Jornal No Meio de Nós - Edição 215 - Julho de 2016

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ANO XVIII - Nº 215 - JULHO/2016

17 anos

PADRES, RELIGIOSAS E MINISTROS CELEBRAM JUBILEU DO ANO SANTO DA MISERICÓRDIA

Jubileu do Clero Sacerdotes e diáconos estiveram reunidos com os dois bispos no dia 3 de junho, em Tupã, onde passaram pela porta santa da matriz de São Pedro Apóstolo.

Jubileu na Betânia Em Marília, as Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus participaram do Jubileu Extraordinário na Betânia Charitas Christi. A missa foi presidida por Dom Luiz Antonio Cipolini.

Jubileu dos Ministros Os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão da Região Pastoral III estiveram reunidos em Dracena, no dia 18 de junho. O evento reuniu cerca de 450 pessoas.

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Missões Populares Algumas paróquias da Diocese de Marília estão em processo de Missão. A Paróquia São Pedro Apóstolo, de Tupã, celebrou seus 80 anos de criação com a realização das Santas Missões Populares. Outra paróquia da cidade que também está movimentando suas comunidades é a São José Operário, onde recentemente foi feita a escolha do Hino das Missões. Já em Marília, duas paróquias estão em missão: a Sagrado Coração de Jesus e a Santa Rita de Cássia. Neste mês de junho, as duas realizaram seus retiros missionários, uma das primeiras atividades programadas.  páginas 3 e 4

Sul 1 realiza Assembleia em Aparecida

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79ª edição da Assembleia dos Bispos do Sul 1 ocorreu do dia 7 ao dia 9 de junho. O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, esteve em Aparecida, juntamente com o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira.  página 8

Eleições Confira, nesta edição, a íntegra da mensagem da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) sobre as eleições municipais deste ano. Por ocasião da mensagem, o Pe. Edson de Oliveira Lima, que é coordenador do CDL (Conselho Diocesano de Leigos) e do FDS (Fundo Diocesano de Solidariedade), concedeu uma entrevista ao jornal diocesano. O sacerdote afirmou que os fiéis devem se interessar pela organização dos poderes, devem saber como atua um vereador e quais são as funções do prefeito. "Quem escolhe seus representantes é o povo", lembrou.  páginas 6 e 7


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Palavra

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Assessoria

do bispo

litúrgica

Misericórdia e Encarcerados O culto dos santos Dom Luiz Antonio Cipolini

Pe. Anderson Messina Perini

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stamos no Ano da Misericórdia e o nosso pensamento se volta para uma realidade marcante em nossa Diocese: os cárceres. O Papa Francisco nos lembra que visitar os presos é uma das obras de misericórdia: "Redescubramos as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos (MV, 15)". E o próprio Cristo nos fala no Evangelho de São Mateus: "Estive preso e fostes me visitar" (Mt 25, 36). Atendendo ao preceito evangélico, a Pastoral Carcerária é a presença de Cristo e de sua Igreja no mundo dos cárceres, onde procura desenvolver todos os trabalhos que essa presença vem a exigir. Procura estar junto das pessoas privadas de liberdade pois "só a proximidade que nos faz amigos, nos permite apreciar profundamente os valores das pessoas privadas de liberdade, seus legítimos desejos e seu modo próprio de viver a fé. À luz do Evangelho, reconhecemos sua imensa dignidade e seu valor sagrado aos olhos de Cristo, pobre como eles e excluído como eles. Desta experiência cristã compartilharemos com eles a defesa de seus direitos" (DAp, 398). Portanto, a missão da Pastoral Carcerária é ser presença cristã no mundo do Cárcere, a exemplo de Jesus Cristo, que veio para que todos tenham Vida (Jo 10,10). A missão da Pastoral Carcerária é: promover, defender, amar e servir a Vida; entrar nas cadeias como Boa Notícia, ser revelação constante da pessoa de Jesus, para que o ser humano se liberte; escutar e ver a pessoa aprisionada como filho e filha de Deus, pois é Cristo, ali presente, atrás das grades; ajudar o ser humano a assumir a própria vida, agindo de maneira que ele se sinta gente. No dia 18 de junho, em visita pastoral à Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista, tive a oportunidade de visitar a Penitenciária Feminina, junta-

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mente com o Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, assessor diocesano da Pastoral Carcerária, e com uma animada equipe de leigos e leigas. A acolhida calorosa que tivemos, por parte das detentas e dos agentes penitenciários foi marcante. Gostaria que todos os cristãos, neste ano da misericórdia, pudessem sentir e viver o que vivemos através desta visita. Foi um momento especial de oração, testemunho e solidariedade, senti que podia ser tocado pela pessoa de Jesus Cristo, através daquela celebração. Porém, como afirma Gerhard Lohfink, "Ser tocado pela causa de Deus de tal modo a desfazer-se de tudo, em última instância, não é possível fazer apenas pela consciência do dever, apenas pelo 'tu deves!' Ou pelo 'tu tens de!' Que em liberdade queiramos o mesmo que Deus, isso só é possível se olharmos fisicamente a beleza da causa de Deus, de tal modo que encontramos alegria, sim, prazer naquilo que Deus quer fazer no mundo, e que esse prazer em Deus e em sua causa é maior que tudo que temos em nossa auto-referência" (Lohfink, G. Jesus de Nazaré, Petrópolis, Vozes, p. 3025). Deixo aqui meu respeito, minha admiração e minhas orações a todos os agentes da Pastoral Carcerária de nossa Diocese de Marília. Que possamos experimentar, tocar mesmo, a Misericórdia e manifestar a todos, especialmente aos sofredores e encarcerados, o rosto da misericórdia do Pai: Jesus Cristo.

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Cúria diocesana: Avenida Nelson Spielmann, 521 Marília/SP - CEP 17500-970 Fone/fax: (14) 3401-2360 e-mail: curia@diocesedemarilia.org.br Centro Diocesano de Pastoral: Rua José Bonifácio, 380 Marília/SP - CEP 17509-004

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica.

Editora-responsável: Márcia Welter (MTb Tiragem nº35.160-DRT-SP). 12.500 exemplares. Redação e Editoração: Márcia Welter. Revisão: Pe. Ademilson Luiz Ferreira. Autorização Permite-se a reprodução de matérias Horários de atendimento: VERSÃO ELETRÔNICA desta edição, desde que sejam men­ Segunda a sexta-feira das 8h às 17h. cionadas as fontes. Está disponível no site da diocese: www. diocesedemarilia.org.br Produção Editorial Envie notícias de sua paróMW Editora quia, pastoral ou movimento Rua Barão do Rio Branco, 234 - sobreloja Impressão para o jornal diocesano (jornalJornal da Cidade de Bauru Ltda Garça (SP) - CEP 17.400-000 nomeiodenos@yahoo.com.br) e Rua Xingu 4-44 - Higienópolis Fone/Fax: (14) 99195-5452 para o site da diocese (pascom. e-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com. Bauru (SP) - CEP 17013-510 marilia@gmail.com). Fone: (14) 3223-2844 br Fone/fax: (14) 3413-3124 e-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br Website: www.diocesedemarilia.org.br

EXPEDIENTE Bispo diocesano: Dom Luiz Antonio Cipolini Bispo emérito: Dom Osvaldo Giuntini Vigário Geral: Cônego João Carlos Batista Coordenador diocesano de Pastoral: Pe. Ademilson Luiz Ferreira

o artigo passado, escrevemos sobre o culto dos mártires, muitos deles, dos primeiros séculos, que derramaram sangue por sua fé em Cristo, e dizemos que isto ainda continua presente até hoje. Todavia, alargando o conceito, a Igreja, no decorrer dos séculos, não restringiu o culto a santos mártires, mas há os santos não-mártires ou mártires espirituais. A partir da liberdade religiosa dada por Constantino, no século IV, e a diminuição da perseguição cristã, a piedade popular e a cristandade considerou outras figuras importantes como verdadeiros heróis, sobretudo, para ilustrar, de forma eloquente e sábia, a doutrina da fé cristã com a figura dos Santos Padres ou Doutores da Igreja (Ex: Santo Atanásio, Santo Ambrósio, Santo Agostinho, etc.). Mas outras categorias foram surgindo, que chegaram pela sua vida ao martírio espiritual, tais como eremitas, virgens, monges, padres, até chegar a toda pessoa que tenha dado testemunho heroico de vida cristã em qualquer situação. Tais pessoas foram reconhecidas santas não porque chegaram ao martírio, mas porque em suas vidas, foram perfeitas imitadoras de Cristo. De fato, a Igreja, ao celebrar o mistério de seus santos, não está desviando ou colocando em segundo plano o seu culto a Cristo. Ao contrário, a Igreja, no fundo, nas festas dos seus santos, celebra o único mistério Pascal de Cristo enquanto revivido por meio de seus membros (SC 104). O núcleo central do calendário dos santos continua a ser os mártires, como primitiva e fundamental origem do culto aos santos. Todavia, o alargamento e amplitude do conceito de santos podem nos apresentar, no decorrer da história, que na variedade das circunstâncias da vida qualquer pessoa pode chegar à santidade cristã. A Igreja celebra em 1º de novembro

a Solenidade de Todos os Santos desde o final do século IX. Nesta única festa, são recordados, todos juntos, os santos canonizados ou reconhecidos pela Igreja, e todos os justos de qualquer nação ou língua, cujos nomes estão inscritos no livro da vida (Ap. 20,12). O significado desta festa apresenta-se no prefácio: "Hoje nos dais a alegria de contemplar a cidade do céu, a santa Jerusalém que é nossa mãe, onde a assembleia festiva dos nossos irmãos glorifica eternamente o vosso nome. Nós, peregrinos na terra, apressamos na esperança o nosso caminho em direção à pátria comum, alegres pelo destino glorioso destes membros eleitos da Igreja, que nos destes como amigos e modelos de vida". Durante a reforma litúrgica realizada pelo Concílio Vaticano II e a revisão do Santoral (calendário da festa dos santos), os critérios adotados foram: a verificação da verdade histórica de cada um dos santos; da cele­bração de sua memória no aniversário de sua morte, ou, se impedido, no dia mais próximo, ou no dia da transladação das suas relíquias; a universalização do calendário, seja pela popularidade devocional, seja pela importância na história da Igreja. Outra coisa levada em conta, é que no calendário atual se privilegiou santos para toda Igreja de cada continente, raça ou nação. Para tanto, o importante do culto dos santos é perceber, em suas histórias de santidade e espiritualidade, o mode­ lo de viver Cristo em qualquer circuns­ tância, tempo ou lugar. Os santos são nossos heróis, mas não são a finalidade, e sim os meios que apontam o caminho ao único objetivo da fé da Igreja: Jesus Cristo, nosso Salvador, o único que nos santifica e nos tornas santos como Ele.


