Jornal No Meio de Nós - Edição 243 - novembro de 2018

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 20 | Edição 243 | Novembro de 2018

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Diocese tem três novos sacerdotes ordenados

Foto: Érica Montilha | Pascom | Diocese de Marília

Bispo emérito completa 82 anos e é homenageado O aniversário natalício de Dom Osvaldo Giuntini foi em 24 de outubro, mas o bispo emérito de Marília foi homenageado no dia 17, por leigos e sacerdotes, na Reunião de Agentes de Pastoral da Região I. No dia do aniversário, o bispo emérito recebeu as congratulações dos fiéis do Santuário Nossa Senhora da Glória, onde todas as manhãs preside as celebrações, e na Catedral Basílica, onde à noite presidiu uma missa em ação de graças, que contou com a presença de sacerdotes da cidade e de fiéis e amigos. Página 11

Fiéis celebram 12 de outubro, Dia da Padroeira do Brasil

Três novos sacerdotes são Rafael Lopes Ciuffa, Denismar Rodrigo André e Tiago Aparecido de Souza Barbosa

Depois da cerimônia histórica da ordenação de nove diáconos, em abril deste ano, fiéis da Diocese de Marília começam a ver novos sacerdotes sendo ordenados. O primeiro daquele grupo a ser ordenado padre foi Rafael Lopes Ciuffa. A cerimônia ocorreu em Garça e reuniu os demais diáconos.

A ordenação seguinte ocorreu em Tupã, cidade natal de Denismar Rodrigo André e Tiago Aparecido de Souza Barbosa. Centenas de fiéis, familiares e amigos, e também sacerdotes, religiosos e seminaristas estiveram reunidos na Matriz de São Pedro Apóstolo. Como novos sacerdotes, eles trabalharão em Garça e em Marí-

lia. Pe. Rafael foi designado para ser vigário paroquial na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Garça, o Pe. Denismar atuará como administrador paroquial na Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Jóquei, enquanto o Pe. Tiago terá como sua primeira paróquia a Santa Rita de Cássia, de Marília. Página 8

Foto: Paróquia Nossa Senhora Aparecida | Oriente

Em Oriente, fiéis celebram padroeira, Nossa Senhora Aparecida

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ENFOQUE

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

Dom Edimilson Amador Caetano, bispo de Guarulhos (SP), fala do encerramento do Ano Nacional do Laicato

Por ocasião do Dia de Finados, o Pe. Reginaldo Marcolino, da Faculdade João Paulo II, escreve sobre o que vem após a morte

Gumercindo Ferreira, da Paróquia Santa Rita de Cássia, dá testemunho de seu trabalho na Pastoral da Esperança

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Esta edição do Informativo NO MEIO DE NÓS traz um texto sobre a devoção a Nossa Senhora Aparecida, que é transmitida de pai para filhos e netos. Conheça a história de graças alcançadas por intercessão de Maria e também veja o hino oficial da padroeira, que faz parte do acervo do Memorial Paulo Vicente de Azevedo, sobre a história de Paulópolis, que pertence ao município de Pompeia.

Paróquia Santa Edwiges, em Marília, é 64ª paróquia criada No dia 16 de outubro, foi criada a Paróquia Santa Edwiges, em Marília, desmembrada da Paróquia Santa Antonieta. Na cerimônia, também foi feita a leitura da provisão do administrador paroquial, Pe. André Luiz Martins dos Santos. Página 14


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

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Editorial Nada de beleza se perderá

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odos devem morrer! Essa é uma certeza que acompanha a humanidade de um modo silencioso e, por vezes, perturbador. Em todas as culturas, o momento da morte traz à tona a reflexão sobre o sentido da vida e, por isso, desempenha um papel importante na construção social dos povos. A partir de Jesus Cris-

to, a morte deixou de ter um caráter de perdição e passou a marcar o encontro com a misericórdia de Deus e a entrada na vida eterna. Partindo da ressurreição do Senhor, a Igreja promoveu uma reflexão positiva a respeito do fim temporal da existência. Graças à fé na ressurreição dos corpos, ao culto dedicado aos mártires e à prática do sepultamento em igre-

jas e cemitérios eclesiásticos, vivos e mortos foram, pela primeira vez, aproximados sem os antigos preconceitos. A morte passava a ser revestida de esperança! Desde o início da fé cristã, a prece pelos mortos demonstrou a beleza da comunhão dos santos. De fato, pela oração da Igreja, acontece uma troca de dons entre o céu e a terra; exercita-se um au-

xílio espiritual recíproco. A vida não termina com a morte, nem desaparece no abismo do nada aquilo que, no amor, se faz neste mundo. É o que professamos na celebração dos fiéis defuntos: “Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada”. Na morte, o que é belo em nós se torna pleno. Seremos transformados pelo amor!

Enfoque Comunhão e participação! Ilustração: Alex Augusto

DOM EDIMILSON AMADOR CAETANO, O.CIST

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a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo deste ano de 2018 encerramos o Ano Nacional do Laicato. Como ficamos? O que este acontecimento eclesial em nosso país deixa como legado? A primeira coisa a destacar é a conscientização e reflexão sobre a vocação laical. O Documento 105 da CNBB não trouxe novidades teológicas e nem poderia. No entanto, os vários eventos nas dioceses trouxeram consigo a afirmação — talvez um pouco

esquecida — que ser leigo e leiga na Igreja, não é uma “sub vocação”, mas uma vocação plena e autônoma como a vocação aos ministérios ordenados e à vida consagrada. O grande relevo que o Documento 105 da CNBB dá à vocação laical — relevo, não novidade — é o leigo como sujeito eclesial. A vocação laical não é passividade, mas atuação concreta e própria na obra da evangelização. Esta é a missão da Igreja. Leigos e leigas, ministros ordenados, consagrados e consagradas, todos somos sujeitos eclesiais que, dentro do nosso âmbito vocacional, somos chamados a atuar concreta-

mente na obra da evangelização, com a autonomia — não independência arbitrária — que se manifesta numa verdadeira espiritualidade de comunhão e participação. Enfim, para todos nós, leigos e leigas, consagrados e ministros ordenados, sermos sal e luz é preciso doação e entrega na fé. Sal e luz realizam sua missão consumindo-se. Tudo isso é mistério de amor que nos vem da doação e entrega por excelência realizadas por Jesus Cristo, na Cruz gloriosa, que deve ser para nós a fonte da salvação. Dom Edimilson Amador Caetano, O.Cist. é bispo diocesano de Guarulhos (SP)

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CÚRIA DIOCESANA: Av. Nelson Spielmann, 521 - Marília/SP - CEP 17500-970 - Fone/fax: (14) 3401-2360 - E-mail: curia@diocesedemarilia. org.br | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO: Diácono Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMADOR: Danilo Cordeiro Silva - MTB nº 86878/SP | REVISÃO: Diácono Tiago Barbosa | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Ademilson Luiz Ferreira | CONSELHO EDITORIAL: Diácono Tiago Barbosa e Márcia Welter | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.net.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes


NO MEIO DE NÓS

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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo “Este pobre grita e o Senhor o escuta” (Sl 34,7) DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

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nosso Deus ouve o grito do pobre e responde ao seu clamor. Essa resposta aconteceu durante toda a caminhada do povo, nos diferentes períodos de sua história. Como nos diz o Papa Francisco: “A resposta de Deus ao pobre é sempre uma intervenção de salvação para cuidar das feridas da alma e do corpo, para repor a justiça e para ajudar a recuperar uma vida com dignidade”. A vida é o bem fundamental e básico em relação a todos os demais bens e valores da pessoa. É uma realidade que existe independente da vontade humana. A vida sempre tem valor, em qualquer situação que se encontre. Na parábola do bom samaritano está claramente apresentada a urgência de ir ao encontro de quem precisa. Próximo não é somente aquele que sofre ao meu lado, mas é aquele de quem me aproximo porque sua dor me move a ajudá-lo. As pessoas reconheciam em Jesus alguém que poderia lhes ajudar, e recorriam a Ele. Jesus, por sua vez, enchia-se de compaixão e agia em favor do povo. Jesus, referência maior de nossa

Em Garça, Dom Luiz faz visita pastoral a Santuário O Santuário Nossa Senhora de Lourdes, de Garça, recebeu, no final de setembro, a visita pastoral de Dom Luiz Antonio Cipolini. Durante quatro dias, o bispo teve a oportunidade de conhecer o trabalho realizado pela fraternidade franciscana, que está à frente da paróquia. Dom Luiz presidiu missa no Lar dos Velhos Frederico Ozanan e também esteve com crianças do Patronato São Francisco de Assis. Ele foi acompanhado pelo reitor do Santuário, Frei Lucas Lisi Rodrigues, OFM. Foto: Santuário Nossa Senhora de Lourdes | Garça

Bispo Dom Luiz visitou Patronato São Francisco de Assis

fé, nos ensina a construir o Reino de Deus. Reino que é para ser vivido já, num mundo onde reine o amor. Amor este que é incondicional e que pode ser traduzido de muitas formas e que precisa ser expresso em atitudes. Da atenção ao outro nasce o compromisso de solidariedade. Será que os pobres de hoje reconhecem em nós, cristãos, este alguém que ajuda? Como tem sido as práticas em nossa comunidade e nossas práticas pessoais? Com as palavras do salmista: “Este pobre grita e o Senhor escuta” (Sl 34,7), queremos convidar todos os cristãos e as pessoas de boa vontade para a realização da Semana da Solidariedade – Jornada Mundial dos Pobres.

Estamos convidando a todos para que, dos dias 11 a 18 de novembro, realizemos em nossas igrejas, comunidades, pastorais, ruas e locais de vivência das pessoas empobrecidas, gestos concretos de solidariedade e acolhida com as pessoas em situação de vulnerabilidade extremas. Vamos expressar nossa capacidade de sermos uma só comunidade: solidária, acolhedora, amorosa e cuidadora da vida. A pessoa que sabe cuidar está atenta às necessidades dos outros, se faz próxima deles. Faça algum gesto de defesa da vida: cuidar de alguém, visitar os idosos, conversar e animar quem está sofrendo... Tente responder: O que posso fazer para cuidar mais da vida?

