Jornal No Meio de Nós - Edição 236 - abril de 2018

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 20 | Edição 236 | Abril de 2018

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Fiéis celebram a Semana Santa

Diocese se despede do Cônego Maurício Pilon

Foto: Érica Montilha | Diocese de Marília

O vigário paroquial do Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, faleceu no dia 9 de março, aos 95 anos de idade. O corpo do Cônego Mauricio Pilon foi velado em Vera Cruz e sepultado no Cemitério da Saudade, em Marília. A missa exequial foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e reuniu diversos sacerdotes, fiéis e autoridades civis. O sacerdote nasceu no Canadá e veio à diocese em 1960, tendo trabalhado aqui no Brasil em Monte Castelo, Oriente e Vera Cruz. Página 13

24 Horas para o Senhor teve adesão dos fiéis

Bispo lava os pés de 12 pessoas na Catedral. Gesto atende ao mandato do Senhor sobre a caridade fraterna

Durante a Semana Santa, os fiéis católicos se prepararam para a celebração da Páscoa e na terça-feira, dia 27 de março, foi celebrada a Missa dos Santos Óleos. Os sacerdotes estiveram reunidos junto do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e do bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini, em Osvaldo Cruz, na

Igreja São José. Na Sexta-feira Santa, Cristo foi crucificado e teve morte de cruz. Em algumas paróquias da Diocese de Marília, já é tradição a encenação da Paixão, Morte e Ressurreição neste dia. É o caso de Marília, onde o espetáculo é conduzido pela Paróquia Santa Rita de Cássia, e

Garça e Tupã, onde as paróquias de São Pedro Apóstolo reuniram fiéis das cidades para acompanharem os últimos momentos de Cristo na Terra. Acompanhe, nesta edição, como também foram as apresentações em Flórida Paulista e Junqueirópolis. Página 9

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

Dom João José Costa, do Sergipe, fala da Páscoa de Jesus Cristo, que venceu a sombra da morte

A Ressurreiçao de Nosso Senhor garante vida para todos, sem exclusão é tema para o Pe. Wilson Czaia, que é surdo

Bianca Yonemotu escreve sobre o protagonismo dos leigos intérpretes na Pastoral dos Surdos

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Foto: Paróquia Santa Rita de Cássia | Marília

Fiéis participaram dos momentos de adoração ao Santíssimo

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ENFOQUE

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Às vésperas do 4º Domingo da Páscoa, os fiéis católicos atenderam ao pedido do Papa e aderiram à iniciativa 24 Horas para o Senhor, que objetiva recordar a misericórdia de Deus. Durante esse período, as igrejas ficaram abertas e os fiéis puderam adorar Jesus Sacramentado. Algumas paróquias celebraram missas durante a madrugada.

Diocese ordena nove diáconos em cerimônia conjunta No dia 30 de abril, a Diocese de Marília acompanhará uma cerimônia inédita. Nove candidatos ao diaconato serão ordenados pelo bispo diocesano em uma cerimônia conjunta em Osvaldo Cruz, às 20h, na Paróquia São José.

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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

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Editorial

Ressuscitados em Cristo

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o mistério da Paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, manifesta-se o soberano poder do amor do Pai, que triunfa sobre o império da morte e glorifica o Filho, ressuscitando-o dentre os mortos. Tudo aquilo que separava o ser humano de Deus foi vencido na vitória gloriosa de Jesus. Agora, pelo

poder da ressurreição, também os homens têm parte na vida eterna pela nova comunhão com Cristo. No sepulcro vazio, é possível contemplar, de modo pleno, o amor transformador de Deus e também aquilo que acontece quando os homens permitem que este mesmo Amor reine sem reservas em seus corações, transformando-os a partir de dentro.

“Cristo ressuscitou! Aleluia, aleluia!”: este é o anúncio solene da nossa salvação. Deus não deixou seu Filho entregue à morte, assim como também não deixará sozinhos seus filhos e filhas renascidos nas águas do Batismo. O Cristo ressuscitado abre caminho para que a humanidade e toda a criação o sigam no caminho que conduz à existência glorificada.

A esperança cristã, ainda que pareça estéril diante do mal diário, revela que Deus não é indiferente ao sofrimento da humanidade. Pelo mistério pascal de Cristo, a Igreja caminha na penumbra da fé, levando esta mesma e sperança a todos os povos. Deixemo-nos renovar interiormente pela alegria da Ressurreição de Jesus. Feliz e Santa Páscoa!

Enfoque

Viva a Páscoa de Jesus Cristo! Ilustração: Alex Augusto

DOM JOÃO JOSÉ COSTA

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Páscoa cristã tem suas bases iniciais na Páscoa judaica, que significa “passagem”. Os judeus celebram a Páscoa para lembrar a saída do povo escravizado no Egito e sua volta a Israel. Simboliza a passagem da escravidão para a liberdade. Como judeu que o era, Jesus também celebrava a Páscoa. E Ele a celebrou pela última vez, em sua vida na Terra, ao lado dos seus doze apóstolos, ali em Jerusalém, onde acabaria traído por Judas, julgado sem um processo formal,

condenado, sem ter cometido crime ou pecado algum, e morto na cruz. Jesus morreu na cruz, a fim de que a Glória de Deus se manifestasse mais uma vez com a sua Ressurreição. O Filho de Deus ressuscitou para que Nele e por Ele nós também venhamos a ressuscitar. A morte não pôde aprisionar Jesus. A morte, pois, curva-se a Deus. Jesus ergue-se ao terceiro dia, como Ele havia preanunciado. Carregando a cruz até o Calvário, Jesus carrega consigo os pecados da humanidade. Assim, Ele vence o pecado e a morte. A Páscoa nos traz uma oportunidade ímpar de vivenciarmos a nossa

história nos passos de Jesus, que nos disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14,6). Jesus venceu a sombra da morte. O Tempo Pascal é de luz e não de trevas. Se, um dia, as trevas não compreenderam a Luz, agora a Luz dissipa todas as trevas. Jesus é a nossa Luz. Que o amor e a fraternidade nos façam superar a violência em todas as suas formas e manifestações. A Páscoa é paz, é mudança, é superação, é vida nova em Cristo. A Páscoa de Jesus Cristo! Dom João José Costa é arcebispo metropolitano de Aracaju (SE).

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CÚRIA DIOCESANA: Av. Nelson Spielmann, 521 - Marília/SP - CEP 17500-970 - Fone/fax: (14) 3401-2360 - E-mail: curia@diocesedemarilia.org.br | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMAÇÃO: Danilo Cordeiro Silva | REVISÃO: Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Ademilson Luiz Ferreira | CONSELHO EDITORIAL: Tiago Barbosa e Márcia Welter | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.org.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA - Fone: (14) 3223-2844 | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes | Envie notícias para o Informativo (jornalnomeiodenos@yahoo.com.br) e para o Portal (pascom.marilia@gmail.com).


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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo

Bendito o que vem em nome do Senhor!

Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que pela sua grande bondade, concede à Igreja, pastores que a edificam com a palavra e o exemplo. A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou na quarta-feira, 28 de março, a decisão do Papa Francisco em acolher o pedido de renúncia apresentado por Dom Caetano Ferrari, bispo de Bauru, no Estado de São Paulo, por motivo de idade. Com a decisão o atual bispo auxiliar de Vitória, no Espírito Santo, Dom Rubens Sevilla assume a diocese. Dom Rubens Sevilha é membro da Ordem dos Carmelitas Descalços (OCD) e natural de Tarabai (SP), Diocese de Presidente Prudente. Nasceu no dia 27 de setembro de 1959. Cursou Filosofia na Faculdade Nossa Senhor a Medianeira, dos Jesuítas, em São Paulo e

Irmão Gabriel recebe ministérios de leitor e acólito No dia 10 de março, o Irmão Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC, foi admitido às ordens sacras e recebeu os ministérios de leitor e acólito do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Ele, que tem como nome de batismo Rafael Bortolo, é um dos monges do Mosteiro da Divina Misericórdia, em Lucélia, local onde ocorreu a missa. Em 30 de abril, o religioso e mais oito seminaristas serão ordenados diáconos, em Osvaldo Cruz. Foto: Mosteiro da Divina Misericórdia

Irmão Gabriel recebe os ministérios de leitor e acólito

DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

Teologia no Colégio Teológico Internacional do Teresianum, em Roma. Foi ordenado em 19 de outubro de 1985 e exerceu as seguintes atividades: Mestre dos postulantes da Ordem dos Carmelitas Descalços, em Caratinga; Mestre de noviços, em São Roque; Provincial dos Carmelitas Descalços no Sudeste do Brasil em 1996; Assistente Espiritual da Associação Santa Teresa das Monjas Carmelitas Descalças; Conselheiro da província; Reitor da Basílica de Santa Teresinha no Rio de Janeiro e, novamente, provincial dos Carmelitas Descalços no Sudeste do Brasil. Aos 21 de dezembro de 2011 foi nomeado como bispo auxiliar da Arquidiocese de Vitória, pelo Papa Bento XVI . Seu lema episcopal é: “Pertransivit Benefaciendo” (Passou fazendo o bem).

Sua ordenação episcopal ocorreu em um domingo, 18 de março de 2012, às 9 horas da manhã na Catedral Metropolitana de Vitória, pelas mãos de Dom Luiz Mancilha Vilela, arcebispo metropolitano de Vitória. Seus coconsagrantes foram Dom Gil Antônio Moreira, arcebispo de Juiz de Fora e Dom Tarcisio Scaramussa, bispo da Diocese de Santos - SP. A celebração contou com a participação de mais de 2 mil fiéis, que foram testemunhas da apresentação de Dom Sevilha como bispo auxiliar de Vitória junto com Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias. Caríssimo Dom Rubens Sevilha, quero assegurar-lhe o nosso afeto e a nossa oração, pelo Senhor e pelo seu ministério. Que o Espírito Santo o ilumine e o ajude sempre a “passar fazendo o bem”, semeando a justiça e a paz!

