Jornal No Meio de Nós - Edição 217 - Setembro de 2016

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 18 | Edição 217 | Setembro de 2016

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Curso anual reúne o clero da Diocese Foto: Érica Montilha / Pascom / Diocese de Marília

Leigos e Consagrados participam de Atualização Preocupada com a formação permanente do povo de Deus, todos os anos a Diocese de Marília oferece o Curso de Atualização para os Leigos e Consagrados. Reunidos na Casa Pastoral, em Adamantina, entre os dias 26 e 28 de agosto, 82 pessoas refletiram sobre a “Teologia do Laicato e a Eclesiologia do Papa Francisco”. Baseados no Documento 105 da CNBB, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo”, os padres Edson de Oliveira Lima e Wagner Antonio Montoz apresentaram a missão dos leigos no mundo.

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Em Belém, Igreja do Brasil se volta para a Amazônia

Clero mariliense com o bispo diocesano de Coari (AM), Dom Marcos Piatek, assessor do Curso de Atualização

Dom Luiz Antonio Cipolini, bispo diocesano de Marília, Dom Osvaldo Giuntini, bispo emérito, juntamente com os padres e o diácono da Diocese, se reuniram na última semana de agosto para o Curso de Atualização. Organizado pelo Centro Diocesano de Pastoral (CDP), o encontro anual de

formação dos ministros ordenados aconteceu em Adamantina na Casa Pastoral que leva o nome do bispo emérito. “Teologia do Ministério Ordenado e Eclesiologia do Papa Francisco” foi a temática desenvolvida por Dom Marcos Marian Piatek. O assessor do encontro, que é bispo diocesano de

Coari (AM), a nova Igreja-irmã da Diocese de Marília, aproveitou a oportunidade para estabelecer um primeiro contato com o clero mariliense, apresentar a realidade pastoral nas comunidades da Amazônia e também estreitar os vínculos entre as duas dioceses irmãs.

Com o tema “Eucaristia e Partilha na Amazônia Missionária”, aproximadamente 52 mil católicos participaram do XVII Congresso Eucarístico Nacional (CEN2016) na capital paraense. O bispo diocesano e três padres representaram a Diocese de Marília no evento que manifestou a fé da Igreja na presença real de Jesus na Eucaristia. Foto: CEN2016

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Autoridades eclesiásticas durante a abertura do CEN2016

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ENFOQUE

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

O bispo referencial da Comunicação no Regional Sul 1 da CNBB fala dos 18 anos do Informativo NO MEIO DE NÓS

Inspirada nas reflexões do livro de Miquéias, a Igreja do Brasil quer levar os católicos a rever questões sociais

Em alguns de seus Decretos, o Concílio Vaticano II enfatiza a importância da atuação dos leigos na Igreja e na sociedade

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Monjas de clausura passam pela Porta da Misericórdia No dia 11 de agosto, memória de Santa Clara, o bispo diocesano abriu a Porta Santa no mosteiro das Clarissas, em Marília. “É o momento que Nosso Senhor olha para a nossa miséria e nos perdoa”, ressaltou a abadessa, irmã Francis Maris, ao falar da oportunidade concedida às monjas. Página 12


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

Setembro de 2016

Editorial

E o Verbo se fez notícia

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o princípio, ao criar o homem e a mulher, conferindo-lhes a missão de colaboradores e continuadores do projeto criado, Deus revelou-se como Pai amoroso, autor e comunicador da vida. Depois, ensina-nos a Carta aos Hebreus, por muitas vezes e de modos diversos, Deus se comunicou com os seres humanos e, na plenitude dos tempos, “falou-nos por meio do Filho” (Hb 1, 2). A Encarnação do Verbo é um

sublime ato de comunicação. Por sua natureza e manifestação, a comunicação divina é a expressão de seu amor maior pela humanidade. Assim, se os cristãos, por meio de palavras e gestos em suas relações, e também na web, são sensíveis aos outros, tornamse autênticos comunicadores do amor de Deus nas inúmeras realidades modernas. Acompanhando a evolução das técnicas, são inúmeros os esforços que caracterizam a Igreja

no Brasil na construção do Reino de Deus por meio da ação comunicacional. Existe um profundo e íntimo elo entre a Igreja e a comunicação. Assim, não há uma realidade que possa romper esta relação que encontra seu fundamento na salvação trazida por Jesus Cristo, o comunicador por excelência. Ele comunica em tudo o próprio Deus, pois quem vê Jesus, vê o Pai (cf. Jo 14, 9). E é justamente porque o “Verbo se fez Carne” que, neste Mês

da Bíblia, ocasião também que o NO MEIO DE NÓS completa a sua maioridade, queremos levar esta Boa Notícia aos quatro cantos da Diocese de Marília com a precisão que o jornalismo impresso oferece aos leitores. Por meio das seções “Ao Leitor”, “Nosso Pastor”, “Vida Cristã” e “Notícias”, o NO MEIO DE NÓS, além de informar e formar seus leitores, quer levar de Garça a Panorama o anúncio do amor de Deus a todas as pessoas.

Enfoque

Há 18 anos no meio de nós Ilustração: Jorge Armando Pereira

DOM VILSON DIAS DE OLIVEIRA, DC

Nos últimos anos, a Igreja tem procurado desenvolver sua comunicação na tarefa de evangelizar. Do processo dialógico de Jesus Cristo, passando pelo surgimento do jornal impresso, das TVs e o advento das novas tecnologias, chama-nos a atenção o mundo paralelo de comunicação que se torna essencial para nossa caminhada evangelizadora. Nesse processo, encontra-se o

informativo impresso que, embora muitos acreditem estar com os dias contados, tem um importante papel em nossas dioceses, paróquias e comunidades, informando e formando nossos leitores de maneira aprofundada. Podemos dizer que, bem elaborado, o informativo se torna uma catequese, passando confiança ao leitor e sendo um documento histórico da Igreja. Imaginem quantas histórias, informações e conhecimento estão guardados no Informativo NO

MEIO DE NÓS, que neste mês de setembro completa 18 anos. Assim, parabenizo a todos que não medem esforços para que este periódico chegue às mãos de seus leitores, levando a Boa Notícia para os corações do Povo de Deus desta Igreja Particular de Marília. Que São Pedro Apóstolo, padroeiro da Diocese de Marília, interceda por todos os comunicadores desta Igreja Particular. Dom Vilson Dias de Oliveira, DC, é bispo diocesano de Limeira (SP) e Referencial da Comunicação no Regional Sul 1 da CNBB

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CÚRIA DIOCESANA: Av. Nelson Spielmann, 521 - Marília/SP - CEP 17500-970 - Fone/fax: (14) 3401-2360 - E-mail: curia@diocesedemarilia.org.br | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | EDIÇÃO GRÁFICA: Danilo Cordeiro Silva | REVISÃO: Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Ademilson Luiz Ferreira | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.org.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA - Fone: (14) 3223-2844 | TIRAGEM: 12.500 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes | Envie notícias de sua paróquia, pastoral ou movimento para o jornal diocesano (jornal-nomeiodenos@yahoo.com.br) e para o site da diocese (pascom.marilia@gmail.com).


NO MEIO DE NÓS

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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo

Misericórdia e Bem Comum

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o mês de setembro, nosso informativo diocesano NO MEIO DE NÓS faz aniversário e quem ganha o presente é você, querida leitora, querido leitor! A partir desta edição temos uma nova diagramação, para que você possa aproveitar mais e melhor as notícias de nossa Diocese. Também neste mês, nos preparamos mais intensamente para as eleições municipais, momento importante do exercício da cidadania. O Papa Francisco nos exorta a respeito da construção do bem comum: “Para o cristão, é uma obrigação envolver-se na política. Nós, cristãos, não podemos fazer como Pilatos: lavar as mãos. Não podemos! Devemos nos envolver na política, pois a política é uma das formas mais altas da caridade, porque

Visita pastoral em Tupã Entre os dias 4 e 7 de agosto, Dom Luiz Antonio esteve em visita pastoral à Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, de Tupã. Além de se encontrar com lideranças e fiéis da comunidade, visitar enfermos e conhecer o Hospital da Criança, que abriga pessoas com necessidades especiais, o bispo diocesano também ministrou palestra na Fadap/FAP (Faculdade de Direito da Alta Paulista e Faculdade da Alta Paulista). Foto: Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora

Dom Luiz e o pároco, Pe. Miguel, na Casa da Criança

DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

busca o bem comum. E os leigos cristãos devem trabalhar na política. Você, então, me dirá: Mas não é fácil, pois a política está muito suja. E, então eu pergunto: A política está suja, por quê? Não será por que os cristãos se envolveram na política sem o espírito do Evangelho? Faço-lhe outra pergunta: É fácil dizer que a culpa é do outro, mas eu o que estou fazendo? É um dever trabalhar para o bem comum, é um dever do cristão!” (Vaticano, Sala Paulo VI, 07/06/2013). O eleitor cristão é uma pessoa honesta, não vende seu voto, nem troca por benefícios pessoais, mas pensa no bem comum. O candidato a prefeito ou a vereador cristão é ético e corajoso, tem senso de justiça, é coerente entre o discurso e a prática; é transparente e verdadeiro antes, durante e depois da

campanha política; é responsável na administração dos recursos financeiros da comunidade. Portanto, antes das eleições prepare bem o seu voto, durante, avalie bem quem merece o seu voto e, depois, continue acompanhando o processo político e os candidatos eleitos. Se você deseja saber mais sobre a forma de resgatar a dignidade da política, procure o folder elaborado pelo Conselho de Leigos da nossa Diocese. Cada paróquia está empenhada na distribuição deste material para que você, sua família e sua comunidade possam votar de forma consciente e fortalecer a democracia em nosso país. Desejo a todos, no próximo dia 2 de outubro, boas eleições!