AGENDA DO BISPO 01/11 – Crisma na Paróquia Santa Isabel, em Marília. 02/11 – Finados – Missa no Cemitério da Saudade, em Marília, às 8h. 03/11 – Ordenação Presbiteral dos Diáconos Denismar Rodrigo André e Tiago Aparecido de Souza Barbosa, às 19h30 na Igreja São Pedro Apóstolo, em Tupã. 04/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. Aparecida, em Queiroz | Crisma na Paróquia N. Sra. Aparecida, em Rinópolis. 06/11 – Crisma na Paróquia São José, em Tupã. 07/11 – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral. 08/11 – Reunião com Seminaristas. 09/11 – Crisma na Catedral São Bento, em Marília. 10/11 – Crisma na Paróquia Santo Antônio, em Adamantina | Escola Diaconal. 11/11 – Crisma na Paróquia São Francisco de Assis, em Dracena | Crisma na Paróquia São Pedro, em Tupã. 13/11 – Reunião dos Bispos da Sub-Região | Crisma na Paróquia São José, em Tupã. 14/11 – Crisma na Paróquia Sant’Ana, em Herculândia. 15/11 – Crisma na Paróquia Santa Antonieta, em Marília. 16/11 – Ordenação Presbiteral do Diácono Irmão Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC, em Adamantina | Crisma na Paróquia Sagrada Família, em Marília. 17/11 – Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral | Crisma na Paróquia N. Sra. Aparecida, em Flórida Paulista. 18/11 – Dia Mundial dos Pobres. Crisma na Paróquia N. Sra. das Graças, em Pacaembu | Missa com os agentes da Pastoral da Criança, em Oriente | Crisma na Paróquia Santa Rita, em Marília. 20/11 – Reunião do Conselho de Formação | Crisma na Paróquia N. Sra. da Glória, em Marília. 21/11 – Reunião do Conselho de Presbíteros | Crisma na Paróquia São Sebastião, em Marília. 22/11 – Terço no Lar São Vicente de Paulo, às 15h | Crisma na Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro. 23/11 – Crisma na Paróquia São Miguel, em Marília. 24/11 – Crisma na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Garça. 25/11 – Crisma na Paróquia N. Sra. de Fátima, Jóquei, em Marília | Dia Nacional da Juventude, em Pompéia | Crisma na Paróquia Santa Cecília, em Álvaro de Carvalho. 27/10 – Votos Perpétuos da Irmã Letícia, Mosteiro Imaculada Conceição, em Marília | Crisma na Paróquia São Judas, em Tupã. 28/11 – Crisma na Paróquia São João Batista, em Marília. 29/11 – Crisma na Paróquia Maria Mãe, em Marília. 30/11 – Ordenação Presbiteral do Diácono Renan Gimenes Takizawa, em Flórida Paulista.


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| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade Símbolo, expressão na Liturgia PE. ANDERSON MESSINA PERINI

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símbolo é expressão significativa na liturgia. Toda a liturgia da Igreja é carregada de expressões simbólicas, que trazem, mediante sinais sensíveis, uma realidade invisível que remete ao Mistério de Jesus Cristo. A própria definição de sacramentos e sacramentais é entendido como símbolos que significam os mistérios, sinais visíveis que transmitem a graça divina. Entretanto, para entendermos melhor o significado disso é necessário entender o que é símbolo para a concepção da teologia litúrgica, resgatando o sentido original do termo como fora usado na filosofia grega e nos Santos Padres. Símbolo não é sinônimo de aparente ou irreal. Trata-se no sentido forte original, ou seja, símbolo é a mesma realidade em outro modo de ser, sendo real. A palavra símbolo vem da língua grega sym-ballein, que significa juntar, unir, ligar, é um objeto, um gesto, uma pessoa, uma palavra, um lugar, uma música, uma ação. É uma realidade visível que tem força de nos ligar, nos unir com outra realidade ausente ou invisível, porém muito real. É algo que toca nosso sentido, nossa corporeidade, nos lembra, traz presente uma realidade escondida e cheia de significado para nós. Ele nos permite vivenciar e nos comprometer com esta realidade invisível, espiritual, que transcende nossa razão, com o amor, a amizade, o acolhimento, o carinho, a solidariedade, a fé, a comunhão. Pela encarnação do Verbo de Deus, Jesus Cristo, que se tornou corpo e habitou entre nós (João 1,4), pessoas, lugares, gestos, objetos, e o próprio tempo tornaram-se símbolos, meios de comunicação, de vivência com o Senhor, de comunhão entre nós e Deus Pai. Como disse o próprio Jesus, símbolo de Deus, “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9). Desse modo, a Liturgia é toda simbólica, pois tudo o que se celebra por meio dos sacramentos e sacramentais se refere e nos comunica Jesus Cristo

e seu Reino. Trazem a realidade espiritual, mas de maneira real, por meio dos símbolos, dos ritos, gestos, que usamos nas celebrações litúrgicas. Jesus mesmo no deixou uma ação simbólica por meio de uma refeição, um rito para que realizemos sempre de um modo novo, fazendo memória de sua pessoa. Reunir-se com irmãos, agradecer, comer e beber juntos e em seu Nome, realiza-se a doação, a sua entrega por meio do qual realizou na sua paixão, morte e ressurreição até que seu Reino se estabeleça de modo definitivo. A Eucaristia é a celebração central de nossa vida cristã, é símbolo da fé da Igreja. A realização simbólica e litúrgica das celebrações nos une a Jesus Cristo, não de faz de conta, mas é uma ação eficaz e real, que nos identifica com Ele, comprometendo com seu projeto que é vida abundante para todos (João 10,10). Para isso, é necessário que estejamos de corpo, mente e coração unidos, integrados e concentrados na ação, nos gestos, na palavra, na pessoa, ou seja, em todos os símbolos litúrgicos. Para tanto, isto exige que abandonemos uma mentalidade funcional, materialista, rubricista, mecânica das ações litúrgicas e deixemo-nos tocar pelo mistério celebrado, realidade escondida por meio dos símbolos que vela e revela ao mesmo tempo, realizando-os com amor, dedicação e zelo para se tornar um encontro com o Senhor.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

Que haverá depois da morte? PE. REGINALDO MARCOLINO

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m primeiro lugar é preciso situar a morte dentro da perspectiva da teologia cristã. Esta consiste na separação entre o corpo e a alma, não um dualismo, pois a fé cristã rejeita qualquer tipo de dualismo; na verdade, há uma dualidade do ser, corpo e alma. Assim, o corpo feito cadáver é lançado à terra, a alma, sendo espiritual, é imortal. A alma uma vez separada do corpo pela morte, não perde a consciência lúcida, não fica adormecida como se diz na teologia protestante sobre o “sono da morte”, aguardando a ressurreição no último dia. Depois, entende-se que, logo após a morte, se dá o juízo particular. Não consiste numa avaliação daquilo que foi bom ou ruim na vida terrestre, ao contrário, morremos com nossa sentença lavrada por nós mesmos, com nossa opção feita. O juízo particular é o momento pelo qual pode-se ver, com objetividade, os valores e contra valores de nossa conduta terrestre. Seria ver a alma humana sedenta por colher os frutos da semeadura na terra, pois se possui, mesmo depois da morte, atos de inteligência e vontade, isso porque entende-se o ser humano que é um só, portanto o mesmo até depois da morte. O ser humano possui três destinos, desta maneira, após a morte e o juízo particular como consequência, mesmo antes da ressurreição da carne (ressurreição final): • O Céu: que é a visão de Deus face a face ou a satisfação plena de todos os anseios, sem dor ou aniquilamentos. Os justos podem interceder por nós junto a Deus (cf. Doutrina da Comunhão dos Santos); • O Purgatório: preparação para o céu, ou seja, é um estado ou estágio de libertação dos pecados e não um lugar; para ver Deus face a face, o ser humano precisa estar isento de qualquer sombra de pecado, isso porque Deus é três vezes Santo; se alguém morre com seu amor voltado para Deus, mas ainda

está contaminado por traços de amor próprio como o egoísmo, a preguiça, a vaidade, a omissão, precisará se libertar desses pecados; • O Inferno: é também um estado e não lugar no qual o pecador que tenha morrido apegado ao pecado e avesso a Deus sente a amargura de ter dito “não” a Ele, ou seja, esta é a rejeição conscientemente a Deus. O inferno é a frustração definitiva, pois sendo Deus o princípio que dá sentido à vida humana, então como não voltar Àquele que nos criou? É importante salientar que sempre Deus acompanha seus filhos oferecendo sua Graça e, neste sentido, é o ser humano que se condena e que se projeta na desgraça, ou seja, vive uma vida sem Deus. Após a morte não é possível a conversão, apenas a reparação daquilo que não assumimos na vida terrena (cf. Doutrina do Purgatório). Portanto, na ressurreição final (da carne) todos os corpos ressuscitarão, ou seja, os corpos assumirão matéria glorificada, transfigurada, espelho da graça que estiver na alma. Cada corpo ressuscitado poderá ser identificado e reconhecido (exemplo: Cristo após sua ressurreição apareceu com as chagas da paixão, mas isento de vicissitudes do corpo como: fome, sede...). Esta ressurreição final, onde acontecerá o juízo final, não nega o juízo particular que acontece no momento imediato da morte, mas ao contrário, o completa, o ratifica. Dessa forma, deve-se entender a vida humana como uma caminhada ou peregrinação que chega à sua etapa final. Seria pensar em várias etapas com seus termos finais para se atingir o “Termo Final” ou “Grande Termo” que é o encontro com Deus. Assim, no final, poderá se responder a esta pergunta, “que haverá depois da morte?”. Pe. Reginaldo Marcolino é docente nas disciplinas da área de teologia sistemática na Faculdade João Paulo II (Fajopa), Cura da Catedral e vigário episcopal da Diocese de Lins (SP).


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| Vida Cristã |

Teologia e Pastoral Ao nos depararmos com a ‘irmã morte’!