AGENDA DO BISPO 01/04 – Ressureição do Senhor. Missa na Catedral São Bento, em Marília. 06/04 – Reunião do Conselho de Presbíteros | Missa na Paróquia Santa Antonieta. 07/04 – Missa no Seminário São Pio X (Propedêntico) | Crisma na Paróquia São Judas Tadeu, em Marília. 08/04 – Crisma na Paróquia São José, em Tupã. 09/04 – Pascoela do Clero. 11 a 20/04 – 56ª Assembléia Geral Ordinária da CNBB, em Aparecida. 21/04 – Reunião do Núcleo da CRB na Escola Irmão Policarpo, em Marília. 24/04 – Reunião do Conselho de Formação. 25/04 – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral. 28/04 – Renovação e Colação Mesc da Região Pastoral 1 na Paróquia Santo Antonio, em Marília. 29/04 – Renovação e Colação Mesc da Região Pastoral 2 na Paróquia Sagrada Família, em Lucélia | Renovação e Colação Mesc da Região Pastoral 3 na Paróquia Santo Antônio, em Junqueirópolis. 30/04 – Ordenação Diaconal, em Osvaldo Cruz.


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Assessoria Litúrgica Espiritualidade A Oração da Tarde Vésperas PE. ANDERSON MESSINA PERINI

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ntre as horas principais da Liturgia das Horas, sobressaem as Laudes e as Vésperas. No mês passado, escrevi a importância da Oração da Manhã, as Laudes. Neste artigo, destaco a Oração da Tarde, chamada Vésperas. Na oração vespertina, celebrada no final da tarde, ao pôr-do-sol, agradecemos a Deus pelo dom recebido ou pelo bem que dele recebemos. Nesta oração, recordamos a Redenção do Senhor, pela qual elevamos “como incenso na presença do Senhor” o nosso sacrifício vespertino, Jesus Cristo. Isso decorre, porque ao final da tarde, naquela que chamamos a Última Ceia, Jesus entregou aos apóstolos o memorial sagrado de sua Páscoa. Além disso, o sacrifício vespertino realizou no altar de sua cruz, na qual o Senhor, estendendo as mãos, entregou-se ao Pai pela salvação de todos. As Vésperas destaca a memória do sacrifício de Cristo na Cruz, mas ao mesmo tempo em que o sepultamos, aguardamos a esperança da Ressurreição. O momento do entardecer, quando a luz solar se declina, oramos e pedimos que a Luz sem ocaso desponte novamente sobre nós no amanhecer da Sua vinda gloriosa. Na Oração da Tarde sobressaem, assim, dois elementos: o caráter vespertino da oração, geralmente ao anoitecer, e o mistério fundamental do sacrifício redentor, bem como os seus frutos: a Eucaristia, o Sacerdócio, os Sacramentos e toda a realidade da Igreja. Estes aspectos influenciam outros elementos que compõem a oração. Vejamos alguns deles: o Hino costuma-se ser de forma poética que fala sobre os benefícios manifestados na Igreja e relaciona-se com o tempo litúrgico. A Salmodia consta de dois salmos ou duas partes de um salmo mais longo, que expressam agradecimento, o louvor e a oferta da Igreja. Segue-se um cântico tirado da Carta dos Apóstolos ou do Apocalipse, que louva o Cordeiro Imolado e glorioso, nosso Senhor Jesus Cristo. A Leitura Breve é sempre do Novo Testamento.

Aprofunda a relação entre a humanidade e Cristo, sumo e eterno Sacerdote e as exigências do testemunho cristão. O Cântico Evangélico das Vésperas é o Cântico de Maria (Lucas 1,46-55), em latim se chama Magnificat. A Igreja louva e dá graças a Deus pela salvação em comunhão com Maria, a Mãe do Redentor. O Cântico que Maria exultou é um hino de louvor e agradecimento a Deus pela realização de suas promessas e o dom da Redenção. As Preces vespertinas são intercessões pelas diversas necessidades da Igreja, do mundo e pela salvação. São orações com intenções universais que rezam pela Igreja, pelas autoridades civis, pelos que sofrem na pobreza, na enfermidade ou tristeza, pelas necessidades do mundo, como o dom da paz. A Igreja, revestida pelo dom sacerdotal de Cristo, seja o comum dos fiéis, seja o ministerial dos sacerdotes, pede as graças do sacrifício vespertino redentor de Cristo na cruz para que se derrame sobre todo o Corpo da Igreja, sobretudo os que sofrem, e sobre toda a humanidade. Todos os membros desta Igreja, Corpo Místico de Cristo, nas suas diversas categorias de pessoas, tais como bispos, padres, diáconos, casados ou jovens, crianças, teólogos, religiosos, governantes ou legisladores, artistas, cientistas, ou trabalhadores, enfim, todos, revestido da graça batismal e redentora do sacrifício vespertino são chamados a colaborar na construção do Reino de Deus.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

A Páscoa garantiu vida plena para todos, sem exclusão

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PE. WILSON CZAIA

este ano em que estamos vivenciando o tema da superação da violência, celebrar a Páscoa é buscar essa paz, onde todos somos irmãos em Cristo. Primeiro é importante refletir que a violência não é só ausência de guerra. Há muitos tipos de violência na vida diária que maltratam as pessoas, seja com um olhar, ou desprezo, ou preconceito ou discriminação. As pessoas com deficiência sofrem muito com a violência diária, que acontece nas escolas, dentro da própria família, ou no trabalho. Se somos todos irmãos, temos que aceitar e respeitar mais as pessoas com deficiência, pois somos todos filhos e filhas de Deus. Tenho certeza que com mais conscientização sobre quem é a pessoa com deficiência e sobre seus limites e talentos, poderemos diminuir esse preconceito e incluir melhor nossos irmãos. Essa conscientização começa na família. É dentro da família que está o centro de toda formação e preparo para integrar uma pessoa com deficiência na sociedade. Se tiver o apoio da família tudo se torna mais fácil e, mesmo que haja algum tipo de sofrimento externo, ao menos dentro de casa a pessoa se sente segura. Mas quando o preconceito ou a violência para com a pessoa com deficiência começa dentro de casa, então tudo se torna mais difícil. Por isso, considero que o papel da família é fundamental para que a pessoa com deficiência possa superar com mais coragem os preconceitos sociais. Os surdos, ao contrário, que não tiveram apoio da família, tiveram muito mais dificuldade em estabelecer relações estáveis e duradouras, seja na profissão quanto no amor. Diante disso, podemos dizer com todas as letras que a família é a primeira Igreja, onde aprendemos a rezar e a crescer na fé. E a Igreja deve tornar-se família daqueles que fizeram uma experiência positiva quanto daqueles que fizeram experiência negativa. A comu-

nidade de fé, deve acolher com amor as pessoas com deficiência, incluí-las e integrá-las nas atividades pastorais. É muito importante que haja essa tripla conversão em nossas paróquias e comunidades: 1) Conversão para acolher: Como diz o Papa na Amoris Laetitia, acolher é um gesto que vem de Cristo, do Evangelho, e nos mostra uma Igreja misericordiosa. Precisamos acolher a todos, sem julgar em primeiro lugar, mas sermos bons samaritanos que param, olham e se comprometem em cuidar. 2) Conversão para acompanhar: Não basta dizermos a uma pessoa com deficiência que venha participar. Mas, é preciso acompanhar os passos e a gradualidade de quem vem ao nosso encontro, como de quem vamos encontrar. Cada um tem uma história, e na área da deficiência, é um mundo complexo cada uma delas, de modo que não podemos julgar pela aparência ou pelo ouviu dizer. 3) Conversão para integrar: Dentro da Igreja todos devem ter espaço. A riqueza dos carismas dentro da Igreja nos ajuda a compreender a beleza de nossas comunidades com tantos talentos. Todos podem ser integrados desde que sejamos capazes de abrir espaços para isso. Quando o povo reunido para celebrar consegue trazer para sua oração e para suas preces aquelas pessoas que de algum modo tem algum tipo de deficiência já é um testemunho de inclusão. Mas, não basta rezar por eles, precisa inserí-los, sem medo, nas diversas pastorais e de acordo com a possibilidade de cada um. Assim, nesta Páscoa vamos nos converter para que a acolhida, acompanhamento e integração, sejam testemunhados nas nossas comunidades e possamos todos ressuscitar para uma sociedade sem violência e uma Igreja misericordiosa em que todos sejamos irmãos. Pe. Wilson Czaia, surdo, é pároco da Paróquia Nossa Senhora da Ternura, de Curitiba (PR).


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Teologia e Pastoral É uma forma maravilhosa de servir a Deus e a Igreja

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Foto: Comunidade Éfeta

BIANCA YONEMOTU

á quase trinta anos a curiosidade me levou a querer saber mais sobre os surdos e a Língua Brasileira de Sinais. Nessa época eu morava na cidade de São Paulo e sempre pegava ônibus com duas meninas que conversavam por sinais e se divertiam durante todo o trajeto fazendo “caras e bocas” que me faziam prender os olhos nelas. Um dia tomei coragem e fui perguntar o que era aquilo e elas até tentaram me explicar, mas não consegui entender muita coisa, pois a comunicação não se estabeleceu. Cheguei em casa pensando como fazer para me comunicar efetivamente com pessoas como elas e descobri depois de um tempo que precisava aprender a Libras - Língua Brasileira de Sinais. Mesmo em São Paulo, naquela época, os cursos de Libras eram escassos e o único que achei ficava bem distante da minha casa, mas isso não me

Intérpretes e membros da equipe de Liturgia da Comunidade Éfeta, de Marília

impediu de fazê-lo. Aprendi um pouco e apaixonei-me pela língua nova. Consegui estabelecer contato com aquelas meninas do início da nossa conversa. Elas me apresentaram mais amigos surdos e me convidaram para assistir o que eu achava que era uma missa, porém descobri que era um culto da igreja batista. Assisti mesmo assim e chorei de emoção ao ver que pelos sinais do intérprete eles estavam entendendo a Palavra de Deus! Isto mais uma vez me deixou pensativa. Por que na minha igreja não tem surdos? Por que não tem intérpretes como na de-

las? Acho que esse foi outro chamado que recebi de Deus me dizendo: “Vá fazer alguma coisa! Procure as respostas aos seus questionamentos!” Bom, o resultado é que busquei aprender mais e mais e depois de um longo tempo me tornei intérprete e professora de Libras. Em Assis, na Comunidade Éfeta de lá e depois na cidade de Marília, pude responder minhas perguntas. Já havia surdos e intérpretes na igreja católica! Éramos bem poucos quando cheguei, três, se não me engano, mas hoje somos onze!! Alguns são ex-alunos meus, outros são amigos

ou parentes de surdos que deixaram a timidez de lado e começaram a interpretar também. É uma forma maravilhosa de servir a Deus e à Igreja. É o nosso jeito de evangelizar e tornar a religião católica acessível para os surdos. Cada um se sentiu chamado de um jeito diferente, alguns já faziam parte de outras pastorais e acabaram migrando para a pastoral dos surdos, outros simplesmente chegaram, foram contagiados pelos sinais e naturalmente se tornaram parte. Hoje nossa equipe além de interpretar as missas também participa das mais variadas atividades da diocese e isso coloca a comunidade de surdos mais em evidência. Fazemos reuniões mensais para discutir maneiras de melhorar a interpretação das celebrações, elaborar formação espiritual para os intérpretes e surdos e ajustar o que mais for necessário. Bianca Pereira Rodrigues Yonemotu é interprete da Comunidade Éfeta, de Marília.

