando Canomanuel Abárzuza, SM – Marília. – Pe. Antônio de Pádua Dias – Queiroz. – Pe. Jurandir Fernando Noronha – Tupã. – Pe. Ademilson Luiz Ferreira – Marília. – Pe. Luciano Ruiz Talarico – Marília.

Aniversário de Ordenação Presbiteral 03/01 – Pe. Luciano Pontes – Marília. 04/01 – Pe. Vanderlei Gomes Mendonça – Lucélia. 07/01 – Pe. Clécio Ribeiro. 09/01 – Pe. Narcyso Jordan – Marília. 15/01 – Pe. Cleber Polizer, RSV – Marília. 16/01 – Pe. Marcos Leite Azevedo, CP – Osvaldo Cruz / Salmourão / Sagres. 21/01 – Pe. Rafael Octávio Garcia – Iacri. 21/01 – Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá – Marília. 22/01 – Pe. Valdo Bartolomeu de Santana – Nova Guataporanga / São João do Pau D’Alho / Tupi Paulista. 23/01 – Pe. Antônio Padula – Marília. 25/01 – Pe. Jacinto Sebastião da Silva – Marília. 27/01 – Pe. Marcelo Antonio dos Santos – Adamantina. 28/01 – Pe. Rui Rodrigues da Silva – Adamantina. 29/01 – Pe. Ademilson Luiz Ferreira – Marília. 30/01 – Côn. José Carlos Dias Tóffoli – Álvaro de Carvalho. 30/01 – Pe. Wilson Luís Ramos – Dracena. 31/01 – Pe. Adriano dos Santos Andrade – Flora Rica / Irapuru.

rio da Igreja, à qual, como dispensadora da redenção, distribui tesouro dos méritos de Cristo e dos santos. Para Indulgência Plenária, exigem-se três disposições pessoais: 1) estado de graça e exclusão de todo afeto ao pecado, mesmo venial; 2) prática da obra ou concessão prescrita, com intenção de ganhar indulgência; 3) Confissão Sacramental, Comunhão e orações em intenção do Papa. Embora as obras penitenciais podem-se cumprir dias antes ou depois, a Comunhão e oração pelo Papa convém que se pratique no mesmo dia. Para conseguir as indulgências, as obras prescritas são fundamentadas nas obras penitenciais da oração, do jejum e da caridade. Na Diocese de Marília, estabelecem-se: a peregrinação às Igrejas acima, individualmente ou em grupos, a meditação da Via-Sacra, a oração do Terço da Misericórdia e a participação na Missa, além da Confissão e oração pelo Papa. Vivamos com intensidade este Ano da Misericórdia e aproveitemos as indulgências pelas quais a Igreja abre o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos em auxílio à nossa fraqueza para caminharmos na santidade e devoção. Deixe-

mos que o Amor misericordioso de nosso Deus nos preenche da abundância de Sua graça que nos leva à conversão de nossa vida.

Pe. Anderson Messina Perini é pároco da Paróquia Santa Antonieta, de Marília, e assessor diocesano da Liturgia.

Regiões abrem inscrições para novo ano letivo do Curso de Teologia para Leigos

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este mês de janeiro serão feitas as inscrições para os Cursos de Teologia para Leigos das três Regiões Pastorais. Na Região I, os interessados deverão procurar o Centro Diocesano de Pastoral, em Marília (Rua José Bonifácio, 380), do dia 25 ao dia 29 de janeiro, das 8h às 17h. Além de levar documentos pessoais e uma carta de apresentação do pároco, o candidato deverá ter concluído o Ensi-

no Fundamental Completo. As aulas serão iniciadas no dia 1º de fevereiro, às 20h, no Itra (Instituto Rainha dos Apóstolos). O custo mensal para o aluno será de R$ 35,00. Na Região II, as inscrições poderão ser feitas nas paróquias durante todo mês de janeiro e o curso terá um custo mensal de R$ 30,00. A aula inaugural está marcada para 16 de fevereiro e o módulo ministrado será "Sacramentos", com o Pe. Miguel Borro, no núcleo de Tupã, e "Histó-

ria da Igreja", ministrado pelo Pe. Sérgio Roncon, no núcleo de Adamantina. Por fim, na Região III, os leigos também terão todo o mês de janeiro para efetuar suas matrículas, nas suas paróquias. O início das aulas será em 2 de fevereiro, sendo que o módulo de estudos deste primeiro semestre ainda não foi divulgado. O Curso de Teologia para Leigos, ministrado em Dracena, terá um custo mensal de R$ 20,00.