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Foto: Internet

GUMERCINDO FERREIRA

o mês de junho do ano de 2010, tive a graça de ser chamado para integrar, na cidade de Marília, a Pastoral da Esperança. Oportunidade que me deixou muito feliz e, ao mesmo tempo, grato, pois no meu pouco consigo ajudar as famílias marilienses que sofrem com a ausência de seus entes queridos. Já fazia minha parte em outras pastorais e serviços dentro de minha paróquia, porém, este serviço veio em um momento oportuno de grande aprendizado em minha vida cotidiana de cristão leigo. Assim, juntamente com outros agentes de pastoral, recebi formações sobre as Exéquias, o que veio complementar os estudos feitos no Curso de Teologia para Leigos e Consagrados. A partir disso, meu pároco na época, o Pe. Wagner Antonio Montoz, formou a equipe de Ministros Extraordinário de Exéquias e nos deu as devidas orientações de como proceder nas visitas ao Velório Municipal,

Eduardo Caparroz (à direita), em experiência missionária no coração da Amazônia

onde realizamos nosso trabalho até hoje. E, assim, foram constituídos cinco duplas de ministros para essa missão. Iniciei a minha caminhada juntamente com meu fiel irmão de fé e comunidade, José Marani, ministro muito dedicado ao seu chamado. Realizamos com gratidão não somente os plantões que fazemos às quintas-feiras para acolher as famílias enlutadas, mas em todos aqueles pedidos de visitas que chegam até nós. Além do rito exequial, que auxiliamos quando necessário, efetuamos um acompanhamento espiritual com as famílias! Este trabalho

fazemos com a maior gratidão, pois a cada dia não somos nada sem a “graça de Deus, nosso Pai”. Ao desempenharmos nosso apostolado, nos deparamos com a “irmã morte”. Assim, compreendemos que somos todos iguais, pois diante de sua visita, entendemos o quanto somos frágeis e que a nossa fortaleza encontramos apenas em Nosso Senhor Jesus Cristo e em seu Evangelho. Nestas horas é que nos sentimos gratos por termos sidos escolhidos por Deus para tão sublime missão de levar a esperança às famílias enlutadas. Em nossos plantões, todas as quintas-fei-

Eucaristia e responsabilidade eclesio-social PE. ANDERSON MESSINA PERINI

A Eucaristia é o sacramento central da fé cristã. Deste emana fonte de graças aos batizados que, principalmente aos domingos, se acerquem do altar. Comungar do Cristo sacramentado é assumir tudo o que remete esta celebração. Bento XVI e São João Paulo II chama os cristãos a viver segundo o Domingo (SCa 72). Isto implica viver aquilo que celebramos neste dia que o Senhor fez para nós. Celebrar a Eucaristia não é apenas cumprir um rito, constitui um projeto de vida. Comungar é aceitar o plano de salvação desejado por Deus. Seu plano constitui na participação divina, a realização do Reino e da caridade.

Por isso, chamamos este mistério de Sacramento da Caridade (SCa 1), pois Deus é amor e Ele nos chama a participar dele. Ao entendermos que a Eucaristia tem sua responsabilidade eclesio-social, dizemos que este mistério se relaciona com a vida concreta. É uma espiritualidade que entrelaça o crer, o celebrar e o viver. Urge no cristão a vida plena, o desejo de Cristo (Jo 10,10), pois, como disse São João Crisóstomo, o mesmo Cristo que afirma “Isto é meu Corpo”, com a mesma palavra de fé atestou: “Porque tive fome e não me destes de comer” (Mt 25,42), e depois disse: “todas as vezes que o deixastes de fazer a um desses mais pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer” (Mt

25,45). É buscar viver o que o cristianismo tem de mais original e autêntico, ser assíduo no ensinamento apostólico, na comunhão fraterna e na fração do pão, dividir os bens segundo as necessidades (At 2,42). A temática “Eucaristia e responsabilidade eclesio-social, mistério acreditado, celebrado e vivido” reflete que no próprio conceito teológico deste sacramento está implícito o seu relacionamento com a dignidade humana. A Eucaristia e dignidade humana se entrelaçam. Dogmática e moral chegam ao consenso, na liturgia é celebrada a vida. Pe. Anderson Messina Perini é pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça, e assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

ras, dirigimo-nos ao Velório Municipal de Marília e percorremos todas as salas com o objetivo de levarmos um pouco de alívio aos enlutados e, na realidade, todas as vezes saímos de lá gratos pela oportunidade de ter partilhado a Palavra de Deus. Com zelo e solicitude, buscamos ser a presença amiga e fraternal, pois ali estamos para tentar diminuir a dor daquelas pessoas que ali se encontram para se despedir fisicamente de um ente querido. Para além dessas visitas, em nossa comunidade paroquial, procuramos também dar o respaldo às famílias enlutadas por meio de visitas domiciliares e no acompanhamento na missa de sétimo dia. Enfim, compreendemos e aceitamos nossa missão de levar a esperança aos que precisam, pois acreditamos que a nossa missão é evangelizar e, por isso, semanalmente, repetimos com o Apóstolo, “ai de nós se não anunciarmos o Evangelho (Cf. 1 Cor 9, 16)” . Gumercindo dos Santos Ferreira é membro da Pastoral da Esperança da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília.

ANIVERSARIANTES

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ANIVERSÁRIO NATALÍCIO

06/11 — Diác. Marcos Aparecido Ribeiro Maciel Bastos; 15/11 — Pe. Claudinei de Almeida Lima; 19/11 — Pe. Wilson Luís Ramos - Dracena; 24/11 — Pe. José Roberto Souza Silva, CSS - Marília; 30/11 — Fr. Cláudio Moraes Messias, OFMCap Dracena.


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ERA UMA VEZ...

Diocese

Sorvete

Seminário de Comunicação ocorre no Rio com presença da Diocese

“O perfeito louvor vos é dado pelos lábios dos mais pequeninos, de crianças que a mãe amamenta...” (Salmo 8,3). Era uma vez um senhor que levou seu filho de seis anos a um restaurante. O filho perguntou se podia dar graças. Quando concordou, ele disse: — Deus é bom. Deus é maravilhoso. Obrigado pela comida. Eu ficarei ainda mais agradecido se mamãe me der sorvete como sobremesa. E liberdade e justiça para todos! Amém! Junto com as risadas dos outros clientes, ouviu-se uma mulher comentar: — É isso que está errado com este país. As crianças de hoje não sabem nem rezar. Pedir sorvete pra Deus! Eu nunca vi isso! Escutando isso, a criança banhou-se em lágrimas e perguntou ao pai: — Eu fiz uma coisa errada? Deus está zangado comigo? Enquanto o pai o abraçava, assegurava-lhe que ele havia feito uma oração maravilhosa, e que Deus, com toda certeza, não estava zangado com ele. Um cavalheiro mais idoso aproximou-se da mesa, deu uma piscada para a criança e disse: — Eu fiquei sabendo que Deus achou que foi uma grande oração. — Mesmo? — Perguntou a criança. — Dou a minha palavra — o homem respondeu. Então, num sussurro teatral, ele acrescentou (indicando a mulher cujo comentário havia desencadeado aquelas lágrimas): — Que pena que ela nunca tenha pedido sorvete a Deus. Às vezes, um pouco de sorvete faz bem à alma. Naturalmente, o pai comprou sorvete para seu filho, no fim da refeição. Ele olhou fixamente para o sorvete, por um momento, e então, pegou o seu sundae e, sem uma palavra, caminhou na direção da mulher, e o colocou em frente a ela. Sorrindo, disse-lhe: — Olha, este sorvete é para você! Sorvete às vezes é bom para a alma; e a minha já está bastante boa. REFLEXÃO Peçamos a paz e justiça, mas na simplicidade e pureza de coração das crianças. Tenhamos também coragem de pedir sorvete para Deus. Pense nisso!

A Arquidiocese do Rio de Janeiro promoveu, no início de outubro, o V Seminário de Comunicação Social no Brasil. Do dia 1º ao dia 4, dezenas de comunicadores de diversas partes do país estiveram reunidos no Centro de Estudos do Sumaré, no Rio de Janeiro. Neste ano, o tema proposto foi “A Cultura da convergência e as realidades de crise das instituições” e para refletir o assunto estiveram presentes o professor de comunicação da Pontifícia Universidade Gregoriana e Pontifícia Universidade Urbaniana, Silvonei José. Ele é o responsável da redação em língua portuguesa do Vatican News. Outro convidado foi Sergio Tapia, professor de Public Speaking e Media Training na Pontifícia Universita della Santa Croce, de Roma. Também foram convidados Koca Machado, publicitária, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing e sócia executiva do Grupo Sal, empresa de criação, planejamento e posicionamento estratégico; Gerson Camarotti, jornalista, escritor e comentarista político da GloboNews; Michelle Naili, responsável pelo departamento de comunicação da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016; e Fernando Morgado, jornalista e professor da Universidade Facha e da Universidade Metropolitana do México. O evento começou a ser realizado por incentivo do Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Dom Orani João Tempesta, que foi o fundador da Pastoral de Comunicação (Pascom), quando ainda era bispo diocesano de São José do Rio Preto (SP). Ele permitiu que o Pe. Arnaldo Rodrigues, do clero do Rio de Janeiro, fosse a Roma, na Itália, para fazer doutorando em comunicação. A condição era que, em suas férias, programasse um evento no Brasil, para

transmitir os conhecimentos adquiridos nos estudos. “Foi assim que começou o Seminário de Comunicação Social no Brasil, do qual já participei algumas vezes”, contou o Pe. Tiago Barbosa, assessor diocesano da Pascom. Além dele, também participaram dessa quinta edição outros membros da Pastoral da Comunicação, o seminarista Danilo Nobre e Fabiano Alvares. O tema central foi dividido em duas reflexões pertinentes para a atualidade: o primeiro foi a convergência das mídias tradicionais com as novas mídias de massa, mostrando que não é somente uma mudança tecnológica, mas uma alteração nas relações entre as tecnologias existentes e a cultura; e o segundo argumento refletido foi a gestão de crise das instituições, inclusive da Igreja Católica, uma das maiores no mundo. Danilo, que participou do evento pela segunda vez, lembrou que o encontro falou da importância de a Igreja ter um posicionamento crítico em relação à sociedade, a fim de alcançar credibilidade no anúncio do Evangelho. “O seminário do Rio de Janeiro nos proporcionou também a reflexão sobre a gestão de crises e a urgência de uma comunicação feita com paixão e qualidade. Com relação a gerir crises, foi falado da necessidade de haver diálogo e transparência por parte da Igreja Católica”, comentou o seminarista. “Para mim, foi uma experiência profissional e pastoral riquíssima. A comunicação tem grandes desafios e o gerenciamento de crises é certamente uma delas e, por isso, vamos continuar trabalhando para que a Pastoral da Comunicação seja sempre uma ferramenta de evangelização”, finalizou o agente Fabiano. Foto: Arquivo pessoal

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis Fabiano, Silvonei José (responsável pela redação do Vatican News em português), Pe. Tiago e Danilo


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Bispo anuncia nomeações e transferências para 2019

