Jornal No Meio de Nós - Edição 244 - dezembro de 2018 by Pascom Marília

NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 20 | Edição 244 | Dezembro de 2018

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Bispo ordena Gabriel e Renan novos sacerdotes

Foto: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

Almoço marca o Dia Mundial dos Pobres em Marília No dia 18 de novembro, foi celebrado o II Dia Mundial dos Pobres, data instituída pelo Papa Francisco. Na cidade de Marília diversas paróquias já têm a atuação da Pastoral do Povo de Rua, que presta solidariedade aos excluídos. Na oportunidade, os moradores de rua receberam café da manhã, almoço, e tiveram a oportunidade de ter atendimento de enfermagem, barbearia e cabeleireiro. O bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini, e o Pe. Ademilson Luiz Ferreira, coordenador diocesano de pastoral, participaram da ação. Página 12

DNJ 2018 reúne milhares de jovens em Pompeia

Pe. Gabriel, ordenado no dia 16, beija as mãos ungidas do Pe. Renan, em sua ordenação, em Flórida Paulista

Depois dos padres Rafael Ciuffa, Denismar André e Tiago Barbosa, agora o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, ordenou mais dois novos sacerdotes: Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC, e Renan Gimenes Takizawa. A primeira cerimônia ocorreu no dia 16 de novembro, na

Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima, em Adamantina, e a segunda foi em Flórida Paulista, no Ginásio de Esportes Valdemir Ferrarezi. Estiveram reunidas centenas de pessoas, entre familiares, amigos e também sacerdotes, diáconos e seminaristas. Como ordenados, o Pe. Ga-

briel exerce seu ministério no Mosteiro da Divina Misericórdia, em Lucélia, e o Pe. Renan é vigário paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Tupã. Acompanhe, nesta edição, testemunho das mães dos dois novos sacerdotes. Página 8

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

O Cardeal Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, fala do Advento, para compreender o Mistério da Salvação

Frei Lucas Lisi, de Garça, lembra que foi São Francisco de Assis quem montou o primeiro presépio, no ano de 1223

A leiga Patrícia Barnabé, de Marília, relata como é o trabalho com os excluídos, na Pastoral do Povo de Rua

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Foto: Missão Jovens da Cruz

Jovens de diversas paróquias se confraternizaram durante dia

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ENFOQUE

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Expressões juvenis de toda a Diocese de Marília participaram, em 25 de novembro, do Dia Nacional da Juventude (DNJ). A edição de 2018 foi sediada na cidade de Pompeia e preparada pelo Setor Juventude diocesano e por jovens da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Cerca de 2.800 fiéis refletiram o tema “Construindo a Paz”.

Diocese proporciona roteiro para a Novena de Natal Preparado por uma equipe de sacerdotes, religiosas e leigos, o subsídio da Novena de Natal 2018 traz o tema “Eis que vem o Príncipe da Paz”. O roteiro apresenta nove encontros a fim de preparar os fiéis para o nascimento de Cristo.

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| Ao Leitor |

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Editorial Não havia lugar para o Menino

o relatar o nascimento de Jesus, o evangelista Lucas afirma que a Virgem Maria reclinou o Menino numa manjedoura “porque não havia um lugar para eles na sala” (Lc 2,7). Assim nasceu o Salvador do mundo: sem um lugar preparado, sem conforto, sem acolhida. De fato, os seus não o receberam (Cf. Jo 1,11).

Em breve, celebraremos o nascimento do Senhor e, assim como naquela época, corremos o risco de fechar as portas ao Salvador do mundo. Este não pode ser mais um Natal; é preciso converter o nosso coração a Cristo! Hoje, a verdadeira Luz do mundo que ilumina todo homem (Cf. Jo 1,9) divide espaço com as luzes das vitrines e das ruas, tan-

tas vezes ofuscantes e vazias. Em muitas situações cotidianas, continua não havendo espaço para o Menino. Diante desse cenário, os cristãos são chamados a evidenciarem o brilho daquela Luz admirável que dá sentido à vida. Neste Advento, que nos prepara para a vinda de Jesus, são tantas as oportunidades para uma sincera mudança de vida: a caridade

fraterna, a reflexão bíblica, a vida em comunidade, a Novena de Natal, a confraternização em família, o perdão oferecido ao outro. Não podemos ser indiferentes como aqueles habitantes de Belém. Alegres e vigilantes, preparemos o nosso coração. Vamos a Belém, ver o que o Senhor nos deu a conhecer! A todos, um feliz e santo Natal!

Enfoque Coroa do Advento, anúncio do Natal Ilustração: Alex Augusto

CARDEAL ORANI JOÃO TEMPESTA

celebração do Advento é uma insubstituível pedagogia para compreender o mistério da salvação, a fim de que Jesus seja o ponto de referência não somente para sentimentos piedosos e religiosos, mas para empenhar toda a existência no anúncio e testemunho do Reino. Nossa expectativa vigilante é acompanhada sempre pelo convite à alegria. No Advento temos vários símbolos que nos ajudam a viver a espiritualidade desse tempo e um deles é a coroa do advento.

A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição antiga europeia. No inverno, se acendiam algumas velas que representavam ao “fogo do deus sol” com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltassem. Essa coroa é originária dos países escandinavos, a qual contém raízes simbólicas universais: a luz como salvação, o verde como vida e o formato redondo como eternidade. Simbolismos estes que se tornaram muito adequados ao mistério natalino cristão e, que por isso, adentraram facilmente nos países sulinos. Assim, a coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal: um

círculo de folhagens verdes, sua forma simboliza a eternidade e sua cor representa a esperança e a vida. Vem entrelaçado por uma fita vermelha, que nos remete tanto do amor de Deus por nós como também de nosso amor que aguarda com ansiedade o nascimento do Filho de Deus. Vivamos intensamente o tempo do Advento e que o Cristo seja a luz a iluminar a nossa vida e que iluminados pelo Senhor que vem, que veio e que virá seja a guia de nossa vida e testemunho do seguimento cristão! Cardeal Orani João Tempesta, O.Cist. é arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ).

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CÚRIA DIOCESANA: Av. Nelson Spielmann, 521 - Marília/SP - CEP 17500-970 - Fone/fax: (14) 3401-2360 - E-mail: curia@diocesedemarilia. org.br | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO: Pe. Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMADOR: Danilo Cordeiro Silva - MTB nº 86878/SP | REVISÃO: Pe. Tiago Barbosa | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Ademilson Luiz Ferreira | CONSELHO EDITORIAL: Pe. Tiago Barbosa e Márcia Welter | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.net.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes

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| Nosso Pastor |

Palavra do Bispo O círculo da alegria

o início de cada ano é costume rever o caminho realizado e fazer projetos para o futuro. Começar o ano com bons propósitos é uma medida de sabedoria. Trata-se na verdade de mudar atitudes que brotam de um coração que deseja trilhar, sempre mais e melhor, um caminho de conversão, como nos propõe o tempo do Advento. Conta-se que: “Certo dia, um camponês bateu com força na porta de um convento. Quando o irmão porteiro abriu, ele lhe estendeu um magnífico cacho de uvas. – Caro irmão porteiro, estas são as mais belas uvas produzidas em meu vinhedo. E venho aqui para dá-las de presente. – Obrigado! Vou levá-las imediatamente ao Abade, que ficará alegre com esta oferta. – Não! Eu as trouxe para você. – Para mim? – O irmão ficou vermelho, porque achava que não merecia tão belo presente da natureza. – Sim! – Insistiu o camponês. Porque sempre que bati na porta você abriu. Quando precisei de ajuda porque a colheita foi destruída pela seca, você me dava um pedaço de pão e um copo de vinho todos os dias. Mesmo assim, o irmão porteiro resolveu entregar o presente ao Abade, que sempre o havia estimulado com palavras de sabedoria. O Abade ficou contente com as uvas, mas lembrou-se que havia no convento um irmão que estava doente e pensou: Vou dar-lhe as uvas; quem sabe pode trazer-lhe alegria. E assim fez. Mas as uvas não ficaram muito tempo no quarto do irmão doente, porque este refletiu: O irmão cozinheiro tem cuidado de mim por tanto tempo, alimentando-me com o que há de melhor. Tenho certeza que se alegrará com isso. Quando o irmão cozinheiro apareceu na hora do almoço, trazendo a refeição, ele entregoulhe as uvas. O irmão cozinheiro ficou deslumbrado com a beleza das uvas e fez com que o seu ajudante reparasse aquela maravilha. Tão perfeitas, pensou ele, que ninguém melhor para apreciá-las que o irmão sacristão; como ele era o responsável pela guarda do Santíssimo Sacramento, e muitos no mosteiro o viam como um homem santo, seria capaz de valorizar melhor aquela maravilha da natureza. O sacristão, por sua vez, deu as uvas ao novi-

DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

ço mais jovem, de modo que este pudesse entender que a obra de Deus está nos menores detalhes da criação. Na mesma hora o noviço lembrou-se da primeira vez que chegara ao mosteiro, e da pessoa que lhe tinha aberto a porta. Assim, pouco antes do cair da noite, ele levou as uvas para o irmão porteiro. – Coma e aproveite, porque você passa a maior parte do tempo aqui sozinho, e estas uvas lhe farão muito feliz. O irmão porteiro entendeu que aquele presente realmente lhe tinha sido destinado, saboreou cada uma das uvas e dormiu feliz. Desta maneira o círculo foi fechado; o círculo da alegria, que sempre se estende em torno das pessoas generosas”.

Eis aqui um bom propósito de vida para o Advento, Natal e Ano Novo! O caminho espiritual da generosidade e da alegria! Este é o caminho de Jesus! Este caminho vai favorecendo a quem faz o propósito de se entregar a uma profunda transformação de valores e atitudes, que faz com que a nossa vida individual e comunitária seja evangélica. Trata-se de um processo cotidiano de identiﬁcação com a pessoa de Jesus e com suas preferências e escolhas. Qual é o teu propósito para o Ano Novo? Feliz Natal, com as mais copiosas bênçãos do Menino Jesus a você, tua família e comunidade! Estes são os meus sinceros votos.