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Tupã

Paróquia celebra 80 anos com Missões Populares

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á 80 anos, um dia após a celebração de São Pedro Apóstolo, a cidade de Tupã presenciou a criação de sua primeira paróquia. A data foi 30 de junho de 1936, mas este ano, a celebração ocorreu no dia do padroeiro. No feriado de 29 de junho (após o fechamento desta edição), uma procissão teria início defronte à igreja, percorreria ruas da cidade e retornaria à matriz. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, foi convidado pelo pároco, Pe. Carlos Roberto dos Santos, para presidir a solene celebração da Eucaristia. Foi o sacerdote que, com seu Conselho Pastoral, iniciou, em junho de 2015, as

comemorações do Ano Jubilar que teve como ponto alto a realização das Santas Missões Populares. Elas foram abertas no dia do padroeiro do ano passado, em uma missa também presidida por Dom Luiz. "Após um ano, encerramos esta fase nos trabalhos das Santas Missões com o Mês Missionário, agradecendo a Deus por tanta vitalidade que aqui está acontecendo", disse o Pe. Carlos. Neste último mês de junho, foram realizadas as visitas missionárias aos enfermos e também a bênção às famílias e casas, o ponto alto das Santas Missões Populares. "Os missionários tiveram a missão de visitar os enfermos, e também levar as bênçãos de Deus às famílias e casas, mas,

02/07 – Escola Diaconal em Adamantina. l Encontro da Pastoral da Saúde, no Itra. 03/07 – Escola Diaconal em Adamantina. l Crisma na Paróquia São Luiz Gonzaga , em Iacri. 05/07 – Reunião com Vigários Episcopais e Coordenador de Pastoral, na Residência Episcopal. 06/07 – Reunião com Diretoria e Professores da Escola Diaconal, na Residência Episcopal. l Jubileu de Prata Sacerdotal do Pe. Sidnei de Paula Santos. 07/07 – Aniversário de Ordenação Episcopal – Missa na Catedral, às 19h30. 11/07 – Reunião do Cabido dos Cônegos da Catedral na Residência Episcopal. l Dia de São Bento Abade – Missa na Catedral. 14 a 17/07 – Visita Pastoral à Paróquia São Sebastião, em Marília. 17/07 – Ordenação Episcopal do Monsenhor Arnaldo Carvalheiro Neto, em Araçatuba. 23/07 – Aniversário de 80 anos do Lar São Vicente de Paulo em Marília. l Pastoral da Juventude – Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Marília. 24/07 – Jubileu dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, em Tupã. 26/07 – Visita ao Projeto "Amor de Mãe", em Marília. l Aniversário da Paróquia Sant’Ana, de Herculândia. 30/07 – Confraternização com seminaristas no Seminário Propedêutico, em Marília. l Admissão, Ministérios e Jubileu dos Seminaristas na Catedral. 31/07 – Encontro das CEB's, em Bastos.

acima de tudo, tinham a missão de ouvir as pessoas. Escutá-los em suas necessidades, antes de dar a benção e encaminhar a situação para uma ação pastoral, se fosse o caso. Foi um Kairos que aconteceu aqui e os testemunhos são muitos, em diversas situações", contou. O pároco lembrou que as Santas Missões Populares não terminam aqui. "O objetivo era dinamizar a vida paroquial em todos os sentidos, e isso aconteceu. Agora continuaremos as Santas Missões organizando pastoralmente a paróquia e estruturando os setores das comunidades com o objetivo de melhor atender todas as pessoas e para que nossa ação pastoral possa chegar em todos os espaços da paróquia. Sinto-me feliz e realizado pelo ânimo que estou vendo em nossos paroquianos e faço votos que a pas-

Missionários foram orientados a ouvir os fiéis durante as visitas

toral se dinamize cada vez mais para ir ao encontro dos irmãos

mais necessitados", concluiu o pároco.

Catequistas têm Semana de Formação para refletir cartas do IX Sulão

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o dia 18 ao dia 22 de julho, os catequistas da Diocese de Marília terão uma Semana de Formação. A proposta da equipe diocesana da Catequese é proporcionar o estudo das cartas em preparação ao IX Sulão Bíblico Catequético. O evento ocorrerá em junho de 2017, no Estado de Santa Catarina, com o tema "Comunicação no processo de Iniciação à Vida Cristã" e o lema "Senhor, todos Te procuram (Mc 1, 35-39)". A coordenadora diocesana da Catequese, Regina Zanandréa, que está organizando a Semana de Formação, lembrou que o Sulão envolve cinco Estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Para preparar o evento, a organização do Sulão tem enviado cartas, sendo que serão um total de 12, a serem enviadas até junho de 2017. Nesta Semana de Formação, os catequistas da Diocese de Marília estudarão as quatro primeiras cartas. "As demais serão estudadas em outras oportunidades", informou Regina. Segundo ela, o objetivo das cartas é manter acesa a chama da esperança na comunicação no processo de Iniciação à Vida Cristã. Através das cartas, a equipe do Sulão quer resgatar a força profética, fazendo chegar a todos os catequistas do Sulão a rica experiência de unidade na caminhada. "Para isso, vamos nos comunicando através de cartas que serão enviadas pelo e-mail sulão2017@ outlook.com, criado especial-

mente para esse grupo", afirmaram os organizadores. Para fazer um exercício de aproximação e comunhão na missão que abraçaram, a equipe optou por uma metodologia que remete à prática do discípulo missionário Paulo apóstolo: a Carta. "Através de suas cartas, ele se revela um homem apaixonado pelo Evangelho, o que o faz escrever desde um simples bilhete a Filemon a um tratado teológico, a Carta aos Romanos. Suas mensagens saem do coração. Por vezes, recorda fatos conhecidos por todos. Paulo também partilha seus sentimentos, educa com amor de 'pai' as comunidades. Faz catequese!", conclui a equipe organizadora do IX Sulão Bíblico Catequético.


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Santas

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missões populares

Paróquias de Marília e Tupã estão em pleno processo

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lém da São Pedro Apóstolo, de Tupã, outras paróquias da Diocese de Marília estão em processo de SMP (Santas Missões Populares). É o caso da Santa Rita de Cássia, de Marília. A paróquia realizou seu primeiro retiro nos dias 18 e 19 de junho, com a participação de 246 pessoas, reunidas na Capela Nossa Senhora das Graças. As Santas Missões Populares têm como tema "Em missão com Santa Rita" e tem seu período forte previsto para julho de 2017. No primeiro dia, a Santa Missa à noite iniciou o evento. Ao final da celebração, o pároco, Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá, fez o envio dos missionários e lembrou que ser batizado é ser missionário. Em seguida, foi apresentado, para os participantes, o cronograma das atividades das missões até agosto do ano que vem. Segundo o Pe. Willians Roque de Brito, vigário paroquial, que tem acompanhado o processo de perto, o objetivo foi fazer os fiéis perceberem o trabalho e suscitar capacidade para que todos pudessem contribuir com alguma opinião", disse. O segundo dia do retiro começou às 7h30, com orações e momentos de meditação. Os fiéis tiveram como pregador Wilson Basqueroto, da Diocese de Araçatuba, que falou sobre a "Missão dos leigos, enquanto corpo místico de Cristo e protagonistas no mesmo ministério da construção do Reino de Deus". "O dia foi dividido em três pequenas e objetivas meditações, além de dinâmicas e discussões. A experiência de estar em missão é fantástica. Vejo que essas darão muitos frutos na comunidade, que aliás é muito acolhedora e sabe destacar as necessidades dos irmãos", destacou Basqueroto. O próximo encontro de formação e preparação está marcado para 15 de julho e abordará o tema "História da Igreja". Além de três retiros missionários, a paróquia realizará formações tendo diversos temas: "Sacramentos", "Eclesiologia", "Ma­ria e os santos", "Missiologia" e "História da Igreja".

Marília - Santa Rita de Cássia

Sagrado Coração Outra paróquia que já iniciou as Santas Missões Populares é a Sagrado Coração de Jesus, de Marília. Nos dias 25 e 26 de junho, a paróquia realizou seu primeiro retiro com a participação de cerca de 200 missionários. O evento, cujo tema foi "A missão de Jesus na Galileia" teve como pregador o Pe. Anderson Messina Perini, da Paróquia Santa Antonieta, também de Marília, que já fez o processo missionário completo. O retiro começou com a oração inicial e a apresentação da Oração pelas SMP. As exposições do Pe. Anderson foram intercaladas com várias músicas missionárias, dentre elas as canções que concorreram ao Hino Oficial das SMP, escolhido no final do retiro no domingo. A letra vencedora foi composta por Tamiro Gonçalves e cantada pelo grupo Sinal de Salvação. Ainda no sábado, houve um momento de Adoração Eucarística que encerrou o dia. O retiro foi retomado no domingo, com a Santa Missa às 8h, presidida pelo Pe. Anderson e concelebrada pelo pároco, Pe. Ademilson Luiz Ferreira. Ao final do encontro, houve o compromisso missionário. "Escolhemos como tema para as Santas Missões: 'Misericórdia e Missão: Evangelizar com o

coração', entendendo que neste Ano da Misericórdia, nossa paróquia deve evangelizar ainda mais a partir da profundidade do nosso ser, amando a Deus e ao próximo com todas as nossas forças. Também evangelizamos a partir do coração misericordioso de Jesus. Escolhemos ainda o lema, tirado do Evangelho de São Lucas (5,4) — 'Avance para águas mais profundas' —, entendendo que devemos aprofundar nossa experiência de fé e vida comunitária", afirmou o pároco. O sacerdote informou que estão previstas formações para agosto, setembro e outubro e um próximo retiro em novembro, nos dias 5 e 6. As formações ocorrerão em dois sábados dos meses indicados, das 14h às 17h. Durante o segundo semestre deste ano, também ocorrerá o censo paroquial, que permitirá à comunidade conhecer melhor o terreno a ser evangelizado. "No ano que vem, faremos o terceiro retiro missionário, as visitas missionárias e diversas outras atividades que movimentarão ainda mais nossa paróquia. Após a conclusão deste processo, a paróquia se lança definitivamente no 'estado permanente de missão'. Esperamos que as SMP sejam, de fato, uma sacudida na vida de nosso povo e um grande mutirão evangelizador", enfatizou o Pe. Ademilson.

Marília - Sagrado Coração de Jesus

Tupã - São José

São José Em Tupã, além da Paróquia São Pedro Apóstolo (leia texto na página anterior), outra paróquia que realiza as Santas Missões Populares é a São José Operário. A música "Levar a Deus a quem precisa", do coral Amigos pela Fé, venceu o concurso cultural que teve por objetivo a escolha do hino que vai motivar as SMP. Com criatividade e clima de confraternização, quatro corais

se empenharam na composição de letras que envolvessem a temática "Paróquia São José: uma Igreja em saída". O evento, que aconteceu no dia 18 de junho, foi a primeira iniciativa do Comipa (Comissão Missionária Paroquial). Tendo como pregador o seminarista quartanista Francisco Andrade, o próximo passo das Missões na comunidade paroquial é a realização de um retiro, marcado para os dias 23 e 24 de julho.