A Felicidade em Santo Agostinho e a realização humana PE. DANILO NOBRE DOS SANTOS

Investigando o conceito de Felicidade e suas implicações éticas no agir humano, identificamos a realização da pessoa mediante sua incessante busca pela felicidade. Uma vez que fora criado por Deus para ser feliz, é natural este seu anseio, que se dá no próprio Deus. O homem depende de Deus, posto que recebe d’Ele o Ser que o mantém. Assim, há uma necessidade natural no homem em relação a Deus e deste modo, a Graça Divina favorece a sua realização. A Sabedoria é o meio pelo qual o homem pode se valer como elemento primordial para se alcançar a felicidade, uma vez que o sábio é aquele que busca

viver segundo sua própria natureza, que aceita sua condição de criatura e não ambiciona ser Deus. O desenvolvimento humano e seu progresso, no caminho de realização ocorre à medida em que o homem se percebe capaz de interiorizar-se e buscar em si aquilo que tantas vezes, iludido, busca fora: sua felicidade. O homem progride e se realiza quando se volta para Deus, uma vez que a plena felicidade só acontece com a “posse de Deus” e possuir a Deus significa estar totalmente embebido de sua Graça. Quem pratica a Caridade é feliz. Ser feliz é desejar o bem, buscá-lo, mas, sobretudo, praticá-lo. A felicidade está intrinsecamente ligada ao ato de amar e conhecer. Porém, é de um amor ordenado por Deus que tratamos,

como condição da felicidade verdadeira, visto que quando ocorre o contrário, ou seja, quando o homem se prende a um amor desordenado, ele está longe de si e de Deus. É por isso que o único modelo de amor perfeito é o próprio Jesus Cristo. Enfim, a prática da Cáritas cristã é condição indispensável para a realização humana, já que a felicidade humana depende do amor de Deus, mas impreterivelmente, passa pelo amor humano. Este se desenvolve quando se é capaz de igualar a quem se encontra em condição desfavorável, como fez aquele Bom Samaritano do Evangelho (Lc 10, 25-37). Pe. Danilo Nobre dos Santos é pró-pároco da Pró-Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística, de Marília.

ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 04/04 – Pe. Luiz Henrique de Araújo – Ouro Verde; 09/04 – Côn. José Carlos Dias Tóffoli – Marília; 13/04 – Pe. José Gilmar Moreira, RSV – Marília; 14/04 – Pe. Geraldo Lelis de Andrade – Marília; 15/04 – Pe. Ivã Luis de Oliveira Baisso – São João do Pau D’Allho / Nova Guataporanga; 19/04 – Pe. Milton Afonso do Nascimento – Marília; 20/04 – Pe. Marcos Roberto Marques Ortega – Vera Cruz; 22/04 – Diác. Cecílio Davi – Garça; 23/04 – Pe. Jorge Ricardo Cintra da Silva – Mariápolis; 26/04 – Pe. Danilo Nobre dos Santos – Marília; 30/04 – Pe. Adriano Alves Pereira – Marília. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO 10/04 – Pe. Ivã Luis de Oliveira Baisso – São João do Pau D’Allho / Nova Guataporanga.


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ERA UMA VEZ... Volte-se para outra janela “Sede diligentes, sem preguiça, fervorosos de espírito, servindo ao Senhor, alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação, assíduos na oração...” (Romanos 12,11-12) Era uma vez uma menina, debruçada na janela, que trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor, causado pela morte do seu cãozinho de estimação. Com pesar, observava, atenta, o jardineiro enterrando o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também. O avô, que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a num abraço e lhe falou com serenidade: — Triste a cena, não é verdade? A netinha ficou ainda mais triste, e as lágrimas rolaram em abundância, pela suas faces pálidas. No entanto, o avô que, sinceramente, desejava confortá-la, chamou-lhe à atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu até uma janela oposta, localizada na ampla sala. Abriu as cortinas e permitiu que ela visse o imenso jardim florido à sua frente, e lhe perguntou carinhosamente: — Está vendo aquele pé de rosas amarelas, naquele canteiro? Lembra-se que você me ajudou a plantá-lo? Foi num dia de sol como o de hoje, que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos, e hoje...veja como está lindo, carregado de flores perfumadas, e botões, com promessa de novas rosas... A menina enxugou as lágrimas e deu um largo sorriso, mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores, e as borboletas que faziam festa entre uma e outra, das tantas rosas de variadas cores, que enfeitavam o jardim. O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor, falou-lhe com afeto: — Veja, minha filha, a vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que possamos alterar-lhe o quadro, voltemo-nos para outra, e certamente nos depararemos Pe. Valdo Bartolomeu Santana com uma paisagem é pároco da Paróquia diferente. Santo Antônio, de Junqueirópolis

Diocese Pastoral da Sobriedade oferece formação para agentes em Marília

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e 2 a 4 de março, cerca de 70 pessoas estiveram reunidas em Marília para o Encontro de Formação da Pastoral da Sobriedade. Realizado no Seminário São Vicente, o evento objetivou formar 35 novos agentes e também oferecer uma reciclagem àqueles que já têm atuação em suas paróquias. Estiveram presentes 18 agentes da vizinha Diocese de Assis (SP). O encontro foi iniciado na sexta-feira, com jantar e missa presidida pelo Pe. Francisco dos Anjos Andrade, que falou sobre os documentos da Igreja e sobre os Papas. “Ele nos apoia muito, assim como também o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson”, comentou a coordenadora diocesana da Pastoral da Sobriedade, Vanda Leite da Silva Ramos. No sábado, os participantes tiveram a assessoria do Marinêz Rezende e Noel Rezende, de Várzea Paulista (SP). Eles são coordenadores da pastoral no Regional Sul I, que compreende o Estado de São Paulo. Já o domingo começou dedicado à espiritualidade e esse momento foi conduzido pela Irmã Santa Mendes, assessora diocesana. Em seguida, houve uma palestra com o psicólogo Reginaldo Sérgio Santana, que falou sobre as drogas e seus efeitos. Atualmente, na Diocese de Marília, a Pastoral da Sobriedade está presente em 13 paróquias e o trabalho começou em 2010. Uma das participantes do encontro em Marília foi Aracelis Sarro dos Santos, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena. “Já tinha participado de

outras formações e esta foi uma das melhores”, disse Aracelis, que é agente desde 2012 e foi uma das fundadora da Pastoral da Sobriedade em sua paróquia. A agente contou que é co-dependente, pois seu esposo é alcoólatra. “A participação na Pastoral da Sobriedade ajuda na questão do entendimento. Compreendemos que o alcoolismo é uma doença e temos que tratar as pessoas com amor, com paciência, respeitando a situação em que se encontra”, comentou. Aracelis lembrou como ouviu falar sobre a Pastoral da Sobriedade. “Durante uma internação de meu esposo, eu assistia a TV Século XXI e ouvi falar sobre essa pastoral. Sabia que precisava ajudá-lo a não ter recaídas. Comecei, então, a pesquisar e descobri que a Pastoral da Sobriedade estava formada em Marília. Entrei em contato e participei de uma formação. Foi então que formamos a pastoral aqui em Dracena e agora ela já está presente nas três paróquias”, contou. Quem faz parte da pastoral há seis meses e esteve presente na formação em Marília foi Wallace Borges dos Santos, da Paróquia São João Batista, de Marília. Ele contou que soube da Pastoral da Sobriedade enquanto esteve internado no Vida Nova, em Tupã. “Sou dependente químico e participar dessa pastoral me ajuda a ver a vida de outra maneira. Existem 12 pessoas e eu procuro vivê-los. Estou sóbrio há nove meses”, comemorou. Wallace finalizou dizendo que, que se mais pessoas conhecerem a Pastoral da Sobriedade, mais vidas poderiam ser salvas. Foto: Pastoral da Sobriedade

Grupo da Diocese de Marília e também de Assis se reuniu no Seminário São Vicente, em Marília


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Esposas dos candidatos ao diaconato participam de encontro

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o ano de 2015, começou na Diocese de Marília uma formação inédita: a Escola Diaconal São Lourenço, que prepara os candidatos ao diaconato permanente. São homens que vivem o matrimônio e desejam servir, de forma mais efetiva, à Igreja de Cristo. O primeiro ano de curso foi o propedêutico, uma preparação para a formação em si, que terá duração total de três anos. O curso será encerrado no final de 2018. Segundo o Pe. Wagner Antonio Montoz, que coordena a escola desde o princípio, esta é uma experiência feita pela Diocese de Marília e que, segundo sua opinião, tem sido muito válida, pois a turma é formada por candidatos muito dedicados e participativos. O curso começou com pouco mais de 70 alunos. E continuam perseverantes 47 homens.

