Jornal No Meio de Nós - Edição 241 - setembro de 2018

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 20 | Edição 241 | Setembro de 2018

www.diocesedemarilia.net.br

DIOCESE DE MARÍLIA CELEBRA

JUBILEU DE OURO IGREJA TEM NOVO PAPA:

FRANCISCO

DOM PAULO BELOTO

É O MAIS NOVO BISPO BRASILEIRO

DOM OSVALDO FAZ ABERTURA DO

ANO JUBILAR BENTO XVI É O SUCESSOR DE JOÃO PAULO II

DIOCESE TERÁ PÁGINA NA INTERNET

PAPA JOÃO PAULO II MORRE AOS 84 ANOS

IMAGEM DE APARECIDA

COMEÇA PEREGRINAÇÃO

PELA DIOCESE

PLANO DE PASTORAL

DOM FREI DANIEL FALECE AOS 80 ANOS

LUIZ ANTONIO CIPOLINI É O

NOVO BISPO

DIOCESE CELEBRA OS 80 ANOS DE

DOM OSVALDO

ASSEMBLEIA DIOCESANA REÚNE

CERCA DE 7 MIL FIÉIS

BISPO FAZ A ABERTURA DA

PORTA SANTA CASA PASTORAL DIOCESANA

É INAUGURADA

VATICANO

REVELA TERCEIRO

SEGREDO DE FÁTIMA

MARÍLIA

FESTEJA 70 ANOS DA

CATEDRAL SÃO BENTO

NÚNCIO APOSTÓLICO VISITA DIOCESE DOM OSVALDO

É LANÇADO EM

VIAJA COM JOVENS PARA A AUSTRÁLIA AULA INAUGURAL MARCA INÍCIO DA

DIOCESANA

COMUNICAÇÃO

ASSEMBLEIA

ESCOLA DE

HÁ 20 ANOS CONTANDO NOSSA HISTÓRIA

• INFORMATIVO DIOCESANO FAZ MEMÓRIA DE SUA CAMINHADA •

15 ANOS DO FALECIMENTO DE DOM DANIEL: RELEMBRE A TRAJETÓRIA DO FRADE BIBLISTA QUE ASSUMIU A CÁTEDRA DE MARÍLIA E AUXILOU NA FUNDAÇÃO DO “NO MEIO DE NÓS” • SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA MOVIMENTA PARÓQUIAS E MOVIMENTOS EM TODA A DIOCESE • CURSOS DE ATUALIZAÇÃO ABORDA MISSÃO DOS LEIGOS • IGREJA DE MARÍLIA FAZ PARCERIA PARA DIALOGAR A PREVENÇÃO DE SUICÍDIOS


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

Setembro de 2018

Editorial Sem memória não há História

U

m jornal não é apenas a união de elementos noticiosos cuidadosamente organizados. Todo periódico tem como objetivo informar, criar opinião e escrever a história a partir de um determinado ponto de vista. Não poderia ser diferente com o Informativo NO MEIO DE NÓS, que, nesta edição, celebra seu vigési-

mo aniversário. Ao longo destas duas décadas, contamos a trajetória da Diocese de Marília a partir do olhar dos fiéis, comunidades e pastorais que a compõem. E quantas são as histórias! Nesta comemoração, fazemos referência também ao mês da Bíblia, o que nos leva à grande figura de Dom Daniel Tomasella. Na manhã do dia 20 de setembro de

2003, o segundo bispo de Marília partia para a Casa do Pai e entrava para a história. Grande biblista e comunicador nato, Dom Daniel foi fundamental na criação e manutenção do Informativo Diocesano. Além disso, foi também colunista do periódico, incutindo nos leitores a verdadeira veneração às Sagradas Páginas. Nesta edição, unimos o aniver-

sário do NO MEIO DE NÓS aos 15 anos da Páscoa de Dom Daniel como um grande tributo à obra da comunicação da Palavra de Deus realizada por tantas pessoas em nosso território diocesano. Revisitemos, pois, as páginas da nossa história, a fim de trilharmos com ousadia e esperança o caminho de fé que continuamente se delineia aos nossos olhos.

Enfoque

Juventude e evangelização Ilustração: Alex Augusto

DOM ANTÔNIO EMÍDIO VILAR

A

Igreja, em outubro, terá o Sínodo dos Bispos, em Roma, com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, e, em janeiro, no Panamá, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O Regional Sul 1 terá, também sobre a Juventude, a sua Assembleia das Igrejas 2018. Aí se falará sobre o Sínodo, a JMJ e o Plano Trienal da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB. A Pastoral Juvenil do Regional articula os Setores Diocesanos da Juventude, e apóia o Plano Trienal da Comissão, o Rota 300

(2013), e agora o IDE, com cinco eixos: Missão, Formação, Acompanhamento, Ecologia e Políticas públicas. Vivemos um Pentecostes Juvenil: a Igreja, guiada pelo Espírito Santo, se dispõe a ver a realidade dos jovens, ouvir seus clamores, e, em conversão pastoral, levar a juventude a sair, para que sejam sal e luz, conforme o lema deste Ano do Laicato no Brasil. O Papa Francisco disse que, com o Sínodo, a Igreja quer escutar os jovens para que eles se encontrem com Jesus Cristo, fiquem com Ele (Jo 1, 38-39) e, ouvindo o chamado e discernindo na fé, digam: Eis-me aqui, Senhor!

Envia-me! (Is 6, 6-8). A juventude é janela do futuro, enxerga mais longe, antecipa mudanças. Esta é uma oportunidade para escutar, aprender e crescer com a juventude, pois, como diz São Bento, “muitas vezes é exatamente aos mais jovens que o Senhor revela a melhor solução” (Regra de São Bento, 3,3). Possa o Senhor, pela intercessão da Virgem Aparecida, renovar na juventude a esperança e o espírito missionário (Cf. Carta aos jovens do Brasil, na conclusão do Rota 300 - 03/07/2017). Dom Antônio Emídio Vilar é bispo diocesano de São João da Boa Vista e referencial da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude do Regional Sul 1 da CNBB.

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CÚRIA DIOCESANA: Av. Nelson Spielmann, 521 - Marília/SP - CEP 17500-970 - Fone/fax: (14) 3401-2360 - E-mail: curia@diocesedemarilia. org.br | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO: Diácono Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMAÇÃO: Danilo Cordeiro Silva | REVISÃO: Diácono Tiago Barbosa | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Ademilson Luiz Ferreira | CONSELHO EDITORIAL: Diácono Tiago Barbosa e Márcia Welter | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.net.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes


NO MEIO DE NÓS

Setembro de 2018

| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo Os cristãos e as eleições “A política, tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum. Rezo ao Senhor para que nos conceda mais políticos que levem verdadeiramente a sério a sociedade, o povo, a vida dos pobres” (EG 205). Algumas pessoas torcem o nariz quando o assunto é política, entretanto é necessário conversar a respeito porque quanto mais nós participamos, mais podemos colaborar com as mudanças necessárias tendo em vista uma vida melhor para todos e não somente para uma minoria privilegiada. Em outubro deste ano, somos chamados, mais uma vez, ao exercício da cidadania, por meio das eleições. Votaremos para os cargos de Presidente, Governador, Senadores, Deputados Federais e Estaduais. A Igreja do Brasil nos convida a refletir e aprofundar o valor do nosso voto. Ela valoriza a política e a tem em alta estima porque ser sal, luz e fermento na sociedade brasileira é uma urgência missionária que se impõe a todos os cristãos batizados. A política se ocupa de leis e de medidas concretas que afetam diretamente a vida de milhões de pessoas, não apenas de um grupo, mas da

Católicos assumem nova diretoria do PAI Nosso Lar No dia 27 de agosto, tomou posse a nova diretoria do Polo de Atividades Integradas (PAI) Nosso Lar, que tem como padrinho o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. O projeto agora é abraçado pelas paróquias de Adamantina, a pedido do Poder Judiciário e do Ministério Público. “Vamos assumir juntos esta caminhada. Cada um de nós pode ser padrinho, ou madrinha, destes nossos irmãos excluídos; aqueles que, para quem tem fé, representam o próprio Cristo”, disse o bispo. Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Dom Luiz, padrinho da entidade, falou na solenidade

DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

totalidade dos membros de uma cidade, estado ou nação. Assim, na medida em que a política pode proporcionar o bem-estar a todos, não deixa de ser um exercício de amor e de justiça. Portanto, o fato de não votar, ou votar em qualquer candidato só para cumprir com uma obrigação, ou ainda anular ou votar em branco, é falta de cidadania e muito mais, abandono de nossa missão de cristãos conscientes. Quem vota em corrupto compactua e aprova o roubo. Quando votamos mal, ou não votamos, abrimos a porta para a bandidagem, para a acumulação de bens, para a corrupção e a miséria. Dê seu voto apenas a candidatos com “Ficha Limpa”, dignos de confiança, capazes de governar com prudência e equidade e de fazer leis justas e boas para o convívio social. Fique atento à prática da corrupção eleitoral, ao abuso do poder econômico e à compra de votos. Candidatos com um histórico de corrupção ou má gestão dos recursos públicos não devem receber nosso voto nas eleições. Voto consciente é dado com conhecimento. Procure conhecer o candidato, sua história pessoal, suas ideias e as propostas defendidas por ele

e o partido ao qual está filiado. Antes de votar, verifique se o candidato está comprometido com a superação da pobreza, a promoção de uma economia voltada para a criação de postos de trabalho e justa distribuição de renda. Observe se o candidato e seu partido estão empenhados em promover educação e saúde de qualidade para todos, moradia, saneamento básico, defesa do meio ambiente e respeito à vida humana, desde a concepção até a morte natural. O voto do cristão é um exercício importante de cidadania e consciência; por isso não deixe de participar das eleições e de exercer bem esse poder. Lembre-se de que seu voto contribui para definir a vida política do nosso Brasil. As mudanças acontecerão na medida em que houver uma participação maior de pessoas que se deixem conduzir pela ética, e para nós cristãos, também pelos valores do Evangelho. Procuremos eleger candidatos que estejam a serviço de uma causa comum: o bem do outro, levando em conta, especialmente, as camadas sociais mais frágeis e necessitadas da atenção do poder público. Que Deus nos ajude a votar bem!