AGENDA DO BISPO 01/09 – Terço no Lar São Vicente de Paulo, em Marília, às 15h. 03/09 – Reunião com Conselho Diocesano de Pastoral. 04/09 – Escola Diaconal em Adamantina 08/09 – Aulas no Curso de Teologia para Leigos e Consagrados (CTLC) da Região Pastoral I. 10/09 – Assembleia da Pastoral da Criança, em Tupã. Crisma na Paróquia Santa Luzia, em Pracinha. 11/09 – Crisma na Paróquia Imaculada Conceição, em Mariápolis. Crisma na Paróquia Santo Antônio, em Adamantina. 13/09 – Reunião do Clero, em Adamantina. 14/09 – Aulas no Curso de Teologia para Leigos e Consagrados (CTLC) da Região Pastoral I. 15 a 18/09 – Visita Pastoral à Paróquia Santo Antônio, em Junqueirópolis. 20/09 – Reunião da Equipe de Formação. 21/09 – Aulas no Curso de Teologia para Leigos e Consagrados (CTLC) da Região Pastoral I. 25/09 – 41ª Assembleia Diocesana, em Adamantina. 27/09 – Reunião com Coordenador de Pastoral e Vigários Episcopais. 28/09 – Aulas no Curso de Teologia para Leigos e Consagrados (CTLC) da Região Pastoral I. 30/09 – Jubileu dos Secretários, em Tupã. Crisma na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Adamantina.


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| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica

Espiritualidade

O Lecionário

Setembro: mês da Bíblia

PE. ANDERSON MESSINA PERINI

O Lecionário é o livro das leituras usado na missa. Nele encontramos, de maneira ordenada, as leituras bíblicas correspondentes a cada dia do ano. Nele proclamamos no ambão, a mesa da Palavra, a leitura bíblica. A Liturgia da Palavra na Eucaristia é formada geralmente de duas ou três leituras, mais o salmo responsorial. Existem cinco lecionários: dominical, semanal ou ferial, santoral, pontifical e Evangeliário. Como indica seu nome, o Lecionário Dominical é usado nas missas de domingo. Ele é dividido num ciclo de leituras para três anos, chamados Ano A, Ano B e Ano C. Cada ano se privilegia um evangelho sinótico: Mateus, Marcos e Lucas, nesta sequência. O evangelho de João é utilizado em tempos litúrgicos festivos como Natal e Páscoa. Além disso, o capítulo 6 de João, intitulado “discurso de Jesus sobre o Pão da Vida”, é lido no Ano B de Marcos. Neste lecionário, a primeira leitura está em consonância temática com o evangelho do domingo. No tempo comum, se lê de maneira semicontínua na segunda leitura algumas cartas do Novo Testamento, sobretudo de Paulo. O Evangeliário, usado somente aos domingos e dias festivos, mesmo porque contém apenas o evangelho para estes dias, poderá ser levado na procissão de Entrada pelo diácono ou o primeiro leitor e colocado sobre o altar, mostrando a unidade da Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística; o mesmo Cristo que fala por meio da Palavra é alimento eucarístico para nossa salvação. Durante a aclamação do Evangelho, o diácono ou o padre que o proclamará, leva o Evangeliário do altar ao ambão ladeado de tochas e incenso em dias mais solenes. O Lecionário Semanal é usado para missas durante a semana. Só proclama duas leituras incluindo o salmo. Durante o ciclo do Natal e Páscoa, as leituras são sempre as mesmas e existe correspondência temática entre elas. Durante o tempo comum não existe esta correspondência, a não ser do salmo com a primeira leitura. O evangelho de João é presente no ciclo do Natal e da Páscoa. Os evangelhos sinóticos são lidos de maneira semicontínua durante o tempo comum: Marcos: da 1ª a 9ª semana; Mateus: da 10ª a 21ª; e Lucas: da 22ª a 34ª. Outra característica do Tempo Comum é a primeira leitura, que está dividida num ciclo bienal: Ano Par e Ano Ímpar, onde são lidas

leituras do Antigo e Novo Testamento de maneira semicontínua. O Lecionário Santoral é usado para missas dos dias de santos ou em missas para diversas circunstâncias. Traz leituras para cada dia dos santos. Para os santos celebrados em grau de festa e solenidade, as leituras são trazidas prontas no dia do santo correspondente. Para os santos que são celebrados em grau de memória, as leituras estão nos lecionários comuns para cada tipo de santo: Maria, Apóstolos, Mártires, Pastores, Virgens, Religiosos, Homens e Mulheres. No dia do santo encontra-se a direção da leitura e a página no santoral. No índice encontram-se orientações para missas votivas e para diversas circunstâncias quando quiser usar leituras próprias. No grau de memória, geralmente o diretório litúrgico indica as leituras do Lecionário Semanal do dia correspondente, a não ser que o santo seja de grande devoção ou é o padroeiro da comunidade. Para celebrações em que o bispo preside uma Missa Ritual, quando é permitido segundo as normas, usa-se o Lecionário Pontifical. Este Lecionário é usado para Missa dos Sacramentos da Crisma ou Ordenação ou demais sacramentais, tais como: Dedicação de Igreja, Profissão Religiosa, etc., que somente o bispo pode presidir. Vale destacar que os Lecionários são os livros mais antigos usados na Missa. Entretanto, como usamos hoje com tanta variedade de leituras bíblicas, é fruto do Concílio Vaticano II.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

PE. SIDNEI DE PAULA

A temática do mês da Bíblia deste ano, traz reflexões inspiradas no Livro de Miqueias, um dos profetas menores do AT. Com o lema “Praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar com Deus”, a Igreja do Brasil quer levar os católicos a rever questões pertinentes em nossa sociedade hoje. Pouco sabemos sobre Miqueias. O seu nome significa “Quem é como Javé”? Pela força do nome é possível prever que o profeta fez uma bela experiência de Deus. Miqueias é natural de Morasti, um pequeno povoado de camponeses perto da cidade de Gat (cf. Mq 1,14) na fronteira com os Filisteus e fazia parte do reino de Judá. Por fazer limite com o território dos Filisteus, certamente havia conflitos. Ele atuou como profeta entre 740 a 687 aEC. Algumas das palavras de Deus para Miqueias se referiam à Samaria, que foi destruída pelos Assírios em 722 aEC. O destino das palavras divinas não era para o próprio Miqueias, mas para os governantes e habitantes das duas capitais: Samaria e Jerusalém. Samaria era a capital do reino do norte, também chamado reino de Israel. Jerusalém era a capital do reino de Judá, no sul. Miqueias era um homem do povo, criado no meio rural e, por isso, sua linguagem era simples e direta. A realidade dos camponeses da época era de muita opressão. Os ricos aproveitavam-se da situação e causavam muita indignação na sociedade rural e em Miqueias, que criticava com voz forte essa situação vivida pelo povo da terra (cf. Mq 2,1-2; 3,3; 3,9-11). Sua profecia é forte contra Judá e contra Samaria e indica as causas: exploração, latifúndio,

corrupção, vontade de ganhar dinheiro sem preocupação com os pobres. O Profeta era muito sensível às realidades do seu povo e sempre ouvia com atenção suas histórias. Ele faz memória dos antepassados como Abraão (Mq 7,20), Moisés e o Êxodo (Mq 6,4; 7,15), além de outras histórias como Balac, rei de Moab, e do profeta Balaão (Mq 6,5). É também o homem da esperança. Ao lembrar das experiências do Êxodo, ele esperava que acontecesse o mesmo com o seu povo, ou seja, a libertação de toda forma de opressão (Mq 7,15; 7,1112.14). Atuava como o porta-voz do oprimido (Mq 3,8) e descrevia com fidelidade os sofrimentos do povo por causa da perversidade do sistema monárquico vigente. O pior de tudo é que esses opressores, mesmo oprimindo e matando, ainda pensam poder contar com o apoio de Javé (Mq 2,6-7; 3,11). Mas Javé esconde deles a sua face (3,4). Esses opressores iriam se perder (Mq 3,6-7). Para finalizar este breve comentário, Miqueias era um homem de fé. Para ele, tudo vem de Deus (Mq 7,18-20). Sua fé transparece nos sete capítulos do seu livro. Uma fé simples e pura. Miqueias usa imagens bonitas para expressar a esperança que o anima (Mq 2,12; 4,6-7; 7,14-15). No final de tudo, haverá paz (Mq 4,3)). Referência: Carlos Mesters e Francisco Orofino - O Profeta Miqueias: “A esperança é a última que morre” (CEBI). Participe dos encontros do Mês da Bíblia em sua paróquia. Pe. Sidnei de Paula Santos é mestre em Teologia Bíblica, leciona na Fajopa (Faculdade João Paulo II) e é pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Oriente


NO MEIO DE NÓS

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Teologia e Pastoral Os leigos nos decretos do Concílio Vaticano II PE. ADEMILSON LUIZ FERREIRA

Além dos decretos Apostolicam Actuositatem e Ad Gentes, abordados na edição anterior, os leigos são citados também no Decreto Christus Dominus. Devem colaborar com os ministros sagrados e religiosos nas missões e regiões carentes de sacerdotes (n. 6). São chamados a ajudar com a vida da Igreja e prestar auxílio, sendo ouvidos pelos órgãos de direção da Igreja (n. 10c). Deve-se fomentar o apostolado dos leigos, especialmente por meio da Ação Católica e das associações (n. 17). Ao coordenar o apostolado em suas dioceses, os bispos devem cuidar para que sacerdotes, religiosos e leigos tenham parte nas iniciativas diocesanas (n. 23). O Concílio recomenda a instituição do Conselho de Pastoral na Diocese, contando com a participação dos leigos (n. 27). Os leigos auxiliam o pároco na “cura de almas” (cuidado pastoral do povo), para que possam ser atingidos todos os grupos da paróquia e no de-