AGENDA DO BISPO 01/12 – Crisma na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, em Marília | Vivência Vocacional no Seminário Propedêutico São Pio X. 02/12 – Crisma na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Pompéia | Crisma na Paróquia Santuário Sagrado Coração de Jesus, em Vera Cruz. 03/12 – Confraternização do Clero com os Seminaristas, em Adamantina. 05/12 – Crisma na Paróquia São Francisco Xavier, em Bastos. 06/12 – Crisma na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Tupã. 07/12 – Crisma na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Marília. 08/12 – Missa com o grupo Consagra-te, na Igreja Santo Antônio, em Marília | Escola Diaconal – Retiro | Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Dracena. 09/12 – Crisma na Paróquia São Pedro, em Paulicéia | Crisma na Paróquia São José, em Panorama | Crisma na Paróquia Santo Antônio, em Junqueirópolis. 11/12 – Crisma na Comunidade Senhor Bom Jesus de Rosália. 12/12 – Crisma na Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Tupi Paulista. 14/12 – Terço no Lar São Vicente de Paulo, em Marília | Formatura do Curso de Filosoﬁa, Faculdade João Paulo II. 15/12 – Encontro com Consagradas, Ordem das Virgens, em Marília | Ordenação Presbiteral dos Diáconos Marcos Aparecido Ribeiro Maciel e Silvio César Quaio, na Catedral São Bento, em Marília. 16/12 – Crisma na Paróquia Sagrada Família, em Lucélia | Crisma na Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Inúbia Paulista. 17/12 – Posse do Pe. Ademilson na Paróquia São José, em Panorama. 18/12 – Confraternização dos Bispos do Sub Regional, em Bauru | Crisma na Paróquia Imaculada Conceição, em Parapuã. 19/12 – Crisma na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Ouro Verde. 20/12 – Crisma na Paróquia São João Batista, em São João do Pau D’Alho. 21/12 – Crisma na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, em Jafa. 22/12 – Crisma na Quase-Paróquia São Francisco, em Adamantina. 23/12 – Crisma na Paróquia Santa Genoveva, em Irapuru | Crisma na Paróquia Imaculada Conceição, em Mariápolis | Crisma na Paróquia Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Dracena | Crisma na Paróquia Santa Cecília, em Monte Castelo. 24/12 – Vigília de Natal na Catedral, em Marília. 29/12 – Ordenação Presbiteral dos Diáconos Edson Luís Barbosa da Silva e Thiago Carlos dos Santos na Igreja Santo Antônio, em Marília. 30/12 – Missa na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Garça.

| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade O Pão e o Vinho, expressão do Corpo e Sangue de Cristo PE. ANDERSON MESSINA PERINI

m dos símbolos mais expressivos na liturgia cristã e que traz a centralidade do mistério Pascal de Jesus são o pão e o vinho. No plano da graça, querem expressar o que remetem no plano natural. O que são pão e vinho? São primeiros frutos da terra e conjuntamente do trabalho humano. Pão é uma comida, alimento feito do trigo, que é triturado, torna-se farinha, amassado com água. Pão significa no cotidiano alimento que fortifica e da vida. Alimento de união, pois quando se faz o pão o faz para muitos. O vinho é bebida, feito de uva, amassada e fermentada. É bebida que alegra, inebria, faz transbordar de felicidade. Pão e vinho eram alimentos comuns na sociedade que viveu Jesus, fazia parte da mesa cotidiana. Mas estes elementos haviam se tornados simbólicos nos ritos religiosos. Na ceia judaica, o pão sem fermento era símbolo da pressa em que o povo de Israel havia saído do Egito. Como não houve tempo para levedura, fizeram pão sem fermento para ter o que comer na jornada. É também símbolo da amargura e sofrimento da escravidão. Remete a pureza, pois sem fermento a massa não foi corrompida. O vinho na ceia judaica era símbolo da alegria e esperança. Da alegria da libertação, da esperança da vinda do Messias. Na ceia judaica existem cinco taças de vinho a ser bebida. Uma delas é uma taça compartilhada chamada Taça de Elias, onde no devido momento todos a bebem aguardando com alegria a vinda do profeta. No contexto cristão todos estes elementos foram reunidos por Jesus Cristo. O pão consagrado, sem fermento, é seu Corpo – sofrido, maltratado por nossos pecados, mas puro, incorruptível, imaculado, alimento de vida e salvação. Quem come deste pão tem a vida eterna. Alimento para caminhada de peregrinos ruma ao Reino dos Céus. O vinho consagrado é seu Sangue, o Messias esperado, o Libertador. Sangue da

Nova Aliança, do sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Seu Sangue verdadeira bebida que nos concede a felicidade plena. Podemos afirmar que o pão e o vindo, sobretudo no Sacramento da Eucaristia, adquirem um tríplice sentido. Primeiro, representam nossa vida e todas as coisas criadas por Deus. Toda criação se encerra como objeto de ação de graças a Deus. E o homem os oferecem a Deus como o Senhor da Criação. Segundo, o pão e o vinho significam o trabalho, a capacidade humana de criar, sendo, neste aspecto, também semelhante a Deus. Terceiro, o mistério revelado por Jesus, pão e vinho são a comunhão de vida com Deus; Cristo se torna comida e bebida na Eucaristia. Deus vem ao nosso encontro no desejo de comunhão de vida com Ele. Pão e vinho, símbolos da comida e da bebida, exprimem nossa vida, como também a nossa ação, o trabalho humano, seu domínio sobre a natureza que ele trabalha e transforma. Significam, além disso, o próprio Cristo no mistério de sua Morte e Ressurreição. Na Eucaristia, com Jesus nós nos damos inteiramente, nossas aptidões e virtudes, todo nosso trabalho e nossas realizações. A nossa vida relacionada com o Corpo e Sangue de Cristo derramado, vivida na maior intensidade a serviço dos irmãos e irmãs.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

O respeito de Francisco ao Deus que se fez homem FREI LUCAS LISI RODRIGUES, OFM

presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, na cidade italiana de Greccio, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje. A ideia surgiu enquanto o santo lia, numa de suas longas noites dedicadas à oração, um trecho do Evangelho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. Resolveu, então, montá-lo em tamanho natural, em uma gruta de sua cidade. O que restou desse presépio encontra-se atualmente na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, porém em Greccio, ainda hoje podemos visitar e conhecer um presépio em tamanho original, como este de Roma, e lá se recebe muitos peregrinos que na espiritualidade franciscana relembram o início desta história. Presépio significa em hebraico “a manjedoura dos animais”, mas a palavra é usada com frequência para indicar o próprio estábulo. Jesus, ao nascer, foi reclinado em um presépio, que provavelmente seria uma manjedoura, como as muitas que existiam nas grutas naturais da Palestina, utilizadas para recolher animais. Outra versão é que o presépio de Jesus era feito de barro, aproveitandose uma saliência da rocha e adaptando-a para tal finalidade. Esta é, sem dúvida, a versão mais aceita. Independente do formato real, destaca-se a humildade com que Jesus veio, ou seja, na simplicidade, na busca de ser e se fazer pequeno com os pequenos. O presépio de São Francisco incluía uma manjedoura, acima da qual foi improvisado um altar. Nesse cenário ocorreu a missa da meia-noite, na qual o próprio santo com a vestimenta de diácono cantou o Evangelho juntamente com o povo simples e pronunciou um sermão sobre o nascimento do Menino Jesus. Conta-se que naquela noite espe-

cial, que enquanto o santo proferia as palavras do Evangelho sobre o nascimento do Menino Jesus, todos os presentes puderam ver uma criança em seu colo, envolvida em um raio de luz. A cena foi narrada em 1229 por Tomas de Celano, biógrafo de São Francisco de Assis. Desde então, os presépios foram se tornando cada vez mais populares e, além das figuras tradicionais do Menino Jesus deitado na manjedoura, Maria e José, acabaram incluindo uma enorme variedade de personagens como os pastores, os Reis Magos, a estrela e os animais, aperfeiçoando ainda mais esta manifestação da fé. Vale destacar que toda esta tradição retrata o respeito de Francisco ao Deus que se fez homem, assumindo nossas dores, nossa história e mostrando-nos o caminho a seguir, um Deus que não obstante as provações que também passou, se fez humano e incentivounos no caminho da vida, encorajandonos a nunca desistir. Francisco de Assis, sendo configurado ao seguimento radical do Cristo, criou o presépio com o intuito de recordar a cada um dos seus a humanidade do Cristo, e a humildade com que veio, numa manjedoura, fazendo enxergar a sua opção preferencial. O presépio nos ajuda na sensibilidade do questionamento que nos permite fazer: onde o Cristo nasce ainda hoje? Quem o rejeita? O presépio embora criado há quase 800 anos nos ajuda a refletir algo atual e concreto, contribuindo no entendimento de um Deus que não se faz em rupturas, mas ainda hoje fala e nos ajuda a ser sua presença viva no meio do povo, sendo também este povo que busca o caminho rumo à Jerusalém Celeste, onde contemplaremos a face deste Deus que no presépio adoramos. Frei Lucas Lisi Rodrigues, OFM é administrador paroquial do Santuário Nossa Senhora de Lourdes, de Garça. Em 2019 será pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Olímpia (SP), na Diocese de Barretos.