Por serem casados, a participação das esposas também tem sido considerada muito importante e a Escola Diaconal já promoveu, nos anos anteriores, retiros para os candidatos e seus cônjuges. Neste ano, no entanto, foi realizado um encontro somente das esposas. O evento ocorreu nos dias 3 e 4 de março e objetivou esclarecer dúvidas que elas tinham. As esposas se reuniram no mesmo local da Escola Diaconal, na Casa Pastoral Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina. No início, elas estudaram o Documento 96 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “Diretrizes para o Diaconato”, que fala do diaconato permanente. O encontro foi assessorado pela diretoria da Escola Diaconal. Estiveram presentes o Pe. Wagner e também os padres Evandro César Batista Ribeiro, Marcelo Antônio dos Santos, José

Ferreira Domingos e Valdo Bartolomeu de Santana. Os sacerdotes esclareceram dúvidas acerca do ministério dos seus esposos e também sobre seu papel de esposas. Elisete Mansano Melato, casada com Romildo Melato Junior, considerou o encontro só de esposas muito importante. “Em outras oportunidades em que estivemos em Adamantina, tivemos momentos rápidos. E como surgiram algumas dúvidas, achei oportuno esse encontro só nosso”, comentou ela, que faz parte da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marília. “Quando as esposas estão com seus esposos, acabam ficando mais próximas a eles. Nesse encontro, pudemos nos dedicar também mais a conhecer umas às outras e falar sobre o que achamos de nossas vidas com os candidatos ao diaconato”, contou Bernadete de Santana

Pereira, esposa de Paulo Manoel Pereira, da Paróquia São José, de Osvaldo Cruz. Ela afirmou que o papel principal da esposa é estar unida ao seu esposo em oração. “Precisamos estar abertas a Deus, para termos uma boa jornada, sempre ao seu lado de nossos esposos, aconselhando no que for preciso”, complementou Bernardete. “Nosso papel é muito sério. Nós, esposas, precisamos dar nosso sim antes do momento em que eles derem seu sim. E devemos estar sempre em oração. Somos as intercessoras de nossos maridos. Sempre buscando o lado espiritual e passando isso para eles”, comentou Elisete. As esposas tiveram uma ligação tão estreita que criaram um grupo no aplicativo Whatsapp e até já estudam se reunir, uma vez por mês, no mesmo dia do encontros do curso dos esposos, para estarem juntos a eles em oração


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Destaques 24 Horas para o Senhor é celebrada pela terceira vez A proposta foi feita pelo Papa Francisco, há três anos, quando anunciou o Ano da Misericórida. A iniciativa, no entanto, teve continuidade e neste ano ocorreu do dia 9 ao dia 10 de março. Ao todo, foram 24 horas em que os fiéis puderam ir às igrejas para terem momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento.

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m 2016, o Papa Francisco propôs aos fiéis católicos dedicarem 24 horas para adorar Jesus Sacramentado. Na ocasião, o Santo Padre lançou a Misericordie Vultus, a Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Foi assim que surgiu a iniciativa 24 Horas para o Senhor. A Diocese de Marília logo aderiu à proposta e nesta terceira edição mais fiéis participaram dos momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento. Para motivar as paróquias e também seus fiéis, a Pastoral Litúrgica da Diocese, com o apoio do Centro Diocesano de Pastoral (CDP), desenvolveu um subsídio para a Vigília Eucarística. O material, dividido em quatro partes, de quinze minutos cada, apresenta orações, meditações (incluindo a Campanha da Fraternidade), louvores, leituras bíblicas, salmos, cantos e os ritos finais com possibilidade de Bênção do Santíssimo. Neste Ano Nacional do Laicato, o evento ocorreu nos dias 9 e 10 de março e começou no início da noite da sexta-feira. As 24 Horas para o Senhor foi uma iniciativa realizada às vésperas do 4º Domingo da Quaresma, o Domingo da Alegria. Segundo o subsídio da Diocese, o objetivo é recordar a misericórdia de Deus, que é alcançada pelas práticas penitenciais do jejum e abstinência, oração e caridade, e também pelo Sacramento da Penitência. O material também fez referência à reflexão proposta para o período quaresmal deste ano, de acordo com a Campanha da Fraternidade. “A prática quaresmal deve nos levar a Paz desejada por Jesus Cristo, que consiste em reconciliação, perdão, misericórdia e graça. Este dom da paz, que supera o ódio e a violência, foi nos dado pelo mistério redentor da Páscoa. Pedimos que a luz do dom pascal possa superar a violência que emerge em nossa sociedade brasileira”, expôs o material, fazendo referênca ao tema deste ano da CF, que é “Fraternidade e Superação da Violência”. Conforme experiência vivida e a aprovada nos dois anos anteriores, a proposta da Diocese de Marília para as paróquias foi manter líderes e grupos responsáveis por cada hora. Algumas paróquias fizeram celebrações no início ou durante a madrugada. Foi o caso

das paróquias Santo Antônio, de Marília, e Nossa Senhora da Glória, de Tupi Paulista, que fizeram missas à meia-noite. E nas paróquias Sagrado Coração de Jesus e Santa Rita de Cássia, de Marília, houve missas às 3h da madrugada. As 24 Horas para o Senhor tiveram grande adesão de crianças e adolescentes da Catequese e outros movimentos que atuam com essa faixa etária. Foi o que ocorreu em Junqueirópolis, onde os catequistas motivaram seus catequizandos para irem à igreja em um horário específico. O resultado foi que muitas crianças atenderam ao pedido e levaram outras crianças junto. Das 9h às 10h da manhã do sábado, cerca de 80 crianças estiveram na igreja matriz de Santo Antônio. Eram crianças da catequese e também da Infância e Adolescência Missionária (IAM). “A avaliação foi positiva, tendo em vista que as crianças que compareceram atenderam ao chamado da Igreja para estarem mais próximas do Senhor e ter um momento exclusivamente do Seu lado, experimentando Sua graça, Seu amor e Sua misericórdia”, disse o catequista Fernando Capelan Moreira. As igrejas estiveram abertas ininterruptamente e nesse período de 24 horas, os fiéis da Diocese de Marília estiveram em sintonia com Igrejas do mundo todo, com o objetivo comum de rezar e adorar a Deus. “Tivemos uma boa participação dos fiéis. Percebi nossa comunidade orante e assídua”, avaliou o Pe. Francisco Antônio dos Anjos Andrade, vigário paroquial da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília. “É um tempo privilegiado de experiência da Misericórdia Divina e de oração diante do Santíssimo Sacramento. Em nossa paróquia, os fiéis participaram em grande número, inclusive crianças e jovens”, comentou o Pe. Jurandir Fernando Noronha, pároco da Paróquia São Judas Tadeu, de Tupã. “Iniciativas assim ajudam a incrementar a fé e a busca pela confissão como caminho de conversão e mudança de vida”, complementou o sacerdote. Segundo o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, a iniciativa proposta pelo Papa e acolhida com carinho pela Diocese de Marília tem crescido nos últimos anos e recebido boa adesão das paróquias.

Fotos: Divulgação

Em Marília, fiéis fazem adoração na Paróquia Santa Antonieta

Paróquia São Judas, de Tupã, reúne crianças para adoração

Crianças aderiram ao pedido do Santo Padre em Junqueirópolis


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Semana Santa preparou fiéis para celebração da Páscoa As atividades tiveram início no Domingo de Ramos e na terça-feira, um momento de destaque foi a celebração da Missa dos Santos Óleos, que ocorreu em Osvaldo Cruz. Outro momento rico de preparação para a Páscoa ocorre na Sexta-feira da Paixão, dia eternizado em muitas cidades pelas encenações teatrais. Milton Ura | Diocese de Marília

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Érica Montilha | Diocese de Marília

Paróquia Santo Antônio | Junqueirópolis

Missa dos Santos Óleos reuniu clero em Osvaldo Cruz

Bispo preside missa do Lava-pés na Catedral, em Marília

Teatro da Paixão, Morte e Ressurreição em Junqueirópolis

Semana Santa representa um momento forte da fé católica. Iniciada no Domingo de Ramos, ela é um período de preparação para a celebração da Páscoa do Senhor. E um dos momentos de destaque da Semana, para a Diocese de Marília, foi a celebração da Missa dos Santos Óleos, oportunidade na qual todo o clero esteve reunido aos bispos diocesano e emérito. O evento ocorreu na terça-feira, dia 27 de março, na Paróquia São José, de Osvaldo Cruz. Dom Luiz Antonio Cipolini presidiu a celebração e abençoou os óleos dos Enfermos e dos Catecumenos e consagrou o óleo do Crisma. A cerimônia contou a representação de todas as paróquias, sendo que cada uma enviou dois leigos para receberem os óleos que serão utilizados durante o ano. Ao todo, foram entregues os óleos às 62 paróquias e três pró-paróquias. Um desses leigos foi o candidato ao diaconato permanente, Pedro Ozelim, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Pacaembu. “Fui convidado pelo pároco, Pe. Wagner Antônio Montoz. E achei bom a missa ser em Osvaldo Cruz, local mais centralizado. Acredito que isso tenha favorecido a participação dos fiéis, pois havia muitas pessoas lá”, disse Ozelim, que participa da Pastoral do Batismo. Em sua homilia o bispo afirmou que o sacerdote não existe para si mesmo, mas para os leigos e leigas. “É o sacerdote quem os anima e apoia no exercício do sacerdócio comum dos batizados. Esse exercício consiste em fazer da própria vida uma oferenda espiritual, em dar testemunho do evangelho na família, na escola, na política, nos encargos assumidos na sociedade”, afirmou. Dom Luiz conclamou todos a rezarem uns pelos outros. “A oração deve ser a alma do sacerdote e também de todos os cristãos leigos. O nosso desafio é conservar a união com Deus, muitas vezes, no meio de uma vida extremamente ocupada”, comentou.