AGENDA DO BISPO 01/09 – Abertura oficial da programação do Setembro Amarelo em Adamantina | Visita ao Bairro Tucuruvi e Missa na Quase Paróquia São Francisco. 02/09 – Encontro de Acólitos e Coroinhas da Região Pastoral II. 03/09 – Missa na Catedral, às 7h15. 04/09 – Missa na Catedral às 7h15. 05/09 – Missa de Aniversário da Creche Nazaré, em Álvaro de Carvalho. 11/09 – Reunião com os bispos na Fajopa | Reunião do Conselho de Consultores. 12/09 – Reunião do Caed | Encontro com os seminaristas. 13/09 – Missa na Catedral às 7h15 | Terço no Lar São Vicente. 14/09 – Escola Diaconal. 15/09 – Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral | Missa de Aniversário da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Oriente. 16/09 – 34ª Romaria do Apostolado da Oração ao Santuário do Sagrado Coração de Jesus. 21/09 – Crisma na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Adamantina. 23/09 – 42ª Assembleia Diocesana. 25/09 – Reunião do Conselho de Formação. 26/09 – Missa na Catedral, às 7h15. 27 a 30/09 – Visita Pastoral à Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Garça.


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| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade Como nasceu o domingo PE. ANDERSON MESSINA PERINI

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Domingo nasceu pelo acontecimento de um fato histórico marcante para nós cristãos: a Ressurreição de Jesus Cristo. Era o primeiro dia da semana, logo após a morte na cruz e o sepultamento de Jesus no sexto dia. Algumas mulheres que faziam parte do grupo dos discípulos de Jesus, foram ainda de madrugada visitar a sepultura. Pensando que fossem encontrar um sepulcro fechado, e sem saber quem teria a força para remover a pedra que o fechara. Ao chegarem ficaram surpresas: o sepulcro estava aberto e vazio! Desesperadas e entre lágrimas, de repente tem uma grande visão de dois homens vestidos de branco que anunciam que seu mestre ressuscitou. (Cf. Mt 28,1-7; Mc 16,1-7; Lc 24,1-8; Jo 20, 1-2.11-17). O próprio Jesus aparece a elas e fala com a Maria Madalena e lhes anuncia o fato da ressurreição. Maria Madalena é a primeira apóstola do Senhor, pois vai ao encontro dos demais discípulos a anunciar a ressurreição de Jesus. João e Pedro vão conferir e constatam o que Maria Madalena anunciou. Mas o fato não permaneceu apenas nisto. Jesus ressuscitado vai ao encontro de dois discípulos a caminho de Emaús, que estavam tristes e desanimados com o que aconteceu nos últimos dias, com aquele que consideravam a esperança para Israel. Jesus aparece a eles como um peregrino que entre tantos iam a Jerusalém por ocasião da Páscoa. Conversa com eles, e durante a refeição o reconhecem ao partir o pão (Cf. Lc 24,13-35). Aqueles dois discípulos retornam imediatamente a Jerusalém para contar o fato, e ao encontrar os doze reunidos junto com as mulheres no cenáculo de Jerusalém, Jesus aparece no meio deles, anuncia-lhes a paz e dando-lhes o dom do Espírito Santo os envia a anunciar a boa nova da ressurreição por todos os cantos do mundo (Cf. At 1,4-8; Mc 16,14-18; Lc 24,3648; Jo 20,19-25). De fato, tudo isto era difícil de acre-

A importância da Palavra de Deus na vida dos leigos e leigas ditar. Foi um fato que marcou profundamente estas pessoas. O luto e a tristeza causados pela morte horrível de Jesus, o desânimo, a frustação de suas esperanças, a sensação de injustiça. Tudo isto, de repente, se tornou em uma grande alegria, uma festa, um gosto de vitória, pois Cristo ressuscitou, está vivo e entre nós. Diante do fato da Ressurreição no primeiro dia da semana, os primeiros discípulos deram a este dia um profundo sentido simbólico especial. Primeiro porque foi no primeiro dia que o Senhor iniciou a criação, criando a Luz! Agora a nova Luz é a pessoa de Jesus ressuscitado, que fez nova todas as coisas, começando com a ressurreição e a renovação da nova comunidade, a Igreja. Para nós cristãos, o primeiro dia da semana se tornou um dia memorável! O dia mais importante da semana. Não há mais sentido guardarmos o sábado, o sétimo dia, pois este dia do repouso nos recorda o dia do sepulcro. Para nós o primeiro dia da semana é o dia do fato mais importante: a Ressurreição de Cristo. Tanto que no passado, este dia se chamava entre os pagãos o dia do sol. O nome foi trocado para “dies dominica”, em latim, “Domingo” em português, que significa “dia do Senhor”. Assim, este dia deve ser dedicado exclusivamente a Ele, o ressuscitado, nosso Senhor Jesus Cristo.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

Pe. Nelson Maria Brechó da Silva

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Palavra de Deus é fundamental para que a comunidade possa crescer no caminho mistagógico. O conceito mistagogia vem do grego e significa ser conduzido pelo mistério de Deus. Assim, na vida de oração pessoal e comunitária, os leigos e leigas podem desenvolver seu aprimoramento cristão a partir do contato da Palavra de Deus. O texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida, traz uma reflexão interessante acerca da conversão pessoal: “A conversão pessoal desperta a capacidade de submeter tudo ao serviço da instauração do Reino da vida” (n. 366). A conversão revela a mudança profunda dos leigos e leigas e implica no ato de que eles sirvam no Reino, no âmbito do aperfeiçoamento frente aos desafios pastorais: o exercício de escutar e de dialogar com o próximo. Quando se analisa a vida de Cristo, nota-se que Ele é o acontecimento fundante e desconcertante da Revelação plena de Deus na história. O Papa Francisco, na sua exortação apostólica Evangelii Gaudium. A alegria do Evangelho, aponta a mensagem de Jesus como fonte de alegria: “O Evangelho, em que resplandece gloriosa a Cruz de Cristo, convida insistentemente à alegria. Apenas alguns exemplos: ‘Alegra-te’ é a saudação do anjo a Maria (Lc 1,28). A visita de Maria a Isabel faz João saltar de alegria no ventre de sua mãe (cf. Lc 1,41) (n. 5). A nossa alegria cristã brota da fonte do seu coração transbordante”. Desse modo, os leigos e leigas conseguem compreender, por um lado, que o encontro com Jesus é um acontecimento fundante, uma vez que na pessoa de Jesus, constata-se o rosto visível de Deus. Por outro, é desconcertante, por causa do impacto da Encarnação e do

eco que ressoa a partir desta experiência. Este eco pode ser saboreado pelo exercício do estudo e da oração da Palavra. A Palavra de Deus proporciona a alegria, a conversão e o seguimento na vida dos leigos e leigas. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil: 2015 a 2019, aponta: “O encontro com Jesus enche a vida de alegria, convida à conversão e ao discipulado missionário” (n. 9). Trata-se, portanto, da dimensão discípulo missionário, na qual os leigos procuram redescobrir na Palavra o contato com a pessoa de Jesus: “O discípulo missionário é convidado a redescobrir o contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo” (n. 49). Enfim, no processo da intimidade com a Palavra, os leigos e leigas são convidados a observarem a própria vida de Jesus. O Papa Francisco, na sua e Exortação apostólica Gaudete et Exsultate. Alegrai-vos e exultai, adverte: “Lembremo-nos de como Jesus convidava os seus discípulos a prestarem atenção aos detalhes: o pequeno detalhe do vinho que estava acabando em uma festa; o pequeno detalhe de uma ovelha que faltava; o pequeno detalhe da viúva que ofereceu as duas moedinhas que tinha; o pequeno detalhe de ter azeite de reserva para as lâmpadas, caso o noivo se demore; o pequeno detalhe de pedir aos discípulos que vissem quantos pães tinham; o pequeno detalhe de ter a fogueira acesa e um peixe na grelha enquanto esperava os discípulos ao amanhecer” (n. 144). As diversas atitudes de Jesus favorecem aos leigos e leigas a vontade de corresponderem ao chamado cristão de amar e servir na alegria de despertar no próximo o desejo de conhecer a Palavra de Deus. Prof. Dr. Pe. Nelson Maria Brechó da Silva, do clero da Arquidiocese de Botucatu, leciona na Faculdade João Paulo II (Fajopa), de Marília.


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Teologia e Pastoral Células Católicas: somos gente cuidando de gente Foto: Diocese de Santo André (SP)

DRIELE JENIFER GOMES FELIX

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stou na Igreja desde 2013. Porém, tive a oportunidade de dar um passo maior na fé a partir do momento que conheci o Carisma Colo de Deus e o Ministério de Células. Vivenciei ocasiões maravilhosas, das quais acendeu em mim um ardor missionário muito grande e o desejo de anunciar Jesus para muitas pessoas. Dentro da Célula Católica, tive a oportunidade de partilhar a Palavra de Deus, a Doutrina da Igreja, bem como a minha vida e dos meus irmãos. Nos encontros, passamos pela ferramenta Alpha (conteúdo mais querigmático) e, em minha Célula, estamos vivenciando a fase Geração (aprofundamento e preparação para multiplicação). Além disso, sempre há a partilha dos alimentos. Somos gente cuidando de gente, pessoas que amam pessoas, formando e gestando indivíduos restaura-

Jovens entendem que juntos, um a um, formam uma multidão

dos para o seio eclesial. Entendemos que juntos, um a um, formamos uma multidão. Fui alcançada por Deus de uma maneira única. Como Ele sempre se utiliza de pessoas, no meu caso ele usou de um dos membros da Célula que participo. Meu líder me mostrou que não preciso de vícios para me refugiar. Não preciso pensar em “acabar com a minha vida”. O Amor de Deus me basta! Sou muito

grata ao Altíssimo pela minha célula e pelo Carisma Colo de Deus, que me faz a cada dia querer ser santa e anunciar o Evangelho. Além disto, a XVI Assembleia Geral Ordinária dos Bispos sobre os jovens está chegando! O Sínodo acontece de 3 a 28 de outubro de 2018 na cidade de Roma com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Será um im-

Pós-Modernidade e consciência moral: por uma Autonomia Teônoma PE. JÚLIO PEREIRA DE SOUZA NETO