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Teologia e Pastoral O pouco faz muita diferença para o outro que nada tem Foto: Internet

PATRÍCIA FERNANDES BARNABÉ

articipo da vida eclesial desde os meus 11 anos; iniciei minha caminhada na Igreja no Grupo de Jovens e, desde então, fui conhecendo os movimentos e pastorais existentes. Hoje, atuo na Pastoral do Povo de Rua. O nosso trabalho acontece todas as quartas-feiras, quando saímos com alimentos (marmita, café, suco), roupas, cobertas e atendemos os moradores de rua em suas necessidades atuais. As ações da Pastoral do Povo de Rua tornam-se gratiﬁcantes para nós, pois a cada dia que saímos às ruas de nossa cidade escutamos um “Deus abençoe, irmã”. Isso, com certeza, é uma benção verdadeira e, no decorrer da vida, percebemos os frutos da gratuidade de nossos irmãos em situação de rua, bem como o carinho e a atenção que eles têm conosco. Eu sempre tive certa resistência em me aproximar de pessoas em estado de rua, mas como Deus tem sempre Seus

Pessoas em estado de rua são atendidos em Marília, pela Pastoral do Povo de Rua

desígnios, um dia dois amigos começaram a fazer parte da pastoral e entraram no Instituto Toca de Assis, que existia em Marília. Foi justamente nesta ocasião que comecei a perceber a presença dos moradores de rua, pois minha irmã mais nova também foi para a Toca de Assis e eu comecei a frequentar o ambiente para conhecer o que minha irmã estava fazendo. Desde então me apaixonei por este trabalho de acolhimento dos moradores de rua. Contudo, em 2009, o Instituto fechou suas portas em Marília e, a partir daquele ano, nós, leigos e leigas que frequentávamos a casa da Toca de Assis, fomos

acolhidos pelo então pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marília, o Pe. José Afonso Maniscalco, e iniciamos a nossa Pastoral do Povo de Rua, onde vivemos muitas experiências felizes, mas também tristes, como, por exemplo, a perda de um irmão por motivo banal e até mesmo por doenças. A nossa pastoral já tem nove anos e faz cinco anos que conseguimos fazer o almoço de Natal para os moradores de rua! O primeiro almoço teve a participação de 70 irmãos e os últimos que ﬁzemos tiveram a presença de mais 250 irmãos. Vejo este trabalho como muito importante, pois existem dias que chega-

O homem e a consumação escatológica PE. LUIZ HENRIQUE DE ARAÚJO

Desde a Antiguidade, o tempo inquieta o homem. Vivemos no impasse do tempo, temos horários para tudo e o tempo nos envelhece. O tempo para o homem sempre é motivo de questionamento e pensá-lo o coloca em uma situação de dúvida acerca do seu próprio existir: ‘quem sou eu?’. O único tempo que temos em nossas mãos é o presente, pois o passado já se foi e o futuro não sabemos se existirá. Dessa forma, viver o presente é a regra do mundo atual. É através do presente que podemos tocar a eternidade. Percebemos também que a gê-

nese de tanta infelicidade no mundo atual está justamente no homem não saber articular o presente com o passado e nem mesmo o presente com o futuro. Portanto, nessa inadequação do tempo, o homem se perde, esquece do seu presente, não vive o que realmente é necessário ser vivido. A prática das virtudes teologais, a saber, fé, esperança e caridade, são importantes para que o homem religioso possa ter o apoio necessário para perseverar e progredir no caminho místico rumo à eternidade. Falar de tempo implica, necessariamente, falar sobre a realidade da morte, pois somos limitados por ela e esse tempo cronológico para ela nos encaminha. Sendo limitados pela morte, de-

vemos procurar estar inteiramente no presente, ser inteiramente nós mesmos no aqui e agora. A morte, portanto, nos remete ao essencial, já que, por meio dela, nos deparamos com a ﬁnitude humana. Assim, é importante viver o momento presente, este instante único que nos é dado e o qual devemos aproveitar da melhor maneira possível. Assim, a prática da virtude da esperança evidencia que o indivíduo está a caminho da eternidade, do encontro com Deus e antecipa o futuro para dentro do presente.

Pe. Luiz Henrique de Araújo é pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Ouro Verde

mos à noite e é a primeira refeição que o morador de rua irá. Muitas pessoas olham e veem como uma coisa pequena, como muito pouco e eu sempre falo que o que podemos fazer hoje é o pouco, e se nós não ﬁzermos este pouco, nem isto eles terão! A alegria do meu coração é ver a cada quarta-feira o sorriso e a gratidão com que os moradores de rua nos recebem e nos acolhem. Você que se sente tocado ao ver um irmão em estado de rua, lembre-se que para ajudar não precisa ser diretamente fazendo o trabalho que nós realizamos semanalmente com eles na rua; sua contribuição pode ser por meio de doações, através de disponibilizar um pouco do seu tempo para cozinhar para eles e tantas outras formas. Tudo isso signiﬁca ser sal da Terra e luz do mundo, e lembre-se: sempre o seu pouco faz muita diferença para o outro que nada tem. Patrícia Fernandes Barnabé é integrante da Pastoral do Povo da Rua, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marília.

ANIVERSARIANTES

01/

ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 01/12 - Mons. Nivaldo Resstel - Marília; 04/12 - Pe. Anderson Messina Perini - Garça; 15/12 - Pe. José João de Chico - Tupi Paulista; 16/12 - Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva - Tupã; 18/12 - Pe. Roque Hilário Siebeneichler, CP - Osvaldo Cruz; 22/12 - Frei Airton Carlos Grigoleto, OFMCap - Dracena; 24/12 - Diác. Thiago Carlos dos Santos - Flórida Paulista. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO 01/12 - Pe. José João de Chico - Tupi Paulista; 02/12 - Pe. Marcelo Henrique Gonzalez Dias - São João do Pau D’Alho; 03/12 - Pe. Joaquim Carlos Lopes Bogalhos, CP - Osvaldo Cruz; 03/12 - Pe. José Ferreira Domingos - Irapuru / Flora Rica; 08/12 - Dom Osvaldo Giuntini; 08/12 - Côn. Antônio Flumignan - Marília; 08/12 - Pe. Geraldo Lelis de Andrade, OCS - Marília; 08/12 - Pe. Manoel Leandro Pereira - Tupi Paulista; 08/12 - Pe. Roque Hilário Siebeneichler, CP - Osvaldo Cruz; 09/12 - Pe. Márcio Antônio de Souza, CJS - Marília; 09/12 - Frei Roberto Luiz dos Santos, OFM - Marília; 15/12 - Pe. Miguel João Borro - Tupã; 18/12 - Frei Airton Carlos Grigoleto, OFMCap - Dracena; 18/12 - Frei Clóvis Lázaro Barbosa, OFMCap - Dracena; 19/12 - Mons. Nivaldo Resstel - Marília; 21/12 - Pe. Jorge Ricardo Cintra da Silva - Mariápolis; 23/12 - Frei José Luís Viana, OFMCap - Dracena; 26/12 - Pe. Murilo Aparecido Dias - Oriente; 27/12 - Pe. Jurandir Fernando Noronha - Tupã; 27/12 - Pe. Pedro Léo Ducharme, RSV - Marília; 28/12 - Pe. Evandro César Batista Ribeiro - Marília; 30/12 - Pe. Milton Afonso do Nascimento - Marília.

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NO MEIO DE NÓS

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ERA UMA VEZ... O padre roubou a nossa colher “Se aceitares, meu ﬁlho, minhas palavras e conservares os meus preceitos... se o procurares como o dinheiro e o buscares como um tesouro... encontrarás o conhecimento de Deus” Provérbios 2, 1.4.5b Era uma vez um padre que foi jantar na casa de um casal de sua igreja. Depois que ele saiu, a esposa disse ao marido: — Eu acho que o Padre roubou a nossa colher! Esse ocorrido a incomodou durante todo o ano. No ano seguinte, o casal teve outro jantar com o Padre. Incapaz de resistir, a mulher perguntou: — Padre, você roubou a nossa colher no ano passado? Ele respondeu: — Não. Eu a deixei dentro da sua Bíblia. REFLEXÃO Ler a Bíblia pode evitar que pensemos mal do nosso próximo; além disso, pode evitar que passemos vergonha, literalmente. Um ano inteiro sem ler a Bíblia! E você, tem procurado a Palavra de Deus? Com que frequência? Diariamente? Semanalmente? Mensalmente? Anualmente? Ou nunca? Pode ter uma colher dentro da tua Bíblia! Se não, com certeza, tem a fonte de vida, luz, sabedoria e vida plena. Pense nisso!

Diocese Cemitérios da Diocese recebem ação evangelizadora no Dia de Finados

PASCOM DIOCESANA

er uma presença de esperança e conforto: este foi o objetivo de seminaristas da Diocese de Marília e alunos da Escola Diaconal São Lourenço no dia 2 de novembro, data em que a Igreja celebra a memória dos fiéis defuntos. Às vésperas da abertura do Ano Vocacional na Diocese, cerca de 30 missionários levaram a Palavra de Deus aos cemitérios de Arco-Íris, Marília, Oriente e Parnaso. Para a realização da ação evangelizadora, os seminaristas e candidatos ao diaconato permanente ficaram à disposição das famílias para conversar, rezar pelos falecidos e abençoar as sepulturas. Ocorreu também a entrega de panfletos sobre o sentido cristão da visita ao cemitério e da oração pelos mortos. Em Marília, a ação aconteceu no Cemitério da Saudade, o maior e mais antigo da cidade. Os missionários realizaram a evangelização após cada uma das cinco missas celebradas na Capela Ecumênica. Segundo a administração do Cemitério, cerca de 15 mil pessoas passaram pelo local para homenagear seus entes queridos. Centenas de fiéis conduziram os missionários até os túmulos para a bênção e prece pelos falecidos. “Hoje vejo como pequenos gestos fazem a diferença na vida dos irmãos que perderam seus entes queridos. Senti a alegria de ser discípulo missionário nas situações periféricas da vida, como nos pede o Papa Francisco”, disse o seminarista Vitor Hugo Pinheiro, do quarto ano de Teologia. Já em Oriente, Arco-Íris e Parnaso, a ação evangelizadora aconteceu após missas celebradas nas igrejas. Durante todo o período da manhã, seminaristas percorreram as alamedas dos cemitérios rezando com os fiéis e abençoando as sepulturas. Assim como em Marília, houve muitas partilhas e grande emoção por parte dos fiéis, que rezaram diante dos túmulos de seus amigos

e familiares. Segundo João Victor Fransoia Bonzanini, seminarista do terceiro ano de Teologia, apesar do sol e do calor intenso, o povo compareceu ao cemitério para homenagear e rezar pelos defuntos. “Pudemos participar desse momento de esperança na vida dos fiéis, acolhendo diversas partilhas sobre a experiência de cada um com a morte, sob a perspectiva da fé. Foi emocionante participar, concretamente, como Igreja, desse momento de fé e esperança”, afirmou. Para os que visitaram o cemitério e se encontraram com os missionários, a ação chamou a atenção e foi avaliada positivamente. “Para mim, minha família e para todos que estavam no cemitério, foi uma novidade muito linda. Mesmo debaixo de um sol escaldante, os seminaristas se empenharam e nos transmitiram uma paz bastante profunda e muito carinho. Eu e minha família gostamos da iniciativa e ficamos felizes com as orações e bênçãos aos nossos entes queridos”, afirmou Elaine Cristina Caffer, de Oriente. Em Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, bispo diocesano de Marília, celebrou Missa às 8h30 no Cemitério da Saudade. Ao término da celebração, ele convidou os presentes a rezarem por todas as vocações, a fim de que sejam sinais da presença de Deus na Igreja e na sociedade. De acordo com Danilo Cordeiro Silva, seminarista do quarto ano de Teologia, todos os missionários saíram bastante impressionados com a recepção das pessoas e as experiências que foram partilhadas. “Foi, de fato, uma ocasião privilegiada para levar o Evangelho e ser presença de esperança entre aqueles que sofrem a perda e a separação. Ao longo do dia, pudemos tocar a dor destes nossos irmãos e recordar que a esperança não decepciona. Nosso maior objetivo foi oferecer um abraço, uma prece e aquela Palavra consoladora de Nosso Senhor: ‘Quem vive e crê em mim jamais morrerá’”, avaliou. Foto: Pascom Diocesana