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Remanejamento

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de padres

Definidas as transferências para o ano de 2016

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o final do ano, a Cúria Dioce­ sana de Marília divulgou a circular do bispo, que traz as transferências e nomeações para o ano de 2016. A decisão do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, foi tomada após consultar o Conselho de Presbíteros e conversar com os padres e diáconos. O Monsenhor Achiles Paceli de Oli­ veira Pinheiro passará, a partir de fevereiro, a residir na Fundação Santa Cruz, em Campos do Jordão (SP). E o Monsenhor Nivaldo Resstel residirá em Marília, também a partir de fevereiro. O Pe. José Orandi da Silva já deixou Lucélia e assumiu, como administrador paroquial, a Catedral Basílica de São Bento, em Marília, sendo que quem assumirá a Paróquia Sagrada Família, em 9 de janeiro, será o Pe. José Carlos Vicentin. Em seu lugar, na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, assumirá, a par-

tir de 16 de fevereiro, o Cônego João Carlos Batista. Ele deixa a Paróquia São Miguel Arcanjo, que será assumida, no dia 24 de janeiro, pelo Pe. Júlio Pereira de Souza Neto. Segundo a circular, o Pe. Domingos de Jesus, que está em Mariápolis, assumirá a Paróquia Santa Cecília, de Monte Castelo, e sua posse está marcada para 13 de fevereiro. Em seu lugar, assumirá o Pe. Jorge Ricardo Cintra da Silva, que, além de Mariápolis, também cuidará da Paróquia Santa Luzia, de Pracinha. Sua posse está marcada para 31 de janeiro. O recém-ordenado sacerdote, Pe. Murilo Aparecido Dias, foi nomeado vigário paroquial em Tupã, na Paróquia São José. O bispo diocesano também já definiu o destino dos futuros três sacerdotes, que serão ordenados em janeiro e fevereiro. O diácono André Luiz Martins dos

Santos, cuja ordenação está marcada para 22 de janeiro, será nomeado vigário paroquial na Paróquia Santa Antonieta, de Marília. Já o diácono Adeflor Xavier Pereira Júnior, o Lico, será ordenado em 30 de janeiro e depois irá para as paróquias Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Marília, e

Nossa Senhora Auxiliadora, de Avencas, como vigário paroquial. Por fim, o diácono Willians Roque de Brito, que será ordenado sacerdote em 20 de fevereiro, será nomeado vigário paroquial da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília.

CNBB divulga nota sobre momento nacional

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o dia 8 de dezembro, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou nota sobre o momento nacional. O texto é assinado pela Presidência da entidade, constituída pelo arcebispo de Brasília e presidente, Dom Sergio da Rocha; pelo arcebispo de Salvador e vice-presidente, Dom Murilo Krieger; e pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral, Dom Leonardo Ulrich Steiner. No texto, a CNBB apela para o diá­ logo e para a serenidade e expressa repúdio ao recurso da violência e da agressividade nas diferentes manifestações sobre a vida política do país. Confira, abaixo, a íntegra da nota. NOTA SOBRE O MOMENTO NACIONAL E nós somos todos irmãos e irmãs (cf. Mt 23,8) A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, fiel à missão evangelizadora e profética da Igreja, acompanha, com apreensão e senso de corresponsabilidade, a grave crise política e econômica que atinge o país e, mais uma vez, se manifesta sobre o atual momento nacional. Ao se pronunciar sobre questões políticas, a CNBB não adota postura político-partidária. Não sugere, não apoia ou reprova nomes, mas exerce o seu serviço à sociedade, à luz dos valores e princípios fundamentais da Doutrina Social da Igreja. Desse modo, procura respeitar a opção política de cada cidadão e a justa autonomia das instituições democráticas, incentivando a participação responsável e pacífica dos cristãos leigos e leigas na política. Neste momento grave da vida do país, a CNBB levanta sua voz para colaborar, fazendo chegar aos responsáveis o grito de dor desta nação atribulada, a fim de cessarem as hostilidades e não se permitir qualquer risco de desrespeito à