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anos da paróquia de pompeia

Encerradas as comemorações do Jubileu de Carvalho As comemorações do ano jubilar começaram em junho de 2015 e foram encerradas com missa presidida pelo bispo diocesano no dia 26 de junho. Dom Luiz Antonio Cipolini aproveitou a oportunidade para presidir o rito de dedicação da igreja, consagrando o templo e o altar.

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o ano passado, na so­ lenidade de São Pedro e São Paulo, foi aber­ to o Ano Jubilar da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Pompeia. Na ocasião, também foi apresentado o vigário paro­ quial, o então recém ordenado, Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza. A missa foi concele­ brada pelo pároco, Pe. Márcio Roberto Rios Martins. Devido ao jubileu, também foi formada a Comissão do Ju­ bileu de Carvalho, para que a comunidade comemorasse, de maneira abrangente, esta im­ portante data. Os fiéis come­ moraram os 80 anos de fé e caminhada, com o slogan "Sob o olhar de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia". Duran­ te um ano, uma vez por mês, um sacerdote que teve alguma

ligação especial com a história da paróquia, celebrou a missa dominical das 19h. "Nesse momento, foi possí­ vel matar a saudade de cada um deles e também homenageá-los, realçando sua ligação com a pa­ róquia", comentou João Telles, membro da Comissão do Jubi­ leu de Carvalho. A paróquia também fez um concurso, com o objetivo de es­ colher um hino para o Jubileu, sendo vencedor o hino "Ave Regina Rosarii", com letra e melo­ dia de Luiz Antônio dos Anjos. Este hino foi executado em to­ das as missas em ação de graças ao Jubileu, celebradas todos os meses. Neste ano jubilar, o grande crucifixo, doado pelo fundador da cidade, o Senador Rodolpho Miranda, voltou ao seu lugar

de origem, na fachada principal da Igreja Matriz e esta foi uma razão de grande alegria para os paroquianos. Outro importante aconteci­ mento foi a elaboração de uma revista comemorativa que narra a história da paróquia. A revista foi lançada na missa do dia 26 de junho, ocasião em que esteve na paróquia o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Durante a missa em ação de graças, o bispo fez o rito de de­ dicação da igreja, consagrando o altar e todo o templo. A celebra­ ção, que reuniu centenas de fiéis, encerrou as comemorações do Ano Jubilar da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e também contou com a participação dos padres Márcio e Diego, Monse­ nhor Nivaldo Resstel e Frei João Aroldo Campanha. "Meu sentimento é de grati­ dão! Gratidão à Deus e à toda comunidade por poder vivenciar um ano tão especial e abençoa­ do. Durante esse ano jubilar, re­ memoramos a história da nossa paróquia, uma história de fé e de

Fotos: Érica Montilha/Pascom/Diocese de Marília

amor em Cristo Jesus. Agrade­ cemos a Deus todas as bênçãos derramadas em nossa paróquia, pela intercessão de Nossa Se­

nhora do Rosário ao longo desses 80 anos. Que Deus abençoe a todos!", finalizou o pároco.

IAM realiza seu Encontro Diocesano em Marília

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o início de junho, dia 5, a IAM (Infância e Adolescência Missio­ nária) realizou a sexta edição do Ediam (Encontro Diocesa­ no da Infância e Adolescência Missionária), que contou com a participação de 250 crian­ ças e adolescentes, assessores e equipe organizadora. Neste ano, o evento ocorreu na Co­ munidade Bom Jesus, no dis­ trito de Rosália, que pertence à Paróquia Santa Antonieta, de Marília. Além da comunidade an­ fitriã, participaram do Ediam crianças e adolescentes das paróquias Santa Rita, Sagra­ da Família e Sagrado Coração de Jesus, de Marília; Nossa Senhora Auxiliadora, do dis­ trito de Avencas; e São Pedro Apóstolo, de Tupã. A IAM também está presente na Re­ gião Pastoral III, nas cidades

de Dracena e Junqueirópolis, mas a distância não favoreceu a participação daquelas crianças e adolescentes. Após a recepção e o café da manhã, os participantes se reu­ niram para a Santa Missa, que foi presidida pelo Pe. Ademilson Luiz Ferreira, coordenador dio­ cesano de pastoral. Em sua homilia, o sacerdote frisou a importância da missão,

ressaltando "que somos missio­ nários desde pequenos, desde o nosso batismo, chamados a levar Jesus a todas as pessoas, princi­ palmente às crianças e aos ado­ lescentes". "Somos chamados a levar vida, porque somos discí­ pulos missionários de Jesus", dis­ se o Pe. Ademilson, fazendo alu­ são ao Evangelho daquele dia — Lucas 7, 11-17 —, enfatizando "que devemos seguir a procissão

da vida a qual Jesus está à frente". As crianças e adolescentes participaram ativamente desta celebração. Após a missa, houve um momento de reflexão sobre o tema do Ediam deste ano, que foi "Ecologia e conversão ecoló­ gica" e o lema "IAM e a Missão ecológica". Quem falou sobre o assunto foi o assessor da IAM, Rodinei Célio de Andrade. Um momento de destaque do encontro deste ano, por conta do tema de reflexão, foi quando cada paróquia ficou responsável por plantar uma árvore. O lo­ cal escolhido para o plantio foi próximo a uma praça. "Este foi o gesto concreto de tudo que es­ távamos realizando no encontro. Neste mesmo dia, celebramos o Dia Mundial do Meio Ambien­ te, e tudo foi pela providência de Deus, pois quando sentamos para organizar este encontro, não nos atentamos à data, que veio

ao encontro da temática tra­ balhada neste ano", comentou Rodinei. Além das crianças plan­ tarem as árvores, o Pe. Ade­ milson também plantou uma muda, representando todo o clero diocesano. Antes do en­ cerramento, às 12h, a asses­ sora diocesana da IAM, Irmã Maria Apparecida Dias, co­ municou a todos os presentes sobre a realização do Eriam (Encontro Regional da Infân­ cia e Adolescência Missioná­ ria), que ocorrerá na Diocese de Marília no próximo ano. A religiosa lembrou que este encontro conta com a partici­ pação de 41 paróquias do Re­ gional Sul 1 da CNBB (Con­ ferência Nacional dos Bispos do Brasil). Na avaliação da Irmã Apparecida, o 6º Ediam foi muito dinâmico e satisfatório.


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Cidadania

Bispos lançam mensagem sobre eleições municipais

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ano de 2016 é eleitoral e a Igreja Católica do Brasil está empenhada em esclarecer seus fiéis sobre como escolher bem seus candidatos, não com indicação partidária, mas com orientações para a escolha a partir de princípios cristãos. Durante a 54ª Assembleia Geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), no mês de abril, os bispos divulgaram sua já tradicional mensagem para as eleições, que neste ano serão municipais, ou seja, para a escolha dos prefeitos e vereadores. A CNBB lembra, inclusive, que a transformação começa nos municípios. No documento, os bispos incentivam os cristãos leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, que se lancem candidatos. Confira, a seguir, a íntegra da mensagem: "Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca" (Amós 5,24) Neste ano de eleições municipais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB dirige ao povo brasileiro uma mensagem de esperança, ânimo e coragem. Os cristãos católicos, de maneira especial, são chamados a dar a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3,15) nesse tempo de profunda crise pela qual passa o Brasil. Sonhamos e nos comprometemos com um país próspero, democrático, sem corrupção, socialmente igualitário, economicamente justo, ecologicamente sustentável, sem violência discriminação e mentiras; e com oportunidades iguais para todos. Só com participação cidadã de todos os brasileiros e brasileiras é possível a realização desse sonho. Esta participação democrática começa no município onde cada pessoa mora e constrói sua rede de relações. Se quisermos transformar o

Brasil, comecemos por transformar os municípios. As eleições são um dos caminhos para atingirmos essa meta. A política, do ponto de vista ético, "é o conjunto de ações pelas quais os homens buscam uma forma de convivência entre indivíduos, grupos, nações que ofereçam condições para a realização do bem comum". Já do ponto de vista da organização, a política é o exercício do poder e o esforço por conquistá-lo, a fim de que seja exercido na perspectiva do serviço. Os cristãos leigos e leigas não podem "abdicar da participação na política" (Christifideles Laici, 42). A eles cabe, de maneira singular, a exigência do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus. Contribui para isso a participação consciente no processo eleitoral, escolhendo e votando em candidatos honestos e competentes. Associando fé e vida, a cidadania não se esgota no direito-dever de votar, mas se dá também no acompanhamento do mandato dos eleitos. As eleições municipais têm uma atração e uma força próprias pela proximidade dos candidatos com os eleitores. Se, por um lado, isso desperta mais interesse e facilita as relações, por outro, pode levar a práticas condenáveis como a compra e venda de votos, a divisão de famílias e da comunidade. Na política, é fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência de qualquer ordem. Para escolher e votar bem é

imprescindível conhecer, além dos programas dos partidos, os candidatos e sua proposta de trabalho, sabendo distinguir claramente as funções para as quais se candidatam. Dos prefeitos, no poder executivo, espera-se "conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos". Dos legisladores, os vereadores, requer-se "uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo". É fundamental considerar o passado do candidato, sua conduta moral e ética e, se já exerce algum cargo político, conhecer sua atuação na apresentação e votação de matérias e leis a favor do bem comum. A Lei da Ficha Limpa há de ser, neste caso, o instrumento iluminador do eleitor para barrar candidatos de ficha suja. Uma boa maneira de conhecer os candidatos e suas propostas é promover debates com os concorrentes. Em muitos casos cabe propor-lhes a assinatura de cartas-compromisso em relação a alguma causa relevante para a comunidade como, por exemplo, a defesa do direito de crianças e adolescentes. Pode ser inovador e eficaz elaborar projetos de lei, com a ajuda de assessores, e solicitar a adesão de candidatos no sentido de aprovar os projetos de lei, tanto para o executivo quanto para o legislativo. É preciso estar atento aos custos das campanhas. O gasto exorbitante, além de afrontar os mais pobres, contradiz o

compromisso com a sobriedade e a simplicidade que deveria ser assumido por candidatos e partidos. Cabe aos eleitores observar as fontes de arrecadação dos candidatos, bem como sua prestação de contas. A lei que proíbe o financiamento de campanha por empresas, aplicada pela primeira vez nessas eleições, é um dos passos que permitem devolver ao povo o protagonismo eleitoral, submetido antes ao poder econômico. Além disso, estanca uma das veias mais eficazes de corrupção, como atestam os escândalos noticiados pela imprensa. Da mesma forma, é preciso combater sistematicamente a vergonhosa prática de "Caixa 2", tão comum nas campanhas eleitorais. A compra e venda de votos e o uso da máquina administrativa nas campanhas constituem crime eleitoral que atenta contra a honra do eleitor e contra a cidadania. Exortamos os eleitores a fiscalizarem os candidatos e, constatando esse ato de corrupção, a denunciarem os envolvidos ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral, conforme prevê a Lei 9840, uma conquista da mobilização popular há quase duas décadas. A Igreja Católica não assume nenhuma candidatura, mas incentiva os cristãos leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. No discernimento dos melhores candidatos, tenha-se em conta seu compromisso com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu testemunho na comunidade de fé. Promova-se a renovação de candidaturas, pondo fim ao carreirismo político. Por isso, exortamos as comunidades a aprofundarem seu conhecimento sobre a vida política de seu município e do país, fazendo sempre a opção por aqueles que se proponham a governar a partir dos pobres, não se rendendo à lógica da economia de