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis

A ação evangelizadora ocorreu nos cemitérios de Arco-Íris, Marília, Oriente e no Distrito de Parnaso

NO MEIO DE NÓS

Dezembro de 2018

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Curso de Teologia forma novas turmas nas três Regiões

ano de 2018 se encerra com mais ﬁéis aprofundando seus conhecimentos nos Cursos de Teologia para Leigos e Consagrados das três Regiões Pastorais. A cada ano, dezenas de leigos se formam no curso, oferecido pela Diocese. No polo de Marília, a formatura da 15ª turma está marcada para 14 de dezembro, em Vera Cruz, no Santuário Sagrado Coração de Jesus. Serão, ao todo, 26 formandos de paróquias da Região Pastoral I. A solenidade terá início às 19h30 e terá a participação do paraninfo, Pe. Tony Funabashi Takuno, e do patrono, Pe. Milton Afonso do Nascimento. Com estes formandos, o Curso de Teologia para Leigos e Consagrados da Região I já terá tido cerca de 330 ﬁéis formados. Na Região II, existem três turmas de leigos, sendo que uma delas já está fazendo um aprofundamento teológico.

Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Formatura do Curso de Teologia da Região II, que reuniu duas turmas em Adamantina

Essa turma, com 27 leigos, teve sua formatura no dia 25 de novembro, em Adamantina, na Paróquia Santo Antônio. Já o curso regular teve 16 formandos do núcleo de Tupã e 15 do núcleo de Adamantina. A cerimônia ocorreu em 27 de novembro, na Casa Pastoral Dio-

cesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina. Com estes formandos, o curso na Região já formou cerca de 400 leigos nos últimos 10 anos. Finalmente, no dia 5 de dezembro, 37 leigos tiveram sua formatura do Curso de Teologia para Leigos e Consagrados

da Região III. Esta é a 12ª turma, que escolheu como padrinho o Pe. Valdo Bartolomeu de Santana. Na Região III, já se formaram 414 leigos. André Luís de Oliveira Garcia, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena, ingressou no curso no início de 2016, juntamente com sua esposa, que naquele ano engravidou do primeiro filho do casal. “Como nossa família é de fora, não tínhamos com quem deixar nosso bebê e ela acabou se sacrificando e deixou o curso. Mas eu sempre voltava das aulas e lhe transmitia os conhecimentos adquiridos”, contou ele, revelando que sempre teve um grande desejo de aprofundar seus conhecimentos. “Achei o curso de grande valia e recomendo a todos os leigos que desejam iniciar os estudos. Os professores passam tudo de forma clara e nos tiram muitas dúvidas”, afirmou ele.

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Dezembro de 2018

Destaque Adamantina e Flórida Paulista se alegram com ordenações Pe. Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC, atuará no Mosteiro da Divina Misericórdia, e o Pe. Renan Gimenes Takizawa será vigário paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo, em Tupã. Eles foram ordenados, respectivamente, nos dias 16 e 30 de novembro, pela imposição das mãos de Dom Luiz Antonio Cipolini.

ando sequência às ordenações presbiterais, comuns em todo final de ano, outros dois diáconos foram ordenados sacerdotes, pelas mãos do bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini. A primeira cerimônia ocorreu em Adamantina, no dia 16 de novembro. O Irmão Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC, foi ordenado na Igreja Nossa Senhora de Fátima. E, no último dia do mês, foi a vez da ordenação de Renan Gimenes Takizawa, realizada no Ginásio Municipal de Esportes Valdemir Ferrarezi, de Flórida Paulista. As cerimônias reuniram sacerdotes, seminaristas, familiares e também os diáconos e recém-ordenados sacerdotes, que tiveram a ordenação conjunta histórica na Diocese de Marília, que ocorreu em abril, quando nove diáconos foram ordenados por Dom Luiz. Até agora, já foram ordenados os padres Rafael Lopes Ciuffa, Denismar Rodrigo André, Tiago Aparecido de Souza Barbosa e, agora, Gabriel e Renan. Nas próximas semanas, serão ordenados sacerdotes, ainda, os diáconos Marcos Aparecido Ribeiro Maciel e Silvio César Quaio, no dia 15 de dezembro, na Catedral Basílica de São Bento Abade, em Marília, e Edson Luís Barbosa da Silva e Thiago Carlos dos Santos, na Igreja Matriz de Santo Antônio, em Marília, no dia 29 de dezembro. Pe. Gabriel disse, em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, que a ordenação sacerdotal foi um momento muito especial de sua caminhada vocacional. “Foi o mais marcante da minha vida. Pela imposição das mãos do bispo e a oração consecratória, eu me tornei sacerdote para sempre.

Naquele momento, foi confirmado, selado pela Igreja, o que um dia senti na intimidade de meu coração. Isso, para mim, é motivo de muita gratidão e disposição à santa vontade de Deus”, comentou o novo sacerdote, que escolheu como lema “Não fostes vós que me escolheste, mas Eu que vos escolhi” (Jo 15,16). O Pe. Renan também escolheu o Evangelho de São João para o lema de seu ministério sacerdotal: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3,30). O jovem foi o segundo sacerdote ordenado na cidade, após 33 anos, quando foi ordenado o Pe. José Ribeiro da Silva, que atualmente é pároco em Flórida Paulista, sua comunidade de origem. “Fiquei muito grato quando Dom Luiz, em sua homilia, trouxe essa lembrança para minha comunidade”, comentou o novo sacerdote. Pe. Renan é o caçula de três filhos e, embora seja irmão gêmeo de Natan, ele foi o último a nascer. Sua mãe, Odete Gimenes, contou que sempre quis que seu filho Renan fosse médico. No dia da ordenação, seu filho a encheu de orgulho. “Minha mãe queria um filho médico. E ganhou um médico de almas. Foi um momento muito emocionante”, relembrou o Pe. Renan. Ele destacou três momentos marcantes do rito de ordenação. “Na imposição das mãos, senti a presença do Espírito Santo. Na unção das mãos, senti o próprio Cristo me ungindo. E o terceiro momento foi a chuva que caía no momento da ordenação. Senti que eram as bênçãos de Deus, a presença d’Ele”, revelou. Ione Trentin Bortolo é a mãe do Pe. Gabriel, cujo nome de batismo é Rafael Bortolo. A mudança de nome é tradição que vem dos apóstolos de Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Pe. Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC, foi ordenado em paróquia de Adamantina

Cristo, que receberam novos nomes. “A vida religiosa, sobretudo contemplativa, guarda essa tradição do nome de conversão”, contou o Pe. Gabriel, que teve a honra de receber, em sua ordenação, a presença do Superior Geral dos Irmãos de Jesus Misericordioso, Pe. Julian Maria Marcelo Gonzalez, que veio diretamente da Itália. Quanto à mudança de nome, sua mãe não fez objeção. “Gabriel e Rafael são, afinal, nomes de anjos. Para mim, o momento mais tocante foi quando tirei a faixa de suas mãos ungidas. Era como se estivesse cortando o cordão umbilical. Via a felicidade nos olhos de todos os fiéis presentes”, relatou Ione. Ela conta que agora, como mãe de um padre, sua responsabilidade também aumentou. “Tenho de partilhá-lo com todos. Desejo que seja sempre conduzido pelo Espírito Santo e que seja um padre humilde, amoroso, caridoso e compreensivo com todos. E que quem chegar até ele sinta a presença de Jesus”, disse a mãe do Pe. Gabriel. Dona Odete também fala como se vê mãe de um sacerdote: “Agora ele é ungido pelo Senhor. Tenho de ter ainda mais respeito pelo meu filho”. Como sacerdotes, Pe. Gabriel continuará atuando no Mosteiro da Divina Misericórdia, em Lucélia, e o Pe. Renan será, a partir de 2019, vigário paroquial em Tupã, na Paróquia São Pedro Apóstolo. “Minha expectativa é me identificar cada vez mais com os sentimentos de Cristo Senhor. Em poder ser o dispensador dos Santos Mistérios, que a igreja me confiou. Quero, como padre, transmitir a beleza do encontro com o Senhor. E conto com as orações de todo Povo de Deus, para exercer bem Foto: Gustavo Uriel | Pascom | Diocese de Marília

Pe. Renan Takizawa teve as mãos ungidas pelo bispo diocesano em Flórida Paulista

NO MEIO DE NÓS

Dezembro de 2018

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DNJ é encerrado com entrega de Cruz a jovens de Junqueirópolis Dia Nacional da Juventude deste ano teve encerramento do Ano Nacional do Laicato, lançamento de ação evangelizadora, homenagem ao Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, que assessorou o Setor Juventude desde 2012, e entrega da Cruz a jovens de Junqueirópolis, que sediará o DNJ 2019.

