Jornal No Meio de Nós - Edição 234 - fevereiro de 2018

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 20 | Edição 234 | Fevereiro de 2018

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Missionários visitam Igreja na Amazônia Foto: Romildo Melato | Diocese de Marília

Seminaristas fazem Semana Missionária em Pauliceia A Paróquia São Pedro, de Pauliceia, acolheu seminaristas da Diocese de Marília do dia 15 ao dia 21 de janeiro. Na oportunidade, foi realizada na cidade a Semana Missionária 2018. A abertura ocorreu com uma missa presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio, que também participou do evento. As visitas às famílias contaram, ainda, com a participação de 10 alunos da Escola Diaconal São Lourenço. Além de visitarem as famílias do perímetro urbano, os missionários também visitaram alguns assentamentos. Página 8

Franciscanos assumem Santa Casa de Adamantina

Comitiva realiza visitas às famílias da Diocese de Coari (AM), juntamente com lideranças católicas locais

Um grupo de dez pessoas da Diocese de Marília — cinco sacerdotes, um seminarista e quatros leigos — viajou à Diocese de Coari, a nova Igreja-Irmã de Marília, no coração do Amazonas, como é conhecida no Estado. Durante um período de 10 dias, divididos em três grupos, eles participaram de atividades da Igreja

local e conheceram as dificuldades enfrentadas pela população. Segundo o Pe. Willians Roque de Brito, assessor da Urgência 1, Igreja em estado permanente de missão, a viagem a Coari teve o objetivo de despertar a consciência missionária nos cristãos da Diocese de Marília. As grandes distâncias entre uma localidade e

outra e a falta de rodovias, apenas vias pluviais, foi apenas um dos contrastes observados entre as dioceses de Marília e Coari. O Pe. Willians contou que a atuação dos leigos é fundamental, pois em algumas comunidades, o padre visita os fiéis somente duas vezes por ano. Página 9

Foto: Arquivo pessoal

Frei Mateus, Frei Francisco e Henrique, em visita ao hospital

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ENFOQUE

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

O secretário executivo da CF, Toninho Evangelista, fala da necessidade de políticas que assegurem a dignidade

A CF de 2018 é também o tema do artigo de Gerson Pinheiro, que destaca o processo de conversão social

Alice Rosa, de Tupã, relata sua experiência com o Amor Exigente, que trabalha com familiares de dependentes

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No dia 16 de janeiro, Dom Luiz Antonio Cipolini presidiu missa solene de boas vindas aos religiosos franciscanos que assumirão a administração da Santa Casa de Misericórdia de Adamantina. Frei Mateus Alves e o pré-noviço Henrique de Souza são da Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, uma entidade filantrópica cristã.

Paróquias se preparam para Campanha da Fraternidade Em janeiro, foram realizados os primeiros encontros preparatórios para a Campanha da Fraternidade 2018, em Adamantina e em Junqueirópolis. E no dia 9 de fevereiro, os agentes das Paróquias da Região I se reunirão em Marília. Página 13


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2018

Editorial

O Reino da justiça e da paz

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o Evangelho, percebemos que Jesus espera de seus seguidores o perdão em vez da vingança e o amor ao próximo em vez do ódio. Essas atitudes tornam-se critérios para ser considerado filho d’Aquele que faz nascer o sol e cair a chuva sobre justos e injustos (Cf. Mt 5,45). Diante do mistério da iniqui-

dade, das guerras e massacres, da violência e da intolerância entre os povos, podemos ceder à tentação de pensar que o mundo não tem jeito. Porém, a Palavra de Jesus é enfática ao afirmar que a transformação social depende da atuação silenciosa – mas não por isso impotente – de seus discípulos. Mediante o testemunho da caridade e da paz, somos convi-

dados a romper, no ambiente em que habitamos, o círculo vicioso da violência e da injustiça. Jesus não se apresentou como sonhador ou utópico ao propor o amor gratuito como força ativa e transformadora. Nosso Senhor tinha consciência de que também o Reino sofre violência (Cf. Mt 11,12). Encorajados por sua vida e pregação, precisamos nos apro-

fundar nas atitudes da tolerância e do perdão, sem as quais nossa caridade se torna um verniz superficial e frágil. Os esforços pela paz devem brotar dos órgãos competentes, em geral, mas também de cada cidadão, em particular. Que a Quaresma seja, para nós, um grande retiro espiritual na busca do verdadeiro amor cristão!