Padres conciliares na Basílica de São Pedro, no Vaticano, durante seção do Concílio

sempenho do magistério, levando aos fiéis a instrução catequética (n. 30). O decreto Presbyterorum Ordinis afirma que os presbíteros trabalham na obra comum com os leigos como servos e devem reconhecer e promover sua dignidade e participação na Igreja. Devem ouvi-los e reconhecer sua competência nos diversos campos da atividade humana, dando-lhes espaço e liberdade de ação (n. 9). Também é reconhecida aos leigos a participação na administração material da Igreja (n. 20). Para o Decreto Optatam Totius, os

candidatos às Ordens Sagradas devem aprender a despertar e favorecer a ação apostólica dos leigos, promovendo as mais diversas formas de apostolado (n. 20). Segundo o Decreto Unitatis Redintegratio, a renovação da Igreja, que se reveste de grande importância ecumênica, realiza-se nas várias esferas eclesiais, sendo protagonizada, entre outras iniciativas, pelo apostolado dos leigos (n. 6). O Decreto Orientalium Ecclesiarum afirma que os leigos devem ser instruí-

Estive enfermo e me visitastes (Mt 25,36) APARECIDA DE FÁTIMA LOPES MUNHOZ

Jesus passou por este mundo fazendo o bem a todos, curando feridas do corpo e provendo a cura das feridas do espírito. Baseando-se nisso é que a Pastoral da Saúde pratica suas obras de misericórdia: visitar enfermos e consolar os aflitos. São Camilo, patrono de nossa pastoral, sempre dizia quando a cuidar de um doente: “estou ocupado com Nosso Senhor Jesus Cristo”. Um detalhe importante é que não somente o enfermo é Cristo, mas também aquele que o assiste reveste-se da presença de Jesus Bom Samaritano. Para a Bíblia, visitar signifi-

ca tratar; visitar para levar ajuda. “Nos hospitais e casas de tratamento, onde a caridade se mistura com o mistério do sofrimento e onde é mais grave o custo de cada falta de atenção à dignidade da pessoa, é preciso assegurar a assistência religiosa daqueles que estão hospitalizados” (Evangelização e Testemunho da Caridade 48). Se o mundo é um vale de lágrimas, o hospital é o lugar onde o pranto é de casa, onde a presença de uma Verônica que enxugue os rostos ou de um Cirineu que ajude a carregar a cruz é preciosa e urgente. O hospital é feito para curar enfermidades e reconduzir as pessoas de volta ao combate da vida, mas é também

o local onde se morre, onde o homem experimenta com crueza os limites de sua humanidade e extrema fragilidade. Estar, portanto, perto de quem chora e que deixa a vida é grande sinal de compaixão e ternura. Os antigos hospitais eram construídos perto das catedrais, porque os fiéis depois de terem honrado e adorado Cristo Eucaristia podiam consolar e servir de anjo nesses hospitais. Mas atualmente, resta muitíssimo a fazer em diversas paróquias, onde a liturgia frequentemente não é acompanhada do perfume da caridade. Aparecida de Fátima Lopes Munhoz é formadora da Pastoral da Saúde e coordenadora da Região I

dos acerca dos ritos litúrgicos e suas normas (n. 4). O Decreto Inter Mirifica considera tarefa dos leigos vivificar os instrumentos de comunicação com espírito humano e cristão, para que correspondam à esperança da família humana e ao desígnio divino (n. 3). Juntamente com sacerdotes e religiosos, devem os leigos adquirir formação técnica para colocar os meios de comunicação a serviço do apostolado (n. 15.16). Os leigos também devem se fazer presentes nos Secretariados que cuidam das Comunicações Sociais (n. 21). Além dos Decretos, também a Declaração Gravissimum Educationis menciona os leigos como agentes da educação cristã (n. 7). Os leigos igualmente têm direito a receber formação teológica. Juntamente com sacerdotes e religiosos, devem prestar auxílio espiritual e intelectual à juventude universitária, inclusive nas universidades não católicas (n. 10). Pe. Ademilson Luiz Ferreira é coordenador diocesano de Pastoral

ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 01/09 – Pe. Nelson Bernardino Lopes - Parapuã. 07/09 – Frei Clóvis Lázaro Barbosa, OFMCap - Dracena. 07/09 – Pe. Domingos de Jesus - Monte Castelo. 13/09 – Frei Joaquim Camilo Alves, OFM - Marília. 14/09 – Diácono Alexsandro Silva Ferreira, CSS - Marília. 19/09 – Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá - Marília. 21/09 – Pe. José Luís Dias Barbosa, CP - Osvaldo Cruz/ Sagres/Salmourão. 21/09 – Pe. Marcos Leite Azevedo, CP - Osvaldo Cruz/Sagres/Salmourão. 24/09 – Dom Osvaldo Giuntini - Marília. 25/09 – Pe. Gabriel Fortier, RSV - Marília. 28/09 – Pe. Carlos Roberto dos Santos - Tupã. 29/09 – Pe. Veríssimo Mânfio - Adamantina. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO PRESBITERAL 07/09 – Pe. José Ribeiro da Silva - Dracena. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO EPISCOPAL 12/09 – Dom Osvaldo Giuntini - Marília.


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| Vida Cristã |

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Atualidade Participantes relatam emoções vividas na JMJ A Jornada Mundial da Juventude 2016 ocorreu no mês de julho, na Cracóvia, Polônia, e teve como tema “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia (Mt 5,7)”. A Diocese de Marília esteve representada no evento por alguns jovens e também por um sacerdote e um diácono. O Pe. Adriano dos Santos Andrade, de Irapuru, achou maravilhosa a experiência da JMJ. “Ali tivemos contato com jovens e famílias dos mais diversos países e a amizade entre as pessoas é algo muito forte na Jornada. Contemplamos um mar de bandeiras, pessoas das mais diversas nações com seus idiomas e culturas, mas onde todos falavam a mesma língua: a do amor e da paz. Foi lindo rezar e cantar com todos”, contou. Para o sacerdote, a Jornada abriu horizontes e também corações. “Trago a viva lembrança das boas catequeses e também os discursos do Papa Francisco. Tudo me ajudou a refletir ainda mais sobre o grande dom da Misericórdia. Realmente valeu a pena ir!”, concluiu. Outro participante foi o diácono Alexsandro Silva Ferreira, de Marília, que lembrou de um dos momentos mais fortes da JMJ: a vigília. “Havia quase dois milhões de jovens em oração. O Papa Francisco pronunciou um emocionante discurso no qual animou os jovens a ser sinal da misericórdia, protagonistas da história e deixar sua marca no mundo. Ele disse que, para o seguimento de Jesus, ‘é preciso ter uma boa dose de coragem, é preciso decidir-se a trocar o sofá

por um par de sapatos que te ajudem a caminhar por estradas nunca sonhadas e nem mesmo pensadas, por estradas que podem abrir novos horizontes, capazes de contagiar-te a alegria, aquela alegria que nasce do amor de Deus, a alegria que deixa no teu coração cada gesto, cada atitude de misericórdia’”, afirmou o diácono. O religioso estigmatino relatou que após a noite de vigília e a Missa de Envio, os jovens iniciaram o retorno de quase 12 quilômetros. “A sensação de ter vivido uma experiência impulsionante à missão evangelizadora da juventude fez com que a longa caminhada se tornasse um percurso celebrativo. O desejo de retornar e contar aos outros o que foi vivido nestes dias foi muito grande. Os jovens voltaram com o coração ardente e, ao mesmo tempo, sensível à juventude que mais precisa de uma Boa Notícia”. “A JMJ é uma experiência única, que todo jovem católico deveria vivenciar ao menos uma vez na vida. É uma experiência de fé, perseverança e partilha”, disse a jovem Jaqueline Alves Moreira, de Irapuru. Ela também ressaltou a misericórdia vivenciada por meio do acolhimento do povo polonês. “Fui até a Cracóvia para aprender com o Papa sobre a misericórdia, mas não tive somente ele como professor, pois aprendi com cada ação das pessoas que tive contato”, afirmou. “A atmosfera de estar na JMJ é maravilhosa! Tenho esperança de colocar em prática tudo que vivi e ouvi”, finalizou Luan Yudi Takeda, jovem de Irapuru.

Peregrinos de Irapuru (esq.) e Jaqueline em entrevista a uma TV polonesa (dir.)

Fotos: Arquivo pessoal

Diácono Alexsandro Silva Ferreira com delegações estigmatinas de diversos países

Pascom Comunicar-se na existência PE. VALDEMAR CARDOSO

A vida do ser humano vai além das existências. A afirmação é no plural porque há várias existências pelas quais ele experimenta a vida. Em cada existência o novo se apresenta como desafio a ser encarado. Junto com o novo vem também o desconhecido. Esse desconhecido causa temor e medo e desafia a força e a coragem de qualquer ser. Parece que a vida é algo escondido nos segredos das existências. Somente mergulhando nelas, é que o ser humano pode beber e saboreá-la e manifestar-se totalmente vivo. Por outro lado, a tendência humana é buscar segurança e conforto naquilo que lhe é conhecido e familiar e instalar-se aí. Mas, a dinâmica do ser (que é vida) e a dinâmica do estar (que é existência), não funcionam assim. Viver é mergulhar na existência desconhecida para que, conhecendo a desconhecida existência, entre no dinamismo da vida. Viver é abraçar a vida como uma grande viagem cósmica que exige coragem, força e gratuidade em cada existência. Viver é evoluir. Portanto, o ser humano precisa aprender a desapegar-se de tudo, para que a partir do nada, experimente o tudo que cada existência oferece. Além disso,

é urgente que o ser humano aprenda que nessa viagem cósmica tudo é possível, inclusive o impossível, e que tudo colabora para o seu bem maior. Nesse sentido, morrer é evoluir. A morte é uma existência que provoca a maior evolução dessa jornada existencial. Ela é fim e começo. Ela é fim porque põe fim a tudo aquilo que já está morto e que não serve mais. E ela também é começo porque inicia nova vida.

Pe. Valdemar Cardoso é membro da Pascom diocesana


NO MEIO DE NÓS

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ERA UMA VEZ...