erca de 2.800 fiéis estiveram reunidos na Arena de Esportes e Eventos, em Pompeia, no último domingo de novembro, dia 25. Na oportunidade, a Diocese de Marília celebrou o Dia Nacional da Juventude (DNJ), que reuniu expressões juvenis de todo território diocesano para refletir o tema “Construindo a Paz”. O DNJ 2018 foi preparado pela coordenação do Setor Juventude e também por jovens da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Pompeia, que programaram eventos nestes últimos meses, com a presença da Cruz dos Jovens, ícone do DNJ, para motivar todos os grupos juvenis da cidade. O DNJ deste ano superou a expectativa da organização quanto ao número de participantes. “Tivemos quase todas as paróquias da Diocese representadas no evento”, comemorou Izadora Burato de Oliveira, coordenadora diocesana do Setor Juventude. Após a acolhida aos participantes, houve a celebração da Santa Missa e foram iniciadas as pregações. Izadora contou que os módulos musicais foram iniciados às 12h30, sendo que um dos grupos que se apresentou foi o Projeto Sacramix. O evento também promoveu um concurso este ano, o “Minha Banda no DNJ”, com inscrições na internet. As três bandas que venceram e se apresentaram, em horários distintos, foram Missão Sorriso de Maria, Ministério Um Canto Novo e Ministério Sinal de Salvação. Os jovens que organizaram o Dia Nacional da Juventude deste ano, mantiveram a iniciativa da última edição, que foi a Feira Vocacional, com a participação de congregações religiosas presentes na Diocese de Marília, e a exposição de estandes onde as expressões juvenis puderam mostrar seu trabalho. Um desses estandes foi do Ministério Universidades Renovadas (MUR), ligado à Renovação Carismática Católica (RCC). Guilherme dos Santos, coordenador do MUR, comentou que três dos 15 representantes que estiveram no DNJ fizeram parte do Ministério durante a graduação e hoje são seminaristas diocesanos. “O MUR parabeniza a iniciativa do Setor Juventude em reunir todas expressões que trabalham com os jovens num só lugar e dar espaço para apresentarmos nosso carisma e nosso trabalho. Acredito que tenha sido uma oportunidade única de mostrar o MUR para nossa diocese e expandir nosso sonho de ver todas as escolas, universidades e campos de trabalho cheios da doutrina do Espírito Santo, com alunos e profissionais que vivam o Evangelho e produzam ciência à luz da Fé”, comentou ele, que faz parte do Ministério há cinco anos.

Foto: Missão Jovens da Cruz

Juventude diocesana se reuniu na cidade de Pompeia, onde foi realizado o Dia Nacional da Juventude deste ano

LAICATO E VOCAÇÃO O DNJ deste ano também foi oportunidade de a Diocese de Marília fazer o encerramento do Ano Nacional do Laicato, que terminou, em todo o país, justamente no dia 25, Solenidade de Cristo Rei. Durante o evento, foi lançada a ação evangelizadora “Cada Comunidade Uma Nova Vocação”, que se baseia em dois eixos: o primeiro é rezar pelas vocações e o segundo é dar destaque a testemunhos vocacionais nos meios de comunicação. Quem falou sobre essa iniciativa foi o Pe. Tiago Barbosa. “O objetivo é que unamos todas as nossas comunidades em torno da oração, a fim de que o Senhor da Messe envie cada vez mais operários para o trabalho evangelizador em nossa Diocese”, disse o sacerdote, que é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação (Pascom). ENTREGA DA CRUZ Antes do encerramento, que ocorreu com show da Comunidade Colo de Deus, o Setor Juventude fez o anúncio da comunidade paroquial que sediará o DNJ 2019: a Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis. A juventude da nova cidade sede recebeu a Cruz dos Jovens. Até novembro do ano que vem, o ícone do DNJ motivará os jovens da paróquia. Esta foi uma das cruzes que peregrinou as paróquias da Diocese de Marília, há alguns anos, em preparação à Jornada Mundial da Juventude. “Passar a cruz adiante significa que a missão não acabou e, sim, que foi renovada. Que toda a graça e o amor que recebemos nesse DNJ chegará aos corações dos jovens que a receberam e que a

cada ano a missão passará a ser renovada e vivida por mais jovens e suas comunidades”, afirmou Paula Oliveira Rodrigues, jovem de Pompeia. HOMENAGEM Os jovens presentes ao DNJ 2018 prestaram uma homenagem ao Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, que está à frente do Setor Juventude da Diocese de Marília desde o ano de 2012. O sacerdote assumirá, a partir de 2019, a função de coordenador diocesano de pastoral. Em seu lugar, estará o Pe. Francisco Antônio dos Anjos Andrade, de Marília. “Agradeço pelos anos dedicados a serviço da juventude, pelo trabalho desenvolvido, pelo cuidado e, principalmente, pela acolhida a todos nós. Que Deus continue a abençoar sua vocação e a iluminar seu caminho”, disse a coordenadora Izadora, em nome do Setor Juventude. Na avaliação dela, o DNJ deste ano atingiu os objetivos, que foram celebrar a vida da juventude e reavivar a chama da caminhada de cada jovem. Outra avaliação positiva foi de Leonardo Henrique Santos Pelegrin, que faz parte do Grupo de Jovens Sentinelas, do Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz. Ele contou que participou do DNJ pela segunda vez e que considerou o tema deste ano muito importante, pois o jovem procura mesmo a paz. “Porém, não devemos ir atrás de uma paz de conforto, de ficar no sofá, como nos disse o Papa Francisco. Precisamos buscar a paz indo ao encontro do próximo, nas nossas praças, nos nossos grupos e até na nossa família”, conclamou ele, que participou do DNJ junto com os mais de 40 jovens de sua paróquia.

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Dezembro de 2018

CIDADE | PARÓQUIA

Coleta das Missões tem arrecadação de R$ 120 mil

Cúria Diocesana de Marília divulgou o resultado da Coleta para as Missões, realizada em todas as cidades da Diocese de Marília nos dias 20 e 21 de outubro, dedicado às missões. Neste ano, o Dia Mundial das Missões foi celebrado em 21 de outubro, e teve como tema de reflexão “Enviados para testemunhar o Evangelho da

paz”, proposto pelo Papa Francisco. Todos os anos, as Pontifícias Obras Missionárias (POM) motivam a realização de coletas durante a Campanha Missionária. Em relação à coleta realizada em outubro do ano passado, houve um aumento de 17,6% na arrecadação em toda a Diocese, que atingiu R$ 119.980,19.

Diocese sedia encontro de surdos e intérpretes em Marília A Diocese de Marília sediou, por mais um ano, dois eventos importantes da Pastoral do Surdo: o XIX Encontro Provincial de Surdos e o XIII Encontro Provincial de Intérpretes Católicos, realizados, simultaneamente, no dia 25 de novembro, na cidade de Marília. Os eventos foram realizados no Patronato, ao lado da Igreja São Pio X, e contaram com participação de 188 pessoas das cidades de Marília, Garça, Pompeia, Bauru, Presidente Prudente, Regente Feijó, Birigui, Santa Cruz do Rio Pardo, Presidente Epitácio e Ourinhos, todas do Estado de São Paulo. Os participantes foram recepcionados pela coordenadora da Pastoral do Surdo da Diocese de Marília, Ione de Fátima Francisco. A missa, presidida pelo sacerdote marianista Pe. Francisco José del Barrio Tossantos, o Pe. Paco, reuniu surdos e também intérpretes. Para este ano, o tema escolhido para reflexão foi “A Palavra de Deus edifica”. Uma das ouvintes participantes foi Vânia Aparecida Bertuccini Ribeiro, da Paróquia Santa Isabel. Ela é intérprete e já participou de três encon-

tros como este. “Conheci a Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) quando fiz teologia na Faculdade João Paulo II (Fajopa) e desde então comecei a fazer aulas práticas nas missas. Tomei consciência da grande dificuldade que os surdos têm na participação e na inclusão dentro da Igreja. Eles precisam de mãos que sejam as suas vozes. E essa é a nossa missão, fazer como Jesus pede: que sirvamos ao próximo com amor e alegria sem receber nada em troca; simplesmente amar”, afirmou a intérprete. Em 2019, a Comunidade Éfeta de Marília completará 30 anos de existência. A data oficial é 18 de junho e a coordenadora Ione lembra que a primeira missa foi na Catedral Basílica de São Bento. Os religiosos marianistas acompanham os surdos desde 1995. “Nesses 30 dias, vários padres nos ajudaram e hoje somos uma comunidade ativa, com missas todos os sábados. Nossa comunidade também fundou uma Equipe de Nossa Senhora só com casais surdos, a única do Brasil e do mundo”, contou Ione. Foto: Comunidade Éfeta

Participantes dos encontros cantam na Linguagem Brasileira de Sinais

TOTAL

VALOR 4.732,75 1.420,25 3.108,85 541,30 171,80 99,00 4.164,00 980,00 3.000,00 2.042,15 162,35 891,85 3.404,45 1.051,25 876,30 1.600,00 300,00 945,85 5.911,00 6.188,80 849,34 1.198,10 830,00 5.489,65 1.190,00 3.500,00 1.915,80 4.312,75 326,00 2.790,20 2.258,40 3.130,00 2.084,05 2.173,55 1.885,50 1.946,65 2.015,00 1.260,00 1.089,90 557,00 778,25 1.804,65 5.991,30 1.064,75 1.100,65 1.050,10 2.401,40 895,20 271,75 2.407,10 414,10 194,90 1.140,95 752,00 327,00 405,70 303,50 766,40 4.415,35 1.414,75 2.680,50 2.069,00 2.837,05 2.100,00

119.980,19

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Dezembro de 2018

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Sacerdote jesuíta prega Retiro Inaciano em Adamantina Retiro inspirado nos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola contou com a participação de cerca de 40 leigos, de diversas cidades da Diocese de Marília. Evento foi trazido pelo Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, de Junqueirópolis, que já participou de diversos retiros em Itaici.