A vocação sacerdotal foi lembrada pelo bispo pois durante a celebração, os padres também fizeram a renovação das promessas feitas no dia de suas ordenações. Por esse motivo, esta é conhecida como a Missa da Unidade. Na Quinta-feira Santa, foi o dia em que os fiéis rememoraram a instituição da Eucaristia e do sacerdócio ministerial, com o conhecido gesto do lava-pés. Em Marília, Dom Luiz presidiu a missa na Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, onde lavou os pés de doze pessoas, que simbolizaram os doze apóstolos.

público também se sensibilizou em reviver a Paixão de Cristo. Em Tupã, onde o teatro é realizado pela Paróquia São Pedro Apóstolo, tudo correu conforme o planejado, exceto por uma chuva que começou nos últimos minutos de encenação. “Foi uma noite muito bonita e o espetáculo foi emocionante e bem feito. O público gostou e prestigiou o grupo. Eu fui um dos que ficou até o final, mesmo com chuva”, contou Miguel Ângelo de Brito, um dos espectadores. Fábio Andrade Dias, coordenador do Teatro da Paixão em Tupã, informou que o público foi de 2.000 pessoas e só não foi maior pois o tempo não estava firme. Outra paróquia que realizou a encenação foi a Santo Antônio, de Junqueirópolis. A inovação deste ano ficou por conta da iluminação do cenário, que foi aumentada. Segundo os organizadores, o público foi de cerca de 1.500, que estiveram reunidas na quadra coberta da igreja matriz. “Superou nossas expectativas”, afirmou o seminarista Edson Barbosa, que esteve envolvido com o espetáculo. Por fim, em Flórida Paulista, cerca de 900 fiéis estiveram reunidos em frente à igreja Nossa Senhora Aparecida, onde foi encenada a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. O espetáculo contou com a participação de 120 pessoas, atores, equipe técnica e figurantes. “Foi uma encenação abençoada. Ao final do espetáculo, no momento em que iniciaríamos a procissão, fomos agraciados com uma chuva de bênçãos. Foi mais um ano de muito trabalho em pról da evangelização”, disse Tatiana Leal de Souza, responsável pelo figurino e pelos cenários do Teatro da Paixão em Flórida Paulista. Também houve encenações em Dracena, Iacri, Monte Castelo, Oriente, Panorama, Pauliceia, Paulópolis, Pompeia e Tupi Paulista. No Sábado Santo, o bispo diocesano conduziu a Vigília Pascal na catedral, e no Domingo da Ressurreição, Dom Luiz presidiu a missa no mesmo local, com a presença de centenas de fiéis.

ENCENAÇÕES Outro momento forte da Semana Santa costuma ser a Sexta-feira Santa, dia em que os fiéis recordam os instantes antes da crucificação e morte de Jesus. Os últimos momentos de vida de Cristo são vivenciados pelos fiéis que assistem às encenações da Paixão, que ocorreram em diversas cidades da Diocese de Marília. Um espetáculo que já é tradição na região ocorre na cidade de Marília. O teatro da Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus tem à frente a Paróquia Santa Rita de Cássia. Lá, cerca de 150 pessoas, entre atores, figurantes e equipe técnica levaram emoção a uma multidão de cerca de 12 mil fiéis, que esteve reunida no Parque do Povo. Outra paróquia que realiza o teatro há alguns anos é a de Garça, onde o público foi de 5 mil fiéis. A Paróquia São Pedro Apóstolo teve, este ano, uma equipe de 120 pessoas responsáveis pelo espetáculo. O ator que representou Jesus foi Rafael Fabretti. “Em alguns momentos da encenação eu me emocionei de verdade, em saber que Jesus Cristo resistiu bravamente a todas as tentações por nós. Foi uma experiência gratificante. Saí de lá mais próximo de Deus”, disse o jovem. A emoção não tomou somente conta das pessoas envolvidas diretamente com o espetáculo. O


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Pastoral Litúrgica mostra calendário para 2018

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erca de 150 pessoas estiveram reunidas no Centro de Convivência Monsenhor Afonso Haffner, em Tupã, para a Assembleia Diocesana da Pastoral Litúrgica. O evento ocorreu no dia 10 de março e reuniu os coordenadores das equipes paroquiais de liturgia e também dos ministros extraordinários da Sagrada Comunhão (Mesc) e dos ministérios de música. Quem conduziu o encontro foi o Pe. Anderson Messina Perini, assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, juntamente com o seminarista Tiago Barbosa. “Embora nem todas as paróquias tenham enviado representantes, quem foi gostou e participou ativamente”, disse o sacerdote. Segundo o Pe. Anderson, além de falar sobre o que é a Pastoral Litúrgica, o objetivo do encontro foi fazer uma introdução sobre o que será apresentado na formação geral de liturgia, que ocorrerá em Bastos, em 22 de junho. “Falaremos sobre espiritualidade da Eucaristia e vamos englobar a missa e todas suas partes”, informou. Na oportunidade, todas as equipes

Foto: Pascom | Paróquia São José Operário

Pe. Anderson conduziu a assembleia, que ocorreu no Centro de Convivência, em Tu pã

de liturgia, de ministros extraordinários e do ministério de música estarão reunidos em Bastos. O encontro começará pela manhã e os assessores serão alguns seminaristas da Diocese de Marília. À tarde, os participantes serão divididos em grupos, sendo uma de leituras, comentários e preces e outra só com equipes de canto. Este último grupo será assessorado pelo Frei Zilmar Augusto

Moreira de Oliveira, OFM, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Garça. O religioso faz parte da equipe nacional de música litúrgica e compôs a o canto da Campanha da Fraternidade deste ano. “Espero que possamos, ao longo da formação litúrgico-musical, compreender a função da música na liturgia. Pois, quando sabemos o que estamos fazendo, celebramos melhor”, disse o Frei Zilmar.

MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS Nos dias 28 e 29 de abril, as três Regiões Pastorais da Diocese de Marília realizarão seus Encontros Anuais de Espiritualidade e Formação de Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. O tema deste ano será “Exercício Pastoral dos Mesc’s” e a assessoria será da Pastoral Litúrgica Diocesana. No dia 28, das 15h às 20h30, o evento ocorrerá na Região I, na Igreja Santo Antônio, de Marília. No dia seguinte, o evento será realizado nas Regiões II e III. Das 8h às 13h, o evento será em Lucélia, na Igreja Sagrada Família. E na Região III, o evento será das 14h às 19h, na Igreja Santo Antônio, de Junqueirópolis. “O encontro será para todos os ministros, pois haverá mudanças este ano. O bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, estará presente e presidirá as missas. Ele também fará a colação e renovação do ministério extraordinário da Sagrada Comunhão”, informou o Pe. Anderson.

Igreja motiva fiéis a doarem sangue durante o Abril Solidário Do dia 1º ao dia 30 de abril, a Igreja Católica celebra o Abril Solidário, uma campanha que objetiva promover o aumento no número de doações de sangue e também conscientizar a população sobre a importância do gesto de doar. A iniciativa, realizada pela Pastoral da Saúde, ocorre em âmbito nacional e traz como slogan “O ato de doar sangue vai além de um simples gesto de solidariedade, é Servir!”. Segundo a Pastoral da Saúde, a doação de sangue é, ainda hoje, um problema de interesse mundial. A razão disso é que não há uma substância que possa, em sua totalidade, substituir o tecido sanguíneo. Os hemocentros de todo o Brasil têm encontrado dificuldades em manter o estoque de sangue para atender às necessidades específicas e emergenciais e isso representa um risco para a saúde e a vida da população. As estatísticas mundiais mostram que as doações de sangue não acompanham o aumento de transfusões. Segundo a coordenação da Pastoral

Foto: soues.com.br

Tecido sanguíneo é o único que não pode ser substituido por outra substância

da Saúde, a doação de sangue é um ato de cidadania e solidariedade e é necessário sensibilizar a comunidade sobre a importância do sangue e da necessidade de tornar o doador fidelizado. DOAR SANGUE Durante 30 dias de abril, os fiéis católicos podem se dirigir aos hemocentros

ou, nas cidades em que não tiver, aos centros de saúde que fazem coleta de sangue. Para participar, no entanto, existem alguns requisitos. O doador deve ter entre 16 e 69 anos de idade, pesar mais de 50 kg e estar bem de saúde. Menores de 18 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsá-

veis legais. Todos devem apresentar documento com foto, que pode ser o documento de Identidade (RG) ou Carteira de Habilitação. A proposta é que a Pastoral da Saúde presente nas paróquias motive seus fiéis sobre a Campanha Abril Solidário. Recentemente, na Diocese de Marília, quem assumiu a coordenação da Pastoral da Saúde foi Solange da Costa Maximino, da Paróquia Santo Antônio, de Adamantina. E o diretor espiritual da pastoral é o Pe. Domingos de Jesus, pároco da Paróquia Santa Cecília, de Monte Castelo. O sacerdote convocou os leitores do Informativo NO MEIO DE NÓS para participarem da campanha e doarem sangue. “Convido todos ao bom serviço de comunicação e empenho nesta campanha de doação de sangue, indo ao hospital mais perto, dispondo-se a fazer sua doação. É preciso se conscientizar que desta forma, poderão salvar vidas. Acreditando na participação de todos, continuemos a busca de Cristo Jesus a cada irmão necessitado”, afirmou.


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Festa da Misericórdia reunirá fiéis em Lucélia e Dracena A Festa da Misericórdia teve origem com a mística de Santa Faustina, que pintou o quadro de Jesus Misericordioso. Ela foi canonizada em 2000, pelo então Papa João Paulo II e, a partir de então, a Igreja Católica passou a celebrar a data, dedicada à misericórdia de Deus.