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Diocese

Paróquias realizam peregrinações e fiéis passam pela Porta Santa

A ilha Era uma vez um velho avião que cortava os céus e, lá em baixo, o rio Araguaia, seco, aparecia salpicado de ilhotas. De repente a pressão do óleo começou a baixar. E o piloto resolveu pousar no primeiro lugar que apareceu. Ele avistou uma ilha de tamanho considerável, imponente, que sobrepujava todas as outras. Era o lugar ideal para um pouso. O piloto conseguiu aterrissar e logo consertou o avião, mas antes de reiniciar a viagem resolveu examinar aquele belo lugar, visível apenas na época de seca do rio. Finalmente ele decolou, levando consigo dez pedrinhas, escolhidas a dedo entre as milhares que cobriam a ilha. Elas seriam uma recordação daquele lugar fabuloso e, também, um excelente presente para sua filhinha. O tempo passou e a ilha ficou esquecida, até que um famoso joalheiro, em visita ao piloto, teve sua atenção despertada pelas pedras que serviam de jogo para a menina. Ao saber da origem delas, informou: — Pois saiba que estas pedras são preciosas! E, separando uma menor, preta e brilhante, disse: — Isto é satélite de diamante; sua filha brinca com uma autêntica fortuna!!! Não é preciso dizer que a partir de então o piloto foi o mais constante naquela rota; tudo que ele mais queria era reencontrar sua ilha. Que ironia! O destino havia lhe colocado nas mãos uma fortuna imensa; talvez

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tenha sido o homem mais rico da terra naquele quarto de hora em que permaneceu na ilha! Mas aquele tesouro imenso, e a sua ilha, existiam agora apenas na imaginação. O Araguaia sepultara para sempre aquele lugar e nunca mais foi possível localizá-lo. REFLEXÃO Todos nós, como aquele piloto, encontraremos, se já não encontramos, uma ilha no voo de nossas vidas. Mas, se a ilusão e a ânsia por sensações novas nos fizerem decolar, sem ao menos procurarmos guardar o local onde estivemos, podemos perder. E, quando um joalheiro famoso, conhecido como o senhor Tempo, nos disser que perdemos um tesouro... Voltaremos atrás como aquele piloto, mas será tarde, porque como o Araguaia, o passado terá sepultado a nossa ilha. Estejamos atentos às pedras das oportunidades que vão surgindo em nossas vidas. Pense nisso!

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista

Desde que o Papa Francisco abriu o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, em 8 de dezembro de 2015, milhões de fiéis em todo o mundo já passaram pela Porta Santa a fim de lucrarem indulgências. Na Diocese de Marília, diversos grupos já celebraram seu jubileu, como os sacerdotes, os religiosos, consagrados, os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, entre outros. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, escolheu quatro templos, onde os fiéis podem obter as indulgências. Na Região I, além da Catedral Basílica de São Bento, em Marília, os fiéis podem peregrinar para o Santuário Sagrado Coração de Jesus, em Vera Cruz. Na Região II, o templo fica em Tupã, na igreja São Pedro Apóstolo, e na Região III, os fiéis podem visitar a igreja matriz de Nossa Senhora Aparecida, em Dracena. No final de julho e nos meses de agosto e setembro, diversos grupos de paróquias programaram suas peregrinações, cada grupo em sua Região Pastoral. Um exemplo foram os fiéis de Quintana, Paulópolis e Pompeia, que peregrinaram à Porta Santa da Catedral Basílica, em Marília. Ainda na Região I, as paróquias de Garça e Álvaro de Carvalho foram até o Santuário de Vera Cruz e as paróquias Santa Antonieta e Oriente para a Catedral. Outro grupo foi formado pelas paróquias Nossa Senhora de Fátima, do Jóquei,

Santa Rita de Cássia e Nossa Senhora de Guadalupe, que peregrinaram para Vera Cruz. No último domingo de agosto, passou pela Porta Santa da Catedral o grupo de fiéis das paróquias Sagrada Família e São Judas Tadeu, de Marília, e também a paróquia de Avencas. E outro grupo, formado pelas paróquias Santa Isabel, Nossa Senhora Rosa Mística, Nossa Senhora de Fátima do bairro Fragata e Maria Mãe da Igreja foram até o Santuário de Vera Cruz. Na Região II, fiéis de Adamantina, Mariápolis, Lucélia e Pracinha fizeram sua peregrinação para a igreja de Tupã, assim como também os fiéis de Inúbia Paulista, Osvaldo Cruz, Sagres e Salmourão. Neste mês de setembro, continuam as peregrinações, que são sempre realizadas aos domingos. Os jubileus seguem o roteiro elaborado pela Pastoral Litúrgica, que é coordenada pelo Pe. Anderson Messina Perini. O Ano Santo da Misericórdia será encerrado em novembro deste ano e até lá, todas as paróquias da diocese já terão realizado suas peregrinações aos quatro templos. Neste mês, começam as peregrinações da Região III. Também foram celebrados dois jubileus em outras igrejas, por razões especiais. As apóstolas do Sagrado Coração, que, pela idade, estão impossibilitadas de se locomover, e também as irmãs clarissas, que vivem em clausura, tiveram celebrações especiais em suas capelas. Fotos: Arquivo pessoal

Grupos de paróquias têm feito suas peregrinações para os templos das Regiões I e II


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NO MEIO DE NÓS

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Destaque Clero participa de Curso de Atualização em Adamantina O tema refletido foi “Teologia do Ministério Ordenado e Eclesiologia do Papa Francisco”. A avaliação do palestrante, Dom Marcos Piatek, foi positiva. Além de receberem conhecimento, os sacerdotes da Diocese de Marília tiveram a oportunidade de conhecer melhor o bispo da nova Igreja-irmã, a Diocese de Coari. Fotos: Érica Montilha / Pascom / Diocese de Marília

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ispos, presbíteros e o diácono da Diocese de Marília estiveram reunidos em Adamantina para o Curso de Atualização do Clero. A Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini acolheu os participantes de 23 a 25 de agosto. Além dos sacerdotes, o curso também contou com a participação do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e do bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini. Dom Marcos Marian Piatek, a convite de Dom Luiz, veio do Amazonas para assessorar o curso e também para ter seu primeiro contato com a Diocese de Marília, com quem iniciará o projeto Igrejas-irmãs. Em Adamantina, o bispo

de Coari abordou o tema “Teologia do Ministério Ordenado e Eclesiologia do Papa Francisco”. “Tratei de três temas básicos: o primeiro sobre o ministério ordenado; o segundo está ligado à visão da Igreja a partir do pensamento do Papa Francisco; e, por último, tratei do Ano Santo da Misericórdia”, relatou Dom Marcos. A avaliação do assessor foi positiva. O Pe. Carlos Roberto dos Santos, pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Tupã, disse que gostou do curso de atualização deste ano. “Dom Marcos é um homem intelectual e simples, que fala ao coração do povo”, comentou o sacerdote. A identidade presbiteral foi am-

plamente debatida pelo assessor e ajudou os participantes a questionarem sua história e seu trabalho missionário. “Precisamos ser sempre missionários do Senhor, em todos os aspectos, com amor e com bastante coragem”, continuou o Pe. Carlos. O senso de humor e a alegria de Dom Marcos chamaram a atenção do clero de Marília. “Ele foi muito feliz em suas palestras, sempre dinâmicas”, disse o Pe. Willians Roque de Brito, da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília. “Foi um momento rico de aprendizagem e convivência”, garantiu o Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, vigário episcopal da Região Pastoral II.

Leigos estudam Teologia do Laicato e Eclesiologia do Papa Fotos: No Click com o Senhor

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epois do clero, foi a vez de os leigos e consagrados se reunirem para o Curso de Atualização. Oitenta e duas pessoas estiveram em Adamantina do dia 26 ao dia 28 de agosto. O evento é tradicional na diocese e, neste ano, a reflexão foi sobre “Teologia do Laicato e Eclesiologia do Papa Francisco”. Os assessores foram os padres Wagner Antonio Montoz, de Pacaembu, e Edson de Oliveira Lima, de Marília. O curso reforçou o protagonismo dos leigos e teve a aprovação dos participantes. “Amo aprender cada vez mais e compreender meu papel de leiga”, disse Ivete Cordeiro Barbosa, de Tupã. “É sempre bom rever os pontos que nos capacitam e nos colocam

à disposição da Igreja”, comentou Luiz Eduardo Caparroz, de Garça. Durante o encontro, os sacerdotes frisaram três elementos tirados do Documento 105 da CNBB: o sal da terra, a luz do mundo e o fermento que faz levedar a massa. Segundo o Pe. Edson, o objetivo foi oferecer aos participantes o sabor desse sal, a luminosidade dessa luz e o fermento, que não precisa ser muito, mas preci-

sa ter qualidade suficiente para fazer levedar a massa. “Nossos leigos não são coajuvantes na vida eclesial, eles são protagonistas. A vocação laical é um chamado de Deus”, comentou o Pe. Wagner. O evento teve a participação do bispo Dom Luiz Antonio Cipolini, e do coordenador de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira

Leigos e consagrados reunidos durante a Atualização na Casa Pastoral Diocesana


NO MEIO DE NÓS

Setembro de 2016

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“Nosso povo vive de acordo com o ritmo das águas” O bispo de Coari (AM) esteve na Diocese de Marília a convite de Dom Luiz Antonio Cipolini. Ele assessorou o Curso de Atualização do Clero, em Adamantina, e teve o primeiro contato com a sua Igreja-irmã. Em entrevista ao NO MEIO DE NÓS, Dom Marcos falou sobre a realidade da Amazônia e as características da diocese.