Nestas linhas, a pós-modernidade e a consciência moral são refletidas a partir das mudanças do nosso tempo e a tensão que existe entre a busca atual por autonomia (decidir-se por si só) e a heteronomia (estar sujeito às leis exteriores, religiosas ou não). A pós-modernidade seria esta época de mudanças velozes no comportamento das pessoas, no ritmo da informação, nas relações interpessoais e sociais, e nas instituições. Apesar disso, a consciência continua sendo a instância onde Deus fala de modo íntimo ao ser humano, convidando-o ao agir livre e res-

ponsável. Numa tentativa de explanar sobre a situação do homem na pós-modernidade, tratamos sobre dois personagens bíblicos que nos lembram a busca humana por autonomia e liberdade: Adão e o filho pródigo na parábola do pai misericordioso. Ambos quiseram ditar as regras próprias do seu agir, fugindo das normas e do mandamento de Deus que é Pai. Assim como eles e para além dos seus erros e pecados, os homens e mulheres de hoje são chamados a fazer a experiência profunda do amor do Pai misericordioso que, conforme o panorama bíblico, chama ambos os personagens à reconciliação

e à experiência de seu amor divino. Eles também hoje, acabam por esbarrar no acolhimento misericordioso de Deus que lhes pergunta “onde estás?” e lhes dá sempre uma chance de retorno e reconciliação. Orientados para Deus, podemos refazer nosso caminho em direção a Ele, também a partir da experiência humana dos erros e fracassos, e, ainda que sob as fortes influências do ambiente pós-moderno, vamos percebendo também, em nossos tempos, a valorização e o regresso de uma consciência ética em vários níveis de nossa sociedade. Pe. Júlio Pereira de Souza Neto é pároco da Paróquia São Miguel Arcanjo, de Marília.

portante momento de reflexão e ação da Igreja tendo em vista a juventude. Que bom saber que a Igreja, como mãe, está disposta a nos ouvir. Fui ouvida pelo meu líder e por toda a minha célula. Com o Sínodo, a juventude de todo o mundo será ouvida pelo Santo Padre e por toda Santa Igreja. A partir do Sínodo e, com a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Panamá, saberemos agir, à luz da fé, perante a necessidade de uma evangelização eficaz com a juventude. Como é bom saber que a Igreja espera algo de nós e que ela acredita em nossa força que é viva e muito importante para a vida na sociedade. Que todas estas vivências nos levem a Cristo e que, assim como eu, todos os jovens tenham a oportunidade de conhecê-Lo, propagá-Lo e apaixonar-se por Ele a cada dia mais! Driele Jenifer Gomes Felix pertence à Célula Yeshiva, da Paróquia Santa Antonieta, de Marília.

ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 01/09 - Pe. Nelson Bernardino Lopes - Parapuã; 07/09 - Frei Clóvis Lázaro Barbosa, OFMCap - Dracena; 07/09 - Pe. Domingos de Jesus - Monte Castelo; 13/09 - Frei Joaquim Camilo Alves, OFM - Marília; 18/09 - Pe. José Jailson da Silva, CP - Osvaldo Cruz; 19/09 - Pe. Luiz Eduardo Cardoso de Sá - Marília; 21/09 - Pe. José Luís Dias Barbosa, CP - Osvaldo Cruz / Salmourão; 24/09 - Dom Osvaldo Giuntini, bispo emérito; 25/09 - Pe. Gabriel Fortier, RSV - Marília; 28/09 - Pe. Carlos Roberto dos Santos - Tupã; 29/09 - Pe. Veríssimo Mânfio, SAC - Uso de Ordens. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL 07/09 - Pe. José Ribeiro da Silva - Flórida Paulista; 21/09 - Pe. José Jailson da Silva, CP - Osvaldo Cruz; 22/09 - Pe. Marcelo Feltri Ribeiro - Tupã / Arco-Íris; 27/09 - Pe. José Antonio de Sousa, CJS - Marília. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO EPISCOPAL 12/09 - Dom Osvaldo Giuntini, bispo emérito;

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ERA UMA VEZ...

Diocese

O monge e o elefante

Missa e confraternização entre seminaristas iniciam Mês Vocacional

“O Senhor chamou como das outras vezes: ‘Samuel, Samuel’, e Samuel respondeu: ‘Fala, que Teu servo ouve’” (Sm 3,10). Era uma vez um monge que estava recluso há 20 anos em um mosteiro da Índia. Vivia apenas para ler as escrituras sagradas e meditar, com o intuito de alcançar a iluminação. Um dia, achou que havia atingido a iluminação pois percebia Deus em todas as coisas: nas árvores, nos animais, na terra, no céu, nas pessoas. Em estado de êxtase, quis compartilhar sua descoberta com os demais. Partiu em direção à cidade com a intenção de divulgá-la ao maior número de pessoas possível. Ao se encaminhar para o mercado, deparou-se com um enorme elefante desgovernado, correndo em sua direção. As pessoas que estavam no mercado gritavam para que ele saísse do caminho do elefante. O dono do elefante, de cima do animal desgovernado, também gritava para que o monge saísse do caminho. O monge, porém, ficou parado, afirmando para as pessoas que Deus estava em tudo e também estava no elefante. Por isso, ele não lhe faria nenhum mal. Nesse instante, o animal, que vinha em grande velocidade, atropelou-o e deixou-o todo machucado. Quando voltou a si, o monge começou a lamentar-se: — Que lástima, perdi 20 anos da minha vida. Achei que havia alcançado a iluminação. Pensei que Deus estava em todas as coisas, mesmo naquele elefante enfurecido, mas vejam só o que ele me fez... Um dos senhores idosos, que placidamente por ali conversavam e haviam assistido toda a cena, replicou: — Mas Deus está em tudo! Deus estava presente naquelas pessoas que gritavam para que você saísse do caminho. Deus também estava presente no dono do elefante, que dizia para você sair da frente. Deus estava presente o tempo todo, insistindo para que você saísse do caminho do elefante. Mas você não soube escutá-lo. REFLEXÃO Deus continua falando. Mas é preciso estar atento para ouvir sua voz. Pense nisso!

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m pleno Mês Vocacional, a primeira atividade especial ocorreu no dia 4, dedicado a São João Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars, padroeiro dos sacerdotes. Naquela data, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, conferiu a três seminaristas os ministérios de leitor e acólito. A celebração ocorreu no Seminário Propedêutico São Pio X, em Marília, e também contou com a presença do seu reitor, Pe. Luciano Pontes. A Alan Amorim, que está no segundo ano de Teologia, foi conferido o ministério de leitor, e João Bonzanini e Raide Garcia Passone receberam o ministério de acólito. Ambos estão no terceiro ano do curso de Teologia. Segundo o Pe. Luciano, esses ministérios fazem parte das etapas da formação sacerdotal. “Esses dois ritos preparam os candidatos para receberem a futura ordenação diaconal”, explicou o Pe. Luciano. “Para mim, esse momento foi de muita alegria. Quero servir fielmente a Deus e também ao povo cristão através desse ministério de leitor, proferindo as leituras da Sagrada Escritura”, comentou Alan, sobre a celebração. O ministério de acólito confere ao seminarista a função de servir o padre no altar, nas cerimônias litúrgicas, sobretudo na celebração da Eucaristia. Eles podem distribuir a sagrada comunhão aos fiéis, assim como também aos enfermos e idosos que não podem mais ir à igreja. João Bonzanini considerou o rito a confirmação do chamado de Deus. “Agora pude ter certeza de que Deus me chama para exercer uma missão junto d’Ele com seu povo. Esse ministério nos garante maior intimidade com Jesus na Eucaristia”, afirmou. “Foi um momento de grande alegria para

mim. Fico imensamente grato a Dom Osvaldo Giuntini, que me acolheu no seminário, a Dom Luiz, que continua me acompanhando ao logo desses anos de caminhada formativa, e também aos formadores, amigos de seminário e todo o povo de Deus, que reza pela minha vocação”, comentou Raide. Na Teologia, o primeiro ano é o da admissão; no segundo é conferido o ministério de leitor; no terceiro o ministério de acólito, e no quarto o candidato aguarda a ordenação diaconal. CONFRATERNIZAÇÃO No Dia do Padre, os seminaristas das três etapas — Propedêutico, Filosofia e Teologia — tiveram uma confraternização, que começou após a missa, que conferiu o ministério aos três seminaristas, e terminou à noite, com um jantar. “Os seminaristas tiveram momentos de lazer e também espiritualidade e foi um momento para se conhecerem melhor e partilharem as experiências vividas no seminário”, comentou o Pe. Luciano, lembrando que Dom Luiz, Dom Osvaldo e alguns padres estiveram presentes. Um dos participantes da confraternização foi Bruno Franco, que está no terceiro ano do curso de Filosofia. “Foi uma oportunidade de nos conhecermos melhor, de estreitarmos os laços diocesanos. Os seminaristas foram envolvidos em todo processo de organização, com a divisão das funções. Todas as casas de formação trabalharam juntas. Tivemos até um momento de perguntas e respostas com nosso bispo, Dom Luiz. E nosso encontro terminou em pizza, literalmente, com um jantar que coroou nosso dia de partilhas, de conversas, de vivência em família”, concluiu o seminarista. Foto: Danilo Cordeiro | Pascom Diocese de Marília

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis Seminaristas João, Raide e Alan, juntamente com bispos e padres, em frente ao Seminário Diocesano


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Dia do Padre teve confraternização em Adamantina

E

m 4 de agosto, a Igreja celebra o Dia do Padre e, na Diocese de Marília, o clero esteve reunido dois dias depois. Na oportunidade, os sacerdotes participaram de uma confraternização na Chácara do Padre, em Adamantina. O coordenador da Pastoral Presbiteral, Pe. Valdo Bartolomeu de Santana, informou que a participação foi de cerca de 50 sacerdotes. “Foi um dia chuvoso e com muito frio. Achamos que a participação seria menor, pelo tempo”, lembrou. A maioria dos participantes foi de sacerdotes diocesanos, mas também havia alguns religiosos presentes na confraternização. O evento também contou com a participação dos nove diáconos. Durante o encontro, todos os participantes receberam um exemplar do livro “Espiritualidade do padre diocesano”, de autoria dos padres Humberto Robson de

Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Clero contou com momentos de oração, reflexão e confraternização na Chácara do Padre

Carvalho e Fernando Lorenz. “É importante identificarmos nossa identidade. O livro foi muito bem acolhido”, afirmou o Pe. Valdo.