ordem constitucional. Nenhuma decisão seja tomada sob o impulso da paixão política ou ideológica. Os direitos democráticos e, sobretudo, a defesa do bem comum do povo brasileiro devem estar acima de interesses particulares de partidos ou de quaisquer outras corporações. É urgente resgatar a ética na política e a paz social, através do combate à corrupção, com rigor e imparcialidade, de acordo com os ditames da lei e as exigências da justiça. Para preservar e promover a democracia, apelamos para o diálogo e para a serenidade. Repudiamos o recurso à violência e à agressividade nas diferentes manifestações sobre a vida política do país, e a todos exortamos com as palavras do Papa Francisco: "naquele que, hoje, considerais apenas um inimigo a abater, redescobri o vosso irmão e detende a vossa mão! (...) Ide ao encontro do outro com o diálogo, o perdão e a reconciliação, para construir a justiça, a confiança e a esperança ao vosso redor" (Mensagem para a Celebração do XLVII Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro de 2014, 7). Confiamos o Brasil ao Senhor da vida e da história, pedindo sabedoria para os governantes e paz para nosso povo. Imaculada Conceição, vosso olhar a nós volvei, vossos filhos protegei! Brasília (DF), 8 de dezembro de 2015 Dom Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília (DF) Presidente da CNBB Dom Murilo S. R. Krieger Arcebispo de São Salvador da Bahia (BA) Vice-presidente da CNBB Dom Leonardo Ulrich Steiner Bispo Auxiliar de Brasília (DF) Secretário Geral da CNBB


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Feliz

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ano novo

Bispo emérito escreve artigo "Igreja Inquieta" Dom Osvaldo Giuntini

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Papa Francisco expressou seu desejo de despertar a Igreja para abraçar o ideal de "sonhar com uma igreja inquieta". A Igreja é chamada a acordar a partir do encontro com a Palavra de Deus para perceber pela luz do Espírito Santo a beleza do Reino de Deus presente neste mundo. A mensagem marcante de ano novo dedicado à misericórdia constitui-se num forte chamado à conversão da vida individual e social, reconhecer Deus em nós e dar-Lhe primazia em tudo. Ele é o centro e ideal de tudo e merece nosso sincero agradecimento por sua assistência que nos mantêm vivos e disponíveis no serviço aos irmãos. Olhando para o ano que passou, convivemos com muitos problemas pessoais e sociais, mas reconhecemos que não desanimamos diante dos desafios porque Ele concedeu-nos a fé que põe ordem em nosso interior e ilumina nosso caminho. Deu-nos sobretudo o amor ao próximo que supera todo sofrimento infinitamente causado. Jesus pregado na cruz é o modelo da vida cristã para a vivência do perdão incondicional, assim como Ele mesmo propôs no Sermão da Montanha. Viver a misericórdia é despertar para o que Cristo quer de nós, morte do passado e vida nova recebida no Batismo, alimentada pela Palavra viva e pelos sacramentos. Em uma palavra viver em comunhão na fraternidade. É o ideal de Igreja que Deus quer: "uma Igreja viva, livre e aberta para todos, que leve a paz e o amor a todos"

(Papa Francisco). Iniciemos o novo ano com a boa disposição de Maria, Mãe de Misericórdia, e nossa Mãe que sempre abençoa os que a ela recorrem. Feliz ano novo a todos.

N. Sra. Piedade: peregrinação na Diocese de Marília é encerrada

Dom Osvaldo Giuntini é bispo emérito da Diocese de Marília.

Imagem de Nossa Senhora Aparecida passou por 44 paróquias no ano de 2015

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o último mês do ano, a imagem peregrina de Nossa Senhora passou pelas paróquias Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista, e Nossa Senhora Aparecida, de Nova Guataporanga. Em 2016, a padroeira do Brasil continuará sua peregrinação pela Diocese de Marília. Com as visitas, os fiéis das paróquias estão se preparando

MAARÍLIA Tupi Paulista

para a comemoração do tricentenário da aparição de Nossa Senhora Aparecida. Durante este ano que passou, milhares de fiéis estiveram na presença da imagem peregrina. Ao todo, ela passou por 44 paróquias das Regiões I, II e também da III. A imagem permanecerá na diocese até fevereiro de 2016.