mercado cujo centro é o lucro e não a pessoa. Após as eleições, é importante a comunidade se organizar para acompanhar os mandatos dos eleitos. Os cristãos leigos e leigas, inspirados na fé que vem do Evangelho, devem se preparar para assumir, de acordo com sua vocação, competência e capacitação, serviços nos Conselhos de participação popular, como o da Educação, Saúde, Criança e Adolescente, Juventude, Assistência Social, etc. Devem, igualmente, acompanhar as reuniões das Câmaras Municipais onde se votam projetos e leis para o município. Estejam atentos à elaboração e implementação de políticas públicas que atendam especialmente às populações mais vulneráveis como crianças, jovens, idosos, migrantes, indígenas, quilombolas e os pobres. Confiamos que nossas comunidades saberão se organizar para tornar as eleições municipais ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa. Nosso horizonte seja sempre a construção do bem comum. Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos acompanhe e auxilie no exercício de nossa cidadania a favor do Brasil e de nossos municípios, onde começa a democracia. Aparecida (SP), 13 de abril de 2016 Dom Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília Presidente da CNBB Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ Arcebispo São Salvador da Bahia Vice-Presidente da CNBB Dom Leonardo Ulrich Steiner Bispo Auxiliar de Brasília Secretário-Geral da CNBB


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Entrevista

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sobre eleições

Pe. Edson: "cidadão consciente cobra os representantes"

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m mês após a divulgação da mensagem dos bispos do Brasil sobre as eleições (leia página 6 desta edição), o jornal diocesano "No Meio de Nós" convidou o Pe. Edson de Oliveira Lima, assessor do CDL (Conselho Diocesano de Leigos) e do FDS (Fundo Diocesano de Solidariedade) para uma entrevista. O objetivo foi comentar a mensagem e orientar os eleitores da Diocese de Marília. Jornal No Meio de N ó s — A mensagem da CNBB começa lembrando que o país passa por um momento de crise. Qual o papel da Igreja na atualidade? Pe. Edson — Todo momento de crise é significativo porque se constitui numa oportunidade de mudanças e purificação de situações que não podem mais permanecer como estão. O momento exige mudanças consideráveis. No caso específico do Brasil, tornou-se regra do jogo, nas diferentes instituições, a ideia de levar vantagem e o tradicional "jeitinho", que em palavras mais claras são modos operativos da corrupção. Estamos vivendo a hegemonia da corrupção, da mentira e do cinismo. Nesse momento delicado, a Igreja, como Mãe e Mestra, deve levantar a voz em favor da justiça, contra as violências, os preconceitos e marginalizações. Ela é chamada a continuar sua postura apartidária, mas deve defender a democracia e proclamá-la como um bem e uma conquista do povo brasileiro. Também é verdade que é tarefa da Igreja não se isentar de exigir dos poderes constituídos que exerçam seu papel com eficiência e, quando esses não o fazem, que ela seja mais incisiva agindo com profecia e denunciando as indolências administrativas que geram o atual caos político, econômico

e, consequentemente, os distúrbios sociais, sobretudo porque as consequências de tais atos ou sua não execução ferem a dignidade dos mais pobres e vulneráveis, fazendo valer o refrão popular que "a corda sempre arrebenta do lado mais fraco". NMN — Neste ano, a eleição será feita para a escolha dos prefeitos e vereadores. Na mensagem, os bispos afirmam que "se quisermos transformar o Brasil, comecemos por transformar os municípios". O senhor considera que é mais fácil começar pela transformação dos municípios? A que os fiéis devem estar atentos para escolherem seus governantes? Pe. Edson — Nosso município poderia ser comparado ao quintal de nossa casa, quem deve cuidar somos nós. Como fazer isso na cidade que moramos? Devemos nos interessar pela organização dos poderes, saber como atua um vereador, quais são as funções do prefeito e quais são os juízes daquela cidade, como agem, como se comprometem com a comunidade, fazer contato com o ministério público, que deve promover o bem de todos. Somente com participação popular ativa teremos uma política isenta dos politiqueiros e oportunistas. Quem vota e escolhe seus representantes é o povo. Mas não dá somente para votar e achar que já fizemos nossa parte. Cidadão consciente discute, conversa, cobra seus representantes sobre como melhorar a caminhada do município. A consciência política leva o indivíduo a se transformar num agente de conscientização. Precisamos vencer o preconceito que política é coisa suja e manchada em corrupção. Política é uma arte nobre que, pelas vias legais e transparentes, pode beneficiar e transformar uma comunidade municipal. Mas quando os bons cristãos não assumem esses lugares, os oportunistas e "politiqueiros"

se perpetuam lá e fazem tudo como querem, com os esquemas viciados que aprendem. NMN — A própria ficha limpa é mais fácil ser comprovada nos municípios pela proximidade dos candidatos. Mas de que maneira os eleitores podem ter informações corretas sobre a ficha daqueles que pedem votos para prefeito e vereador? Pe. Edson — O controle sobre os candidatos que constam na ficha suja deveria ser do próprio cartório eleitoral. Infelizmente, no tocante ao judiciário, existe ainda muita parcimônia e vista grossa, de certa forma, emergem muitos "melindres" para se julgar as questões dessa ficha limpa. O melhor critério é o eleitor tomar consciência de quem são os candidatos, quais são suas ideias, planos e não somente as promessas, mas, sobretudo qual é a atuação do candidato junto à comunidade municipal ou no bairro onde mora. Em síntese, analisa-se a vida da pessoa, seu testemunho, sua participação na vida social e eclesial. Deve-se perguntar que contribuição essa pessoa pode dar para uma melhora qualitativa do município. NMN — Sobre a compra de votos, gostariamos que o senhor alertasse os eleitores sobre todas as maneiras de se comprar votos e o que deve ser

feito caso alguém receba uma proposta dessa natureza. Pe. Edson — A compra de voto é uma prática de corrupção bem ativa e, ainda hoje, bem presente nos tempos de eleições. Se tem quem compra é porque tem quem vende, ou aceita barganhar o voto, levando vantagem em alguma coisa, obtendo algum benefício. Isso também é corrupção, mesmo que seja passiva. Como se compra voto? O voto pode ser comprado com promessas de ajuda para um trabalho depois das eleições, por oferta de dinheiro onde se dá uma parte antes e, se eleito o candidato, faz-se um outro pagamento depois. Acontece compra de voto mediante "favores" tais como pagamento de uma conta de água ou luz atrasada, fornecimento de cesta básica e até mesmo com os favorecimentos nas estruturas das quermesses das igrejas, e desse modo a criatividade vai se desenvolvendo sempre mais. Devemos nos perguntar: alguém que compra voto, teria competência de exercer um cargo público com transparência, sem corrupção ou falcatruas? Pensemos nisso antes de votar! NMN — Os gastos exorbitantes em candidaturas muitas vezes demonstram interesses escusos, uma vez que ninguém gastaria mais do que levará quatro anos para receber, com o salário de prefeito ou vereador. Isso só já seria motivo para os eleitores desconfiarem das verdadeiras intenções de um candidato. Que outras dicas o senhor daria aos fiéis para estarem alertas aos candidatos mal intencionados? Pe. Edson — Com os candidatos, precisamos fazer uma seleção, por exclusão, algumas vezes. As pessoas pensam que não têm opção, mas não é verdade. Existe muita gente boa fazendo política séria, comprometida com o bem do povo. Nossa esperança, nes-

se atual momento de crise, é enxergar, com esperança, que estão acontecendo mudanças. É preciso renovar, abrir espaço para pessoas novas, conhecidas nas comunidades pelo testemunho que dão. Precisamos da presença dos cristãos na política. O Evangelho precisa ser vivido nos ambientes sociais, culturais e políticos, por isso, não votar é dar oportunidade para que maus políticos continuem perpetuando a prática da politicagem, do autobenefício de seus cargos e posições privilegiadas, lesando a vida e corrompendo as estruturas dos nossos municípios. O voto é um direito e devemos dar nossa contribuição. NMN — Por fim, de que maneira os eleitores católicos podem avaliar se determinado candidato segue os princípios cristãos? Pe. Edson — Os católicos, como todos os outros eleitores, devem centrar o olhar na ética e moralidade da pessoa. Outro critério é olhar há quanto tempo o candidato está na vida política, o que fez de bom, como atuou, que benefício trouxe para o município e qual foi a sua trajetória. Por fim, depois de escolhidos os representantes, a sociedade civil, as igrejas e as organizações do município precisam cobrar e participar ativamente do processo. Apoiar o que é bom e recusar o que é mau. Sou movido de utopias e sonhos e creio no profetismo e no anúncio de novos céus e nova terra. Todavia, isso nunca irá acontecer enquanto ficarmos delegando que outros decidam aquilo que é nossa tarefa realizar. O protagonismo da história que estamos escrevendo está em nossas mãos e se torna uma questão de escolha: vou escolher por mim mesmo ou outros escolherão no meu lugar?


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Em

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aparecida

Diocese participa da Assembleia dos Bispos do Sul I Os bispos do Estado de São Paulo estiveram reunidos em Aparecida, no Hotel Rainha do Brasil. Reflexão central ficou em torno da exortação apostólica Amoris Laetitia.