Diocese de Marília realizou, de 16 a 18 de novembro, seu primeiro Retiro Inaciano para Leigos. O local escolhido para receber os 39 retirantes foi a Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina. A maioria dos participantes era da cidade de Marília, mas também houve leigos de Garça, Pompeia, Osvaldo Cruz, Inúbia Paulista, Adamantina, Junqueirópolis e Tupi Paulista. Quem trouxe esse retiro, inspirado nos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola, foi o Pe. Valdo Bartolomeu de Santana,

pároco em Junqueirópolis. O sacerdote já participou de vários retiros, desde 1997, em Itaici, onde está localizado o mosteiro dos padres jesuítas. O retiro em Adamantina teve como pregador o Pe. Luís Renato, que veio especialmente de Itaici para orientar os retirantes da Diocese de Marília. O leigo João Paulo Ferrari, funcionário público em Osvaldo Cruz, soube do retiro através do informativo NO MEIO DE NÓS. Para ele, o retiro foi especial. “O encontro permitiu que nos desfizéssemos de nossos dramas diários e nos alimentássemos da fé. Esse retiro nos proporcionou uma Fotos: Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini

Leigos tiveram momentos de deserto e meditação na Casa Pastoral

Pe. Valdo esteve presente, juntamente com o pregador, Pe. Luís Renato

Participantes do primeiro Retiro Inaciano realizado na Diocese de Marília

intimidade maior com Deus, através do silêncio”, comentou. O evento teve início na noite da sexta-feira, com a celebração da Santa Missa, e foi encerrado no domingo, após o almoço. Além de momentos de oração, o Pe. Luís Renato também deu palestras, motivou momentos de deserto e realizou dinâmicas. “Tivemos celebrações luminosas e momentos marianos. Foi um retiro riquíssimo”, avaliou o Pe. Valdo. Foi o sacerdote que convidou Rosenéia dos Santos Alves, da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça. “Decidi fazer essa experiência e o resultado foi maravilhoso. Nunca tinha vivido algo assim”, contou Rose, que é diretora do Centro de Convivência Maria Leonor, em Garça. A leiga considerou que o ambiente da Casa Pastoral foi muito bem preparado para os participantes do retiro. “Acredito que o maior determinante para o sucesso do retiro tenha sido o comprometimento dos próprios leigos. Foi uma novidade para nós e estávamos todos muito bem dispostos”, considerou João Paulo. O Pe. Valdo contou que a ideia é repetir o Retiro Inaciano no ano que vem. “Todos saíram querendo mais. Assim, pensamos em fazer novo evento para quem não teve a oportunidade de participar. E quem participou, foi convidado a realizar o retiro no mosteiro, este com duração de oito dias”, disse o sacerdote. Rose contou que saiu entusiasmada e pretende ir a Itaici. “Arrisquei fazer a experiência e gostei muito. Sai com uma espiritualidade mais profunda, querendo ter cada dia mais esse encontro pessoal com Deus e vivenciar essa oração inaciana, que é a leitura da Palavra e ter um momento de silêncio diariamente, para saber o que Deus quer de mim. O Pe. Valdo foi ungido de ter trazido esse retiro para a Diocese. Foi obra do Espírito Santo. Que seja o primeiro de muitos retiros”, afirmou a leiga.

Campanha para a Evangelização terá coleta no dia 16 de dezembro Assim como a Campanha da Fraternidade, outra motivação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ocorre no final do ano, durante o Tempo do Advento. Trata-se da Campanha para a Evangelização, que tem o objetivo de despertar os discípulos e as discípulas missionários para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais no Brasil. Em 2018, a Campanha para a Evangelização está em sintonia com a Exortação Apostólica do Papa Francisco, “Gaudete et Exsultate” — sobre o chamado à santidade no mundo atual —, e traz como lema “Evangelizar partindo de Cristo”. A campanha foi iniciada na Festa de Cristo Rei e Dia dos Cristãos Leigos e Leigas, em 25 de novembro, e se estenderá até o terceiro domingo do Advento, quando será realizada a Coleta para a Evangelização. Naquele dia 16 de dezembro, todos os fiéis católicos são convidados a contribuir com a Coleta para a Ação Evangelizadora no Brasil. O gesto concreto pretende apoiar as inúmeras iniciativas da Igreja no Brasil no serviço da evangelização, da dinamização das pastorais, na luta pela justiça social, nas experiências missionárias das Igrejas irmãs e na missão ad gentes. COMO COMEÇOU A CNBB se inspirou no exemplo da Igreja da Alemanha, que realiza duas campanhas anuais. A Igreja no Brasil criou a Campanha para a Evangelização no Tempo do Advento, após ter aprovação dos bispos na 35ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no ano de 1997. Sendo assim, a primeira Campanha para a Evangelização ocorreu no ano de 1998. Do total arrecadado durante a campanha, 45% é destinados às arquidioceses, dioceses e prelazias, 20% aos 18 Regionais da CNBB e 35% ao Fundo Nacional de Evangelização. Foto: CNBB

Tema deste ano é “Evangelizar partindo de Cristo”

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Dezembro de 2018

Candidatos ao sacerdócio conhecem Seminário Diocesano

Seminário Diocesano São Pio X recebeu, nos dias 1º e 2 de dezembro, os candidatos à Ordem Sacra para uma vivência vocacional. Estiveram em Marília dez jovens que deverão ingressar na primeira fase de formação, conhecida como propedêutico, neste ano de 2019. O grupo foi recepcionado pelo Pe. Luciano Pontes, reitor do Seminário Diocesano, que mostrou as dependências e falou do funcionamento da casa de formação. Os jovens, que tiveram um período de discernimento vocacional, são das cidades de Adamantina, Bastos, Marília, Osvaldo Cruz, Ouro Verde, Paulópolis, Pompeia, Queiroz e Quintana. “Foi uma oportunidade para eles se colocarem em oração e refletirem sobre o chamado que estão sentindo, a fim de se entregarem com confiança a Deus e a

Foto: Seminário Diocesano São Pio X

Pe. Luciano Pontes (no centro), juntamente com os jovens candidatos ao seminário

serviço da Igreja”, disse o sacerdote. Durante o encontro, os futuros seminaristas tiveram um momento de convivência com o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, que passou a tarde de sábado com eles. Além disso, os jovens puderam conhecer o novo reitor do Se-

Dia Mundial dos Pobres tem almoço para moradores de rua em Marília No dia 18 de novembro, a Igreja celebrou o II Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco. Neste ano, o Santo Padre propôs a reﬂexão do tema “Este pobre clama e o Senhor o escuta”. Na cidade de Marília, algumas paróquias contam com a atuação da Pastoral do Povo de Rua, que presta assistência a moradores de rua. No dia 18, as pastorais das paróquias Sagrado Coração de Jesus, Sagrada Família, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Santa Rita de Cássia, Nossa Senhora de Fátima do Jóquei e o Santuário Nossa Senhora da Glória se reuniram para preparar um dia especial para os assistidos. Eles foram convidados a se reunir no salão da Paróquia Santo Antônio, em Marília, onde foram recebidos com um café da manhã. Em seguida, os mo-

radores de rua puderam tomar banho, receberam roupas limpas e kits higiene, e tiveram a oportunidade de cortar cabelo e barba. A iniciativa contou, ainda, com a participação de profissionais da enfermagem, que fizeram testes de glicemia e a verificação da pressão arterial. Segundo Patrícia Fernandes Barnabé, coordenadora da Pastoral do Povo de Rua da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, o almoço foi servido para 250 pessoas. “Eram cerca de 80 moradores de rua, mas também participaram famílias carentes assistidas pelas paróquias”, informou. Após o almoço, foi servido um bolo, que celebrou os aniversariantes do mês. O bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini, e o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, prestigiaram o evento. Foto: Pastoral do Povo de Rua

Celebração do Dia Mundial dos Pobres teve almoço na Paróquia Santo Antônio

minário Diocesano São Pio X, o Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá, que também será pároco da Paróquia São Sebastião, em Marília. O sacerdote assumirá a nova função em fevereiro, sendo que o Pe. Luciano permanecerá à frente do Seminário até o ﬁnal de janeiro. A nova turma de

seminaristas iniciará a formação já na primeira quinzena de fevereiro. OITO ANOS NA FORMAÇÃO O Pe. Luciano dedicou seus últimos oito anos à formação de futuros sacerdotes, tanto no Seminário Provincial Sagrado Coração de Jesus, de Filosoﬁa, quanto no Propedêutico. “Para mim, foi uma graça de Deus colaborar na formação dos futuros padres. Espero ter ajudado esses jovens na formação da consciência e a crescer no amor a Deus e à Igreja. Também foi uma oportunidade de aprofundar ainda mais o sentido da minha própria vocação e da minha entrega a Deus. Continuarei a rezar e a trabalhar para que tenhamos sacerdotes segundo o Coração de Jesus. Padres bons, alegres e santos. Porque é disso que a Igreja precisa”, concluiu o reitor.

FIQUE DE OLHO ORAÇÃO Dois padres da Diocese estão hospitalizados em Marília. O Cônego Antônio Flumignan, de Marília, que tem 87 anos, foi internado no dia 25 de novembro, em razão de uma parada cardíaca. Ele está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na Santa Casa de Marília e seu estado de saúde ainda inspira cuidados. Outro hospitalizado é o Cônego Valdemiro Cândido do Símbolo, de Rinópolis, que foi acometido por um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) no dia 2 de dezembro, aos 72 anos de idade. Até o fechamento desta edição, ele estava internado na UTI do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília e seu quadro neurológico necessita cuidados. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, pede a oração dos ﬁéis pela recuperação dos dois sacerdotes. VIDA NASCENTE No primeiro dia de dezembro, a Pastoral Familiar motivou a realização da Vigília pela Vida Nascente. De acordo com a coordenação diocesana, a orientação foi que cada paróquia da Diocese de Marília ﬁzesse ao menos uma celebração eucarística para ressaltar a importância da data para todos os cristãos

católicos. Segundo a coordenadora Lourdes Santos Alves, que coordena a Pastoral Familiar juntamente com seu esposo, Rui Gonçalves Alves, o objetivo é conscientizar para a defesa da vida e para o respeito ao direito de nascer. CRIANÇA No dia 18 de novembro, a Pastoral da Criança promoveu o Encontrão de Líderes, com a presença de 350 pessoas, entre capacitados e voluntários, que se reuniram na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Oriente. As reﬂexões do dia foram sobre a missão do líder da Pastoral da Criança e também para fazer memória dos 30 anos da pastoral na Diocese. De acordo com o coordenador diocesano, Moisés Soudário Inácio, nessas três décadas, a Pastoral da Criança já visitou cerca de 70.000 crianças e 6.000 gestantes na Diocese. MULHERES O Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro, foi lembrado pela Pastoral Familiar. Na Diocese de Marília, a coordenação motivou as paróquias a mencionarem o tema e m reuniões e em comentários durante as missas. Em um ranking de 83 países, o Brasil é o 5º com maior índice de homicídios femininos.