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odo ano tem mudanças de sacerdotes, com a ordenação de novos padres e transferências daqueles que já chegaram ao fim do período de provisão. Em sua circular, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, lembrou que as decisões foram tomadas após consulta ao Conselho de Presbíteros e conversa com os padres que completam seis anos nas paróquias. Na Região I, o Pe. Wagner Antonio Montoz assumirá a função de reitor da Casa de Formação de Filosofia e Teologia da Diocese de Marília e o Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá será o novo reitor do Seminário Propedêutico São Pio X, além de assumir a Paróquia São Sebastião, de Marília. O Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva foi nomeado coordenador diocesano de pastoral, além de assumir a função de

pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília. Ainda na sede da Diocese, quem assumirá a Paróquia Sagrado Coração de Jesus será o Pe. Adeflor Xavier Pereira Júnior. Além dela, ele também foi nomeado administrador paroquial da Nossa Senhora Auxiliadora, de Avencas. Em Pompeia, a paróquia terá como administrador o Pe. Guilherme Massoca Baptista. O Pe. Jacinto Sebastião da Silva foi designado a ser vigário paroquial da Paróquia Santa Antonieta, de Marília, e também fará atendimento no distrito de Rosália. O recém-ordenado Pe. Rafael Lopes Ciuffa continuará em Garça, onde foi nomeado vigário paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo. Outro novo sacerdote, Pe. Denismar Rodrigo André, foi designado a ser administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Jóquei, de Marília. Ordenado no mesmo

dia, Pe. Tiago Barbosa ficará na Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília, onde já fazia estágio pastoral. E Silvio Cesar Quaio, após ordenação presbiteral, trabalhará em Marília, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, e em Avencas. Na Região II, uma das mudanças ocorrerá em Adamantina, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, onde o Pe. José Afonso Maniscalco assumirá como pároco. O Pe. Luciano Pontes será o pároco das Paróquias São Judas Tadeu, de Tupã, e na vizinha Senhor Bom Jesus, de Arco-Íris. Já a Paróquia São José Operário terá à frente o Pe. Marcelo Antônio dos Santos, como pároco, enquanto a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, receberá o Pe. Márcio Roberto Rios Martins. Após ordenados sacerdotes, Marcos Aparecido Ribeiro Maciel será vigário paroquial em Bastos e Renan Gimenes Takizawa atuará na Paróquia São Pedro

Apóstolo, de Tupã. Outro futuro padre, Thiago Carlos dos Santos, trabalhará em Tupã, na Paróquia São Judas Tadeu, e em Arco-Íris. Uma transferência na Região III foi a do Pe. Ademilson Luiz Ferreira, que atuará em Panorama e em Santa Mercedes. E em Pacaembu, a paróquia terá à frente o Pe. Jurandir Fernando Noronha. Pauliceia também terá mudança, com a chegada do administrador Pe. Marcelo Feltri Ribeiro. O Pe. Milton Afonso do Nascimento foi designado a ser vigário paroquial em Panorama e em Santa Mercedes. E o futuro sacerdote, Edson Luís Barbosa da Silva, atuará como vigário paroquial da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis. O Pe. Miguel João Borro estará em ano sabático e o Pe. Tony Funabashi Takuno fará doutorado em Missiologia, em Roma.


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NO MEIO DE NÓS

Novembro de 2018

Destaque Três novos sacerdotes são ordenados por Dom Luiz

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2018 entrará para a história da Diocese como o ano em que foram ordenados quase dez sacerdotes. Os primeiros ordenados foram Rafael Lopes Ciuffa, em Garça, e Denismar Rodrigo André e Tiago Aparecido de Souza Barbosa, em uma cerimônia conjunta ocorrida em Tupã.

m abril deste ano, a Diocese de Marília viveu um momento histórico, quando acompanhou a ordenação de nove diáconos. Agora, chegou a vez de essa caminhada ter seu momento mais especial, que é a ordenação sacerdotal. O primeiro padre ordenado foi Rafael Lopes Ciuffa, em uma cerimônia ocorrida no dia 13 de outubro, em Garça, na Matriz de São Pedro Apóstolo, que foi reaberta após sete anos de reformas. E no dia 3 de novembro, outros dois diáconos foram ordenados sacerdotes, desta vez em Tupã, na Matriz de São Pedro Apóstolo. Denismar Rodrigo André e Tiago Aparecido de Souza Barbosa foram ordenados padres, após mais de oito anos de período formativo. Os três novos sacerdotes foram ordenados presbíteros sob a imposição das mãos do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, em cerimônias que contaram com a presença de dezenas de sacerdotes, religiosos, seminaristas e milhares de fiéis, dentre eles familiares e amigos. Pe. Rafael não é natural da Diocese de Marília e veio de São João da Boa Vista (SP), cidade natal de Dom Luiz. Ele é o mais jovem sacerdote em território diocesano, com 26 anos de idade. Rafael completou 18 anos quando já estava no seminário, iniciou sua formação em São João da Boa Vista e veio para Marília em 2015. Seu pai, Orlando Ciuffa Neto, esteve em Garça juntamente com a mãe, a avó, tio, tia e primos de Rafael. “Presenciamos a realização de um sonho que começou na infância. Desde os sete anos, ele dizia que queria ser sacerdote e quando brincava com os primos, ele sempre era o padre. Rafael é nosso filho único e teve uma juventude comum. Tinha amigos e saia para passear. Ele sempre foi muito dedicado e nunca nos deu trabalho. É um excelente filho e um orgulho para toda a família”, afirmou o pai. A mãe de Denismar, Esmeralda Lúcia Manzano André, também falou com orgulho do seu filho, em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS. “Acho meu filho abençoado. Ele veio a esse mundo para uma missão e tenho certeza que vai trilhar bons caminhos”, disse ela, que pertence à Paróquia São Judas Tadeu. Amigo pessoal do Pe. Tiago, o Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, de Tupã, contou que a ordenação foi uma grande alegria para toda a comu-

Foto: Paróquia São Pedro Apóstolo | Garça

Pe Rafael mostra aos fiéis mão ungidas após ordenação

nidade, pois Tiago é vocacionado da Paróquia São José Operário. “Durante todo o período de seminário, ele sempre se fez presente aqui, participando das celebrações, e fez questão de contribuir com a comunidade, no que fosse necessário. Para nossa comunidade, é uma alegria vê-lo como sacerdote. Ao mesmo tempo, sentimo-nos responsáveis por essa vocação. Nosso compromisso é rezar por ele, pela sua fidelidade, rezar para que de fato possa configurar-se a Cristo, Bom Pastor”, disse. Pe. Rafael escolheu como lema presbiteral “Olhou-o com misericórdia e o escolheu (São Beda)”, uma referência ao chamado a Mateus, o coletor de impostos. “Tudo o que acontece na ordenação não é por mérito do candidato, mas pela graça de Deus. Vejo como graça e misericórdia Dele, desde a imposição das mãos do bispo até a primeira bênção”, disse o vigário paroquial da Paróquia São Pedro Apóstolo. “Agora, inicia-se uma nova fase na missão. Aquilo que recebemos gratuitamente com amor, devemos oferecer ao povo de Deus, com muita misericórdia e amor. É o momento de fazer crescer nas pessoas o desejo por Deus. Fazer com que Sua misericórdia seja anunciada”, complementou o Pe. Rafael, que celebrou sua primeira missa no Distrito de Jafa, comunidade que já acompanhava como seminarista. O Pe. Denismar foi designado para trabalhar como administrador paroquial na Paróquia Nossa

Foto: Érica Montilha | Pascom | Diocese de Marília

Pe. Denismar e Pe. Tiago, após rito da ordenação

Senhora de Fátima, do Jóquei, em Marília. O novo sacerdote revelou que sua oração sempre foi o que diz seu lema, “Eis que venho, Senhor, com prazer faço a Vossa vontade (Cf. Sl 39, 8-9)”. “Foi uma emoção que não tenho palavras para descrever. Uma entrega total de corpo e alma para Deus. Rezei muito durante a ordenação e senti a presença de Deus junto a nós. Foi a concretização do Chamado”, revelou ele, que celebrou sua primeira missa na São Judas Tadeu, na manhã do dia 4. Até o final do ano, o Pe. Denismar permanece em Pompeia e a partir de 2019 ele assume como a paróquia do Jóquei. “Ó, Senhor, fazei dar frutos o labor de minhas mãos! (Cf. Sl 89,9)”. Este foi o lema escolhido para o ministério sacerdotal do Pe. Tiago. Ele revelou que ser presbítero tem sido uma graça. “Poder, pela nossa boca e pelas nossas mãos, receber Jesus e distribui-lo ao povo... poder perdoar em nome de Cristo, levar a cura aos enfermos na pessoa de Jesus... Tudo isso é uma graça que Deus quis confiar à minha insignificância. Rogo a Deus Pai que Ele mesmo possa fazer dar frutos o trabalho de minhas mãos e que eu consiga ajudar nossa Diocese na construção do Reino de Deus”, concluiu o novo sacerdote, que se disse muito feliz e agradecido a todas as pessoas que o ajudaram ao longo desses anos de formação. Ele foi nomeado vigário da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília.


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Novembro de 2018

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Devoção a Nossa Senhora Aparecida passa de pais para filhos Em novembro, foi inaugurado o Memorial Paulo Vicente de Azevedo, fundador da cidade de Paulópolis, que aprendeu a devoção a Nossa Senhora Aparecida com o pai, Conde José Vicente de Azevedo, autor do hino oficial à padroeira do Brasil, cantado até hoje de norte a sul do país.

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m todas paróquias, em qualquer capela ou comunidade católica do Brasil, o dia 12 de outubro é celebrado de maneira especial. A padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, leva milhões de fiéis de todo o país às igrejas para momentos de devoção. O cenário não é diferente na Diocese de Marília, onde nove das 64 paróquias existentes são dedicadas à Mãe Aparecida, cujo encontro de sua imagem, no Rio Paraíba, completou 300 anos recentemente. Uma das paróquias da Diocese que tem Nossa Senhora Aparecida é a de Paulópolis, distrito que pertence à cidade de Pompeia. A história da criação dessa paróquia começou com a devoção de um fiel, Paulo Vicente de Azevedo, à padroeira do Brasil. Sua história e trajetória pela Alta Paulista originou, inclusive, a criação de um memorial, que foi inaugurado, em 10 de novembro, na antiga biblioteca municipal, em Pompeia. Dr. Paulo, como era conhecido, nasceu na capital, em 1894 e faleceu em 1985, tendo feito diversas benfeitorias, sempre com espírito cristão e devoção à Mãe Aparecida, adquirida dos pais, Conde José Vicente de Azevedo e Condessa Candida Bueno Lopes de Oliveira Azevedo. José Vicente, aliás, foi o autor de dois hinos em honra à padroeira do Brasil, “Viva a Mãe de Deus e nossa” e “Senhora Aparecida”. O primeiro, inclusive, tornou-se, na década de 1940, Hino Oficial, uma determinação de Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, o primeiro arcebispo de Aparecida (SP). Hoje, esse hino é cantado de norte a sul do país. As partituras dos dois hinos fazem parte da exposição em honra a Dr. Paulo, que foi o fundador da cidade de Paulópolis e quem pediu, ao então bispo de Cafelândia (SP), Dom Henrique Fernandes Mourão, a criação de uma paróquia dedicada à sua santa de devoção. Odila Maria Azevedo de Oliveira, filha do Dr. Paulo, contou, em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS que a devoção a Nossa Senhora Aparecida foi passada de pai para filhos e também para netos. “Meu avô falava de quatro graças alcançadas, por intercessão de Nossa Senhora”, contou ela, que esteve em Pompeia para a inauguração do Memorial, com a presença de outros familiares. “O objetivo do Memorial Paulo Vicente de Azevedo, com exposição permanente, é restaurar a história de Paulópolis, que tem 80 anos, no sentido de fortalecer a autoestima dos moradores e inspirá-los através das ações do Dr. Paulo”, complementou. DE PAIS PARA FILHOS A devoção a Maria é uma tradição familiar