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Diocese de Marília recebeu, em agosto, a visita de Dom Marcos Piatek. Ele foi o assessor do Curso de Atualização do Clero (leia texto na página 8). De origem polonesa, Marek Marian Piatek nasceu em 10 de outubro de 1954 e foi ordenado sacerdote em 5 de junho de 1980, ainda na Polônia. O sacerdote redentorista é mestre e doutor em Teologia Moral pela Universidade Lateranense de Roma. No Brasil, o religioso chegou em 1986, adotou o nome Marcos Piatek e trabalhou por 11 anos na Paróquia da Ressurreição do Senhor, em Salvador (BA). Em 15 de junho de 2011, o Papa Bento XVI o nomeou bispo para a então Prelazia de Coari, no Estado do Amazonas. A ordenação episcopal ocorreu em Salvador, em 12 de agosto do mesmo ano, pelas mãos de Dom Murilo Krieger, primaz do Brasil. Dois anos depois, em 9 de outubro de 2013, o Papa Francisco elevou a prelazia a nível de diocese. Com isso, Dom Marcos tornou-se bispo diocesano de Coari. A instalação canônica e a posse de Dom Marcos, no entanto, ocorreram no ano seguinte, em 16 de março. A vinda de Dom Marcos à Diocese de Marília teve sua origem em 2015, durante a Assembleia Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Em Aparecida (SP), o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, conheceu Dom Marcos. “Posteriormente, recebi uma carta dele, falando sobre um eventual projeto de Igrejas-irmãs entre Marília e Coari”, contou Dom Marcos. O bispo de Coari comentou que reencontrou Dom Luiz em abril deste ano, novamente durante a Assembleia Geral da CNBB. “Falei a ele que conversaria primeiro com o clero de Coari e posteriormente trataríamos da questão”, lembrou. A prelazia de Coari foi criada em 1963 e entregue aos padres redentoristas e, em sua história, já participou de um projeto de Igrejas-irmãs com a diocese paulista de Mogi das Cruzes. A Diocese de Marília, por sua vez, também já viveu essa experiência de ajuda mútua com a Diocese de Formosa, em Goiás. A motivação de Dom Luiz em convidar a Diocese de Coari foi a orientação da CNBB, que toda a Igreja do Brasil se volte para a Amazônia. “O projeto Igrejas-irmãs está dando um novo passo na Diocese de Marília com a presença do bispo de Coari. Dom Marcos aceitou prontamente meu convite para conduzir a Atualização do Clero”, comentou o bispo de Marília. A razão de sua vinda foi a assessoria da Atualização, mas sua presença em Adamantina foi o primeiro contato com a realidade pastoral de Marília. “Estamos no processo de conhecimento. Não temos, ainda, nenhuma proposta concreta”, disse Dom Marcos, em entrevista ao NO MEIO DE NÓS. O bispo revelou que Dom Luiz já está convidado a assessorar o seu Retiro do Clero, que ocorrerá no início do próximo ano, em Manaus (AM). “O convite já está feito desde abril, durante a Assembleia. Depois do retiro, com certeza Dom Luiz irá visitar nossa diocese, nossas comunidades. E essa

será a oportunidade de conhecer nossa realidade. Não é bom estabelecer compromissos, sem conhecimento”, considerou Dom Marcos. A REALIDADE DE COARI “Nosso povo vive conforme o ritmo das águas”, disse Dom Marcos, quando perguntado sobre qual é a realidade dos fiéis de sua diocese. Todos os anos, o povo convive com o período de cheias, que dura em torno de três meses, e alaga grandes faixas de terra. Além disso, não existem rodovias e estradas que ligam as cidades. O transporte entre um centro e outro se dá, basicamente, via fluvial, através de canoas, barcos ou lanchas. A cidade de Coari tem aeroporto, mas não existem equipamentos que permitem a decolagem e aterrissagem de aviões em dias com tempo ruim. Por esse motivo, aliás, Dom Marcos saiu um dia antes do previsto para chegar a tempo de pegar o voo de Manaus a Bauru (SP). No trajeto de Coari a Manaus, o bispo fez uma viagem de dez horas em uma lancha. “Eu me comprometi com o clero de Marilia e não queria deixar o pessoal na mão”, riu Dom Marcos. Coari, que tem 100 mil habitantes, fica a 400 quilômetros da capital do Amazonas, em linha reta. “Não existe transporte via estrada, somente pelo rio. Quando cheguei aqui, fui com Dom Luiz para Adamantina e chegamos em um instante”, falou admirado. Dom Marcos comentou que durante o ano de 2015 ficou mais de 200 dias fora de casa. “Qualquer viagem para participar de um encontro leva, no mínimo três dias. O primeiro para ir, outro para participar do encontro e o terceiro dia para re-

tornar. É uma verdadeira vida missionária”, garantiu, sorridente. A Diocese de Coari tem uma extensão de 130 mil quilômetros e é composta por sete municípios, com um total de 10 paróquias. O clero é formado por 20 sacerdotes, sendo 14 do clero diocesano e o restante de religiosos da Congregação do Santíssimo Redentor. “Na nossa diocese, o clero é relativamente novo. O único idoso sou eu”, riu Dom Marcos. Ele também disse que os padres são nativos e somente um sacerdote é da Diocese de São José dos Campos. “Além dele, o único gringo sou eu”, divertiu-se. Segundo o bispo, Coari é abençoada por ter um Seminário Diocesano, desde 2000, onde os jovens fazem um período de preparação, chamado propedêutico. Para os cursos de filosofia e teologia os seminaristas vão para Manaus. Sobre os habitantes da região, Dom Marcos disse que é um povo católico muito bom. “Temos uma Igreja nova, dinâmica e com muitos jovens”. Questionado sobre o clero de Marília, o bispo de Coari não deixou de se impressionar com as diferentes realidades. “Vocês têm bastante padres. Pelo tamanho da diocese, têm várias paróquias e um clero numeroso”, comentou admirado. Além de um verdadeiro missionário, Dom Marcos também desempenha algumas funções não muito comuns a outros colegas do episcopado. Ele foi o responsável por desenvolver e alimentar o blog da Diocese de Coari — diocesedecoari. blogspot.com.br — onde os fiéis da Diocese de Marília podem conhecer mais sobre sua nova Igreja-irmã.


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NO MEIO DE NÓS

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Encontros marcam o Dia do Catequista No último domingo de agosto, dia 28, a Igreja celebrou o Dia do Catequista. Na ocasião, a Diocese de Marília os reuniu em encontros regionais para momentos de espiritualidade. Em Marília, cerca de 250 catequistas da Região I estiveram na Capela Nossa Senhora das Graças, no bairro Nova Marília. O tema de reflexão foi “Maria e a Misericórdia”, ministrado pelo Monsenhor Edmilson José Zanin, do clero da Arquidiocese de Botucatu. “Foi um momento maravilhoso e especial sobre Maria, modelo de fé, doação, obediência e amor”, lembrou a coordenadora regional, Rosa Maria Oliveira. Na Região II, o evento foi realizado na Paróquia Imaculada Conceição, de Parapuã, e reuniu cerca de 540 catequistas. O tema — “Os dogmas marianos” — foi refletido pelo Pe. Luciano Pontes, de Marília. Estiveram presentes os seminaristas

propedeutas e também sacerdotes da Região, além do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. O destaque foi a entrada de Nossa Senhora, preparada pelos catequistas e crianças da comunidade. Finalmente, na Região III, o encontro celebrativo começou com a acolhida aos novos catequistas, que iniciaram o ano dizendo “sim” ao chamado de Deus. O tema, assessorado pelo Pe. André Martins, de Marília, foi “Espiritualidade Mariana”. Ao todo, cerca de 350 pessoas estiveram reunidos na Pousada do Bom Samaritano, em Dracena. Eles fizeram um instante de silêncio em memória do Frei Eraldo Bortoletto, que foi assessor regional da Catequese e faleceu em junho deste ano. “Acredito que fechamos o mês vocacional com chave de ouro”, concluiu a coordenadora na Região III, Dejandira Moraes Rorato.

Fotos: Regiões Pastorais

Região I

Região II

Região III

Irmã Custódia ministra formação para 500 músicos

Catequistas recebem formação nas Regiões Pastorais II e III

A Paróquia São Francisco Xavier, de Bastos, sediou um encontro de formação promovido pela Pastoral Litúrgica, no dia 7 de agosto. O evento reuniu cerca de 500 participantes, de 45 paróquias, que foram assessorados pela Irmã Custódia Maria Cardoso. A religiosa é referência nacional no assunto e foi auxiliada pelo salmista oficial do Santuário Nacional de Aparecida, o músico Milton Campos Júnior. Eles falaram da música sacra, desde os primeiros cristãos, passan-

Recentemente, os catequistas da Diocese de Marília estiveram reunidos para encontros de formação. A proposta foi refletir o tema “Comunicação no processo de Iniciação à Vida Cristã” e o lema “Senhor, todos Te procuram (Mc 1, 35-39)”, em consonância com o IX Sulão Bíblico Catequético, que será realizado no ano que vem em Florianópolis (SC). Na edição passada, o NO MEIO DE NÓS trouxe informações sobre o evento na Região Pastoral I. Neste mês, a coordenação diocesana repassou informações de outras paróquias das Regiões II e III. Segundo Fernanda Castanha Gutierres, todas as paróquias da Região II reuniram seus catequistas, sendo que a maioria dividiu o estudo durante uma semana e algumas realizaram um único encontro. “Também tiveram paróquias que, além de fazer o estudo das Cartas do

do pelo canto gregoriano, até chegar aos dias de hoje, com as orientações do Concílio Vaticano II. De acordo com a Irmã Custódia, por meio de seu ofício nas missas, o músico promove a aproximação das pessoas com Deus. O assessor da Pastoral Litúrgica, Pe. Anderson Messina Perini, elogiou a religiosa pelo seu dinamismo. “Cada exemplo de canto litúrgico era presentado com seu fundamento teológico, histórico e litúrgico”, lembrou. Fotos: Arquivo pessoal

Irmã Custódia é referência no tema (esq.) e músicos de diversas paróquias (dir.)