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II Domingo da Páscoa é dedicado a Jesus Misericordioso e nesta data, a Igreja celebra a Festa da Misericórdia. A festividade faz parte da mística de Santa Faustina, canonizada em 2000 por São João Paulo II. Ela tornou-se santa no II Domingo da Páscoa e no mesmo dia daquele ano, foi instituída a Festa da Divina Misericórdia. De acordo com relatos de Santa Faustina, Jesus pediu que ela pintasse seu quadro, de cujo coração brotavam dois raios da misericórdia. Ele ainda lhe pediu que este quadro fosse exposto no II Domingo da Páscoa, para que todos venerassem sua misericórdia. Sendo assim, a partir de 2000, a Igreja Católica passou a celebrar a Festa da Misericórdia em todo II Domingo da Páscoa. NA DIOCESE

Na Diocese de Marília, duas cidades têm a tradição de celebrar a Festa da Misericórdia. Em Dracena, a Sociedade Irmãos da Misericórdia (SIM) tem comemorado a data junto com fiéis de toda a região. E em Lucélia, está localizado o Mosteiro da Divina Misericórdia, que tem quatro monges, os Irmãos de Jesus Misericordiso - contemplativos. Em anos anteriores, o local, que fica no perímetro rural, reunia fiéis de diversas partes, mas em razão da má conservação da estrada, este ano os organizadores decidiram realizar a festa na Paróquia Sagrada Família, no centro de Lucélia. No dia 8 de abril, II Domingo da Misericórdia, as atividades começarão às 14h, com uma carreata levando o quadro de Jesus Misericordioso. Depois, os fiéis serão acolhidos na igreja matriz, pelo pároco, Pe. Fotos: Divulgação

Pe. Estêvão (à direita) e monges do Mosteiro da Divina Misericórdia

Evento da SIM que celebrou Festa da Misericórdia no ano de 2017

Adriano dos Santos Andrade. Às 15h, hora da misericórdia, todos recitarão o terço misericordioso. Ainda à tarde, serão ministradas palestras, conduzidas pelos monges do mosteiro. Os fiéis participarão do terço luminoso, dedicado a Maria. Esse momento terá a participação de casais do Movimento Mãe da Misericórdia. Em anos anteriores, a Festa da Divina Misericórdia reuniu cerca de 1.200 pessoas em Lucélia. “A expectativa para este ano é a mesma, considerando que o acesso será mais fácil. No ano passado, não houve festa, pois justamente nesta época, nós, monges, estivemos na Itália”, informou o Pe. Estêvão da Divina Misericórdia. O sacerdote lembrou que no dia 8, todos deverão levar seus quadros de Jesus Misericordioso, para serem abençoados. Além dos quatro monges em Lucélia, existem outros dez monges na Itália, na Diocese de Perugia. “Nosso cotidiano é de vida monástica. Rezamos sete vezes por dia e, diariamente, às 15h, fazemos a recitação do Terço da Misericórdia”, contou o Pe. Estêvão. Já em Dracena, a SIM, ligada à Renovação Carismática Católica (RCC), costuma promover um retiro para o II Domingo da Páscoa. Neste ano, o evento começará no sábado, dia 7. Fiéis da região estarão reunidos no Centro de Evangelização Maria Mãe da Misericórdia, localizado na Rua Spinard, nº 23, no Jardim Vera Cruz. Segundo Lara Denise Santos, da SIM, a expectativa é de que participem cerca de 700 pessoas. O encontro será conduzido por Armando de Jesus Gouvêa Cabral, advogado, licenciado em filosofia e cursando teologia. Atualmente, ele coordena a RCC na Diocese de Três Lagoas (MS). Outro assessor será Juninho Cassimiro, cantor, compositor e músico católico, produtor musical e, atualmente, coordenador nacional do Ministério de Música e Artes da RCC.

Fiéis são convidados à reflexão no Dia Mundial de Oração pelas Vocações Os fiéis católicos são convidados a celebrar, de 16 a 21 de abril, a Semana de Oração pelas Vocações, que culminará com o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, em 22 de abril, quarto domingo da Páscoa. Na mesma data, também é celebrado o Domingo do Bom Pastor. Para este ano de 2018, o tema escolhido para a celebração foi “Escutar, discernir e viver o chamado do Senhor” e em cada diocese do Brasil, a equipe da Pastoral Vocacional ficará responsável por animar as paróquias e seus fiéis. Na Diocese de Marília, o coordenador do Serviço de Animação Vocacional da Pastoral Vocacional (SAV/PV) é o Pe. Luciano Pontes. O sacerdote lembrou que a semana é uma forma de mobilizar as paróquias para dar ênfase maior ao Dia de Oração. A equipe diocesana está elaborando subsídios para enviar às paróquias, com propostas de celebrações, hora santa e encontros com vários grupos, sempre abordando as vocações. “A proposta também é que todas as missas da semana que antecede o Dia de Oração pelas Vocações faça referência ao evento”, disse o Pe. Luciano. O Papa Francisco enviou mensagem por ocasião do Dia Mundial de Oração pelas Vocações, no qual lembra que em outubro será realizada a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, dedicada aos jovens, particularmente à relação entre jovens, fé e vocação. “Não estamos submersos no acaso, nem à mercê duma série de eventos caóticos; pelo contrário, a nossa vida e a nossa presença no mundo são fruto duma vocação divina”, afirmou o Santo Padre. Neste ano de 2018, alguns eventos importantes da Pastoral Vocacional ainda ocorrerão. Em junho, haverá o retiro vocacional diocesano e no mês de setembro, o encontro vocacional de acólitos e coroinhas. E para outubro está programado o Encontro de Agentes da Pastoral Vocacional. Foto: Milton Ura| Diocese de Marília

Padres (reunidos na Missa dos Santos Óleos). Sacerdócio é uma das vocações para quais fiéis são convidados a rezar


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Vicentinos participam da 48ª Romaria em Aparecida

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icentinos dos Conselhos Centrais de Marília e Dracena estiveram reunidos em Aparecida (SP), onde foi realizada, de 23 a 25 de março, a 48ª Romaria Nacional da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP). Milhares de vicentinos de todo o país estiveram no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, nesta que é uma das festas regulamentares do movimento e festeja o fundador, Frederico Ozanan. Na Diocese de Marília, os vicentinos se dividem em dois Conselhos Centrais, o de Marília e de Dracena. Pedro Codogna, que é vicentino há 20 anos, é o presidente do Conselho Central de Marília. Segundo ele, atualmente são 480 vicentinos, divididos em 61 conferências, que vão de Garça a Osvaldo Cruz. O restante do território diocesano pertence ao Conselho Central de Dracena, que tem como presidente Jovino Martins, vicentino há 37 anos. Este conselho é formado por 39 conferências, com um total de 370 vicentinos. O primeiro conselho esteve representado por cerca de 150 pessoas, que foram em três ônibus. Já o Conselho de Dracena enviou dois ônibus a Aparecida, com aproximadamente 100 vicentinos. O evento também contou com a participação de vicentinos de outros países, como Bolívia e Argentina. Atualmente, a presidência mundial da SSVP é ocupada pelo brasileiro, Renato Lima, de Brasília (DF), que também esteve em Aparecida. Durante o evento, várias atividades envolveram os vicentinos, desde os mais jovens, que tiveram o workshop da juventude, até os veteranos. A romaria também foi oportunidade de os conselhos metropolitanos de todas as regiões do país apresentarem suas prestações de conta. Jovino considerou que esta foi a oportunidade que todos tiveram de reencontrar amigos. “O principal objetivo foi obter conhecimento. Depois, pudemos conhecer vicentinos de todos os cantos do país e até mesmo do exterior. Todos reunidos na casa da Mãe de Deus, para fazer memória ao nosso fundador. Para nós, é um momento de união de se integrar mais ao movimento”, comentou. O presidente estará à frente do Conselho Central de Dracena até 2021 e esta foi a terceira romaria nacional da qual o grupo participou. “O encontro foi uma grande maravilha”, concordou Pedro.

SOBRE A SOCIEDADE A Sociedade São Vicente de Paulo foi criada em 1833, na França, e é uma entidade civil de leigos, formada por homens e mulheres que se dedicam ao trabalho cristão da caridade. Ela é dividida em conferências, que são as células. Estas formam os conselhos particulares, que, por sua vez, foram os conselhos centrais. Em seguida, vêm os conselhos metropolitanos, sendo que o Conselho Central de Marília pertence ao Conselho Metropolitano de Bauru (SP), e o Conselho de Dracena faz parte do Conselho Metropolitano de Campo Grande (MS). Estes conselhos metropolitanos fazem parte do Conselho Nacional. Atualmente, o presidente da SSVP do Brasil é Cristian Reis da Luz.

Foto: Conselho Central de Dracena dos Vicentinos

Grupo do Conselho Central de Dracena, no retorno da Romaria Nacional a Aparecida

FIQUE DE OLHO ASSEMBLEIA DA CNBB Do dia 10 ao dia 20 de abril, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoverá sua 56ª Assembleia Geral. Os quase 500 bispos de todo o Brasil estarão reunidos em Aparecida (SP) para refletir sobre a formação de presbíteros. As atuais “Diretrizes para a Formação de Presbíteros” foram aprovadas na 48ª Assembleia Geral da CNBB, em 2010. Segundo os bispos, as diretrizes visavam enriquecer a formação espiritual, humana, intelectual e pastoral dos futuros sacerdotes “com novos impulsos vitais, consoantes com a índole peculiar de nosso tempo”. Antes de ser enviado aos participantes da Assembleia Geral, o texto passou por um grupo formado por bispos e peritos, que se reuniu pela última vez no início de fevereiro. O documento assumiu as inspirações da Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis (O Dom da Vocação Presbiteral), e suas quatro características que precisam ser destacadas: a formação deve ser única, integral, comunitária e missionária. LIDERANDO COM AMOR A Pastoral do Empreendedor da Diocese de Marília fará, no próximo dia 18 de abril, às 19h30, no Teatro do Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Marília, a segunda edição da palestra