NO MEIO DE NÓS

Dezembro de 2018

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Atualidade Beatificação de Madre Clélia movimenta Marília e Adamantina

este ano de 2018, foi celebrada a primeira Festa Litúrgica da Bem-Aventurada Clélia Merloni, religiosa italiana que fundou, em 1894, o Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, presente na Diocese de Marília desde 1934, e que atualmente tem 60 religiosas, nas cidades de Adamantina e Marília. Nas duas cidades, foram celebradas missas solenes, em honra a Madre Clélia, que foi beatificada em Roma, no último dia 3 de novembro. Em Adamantina, duas missas em ação de graças foram celebradas, sendo uma no dia 17, na Paróquia Santo Antônio, e outra na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no dia 18. Em Marília, a celebração foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, na Catedral Basílica de São Bento Abade, em Marília. As celebrações contaram com a presença de colaboradores, pais e alunos dos colégios Sagrado Coração de Jesus, de Marília, e também do colégio que leva o nome da beata, em Adamantina. Antes da beatificação, os dois colégios fizeram atividades internas fa-

Foto: Colégio Sagrado Coração de Jesus | Marília

Em Marília, alunos homenageiam fundadora do Instituto das Apóstolas na Catedral

lando sobre a fundadora. A 20 dias da solenidade, o colégio de Adamatina montou um painel, com a contagem regressiva para a data. Segundo a Irmã Eliane Pereira dos Santos, o objetivo foi motivar os alunos a acompanharem a cerimônia pela Canção Nova. Em Marília, além de atividades em sala de aula, o Colégio Sagrado também apresentou uma peça teatral, intitulada “A Chama Sagrada”, para retratar a vida e trajetória da beata. “O objetivo foi falar de sua vida e também do milagre que fez com que fosse beatificada”, contou a Irmã Ro-

sely Francisco dos Santos. Madre Clélia faleceu em Roma, em 21 de novembro de 1930 e seu corpo foi sepultado no cemitério Campo Verano, bombardeado e destruído em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, seu caixão foi encontrado, ainda selado, e seu corpo estava incorrupto. Ele foi levado à capela da Casa Geral, em Roma. Para ser beatificada, a Congregação para a Causa dos Santos estudou um milagre, atribuído à intercessão de Madre Clélia, que ocorreu em solo brasileiro, na cidade paulista

de Ribeirão Preto. Em 1951, um médico que estava em estado terminal recebeu um chá com fibras de uma relíquia de Madre Clélia. Ele estava morrendo, internado no hospital, onde uma apóstola trabalhava. Ela tinha apreço pelo médico e, a pedido de sua família, fez orações e lhe deu o chá. De maneira surpreendente, o médico se recuperou e, na manhã seguinte, já estava sentado na cama, alimentando-se, como já não fazia. Dias depois, ele voltou a caminhar. O médico que o acompanhava, assim como também a família do doente, admitiram que aquilo tinha sido um milagre. A cerimônia de beatificação de Madre Clélia Merloni foi acompanhada com muita alegria pelas religiosas da Diocese, que assistiram tudo pela Canção Nova. A Província fez o sorteio de 10 passagens, e uma das contempladas foi a Irmã Nádia Cristina dos Santos, da comunidade de Adamantina. Também alguns leigos de Marília, ligados à espiritualidade cleliana, foram a Roma assistir a beatificação de perto.

Vaticano anuncia Mês Missionário Extraordinário em 2019 Convocado pelo Papa Francisco, o Mês Missionário Extraordinário será celebrado em outubro de 2019. O objetivo, segundo o Santo Padre, é “despertar, ainda mais, a consciência missionária da missio ad gentes (missão além fronteiras) e de retomar, com um novo impulso, a transformação missionária da vida e da pastoral”. “Batizados e enviados: A Igreja de Cristo em Missão” foi o tema escolhido pelo Pontífice para o Mês Extraordinário. Segundo Francisco, todo batizado é chamado a ser missionário. Para haver uma verdadeira comunicação da missionarieda-

Foto: ACI Digital

Papa propõe reflexão sobre o tema “Batizados e enviados: A Igreja de Cristo em Missão”

de, o Vaticano lançou um site, www. october2019.va, que trará conteúdos

multimídia, a fim de inspirar o tempo de oração e a reflexão sobre a missão.

Ainda no ano de 2017, o Papa Francisco comunicou sua intenção às Pontifícias Obras Missionárias (POM). Na Diocese de Marília, a notícia foi recebida com alegria pelo Pe. Willians Roque de Brito, que é o assessor da Dimensão Missionária. “Para a Igreja no Brasil, representa colocar as reflexões missionárias em todos os momentos. Mas para o mundo todo será uma inovação, considerando que nem todos os países celebram outubro com o mês das missões. A iniciativa do Papa é propagar o mês missionário no mundo todo”, comentou o sacerdote.

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Dezembro de 2018

Região I Consagra-te completa cinco anos na Diocese com celebração especial

á cinco anos, nasceu o Consagra-te Marília, com o objetivo de divulgar e propagar uma antiga devoção Mariana, por meio do método de consagração total de São Luiz Maria Grignion de Monfort, chamado “Tratado da Verdadeira Devoção”, antigamente conhecido como “Preparação para o Reino de Jesus Cristo”. O movimento foi iniciado na Diocese de Marília no ano de 2014, quando cerca de 100 pessoas ﬁzeram os estudos do Tratado e realizaram o “1º Consagra-te Marília”. O movimento já existia em outras dioceses do Brasil e, nos últimos anos, tem se espalhado amplamente, inclusive em outras cidades da Diocese de Marília, como Pompeia, Tupã e Dracena. Segundo os organizadores, nas duas últimas edições do Consagra-te Marília estiveram reunidas aproximadamente 1.000 pessoas. E a cada ano, cerca de 400 novos consagrados fazem as formações e se preparam para o encontro anual, onde é realizado o ato de Consagração Total a Jesus por Maria, conforme propõe o próprio Tratado. “O objetivo é espalhar a devoção mariana na Diocese, congregar as famílias a rezar o santo Rosário e conseguir o maior número possível de ‘consagrados’ a Jesus Cristo por meio de Maria Santíssima, conforme o método proposto por São Luiz Maria Grignion de Monfort”, informou Janaina Neves, coordenadora do movimento em Marília.

5º CONSAGRA-TE A Paróquia Santo Antônio, de Marília, sediará a quinta edição do Consagrate, que ocorrerá nos dias 8 e 9 de dezembro, com o tema “Óh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, foi convidado para celebrar, às 9h do sábado, a Santa Missa de Consagração Total A Nossa Senhora. Depois da missa de abertura e da Consagração, o encontro continuará no salão paroquial, que estará preparado, inclusive, com uma praça de alimentação para melhor atender os participantes. A equipe organizadora pede que os ﬁéis antecipem suas inscrições, que, embora sejam gratuitas, precisam ser feitas, por meio do fone (14) 99867-9753 ou pelo email consagratemarilia@gmail. com, para que o evento seja bem preparado. O encontro contará com as presenças de diversos sacerdotes, da Comunidade Augusta Rainha, da Diocese de Marília, dos formadores do grupo Consagra-te Marília e ainda do Monsenhor Edmilson José Zanin, de Águas de Santa Bárbara (SP), que tem apoiado e participado das últimas edições do evento. Em 2019, nos dias 12 e 13 de maio, será realizado o primeiro “Consagra-te Portugal/Brasil”, em Fátima, Portugal. O evento terá o apoio da equipe de formadores da Diocese de Marília. Foto: Arquivo

Fiéis repetirão devoção demonstrada na última edição do Consagra-te

Mosteiro das Clarissas tem proﬁssão perpétua de religiosa

a noite de 27 de novembro, o Mosteiro Maria Imaculada, de Marília, teve a cerimônia de profissão solene de votos perpétuos da Irmã Maria Letícia do Santíssimo Nome de Jesus, da Ordem de Santa Clara. A religiosa, cujo nome de batismo é Priscila Ferreira Pinheiro, é natural da Diocese de Santo André (SP) e, por esse motivo, as clarissas convidaram Dom Pedro Carlos Cipolini, bispo daquela diocese, para presidir a cerimônia. Ele é irmão do bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, que também foi convidado a participar da solenidade. A cerimônia é cheia de símbolos e após a prostração e a Ladainha de todos os Santos, houve a entrega das insígnias, que são a cruz, a coroa de espinhos e a aliança de ouro. “Receber o anel foi muito significativo para mim, pois simboliza o desposório com Cristo, um casamento, um compromisso. Tornei-me esposa de Jesus”, alegrou-se a Irmã Letícia. A aliança foi uma doação feita pela Paróquia Maria Mãe dos Pobres, de Diadema (SP), sua comunidade de origem. O pároco, Pe. Júlio Rodrigues Neves Júnior, participou da solenidade. A coroa de espinhos simboliza o querer se assemelhar ao Esposo, que sofreu por amor à humanidade, e o crucifixo simboliza a oração, as renúncias que precisam ser

feitas no dia a dia. “Que, olhando para Jesus na cruz, eu possa ter forças para imitá-lo”, disse. Letícia é uma das dez irmãs que já fizeram a profissão solene de votos perpétuos. O mosteiro, fundado em 1999, tem um total de 16 religiosas e outras estão nas fases do juniorato, noviciado, postulantado e aspirantado. O ingresso dela no mosteiro ocorreu em 2005, após um processo de discernimento. Sobre a vida em clausura, a religiosa explica que viver no mosteiro não é como estar em uma prisão. “Não estamos fugindo do mundo, mas optamos por estar a sós com Deus, em oração pela humanidade”, afirmou. A cerimônia em Marília teve a presença dos monges do Mosteiro da Divina Misericórdia, de Lucélia. O Pe. Estêvão da Divina Misericórdia é o confessor das clarissas. “Dividimos com eles a mesma espiritualidade contemplativa. Eles vivem para interceder pela humanidade, pedindo a misericórdia de Deus”, comentou a Irmã Letícia. CLARISSAS A Ordem de Santa Clara nasceu em Assis, na Itália, no ano de 1212. Atualmente, existem, no mundo, 15 mil religiosas, em 700 mosteiros. E no Brasil, a Ordem de Santa Clara está presente em 20 mosteiros, sendo que no Estado de São Paulo, além de Marília, também existe um mosteiro em Guaratinguetá. Foto: Mosteiro Maria Imaculada