Sulão, refletiram o tema ‘Catequese Familiar’, à luz da Exortação Pós-Sinodal Amoris Laetitia”, informou a coordenadora da Região II. A Região III realizou sua formação por microrregiões. Segundo Dejandira Moraes Rorato, coordenadora regional da Catequese, a maioria dos encontros foi assessorada por seminaristas. Ao todo, 16 paróquias promoveram a formação para seus catequistas. “Os assuntos abordados enriqueceram nosso cotidiano e deram nova vida para nossa formação catequética”, disse Dejandira. A coordenadora diocesana da Catequese, Regina Zanandrea, afirmou que, na formação, a colaboração de coordenadores paroquiais, seminaristas e padres foi de extrema importância. “Todas as paróquias deram testemunhos muito positivos: gostaram e aprenderam bastante”, avaliou.


NO MEIO DE NÓS

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Fiéis transformam Belém na Capital da Eucaristia Na semana em que foi realizado o XVII Congresso Eucarístico na capital paraense, cerca de 52 mil católicos professaram publicamente a fé na presença real de Jesus nas espécies eucarísticas.

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TIAGO BARBOSA

urante uma semana, entre os dias 15 e 21 de agosto, católicos de todo o país estiveram em Belém (PA) para a realização do XVII Congresso Eucarístico Nacional (CEN). Com o tema “Eucaristia e Partilha na Amazônia Missionária”, aproximadamente 52 mil peregrinos participaram de arrastões de evangelização, adoração eucarística, jornadas pastorais, feiras católicas, shows e missas diárias. O bispo diocesano de Marília,

Dom Luiz Antonio Cipolini e os padres Ademilson Luiz Ferreira, Júlio Pereira de Souza Neto e Luiz Henrique de Araújo se uniram aos 1.800 ministros ordenados que, juntamente com os fiéis, transformaram Belém na Capital Nacional da Eucaristia. A missa de encerramento, presidida pelo enviado especial do Papa Francisco ao evento, o cardeal Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo (SP), concentrou o maior número de fiéis que, por meio da procissão após a celebração, professaram publicamente a fé na presença real de Foto: Érica Montilha / Pascom / Diocese de Marília

Chegada da procissão fluvial com o Santíssimo Sacramento no Portal da Amazônia

Mais de 1.000 crianças da Arquidiocese de Belém receberam a Primeira Comunhão

Pe. Júlio, Pe. Luiz Henrique, Dom Luiz e Pe. Ademilson participaram do CEN2016

Jesus nas espécies eucarísticas. O cardeal ressaltou que na Amazônia missionária a presença da Igreja será assegurada pela prática da misericórdia: “A misericórdia será o teste da autenticidade de nossa pregação”.

Associação de São José reúne 150 pessoas em encontro diocesano

ANO SANTO Para que os peregrinos do CEN vissem a proposta do Ano da Misericórdia, aconteceu no sábado, dia 20, a Jornada de confissões. Bispos e padres administraram o Sacramento em todas as igrejas da capital paraense. Dom Luiz Antonio e o Pe. Ademilson atenderam as confissões na Paróquia Nossa Senhora Aparecida.

Durante o mês vocacional foi realizado o Encontro Anual da Associação de São José. Aproximadamente 150 pessoas estiveram reunidas no Seminário Diocesano São Pio X, na cidade de Marília, no dia 21 de agosto. Após a acolhida aos participantes, foi recitada a oração do terço e também uma meditação sobre a figura de São José, conduzida pelo Pe. Murilo Aparecido Dias, de Tupã. Em seguida, foi servido o almoço e houve a celebração da santa missa. No mesmo encontro, os participantes celebraram o padroeiro do Seminário Propedêutico e o aniversário do seu reitor, o Pe. Luciano Pontes, que também desempenha a função de assessor diocesano da Associação de São José. O sacerdote avaliou positivamente o evento deste ano. “O encontro foi bastante fraterno e se desenvolveu num clima muito agradável, o que ajudou a motivar os grupos da Associação de São José a levar adiante essa missão tão importante de trabalhar e rezar pelas vocações”, comentou. Finalizando, o Pe. Luciano aproveitou para fazer um apelo: “Desejo que outras pessoas interessadas se juntem a esse grupo e façam parte da Associação de São José para que esse movimento continue a colaborar, com muito entusiasmo, na formação dos nossos futuros padres, para, assim, produzir muitos frutos em benefício do nosso clero”.

AMAZÔNIA MISSIONÁRIA Uma das finalidades do Congresso é que as diferentes realidades e culturas se abracem e, unidas pela Eucaristia, manifestem a universalidade da Igreja e a diversidade de dons. Durante a programação, os participantes marilienses tiveram contato com a religiosa Maria da Conceição da Rocha, da Congregação das Irmãs Missionária da Imaculada Conceição da Mãe de Deus (SMIC). Nascida no município de Soure (PA), a Irmã, há mais de 40 anos trabalha com os índios da tribo Mundurucu. Em entrevista ao NO MEIO DE NÓS, a religiosa, que atua desde 1973 na cidade de Jacareacanga (PA), disse que foi enviada para a missão devido à tuberculose que devastava a população indígena na década de 70. Hoje, a Irmã Maria da Conceição acompanha a realidade dos índios que, segundo ela, após o contato com a TV, adquiriram algumas práticas prejudiciais à própria cultura, como o alcoolismo, a prostituição e a contaminação de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Por isso, as irmãs trabalham também com a conscientização para a conservação da cultura nativa. Informada sobre a intenção do Projeto Igreja-irmã com a Diocese de Coari, a religiosa missionária deixou uma motivação: “amem e nunca discriminem os povos indígenas. Que a Diocese de Marília seja uma força para que os índios continuem sendo essas pessoas carismáticas que o Brasil possui”, concluiu.

Foto: Arquivo pessoal

Associação ajuda formação dos seminaristas


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Paróquias dão continuidade às Missões Populares Atualmente, três paróquias da Diocese de Marília realizam as Santas Missões Populares. Em Marília, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus iniciou o período formativo. O “Evangelho de Lucas e os Atos dos Apóstolos”, na perspectiva missionária, foi a primeira formação bíblica assessorada pelo Pe. Pe. Willians Roque de Brito, nos dois primeiros sábados do mês de agosto com a par-

ticipação de 160 pessoas. Estão previstas outras formações: “Eclesiologia” para setembro e “Missiologia” para o mês de outubro. Na Paróquia Santa Rita de Cássia, também em Marília, as Santas Missões já tiveram um primeiro retiro, e duas formações, sobre “História da Igreja” e “Eclesiologia do Vaticano II”. Segundo o vigário paroquial, Pe. Willians, o retiro contou com 245

participantes. No mês de setembro, haverá formação sobre Eclesiologia e serão feitas as primeiras visitas para realizar o senso paroquial. A terceira paróquia em Missão é a São José Operário, de Tupã. O primeiro retiro foi realizado em julho e os 200 participantes foram assessorados pelo seminarista Francisco Andrade. O tema deste retiro foi “A Missão de Jesus na Galileia” e uma

reflexão sobre o “Ser Discípulo Missionário” a partir do Documento de Aparecida. “O retiro foi bem acolhido pelos paroquianos e nos surpreendeu a participação dos fiéis”, disse o pároco, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva. Segundo o sacerdote, a paróquia trabalha a setorização do seu território e, em setembro, será realizada uma formação bíblica do Livro de Miqueias.

Mosteiro Maria Imaculada recebe Porta da Misericórdia TIAGO BARBOSA

No calendário litúrgico da Igreja, o dia 11 de agosto é dedicado à memória de Santa Clara, fundadora do ramo feminino da Família Franciscana. Nesta oportunidade, por ocasião do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o bispo Dom Luiz Antonio Cipolini abriu a Porta Santa no Mosteiro Maria Imaculada, em Marília. Durante a missa no único claustro feminino da Diocese, onde vivem as Irmãs Clarissas da Ordem de Santa Clara, Dom Luiz ressaltou o desejo do Papa Francisco de todos os cristãos refletirem e viverem as obras de misericórdia corporais e espirituais. Citando-as, o bispo diocesano lembrou que elas constituem a maneira de acordar as consciências, muitas vezes adormecidas perante o drama da pobreza. “Se quisermos experimentar a misericórdia de Deus nosso Pai, se quisermos sentir a alegria que vem de Deus, sejamos praticantes das obras de misericórdia;

quem as coloca em prática é feliz”, disse. A abadessa, Irmã Francis Maris da Imaculada, responsável pelo mosteiro, expressou a alegria das 16 religiosas enclausuradas em celebrar o perdão de Deus com a passagem pela Porta da Misericórdia. “Ficamos muito felizes pela oportunidade. É o momento que Nosso Senhor olha para a nossa miséria e nos perdoa”, afirmou a religiosa. Ao falar da vida de Clara, santa que criou a Regra da Ordem que leva seu nome e inspira a vida de monjas reclusas no mundo inteiro, o bispo lembrou que suas renúncias, realizadas ainda na juventude, foram feitas para que ela seguisse o caminho apontado por São Francisco de Assis, homem que marcou o século XIII com sua pobreza e alegria no seguimento de Cristo. “Santa Clara deixou tudo que ela tinha para seguir este caminho, que é o próprio Cristo; por isso ela entrou nesta videira que é a vida religiosa”, explicou Dom Luiz. Fotos: Érica Montilha / Pascom / Diocese de Marília

Dom Luiz abre a Porta Santa no mosteiro em Marília (esq.) e Clarissas que vivem em clausura (dir.)