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om o tema "A Exorta­ ção Apostólica Amoris Laetitia no contexto da Misericórdia e da Missão", a cidade de Aparecida sediou a 79ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1, que com­ preende as dioceses do Esta­ do de São Paulo. O evento, que ocorreu do dia 7 ao dia 9 de junho, contou com a par­ ticipação de aproximadamen­ te 140 pessoas. Além de bispos diocesa­ nos e alguns eméritos, tam­ bém estiveram presentes co­ ordenadores diocesanos de pastoral e representantes de organismos, pastorais e mo­ vimentos. O evento ocorreu no Hotel Rainha do Brasil e foi presidido por Dom Air­ ton José dos Santos, arcebis­ po metropolitano de Campi­ nas e presidente do Regional Sul 1. A Diocese de Marília es­ teve representada pelo bispo diocesano, Dom Luiz Anto­ nio Cipolini, e pelo coorde­ nador de pastoral, Pe. Ade­ milson Luiz Ferreira. Outro sacerdote que também parti­ ci­pou, por ser o secretário da Sub-Região Pastoral de Bo­ tucatu (da qual a Diocese de Ma­rília faz parte), foi o Pe. Car­los Roberto dos Santos, de Tupã. Durante a assembleia, como de costume, houve di­ versas sessões conjuntas, com os bispos e os sacerdotes. Os bispos e arcebispos também tiveram reuniões privadas, assim como os coordena­ dores de pastoral, de orga­ nismos e pastorais ligadas à CNBB (Conferência Nacio­ nal dos Bispos do Brasil). O Pe. Ademilson lembrou que todos os trabalhos foram precedidos por momentos de oração e Eucaristia ou Litur­

gia das Horas. No primeiro dia, os car­ deais Raymundo Damasceno Assis e Odilo Pedro Scherer fizeram uma exposição acer­ ca da Exortação Pós Sinodal Amoris Laetitia (A Alegria do Amor), originada a partir da realização do Sínodo sobre a Família. "Destacou-se que a questão de fundo que motivou o Sínodo sobre a família nas suas duas edições, em 2014 e em 2015, foi a evangelização e a nova evangelização, em vista da transmissão da fé, tratada no Sínodo de 2012. A partir do Sínodo, pode-se propor e repropor encaminhamentos pastorais aos problemas e si­ tuações que envolvem as fa­ mílias. A partir da Exortação, Dom Odilo apresentou dez indicações em vista de uma 'nova pastoral familiar'. Desta­ cou que o Matrimônio nunca pode ser um 'ponto de che­ gada', mas um 'caminho' a ser percorrido", relatou o coorde­ nador de pastoral da Diocese de Marília, com base na ata da assembleia. No segundo dia de traba­ lho, os participantes da assem­ bleia consideraram que muitas das recomendações feitas pelo Papa Francisco já são realiza­ das nas dioceses do Estado de São Paulo, porém ainda existe um caminho a ser percorrido. Por sugestão dos bispos, pa­ dres coordenadores de pasto­ ral e outros membros, ficou definido que a próxima As­ sembleia das Igrejas, marcada para o período de 14 a 16 de outubro, tratará das perspecti­ vas pastorais a partir da Amoris Laetitia e contará com repre­ sentações dos grupos que tra­ balham com a família. "Nós, bispos, através da o­r a­ç ão, da reflexão e do en­ contro, vamos procurar pistas

de acolhida para esta realida­ de tão importante que é a fa­ mília. Nosso objetivo é traçar caminhos para a felicidade das famílias cristãs", disse Dom Luiz. Outro momento comum em todas as assembleias é a apresentação dos relatórios das doze Comissões Episcopais organizadas no Regional Sul 1. Entre os vários relatórios, o Pe. Ademilson lembrou o da Comissão para a Ação Missio­ nária e Cooperação Interecle­ sial, presidida por Dom José Luiz Bertanha, svd. O bispo falou da necessida­ de de os missionários enviados para a Amazônia terem prepa­ ração adequada para se esta­ belecerem e viverem naquela cultura, de modo a contribu­ írem nas questões peculiares daquela região. "Dom Berta­ nha apresentou, ainda, a solici­ tação de Dom Luiz Fernando Lisboa, cp, bispo diocesano de Pemba, em Moçambique, encaminhada à presidência do Regional Sul 1, solicitando a colaboração para estabelecer uma presença missionária Ad Gentes na Diocese de Pemba, bem como uma ajuda finan­ ceira àquela Igreja de Mo­ çambique. O bispo diocesano de Osasco, Dom João Bosco, relatou o planejamento de sua diocese, que enviará uma equi­ pe missionária a Pemba", con­ tou o Pe. Ademilson na reu­ nião da Coordenação Pastoral, realizada posteriormente. A D i o c e s e d e Pe m b a abrange toda a Província (Es­ tado) de Cabo Delgado e pos­ sui 82.625 km2, quase do ta­ manho de Portugal. Durante a assembleia, o pre­sidente do Regional Sul 1 ganhou o troféu da Associação Católica de Comunicação Signis Brasil pelos 25 anos de informação e evangelização do Informativo Regional Sul 1. O prêmio foi entregue a Dom Airton pela Irmã Helena Corazza, presidente da Signis.

Diocese foi representada pelo bispo Dom Luiz e pelo Pe. Ademilson


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Recursos

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da coleta da solidariedade

Entrega dos cheques foi marcada para final de junho Neste ano, 21 projetos sociais desenvolvidos por paróquias e entidades ligadas à Igreja Católica recebem os recursos da Campanha da Fraternidade, da Coleta da Solidariedade.

Jubileu do Clero reúne sacerdotes e bispos em Tupã

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o dia 30 de junho, após o fechamento desta edição, seria feita a entrega dos recursos da Coleta da Solidariedade. Em anos anteriores, a entrega dos donativos da Campanha da Fraternidade eram feitos pelo FDS (Fundo Diocesano de Solidariedade) durante a Assembleia Dioce­ sana. Neste ano, optou-se por antecipar a distribuição dos recursos aos 21 projetos con­ templados. O encontro foi marcado para as 10h, na Cá­ ritas Diocesana de Marília. Antes da entrega dos re­ cursos, foram programadas explanações do bispo dioce­ sano, Dom Luiz Antonio Ci­ polini, e do coordenador do FDS, Pe. Edson de Oliveira Lima. Para a entrega dos che­ ques, foi pedida a presença dos representantes de cada projeto contemplado. Eles também tiveram disponibi­ lizado um espaço de tempo para dar testemunhos sobre os projetos sociais que solici­ taram recursos e foram aten­ didos. Segundo o coordenador do FDS, Pe. Edson de Oli­ veira Lima, neste ano, dos 21 projetos escolhidos, 11 são da Região Pastoral I; seis da Região II; e quatro da Re­ gião Pastoral III. Confira mais informações sobre o evento e veja as ima­ gens da entrega dos cheques na próxima edição do jor­ nal diocesano "No Meio de Nós".

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eguindo a programação em comemoração ao Ano Santo da Miseri­ córdia, no mês de junho foi celebrado o Jubileu dos Pres­ bíteros. A data escolhida foi o dia 3, ocasião da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e também dia dedicado à san­ tificação sacerdotal. Os sacerdotes estiveram reunidos com diáconos e com os dois bispos, Dom Luiz Antonio Cipolini e Dom Os­ valdo Giuntini, em Tupã, na Paróquia São Pedro Apóstolo. Este é um dos quatro templos da Diocese de Marília em que os fiéis podem obter a indul­ gência plenária neste Ano Ex­ traordinário da Misericórdia. Primeiramente, o encon­ tro transcorreu no Centro de Convivência Mons. Afonso Hafner, onde o Pe. Raphael

Nunes Dias da Cunha, religio­ so recém ordenado da Con­ gregação de Jesus Sacerdote, conduziu as reflexões. O tema da apresentação foi "A Miseri­ córdia segundo o Bom Pastor". Ele apresentou o Coração de Jesus como centro e fonte de misericórdia. "Propus aos irmãos fazermos novamente a experiência de entrar em comu­ nhão e intimidade com Nosso Senhor, entrando pela porta de seu coração, para que Ele for­ me e modele o nosso coração semelhante ao Dele". O jovem presbítero ava­ liou positivamente o Jubileu do Clero. "Foi uma experiência enriquecedora para mim, uma ocasião para viver o Carisma de minha Congregação, o de estar junto aos padres para buscar­ mos, sempre mais, correspon­ der ao dom da nossa vocação

sacerdotal com amor, fidelidade e alegria", afirmou. Após a reflexão, os bispos, padres e diáconos tiveram um momento de adoração ao San­ tíssimo Sacramento e também de confissões. Em seguida, eles fizeram a peregrinação à igreja São Pedro, onde passaram pela Porta da Misericórdia, a fim de lucrarem as indulgências do Ano Santo. O encontro foi encerrado com a Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano. Em sua homilia, Dom Luiz ressaltou que, na Sagrada Escritura, o coração é o lugar dos pensa­ mentos e das decisões e tam­ bém "o lugar onde o ser huma­ no se encontra com Deus". Tendo o Sagrado Coração de Jesus como modelo, o bispo motivou os padres e diáconos a buscarem as ovelhas perdidas

que se encontram nas peri­ ferias existenciais das paró­ quias: "Essas realidades nos desafiam e, ao mesmo tem­ po, são fontes de grande ale­ gria, pois indo ao encontro das pessoas que sofrem e são excluídas, estamos indo ao encontro do próprio Cristo. Seremos fecundos quando buscarmos as ovelhas perdi­ das". Ao final da celebração, Dom Luiz entregou uma Carta aos Presbíteros. O tex­ to escrito pelo bispo dioce­ sano, com a colaboração dos vigários episcopais, eviden­ cia a dimensão missionária, misericordiosa e profética dos ministros ordenados para o trabalho pastoral na Diocese de Marília. (Com informações de Tiago Bar­ bosa).


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Pascom

Comunicação e ecologia Pe. Valdemar Cardoso

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m a d a s e x p re s s õ e s mais fortes da presença do Criador que tudo criou, chama-se Natureza. Nela, tudo está em harmonia com tudo, e tudo colabora para que a vida aconteça para todos. Dentro da natureza até a morte se coloca em prol da vida. As pessoas que moram nas cidades grandes têm mais dificuldades de contemplar as belezas que a mãe natureza oferece. Já quem mora na zona rural ou nas pequenas cidades interioranas estão mais em contato com o verde, respiram ar puro; enfim, estão mais dentro da naturalidade da vida. Vivendo nessa naturalidade, as pessoas são mais próximas umas das outras e isso faz com que elas se encontrem mais para conversarem e tornarem a vida mais partilhada. Com isso, vão criando laços de afetividades de acolhida e de respeito entre elas. É claro que a vida nas grandes cidades e nas grandes metrópoles têm lá suas vantagens. Mas, a que preço? Pra onde se vai com essa correria toda? O que se ganha com fazer o isso,

fazer aquilo e depois que acabar de fazer o aquilo, fazer o isso também. E de preferência, que tudo isso seja feito no menor espaço de tempo que se tem, para que se dê tempo de fazer também o que o tempo não perdoa se deixar pra depois. Tempo é dinheiro. As pessoas não se alimentam mais. Apenas comem. Vão e vem em vão. Na maioria das vezes, vão ou vêm sem saber nem pra quê ou a quem. Vida para aquém da vida! Viver é amar! O amor é a força que dá sentido de vida à vida. O ser humano está aqui, mas não é daqui. Antes de ser humano, o ser humano é um ser de luz. Ele é luz de amor que, para viajar por esse planeta água que chamamos terra, usa um corpo físico que o possibilita fazer uma experiência humana. E, nessa experiência humana expressar o que ele é, como fez aquela pessoa que por trinta e três anos viajou por aqui sendo luz em forma de amor e espalhando amor em forma de luz. Depois daquele dia, o mundo nunca mais foi o mesmo! Pe. Valdemar Cardoso é membro da equipe da Pascom (Pastoral da Comunicação).