Irmã Letícia recebeu insígnias, que foram anel de ouro, coroa de espinhos e cruz

NO MEIO DE NÓS

Dezembro de 2018

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Região II Bastos realiza primeiro retiro de jovens do Movimento Escalada

Paróquia São Francisco Xavier, de Bastos, reuniu cerca de 50 jovens no primeiro retiro do Movimento Escalada. Realizado de 16 a 18 de novembro, o evento teve algumas reuniões preparatórias, sendo quatro com os jovens e outras duas reunindo também seus pais. “Dessa maneira, já ocorreu uma integração entre as famílias”, comentou o Diácono Marcos Maciel, que acompanhou o retiro, juntamente com o pároco, Pe. Sérgio Luiz Roncon. A jovem Larissa Yuri Matsuda soube do retiro nos avisos ﬁnais de uma missa de domingo. Logo, decidiu passar na secretaria para fazer sua inscrição. Ela já tinha feito acampamentos e imaginou que seria uma experiência semelhante. “Porém, cada

Foto: Paróquia São Francisco Xavier | Bastos

Jovens participantes da primeira edição do Escalada da paróquia de Bastos

dia para mim foi uma surpresa. As atividades e os momentos que passamos foram mesmo uma novidade, algo surpreendente”, contou ela, que não esteve acompanhada de nenhum amigo próximo; apenas conhecidos. O primeiro retiro Escalada ocorreu na Chácara Campos, com a participação de jovens a partir dos 15

anos de idade, e contou com a presença de ﬁéis de Osvaldo Cruz, onde o essa ação foi iniciada, há 35 anos. O Movimento Escalada foi introduzido na Paróquia São José em 1984, pelo saudoso Padre José Maria Louvera, e atualmente o grupo faz retiros na cidade de Osvaldo Cruz e em outras partes do país. Segundo Lean-

dro Radighieri, da equipe de coordenação, o Movimento tem como objetivo o aprofundamento dos seguintes valores: Personalidade (descoberta da natureza, descoberta do próprio Eu e sua missão, vocação, e descoberta do outro); Família e Igreja; e Deus – Jesus Cristo – Eucaristia. “Os retiros proporcionam ao adolescente um clima favorável para experimentar um tempo forte na sua formação humana e religiosa”, comentou. Em Bastos, a semente foi lançada e a ideia dos alpinistas, como são chamados os jovens que ﬁzeram o retiro, é criar o Movimento Escalada também na cidade. “Se Jesus chamar para participar, diga sim. Vale a pena. É inexplicável o que acontece nesses dias de retiro”, aﬁrmou Larissa, que é ministra da Eucaristia.

Região III Monte Castelo celebra padroeira com novena e Primeira Eucaristia

anta Cecília é a padroeira dos músicos e da música sacra e seu dia é celebrado em 22 de novembro. Na Diocese de Marília, existem duas paróquias dedicada a Santa Cecília, em Álvaro de Carvalho e Monte Castelo. Na Região Pastoral III, a paróquia de Monte Castelo, que tem como pároco o Pe. Domingos de Jesus, celebrou a data com uma novena. Do dia 13 ao dia 21, a comunidade se reuniu para as missas. Na ocasião, os ﬁéis católicos também tiveram a oportunidade de realizar um gesto concreto, com a doação de alimentos e produtos de higiene pessoal, distribuídos a famílias carentes já acompanhadas pela Pastoral da Solidariedade.

Foto: Jaqueline Carvalho Fotograﬁa

No dia de Santa Cecília, crianças e adultos receberam a Eucaristia pela primeira vez

Para cada dia da novena, esteve em Monte Castelo um padre que já passou pela Paróquia Santa Cecília. De acordo com o pároco, os sacerdotes e diácono receberam o convite com muita alegria e celebraram

o dia da padroeira juntamente com a comunidade. “Eles levaram os ﬁéis à reﬂexão durante suas homilias, com vários testemunhos”, informou o Pe. Domingos. O pároco recebeu, durante a no-

vena, os padres Claudinei de Almeida Lima, José Afonso Maniscalco, Valdemar Cardoso, Ademilson Luiz Ferreira, Luiz Henrique de Araújo, José Ribeiro da Silva, André Luiz Martins dos Santos, o Monsenhor Nivaldo Resstel e o Diácono Cecílio Davi. Durante os dias de preparação para a solenidade da padroeira, cada pastoral se responsabilizou pela preparação da liturgia. E no dia 22 de novembro, na missa em louvor a Santa Cecília, o destaque foi a Primeira Eucaristia de catequizados. Ao todo, 11 crianças e nove adultos receberam, pela primeira vez, o “Corpo e Sangue de Cristo”, sob a forma de pão e vinho.

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NO MEIO DE NÓS

Dezembro de 2018

Novena de Natal traz reflexões sobre santidade

o mês de dezembro, a Igreja Católica celebra o nascimento do Salvador, mas a vinda do Menino Jesus requer uma reflexão por parte dos fiéis. Na Diocese de Marília, uma equipe de sacerdotes, religiosas e leigos se reúne boa parte do ano para elaborar a Novena de Natal, enviada a todas as paróquias, com o objetivo de preparar as comunidades para esse momento especial. Em 2018, o tema escolhido para a Novena foi “Eis que vem o Príncipe da Paz”, e na apresentação, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, destaca a exortação apostólica do Papa Francisco, “Gaudete et Exsultate” (“Alegrai-vos e exultai”), que trata do chamado para a santidade no mundo contemporâneo. Fazendo referência às palavras do Papa, que disse que santidade é semear a paz ao nosso redor, Dom Luiz finaliza sua mensagem pedindo que a presença de Jesus, Maria e José, e a inspiração do Espírito Santo, façam com que as famílias e jovens sejam artesãos da paz e que aceitem suportar os conflitos, resolvê-los e transformá-los no elo de ligação de um novo processo. O subsídio propõe a realização de encontros, cada um com um tema dife-

Foto: Paróquia Nossa Senhora Aparecida | Queiroz

Grupo de fiéis da paróquia de Queiroz, que se reúne para fazer a Novena de Natal

rente. A novena traz orações e cantos, propõe meditações e reflexões acerca de textos bíblicos e apresenta a sessão Lição de Vida, trazendo ao conhecimento dos leigos a história de projetos, famílias e fiéis, ou seja, exemplos de superação e fé vividos em comunidades da Diocese de Marília. O Natal é uma época especial na vida do cristão, assim como também deve ser este tempo de preparação para o nascimento do Menino Jesus. Na Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília, o secretário Mário Gervazoni Neto conta que nem bem chega o subsídio, os fiéis já vêm buscá-lo na secretaria. “Aqui, temos uns 80 grupos de Novena, com cerca de 15 pessoas cada. Dezembro tem um cli-

ma diferente. É realmente contagiante”, comentou ele. A paróquia é uma das que adquire mais exemplares da Novena. Outra paróquia que motiva seus fiéis a participarem da Novena é a Sagrada Família, de Lucélia. A coordenadora das comunidades é Márcia Massae Irikawa Almeida, que contou que na paróquia a Novena é realizada por quadras. Ela ressaltou a importância da participação dos fiéis: “É preciso se envolver para mudar o coração e prepará-lo para o Natal. Para quem não participa é uma pena”. Quem também coordena a Novena é Teresinha de Lourdes Regodanso, da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis. Ela conta que participa dos encontros há oito anos e que se entristecia pois seus filhos não participavam. “Com a graça de Deus, no ano passado, uma moradora, do condomínio onde eles moram, tomou a iniciativa de fazer os encontros da Novena de Natal lá e eles participaram. O grupo continuou perseverante”, alegrou-se. Na cidade de Queiroz, existem uns

10 grupos da Novena e um deles é coordenado por Leonilda Richard Miranda. A leiga contou que quase todos os integrantes de sua equipe são também agentes da Pastoral da Saúde. “Nosso grupo fica na periferia e escolhemos casas de famílias que muitas vezes vão pouco à igreja e que tem enfermos que já conhecemos. Elas ficam muito felizes com nossa presença e com as orações. Escolhemos uma casa e convidamos toda a vizinhança para a Novena de Natal. É muito bom falar da vinda do Menino Jesus. As pessoas necessitam disso. Tem muitos que choram de emoção quando deixamos as casas. Acredito que a Novena atinja mesmo o objetivo, que é preparar o coração das pessoas para o nascimento de Cristo”, considerou Leonilda. Alguns grupos fazem encontros contínuos, outros grupos se reúnem em dias alternados. Mas o último evento é especial e geralmente acolhe todos os grupos. O encontro final da Novena costuma ocorrer na última quinta-feira que antecede o Natal; este ano 20 de dezembro. “Que todos possam participar com muita devoção e alegria da Novena, aproveitando o rico material que nos é fornecido pela nossa Diocese”, motivou Marta Regina Batista da Silva, secretária da Paróquia Santa Rita de Cássia. Ao todo, foram distribuídos quase 23 mil exemplares da Novena. O material produzido pela Diocese de Marília é considerado tão rico que já foi até utilizado por outras dioceses vizinhas.