Foto: Pastoral da Sobriedade

Grupo se reuniu na Chácara Cristo Rei para a 12ª Assembleia

Pastoral da Sobriedade do Estado se reúne em Marília A cidade de Marília sediou, em 27 e 28 de agosto, a 12ª Assembleia Estadual da Pastoral da Sobriedade. Cento e vinte pessoas estiveram reunidas na Chácara Cristo Rei. O evento teve a presença da coordenadora nacional, Ana Godoy, do coordenador estadual, José Luiz Prata, além dos coordenadores diocesanos, assessores eclesiásticos e agentes do Regional Sul I. O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, também compareceu e falou com os participantes do encontro. O coordenador diocesano da Pastoral da Sobriedade, Manuel Francisco Otre, lamentou a ausência de Dom Irineu Danelon, fundador e

assessor eclesiástico nacional, que foi hospitalizado após ser acometido por um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Além dos momentos de formação e espiritualidade, os participantes aproveitaram para fazer a composição da lista tríplice para a nova coordenação estadual. Os momentos de espiritualidade foram conduzidos por um sacerdote da Diocese de Guarulhos, o Pe. Cristiano Aparecido de Souza. Também houve a palestra do seminarista Edson Barbosa, que tratou das Obras da Misericórdia na Sobriedade, e da assistente social Maria Madalena Polom Sá Freire, da Divisão Regional de Saúde, que falou sobre a Rede de Atenção Psicossocial.


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Encontro sobre o Ano Santo reúne religiosos em Lucélia Foto: No Click com o Senhor

TIAGO BARBOSA

No final de semana em que a Igreja dedica as orações para a vida consagrada e religiosa, o núcleo da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) na Diocese de Marília promoveu uma manhã de espiritualidade. O evento aconteceu em Lucélia, na Casa Provincial da Congregação das Irmãs de São José de Cluny, e reuniu, no dia 20 de agosto, 25 religiosos e consagrados que atuam no território diocesano para reflexão e partilha conjunta. Motivado pelas orientações do Jubileu Extraordinário, que se estende até o dia 20 de novembro, o encontro teve como tema “A vida consagrada provocada pelo Ano da Misericórdia” e foi

Apostolado prepara Jubileu em Vera Cruz Por ocasião do Ano Santo da Misericórdia, a Romaria Interdiocesana do Apostolado da Oração de 2016 será, na verdade, o Jubileu da Misericórdia do Apostolado da Oração. O evento ocorrerá no dia 18 de setembro, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, que é um dos seis templos da diocese onde os fiéis podem obter as indulgências nesse Ano Santo. Além dos fiéis da Diocese de Marília, o jubileu deverá contar com a presença de fiéis de Estados vizinhos. Os romeiros passam o dia na cidade e participam de diversas atividades religiosas, como procissão, missa, momento de animação e louvor, terço, bênção do Santíssimo e Celebração do Envio. E neste ano foi inserida a passagem pela Porta Santa para marcar o Jubileu da Misericórdia. “A romaria é uma data especial do nosso calendário paroquial. Momento em que, juntamente com os devotos de diversos Estados, formamos um só coração, unidos pela fé e devoção ao Sagrado Coração de Jesus”, disse o reitor do santuário, Pe. Marcos Roberto Marques Ortega. A Pastoral da Comunicação do Santuário transmitirá, ao vivo, a Santa Missa e a bênção do Santíssimo pelo endereço sscjesus.paroquia.net.br.

Religiosos estiveram reunidos na Casa Provincial das Irmãs de São José de Cluny

assessorado pelo Pe. Cléber Polizer, da Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo. Ao falar da identidade

de batizados e de consagrados, o sacerdote vicentino alertou os participantes sobre a dimensão de cada carisma: “o

Senhor nos chamou e nos inseriu numa família religiosa, que Ele mesmo suscitou na sua Igreja”. Após a conferência, os religiosos foram divididos em grupos de partilha para a reflexão de como colocam em prática as propostas do Papa Francisco para o Ano Santo. Segundo o Irmão Gabriel, monge da Divina Misericórdia, a iniciativa do núcleo diocesano da CRB foi importante para que cada comunidade pudesse refletir seu próprio carisma, já que cada instituto de vida consagrada nasceu para expressar uma obra de misericórdia. “Foi uma oportunidade de estreitar a fraternidade, para sermos expressão sempre mais fecunda do Evangelho em nossa Diocese.

FIQUE DE OLHO MARIANINHOS A Federação Mariana da Diocese de Marília promoveu, no dia 21 de agosto, seu 2º Encontro de Integração dos Marianinhos da Região I. O evento ocorreu na Chácara Bela Vista e teve a assessoria do seminarista Edson Barbosa, que tratou o tema “10 mandamentos e Obras de Misericórdia”. No período da tarde, os marianinhos tiveram atividades diversas, como jogos de futebol, vôlei, “alerta” e brincadeiras na piscina e com pipas. De acordo com Alessandra de Cassia Montisseli de Carvalho, secretária da Federação Mariana, as crianças tiveram boa interação umas com as outras e se mantiveram animadas o tempo todo. O encontro contou com a presença de 50 pessoas e os marianinhos participantes foram das paróquias São João Batista (Comunidade Soldadinhos de Maria) e Sagrada Família (Comunidade Nossa Senhora da Ternura). Além das crianças, também estiveram reunidos alguns pais, seminaristas, os coordenadores e membros da Federação Mariana. “Levamos como mensagem as palavras do seminarista Edson: ‘Só temos hoje para amar, só temos agora. E quem ama não erra’”, lembrou Alessandra.

ENCONTRO DE SECRETÁRIOS Neste Ano Santo da Misericórdia, as secretárias e secretários da Diocese de Marília também terão um momento especial para celebrar seu Jubileu. No dia 30 de setembro, Dia da Secretária, será realizado um encontro diocesano em Tupã. Segundo a secretária do Centro Diocesano de Pastoral, Fátima Rodrigues do Nascimento, os participantes se reunirão no Centro de Convivência Monsenhor Afonso Haffner e depois seguirão em peregrinação para a igreja matriz de São Pedro Apóstolo, para passarem pela Porta Santa. Lá participarão de uma missa que deverá ser presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Após a

celebração, será servido o almoço e no período da tarde haverá uma confraternização, na Paróquia São Judas Tadeu. Até o fechamento desta edição, não haviam sido definidos os horários e todo o itinerário do Encontro Diocesano de Secretários. ANIVERSÁRIO O mês de setembro será especial para o bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini. Além de celebrar 34 anos de ordenação episcopal no dia 12, ele também completará 80 anos de vida no dia 24. O NO MEIO DE NÓS deseja a Dom Osvaldo muitas felicidades e que Deus continue lhe abençoando.

Marianinhos tiveram diversas atividades e brincadeiras durante o encontro


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NO MEIO DE NÓS

Setembro de 2016

Região I Grupo da Catedral realiza retiro na Fundação Casa No dia 20 de agosto, o grupo “Perseverai em Deus”, da Pastoral Carcerária da Catedral São Bento, de Marília, realizou o VI Retiro de Espiritualidade. O evento ocorreu na Fundação Casa de Marília e teve como tema “Sou mais que um amigo”. Segundo os organizadores, 73 jovens participaram voluntariamente do retiro, com alegria e entusiasmo. “Eles interagiram positivamente em todos os momentos”, relatou Luciana Cheder Tedesco, coordenadora do grupo da Catedral. Para ela, o tema do retiro dos internos foi uma inspiração de Deus. “Nosso intuito foi mostrar aos jovens que nós, da Pastoral Carcerária, somos mais que amigos; somos ‘anjos’ que o Senhor enviou, como diz a canção da banda católica Anjos de Resgate. Esses ‘anjos’ são enviados a eles com um único propósito de levá-los à presença de Deus, de promover o encontro de cada um deles com Deus”, disse Luciana. A coordenadora foi uma das palestrantes e falou sobre a “Parábola do filho pródigo”, ressaltando a escolha errada do filho e a figura do pai, que é muito mais que um amigo; é um pai que usa de misericórdia diante de nossas misérias. Luciana meditou com eles sobre a necessidade de pensar sobre as buscas

pessoais, de reconhecer os pecados, de se arrepender e de voltar para Deus, tendo com Ele uma experiência do amor misericordioso. “Não podemos viver como filhos que só estão interessados na herança, pois eu não quero as coisas de Deus. Eu quero o Deus de todas as coisas”, frisou Luciana aos internos. Durante o encontro, houve também o testemunho de Adilson Olivatto, pertencente à Paróquia Santa Rita, de Marília, que teve sua vida transformada pelo Senhor, em um retiro como este. Os internos tiveram, ainda, a presença do Pe. Antônio Padula, do Santuário Nossa Senhora da Glória, de Marília, que expôs Jesus Eucarístico aos jovens. “Foi um momento lindo, de muita oração. O Pe. Padula deixou aos jovens a mensagem de que, naquele momento, todos eles se tornavam seus filhos espirituais e que em toda santa missa apresentará todos eles a Deus”, lembrou Luciana. De acordo com ela, ao término do retiro houve uma grande festa no céu e também no centro socioeducativo. “Preparamos para os meninos uma linda festa, com direito a bexigas, refrigerantes, bolo e salgados, tudo preparado com muito carinho, pois é assim que o pai acolhe o filho que retorna’, concluiu a coordenadora. Foto: Grupo “Perseverai em Deus”

Pastoral do Batismo encerra ciclo formativo de 2016 TIAGO BARBOSA

Com o objetivo de desenvolver as motivações do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, a Pastoral do Batismo diocesana realizou, em 24 de julho, o último encontro regional formativo do ano para seus agentes de pastoral. Assessorada pelo seminarista Tiago Barbosa, a iniciativa aconteceu na Paróquia Maria Mãe da Igreja, em Marília, e reuniu 148 membros das paróquias da Região I. Segundo o assessor diocesano, Pe. Márcio Rios, nas Regiões II e III os encontros aconteceram, respectivamente, em abril e maio, e tiveram como finalidade a atualização dos agentes sobre as necessidades do Sacramento do Batismo, a promoção da espiritualidade, o estabelecimento do bom convívio entre os membros e

a troca de experiências a partir de cada realidade paroquial. “Foram encontros riquíssimos”, avaliou. “Para os agentes do Batismo foi muito positivo pelo fato de ajuda-los nos encontros paroquiais. Principalmente no que lembra a acolhida e o perdão para sermos misericordiosos como o Pai”, avaliou Dorival Nogueira de Santana, de Junqueirópolis, coordenador da Pastoral do Batismo na diocese. Após este ciclo de formação, a equipe diocesana se reunirá no dia 30 de outubro, em Pompeia, para uma avaliação detalhada dos trabalhos realizados e também para planejar o calendário para o ano de 2017. “Agradeço a equipe diocesana por toda a dedicação nos encontros e também a todos os agentes pela confiança depositada em nós”, concluiu Pe. Márcio.