Fotos: Arquivo pessoal

Pais levaram Maria Luiza a Aparecida para apresentá-la

Composição de José Vicente, que se tornou hino oficial

para muitos fiéis e passa de pais para filhos. Maria Helena da Silva, da Paróquia São José, de Osvaldo Cruz, recebeu, aos 13 anos, seu primeiro terço do avô. Hoje, ela guarda a relíquia assumiu o compromisso de visitar os doentes da cidade, levando a imagem de Nossa Senhora das Graças, um dos títulos de Maria. A fiel guarda em sua casa pétalas de rosas expostas nos dias de oração que trazem imagens estilizadas e, às vezes, nítidas de Nossa Senhora. “Tenho uma filha e um filho e eles participam da devoção comigo. O dia 12 de outubro é especial para todos nós, mas não lembramos de Nossa Senhora apenas nesse dia. Maria tem de fazer parte de nossas vidas e a oração é muito importante”, considerou. Talita Coutinho Pelegrineli Alegreti, de Junqueirópolis, já ensina sua filha, de três anos de idade, que deve fazer oração para a “Mamãe no céu”. A pequena Maria Luiza é fruto de uma graça alcançada por Talita. Diagnosticada com um câncer de mama aos 28 anos de idade, ela enfrentou o tratamento de quimioterapia e radioterapia e soube que não mais menstruaria e, consequentemente, não poderia ser mãe. “Quando iniciei o tratamento, recebi um terço e acredito que foi ali que tive um contato direto com Nossa Senhora. Cresci na fé. Certo dia, fui sozinha a Irapuru, participar de um Retiro de Cura e Libertação da Renovação Carismática Católica. Lá, uma mulher me falou que Nossa Senhora estava me dando a graça que eu tanto queria. Naquela semana, voltei a menstruar, cinco meses depois engravidei e, em sonho, Nossa Senhora me mostrou que eu teria uma menina. Já dentro do meu ventre, consagrei a Maria Luiza a Nossa Senhora. Hoje ela tem três aninhos e todos

os anos, em 12 de outubro, nós a vestimos de anjinho e já a levamos a Aparecida para apresentá-la a Nossa Senhora. Ensino a ela que não há nada que um filho peça, que uma mãe não atenda”, afirmou. Outra história de graça alcançada, por intercessão de Nossa Senhora, é de uma leitora do Informativo NO MEIO DE NÓS, que não quis ter seu nome identificado. Ela contou que obteve duas grandes graças, sendo que a primeira foi ser mãe aos 40 anos de idade, tendo endometriose, apenas um ovário e já apresentando sinais de menopausa. O outro foi a cura de um câncer de mama. “Foi em 2010 que toquei com uma das mãos a imagem de Nossa Senhora Aparecida e com a outra a minha barriga. Pedi a ela um filho e três meses depois, descobri que tinha engravidado naquele mês de outubro. Lembro que o médico me alertou que a criança poderia nascer com problemas, mas respondi a ele que aquilo era projeto de Deus. Antes disso, tinha sonhado que Nossa Senhora me entregava um menino. Cheguei até a pensar que minha irmã estivesse grávida. Meu filho nasceu perfeito e completará oito anos. Agradeço a Deus todos os dias por termos a dádiva de ter Nossa Senhora como intercessora”, disse a fiel. A segunda graça que alcançou foi a cura de um câncer de mama e nesse momento, contou que sentia muito forte a presença de Nossa Senhora ao seu lado. “Ela pedia que eu apenas confiasse. E confiei. Meu médico me falou que eu eu me curei pela fé”. A devota conta que todo dia é dia de Nossa Senhora, mas que o 12 de outubro é reservado para reunir todos os familiares, que almoçam, recitam o terço e até soltam rojão. “Temos certeza de que ela está bastante presente em nossas vidas”, concluiu.


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NO MEIO DE NÓS

Outubro de 2018

Pastoral Carcerária faz assembleia e reflete dificuldades

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erca de 15 agentes da Pastoral Carcerária estiveram reunidos na Chácara das Irmãs Franciscanas de Cristo Rei, em Garça. Na ocasião, foi realizada a Assembleia Diocesana da Pastoral Carcerária, que teve o objetivo de avaliar as atividades dos últimos meses e fazer o planejamento para o próximo ano. O evento, realizado em 21 de outubro, contou com a participação do assessor diocesano, Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, que motivou os agentes para a evangelização nos cárceres e expôs a atual situação carcerária no Estado e na Diocese de Marília. O sacerdote lamentou o reduzido número de agentes, tanto no encontro quanto na atuação da Pastoral Carcerária de maneira geral. Segundo ele, atualmente, na Diocese de Marília, existem cerca de 40 agentes de pastoral. A Pastoral Carcerária está presente em somente quatro cidades, sendo que existem, no território diocesano, 11 presídios. “O ideal é que todas as unidades prisionais tivessem uma equipe da Pastoral Carcerária e considero que deveríamos ter cerca de 150

Foto: Pastoral Carcerária

Agentes da Pastoral Carcerária se reuniram para assembleia na cidade de Garça

agentes em atuação. Atualmente, a Pastoral Carcerária está presente em Álvaro de Carvalho, Irapuru, Marília e Osvaldo Cruz. Ou seja, estamos presentes em um terço das cidades. O desafio é conseguir agentes para todas as unidades”, afirmou o Pe. Valdo, assessor da Pastoral Carcerária desde 1997, quando ela foi fundada na Diocese de Marília. O trabalho de um agente da Pastoral

Carcerária tem sido bastante desafiador, conforme lembrou o assessor diocesano. “A partir das rebeliões que ocorreram recentemente em Lucélia e Taubaté (SP), a coordenação das unidades tem dificultado ainda mais as visitas dos agentes, com mais normas e regras. Eles não têm mais permitido contato direto com os presos, somente através de gaiola. É a realidade do momento, que não deve nos desani-

mar, mas enfrentar o desafio sempre com esperanças”, garantiu. Antes do encerramento, houve a eleição da nova coordenação. Maura Saldeira de Souza Machado era coordenadora e tornou-se vice. Já o cargo de coordenador foi assumido por Wilson Roberto Batista. O TRABALHO A Pastoral Carcerária visa o trabalho nos cárceres e é considerada a presença de Cristo no mundo dos encarcerados. “Nosso principal objetivo é evangelizar. Acompanhar esse meio para que o sistema seja o mais humano possível. A Pastoral Carcerária não acredita nos cárceres, que não estão ressocializando. Eles têm sido um depósito de pessoas”, comentou o Pe. Valdo. Ainda segundo o sacerdote, o objetivo é ajudar a direção dos presídios e não “botar mais fogo nessa questão”. “Tudo isso, sempre através do diálogo. E estamos sempre atentos à dignidade humana”, garantiu o assessor diocesano da Pastoral Carcerária.

Encontro em Bastos aborda importância da mulher na Igreja A Diocese de Marília promoveu, no dia 11 de novembro, o 6º Encontro Diocesano de Mulheres. Realizado na Associação Leão de Judá, de Bastos, o evento reuniu cerca de 150 mulheres. Este ano, o tema de reflexão proposto foi “A importância da mulher na Igreja e na Sociedade. Cristã leiga: sal da terra e luz do mundo”. Para falar sobre o assunto, foi convidada a professora Chirley Prandi, de Osvaldo Cruz. Ela falou sobre o papel da mulher nos últimos séculos, tanto na sociedade, quanto dentro da Igreja. “Depois do Concílio Vaticano II, houve uma abertura maior para os leigos e leigas e, a partir de então, a mulher passou a desempenhar um grande papel dentro de pastorais, movimentos e até mesmo no trabalho voluntário, que tem muitas mulheres à frente”, comentou Chirley, que tem 80 anos de idade. A palestrante também abordou documentos do Papa Francisco, enfocando no trabalho da mulher. “Nesse século, nós somos braços, pernas e olhos de Jesus. Temos mesmo de sair por que o Papa nos pede isso, sempre levando o Evange-

Foto: Centro Diocesano de Pastoral

Pe. Ademilson (à esquerda) com equipe que preparou Encontro de Mulheres deste ano

lho com alegria. Precisamos evangelizar a sociedade de um modo geral”, complementou. Além da palestra, o evento teve uma missa, presidida pelo coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, que tem se dedicado em todos esses anos à realização do Encontro de Mulheres. As participantes também assistiram a uma apresentação de taikô,

com um grupo de Bastos, e foram animadas por uma equipe da Paróquia São José Operário, de Tupã, formado somente por mulheres. Um momento de destaque foi a apresentação de um testemunho de Cida Piovan, da Paróquia Santa Antonieta, de Marília. Ela foi convidada a testemunhar sobre os frutos que o Encontro de Mulheres proporciona. “Eu voltei fortalecida e

determinada após participar de um encontro em que os pais de uma moça, que morreu baleada, deram seu testemunho de superação, através da Eucaristia e do encontro com Cristo. Foi assim que surgiu o grupo Mães em Constante Oração, buscando sempre a intercessão de Nossa Senhora e Santa Mônica, intercessora do filho, Santo Agostinho”, disse Cida. Uma das mulheres participantes foi Maria Stela Polastro de Souza, de Marília. Ela considerou o testemunho de vida de Chirley e Cida interessante e motivador para todas as mulheres. “Nestas cinco edições, só não participei um ano e incentivo todas as mulheres a participarem. Penso que é importante para nossas vidas. Às vezes, achamos que nosso problema é grande e descobrimos que é pequeno diante do problema que muitas pessoas enfrentam”, disse ela, que pertence à Paróquia Nossa Senhora de Fátima, do Jóquei. O encontro foi encerrado com um almoço, que foi servido pelos integrantes da equipe do Movimento Familiar Cristão (MFC).