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o dia da Imaculada Conceição, 8 de dezembro, foi encerrada, na Diocese de Marília, a peregrinação da imagem de Nossa Senhora da Piedade. Desde o dia 15 de setembro deste ano, ela esteve em território diocesano, percorrendo todas as paróquias que têm a atuação do ECC (Encontro de Casais com Cristo). Ao todo, ela passou por 14 cidades e percorreu dezenas de paróquias. Somente na sede da diocese, ela esteve em 12 paróquias. Toda essa programação fez parte dos preparativos do XXI Congresso Nacional do ECC, que ocorrerá em Belo Horizonte (MG), do dia 23 ao dia 25 de julho de 2016. A diocese onde acontecerá o Congresso tem como Padroeira

Nossa Senhora da Piedade. Por essa razão, todas as paróquias onde o ECC está implantado, em todo o território nacional, receberam a visita da imagem peregrina para orações pelo sucesso do Congresso. O encerramento da peregrinação na Diocese de Marília ocorreu na igreja São Pio X, na Paróquia Santa Isabel. "A imagem permaneceu por três dias em cada paróquia por onde passou, onde houve manifestações de espiritualidade e muita fé. Contamos com a presença das equipes dirigentes do ECC, com aproximadamente 150 casais", contou o casal coordenador diocesano do ECC, Carlos Stevanato e Dulce Souza e Silva Stevanato.


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Mensagem

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pelo dia mundial da paz

"Vence a indiferença e conquista a paz" é tema O Vaticano divulgou, no dia da Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria e da Abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, 8 de dezembro, a mensagem do Papa Francisco para a celebração do 49º Dia Mundial da Paz, comemorado em 1º de janeiro de 2016. "Vence a indiferença e conquista a paz" foi o tema escolhido pelo Santo Padre, que começa a mensagem lembrando que Deus não é indiferente, que importa-Lhe a humanidade. "Deus não a abandona", afirma o Sumo Pontífice. Na mensagem, Francisco lembra que a paz é dom de Deus e trabalho dos homens. "A paz é dom de Deus, mas confiado a todos os homens e a todas as mulheres, que são chamados a realizá-lo". O documento também é oportunidade para o Papa convidar os fiéis a participar do Jubileu da Misericórdia, a rezar e trabalhar para que cada cristão possa maturar um coração humilde e compassivo, capaz de anunciar e testemunhar a misericórdia, de "perdoar e dar". O Santo Padre também fala sobre uma característica presente no comportamento de muitos indivíduos de hoje. Isso acaba gerando o que ele chama de fenômeno da "globalização da indiferença". A primeira forma de indiferença na sociedade humana é a indiferença para com Deus, da qual deriva também a indiferença para com o próximo e a criação. "O homem pensa que é o autor de si mesmo, da sua vida e da sociedade; sente-se auto-suficiente e visa não só ocupar o lugar de Deus, mas prescindir completamente d'Ele. Consequentemente, pensa que não deve nada a ninguém, exceto a si mesmo, e pretende ter apenas direitos", analisa. Francisco também fala da indiferença para com o próximo. "Há quem esteja bem informado, ouça o rádio, leia os jornais ou veja programas de televisão, mas fá-lo de maneira entorpecida, quase numa condição de rendição: estas pessoas conhecem vagamente os dra-

mas que afligem a humanidade, mas não se sentem envolvidas, não vivem a compaixão. Este é o comportamento de quem sabe, mas mantém o olhar, o pensamento e a ação voltados para si mesmo. Infelizmente, temos de constatar que o aumento das informações, próprio do nosso tempo, não significa, por si, aumento de atenção aos problemas, se não for acompanhado por uma abertura das consciências em sentido solidário. Noutros casos, a indiferença manifesta-se como falta de atenção à realidade circundante, especialmente a mais distante. Algumas pessoas preferem não indagar, não se informar e vivem o seu bem-estar e o seu conforto, surdas ao grito de angústia da humanidade sofredora. Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de sentir compaixão pelos outros, pelos seus dramas; não nos interessa ocupar-nos deles, como se aquilo que lhes sucede fosse responsabilidade alheia, que não nos compete. Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem", afirma. Mencionando o Papa Emérito Bento XVI, que afirmou que "há uma ligação íntima entre a glorificação de Deus e a paz dos homens na terra", Francisco lembra que "o esquecimento e a negação de Deus, que induzem o homem a não reconhecer qualquer norma acima de si próprio e a tomar como norma apenas a si mesmo, produziram crueldade e