Segundo o sacerdote, responsável pela organização do evento, o encontro foi um momento muito agradável, de partilha de experiências.

“Foi uma oportunidade de agradável convivência com os padres”, complementou o Pe. José Ângelo Biffi, de Dracena. DIÁCONOS No dia 20 de agosto, a Pastoral Presbiteral novamente promoveu uma confraternização de seus sacerdotes com os nove diáconos. “Temos o objetivo de acompanhar os presbíteros de nossa diocese. Então, nada melhor que reunir esses futuros padres, para um momento informal, de acolhida e bate-papo. Passamos a tarde conversando e partilhando a esperança”, revelou o Pe. Valdo. “Percebo uma preocupação e zelo por parte da Pastoral Presbiteral. Acredito que essa troca de experiência irá me ajudar no ministério presbiteral”, considerou o Diácono Marcos Maciel.


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NO MEIO DE NÓS

Setembro de 2018

Destaque NO MEIO DE NÓS completa 20 anos e relembra história

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Informativo Diocesano NO MEIO DE NÓS celebra, neste mês de setembro, 20 anos de criação e circulação em todo território da Diocese de Marília. A primeira edição foi distribuída em setembro de 1998, após longos meses de trabalho e dedicação de uma equipe de bispos, sacerdotes e leigos. Tudo começou em Garça, quando o então pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, Cônego João Carlos Batista, iniciou o projeto de um jornal paroquial. Para levar a ideia adiante, contratou uma empresa que já desenvolvia outros jornais especializados, na área do cooperativismo. Com a orientação do sacerdote, surgiu O Pescador, tendo à frente a Sampaio Assessoria de Comunicação, empresa do jornalista Vanderley Sampaio. Vivendo essa nova realidade, mês a mês, o Cônego João Carlos, que passou a desempenhar a função de coordenador diocesano de pastoral, propôs ao então bispo diocesano, Dom Osvaldo Giuntini, ao bispo emérito, Dom Frei Daniel Tomasella, e a todo o clero, um veículo de comunicação que trouxesse textos formativos e informativos sobre a Diocese de Marília e suas paróquias. Desde quando Dom Daniel administrava a Diocese, existia o Boletim No Meio de Nós, que trazia, basicamente, as atas de todos os encontros e reuniões realizadas, e que, tempos depois, foi extinto. A nova publicação traria o mesmo nome e o desejo de chegar a mais pessoas, em mais comunidades. Naquela época, surgia também a Pastoral da Comunicação (Pascom) e o Cônego João Carlos chegou a participar de alguns encontros estaduais e retornava entusiasmado à Diocese. “Estávamos fazendo o que outras dioceses do Estado também faziam. A Pascom ganhava cada vez mais impulso”, lembrou. O sacerdote também falou das dificuldades no início da caminhada. “Naquela época, não tínhamos tanta facilidade de comunicação como hoje, pela internet. Era difícil as notícias das paróquias chegarem até nós. Mas aos poucos, o Informativo foi envolvendo mais e mais pessoas e o que acontecia na Diocese começou a ser partilhado. Foi um momento muito feliz, pois fomos vendo as pessoas se envolverem e contribuírem com nosso jornal. Muitos padres vestiram a camisa e foi um trabalho de equipe. A comunicação da Diocese começou com as circulares de Dom Daniel, continuou com o Boletim e se efetivou com

Foto: Arquivo

Dom Daniel foi um dos grandes incentivadores do jornal

o Informativo Diocesano”, considerou o Cônego João Carlos. Dom Osvaldo sempre teve um carinho especial pelo NO MEIO DE NÓS e escrevia mensalmente a coluna “Editorial”, na página 2. “Era extremamente zeloso e sempre pedia às paróquias e aos grupos para enviarem informações”, lembrou o Cônego João Carlos. Dom Daniel, mesmo emérito, desempenhava a função de ecônomo da Cúria e se tornou um dos grandes colaboradores e incentivadores. Além de escrever a coluna “Formação Bíblica”, ao lado do texto de Dom Osvaldo, o bispo emérito era o revisor do jornal. “Ele também era um grande comunicador, tinha visão de futuro e assumiu esse trabalho com responsabilidade, rigor e muita dedicação, tendo adquirido, inclusive, o então famoso Manual de Redação e Estilo, do jornal O Estado de São Paulo, para auxiliar seu trabalho de revisão”, lembrou a jornalista Márcia Welter, que redige o NO MEIO DE NÓS desde a edição número 18 e posteriormente assumiu a edição do Informativo com sua empresa, MW Editora. Além de apoiar o veículo de comunicação, Dom Daniel incentivava as paróquias a fazerem assinaturas. “Ele considerava, inclusive, que o jornal deveria ser vendido nas comunidades paro-

quiais, pois, segundo o bispo, tudo que era pago era mais valorizado”, lembrou a jornalista. O bispo emérito esteve junto desse trabalho até falecer, em 2003, vítima de um enfisema pulmonar. “Ele foi incansável e só parou mesmo de escrever e revisar o jornal quando já não tinha energias, pela dificuldade de respirar”, contou Márcia. Com seu falecimento de seu maior incentivador, a revisão o NO MEIO DE NÓS passou a ser feita pelo Cônego Antônio Flumignan, então vigário geral da Diocese de Marília. Posteriormente, assumiu esse trabalho o Pe. José Carlos Vicentin, que sucedeu o Cônego João Carlos na coordenação diocesana. A partir de então, a revisão do jornal passou a ser feita pelo coordenador, que depois foi o Pe. Carlos Roberto dos Santos. Com a vinda de Dom Luiz Antonio Cipolini, quem assumiu a coordenação diocesana de pastoral foi o Pe. Ademilson Luiz Ferreira e, em seu governo, começou uma grande reestruturação no Setor de Comunicação da Diocese, com a criação da Rede de Comunicação NO MEIO DE NÓS, que englobou tanto o impresso, quanto o site e as redes sociais da Diocese de Marília. O Esse trabalho tem à frente o Diácono Tiago Barbosa, que também é jornalista, e conta com a colaboração de toda a equipe da Pascom. Além de mudar todo o layout, o novo Informativo foi dividido em editorias, com artigos formativos e textos de informação. O trabalho conta, ainda, com o auxílio de diversos agentes de comunicação de inúmeras paróquias, que enviam fotos e também relatam fatos ocorridos em suas comunidades. “São fiéis entusiasmados e capacitados, sendo que a grande maioria busca formação na Escola de Comunicação Paulo Apóstolo, fundada em 2017 pela equipe de Comunicação da Diocese de Marília”, informou Márcia. “A fim de construirmos o futuro, valorizamos o passado e buscamos, a cada edição, atualizar nosso periódico a partir de um jornalismo de qualidade e no fiel compromisso com a evangelização no Centro Oeste Paulista”, finalizou o Diácono Tiago Barbosa. Atualmente, o Informativo NO MEIO DE NÓS tem tiragem de 13 mil exemplares, sendo distribuído em 35 cidades, para um total de 55 paróquias.


NO MEIO DE NÓS

Falecimento de Dom Daniel completa 15 anos

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á 15 anos, em 20 de setembro de 2003, falecia o segundo bispo diocesano de Marília, Dom Frei Daniel Tomasella, OFMCap, que está sepultado na cripta da Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, em Marília. Até o final da vida, mesmo após pedir renúncia, em 1992, ele trabalhou incansavelmente e por muitos anos, ia de seu apartamento, ao lado do Santuário Nossa Senhora da Glória, a pé, com seu hábito capuchinho, na cor marrom, até a Cúria, onde cuidava das finanças da Diocese. Depois de algumas semanas de agonia, pela dificuldade de respiração, foi levado junto ao Pai, vítima de enfisema pulmonar. Sua missa exequial reuniu uma grande multidão de fiéis, muitos admiradores desse homem humilde, culto, exímio estudioso da Sagrada Escritura, e extremamente correto e justo. Estiveram presentes à cerimônia de despedida dez bispos, vindos de outras dioceses do Estado, e cerca de 80 sacerdotes, dentre eles seu irmão, Frei Ivo Tomasella. Dom Daniel nasceu em Conchas (SP), no dia 18 de julho de 1923 e, desde os seis anos de idade, dizia que queria ser frade capuchinho, como um primo seu, do qual ouvia falar, mas não conhecia. Aos 11 anos de idade, ingressou no seminário e foi ordenado sacerdote em 22 de junho de 1947. Após a ordenação, foi para Roma, na Itália, a fim de aprofundar seus estudos na Pontifícia Universidade Gregoriana. Ao todo, ficou no exterior por 10 anos, estudando também em outros institutos, e obteve o título de mestre e também se especializou em Sagrada Escritura, no Pontifício Instituto Bíblico. Retornando ao Brasil, foi professor de hebraico, grego bíblico e missiologia, tendo, também, lecionado Sagrada Escritura. Em São Paulo, capital, fez parte, por 10 anos, da Liga de Estudos Bíblicos (LEB), e foi eleito ministro provincial da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, participando ativamente da atualização de sua congregação ao espírito da Igreja pós-conciliar. Dom Daniel também foi um dos revisores exegéticos (de análise e interpretação) da Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, de 1967. Um exemplar dessa Bíblia, com seu nome impresso, encontra-se no Seminário Propedêutico São Pio X, em Marília. Em 6 de setembro de 1969, já provincial da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, ele foi chamado ao episcopado pelo Papa Paulo VI, e sua ordenação ocorreu em 8 de dezembro daquele ano. Como lema, Dom Daniel escolheu “Sicut qui ministrat” (“Como aquele que serve”). Como bispo de Marília, primeiramente auxiliar de Dom Hugo Bressane de Araújo, e depois, em 1975, como diocesano, Dom Daniel dinamizou a pastoral diocesana e teve especial dedicação com a atualização teológica e a formação permanente do clero e também do laicato. O segundo bispo de Marília ficou conhecido pela riqueza de suas homilias e textos. Tinha grande responsabilidade em transmitir a Palavra e sempre preparava, por escrito, suas homilias. Na Cúria, existem muitos textos de Dom Daniel e, após sua morte, foi até encontrado um dicionário bíblico próprio, com significado de palavras da Bíblia e referências. Há, ainda, muitas anotações sobre a Sagrada Escritura em latim, italiano e até em francês. Todo material foi identificado, classificado e arquivado na Cúria.