CEB's realizam evento no dia 31

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cidade de Bastos sediará, no dia 31 de julho, o Encontro Diocesano das CEB's (Comunidades Eclesiais de Base). Segundo o assessor diocesano do movimento, Pe. José Afonso Maniscalco, o evento visa fortalecer o Plano Diocesano de Pastoral, que em seu quarto programa pede uma "Igreja: comunidade de comunidades". O sacerdote, juntamente com o coordenador diocesano, Augustinho Ropero, convida todos participantes das CEBs, comunidades, setores/ novena e capelas para o encontro, que terá como tema "Cristão leigo/leiga na Igre-

ja e na Sociedade". O assessor convidado para tratar do assunto é Rinaldo Henrique Gachet, do Conselho dos Leigos/ Leigas do Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O início está previsto para as 8h30 e, logo após, haverá uma celebração com a apresentação das comunidades O assessor falará aos participantes pela manhã e na primeira hora da tarde. O evento também vai contar com a participação do bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, convidado a presidir a missa de encerramento, marcada para as 15h.

Padroeira A Pa r ó q u i a I m a c u l a d o Coração de Maria, de Inúbia Paulista, celebrou a solenidade da padroeira no dia 4 de junho, juntamente com a festa do Sagrado Coração de Jesus. A celebração teve início com a procissão de entrada dos membros do Apostolado da Oração juntamente com as imagens do Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria. Eles foram colocados próximo ao painel, com a frase "Nosso coração triunfará!". Em sua homilia, o pároco, Pe. José Valdir Grisante, destacou o exemplo do Coração de Maria. "Coroado de rosas, brota e 'triunfa a chama do amor', um amor tão puro que acolheu a Palavra de Deus e entregou a sua vida para gerar o nosso Salvador Jesus Cristo. Nós devemos entregar nosso coração a Deus para ser triunfado neste amor", disse. Durante a Santa Missa, um momento de destaque foi a consagração da comunidade ao Imaculado Coração de Maria. Catequese N o d i a 7 d e j u n h o, a Paróquia Imaculado Coração de Maria, de Inúbia Paulista, realizou um encontro da Pastoral da Catequese, com o tema "Oração do Pai Nosso". Além dos catequizandos, o evento também contou com a participação dos pais e catequistas. O encontro foi conduzido pela coordenadora da Pastoral, Lenir Góes, que fez a leitura das "Bodas de Caná". Em seguida, ela falou da importância de seguir o exemplo de Jesus e Maria, tendo como missão em nossas vidas três etapas: fazer tudo o que Ele nos mandar, atendendo ao pedido de sua Mãe; encher as talhas de água até a boca, com as nossas atitudes; e, por último, levar ao mestre sala para provar e aprovar. Em seguida, foi apresentado um vídeo sobre a oração do Pai Nosso. "Devemos meditar cada palavra da oração e não falarmos automa­ ticamente, pois quando fazemos a oração, estamos falando com Deus, o nosso Pai que está no céu", disse a coordenadora. Encerrado o encontro, Lenir

Inúbia: acima, festa da padroeira e abaixo, encontro da Catequese

Escola Diaconal A Escola Diaconal São Lourenço, formada por candidatos leigos ao diaconato, encerrou as atividades do semestre no primeiro final de semana de junho. O curso foi iniciado neste ano de 2016 e os encontros ocorrem mensalmente. Neste último encontro do primeiro semestre, o bispo dioce­sano, Dom Luiz Antonio Cipolini, esteve junto dos candidatos. Desde o início, ele tem prestigiado todos os encontros, que sempre ocorrem em Adamantina, na Casa Pastoral Diocesana. lembrou que trabalhando juntos, "pais e catequistas formarão cristãos edificados na fé em Deus". Este encontro faz parte das celebrações propostas pela Diocese de Marília, por meio da equipe de Iniciação Cristã e da Pastoral Catequética. Todas as paróquias são chamadas a preparar seus catequizandos para receber o Pai Nosso, o Creio e também para as outras celebrações que compõe este itinerário em estilo catecumenal e mistagógico. Óbolo de São Pedro No primeiro final de semana de julho, dias 2 e 3, as paróquias

da Diocese de Marília farão a Coleta para o Óbolo de São Pedro, realizada todos os anos por ocasião da Solenidade de São Pedro e de São Paulo. A coleta é realizada em todas as dioceses do mundo e se destinada à prática da caridade e também para manter os serviços da Igreja. A doação tem a finalidade de reunir recursos para a manutenção das obras sociais e caritativas do Santo Padre. Essa oferta é a expressão mais significativa da participação dos fiéis nas iniciativas de caridade da Igreja Católica no mundo.


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Novo

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templo

Paróquia de Queiroz inaugura reforma da igreja Fotos: Érica Montilha/Pascom/Diocese de Marília

Concílio

vaticano ii

Os leigos na Lumem Gentium e outras constituições conciliares Constituição Dogmática Lumen Gentium (LG) dá grande passo na valorização do leigo e de todas as vocações da Igreja antecedendo o capítulo sobre o Povo de Deus ao que trata da hierarquia. O texto conciliar inicia afirmando o que é comum a todo o Povo, para depois tratar das particularidades. LG resgata o Sacerdócio Comum dos Fiéis e afirma que Sacerdócio Comum e Ministerial ordenam-se um ao outro e participam, cada qual a seu modo, do único sacerdócio de Cristo (II, 10b). Há igualmente uma afirmação valiosa sobre a "infalibilidade da fé da Igreja" (II, 12a): "O conjunto dos fiéis, ungidos pela unção do Santo (cf. 1 Jo 2,20 e 27), não pode enganar-se no ato de fé. E manifesta esta sua peculiar propriedade mediante o senso sobrenatural da fé de todo o povo quando, 'desde os Bispos até os últimos dos fiéis leigos' [citação de S. Agostinho], apresenta um consenso universal sobre questões de fé e costumes". A Constituição dedica um capítulo inteiro aos leigos. Reconhece que eles contribuem para o bem de toda a Igreja (IV, 30). Afirma a "índole se-

cular" como algo específico seu (IV, 31b) e sua dignidade enquanto membros do Povo de Deus (IV, 32-33). Para o Concílio "O apostolado dos leigos é participação própria na missão salvífica da Igreja" (IV, 33b). LG reconhece ainda a participação dos leigos no tríplice múnus de Cristo: sacerdotal, real e profético (IV, 34-36). "Segundo sua ciência, competência e habilidade, [os leigos] têm o direito e por vezes até o dever de exprimir sua opinião sobre as coisas que se relacionam com o bem da Igreja" (IV, 37a). Devem os sagrados Pastores reconhecer e promover "[...] a dignidade e a responsabilidade dos leigos na Igreja" (IV, 37c), utilizando-se de seu prudente conselho. O Código de Direito Canônico reafirma este direito e dever (cân. 212). Ao afirmar a "vocação universal à santidade” (LG V), o Concílio reconhece "[...] que todos os fiéis cristãos de qualquer estado ou ordem são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade" (V, 40b). Assim, santidade não se restringe a clérigos e religiosos. "Cada leigo, individualmente, deve ser, perante o mundo, uma testemunha da ressurreição e vida do Senhor Jesus e sinal do Deus vivo. Todos juntos e cada um, na medida de suas possibilidades, devem alimentar o mundo com frutos espirituais" (V, 38).

Além da Lumen Gentium, a atuação dos leigos é considerada pela Gaudium et Spes (GS) e Sacrosanctum Concilium (SC). A Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo (GS), ao abordar os deveres terrestres dos cristãos, reconhece os leigos como "cidadão do mundo" chamados a assumir suas responsabilidades, participando ativamente da vida da Igreja, impregnando o mundo de espírito cristão e testemunhando Cristo no meio da comunidade humana (n. 43). Também deseja que muitos leigos adquiram uma conveniente formação nas ciências sagradas e se dediquem a seus estudos (n. 62). Sacrosanctum Concilium menciona quatro vezes os leigos, tornando-os participantes do processo de renovação litúrgica. Poderão atuar como peritos nas Comissões Litúrgicas (n. 44). Sob condições determinadas, terão acesso à comunhão sob duas espécies (n. 55). Alguns sacramentais podem ser administrados por leigos (n. 79) e eles são chamados a recitarem, também, o Ofício Divino (n. 100).

da verdade". Após a comunhão dos fiéis, Jesus Eucarístico foi conduzido à nova Capela do Santíssimo para a adoração dos fiéis. "A nossa comunidade sonhou com esse dia e ver a alegria do povo com o término

dessa reforma foi muito gratificante", relatou Ademilson Pereira Marques, membro do conselho econômico da paróquia, em entrevista à "Rede de Comunicação No Meio de Nós". Outro momento de desta-

que da celebração foi a colocação da imagem da padroeira em um nicho especial. Ela é uma réplica daquela que está em Aparecida e foi recebida em 2011, doada pelo Santuário Nacional. (Com a colaboração de Tiago Barbosa).

Pe. Ademilson Luiz Ferreira

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o final de maio, o b i s p o d i o c e s a n o, Dom Luiz Antonio Cipolni, esteve em Queiroz, para a inauguração da reforma da igreja da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. A cerimônia, que reuniu centenas de fiéis, foi concelebrada pelo pároco, Pe. Antônio de Pádua Dias. Segundo ele, a igreja passou pela reforma graças a campanhas de arrecadação de recursos, que tiveram a participação da comunidade católica da cidade. Os fiéis foram exaltados pelo bispo diocesano em sua homilia. Ele ressaltou que "todos os devotos constituem a grande família de Deus que,

em torno do altar, rezam e são nutridos". "Na Igreja, nos alimentamos do Pão da Eucaristia para ter força para ajudar os que mais precisam. Louvado seja Deus, que uniu todos em torno deste objetivo, de construir a casa de Deus. A casa está pronta, está bonita, mas a comunidade é a Igreja viva. Nós somos a igreja viva e esta casa vai ficar cada vez mais bonita quanto mais amor dedicarmos uns aos outros", afirmou. Logo após, ele ungiu o novo altar com o óleo do Crisma e, após incensá-lo, ornou-o com uma toalha e iluminou-o com a velas dizendo: "a luz de Cristo resplandeça na Igreja e conduza os povos à plenitude

Pe. Ademilson Luiz Ferreira é coordenador diocesano de pastoral e pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marília.