“Liderando com amor - meu trabalho, minha família, minha vida”, com a presença do Pe. Joãozinho, SCJ. Na oportunidade, ele fará o lançamento diocesano do livro “Deus é jovem”, do Papa Francisco. INTÉRPRETES CATÓLICOS A Comunidade Éfeta tem um grupo de intérpretes de Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) que se reúne mensalmente, todo primeiro sábado. Nesses encontros, são discutidos assuntos relacionados à interpretação de sinais da missa para os deficientes auditivos. Atualmente, a Comunidade Éfeta de Marília tem dez intérpretes e mais um está em treinamento para auxiliar nas missas. Eles atuam por meio de uma escala. Durante as reuniões mensais, os intérpretes também discutem meios de fazer com que os surdos compreendam cada vez melhor todas as partes da missa. E para auxiliá-los nesse trabalho, o grupo teve, no dia 7 de março, a formação do Frei João Paulo Gabriel, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Marília. O religioso também é intérprete e tem integrado o grupo da Comunidade Éfeta. Os intérpretes fazem exercícios de interpretação para que todos tenham capacidade de interpretar qualquer informação ou parte da missa. Segundo Bianca Yonemotu, uma das intérpretes, o grupo é heterogêneo e alguns têm mais

experiência e outros são novos na Libras. Sendo assim, um auxilia o outro. PASTORAL DA CRIANÇA A Diocese de Marília sediará, no dia 7 de abril, uma formação para multiplicadores das dioceses da Província de Botucatu. O evento ocorrerá na Casa dos Marianistas, em Marília, e será sobre as Ações do Guia do Líder 2015: acompanhamento nutricional, brinquedista, missão e gestão, e articulador de saúde da Pastoral da Criança. A formação ficará à cargo da equipe estadual da Pastoral da Criança e é possível que o evento conte com a presença de Maristela Cizelski, que é técnica da coordenação nacional. A coordenadora estadual, Eunice Gomes, estará presente no evento e enviou uma palavra aos leitores do Informativo NO MEIO DE NÓS. ERRAMOS Na edição passada, houve um erro com relação à publicação dos percentuais da divisão da Coleta da Solidariedade, do gesto concreto da Campanha da Fraternidade. O percentual da Campanha da Evangelização repassado para o Regional Sul 1 é de 30% e para o Nacional é 35%. Sendo assim, ficarão na Diocese de Marília 35% do total arrecadado na coleta. O resultado deverá ser divulgado em abril ou no mês de maio.


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Atualidade Papa aprova canonização de Paulo VI e Dom Oscar

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o último mês de março, em Roma, o Papa Francisco autorizou a Congregação das Causas dos Santos a promulgar os decretos que reconhecem os milagres atribuídos à intercessão dos Beatos Paulo VI e Oscar Arnolfo Romero Galdámez. As datas para as canonizações, no entanto, ainda não foram divulgadas pela Santa Sé. A expectativa é de que o beato Paulo VI seja canonizado até o final deste ano e isso já havia sido anunciado pelo Santo Padre no encontro que teve com os párocos de Roma, no último mês de fevereiro. Na oportunidade, Francisco falou do Papa, afirmando que “foi corajoso em seu humilde e profético testemunho de amor a Cristo e à sua Igreja” O PAPA O Papa Paulo VI, cujo nome de batismo é Giovanni Battista Montini, nasceu em 26 de setembro de 1897, em Concesio, Bréscia, na região italiana da Lombardia. Ele foi ordenado sacerdote aos 22 anos e depois se tor-

Foto: notissistema.com

Papa Paulo VI e Dom Oscar Arnolfo Romero Galdámez serão ordenados em breve

nou doutor em filosofia, direito civil e direito canônico, servindo a diplomacia da Santa Sé e a pastoral universitária italiana. Montini também foi colaborador direto do Papa Pio XII e em 1954 foi nomeado arcebispo de Milão, na Itália. Criado cardeal quatro anos depois, pelo Papa João XXIII, ele foi eleito papa em 21 de junho de 1963. Como Santo Padre, Paulo VI escreveu sete encíclicas e

foi o primeiro Papa a fazer viagens internacionais, visitando a Terra Santa e também países como Estados Unidos, Índia, Portugal, Turquia, Filipinas e Austrália. A beatificação de Montini ocorreu em 19 de outubro de 2014. Na ocasião, o Papa Francisco afirmou: “Verdadeiramente Paulo VI soube ‘dar a Deus o que é de Deus’”, afirmando que “enquanto se perfilava uma sociedade secularizada e hostil,

ele soube, reger com clarividente sabedoria — e às vezes em solidão —, o timão da barca de Pedro, sem nunca perder a alegria e a confiança no Senhor”. O BISPO O outro futuro santo é o beato Oscar Arnolfo Romero Galdámez, Arcebispo de San Salvador e mártir. Nascido em Ciudad Barrios, em El Salvador, em 15 de agosto de 1917, ele ficou conhecido com “o bispo dos pobres”. Dom Oscar é mártir pois foi assassinado na capital salvadorenha em 24 de março de 1980. Sua beatificação foi celebrada pelo Papa Francisco em 23 de maio de 2015. “O seu ministério distinguiu-se por uma atenção especial aos mais pobres e aos marginalizados. E no momento da sua morte, enquanto celebrava o Santo Sacrifício do amor e da reconciliação, recebeu a graça de se identificar plenamente com Aquele que entregou a vida pelas suas ovelhas”, disse o Santo Padre sobre seu legado.

Diocese de Marília se despede do Cônego Maurício Pilon

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Santuário Sagrado Coração de Jesus, de Vera Cruz, perdeu seu vigário paroquial no dia 9 de março. O Cônego Maurício Pilon faleceu aos 95 anos de idade, de causas naturais. O sacerdote canadense estava em Vera Cruz desde 1998. A missa exequial reuniu centenas de fiéis da cidade e também de outras paróquias, além de autoridades civis. Em sua homilia, o bispo diocesano de Marília destacou sua humildade. “Ele se indagava: ‘será que conseguirei ser um bom padre? É uma responsabilidade muito grande...’ Os anos passaram e a resposta veio a seu tempo: 65 anos de sacerdócio! Um sacerdote discípulo missionário de Jesus Cristo e da Igreja”, afirmou Dom Luiz Antonio Cipolini. O bispo também fez memória de sua vida e

Foto: Érica Montilha | Diocese de Marília

Missa exequial do Côn. Maurício Pilon, sacerdote canadense, que faleceu aos 95 anos

sua caminhada. “Renunciou primeiro à sua terra natal, aos parentes e amigos, à sua língua materna e a tantas realidades, com o desejo ardente de possuir e levar o amor de Cristo a to-

dos”, disse Dom Luiz. O vigário foi sepultado em Marília, no Cemitério da Saudade, no dia seguinte. O cônego nasceu no dia 14 de maio de 1922, em São Pedro, no Ca-

nadá, e foi ordenado padre em 25 de abril de 1952, na Catedral da Diocese de Ottawa. Sua vinda à Diocese de Marília ocorreu em 1960, atendendo ao pedido do então bispo Dom Hugo Bressane de Araújo, que solicitava sacerdotes para a recém-criada diocese. Após estudar a língua portuguesa em Marília, assumiu a primeira paróquia em 1961, na cidade de Monte Castelo. Sua convivência com o povo fez com que se tornasse um padre cada vez mais brasileiro e do Canadá só restou o sotaque, característica que manteve até falecer. Ele chegou a voltar ao seu país, mas retornou em 1975, desta vez a pedido do bispo Dom Frei Daniel Tomasella. Além de Monte Castelo, também trabalhou em Oriente e Vera Cruz. Nesta cidade, auxiliou o pároco, Pe. Marcos Roberto Marques Ortega.


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Região I Aviva Células é realizado em Marília pela Comunidade Colo de Deus

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Comunidade Católica Colo de Deus, que tem sede em Jandaia do Sul (PR), esteve presente na Diocese de Marília nos dias 3 e 4 de março e promoveu o Aviva Células. O encontro foi realizado na Capela São Francisco de Assis, que pertence à Paróquia São Judas Tadeu, de Marília. A comunidade promoveu a formação de líderes de células de Marília, Bauru e outras cidades da região. Os participantes foram membros dos pequenos grupos e pessoas que tinham interesse em conhecer o trabalho de evangelização realizado pelas células. “E também por pessoas que simplesmente queriam ‘beber’ do Carisma da Comunidade Católica Colo de Deus”, informou Samuel Barros, um dos organizadores. O Aviva Células refletiu o tema “Posicionamento no Reino de Deus” e teve como objeti-

Foto: Thiago Almeida | Paróquia São Judas Tadeu | Marília

Grupo se reuniu para formação de líderes de células de Marília, Bauru e outras cidades

vo trazer ânimo e avivamento para os líderes de célula. “Desejamos animar os líderes para assumir, com entusiasmo e força de vontade, o protagonismo leigo dentro de nossas paróquias e comunidades’’, disse Theura Luna, uma das formadoras do Ministério de Células. A noite do sábado foi dedicada para

um momento de louvor e adoração. E no domingo, houve a formação e aprofundamento para os líderes e pré-líderes. Antes das atividades do domingo, o pároco, Pe. José Antônio de Sousa, presidiu a Santa Missa. Além do sacerdote, também esteve presente ao evento o Pe. Francisco dos Anjos Andrade, assessor

do Setor Juventude na Região Pastoral I. De acordo com Samuel, na formação, os líderes tiveram momentos de oração e partilha sobre seus desafios, suas experiências e sobre os frutos do trabalho de evangelização no modo celular. “Muitos estão voltando ao seio da Igreja por meio desta ferramenta de evangelização’’, comentou ele, que é vocacionado e líder de uma das células de Marília. Para Emily Dayane Rodrigues, o encontro foi maravilhoso. “O Aviva Célula foi de muito aprendizado e um encontro com o Espírito Santo. E o nosso objetivo é abrir mais células aqui em Marília, para evangelização. Estamos tendo muitos frutos, como pessoas de outras denominações vindo para nossa religião. Deus está agindo muito através das células yeshivá. E creio que muitos frutos virão”, comentou a participante.

Região III São José é festejado na paróquias de Panorama e Flora Rica O dia 19 de março é dedicado a São José, proclamado Patrono Universal da Igreja pelo Papa Pio XI em dezembro de 1870. Ele é padroeiro de algumas paróquias da Diocese de Marília e duas ficam na Região Pastoral III. Em Panorama, a comunidade católica preparou a celebração do padroeiro com um tríduo, realizado nos dias 16, 17 e 18 de março. Cada dia teve um tema específico. No primeiro dia do tríduo, os fiéis refletiram o tema “São José, Homem de Deus”. No dia seguinte, foi “São José, Homem Santo”, e, por fim, o tema do terceiro dia foi “São José, Homem da Família”. No dia do padroeiro, uma procissão saiu, no final da tarde, da Capela São José Operário até a matriz de São José. A missa festiva foi presidida pelo pároco, Pe. Claudinei de Almeida Lima.