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Homilia na abertura da Semana Bíblica*

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DOM DANIEL TOMASELLA

oão, o vidente, conta no capítulo 5 do Apocalipse: “Vi também na mão direita daquele que estava sentado no trono um livro escrito dos dois lados, fechado com sete selos”. Eis o que tem [parecido], muitas vezes, a Bíblia: livro fechado, porque não o abrimos para ler; fechado ainda, porque não o entendemos quando o lemos ou ouvimos. Até parece ser um livro de charadas e enigmas. Preconceitos inúmeros se amontoam contra a Bíblia: livro difícil, até perigoso; livro reservado para os teólogos e os estudiosos. A mãe de família, o trabalhador, o pai de família, contentam-se com o “Evangelho dos simples”, que é o terço; ou então, com o compêndio da doutrina bíblica, o catecismo. Inquéritos realizados revelaram o que os jovens pensam ainda hoje da Bíblia: “objeto de museu, livro antediluviano, histórias horrendas que não se sabe como julgar”. Outros, mais sensatos, dizem entretanto, com tristeza: “Salvo algumas passagens esparsas cá e lá, não se compreende quase nada da Sagrada Escritura. Isso dependeria de trabalho árduo: não temos tempo de fazê-lo; depois da labuta de cada dia, desejamos repouso, paz, oração, não livros de erudição”. Não era assim que pensavam os primeiros cristãos. Nos primórdios da Igreja, os cristãos faziam da Bíblia a sua leitura cotidiana e o seu livro de cabeceira. Como se depreende dos escritos de São Jerônimo, até meninas e donzelas liam a Bíblia. Escreve o santo Doutor, o grande cultor dos estudos bíblicos, na sua 7ª carta a Leta, dando instruções de como deveria educar a sua filhinha Paula: “Aprenda primeiramente o Saltério. Sejam estes os cânticos com que se divirta a sua alma. Tire dos provérbios de Salomão os preceitos de bem viver. Acostume-se a desprezar o mundo pela lição do Eclesiastes. Sirva-lhe o livro de Jó de exemplo de virtudes e de paciência. Depois passe a ler os Evangelhos, os quais nunca lhe devem sair das mãos, e beba com toda a apetência de seu espírito os Atos e as Cartas dos Apóstolos”. Trechos como este são frequentes nas cartas de São Jerônimo, o qual diz ainda que, à noite, a cabeça cansada pelo sono deve cair sobre os livros santos abertos. Ora, vamos reconhecer que essa mesma Bíblia, jazia empoeirada. E foi só no fim do século passado [século XIX] que se iniciou uma forte reação, que se prolongou neste

século com o chamado movimento bíblico. Temos três marcos impressionantes dessa reviravolta: as Encíclicas de Leão XIII (“Providentissimus Deus”), Bento XV (“Spiritus Paraclitus”) e Pio XII (“Divino Afflante Spiritu”). Finalmente, no Concílio Vaticano II temos a Constituição Dogmática Dei Verbum sobre a Revelação divina. Limitando-nos ao Concílio Vaticano II, não há dúvida de que uma de suas grandes novidades foi a de ter dado maior ênfase à Palavra de Deus, “eficaz e construtora da Igreja” e da vida espiritual de cada cristão. O que mais impressionou foi, desde logo, a comparação entre a Palavra de Deus e a Eucaristia. Logo no primeiro documento do Concílio (“Sacrosanctum Concilium” sobre a Liturgia), fomos surpreendidos com a menção da dupla mesa do Senhor: a mesa da Palavra e a mesa do Corpo e Sangue de Cristo: “A Igreja zela para que os fiéis participem consciente, ativa e piedosamente da ação sagrada, sejam instruídos pela Palavra de Deus, saciados pela mesa do Corpo e Sangue do Senhor e deem graças a Deus” e manda preparar “mais ricamente a mesa da Palavra de Deus para os fiéis”. [...] O Concílio insistiu na veneração devida às Escrituras, comparando-a com a veneração que tributamos ao Corpo e Sangue de Jesus na Eucaristia: “A Igreja sempre venerou as divinas Escrituras da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor, já que, sem cessar, toma tanto a Palavra de Deus, quanto do Corpo de Cristo, o pão da vida, e o distribui aos fiéis” (DV 21). [...] Veneração... É por isso que, imitando os Concílios da Igreja, e ainda recentemente o Concílio Vaticano II, foi hoje, antes da Missa, entronizada a Bíblia. A Igreja a incensa, a venera, porque ela contém a Palavra de Deus. E desta acrescida veneração espera provenha um novo implso da vida espiritual. Tudo isto é resumido num texto do Decreto Ad Gentes: “Corpo do Verbo Encarnado, a Igreja continuamente se alimenta e vive da Palavra de Deus e do Pão Eucarístico” (AG 6). Sem esse duplo alimento, não pode construir-se a Igreja de Cristo. [....] É para apreciarmos melhor a Palavra de Deus e para dispormo-nos melhor a ler a Bíblia, que estamos iniciando hoje esta Semana Bíblica. Queira Deus possamos de fato tirar proveito desta iniciativa para progredir em nossa vida cristã. * Não consta data e local


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Coleta para o Óbolo de São Pedro arrecada cerca de R$ 80 mil

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o início de julho, foi realizado, em todo o Brasil, a Coleta para o Óbolo de São Pedro, uma motivação do Papa para auxiliar as necessidades da Igreja Universal. A coleta é realizada em todo o mundo no dia 29 de junho, solenidade de São Pedro e São Paulo, também

chamado Dia do Papa, que é o sucessor de Pedro. No Brasil, quando a solenidade cai durante a semana, a coleta é realizada no domingo mais próximo. Neste ano, as paróquias da Diocese de Marília arrecadaram um total de R$ 79.752,47, que serão enviados ao Vaticano.

Semana Nacional da Família movimenta paróquias e seus fiéis Com o tema “O Evangelho da Família, alegria para o mundo”, diversas paróquias da Diocese de Marília celebraram, de 12 a 18 de agosto, a Semana Nacional da Família. A iniciativa é proposta e motivada, todos os anos, pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF). Nas paróquias da Diocese de Marília, as atividades foram diversas e cada uma realizou eventos de acordo com sua realidade. Em Marília, por exemplo, a Paróquia Santa Rita de Cássia promoveu, no dia 11, uma passeata com a participação de cerca de 100 pessoas, que passaram pelas ruas do bairro Nova Marília, convidando as pessoas a participarem das atividades durante a Semana, que teve diversas palestras para casais e famílias, inclusive com atendimento às crianças. Na Região II, diversas atividades foram realizadas na Paróquia Sagrada Família, de Lucélia. Os temas do

subsídio “A Hora da Família” foram apresentados por sacerdotes que já passaram pela paróquia. Estiveram na cidade, a convite do pároco, Pe. Adriano dos Santos Andrade, os padres Estêvão Maria da Divina Misericórdia, Wagner Antônio Montoz, Edson de Oliveira Lima, Nelson Bernardino Lopes e José Orandi da Silva. Segundo a Pastoral Familiar, a igreja esteve sempre repleta de fiéis, que contribuíram com a arrecadação de produtos de limpeza e alimentos não perecíveis, que foram distribuídos ao Lar São Vicente de Paulo, à Creche Ana Maria Javouhey e à Santa Casa de Misericórdia. A Semana foi encerrada com um casamento comunitário de três casais. Na Região III, o Pe. Wilson Luís Ramos movimentou o Santuário Nossa Senhora de Fátima, de Dracena. Lá, os fiéis participaram de missas, novena, palestras e também recitaram o Terço da família. Na abertura da Semana, o Terço dos Homens prestou uma homenagem a todos os pais e os convidou a participar do movimento. Foto: Paróquia Sagrada Família | Lucélia

Na Semana da Família, a paróquia de Lucélia realizou um casamento comunitário

CIDADE | PARÓQUIA Adamantina | Santo Antônio de Pádua Adamantina | Quase-Paróquia São Francisco de Assis Adamantina | Nossa Senhora de Fátima Álvaro de Carvalho | Santa Cecília Arco-Íris | Senhor Bom Jesus Avencas | Nossa Senhora Auxiliadora Bastos | São Francisco Xavier Dracena | Nossa Senhora de Fátima Dracena | Nossa Senhora Aparecida Dracena | São Francisco de Assis Flora Rica | São José Flórida Paulista | Nossa Senhora Aparecida Garça | São Pedro Apóstolo Garça | Nossa Senhora de Lourdes Herculândia | Sant’Ana Iacri | São Luiz Gonzaga Inúbia Paulista | Imaculado Coração de Maria Irapuru | Santa Genoveva Junqueirópolis | Santo Antônio Lucélia | Sagrada Família Mariápolis | Imaculada Conceição Marília | São Judas Tadeu Marília | Maria Mãe da Igreja Marília | São Bento Marília | Nossa Senhora da Glória Marília | Santo Antônio Marília | Nossa Senhora de Fátima Marília | Santa Isabel Marília | São Sebastião Marília | São Miguel Arcanjo Marília | Sagrada Família Marília | Santa Rita de Cássia Marília | Nossa Senhora de Guadalupe Marília | Santa Antonieta Marília | Quase-Paróquia Santa Edwiges Marília | Sagrado Coração de Jesus Marília | Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Marília | São João Batista Marília | Nossa Senhora de Fátima (Jóquei) Monte Castelo | Santa Cecília Nova Guataporanga | Nossa Senhora Aparecida Oriente | Nossa Senhora Aparecida Osvaldo Cruz | São José Ouro Verde | Nossa Senhora Aparecida Pacaembu | Nossa Senhora das Graças Panorama | São José Parapuã | Imaculada Conceição Paulicéia | São Pedro Apóstolo Paulópolis | Nossa Senhora Aparecida Pompéia | Nossa Senhora do Rosário Pracinha | Santa Luzia Queiroz | Nossa Senhora Aparecida Quintana | Nossa Senhora Aparecida Rinópolis | Nossa Senhora Aparecida São João do Pau D'Alho | São João Batista Sagres | São Benedito Salmourão | São João Batista Santa Mercedes | Nossa Senhora das Mercês Tupã | São Pedro Apóstolo Tupã | São Judas Tadeu Tupã | Nossa Senhora Auxiliadora Tupã | São José Operário Tupi Paulista | Nossa Senhora da Glória Vera Cruz | Sagrado Coração de Jesus