violência sem medida". "Em nível individual e comunitário, a indiferença para com o próximo – filha da indiferença para com Deus – assume as feições da inércia e da apatia, que alimentam a persistência de situações de injustiça e grave desequilíbrio social, as quais podem, por sua vez, levar a conflitos ou de qualquer modo gerar um clima de descontentamento que ameaça desembocar, mais cedo ou mais tarde, em violências e insegurança", diz. Para o Papa, comportamentos de indiferença podem chegar, inclusivamente, a justificar algumas políticas econômicas deploráveis, precursoras de injustiças, divisões e violências. "Com efeito, não é raro que os projetos econômicos e políticos dos homens tenham por finalidade a conquista ou a manutenção do poder e das riquezas", comenta. O Papa afirma que a misericórdia é o coração de Deus e, por isso, deve ser também o coração de todos aqueles que se reconhecem membros da única grande família dos seus filhos. "Um coração que bate forte onde quer que esteja em jogo a dignidade humana, reflexo do rosto de Deus nas suas criaturas. Jesus adverte-nos: o amor aos outros – estrangeiros, doentes, encarcerados, pessoas sem abrigo, até inimigos – é a unidade de medida de Deus para julgar as nossas ações. Disso depende o nosso destino eterno. A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor que vai até ao perdão e ao dom de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto dos homens. Por isso, onde a Igreja estiver presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai. Nas nossas paróquias, nas

comunidades, nas associações e nos movimentos – em suma, onde houver cristãos –, qualquer pessoa deve poder encontrar um oásis de misericórdia". "No espírito do Jubileu da Misericórdia, cada um é chamado a reconhecer como se manifesta a indiferença na sua vida e a adotar um compromisso concreto que contribua para melhorar a realidade onde vive, a começar pela própria família, a vizinhança ou o ambiente de trabalho", complementa. O Papa fala, ainda, sobre as várias pessoas que sofrem com a indiferença, como os encarcerados, os desempregados, os migrantes, as mulheres, que ainda

sofrem discriminação, os doentes e os nascituros, que tem direito fundamental e inalienável à vida. "Confio estas reflexões, juntamente com os melhores votos para o novo ano, à intercessão de Maria Santíssima, Mãe solícita pelas necessidades da humanidade, para que nos obtenha de seu Filho Jesus, Príncipe da Paz, a satisfação das nossas súplicas e a bênção do nosso compromisso diário por um mundo fraterno e solidário", conclui o Papa Francisco. Leia a íntegra da mensagem pelo Dia Mundial da Paz 2016 no site da diocese (www.diocesedemarilia.org.br).

CRONOGRAMA DAS PEREGRINAÇÕES NO ANO SANTO DA MISERICÓRDIA REGIÃO PASTORAL I Peregrinação para a Catedral São Bento: 31/07 – Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, e Sagrado Coração de Jesus, de Marília; 07/08 – Quintana, Paulópolis, Pompeia; 21/08 – Oriente, Marília - Santa Antonieta; 28/08 – Marília - Sagrada Família, Marília - São Judas, Avencas; 04/09 – Marília - São João Batista, Marília - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Marília - São Sebastião. Peregrinação para o Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz: 13/03 – Marília - São Bento; 07/08 – Garça - São Pedro, Garça - N. Sra. Lourdes, Álvaro de Carvalho; 21/08 – Marília - N. Sra. Fátima do Jóquei, Marília - Santa Rita, Marília - N. Sra. Guadalupe; 28/08 – Marília - Santa Isabel, Marília - N. Sra. Rosa Mística, Marília - N. Sra. Fátima do Fragata, Marília - Maria Mãe; 04/09 – Marília - Santo Antônio, São Miguel, N. Sra. Glória. REGIÃO PASTORAL II Peregrinação para a São Pedro Apóstolo, de Tupã: 07/08 – Adamantina - Santo Antônio, Adamantina - N. Sra. de Fátima, Mariápolis, Pracinha, Lucélia; 21/08 – Inúbia Paulista, Osvaldo Crus, Sagres e Salmorão; 04/09 – Parapuã, Rinópolis, Bastos, Iacri; 25/09 – Arco Iris, Tupã - São Judas, Tupã - N. Sra. Auxiliadora; 09/10 – Tupã - São José, Tupã - São Pedro, Herculândia, Queiroz. REGIÃO PASTORAL III Peregrinação para a Nossa Senhora Aparecida, de Dracena: 04/09 – Tupi Paulista, Nova Guataporanga, São João do Pau D´Alho, Monte Castelo; 11/09 – Flórida Paulista, Pacaembu, Irapuru, Flora Rica; 09/10 – Panorama, Santa Mercedes, Pauliceia, Ouro Verde; 23/10 – Dracena e Junqueirópolis.