Enfoque

Por políticas que assegurem a dignidade Ilustração: Alex Augusto

TONINHO EVANGELISTA

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stamos nos preparando para viver o período quaresmal. Nele, com a Campanha da Fraternidade (CF), somos convidados para junto com a oração, o jejum e a esmola que exercitamos na quaresma, praticar a conversão social e pessoal. Para este ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe a nossa conversão à cultura da paz, como condição de superação da violência, na sociedade brasileira. Diante desta necessidade, com o tema Fraternidade e Superação

da Violência e o lema “Vós sois todos Irmãos” (Mt. 23,8), a Igreja propõe dialogar e refletir com a sociedade, causas e sintomas da violência no Brasil. A desigualdade social, a injustiça e a exclusão estão entre os principais fatores que geram violência em nossa sociedade. Por isso, a CF nos alerta sobre a necessidade de políticas públicas que assegurem a dignidade humana, como um dos principais caminhos de superação a ser construído em nossa sociedade. No Brasil, o número de pessoas que morrem por causa da violência é superior às mortes causadas por guerras em outros países. Para avançarmos na construção

do Reino de Deus, esses dados, assim como a violência doméstica contra mulheres e crianças e a violência contra a juventude, os indígenas e a população negra e rural, assim como outras formas de violência que foram se “naturalizando” em nossa história, exige um compromisso social e eclesiológico de superação. Pelo compromisso de se construir uma sociedade de irmãos e pela esperança que a fé nos motiva, queremos caminhar em direção e na construção cotidiana da paz. Toninho Evangelista é secretário executivo da Campanha da Fraternidade no Regional Sul 1 da CNBB

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CÚRIA DIOCESANA: Av. Nelson Spielmann, 521 - Marília/SP - CEP 17500-970 - Fone/fax: (14) 3401-2360 - E-mail: curia@diocesedemarilia.org.br | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMAÇÃO: Danilo Cordeiro Silva | REVISÃO: Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Ademilson Luiz Ferreira | CONSELHO EDITORIAL: Tiago Barbosa e Márcia Welter | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.org.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA - Fone: (14) 3223-2844 | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes | Envie notícias para o Informativo (jornalnomeiodenos@yahoo.com.br) e para o Portal (pascom.marilia@gmail.com).


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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo

Fraternidade e superação da violência

DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

“A radicalidade da violência só se resolve com a radicalidade do amor redentor” (DAp 543). Uma das realidades de nosso país que golpeia a todos os setores da população é a violência, tema da Campanha da Fraternidade deste ano. A violência é consequência das injustiças e outros males que durante longos anos vêm sendo semeado nas comunidades do nosso imenso Brasil. A vida social em convivência pacífica e harmônica está se deteriorando gravemente pelo crescimento da violência, que se manifesta em roubos, assaltos, sequestros e assassinatos que a cada dia destróem mais vidas humanas e enchem de dor as famílias e a sociedade inteira. Vivemos uma realidade histórico-cultural marcada pelo abandono de Deus, por comportamentos viciosos, opressão, corrupção,

Bispo empossa e apresenta sacerdotes nas paróquias Nos meses de janeiro e fevereiro, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, preside cerimônias de posses e apresentações de sacerdotes que foram transferidos neste ano de 2018. No dia 20, o bispo esteve em Lucélia, onde empossou o Pe. Adriano dos Santos Andrade como pároco, e apresentou o Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza como vigário paroquial das paróquias Sagrada Família, de Lucélia, e Santa Luzia, de Pracinha. Foto: Paróquia Sagrada Família | Lucélia

Pe. Adriano, Dom Luiz e Pe. Diego, na missa do dia 20

ingratidão, misérias e violência. Vivemos uma globalização sem solidariedade que afeta negativamente os setores mais pobres. “Os excluídos não são somente explorados, mas supérfluos e descartáveis” (DAp 65). Diante desta realidade desafiadora nos questionamos: É possível mudar esta situação de extrema violência e insegurança? Quais são os caminhos, novos e criativos, para superar a violência? No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o cristão deve levar em consideração os desafios que a realidade de hoje apresenta à Igreja, isto é, não pode ser indiferente diante dos graves problemas de violência e a crescente cultura da morte, que afeta a vida em todas as suas formas. A alegria dos discípulo de Jesus Cristo e seu compromisso com a construção de um mundo sem violência, é o antídoto frente a um mundo atemorizado pelo