TOTAL

VALOR 3.717,10 363,70 2.950,25 182,30 110,55 46,00 1.977,80 642,00 2.500,00 1.980,15 182,75 1.183,05 688,20 712,55 807,10 1.900,80 300,00 1.120,60 2.223,30 2.135,85 459,35 890,00 567,00 3.988,60 1.449,00 2.510,00 2.062,90 2.851,25 377,00 1.545,65 1.781,05 2.082,45 1.275,75 819,85 1.307,30 1.307,74 1.658,10 939,00 871,00 526,00 51,00 1.245,85 2.129,75 1.025,35 658,75 858,60 1.980,00 796,40 107,40 1.771,30 369,70 310,00 922,85 637,00 50,00 155,05 313,95 260,00 1.437,75 1.217,55 2.755,60 1.405,00 2.240,58 2.060,00

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Atualização aborda o Ano do Laicato em Osvaldo Cruz Aproximadamente 300 fiéis estiveram reunidos na Paróquia São José, em Osvaldo Cruz, onde refletiram o Ano Nacional do Laicato, com a assessoria do Pe. André Luiz Martins dos Santos. Durante o dia, também foi divulgado o brasão mais votado no site diocesano.

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or ocasião do ano dedicado aos leigos, o Curso de Atualização dos Leigos e Consagrados de 2018 refletiu a Teologia do Laicato, no dia 26 de agosto. Cerca de 300 fiéis estiveram reunidos em Osvaldo Cruz, na Paróquia São José. O evento teve início pela manhã e, após a acolhida com o café, foi celebrada

uma missa, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Para falar sobre o tema central, esteve em Osvaldo Cruz o administrador da Quase-Paróquia Santa Edwiges, de Marília, Pe. André Luiz Martins dos Santos. O sacerdote abordou a “Teologia do Laicato” e, para falar sobre o assunto, partiu do Novo Fotos: Carla Dias | Diocese de Marília

Ao final da missa, Dom Luiz revela brasão da Diocese, escolhido pelo povo

Pe. André, de Marília, conduziu as reflexões sobre a Teologia do Laicato

Evento em Osvaldo Cruz contou com a participação de 300 pessoas

Testamento, até os dias atuais, com o Documento 105 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”. O Pe. André também abordou documentos conciliares e o livro “Leigos em quê?”, de autoria do Pe. Antônio José de Almeida. Para o Pe. André, a participação notória das paróquias da Diocese demonstra o esforço em tornar o Ano do Laicato uma oportunidade de reflexão, de mudança de paradigmas e também de conversão. “Os leigos presentes estavam interessados no assunto. Suas expressões, bem como os comentários nos momentos de intervalo, revelaram isso”, disse. Segundo o sacerdote, era uma necessidade saber da história do leigo na vida da Igreja, mesmo que de uma maneira muito breve. “Todos somos chamados, pela graça do Batismo, a trabalhar no Reino de Deus, o que nos torna um Povo Sacerdotal”, explicou o Pe. André. Uma das leigas presentes à atualização foi Lídia Strabelli Marin, de Flórida Paulista. Ela considerou que o encontro deste ano superou as expectativas. “Nós, leigos, precisávamos ouvir tudo o que o Pe. André nos falou. Estar em Osvaldo Cruz foi uma experiência muito rica”, garantiu ela, que tem participado de todas as atualizações. BRASÃO DA DIOCESE Além da reflexão central, outro destaque da Atualização deste ano foi o anúncio do resultado da votação feita no site diocesano, que culminou com a escolha do brasão da Diocese de Marília. Do dia 31 de julho ao dia 23 de agosto, o site recebeu 3.213 votos. O anúncio foi feito por Dom Luiz, ao fim da missa, e o modelo escolhido foi o de número 1, com 2.006 votos, ou seja 62,4% dos votos. O modelo 2 recebeu 1.207 votos (37,6%).

Atualização do Clero conta com assessoria de leigo do Rio de Janeiro O clero da Diocese de Marília esteve reunido em Adamantina do da 21 ao dia 23 de agosto, quando foi realizada mais uma Atualização. Cerca de 80 pessoas estiveram reunidas na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, onde refletiram o tema “Teologia do Laicato e Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB)”. Quem aceitou o convite para palestrar foi o professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Dr. Cesar Augusto Kuzma. O assessor comentou que, para entender a urgência desse tema é necessário observar as palavras do Papa Francisco, que estão na exortação apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho). “Ele nos convoca a ser uma Igreja em saída, chama a atenção para a passividade dos leigos e também aponta aquilo que não favorece o crescimento de nossas vocações. Fala não apenas da vocação laical, mas também a relação dela com as demais vocações”, comentou. Kuzma também mencionou questões eclesiológicas para proporcionar o entendimento da identidade da vocação laical e aquilo que colabora com sua missão. “Na Lumem Gentium (‘Luz dos Povos’, texto do Concílio Vaticano II), a grande novidade é a eclesiologia do Povo de Deus, que reforça muito a teologia batismal, o sensus fidei (a fé comum a cada cristão). O laicato não é uma vocação desarticulada das demais vocações. Todos somos chamados a uma única missão: pelo Reino”, explicou. A atualização, que também tratou de elementos do Documento 105, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”, foi em tom de diálogo entre o leigo e o clero. Em entrevista ao Diácono Tiago Barbosa, assessor diocesano da Pastoral da Comunicação (Pascom), Kuzma falou do equívoco que é pensar que a vocação ordenada tem um grau de importância maior. “Trata-se de uma má compreensão e é mais uma questão cultural do que doutrinária. Por isso, é importante o resgate dessa Teologia do Povo de Deus”, afirmou o leigo. Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Cesar Augusto Kuzma assessorou a atualização deste ano


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Diocese realizará 1º Encontro Missionário em Tupã

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Diocese de Marília promoverá, no dia 16 de setembro, um evento inédito: o 1º Encontro Missionário Diocesano. O tema refletido será “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída” e o evento ocorrerá em Tupã, na Rua Cherentes, 1610, que fica na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, pertencente à Paróquia São Pedro Apóstolo. O encontro será conduzido pelo Pe. Willians Roque de Brito, que é assessor diocesano do Conselho Missionário Diocesano (Comidi). Segundo o sacerdote, desde fevereiro de 2017 vem sendo realizado um trabalho de reestruturação da urgência missionária. Uma das ações do programa 1 do Plano Diocesano de Pastoral 2017-2020 (PDP) propõe a forma-

ção do Comidi. Durante o encontro, será apresentada a linha de ação tomada pelo 4º Congresso Missionário Nacional, promovido, em setembro do ano passado, pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), na capital do Pernambuco, Recife. Além disso, o objetivo deste primeiro encontro foi orientar, estimular e preparar os participantes para a formação de grupos com a dinâmica da Infância e Adolescência Missionária (IAM). A finalidade, segundo o Pe. Willians, é despertar, na Diocese de Marília, uma consciência missionária desde as bases da formação cristã. “Visamos rearticular a IAM para despertar o desejo da participação de todos fiéis na vocação missionária da Igreja”, disse.

Associação de São José tem encontro anual em Tupã No dia 26 de agosto, integrantes da Associação de São José se reuniram em Tupã para um encontro na Capela São João Batista, da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. O evento, realizado anualmente, contou com a participação de 220 pessoas e teve o objetivo de reunir os vários grupos da Associação para refletir sobre a missão específica desse movimento. O bispo Dom Luiz Antonio Cipolini celebrou missa durante encontro. O assessor diocesano, Pe. Luciano Pontes, lembrou que o objetivo da Associação de São José, que é vinculada à Pastoral Vocacional, é rezar pelas vocações sacerdotais e também arrecadar fundos para a manutenção dos seminários. “O encontro serviu também para fortalecer o vínculo espiritual e de amizade entre os associados”, comentou o sacerdote. A Associação de São José começou em 1945, quando ainda pertencia à Diocese de Cafelândia. Ela é um dos mais antigos movimentos nesse território. Atualmente, existem cerca de 500 associados e o trabalho existe em 16 paróquias. O Pe. Luciano lembrou que muitos associados são pessoas idosas e doentes e, por esse motivo, não participaram do encontro. “Eles oferecem a Deus seus sacrifícios. Por isso mesmo, a oração que fazem tem ainda mais valor”, afirmou. O sacerdote comentou que em algumas paróquias tem havido uma renovação da Associação de São José, mas que em outras os grupos mantêm as atividades com dificuldade. “Mas o fato é que os associados dão um testemunho muito bonito aos mais jovens”. Foto: Associação de São José

Associados tiveram encontro anual na cidade de Tupã, com bispo

O Comidi pede que cada paróquia envie ao encontro dois participantes. “Elas podem ser escolhidas com os seguintes critérios: algum representante de grupo/congregação missionário da paróquia, caso exista, catequista, responsável pelos setores, integrante do Conselho Paroquial de Pastoral”, explicou. Não será cobrada taxa de participação, mas os organizadores pedem que cada participante leve um lanche, sendo que haverá partilha de alimentos. O 1º Encontro Missionário Diocesano ocorrerá das 8h, com a acolhida, até as 14h30, com a missa de encerramento e o envio dos missionários. “O encontro pretende colocar em prática o que era proposto pela coordenação diocesana, desde quando se estava

pensando o Plano Diocesano de Pastoral. Faz parte de um projeto de rearticulação do Comidi e visa, também, ser um espaço de partilha sobre as experiências missionárias realizadas nas paróquias. Por isso, é importante a participação de todos”, comentou o assessor diocesano. MÊS MISSIONÁRIO Outubro é o mês das missões e este primeiro encontro também será oportunidade de se lançar o tema proposto pelas POM. “Neste ano, o tema do Mês Missionário é ‘Enviados para testemunhar o Evangelho da paz’, que continuará a reflexão da Campanha da Fraternidade deste ano, que teve como tema ‘Fraternidade e superação da violência’”, lembrou o Pe. Willians.