Em Marília, missa finaliza a Semana Nacional da Família Dentre as atividades do mês vocacional, do dia 14 ao dia 20 de agosto, foi celebrada a Semana Nacional da Família. A comemoração levou as paróquias da Diocese de Marília a realizarem diversas atividades. Na cidade de Marília, cada paróquia teve sua programação, mas o encerramento ocorreu com uma missa única na Paróquia Santo Antônio, que contou com fiéis das demais paróquias. A celebração foi presidida pelo Cônego João Carlos Batista, vigário geral

da diocese, pois Dom Luiz Antonio Cipolini estava no Congresso Eucarístico Nacional, em Belém (PA). A missa foi concelebrada pelos demais sacerdotes da cidade. Para a coordenação diocesana da Pastoral Familiar, um gesto simbólico foi a entronização da imagem da Sagrada Família. “Ficamos muito felizes e agradecidos pela acolhida da Paróquia Santo Antônio”, disse Jaime Piassa, que coordena a pastoral juntamente com sua esposa, Rogéria. Foto: Érica Montilha / Pascom / Diocese de Marília

Jovens internos durante retiro organizado pelo Grupo “Perseverai em Deus”

Padres de Marília se reuniram para missa de encerramento da Semana da Família


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Região II Paróquia de Herculândia comemora Jubileu de Carvalho A Paróquia Sant’Ana, de Herculândia, celebrou no dia da padroeira, 26 de julho, 80 anos de criação. O Jubileu de Carvalho teve uma extensa programação, que acolheu diversos sacerdotes e bispos que já passaram pela cidade. Dentre os sacerdotes, estiveram os padres José Carlos Vicentin, José Orandi da Silva, Manoel Cirino de Souza e Jorge Ricardo Cintra da Silva. A programação especial teve o seu ponto culminante nas festividades do tríduo da padroeira e da festa jubilar. No dia 22 de julho, o tríduo foi presidido por Dom Frei Irineu Andreassa, bispo de Lages (SC), que celebrou em ação de graças pelas famílias pioneiras e recordou os três anos que atuou em Herculandia. No dia 23 de julho, presidiu a celebração Dom José Carlos Brandão Cabral, bispo de Almenara (MG). O prelado celebrou em ação de graças pelos vocacio-

nados, saudou seus familiares e ressaltou que foi batizado na paróquia. No último dia do tríduo, a comunidade acolheu Dom Osvaldo Giuntini, bispo emérito da Diocese de Marília, que celebrou missa em ação de graças pelo ministério dos bispos e sacerdotes vivos e falecidos que serviram a paróquia. Na ocasião, Dom Osvaldo recebeu das mãos do prefeito e do presidente da Câmara Municipal o título de cidadão herculandense, em reconhecimento pelos anos dedicados aos católicos do município. Nas vésperas da festa, dia 25 de julho, houve uma carreata em louvor a São Cristovão, com a participação de mais de 400 carros. Já no dia da padroeira, a festa teve início às 19h, com a presença do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e diversos padres da diocese. Dom Luiz plantou um carvalho na Praça da Matriz e descerrou a placa comemo-

rativa juntamente com o pároco. Após o canto de Ação de Graças, deu-se início a celebração eucarística, tendo como momentos significativos o hino de louvor com a entrada de 80 fiéis com velas, a entronização da Palavra de Deus com dança, a apresentação das oferendas por avós da comunidade e as mensagens que exaltaram a presença de Deus e a dedicação dos católicos na construção dos 80 anos da comunidade paroquial. A Paróquia Sant’Ana foi criada por Dom Henrique Cézar Mourão, bispo de Cafelândia, em 30 de junho de 1936, desmembrando-a da Paróquia São Bento, de Marília. Hoje, ela é atendida pelo Pe. Manoel Carlos Nery de Souza, possui diversas pastorais e movimentos e conta com três religiosas das Congregação das Irmãs Missionárias de Nossa Senhora de Fátima, que administram o hospital da cidade.

Fotos: Paróquia de Herculândia

Dom Irineu participou das festividades

Região III Movimentos marianos comemoram aniversário no santuário de Dracena Fotos: Santuário de Dracena

Fiéis reunidos para recitação do terço

TIAGO BARBOSA

Foi em torno da imagem de sua padroeira, que os movimentos Terço dos Homens e Terço das Mulheres do Santuário Nossa Senhora de Fátima, de Dracena, comemoraram o primeiro ano de existência. Em terço recitado no dia 8 de agosto, as famílias do Santuário que integram os movimentos louvaram a Deus pelos 12 meses de orações que têm oferecido inúmeros benefícios aos fiéis. “O Terço dos Homens e das Mulheres são dádivas para as paróquias que os têm. Eu vejo como um exército de Maria na vida da paróquia que vem para combater os males que afligem nossas casas”, ressaltou o Pe. Wilson Luís Ramos, reitor do Santuário. O sacerdote acrescentou que o Terço das Mulheres, fervoroso desde a sua origem na comunidade, teve início a partir

da movimentação masculina. Para ele, as duas iniciativas criam um apostolado de oração e de fé em torno da Virgem Maria. Integrantes dos grupos de Terço dos Homens do distrito de Jamaica, e das paróquias Nossa Senhora Aparecida, de Dracena, e São Pedro Apóstolo, de Pauliceia, também participaram do momento festivo. Segundo Terezinha Miloch Clemente que, semanalmente participa da recitação com outras mulheres, a oração em comunidade representa, além de graças cotidianas, mais intimidade com a Virgem Maria. “Minha família está mais ligada à oração hoje em dia”, explicou. Desde agosto de 2015, todas as segundas-feiras, os homens rezam o terço no Santuário e, as mulheres, na Capela São Judas Tadeu. Na última semana do mês, juntos, a oração é feita pelas famílias.

MOTIVAÇÃO O início dos dois movimentos no Santuário aconteceu em 2015, quando Vinícius Cristofani se mudou de Três Lagoas (MS) para Dracena. O motivador explica que em sua antiga moradia, no Mato Grosso do Sul, ele recitava o terço juntamente com outros homens todas as semanas. “Quando cheguei, eu e minha esposa conversamos com o Pe. Wilson, ele apoiou e o movimento teve seu início em 10 de agosto do ano passado”. Cristofani, que coordena o Terço dos Homens, relatou que muitas pessoas, a partir da experiência de todas as segundas-feiras, passaram a frequentar as missas e participar da vida de comunidade. Questionado sobre os benefícios que a proposta provocou em sua família, ele concluiu: “Toda semana, fico ansioso para rezar. Tem sido um bem para mim, para minha família e para a comunidade”.


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Assembleia Diocesana discutirá atualização do PDP

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Assembleia Diocesana já está sendo preparada e, neste ano, ocorrerá na cidade de Adamantina. No dia 25 de setembro, agentes de pastoral de todas as paróquias estarão reunidos na FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas), juntamente com o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e todo o clero. O tema de discussão será o PDP (Primeiro Plano Diocesano de Pastoral), uma vez que, no último Encontro de Assessores e Agentes, no mês de fevereiro, foi votada sua continuidade e renovação de sua vigência. O Plano passará por uma atualização, à luz das novas Diretrizes Gerais da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que vigoram até o ano de 2019. “O PDP continua a oferecer valiosas contribuições para nossa caminhada evangelizadora, necessitando apenas de uma atualização”, afirmou Dom Luiz, na carta enviada às paróquias da diocese.

Foto: Arquivo

Agentes de pastoral respondem questionários em preparação à Assembleia Diocesana

Para nortear as discussões da Assembleia, o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, enviou um questionário para ser respondido pelas paróquias, religiosos e seminaristas. Cada questionário traz perguntas distintas, relacionadas a cada grupo. As paróquias, por exemplo, deveriam responder, entre outras perguntas, como está a implantação do PDP. O questionário traz, ainda, espaço para as observações do CPP (Conselho Paroquial de Pastoral) e também para as considerações pes-

soais do pároco. Já os religiosos responderam perguntas referentes à sua valorização na vida diocesana e sua contribuição com a pastoral paroquial e diocesana. O questionário dos seminaristas, por sua vez, trouxe perguntas referentes ao Plano Diocesano no estágio pastoral. O Centro Diocesano também questionou os seminaristas sobre seu envolvimento com a pastoral diocesana e paroquial, além de pedir uma avaliação do SAV/PV (Serviço de Animação Vocacional/

Pastoral Vocacional), com o qual estão diretamente ligados. SOBRE O PLANO O Primeiro Plano Diocesano de Pastoral foi elaborado por uma equipe de sacerdotes, religiosos e leigos antes da nomeação de Dom Luiz, que, ao chegar, aprovou o documento e motivou a sua aplicação. “Após sua publicação, surgiram novas orientações para a Igreja em todo o mundo e no nosso país. Acolhemos as preocupações do Papa Francisco acerca de uma Igreja servidora e em saída”, disse o Pe. Ademilson, para justificar a atualização do Plano. A partir das reflexões realizadas no Encontro de Agentes deste ano, a equipe do Plano Diocesano de Pastoral reuniu-se com o objetivo de avaliar os avanços e dificuldades apontados pelas paróquias e iniciar uma discussão acerca de sua atualização, que contará com as contribuições da próxima Assembleia Diocesana.


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