futuro e oprimido pela violência e pelo ódio (Cf. DAp 29). Todos os cristãos e pessoas de boa vontade são chamados a promover a geração de uma “cultura da paz” que seja fruto de um desenvolvimento sustentável, equitativo e respeitoso da criação. A Igreja, sacramento de reconciliação e paz, deseja que os discípulos missionários de Jesus Cristo sejam também construtores de paz. A geração da cultura da paz implica assumir plenamente a radicalidade do amor cristão, que se concretiza no seguimento de Cristo na cruz; no padecer por Cristo por causa da justiça; no perdão e no amor aos inimigos, em suma, “a radicalidade da violência só se resolve com a radicalidade do amor redentor” (DAp 543). A todas as pessoas de boa vontade e ao amado povo da Diocese de Marília, uma abençoada Quaresma!

AGENDA DO BISPO 01/02 – Missa na Catedral. 02/02 – Missa na Catedral. 04/02 – Criação da Pró-Paróquia Santa Edwiges, em Marília | Apresentação do Pe. Willians na Paróquia Santa Antonieta. 13/02 – Missa no Rebanhão de Carnaval, em Marília. 14/02 – Missa e Imposição das Cinzas na Catedral | Início do Tempo Quaresmal e Abertura da Campanha da Fraternidade. 15/02 – Missa na Catedral. 16/02 – Missa na Catedral. Aniversário da Criação da Diocese de Marília (66 anos). 16 a 18/02 – Escola Diaconal. 17/02 – Criação da Pró-Paróquia São Francisco de Assis, em Adamantina. 18/02 – 35º Encontro Diocesano de Assessores e Agentes de Pastoral, em Adamantina. 19/02 – Missa na Catedral. 20/02 – Reunião do Conselho de Presbíteros, em Tupã. 21/02 – Missa na Catedral. 22/02 – Missa na Catedral. 23/02 – Missa na Catedral. 24/02 – Missa e Formatura dos alunos da Escola de Comunicação, em Osvaldo Cruz. 25/02 a 03/03 – Convivência dos Bispos da Província, em Boracéia.


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| Vida Cristã |

NO MEIO DE NÓS

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade As principais fontes da Oração PE. ANDERSON MESSINA PERINI

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oração tem como principal fonte o próprio Deus. Como diz São Paulo, “o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza, pois nem sabemos o que convém pedir; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rm 8,26). O Espírito Santo é a água viva que, no coração de quem reza, jorra para a vida eterna (Cf. Jo 4,14). As principais fontes da oração são a Palavra de Deus, a Liturgia e as virtudes teologais. A Igreja sempre exortou os seus fiéis a realizar com frequência a leitura das Sagradas Escrituras, pois é por meio desta que conhecemos Jesus Cristo. Mas a Bíblia não deve ser lida de maneira nenhuma como outro livro, jornal ou revista. Nossa Igreja recorda que lemos as Escrituras acompanhadas de oração, para que se estabeleça um diálogo entre Deus e o homem. Pois a Ele falamos quando rezamos; a Ele ouvimos quando lemos suas profecias (Cf. DV, 25). Um método muito particular desenvolvido pelos monges cristãos foi a “Leitura Divina” ou a Leitura Orante da Palavra de Deus, que se realiza em quatro fases: leitura, meditação, oração e contemplação. Os Padres espirituais resumem, a partir do texto de Mateus 7,7, as disposições do coração alimentado pela Palavra de Deus na oração: “Procurai pela leitura, e encontrareis meditando; batei orando, e vos será aberto pela contemplação” (Guigo, o cartuxo). A Liturgia com a celebração dos sacramentos e sacramentais anuncia, atualiza e comunica de maneira eficaz o mistério da salvação. Por meio da liturgia, prolonga-se o mistério divino no coração de quem ora. Os padres espirituais comparam o coração do orante a um altar. A oração interioriza e assimila a liturgia durante e após a celebração. Mesmo quando é vivida de maneira discreta e oculta, a oração é sempre oração da Igreja, momento de comunhão com Deus. As virtudes teologais são a fé, a esperança e o amor. Essas virtudes foram infundidas por Deus em