FIQUE DE OLHO NOVO PÁROCO Fiéis da Paróquia Santo Antônio, de Marília, acolheram seu novo pároco, Pe. Luciano Romero da Silva, vindo de Rio Claro (SP). A missa de boas vindas, no dia 5 de agosto, foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e reuniu cerca de 800 pessoas. Além do novo sacerdote, a paróquia também conta com a atuação do Pe. José Roberto Souza Silva.

o ministério e o serviço que os acólitos e coroinhas prestam nas paróquias. Segundo o Pe. Luciano, costumam ser apresentados modelos, a fim de motivá-los no serviço e para que sejam cristãos comprometidos com a Igreja. Foram apresentadas a história de um jovem médico do Rio de Janeiro — que tinha ingressado no seminário e morreu surfando —, e de um jovem italiano, que evangelizava pelos meios de comunicação e teve leucemia. Ambos já tiveram os processos de beatificação abertos. A data do COROINHAS No dia 2 de setembro, fo- encontro na Região III ainda será ram realizados os Encontros definida. Vocacionais de Acólitos e Coroinhas das Regiões Pastoral I e CRIANÇA II. Na Região I, o evento ocorNo dia 4 de setembro, a Pasreu na Paróquia Nossa Senho- toral da Criança promoveu, em ra Aparecida, de Oriente, e foi Marília, o Encontro de Padres e conduzido pelos seminaristas Assessores, que ocorreu na Casa e pelo coordenador do Servi- Marianista. O encontro foi realiço de Animação Vocacional da zado durante toda a terça-feira e Pastoral Vocacional (SAV-PV), teve a presença da coordenadora Pe. Luciano Pontes. Na Região estadual da Pastoral da Criança, II, o evento ocorreu em Ada- Eunice Gomes, e de toda a equimantina, na Capela Nossa Se- pe estadual. Também esteve prenhora Aparecida, e a reflexão sente a coordenadora de Núcleo foi conduzida pelo seminarista Botucatu, Marileuza Soares, e os Bruno Franco de Lima. Duran- padres assessores da Pastoral da te os encontros, foi destacado Criança e coordenadores de cada

uma das oito dioceses que fazem parte da Província de Botucatu. Os participantes buscaram traçar metas para a Sub-Região. APOSTOLADO A Romaria Interdiocesana do Apostolado da Oração deste ano ocorrerá em 16 de setembro. O Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, receberá milhares de romeiros da Diocese de Marília e também de outras cidades e Estados. As caravanas chegarão a partir das 8h e às 9h haverá a caminhada dos fiéis. A Santa Missa será presidida, às 10h30, pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. O encerramento será às 14h30, após a bênção do Santíssimo Sacramento. SECRETÁRIOS Em 27 de setembro será realizado o XXII Encontro Diocesano de Secretárias e Secretários. Eles se reunirão em Adamantina, na Casa Pastoral Dom Osvaldo Giuntini. A programação começará às 8h30 e o encerramento ocorrerá com um almoço.


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Atualidade Conferência Episcopal de Medellín completa 50 anos

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á cinco décadas, em 4 de agosto de 1968, ocorria a abertura da Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano. Bispos de todo o continente estiveram reunidos em Medellín, na Colômbia. O evento foi um momento histórico, pois foi a primeira vez que um Papa esteve em solo latino-americano. Quem esteve presente na abertura foi o Papa Paulo VI, que discursou ao episcopado. De acordo com o professor de História da Igreja da América Latina da Faculdade João Paulo II (Fajopa), até a Conferência de Medellín, não havia um amadurecimento de uma identidade própria no continente. “Tudo vinha da Europa. O que Medellín fez foi colocar a mensagem evangélica em sintonia com a realidade concreta do continente latino-americano”, afirmou o Pe. Maurílio Alves Rodrigues. O sacerdote disse, ainda, que a

Foto: Internet

Conferência de Medellín foi a primeira vez que um Papa pisou em solo latino-americano

conferência foi o primeiro grande esforço coletivo do episcopado para a inculturação da fé. “Foi a partir de Medellín que nasceu o engajamento social mais crítico da Igreja Católica no continente. Ela passou a assumir, junto com o povo, uma evangelização integral. A pessoa passou a ser evangelizada não somente no aspecto espiritual, mas também em todas

suas necessidades familiares e sociais. Significa que a Igreja assumiu uma postura clara de maior compromisso com as classes inferiores, o que chamamos de opção preferencial pelos pobres”, complementou ele, que leciona na Fajopa há 14 anos. A Conferência de Medellín teve duração de duas semanas e foi a concretização de três anos de trabalho

vivido pelos bispos no Concílio Vaticano II. “A presença do Papa Paulo VI, que ratificou o documento final, significou, para os bispos latino-americanos, um apoio às práticas renovadoras e também a confirmação de que na Igreja Católica existem maneiras diferentes de evangelizar, segundo as culturas locais”, comentou o professor. O primeiro evento tinha ocorrido, anos antes, no Rio de Janeiro, Brasil, e teve como único objetivo a formação do Conselho Episcopal Latino-Americano. Depois de Medellín, ainda foram realizadas as Conferência de Puebla, no México, em 1979, de Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992, e a Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizado no Brasil, em Aparecida (SP), no ano de 2007, quando o país acolheu o Papa Bento XVI.

Pastoral da Criança celebra 35 anos com missa em São Paulo Representantes da Diocese de Marília estiveram em São Paulo (SP), para o Encontro Estadual da Pastoral da Criança. O evento ocorreu no dia 26 de agosto, na Praça da Sé, com uma missa comemorativa presidida pelo cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer. O encontro celebrou os 35 anos de criação da Pastoral da Criança no Brasil e reuniu voluntários de todo o Estado de São Paulo. A Diocese enviou uma van, com 16 fiéis, representando as três Regiões Pastorais. Além da missa solene, os participantes do encontro também tiveram diversas ações durante o dia, como a Caminhada pela Ação “Zero Violência, 100% Ternura”. Houve, ainda, apresentações musicais, circuito de brincadeiras e exposição de materiais da Pastoral da Criança. ATUAÇÃO DA PASTORAL DA CRIANÇA

Foto: Pastoral da Criança | Diocese de Marília

Representantes da Diocese participam de caminhada na Praça da Sé, no centro de SP

Uma das maiores relevâncias da Pastoral da Criança é o trabalho dos Mil Dias de Vida, que começa já na gestação, com os cuidados do prénatal e uma alimentação saudável, e se encerra no segundo aniversário da criança. De acordo com uma pesquisa médica, os primeiros 1.000 dias

de vida podem afetar a saúde durante toda a vida. “Por isso, a grande necessidade de começar os cuidados com a vida desde a gestação e logo após, com a amamentação correta e durante o tempo certo, junto com as vacinações e alimentação saudável”, comentou o coordenador diocesano

da Pastoral da Criança, Moisés Soudário Inácio. Na Diocese de Marília, a Pastoral da Criança está presente em 14 municípios, onde atende 2.050 crianças de zero a seis anos de idade. Nessas cidades, existem 13.554 crianças em situação de pobreza, de acordo do o senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em todo território diocesano, existem 18.122 crianças nas mesmas condições. São 71 comunidades com atuação da Pastoral da Criança, com 285 líderes comunitários atuantes e outros 232 voluntários. Em novembro, a Pastoral da Criança completará 30 anos de presença na Diocese de Marília e uma missa será celebrada no dia 18, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Oriente. “Nessas três décadas, a Pastoral da Criança atendeu 70 mil crianças e 5.000 gestantes no território diocesano”, concluiu Moisés.


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Região I Igreja de Marília faz parceria para dialogar a prevenção de suicídios Na última reunião dos agentes, em 15 de agosto, o clero e os leigos da Região Pastoral I tiveram um momento para refletirem sobre o Setembro Amarelo, o mês de prevenção do suicídio. O encontro teve a presença de Sônia Custódio, coordenadora do Núcleo de Apoio à Comunidade, da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), e de Simone Alves Cotrim Moreira, supervisora do Programa Municipal de Saúde Mental, da cidade de Marília. O diálogo sobre o suicídio ocorreu após o Pe. Adriano Alves Pereira, pároco da Paróquia Maria Mãe da Igreja, manifestar sua preocupação com o alto índice de suicídios em Marília. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada 10 casos de suicídio podem ser evitados. Para isso, é preciso haver esclarecimento e também um diálogo franco sobre o assunto na família, na escola e também na Igreja. Segundo Simone, existem indicadores, como desmotivação, desesperança, isolamento, variações extremas de humor e declaração do desejo de morte. “É preciso ficar atento a frases como ‘a vida não vale a pena’, ‘nada mais importa’ ou ‘queria não ter nascido’”, disse. “Resolvemos juntar esforços para fazer esse Setembro Amarelo e tratar o tema do suicídio com mais profundidade, pois sabemos que existem muitas pessoas passando por esse sofrimento e sem saber onde procurar ajuda”, comentou Sônia.