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Misericordiae

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vultu

Bispo abre Ano Santo da Misericórdia na diocese

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Papa Francisco proclamou, no dia 8 de dezembro, através da Bula Misericordiae Vultu (Rosto da Misericórdia), o Ano Extraordinário da Misericórdia. Na Diocese de Marília, o bispo Dom Luiz Antonio Cipolini presidiu cerimônia de abertura na manhã do dia 13. Sacerdotes de todas as paróquias de Marília estiveram reunidos para a abertura da Porta Santa da Misericórdia, na Catedral Basílica de São Bento, gesto precedido pelo Santo Padre, em Roma. A celebração em Marília foi iniciada na Paróquia Santo Antônio, de onde os cerca de dois mil fiéis partiram em direção à Catedral. Lá, ao abrir a porta, Dom Luiz afirmou: "Esta é a porta do Senhor: por ela entramos para alcançar a misericórdia e o perdão". Em seguida, Dom Luiz adentrou a igreja, seguido pelo bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini, pelo clero e pelos fiéis presentes à celebração. "Nesse ano se concede o perdão geral, indulgências e se faz um grande apelo à conversão, a aprofundar a relação com Deus e com o próximo. Por isso, cada Ano Santo é uma oportunidade para alimentar a fé e renovar o compromisso de ser discípulo missionário de Jesus Cristo", afirmou Dom Luiz. A cerimônia de abertura da porta santa se repediu em outras três igrejas da Diocese de Marília. No mesmo dia 13, no início da noite, foi aberta a Porta Santa no Santuário Interdiocesano Sagrado Coração de Jesus, em Vera Cruz, com a presença de aproximadamente 1.000 fiéis. No dia 20, a cerimônia de abertura ocorreu com participação de pouco mais de 1.000 fiéis na igreja São Pedro Apóstolo, de Tupã, e no dia 27, os fiéis das paróquias da Região III, representadas por cerca de 800 pessoas, acompanharam o bispo na abertura da Porta Santa na matriz de Nossa Senhora Aparecida, de Dracena. O propósito do Ano Santo da Misericórdia é que, durante este próximo ano, os fiéis façam peregrinações a estas igrejas e que, passando pela Porta Santa e seguindo alguns rituais, possam obter indulgências, ou seja, a remissão das penas devidas aos pecados já perdoados. A escolha dos locais onde os fiéis poderão obter a indulgência fica por conta de cada diocese e na Igreja Particular de Marília, o

Fotos: Érica Montilha / Cláudio José / Kleber Alves

bispo diocesano optou por escolher mais locais para facilitar a peregrinação. Durante 2016, haverá peregrinações das paróquias e de alguns grupos especiais, tais como consagrados, padres, ministros da Eucaristia, Apostolado da Oração e juventude. Esses eventos terão peregrinação, caminhada com Via-Sacra, passagem pela Porta da Misericórdia, Terço da Misericórdia, Pregação e Eucaristia. Segundo o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, os peregrinos deverão se confessar antes da peregrinação e também rezar na intenção do Santo Padre. A primeira peregrinação já está marcada para 2 de fevereiro e será dos consagrados, em celebração ao Jubileu dos Consagrados (confira, na página 15, o cronograma das peregrinações). O Ano Santo será encerrado no dia 20 de novembro de 2016, solenidade litúrgica de Jesus Cristo, Rei do Universo. Na diocese, o encerramento será no dia 13 de novembro, na Catedral. Este Ano da Misericórdia é o terceiro extraordinário da história da Igreja. E desde 1300, já ocorreram 26 Anos Santos

Ordinários. O último jubileu da Igreja foi proclamado pelo Papa João Paulo II para comemorar os 2.000 anos do nascimento de Jesus Cristo. "Preparemos nossos corações, nossas

comunidades e toda a nossa diocese para viver o Ano Santo da Misericórdia. Fixemos nosso olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai", concluiu o bispo diocesano.


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