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Ano

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da misericórdia

Obras de misericórdia e a Dimensão Social da Igreja Pe. Edson de Oliveira Lima

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uando se fala de obras de misericórdia nos vem à mente, automaticamente, as sete obras clássicas definidas pela Igreja, que são: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, visitar os prisioneiros, dar pousada aos peregrinos, visitar e atender os doentes e, por fim, enterrar os mortos. Essas obras além de ser uma prática ética nobre, são ainda chamadas de atitudes cristãs porque sua fonte referencial se encontra no texto do Evangelho de Jesus segundo Mateus, onde o próprio Cristo se define atendido em suas necessidades quando os sofridos e necessitados são acolhidos e gozam da misericórdia dos irmãos: "tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber. Era forasteiro e me recolhestes. Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes ver-me – e acrescenta Jesus – cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25,35-36.40b). Jesus se identifica com os sofridos e abandonados, bem como os excluídos e marginalizados da sociedade, que vivem os preconceitos desse tempo convulsivo que vivemos, e nos faz pensar que caminhamos para trás no que tange à garantia de direitos humanos e na liberdade de manifestação de cada pessoa. Vivemos dias de intensa tensão, pois o mundo passa por mudanças acentuadas de valores. Têm mais valor os bens e a propriedade privada do que a pessoa em si e a garantia de seus direitos individuais, como acesso a saúde, educação, alimentação, moradia, direito à terra e ao trabalho. Toda vida é sagrada, independente das circunstâncias em que essa vida se encontra. Ninguém está autorizado a

oprimir e roubar a dignidade de quem está vivendo momentos adversos. O cristianismo, por princípio, precisa deixar de ser anúncio de belas palavras, de bonitos discursos para ser de modo concreto uma Igreja em saída em busca daqueles que estão mais distantes, à margem. Como Igreja Católica, precisamos ousar o discurso e casá-lo com atitudes proféticas, encarnando nas diferentes realidades uma ação mais prática e reivindicatória frente àqueles que fazem a gestão pública. As obras de misericórdia são apenas algumas das muitas outras ações sócio-transformadoras que podem dar fim ou amenizar os sofrimentos de tantos homens e mulheres que, por diferentes razões, estão à margem, excluídos e vivendo indignamente. Misericórdia e dimensão social devem ser expressas numa parceria necessária e urgente da Igreja Católica, com as outras denominações religiosas e com os poderes públicos constituídos, porque somente com ações conjuntas é que se poderá pensar em ações que promovam a vida, a superação da miséria e o rompimento da marginalização de tantos milhões de brasileiros; e se considerar a situação internacional, acrescentamos as condições sub-humanas dos milhões de refugiados e migrantes, que vivem o drama do abandono da pátria, por causa das guerras, da fome, da insegurança e, ultimamente, de modo mais acentuado, pelas perseguições e intolerâncias religiosas. Com o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco exprime o desejo que a Igreja, mediante o testemunho dos cristãos, em todo o mundo, seja a primeira, por amor a Cristo, a "samaritanear" a vida, isto é, reproduzir os cuidados e empenho com aqueles caídos do caminho e ajudá-los a chegar à segurança de uma vida protegida e amparada. Somente com atitudes de pacificação, de misericórdia, superando as cor-

Leigos dos Cursos de Teologia têm estudos intensivos nas Regiões I e III

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o mês de junho, os Cursos de Teologia para Leigos das Regiões I e III realizaram suas Semanas Intensivas de Estudos. Na Região I, o evento ocorreu do dia 6 ao dia 10 e teve como tema central "Espiritualidade e Misericórdia". Nas cinco noites, temas relacionados foram debatidos, sempre por um convidado diferente. Na primeira noite, o tema foi "Espiritualidade e Ano da Misericórdia", com o Pe. Valdo Bartolomeu de Santana. Nas noites seguintes, os palestrantes foram o seminarista Marcelo Henrique Gonzales Dias, que falou sobre "Espiritualidade dos Santos Padres e a Misericórdia", o Pe. Tony Funabashi Takuno, que refletiu a "Espiritualidade do Sagrado Coração de Jesus e a Misericórdia", e o Pe. André Luiz Martins dos Santos, que apresentou "As Parábolas da Misericórdia". O último dia teve como tema "A Espiritualidade do Beato Charles de Foucault e a Misericórdia", com o Pe. Willians Roque de Brito como assessor. Os leigos estiveram reunidos no Itra (Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos), em Marília. Segundo os organizadores, foram 149 participantes, sendo 101 alunos regula-

res e outros 48 leigos. Muitos alunos da Escola Diaconal participaram da Semana Intensiva de Estudos da Região I. Na Região III, os estudos intensivos ocorreram nos dias 21 e 22, em Dracena, no salão do Santuário Nossa S enhora de Fátima. Segundo a coordenação do curso, a participação foi de 111 alunos regulares e 90 participantes das paróquias da Região.

O tema de estudo foram "As parábolas da Misericórdia" e o assessor foi o Pe. André Luiz Martins dos Santos. A Região II marcou sua Semana Intensiva para o período de 4 a 7 de julho, em Parapuã. O assessor convidado foi o seminarista Tiago Barbosa, que abordará o tema "Pastoral e Comunicação".

rupções e os desvios econômicos que lesam milhões de vidas é que teremos um mundo mais parecido com o rosto da misericórdia de Deus, manifesto em Jesus Cristo. A construção dessa civilização humanizada e humanizante é tarefa primária dos que já sentimos a força do amor de Deus. Pois quem ex-

perimentou o amor não pode responder de outro modo que não seja amando. Por fim, recordo uma máxima de São João da Cruz, que nos impulsiona a dar nossa contribuição gratuita e misericordiosa nesse nosso tempo: "no entardecer da nossa vida, seremos julgados pelo amor".

Portanto, o amor deve ser a medida para que a misericórdia e as transformações sociais aconteçam privilegiando a dignidade de toda a vida humana.

Região I

Região III

Pe. Edson de Oliveira Li­ ma é assessor do Conselho Diocesano de Leigos.


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Segunda

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união

Encontro Bom Pastor reúne casais em Adamantina

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G r u p o B o m Pa s t o r promoveu, no dia 26 de junho, o Encontro de Casais em Segunda União. Vinte e três casais estiveram reunidos na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina, com o auxílio de uma equipe de serviço de 64 pessoas. O encontro contou com a participação do Pe. Marcelo Antônio dos Santos e do seminarista Tiago Barbosa, que foram convidados para serem os assessores. O sacerdote falou sobre a proposta da Igreja para os casais em segunda união e esclareceu dúvidas, enquanto Tiago apresentou o tema "Jesus Bom Pastor". Por fim, Marcos Roberto Santos e Liliane Maria dos Santos falaram sobre "O Perdão". O encontro foi encerrado com a Santa Missa, presidida

Antídoto chamado perdão "O homem colérico comete estupidez, e o homem intrigante torna-se odiado" (Provérbios 14,17). pelo Pe. Júlio Pereira de Souza Neto, diretor espiritual do Grupo Bom Pastor, e concelebrada pelo Pe. Ademilson Luiz Ferreira, coordenador diocesano de pastoral. Segundo os organizadores, além de se manterem informados, os casais participantes puderam aprofundar sua espiritualidade e se engajar no serviço ao

próximo, que a Igreja facilita e proporciona.

Apóstolas celebram Jubileu da Misericórdia

A

s Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus tiveram, no dia 24 de junho, o Jubileu Extraordinário na Betânia Charitas Christi, em Marília, casa que abriga as religiosas idosas. O evento começou às 17h e fez parte da celebração do Ano Santo da Misericórdia. "Sentimo-nos felizes por sermos agraciadas pela abertura da Porta Santa neste Ano Jubilar da Misericórdia. Esta é uma possibilidade de experimentarmos o Amor e a Misericórdia de um Deus que tem um Coração infinitamente bom", disse a superiora da congregação, Irmã Davina Rodrigues. Segundo a religiosa, esta foi uma iniciativa do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, que presidiu a ce­lebração. "Ele mesmo mencionou que nossa comunidade é uma comunidade de misericórdia", lembrou. Para a Irmã Davina, passar pela Porta da Misericórdia é sentir que Deus quer que façamos a experiência pessoal

Era uma vez um marido que chegou para o seu pai e disse: — Pai, não aguento mais a minha esposa. Quero matá-la, mas tenho medo que descubram. O senhor pode me ajudar? O pai respondeu: — Posso sim, mas tem um porém...Você vai ter que fazer as pazes com ela para que ninguém desconfie que foi você, quando ela morrer. Vai ter que cuidar muito bem dela, ser gentil, agradecido, paciente, carinhoso, menos egoísta, retribuir sempre, escutar mais... Tá vendo este pozinho aqui? Todos os dias você vai colocar um pouco na comida dela. Assim, ela vai

morrer aos poucos. Passados os 30 dias, o filho voltou e disse ao pai: — Eu não quero mais que ela morra! Eu passei a amá-la. E agora? Como eu faço para cortar o efeito do veneno? O pai, então, respondeu: — Não se preocupe! O que eu te dei foi pó de arroz. Ela não vai morrer, pois o veneno estava em você! Reflexão Quando alimentamos rancores, morremos aos poucos. Que possamos fazer as pazes conosco e com quem nos ofendeu. Que possamos tratar aos outros, como gostaríamos de ser tratados. Pense nisso!! Pe. Valdo Bartolomeu de Santana (padre.valdo@uol. com.br).

Natalício 03/07 – Pe. Jacinto Sebastião da Silva – Marília. 05/07 – Pe. José Orandi da Silva – Marília. 05/07 – Pe. Valdemar Cardoso – Marília. 08/07 – Dom Luiz Antonio Cipolini. 14/07 – Pe. José Ferreira Domingos, RSV – Panorama. 17/07 – Pe. Hélio Alves de Oliveira, CP – Osvaldo Cruz. 21/07 – Pe. Adriano dos Santos Andrade – Irapuru/Flora Rica. 27/07 – Pe. Rafael Octávio Garcia – Iacri. 28/07 – Pe. José Ribeiro da Silva – Dracena. Ordenação Presbiteral 06/07 – Pe. Sidnei de Paula Santos – Oriente. 07/07 – Pe. Veríssimo Mânfio, SAC – Adamantina. de sermos acolhidos pela Misericórdia do seu amoroso Coração. "Quem experimenta a Misericórdia saberá transmiti-la aos demais irmãos. A Porta Santa esta-

rá sempre aberta e à disposição para quem desejar fazer sua peregrinação e lembrar que somos um povo em marcha para Deus", concluiu a apóstola.

11/07 – Pe. José Luís Dias Barbosa, CP – Osvaldo Cruz. 25/07 – Pe. Manoel Cirino de Souza – Flórida Paulista. Ordenação Episcopal 07/07 – Dom Luiz Antonio Cipolini.