Foto: Paróquia São José | Flora Rica

Na procissão em Flora Rica, fiéis seguiram carro com imagem do padroeiro, São José

O evento reuniu um expressivo número de paroquianos e um deles foi José Araújo Júnior. Ele disse que se sente abençoado por ter o mesmo nome do padroeiro. “Para mim, São José é o pai da família. Ele serve de exemplo para nós. É nosso intercessor. Sem o sim dele, não estaríamos aqui. E às vezes temos, tam-

bém, de dar o nosso sim”, disse ele, que é pai de três filhos, Rafaela, Leonardo José e Guilherme José, que também receberam o nome do santo. Ao final da missa, o Pe. Claudinei sorteou uma imagem de São José com 40 centímetros de altura. Outra paróquia da Região III que tem

São José como padroeiro é a de Flora Rica. Lá, também houve tríduo em preparação ao dia 19. Os temas desenvolvidos foram “São José - patrono Universal da Igreja”, “José, homem justo, obediente e fiel, compridor da vontade de Deus” e “José, exemplo de vida missionária para os cristãos”. No dia do padroeiro, uma procissão saiu da entrada da cidade de Flora Rica, onde fica a imagem do Patrono Universal da Igreja, até a matriz. Os fiéis percorreram o trajeto em cerca de 30 minutos e, então, se reuniram para uma missa, presidida pelo pároco, Pe. José Ferreira Domingos. Durante a celebração, o sacerdote destacou o papel de José como esposo de Maria Santíssima. Quem participou das festividades foi o paroquiano José Roberto Baldo, que se considera um devoto de São José. “Ele é meu guia”, garantiu ele, que é pai de Eduardo.


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Região II Osvaldo Cruz faz Caminhada pela Paz durante Quaresma

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Paróquia São José, de Osvaldo Cruz, tem a tradição, há alguns anos, de realizar a Caminhada pela Paz durante a Quaresma. O objetivo é promover a reflexão do tema da Campanha da Fraternidade (CF). A caminhada dos fiéis ocorre todas as quartas-feiras do período da Quaresma, sendo que a cada dia o destino é diferente, com a saída sempre da igreja matriz. Neste ano, o tema da CF é “Fraternidade e superação da violência” e o lema é “Vós sois todos irmãos (Mt 23,8)”. E o grupo escolheu locais relacionados com a superação da violência para fazer a caminhada. Na primeira quarta-feira, o grupo de fiéis foi até a sede do Conselho Tutelar. Nas semanas seguintes até o Departamento de Trânsito (Detran), Delegacia da Mulher, Base da Polícia Militar (PM) e sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na última semana, foi promovida uma arrecadação de alimentos, que é oferecida para famílias carentes da Paróquia São José. “Fazemos uma procissão da igreja até esses locais, e no trajeto, entoamos cantos. Quando chegamos, celebramos uma missa, sendo que os locais são previamente avisados e se preparam para esperar os membros da comunidade”, informou o pároco da Paróquia São José, Pe. Rogério de Lima Mendes, CP, que também participa dos eventos. A iniciativa começou há oito anos, conforme informou Janice Bortotti Bispo Moreira, que integra a equipe paroquial da Campanha da Fraternidade. “Em anos anteriores, já fizemos caminhadas para

escolas, postos de saúde, sítio, Prefeitura Municipal, Secretaria da Educação, Ministério do Trabalho. Escolhemos os locais de acordo com o tema da CF”, comentou. Segundo o pároco, o objetivo é despertar as pessoas para a reflexão em torno do tema. “Esse ano, escolhemos locais que lidam com situações de violência, em várias áreas, como violência contra crianças, mulheres e violência no trânsito”, complementou o pároco. A Caminhada pela Paz sai sempre às 6h30 da manhã e, de acordo com o Pe. Rogério, todo povo de Deus é convidado. “Até mesmo algumas autoridades civis já participaram conosco. Nossa preocupação é mostrar que estamos em sintonia com o tema da Campanha da Fraternidade e que a Igreja está atenta, solidária e comprometida com as realidades visitadas. Queremos, também, estreitar os laços com essas instituições”, comentou o sacerdote passionista. De acordo com Janice, a Caminhada pela Paz também é uma maneira de todos ficarem sabendo sobre a Campanha da Fraternidade, qual é o tema refletido e o que ela pede aos fiéis. “Queremos conscientizar as pessoas que trabalham nesses locais e também as pessoas que estão lá de passagem. E todos acabam participando da celebração que fazemos antes do fim da visita”, disse. A primeira Caminhada pela Paz ocorreu em 2010, quando a CF foi ecumênica e reuniu outra Igreja cristã da cidade de Osvaldo Cruz. Na ocasião, o tema foi “Economia e Vida”. Foto: Pascom | Paróquia São José | Osvaldo Cruz

Grupo de fiéis fez caminhadas uma vez por semana, sempre com um destino diferente

Pe. Sérgio comemora 25 anos de sacerdócio em Bastos O pároco de Bastos, Pe. Sérgio Luiz Roncon, completou, no dia 27 de fevereiro, 25 anos de sacerdócio. A comemoração ocorreu em sua paróquia e começou com um tríduo preparatório, do dia 24 ao dia 26. No primeiro dia, quem celebrou foi o Pe. José Afonso Maniscalco, e ele rezou pela vida do Pe. Sérgio e de seus familiares. No dia seguinte, a celebração foi presidida pelo Pe. Sidnei de Paula Santos, que rezou pela sua vocação sacerdotal. No último dia, quem esteve em Bastos foi o Pe. Luiz Henrique de Araújo. Ele louvou e agradeceu por todos os trabalhos pastorais desenvolvidos na Diocese de Marília e nas paróquias por onde o Pe. Sérgio passou. No dia 27, a missa solene em ação

de graças foi presidida pelo bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini. Isso porque o Pe. Sérgio foi o primeiro sacerdote ordenado pelo então bispo diocesano. A cerimônia contou com a presença de familiares de Junqueirópolis e vários amigos de cidades por onde passou. “A igreja esteve lotada”, contou o seminarista Marcos Maciel, que auxiliou na comemoração do jubileu. O Pe. Sérgio está em Bastos desde 2015 e nasceu em Junqueirópolis em 1º de maio de 1966. De família católica, sempre teve uma caminhada de Igreja. Seu ingresso no seminário ocorreu em 1985 e o lema escolhido para o ministério foi “O Espírito do Senhor me ungiu para ser ministro do Evangelho e Pastor do seu povo (Is 61,1)”. Foto: Paróquia São Francisco Xavier | Bastos

Pe. Sérgio foi homenageado na missa em ação de graças, presidida por Dom Osvaldo

Paróquia de Adamantina faz gesto concreto doando produtos a entidade A Paróquia Santo Antônio, de Adamantina, realizou um gesto concreto, além de motivar seus fiéis a contribuírem com a Coleta da Solidariedade. Ao longo da Quaresma, durante o estudo da Campanha da Fraternidade, os líderes e agentes de pastorais, movimentos e comunidades foram arrecadando produtos alimentícios e de higiene pessoal. A Coleta da Solidariedade foi feita no dia 25 de março. Na véspera, um grupo de agentes visitou o Polo de Atividades Integradas (PAI), para levar os produtos aos internos, que também

receberam caixas de bombons por ocasião da celebração da Páscoa. A entidade abriga, atualmente, 142 pessoas e tem como padrinho o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini. Lá, vivem pessoas com deficiência psiquiátrica e também alcoólatras e dependentes químicos. Os membros da igreja tiveram duas horas de convivência com os internos, segundo informou o coordenador do Conselho Paroquial de Pastoral (CPP), Gabriel Antônio da Cruz. “Foi como um segundo gesto concreto, além da contribuição da coleta”, comentou ele.


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Diocese contará com ordenação de nove futuros diáconos

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o dia 30 de abril, a Diocese de Marília viverá um momento histórico, com a ordenação diaconal de nove candidatos. A cerimônia será às 20h, na Paróquia São José, de Osvaldo Cruz. Os candidatos são Denismar André, Edson Barbosa, Marcos Maciel, Rafael Lopes, Renan Takizawa, Silvio Quaio, Thiago Carlos, Tiago Barbosa e o Irmão Gabriel da Divina Misericórdia, FGMC. Conheça, um pouco sobre cada um deles: Denismar é natural da Paróquia São Judas Tadeu, de Tupã, e realiza sua pastoral em Pompéia. Edson vem da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Marília, e atualmente atua

Foto: Carla Dias Fernanda | Diocese de Marília

Todos os nove candidatos reunidos com o bispo Dom Luiz na Missa dos Santos Óleos

como seminarista em Junqueirópolis. Marcos, que está em Bastos, é natural de Marília, sendo vocacionado da Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Jóquei. Já Rafael vem de São João da Boa Vista

(SP) e realiza pastoral na Paróquia São Pedro Apóstolo, de Garça. Natural de Flórida Paulista, Renan realiza pastoral em Tupã, na Paróquia São Pedro Apóstolo. Sílvio é de Piacatu (SP) e é atual-

mente trabalha em Marília, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus. Thiago atua em Flórida Paulista e é vocacionado da Paróquia Santa Antonieta, de Marília. O outro Tiago nasceu em Tupã, sendo vocacionado da Paróquia São José Operário, e trabalha em Marília, na Paróquia Santa Rita de Cássia. Por fim, o bispo Dom Luiz Antonio Cipolini também ordenará o Irmão Gabriel Maria Mãe da Misericórdia, FGMC, (Rafael Bortolo), dos Irmãos de Jesus Misericordioso contemplativos, de Lucélia. O monge é natural de Adamantina. A razão para uma ordenação conjunta foi respondida por Renan: “foi em vista da união e da comunhão com os irmãos na fé”.


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