NO MEIO DE NÓS

Novembro de 2018

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Dom Osvaldo completa 82 anos e continua atuante O aniversário foi no dia 24 de outubro, mas a primeira comemoração ocorreu com uma confraternização após a Reunião de Agentes da Região Pastoral I, no dia 17 de outubro. No dia do aniversário natalício, o bispo emérito presidiu missas no Santuário Nossa Senhora da Glória e na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade.

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bispo emérito de Marília, Dom Osvaldo Giuntini, completou, em 24 de outubro, 82 anos de vida. A celebração da data ocorreu com uma missa em ação de graças, que Dom Osvaldo presidiu na noite do seu aniversário, na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, em Marília. Estiveram presentes diversos fiéis e também sacerdotes das paróquias da cidade. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, também esteve presente e concelebrou com o clero. Na manhã do dia 24, o bispo emérito celebrou a missa das 7h15 no Santuário Nossa Senhora da Glória e foi homenageado pela comunidade. Antes, porém, Dom Osvaldo foi congratulado pelos sacerdotes e por leigos na Reunião de Agentes da Região Pastoral I. O evento ocorreu na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Marília, e a missa foi celebrada na Capela Nossa Senhora das Graças. Após a reunião, houve um

almoço de confraternização, com bolo de aniversário. HOMEM DE ORAÇÃO Dom Osvaldo, mesmo sendo bispo emérito, faz questão de participar de todos os encontros, reuniões, retiros, e mantém sua rotina de celebrações. De segunda a sexta-feira, ele celebra a missa das 7h15 no Santuário da Glória. Aos sábados, acompanha a Comunidade Neocatecumenal e celebra sua missa no início da noite, no salão da Catedral. Dom Osvaldo também está à frente de um grupo de casais das Equipes de Nossa Senhora (ENS). E aos domingos, celebra a missa das 7h30 no Santuário Nossa Senhora da Glória, igreja vizinha ao seu apartamento, no Edifício João Paulo II. Lá, ele reside com o Pe. Geraldo Lelis de Andrade e o Irmão Sebastião Mata Ribeiro, que são Oblatos de Cristo Sacerdote, uma congregação que tem a finalidade de acompanhar bispos diocesanos Fotos: Catedral Basílica São Bento | Marília

Missa em ação de graças foi celebrada na noite do aniversário, na Catedral

Ao final da missa, fiéis foram parabenizar o bispo emérito pelos 82 anos

enfermos. Pe. Lelis contou que acompanha o bispo 24 horas por dia e que está bem de saúde e tem apenas um problema em um dos joelhos. “Na verdade, considero que Dom Osvaldo é que cuida de nós. Ele é uma pessoa muito atenciosa e querida por todo o clero, seminaristas e leigos”, afirmou o religioso, que acompanha o bispo há dois anos. A leiga Lídia Strabelli Marin tem por Dom Osvaldo um grande carinho. “A última vez que conversei com ele foi na Assembleia Diocesana, realizada em Osvaldo Cruz, no mês de setembro”, contou ela, que faz parte da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Flórida Paulista. Segundo ela, Dom Osvaldo sempre tem uma atenção especial para com todos. “Desejo que ele seja sempre muito feliz. Sou grata a Deus pelo dom de sua vida. E que ele possa continuar celebrando com alegria no meio de nós”, comentou Lídia. O Pe. Sérgio Luiz Roncon guarda o bispo emérito em sua memória de maneira especial. Ele foi o primeiro sacerdote ordenado pelo então recém-nomeado bispo diocesano. Dom Osvaldo tornouse bispo em dezembro de 1992 e em fevereiro do ano seguinte esteve em Junqueirópolis para ordenar o Pe. Sérgio, que atualmente é pároco da Paróquia São Francisco Xavier, em Bastos. “Ele nos dá testemunho de fé e perseverança. Sempre foi muito acolhedor, desde a época de formação”, afirmou o Pe. Sérgio, que completou 25 anos de sacerdócio e teve a alegria de contar novamente com a presença do bispo emérito. “Dom Osvaldo é um exemplo para todos nós. Ele tem um amor incondicional pela Igreja e pela Diocese de Marília e demonstra muito respeito, sintonia e comunhão com seu sucessor, Dom Luiz. Em meio a esse mundo conturbado, Dom Osvaldo fala com seu silêncio. É um verdadeiro homem de oração”, concluiu o Pe. Geraldo Lelis de Andrade.

Marília e Garça celebram Semana Franciscana São Francisco de Assis, padroeiro da Ordem dos Frades Menores, é celebrado em 4 de outubro e as duas paróquias administradas pela congregação promoveram a Semana Franciscana. Em Marília, fiéis da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, do bairro Fragata, participaram da Primeira Semana de Espiritualidade Franciscana de 3 a 7 de outubro. “Meditamos acerca do Ano do Laicato e o franciscanismo, porque essa espiritualidade não é somente patrimônio espiritual da família franciscana, mas de toda a Igreja, de todos e qualquer indivíduo de boa vontade”, comentou o Frei Carlos Eduardo, OFM, um dos Frades da Fraternidade de Marília. O evento, que teve como tema “O franciscanismo e a vida cristã leiga”, foi aberto ao público e totalmente gratuito. Durante a semana, os fiéis puderam assistir a diversas palestras. O encerramento em Marília ocorreu com o Chá Franciscano. Em Garça, os frades franciscanos promoveram a Semana Franciscana no Santuário Nossa Senhora de Lourdes, onde centenas de fiéis passaram, de 30 de setembro a 6 de outubro. Após a missa de abertura, os fiéis participaram de um tríduo, que culminou com Transitus de São Francisco, uma celebração em que foi encenada a morte do padroeiro. São Francisco de Assis era conhecido por seu amor ao universo, à natureza e às criaturas. Por isso, o evento teve o momento da bênção dos animais de estimação. O último dia da Semana foi dedicado à Oração pela Paz. O dia começou com o plantio de árvores no convento franciscano. À tarde, teve o chá franciscano, com confraternização e show de prêmios, e à noite ocorreu a missa de encerramento da Semana Franciscana, que teve como tema “Celebrar São Francisco e aprender dele a Acolhida, a Justiça e a Paz!”. “A caminhada franciscana, dentro da Igreja, tem mais de 800 anos. O carisma franciscano é propagado e está presente em nossa Diocese. E nossos fiéis certamente têm o coração franciscano”, concluiu o Frei Lucas Lisi. Foto: Paróquia Nossa Senhora de Fátima | Marília

Semana Franciscana em Marília teve palestras com os freis


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NO MEIO DE NÓS

Novembro de 2018

DNJ 2018 ocorrerá em Pompeia e lançará Ano Vocacional

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xpressões juvenis de toda a Diocese de Marília estarão reunidas no dia 25 de novembro, em Pompeia, na Arena de Esportes e Eventos, para o Dia Nacional da Juventude (DNJ), que este ano refletirá o tema “Construindo a Paz”. A acolhida aos jovens será às 8h e, na sequência, haverá um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, que antecederá a Santa Missa. Em seguida, começará a pregação, que terá à frente a Toca de Assis, de São Paulo. O DNJ 2018, a exemplo do ano passado, terá um palco principal e tendas nos espaços externos. Neste ano, o Setor Juventude realizou o concurso Minha Banda no DNJ. Os três ministérios mais votados se apresentação em horários dis-

Foto: Arquivo

Dia Nacional da Juventude do ano passado foi sediado por Adamantina

tintos. Segundo a coordenadora diocesana do Setor Juventude, Izadora Burato de Oliveira, os jovens também poderão visitar a feira vocacional, com a presença de congregações religiosas. Ela informou ainda que terá uma capela, onde cada expressão juvenil ficará responsável por conduzir um momento de oração.

Conadiz e Recipar conta com participação da Diocese de Marília Entre 28 a 30 de setembro, foi realizado, em São Paulo (SP), o 4º Congresso Nacional da Pastoral do Dízimo e Partilha (Conadiz). O evento teve diversos palestrantes, dentre eles, Dom Edson Oriolo, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), Pe. Joãozinho, SCJ, e Pe. Jerônimo Gasques, de Presidente Prudente (SP). Um dos temas abordados por Dom Oriolo foi “A Pastoral do Dízimo e a dimensão da diocesaneidade”. Os palestrantes reforçaram que uma comunidade bem evangelizada devolve o dízimo de forma consciente e não como pagamento. Da Diocese de Marília estiveram presentes o Pe. Adriano Alves Pereira, pároco da Paróquia Maria Mãe da Igreja, de Marília; Frei Roberto Luiz dos Santos, OFM, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Bairro

Fragata, de Marília; Andreia Scaquett e Flávia Nunes, ambas coordenadoras da Pastoral do Dízimo da Paróquia Maria Mãe; e o seminarista do 1º ano de Filosofia, Ermes Rodrigues de Almeida Neto, que faz estágio pastoral na Maria Mãe. No dia 29, no mesmo local, foi promovido o curso Secretaria Paroquial e Liderança Paroquial (Recipar), que teve a participação de Sônia Oliveira, coordenadora de pastoral da Paróquia Maria Mãe, Cássia Lima e Maria Lúcia Nascimento, ambas secretárias da Paróquia Maria Mãe da Igreja, e Vangela Tatiana Banhos, secretária da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Marília. “Foi gratificante estar no meio de profissionais com uma extensa bagagem e que nos transmitiram muitas experiências”, contou Cássia. Foto: Arquivo pessoal

A animação do DNJ 2018 ficará por conta da Comunidade Colo de Deus, de São Paulo, que fará o show de encerramento, previsto para começar às 16h. Um momento de destaque e diferencial do DNJ deste ano será a presença da Cruz dos Jovens, como agora é chamada a cruz que peregrinou a Diocese em 2011, em preparação à Jornada Mundial

FIQUE DE OLHO GINCANA Nos dias 29 e 30 de setembro, ocorreu, em Lucélia, a 1ª Gincana da Paz, promovida pela Paróquia Sagrada Família. O evento, realizado juntamente com as crianças da Catequese e da Crisma, foi motivado pelo pároco, Pe. Adriano dos Santos Andrade, e pelo vigário paroquial, Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza. Segundo os organizadores, a Gincana foi uma forma descontraída de reunir toda a comunidade para um momento de oração, diversão, e principalmente generosidade, pois houve a arrecadação de 5.000 kg de produtos alimentícios e de higiene, para serem doados para as entidades das cidades de Lucélia e Adamantina. FALECIMENTO No dia 6 de outubro, faleceu o Irmão Adilson de Paula Bueno, da Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo. Nascido em 5 de novembro de 1961, em Jundiaí (SP), ele tinha 28 anos de vida religiosa e atuou em diversas cidades brasileiras, inclusive em Marília, onde se dedicou na acolhida de grupos para encontros e retiros no Seminário São Vicente de Paulo. O religioso foi sepultado em Marília, no Cemitério da Saudade. DIA DO POBRE

Estiveram no Conadiz o Pe. Adriano, o Frei Roberto, duas leigas e um seminarista

da Juventude. O ícone será entregue aos jovens da paróquia que sediará o DNJ no ano que vem. O anúncio será feito no encerramento do evento e a cruz ficará nessa paróquia, sendo inserida nas atividades dos jovens durante todo esse período. Durante o DNJ, será feita a abertura da ação evangelizadora “Cada Comunidade, uma Nova Vocação”. Na Carta Pastoral Rezar e Comunicar, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, convoca os fiéis a rezar pelas vocações e, ao mesmo tempo, comunicar, nas redes sociais, testemunhos de homens e mulheres, leigos e leigas, ministros ordenados e religiosos que, de todas as cidades que compõem a nossa diocese, “são sal da terra e luz do mundo”.