Na reunião, surgiu a ideia de fazer uma capacitação dos psicólogos com os sacerdotes, para identificarem pessoas em depressão ou que já tentam tentado suicídio, a fim de que sejam encaminhados às unidades de saúde para receberem tratamento. “Suicídio está virando um problema de saúde pública. E tem serviços que precisam ser divulgados”, complementou. O encontro para tratar do assunto ficou marcado para 26 de setembro, às 20h, no anfiteatro do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Marília. Estarão reunidos agentes da Pastoral Familiar, Encontro de Casais com Cristo (ECC), Pastoral da Saúde, Pastoral da Criança e catequistas. O objetivo será passar orientações para identificar casos de depressão e também telefones para buscar ajuda, como do Centro de Valorização da Vida (CVV). Essas informações também estarão em um folder que será impresso e distribuído em todas as paróquias. O material será feito em uma parceria entre a Diocese de Marília, a Secretaria Municipal de Saúde e a Famema. A representante da prefeitura destacou a importância do comprometimento da Igreja Católica nessa campanha. “Uma organização tão séria e respeitada como a Igreja Católica tem uma imensa capacidade de mobilização. Nos sentimos apoiados; mais que isso, amparados, por esse tema estar sendo acolhido”, comentou Simone. Foto: Júlio César de Carlis | Prefeitura Municipal de Marília

A supervisora do Programa Municipal de Saúde Mental, Simone Moreira, fala na reunião

Sociedade São Vicente de Paulo inicia Ecafo para novos vicentinos No dia 19 de agosto, foi realizado o primeiro módulo de formação da Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam (Ecafo). Cerca de 190 pessoas participaram do evento, realizado na sede do Conselho Central de Marília, em Marília. Esse primeiro módulo é chamado preparatório e é para toda pessoa que deseja se tornar vicentina. Nessa formação, foi abordada a história da Sociedade São Vicente de Paulo, do seu fundador, Antônio Frederico Ozanan e da hierarquia existente. Também houve uma reflexão sobre as visitas domiciliares às famílias assistidas. O conteúdo foi ministrado pelo presidente do Conselho Central de

Marília, Pedro Codogna. O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, esteve presente no início do Ecafo, assim como também o seminarista Bruno Franco. Também participou a coordenadora de formação da América Latina, Renata Mancini, que representou o presidente geral internacional, Renato Lima de Oliveira. O Ecafo tem um total de doze módulos e uma nova etapa é realizada conforme a necessidade de formação de novos vicentinos. O Conselho Central de Marília compreende o território diocesano de Garça, na Região Pastoral I, a Tupã, na Região II. Esse primeiro módulo teve representação de todas essas cidades. Foto: Gabriela Kayano | SSVP

Bispo diocesano esteve presente neste primeiro módulo do Ecafo, em Marília

Paróquia de Oriente completará 80 anos em 15 de setembro A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Oriente, completará 80 anos de criação. Ela é a oitava mais antiga paróquia da Diocese de Marília. O aniversário de criação é 15 de setembro e para esta data foi programada uma celebração solene, presidida pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini. A missa terá início às 19h30 e também fará memória a Nossa Senhora das Dores, cuja data se celebra nesse dia. “Contamos com sua presença e orações”, convidou o administrador paroquial, Pe. Murilo Aparecido Dias.

O decreto de criação da paróquia foi assinado pelo então bispo de Cafelândia, Dom Henrique César Fernandes Mourão. O território foi desmembrado da Paróquia Santo Antônio, de Marília. Já a instalação da paróquia ocorreu em 10 de dezembro de 1938 e dezenas de padres já passaram por Oriente, dentre eles o Monsenhor Nivaldo Resstel, os padres Rafael Octávio Garcia, Rui Rodrigues da Silva, José Carlos Vicentin, Valdo Bartolomeu de Santana, Sidnei de Paula Santos e o Cônego José Carlos Dias Tóffoli.


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Região II Religiosos fazem retiro no Mosteiro da Divina Misericórdia

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Mosteiro da Divina Misericórdia, de Lucélia, sediou o segundo encontro do ano da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) - Núcleo de Marília. No dia 18 de agosto, estiveram reunidos nas dependências do Mosteiro cerca de 40 religiosos, em sua maioria de casas religiosas femininas. Neste segundo encontro, a proposta foi realizar um retiro, conduzido pelos monges da Divina Misericórdia. O evento começou pela manhã e, durante o dia, os religiosos fizeram momentos de oração da Liturgia das Horas. No período da manhã, o prior do mosteiro, Pe. Estêvão da Divina Misericórdia, ministrou uma conferência, com o tema “Sede misericordioso como Vosso Pai do

Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Religiosos tiveram momentos de espiritualidade nos ambientes do mosteiro em Lucélia

Céu é Santo”. As palavras do sacerdote foram baseadas na última exortação do Papa Francisco, “Gaudete et Exsultate”, sobre o chamado à santidade no tempo atual. Em seguida, os participantes tiveram um momento de deserto, no qual os religiosos puderam caminhar

entre as paisagens do mosteiro, refletindo sobre sua vocação e sobre esse chamado à santidade. Em seguida, houve uma partilha. “Momentos como este são indispensáveis na vida de um religioso, para revermos toda nossa trajetória. O mosteiro é belíssimo e pudemos refletir e aproveitar

nosso encontro”, contou a Irmã Cecília Bellini, do Instituto das Irmãs da Misericórdia, de Álvaro de Carvalho. O Pe. Adriano dos Santos Andrade, pároco da Paróquia Sagrada Família, de Lucélia, foi convidado para presidir a missa dos religiosos. “Diz o Papa Francisco que, quando se encontram os religiosos, sempre há alegria. Para nossa comunidade, foi uma alegria receber parte dos religiosos que trabalham na Diocese de Marília, para que juntos pudessem partilhar alegrias e dificuldades”, comentou o Diácono Irmão Gabriel, monge do mosteiro. O próximo encontro da CRB será de confraternização, no dia 24 de novembro, na chácara das Irmãs Franciscanas de Cristo Rei, em Garça.

Região III Dracenenses celebram 70 anos da Paróquia Nossa Senhora Aparecida

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paróquia mais antiga da Região Pastoral III completou 70 anos de criação no dia 8 de agosto. A missa do Jubileu de Vinho da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena, foi presidida pelo pároco Frei Airton Carlos Grigoleto, OFMCap, e contou com a participação de milhares de fiéis, reunidos no maior templo da Diocese de Marília, e um dos maiores do Estado de São Paulo, com uma área de pouco mais de 4.500 metros quadrados de construção de todo prédio (somente o templo tem 2.100 metros quadrados). Logo após a celebração, os fiéis católicos acompanharam a inauguração da galeria dos párocos, que foi colocada na secretaria paroquial. No dia 10, os dracenenses se reuniram novamente, pra uma missa solene presidida pelo bispo emérito de Carolina (MA), Dom José Soares Filho, OFM-

Foto: Cláudio José Pasqualeto | Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Fiéis mostram quadros com fotos dos párocos, que inauguraram galeria na secretaria

Cap, e com a presença do Frei Carlos Silva, provincial da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, congregação responsável pela paróquia em grande parte dessas sete décadas. Na oportunidade, outra inauguração ocorreu em Dracena. A imagem da pa-

droeira foi coroada e recebeu um novo nicho, que está em local de destaque no templo, para a veneração dos fiéis a Nossa Senhora Aparecida. O pároco, Frei Airton, falou da emoção de celebrar o jubileu de vinho: “Foi muito bonito e emocionante. Estávamos em uma grande

expectativa e ocorreu tudo perfeitamente. O povo estava emocionado e nós também, com a inauguração do nicho. Valeu a pena o trabalho e todo investimento feito. Todos estávamos muito contentes”. Criada em 1948, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida teve seu decreto de criação assinado pelo vigário capitular da então Diocese de Cafelândia (SP), Monsenhor Victor Ribeiro Mazzei. Ela deu origem a várias outras paróquias da Região III e também de paróquias de fora do território diocesano. As paróquias desmembradas da Nossa Senhora Aparecida são de Pauliceia, Ouro Verde, Panorama, Santa Mercedes, Paulópolis, Junqueirópolis, Monte Castelo, Nova Guataporanga, São João do Pau D’Alho, além da segunda paróquia da cidade, Nossa Senhora de Fátima, criada em 1968, e São Francisco de Assis, em 2011.


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Assembleia deste ano será festiva em Osvaldo Cruz

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este mês de setembro, será realizado o encontro mais importante do calendário de eventos da Diocese de Marília. No dia 23, centenas de fiéis, de todas as paróquias, estarão em Osvaldo Cruz para a Assembleia Diocesana, que neste ano chega à sua 42ª edição, refletindo, como tema central, o Ano Nacional do Laicato, proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O local escolhido foi a Paróquia São José, no centro da cidade. São convocados a participar da Assembleia todos os sacerdotes e todos os coordenadores de pastorais, movimentos e associações da Diocese de Marília. Segundo o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, neste ano, o evento terá participação livre, sendo que todas as paróquias deverão enviar representantes. “Interessante seria que os membros dos Conselhos Paroquiais de Pastoral (CPP) se fizessem presentes e também todos os interessados, de maneira geral”, disse. O evento terá início às 8h e, após um café, será iniciada a Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini.

Foto: Arquivo

Assembleia Diocesana realizada em 2016. Evento congrega anualmente toda a Diocese

Na sequência, haverá uma reflexão sobre a missão do leigo na Igreja e na sociedade, a partir do Documento 105 da CNBB, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”. Foi convidado a falar sobre o assunto o leigo Haroldo de Mayo Bernardes, do Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz. A assembleia deste ano trará testemunhos de leigos atuantes, assim como também de consagrados da Diocese. Até mesmo um relato da atuação dos leigos

na visita missionária à Igreja-Irmã de Coari (AM). “A ideia é que este seja o grande encontro diocesano do Ano Nacional do Laicato. Faremos desta assembleia uma grandiosa celebração para marcar o evento”, afirmou o Pe. Ademilson. Após todas as atividades, será feito o envio dos participantes e cada paróquia receberá uma lembrança do Ano Nacional do Laicato. O horário previsto para o encerramento é 15h.

HISTÓRIA A Assembleia Diocesana é realizada anualmente e, dependendo da ocasião, é celebrativa ou de estudo. “Quando temos algo a ser aprovado, como foi quando definimos o Plano Diocesano de Pastoral (PDP), temos uma assembleia eletiva ou de estudos. Neste ano, por ocasião do Ano Nacional do Laicato, nossa assembleia será celebrativa, assim como ocorreu em 2015, no Ano da Vida Consagrada”, comentou o Pe. Ademilson. De acordo com o sacerdote, a função da assembleia é pensar a vida da Diocese e congregar o povo de Deus em torno de uma causa comum. “O caráter da assembleia é definido pelo Conselho de Pastoral, pela Coordenação de Pastoral, junto com o bispo, dependendo da necessidade da Diocese naquele ano. Como estamos com o PDP em andamento, não temos necessidade de aprovar algo diferente. Por isso, a assembleia deste ano terá caráter celebrativo”, disse o coordenador. A primeira Assembleia Diocesana foi realizada no ano de 1975, no início do governo de Dom Frei Daniel Tomasella. O evento ocorreu na cidade de Tupã, com participação de fiéis de todas as paróquias então existentes.

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CONSELHO MISSIONÁRIO REGIONAL


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