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Ministros

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extraordinários da sagrada comunhão

Mesc's celebram Jubileu do Ano Santo em Dracena

O

s Mesc (Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão) da Região III se reuniram na manhã do dia 18 de junho, em Dracena, e participaram cerca de 450 ministros de todas as paróquias da Região Pastoral. O evento, que fez parte da programação diocesana do Ano Santo da Misericórdia, teve a presença do Pe. Anderson Messina Perini, assessor diocesano da Pastoral Litúrgica. A chegada e a recepção do Jubileu dos Mesc's ocorreram no Santuário Nossa Senhora

de Fátima, de onde os ministros saíram em procissão até a matriz de Nossa Senhora Apa-

recida, local onde os fiéis da Região III podem passar pela Porta Santa, a fim de obter indulgências neste Ano Santo da Misericórdia. Chegando no local, o pároco, Frei Airton Carlos Grigoleto, recepcionou a todos e o Pe. Anderson motivou a entrada pela Porta Santa. "Foi um momento emocionante. A peregrinação toda foi maravilhosa", garantiu Lucilene Melo, leiga que faz parte da Ordem das Virgens Consagradas. Os ministros também tiveram um momento de adoração

ao Santíssimo Sacramento e assistiram à pregação do Pe. José Ferreira Domingos, vigário episcopal da Região III. Antes da missa de encerramento, foi recitado o Terço da Misericórdia. O bispo Dom Luiz não pôde participar do encontro, mas enviou mensagem afirmando que estava com os Mesc por meio da oração. Na avaliação do Pe. Anderson, o Jubileu dos Ministros foi muito expressivo e piedoso. "Percebia que as pessoas tinham sede de espiritualidade e se emocionaram ao passar

pela Porta como se fosse pelo próprio Cristo, fonte de misericórdia", comentou o sacerdote. "Foi lindo e bastante orante. Foi uma tarde de encontro e comunhão com pessoas de várias paróquias", concluiu a consagrada. O Jubileu dos Mesc's da Região Pastoral II está marcado para o dia 24 de julho e eles passarão pela Porta Santa da igreja matriz de São Pedro Apóstolo. E na Região I, o evento ocorreu no mês de maio, em Vera Cruz.

Seminaristas se preparam para retiro estadual em julho Retiro espiritual reunirá seminaristas do Estado de São Paulo ligados à Renovação Carismática Católica. "Cristo será tudo em todos" motivará o encontro dos futuros padres.

H Região II Agentes de pastoral da Região II estiveram reunidos no dia 23 de junho em Rinópolis. Eles refletiram sobre a Exortação Apostólica Amoris Laetitia (Alegria do Amor), do Papa Francisco. O tema foi apresentado pelo Pe. Carlos Roberto dos Santos, pároco da paróquia São Pedro de Tupã, que também é mestre em Teologia.

á um mês do XXXI Retiro Estadual de Seminaristas (Renasem), que acontecerá em Santos, os candidatos aos presbiterado se preparam, com entusiasmo, para o encontro anual: "A expectativa é tão grande que não cabe dentro de mim. É incrível contar os dias e ver cada momento ser organizado", relatou Eduardo Augusto Belão, da Diocese de Jundiaí. De 18 a 24 de julho os seminaristas serão motivados com o tema "Cristo será tudo

em todos" (cf. Cl 3, 11). De iniciativa do Ministério para Seminaristas da RCC (Renovação Carismática Católica), o retiro pretender reunir os futuros padres diocesanos e religiosos para dias de oração, encontro e confraternização. Para o coordenador estadual do Ministério para os Seminaristas, Edson Barbosa, da Diocese de Marília, o objetivo é que cada participante, em seu processo vocacional, faça a experiência de um mergulho espiritual em Deus para que o Renasem contribua no caminho da santidade.

Inscrições Para participar do XXXI Renasem os interessados devem acessar o site e seguir as indicações (http://renasemsp. blogspot.com.br/). Segundo a organização do retiro, seminaristas de 11 dioceses já confirmaram presença. "Irmãos, participem conosco deste momento de oração e reflexão para juntos fazermos uma frutuosa experiência de avivamento espiritual em nossa vida e vocação", convidou Edson Barbosa. (Tiago Barbosa)


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Bem-aventurados

os misericordiosos

Semana Jovem prepara JMJ e Jubileu da Juventude

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o final de julho, en­ tre os dias 26 e 31, s e r á re a l i z a d a n a Cracóvia, Polônia, a XXXI JMJ (Jornada Mundial da Ju­ ventude). Este evento foi iniciado pelo Papa João Paulo II em 1984 e a primeira jornada ocorreu em Roma, na Itália, com o tema "Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês ( 1 Pd 3, 15)". A Jornada é realizada a cada dois anos em um país diferente e, anualmente, é cele­b rada a Jornada Dioce­ sana da Juventude em diversas dioceses do mundo. O maior encontro de to­ dos os tempos teve lugar em 1995, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Manila, nas Filipinas. Quatro milhões de jovens aplaudiram o Papa, ao dizer: "Sois capazes

de oferecer vós mesmos, vossas forças e vossos talentos para o bem dos demais? Sois capazes de amar? Sim, vós sois. A Igre­ ja e a sociedade podem colocar grandes esperanças em cada um de vós". Em 2013, a JMJ ocorreu no Rio de Janeiro, quando 3,7 milhões de jovens refletiram o tema "Ide e fazei discípulos entre as nações". Este foi o se­ gundo maior evento da história e a maior concentração católica do Brasil. Esta JMJ também fi­ cou marcada como a primeira viagem apostólica do então re­

cém eleito Papa Francisco. Para a JMJ 2016, que terá como tema "Bem-Aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia (Mt 5,7)", a Diocese de Marília enviará representação. Alguns jovens de paróquias, do Camin­ ho Neocatecumenal e também da Sociedade de São Vicente de Paulo estão se organizando para participar.

Segundo o sacerdote, o evento também é uma pre­ paração para o Jubileu da Ju­ ventude, previsto para o dia 16 de outubro, nas Regiões Pasto­ rais I e II, e em 29 de outubro na Região III. A proposta é que a Semana Jovem Missionária seja reali­ zada entre os dias 11 e 17 de julho. "Porém, cada paróquia

pode se adequar e realizá-la em outra semana durante este mesmo mês. Como Setor Ju­ ventude, estamos propondo a realização de encontros, adorações, Cine Jovem, re­ flexão política, noite voca­ cional e uma experiência missionária como obra de misericórdia", concluiu o Pe. Marquinhos.

Semana Jovem Missionária A Semana Jovem Mis­ sionária está em comunhão com a JMJ 2016 e terá o mes­ mo tema. "As Bem-aventuran­ ças, além de uma proposta nova de vida e de promessas, exigem de nós conversão, ou seja, mudança de rota. É esta a dinâmica da Semana Jovem Missionária 2016", informou o assessor diocesano do Setor Juventude, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva.

Conselho Diocesano de Pastoral realiza segunda reunião do ano

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Centro de Convi­ vência Monsenhor Afonso Hafner, de Tupã, recebeu, no dia 4 de junho, os membros do Con­ selho Diocesano de Pastoral, que realizaram sua segunda reunião do ano. O evento contou com a presença do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, dos três vigários episcopais, padres Luiz Eduardo Cardoso de Sá, Marcos Roberto Cesário da Silva e José Ferreira Domin­ gos, e do coordenador dio­ cesano de pastoral, Pe. Ade­ milson Luiz Ferreira, além de outros padres coordenadores e assessores, seminaristas, consagradas e coordenadores diocesanos de pastorais. Depois de avaliar a Missa

dos Santos Óleos e as ativida­ des do Ano da Misericórdia, a equipe refletiu a nota da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) sobre as eleições municipais, que será amplamente divulgada em toda a Diocese de Marília (pá­ ginas 6 e 7 desta edição). Também foi abordada a atualização do Plano Diocesa­

no de Pastoral e a realização, em agosto, das Atualizações do Clero e dos Leigos. A reunião foi conduzida pelo coordenador do Con­ selho Diocesano de Pasto­ ral, Jaime Luiz Piassa, que informou que a próxima reunião da equipe está mar­ cada para 3 de setembro, no mesmo local.

Visita Pastoral em Tupi Paulista A Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista, recebeu a visita pastoral do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, de 16 a 19 de junho. Ele foi recebido pelo pároco, Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, e uma das primeiras atividades foi a reunião com o CPP (Conselho Pastoral Paroquial). Dom Luiz também esteve no Asilo São Vicente de Paulo, na Creche Cantinho da Criança, no Serviço Social Paroquial e no Teatro Municipal, onde teve um encontro com estudantes. Na sexta-feira, o dia se encerrou com a celebração da missa na Capela Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Barro Preto de Cima. No sábado, o bispo participou da Leitura Orante na Matriz, visitou a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, encontrou com os missionários, visitou enfermos, presidiu Eucaristia na Capela São José e encerrou o dia com o Luau Jovem. O domingo foi marcado pela missa com as crianças, um almoço comunitário com o CPP e a missa na matriz. Durante sua visita, Dom Luiz recebeu muitas manifestações de carinho e, segundo afirmaram os fiéis, "tratou a todos com a atenção e o carinho de um pai amoroso que visita os filhos em Cristo". (Leia a Palavra do Bispo, na página 2)


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Casa

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comum

Laudato Si é tema de formação da Pastoral Familiar

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Pastoral Familiar realiza, durante o ano, encontros diocesanos de formação para seus agentes. Em junho, o evento foi realizado no dia 12, na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina. Cerca de 90 agentes de pastoral estiveram reunidos das 8h às 13h e refletiram a encíclica do Papa Francisco Laudato Si (Louvado Seja). "O documento trata do amor, da responsabilidade e do cuidado para com nosso planeta Terra, a 'casa comum'", disse o coordenador diocesano da Pastoral Familiar, Jaime Luiz Piassa. Quem conduziu as reflexões foi o Pe. Ademilson Luiz Ferreira, que é coordenador diocesano de pastoral. "Os agentes de pastoral acompanha-

ram atentamente a exposição e também tiveram oportunidade de se manifestar. Pedi que todos assumissem o compromisso de ler a encíclica e reproduzir essa formação para suas paróquias. Salientei, ao final, o compromisso que temos com as futuras gerações e o risco de impedirmos a vida no planeta para as próximas gerações. Destaquei, porém, que nem tudo está perdido e que devemos fazer a nossa parte", afirmou o sacerdote. Além de membros da Pastoral Familiar, o encontro também contou com a presença de agentes de outras pastorais. Segundo Jaime, a próxima formação está marcada para o dia 11 de setembro e terá como tema "Ideologia de gênero". O evento ocorrerá novamente em Adamantina Rosa Mística O templo da Pró-Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística, de Marília, continua em construção, mas as missas já estão sendo celebradas no prédio, no espaço onde funcionará a parte administrativa da paróquia. A primeira celebração no novo espaço foi na Quarta-feira de Cinzas. A construção do templo começou em fevereiro de 2015 e em junho de 2016 foi iniciada a fase de cobertura. Segundo o pró-pároco, Pe. Danilo Nobre dos Santos, a adesão da comunidade tem sido muito positiva. "Os fiéis têm comparecido às celebrações, bem como respondido às campanhas que são realizadas em prol desta obra", disse. As missas são celebradas aos sábados, às 19h30, e aos domingos, às 11h e às 19h. Para o mês de julho, a pró-paróquia prepara a 2ª Festa da Padroeira. Do dia 8 ao dia 10 ocorrerá o Tríduo Preparatório para a comemoração do dia de Nossa Senhora Rosa Mística, em 13 de julho.


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