No dia 18 de novembro, será celebrado o II Dia Mundial dos Pobres. Instituído pelo Papa Francisco, a mensagem deste ano traz como tema “Este pobre clama e o Senhor o escuta” (Sl 34,7), que exprime o sentimento de abandono e confiança num Pai que escuta e acolhe. O Dia Mundial dos Pobres foi tema da Palavra do Bispo, escrito por Dom Luiz Antonio Cipolonini para esta edição (página 3). CONSAGRA-TE Nos dias 8 e 9 de dezembro, será realizado em Marília o Consagra-te, evento que ocorrerá na Paróquia Santo Antônio. Às 9h30 do sábado, uma carreata levando a imagem de Nossa Senhora sairá da Matriz de Nossa Senhora do Rosário, de Pompeia, em direção à Paróquia Santo Antônio, de Marília. Logo em seguida, terá início a Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Nesse momento, haverá a consagração total dos fiéis à Nossa Senhora. Na sequência, o Consagra-te terá continuidade no salão paroquial, onde os participantes refletirão o tema “Óh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Os organizadores pedem que as inscrições sejam feitas com antecedência. Os interessados em participar podem se inscrever através do fone (14) 998679753 ou pelo e-mail consagratemarilia@ gmail.com.


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Atualidade Sínodo sobre a Juventude termina com carta dos bispos

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ispos de todo o mundo estiveram reunidos com o Papa Francisco durante o mês de outubro, para refletir o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Do dia 3 ao dia 28, foi realizado, no Vaticano, a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que foi encerrado com palavras de esperança, confiança e consolação aos jovens do mundo inteiro. As reflexões de mais de 20 dias deram origem a um documento final desta assembleia, cujo tema foi “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Ele foi entregue ao Papa Francisco, que autorizou sua publicação. O documento tem 12 capítulos, 167 parágrafos e 60 páginas. A carta, dividida em três partes, tem como destaque os temas “Caminhava com eles”, “Eles abriram os olhos” e “Partiram sem demora”. Em sua carta, os padres sinodais fazem aos jovens um pedido de con-

Foto: Vatican News

Papa Francisco posa para foto ao lado de bispos brasileiros durante Sínodo 2018

fiança à Igreja-mãe, que tem em suas estruturas fraquezas, fragilidades e pecados, que não devem neste sentido desanimar ou ser obstáculo à confiança. “A Igreja é sua mãe, não abandona vocês, está pronta para acompanhá-los em novos caminhos, nas sendas mais altas onde o vento do Espírito sopra mais forte, varrendo as névoas da indiferença, da superficialidade, do desânimo”, afirmaram os bispos.

O evento em Roma teve como relator geral o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferêcia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Sergio da Rocha. Segundo ele, o texto é resultado de um verdadeiro trabalho de equipe” dos padres sinodais, juntamente com os outros participantes no evento e, “em modo particular, os jovens.” O Sínodo sobre a Juventude teve a participação do jovem brasileiro

Lucas Galhardo, de Caieras (SP). Ele foi um dos 33 auditores jovens do Sínodo 2018 e participou de todo o processo de preparação do evento, desde abril de 2017. “Para mim foi uma experiência rica. E a grande riqueza foi essa cultura do encontro e do diálogo, para trabalhar juntos e procurar os melhores caminhos de evangelização”, comentou o jovem, que faz parte da coordenação nacional da Pastoral da Juventude (PJ). A missa de encerramento do Sínodo teve a participação de cerca de sete mil pessoas. Durante o evento, o Papa Francisco destacou os três passos fundamentais no caminho da fé: escutar, fazer-se próximo e testemunhar. Sobre o testemunho, o Santo Padre frisou: “a fé é questão de encontro, não de teoria. No encontro, Jesus passa; no encontro, palpita o coração da Igreja. Então serão eficazes, não as nossas homilias, mas o testemunho da nossa vida.”

Assembleia das Igrejas teve participação de expressões juvenis A 40ª Assembleia das Igrejas Particulares do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reuniu, em Itaici, bispos, padres, religiosos e leigos das 43 dioceses do Estado de São Paulo. O evento ocorreu de 19 a 21 de outubro e teve como tema “Evangelização da Juventude: os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, em consonância com o Sínodo dos Bispos sobre a Juventude, realizado no mês de outubro no Vaticano (leia texto acima). Em razão do tema central deste ano, a Assembleia das Igrejas contou com representação das expressões juvenis. Da Diocese de Marília, as jovens participantes foram Izadora Burato de Oliveira, coordenadora do Setor Juventude, e Lauriane Ferreira Barboza, coordenadora diocesana da Pastoral da Juventude (PJ). Além dela, também estiveram em Itaici o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, o coordenador diocesano

Foto: John J. A. Silva e Pe. Tiago Barbosa | Imprensa CNBB Sul 1

Em Itaici, evento deste ano reuniu cerca de 300 pessoas das 43 dioceses do Estado

de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, o assessor diocesano do Setor Juventude, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, e o Pe. Tiago Barbosa, convidado para fazer a cobertura jornalística da Assembleia. Ao todo, o evento contou com a presença de cerca de 300 pessoas e a condução foi do Presidente do Regional Sul 1 da CNBB, Dom Pedro Luiz Stringhini. Um momento de destaque da As-

sembleia foi o Painel das Juventudes, que contou com representantes como Pastoral da Juventude (PJ), do Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica (RCC), das Novas Comunidades, dos Jovens Conectados, e do Movimento Focolares. As expressões juvenis foram, aliás, destaque da Revista CNBB Regional Sul 1, lançada no evento. A publicação traz relatos e testemu-

nhos, e um encarte especial sobre as atividades missionárias na Amazônia e na Diocese de Pemba, em Moçambique, na África. Durante a Assembleia, inclusive, os participantes tiveram a oportunidade de fazer doações, que serão revertidas para o trabalho missionário realizado no continente africano. Os jovens presentes ao encontro auxiliaram na aprovação e indicação de quatro compromissos a serem assumidos pelo Regional Sul 1, cujos tópicos são “Juventude”, “Diretrizes Gerais”, “Defesa da Vida” e “Fé, Política e Ecologia”. “A assembleia foi um espaço de construção, escuta e aprendizado muito revigorantes. Ocupar esse espaço foi uma experiência única”, avaliou Lauriane. Para o bispo diocesano, a Assembleia deste ano superou as expectativas. “Tanto pela qualidade e profundidade das palestras, como pela quantidade de leigos que participaram”, finalizou Dom Luiz.


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Região I Bispo cria nova paróquia de Marília dedicada a Santa Edwiges

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o dia de Santa Edwiges, 16 de outubro, fiéis de Marília acompanharam a criação de um paróquia dedicada a ela. Desmembrada da Paróquia Santa Antonieta, a nova paróquia foi decretada Quase-Paróquia em 4 de fevereiro deste ano, pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Na cerimônia de criação da Paróquia Santa Edwiges, houve a leitura do decreto de criação com os limites geográficos. Em seguida, foi feita a leitura da provisão de administrador paroquial do Pe. André Luiz Martins dos Santos, que acompanha a comunidade desde quando foi ordenado sacerdote, em 2016, e designado para ser vigário paroquial da Santa Antonieta.

Foto: Paróquia Santa Edwiges | Marília

Bispo esteve presente para criação da nova paróquia e descerrou a placa comemorativa

Antes do fim da missa solene, presidida por Dom Luiz, houve o descerramento da placa comemorativa de criação da paróquia. Uma queima de fogos e quermesse encerrou a noite na comunidade. Segundo o Pe. André, a criação da paróquia se deu pelo aumento

populacional e as necessidades pastorais. A nova paróquia compreende parte do Santa Antonieta e também os bairros Jardim Julieta, Campina Verde, Distrito Industrial, Padre Nóbrega, Trieste Cavichiolli, e os residenciais Montana e Maracá. “São, ao todo, cerca de 35 mil habitantes.

A comunidade já tinha uma estrutura pastoral e foram criadas novas pastorais”, informou o sacerdote. A igreja fica na Rua Helena, 199, e a secretaria está na altura do número 209. “Acredito que o desejo de todos aqui é fomentar o reino de Deus e fazê-Lo crescer. Edwiges é a santa dos pobres e endividados. É uma devoção pouco conhecida, que começa a crescer em Marília, com a transmissão das missas dominicais das 19h na Rádio Clube de Marília”, comentou o padre. O coordenador do Conselho Paroquial de Pastoral, Laercio Soares Gonzaga, lembrou que o tempo entre a criação da Quase-Paróquia e da Paróquia foi curto. “Porém, foi tudo com muito trabalho e amor. Foi uma emoção sem tamanho”, comentou.

Região II Sagres reforma templo com colaboração da comunidade católica A comunidade católica de Sagres esteve em festa no início de outubro. Além de celebrarem o dia do padroeiro, São Benedito, os fiéis também comemoraram a reinauguração da igreja matriz, que passou por uma reforma iniciada há cinco meses. Nesse período, houve a troca da parte elétrica e da iluminação interna, a substituição de todo o piso do templo e também a adequação e ampliação do presbitério e do sacrário. A igreja teve construída a Capela do Santíssimo Sacramento e, de acordo com o pároco, Pe. Rogério de Lima Mendes, CP, também houve a troca da mesa da palavra, mesa do altar e cadeira do padre. A igreja teve feita, ainda, uma nova pintura externa e interna. Até mesmo a imagem de Jesus Crucificado foi restaurada. O sacerdote lembrou que, quando o trabalho foi iniciado, não havia recursos suficientes e nem acumulados para toda

Foto: Paróquia São Benedito | Sagres

Igreja São Benedito passou por uma reforma geral que durou cerca de cinco meses

a obra. “Quando iniciamos, tínhamos só a vontade de reformar. Mas confiamos na providência de Deus e fomos trabalhando. Fizemos alguns eventos e campanhas e toda a comunidade se comprometeu e se empenhou. Fizemos tudo que precisávamos e acabamos sem dever nada, graças a Deus”, afirmou.

Para a reinauguração, a paróquia realizou um tríduo preparatório, que começou com uma noite de adoração ao Santíssimo Sacramento. Outro momento de destaque foi a chegada da imagem de Nossa Senhora Aparecida, doada pelo bispo auxiliar de Curitiba (PR), Dom Amilton Manoel da Silva, que também é

da Congregação Passionista. No segundo dia do tríduo, houve um encontro com as lideranças, as pastorais e movimentos, para falar sobre a Dimensão Litúrgica. No dia do padroeiro, 5 de outubro, a comunidade participou da missa com a bênção da porta da Igreja e de toda a reforma. O pároco contou que toda a comunidade participou com alegria. Um dos fiéis presentes foi Rogério Aparecido Rodrigues, que é coordenador da Liturgia. “Considero que a reforma reavivou nossa paróquia”, compartilhou o leigo. “Fiquei muito feliz, pois não foi só a igreja reformada. Toda a comunidade passou pela restauração da unidade, da missão, do comprometimento e da alegria. Era um sonho antigo da comunidade e, confiando na providência de Deus, conseguimos realizar esse sonho e, porque não dizer, esse milagre”, concluiu o Pe. Rogério.


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Região II Santas Missões Franciscanas são avaliadas positivamente em Dracena

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pároco da Paróquia São Francisco de Assis fez uma avaliação das Santas Missões Franciscanas, realizadas, no início de setembro, na cidade de Dracena. Segundo o Pe. Ângelo José Biffi, durante a preparação, nas visitas às famílias para o levantamento de dados e nos encontros de oração, a comunidade se envolveu e participou ativamente. “As Santas Missões Franciscanas foram um tempo forte de evangelização e vivência comunitária. Um momento marcante ocorreu na celebração de encerramento, quando foi plantando o Cruzeiro Missionário ao lado na igreja paroquial, como sinal e recordação deste tempo de graça na vida da comunidade”, lembrou. Durante a Semana Missionária, que contou com a presença de 42 missionários, muitas celebrações ocorreram e dinamizaram a vida litúrgica da mais nova paróquia da cidade de Dracena. Houve celebrações especialmente preparadas, como a missa de consagração das crianças; missa da solidariedade e da partilha; missa da família, com renovação do matrimônio; procissão e missa da luz; missa no cemitério; missa da saúde, com participação dos doentes e da Pastoral da Saúde; e missa da juventude. Quem participou ativamente das Santas Missões Franciscanas foi o Frei

Mauricio dos Anjos, OFMCap, que já atuou por dois anos na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena. De acordo com o religioso, os franciscanos realizam missão em todo o país, onde são convidados. “Vamos para levar o Evangelho da Alegria através das visitas às casas das famílias, aos comércios, escolas, e em todas as repartições públicas que nos abrem as portas”, disse ele, que esteve acompanhado de outros freis franciscanos capuchinhos, religiosas consagradas e leigos que vivem o carisma franciscano, que é o abandono de tudo no único desejo de levar a Boa Nova de Cristo onde às vezes ainda não é conhecida. Para o Pe. Ângelo, as Santas Missões Franciscanas “propiciaram um tempo de graça e benção, avivando a fé dos paroquianos, que a partir desta Semana foram convidados a assumir cada vez mais sua missão de verdadeiros filhos de Deus”. “Sentimos o empenho e esforço do Pe. Ângelo em trabalhar essa novidade. E tivemos uma boa acolhida de todas as comunidades”, afirmou o Frei Mauricio. No término da Missão, foi elaborada uma carta com propostas de trabalho para melhoria da vivência comunitária. “Depois de um ano, retornamos para ver se a paróquia conseguiu caminhar e ajudamos no que for necessário”, concluiu o frade franciscano capuchinho. Foto: Paróquia São Francisco de Assis | Dracena

Pe. Ângelo (ao lado da Cruz Missionária) avaliou Missões como momento marcante

Pascom faz missa em ação de graças na paróquia de Tupi Paulista A Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista, celebrou uma missa em ação de graças no dia 7 de novembro. Na oportunidade, a Pastoral da Comunicação (Pascom) fez um agradecimento especial a todos os colaboradores, voluntários, entregadores, patrocinadores e agentes. A missa foi presidida pelo pároco, Pe. Valdemar Cardoso, que já foi assessor da Pascom Diocesana. “O encontro foi de agradecimento e louvor a Deus pelas conquistas”, afirmou a coordenadora da Pascom, Cleide Marques Angeloni. Durante a celebração, ela falou sobre os trabalhos da pastoral na comunidade tupiense e agradeceu a todos que comunicam, como cristãos, a presença

da Santíssima Trindade entre os povos. “A Pascom deve promover a comunhão. Então, precisa também realizar essa comunhão entre as pastorais. O que acontece na paróquia pode interessar a muitas outras pessoas. E é por meio da Pascom que utilizamos os recursos e instrumentos da comunicação para levar a todos o conhecimento desses acontecimentos. Evangelizar é trabalhar juntos, para que, assim, a mensagem de Cristo e da Igreja possa atingir cada vez mais corações”, comentou. No final da missa, o Pe. Valdemar deu uma bênção especial para os comunicadores, enviando-os para mais uma jornada de comunicação paroquial.

Foto: Pascom Paróquia Nossa Senhora da Glória | Tupi Paulista

Comunicadores receberam bênção especial do pároco, Pe. Valdemar Cardoso

Fiéis de Pacaembu farão novena em honra à padroeira O dia 27 de novembro é dedicado a Nossa Senhora das Graças, que tem uma paróquia na Diocese de Marília. Os fiéis da cidade de Pacaembu se preparam para uma novena em honra à padroeira, que terá início às 19h do domingo, dia 18. Durante os nove dias, diversos temas serão explanados, sempre com a presença de um padre convidado. As reflexões serão sobre “Nossa Senhora, Mãe da Divina Misericórdia”, “Mãe da Igreja”, “Virgem fiel”, “Porta do Céu”, “Saúde dos Enfermos”, “Auxílio dos Cristãos”, “Rainha concebida sem Pe-

cado Original”, “Rainha elevada ao Céu em Corpo e Alma”, “Rainha do Sacratíssimo Rosário” e, na Solenidade da Padroeira, uma missa será celebrada às 19h30 com o tema “Nossa Senhora, Rainha da Paz”. Neste ano, a Paróquia Nossa Senhora das Graças destacará a oração da dezena da Ave-Maria, proposta pela Diocese de Marília em favor a todas as vocações. Os fiéis também serão convidados a participar do gesto concreto, que é a doação de gêneros alimentícios para serem doados, posteriormente, a entidades carentes da cidade.


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Renovar-se para evangelizar com excelência

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nformar é uma das atitudes básicas do ser humano. Sem informação, não se produz conhecimento nem se forma opinião a respeito do mundo que está ao redor. Toda percepção acerca dos eventos que se desenrolam na sociedade gera inclusão, cidadania e diálogo com o outro. Proporcionar essa interação de forma organizada e constante é o papel da comunicação social. Com o advento das técnicas virtuais de distribuição de conteúdo, muitos passaram a questionar a função do jornalismo impresso. Outros até mesmo sustentaram sua completa derrocada diante da instantaneidade da notícia. Acaso o jornal perdeu sua razão de ser? Estará ele fadado ao fracasso e, portanto, com seus dias contados? A experiência cotidiana demonstra que os periódicos físicos continuam a exercer sua tarefa de noticiar e dar sentido à informação. Porém, neste cenário de rápidas mudanças tecnológicas e apuração dos fatos em tempo real, a atualização e inovação tornam-se exigências fundamentais para a credibilidade de qualquer veículo jornalístico. Pensando nesta evolução, o Informativo NO MEIO DE NÓS renova sua missão evangelizadora e o compromisso

Foto: Arquivo

Em 1999, o informativo diocesano completava seu primeiro aniversário de circulação

com uma comunicação de qualidade, a fim de levar às comunidades da Diocese de Marília a novidade do Evangelho e a ação dos agentes de pastoral em prol do Reino de Deus. Após a total reformulação de nossos elementos visuais e da disposição gráfica das matérias no ano de 2016 – quando completamos 18 anos – lançamos, nesta edição de novembro, a Campanha “NO MEIO DE Nós de cara nova”. Queremos, com isso, considerar as expectativas de nossos leitores não apenas no layout, mas também no conteúdo. Mensalmente, circulam 13 mil exem-

plares do nosso jornal, além da versão eletrônica no portal diocesano. Atingimos, assim, todo o território diocesano de Marília e levamos notícias e formação cristã a milhares de famílias. Queremos, agora, avaliar de forma minuciosa, como acontece a recepção de nosso conteúdo nos lares da Diocese. A primeira pergunta é: “O que é bom em nosso Informativo?”. Queremos saber quais colunas, seções formativas, temas e quadros encontram maior receptividade e contribuem para a formação pastoral dos leitores. Esta primeira questão considera também as notícias dioce-

e colabor a com a su

Oração

e doação

sanas, nacionais e mundiais. O segundo questionamento é: “Quais conteúdos ainda faltam em nosso Informativo?”. Nesse tópico, queremos ouvir as mais variadas sugestões de pautas ou temas de formação não contemplados pelo jornal ou que poderiam aparecer com mais frequência. Consideramos tais sugestões essenciais para o nosso trabalho. Em todas as edições, buscamos dosar formação e informação, a fim de que o nosso periódico anuncie não somente acontecimentos, mas também a Palavra de Deus e os ensinamentos da Igreja. Estas sugestões nos auxiliarão a conhecer mais de perto as necessidades das famílias e fiéis de nossa Diocese. Todas as sugestões poderão ser enviadas de forma eletrônica, para o e-mail da Rede de Comunicação No Meio De Nós (rcnomeiodenos@diocesedemarília. org.br). Pedimos que o leitor aponte de qual paróquia participa. A partir das colaborações recebidas, faremos um levantamento das linhas principais que devem ser fortalecidas no periódico e aquelas que ainda precisam ser pensadas. Participe! Sua opinião vale muito para que possamos comunicar a Boa Nova com excelência.

Faça seu Gesto Solidário e colabore com os Projetos de Ação Missionária. Deposite qualquer quantia na conta Bancária, em nome da CNBB Regional Sul 1 BANCO DO BRASIL Agência: 6914-0 Conta corrente: 40381-4 AS MISSÕES AGRADECEM!

CONSELHO MISSIONÁRIO REGIONAL


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