nossa alma quando fomos batizados. A fé é expressa pela nossa oração e na participação da Liturgia. Por meio destes sinais, procuramos e desejamos ver o Senhor, é sua Palavra que queremos ouvir e guardar. Quem nos ensina orar e como orar e o que rezar é o Espírito Santo. É Ele também que atualiza por meio da Liturgia os mistérios de Cristo. Ensina-nos a celebrar os sacramentos e os sacramentais na expectativa que Jesus voltará: assim nos educa na esperança. A oração, seja na Igreja com a comunidade, seja pessoalmente, alimenta em nós a esperança. A grande esperança é sermos dignos da vida eterna. Como diz São Paulo, a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado sobre nós pelo Espírito Santo (Cf. Rm 5,5). A oração, formada pela vivência litúrgica, tudo obtém do Amor com que somos amados por Cristo e que nos concede responder-lhe, amando como Ele nos amou. O Amor é a fonte da oração. Quem sabe verdadeiramente amar, sabe perfeitamente rezar. Portanto, o aprendizado da oração é nos dado na escola do Espírito Santo, tendo como modelo o próprio mestre, Jesus Cristo. O Espírito é nos oferecido para que de nosso coração possa jorrar oração. Para isto é necessário uma espiritualidade onde harmonize leitura orante da Palavra, vivência litúrgica e uma vida de testemunho coerente, onde me deixo levar pelas virtudes divinas da fé, da esperança e do amor.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

Processo de conversão social GERSON LUIZ ALVES PINHEIRO

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tema da Campanha da Fraternidade (CF) de 2018, em seu objetivo específico, construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência, representa, muito provavelmente, um dos maiores desafios postos aos cristãos, à Igreja e à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pois, ao revisitar temas de outras campanhas, assim serão necessários esforços muito mais do que redobrados para a busca da superação das condições adversas. Ao encararmos a temática trabalhada pela CF 2018, temos que nos aprofundar em conhecer e entender as inúmeras facetas da violência, principalmente as causadas pelo tráfico de drogas, fazem-se necessárias políticas públicas e compreensão pessoal e social sobre as intolerâncias ou propostas ineficazes de tratamento aos dependentes químicos. É preciso, então, combater a corrupção estrutural que sequestra o sonho de dias melhores, causando um pessimismo e retirando dos adolescentes e jovens a esperança e também enfrentar os crimes de intolerância em função da ideologia de gênero, e a cultura da violência, que tentam legitimar atos violentos como justificáveis (Cf. Professor Sergio Vieira). Precisamos nos focar na tentativa de resgatar as famílias, pois é ali o primeiro lugar onde o ser humano aprende a se relacionar. O ambiente familiar e os fatores sociais externos contribuem e interferem no desenvolvimento da violência. Outro fator importante para a superação da violência é a educação. Por meio de escolas de qualidade, com pressão por políticas públicas, conseguiremos tratar as causas e não os efeitos maléficos do sistema, pois continuamos enxugando gelo. Assim, construir novos presídios para cuidar da segurança pública é o mesmo que construir novos cemitérios para resolver o problema da saúde. É no

processo de conversão social que somos impulsionados a agir em benefício da humanidade. Ter como critério o Evangelho; a misericórdia, a solidariedade e o desejo de superação devem ser os elementos que fundamentam a ação; A violência é um tema abundante na Sagrada Escritura, sobretudo no Antigo Testamento, nela encontram-se fortes denúncias dos danos provocados pela violência, proibições de atos violentos e condenação de pessoas por atitudes violentas. São frequentes as perguntas sobre o porquê da presença de tanta violência que contrastam com prescrições e sugestões de atos violentos punitivos na busca de estabelecer a justiça. O amadurecimento dessa problemática percorre todo o trajeto da revelação e precisa ser entendido na progressividade da revelação onde uma leitura superficial poderia comprometer até a imagem de Deus dentro do cristianismo. No entanto, o Novo Testamento culminará na resposta definitiva de Deus para violência. Os dois testamentos testemunham a mesma tensão entre violência e não violência e a busca de sua superação apresentando também o sofrimento das pessoas vítimas da violência, bem como pessoas que depois de vítimas tornam-se violentos na busca de vingança que precisa ser superada. Encontramos, por exemplo, a tentação dos discípulos para recorrer à violência. As palavras de Jesus apresentam novidades. Ele prega o amor aos inimigos fundamentando esta atitude a Deus Pai (Cf. Mt 5,44 e Lc 6,27). Ninguém deve pagar o mal com o mal, mas com o bem; Em nossas ações pastorais, três preocupações inerentes ao anúncio por uma cultura de paz devem ser observadas: a fraternidade, a ternura e a compaixão. Promover momentos para exercer o discernimento evangélico acerca do que ocorre na comunidade, bairro, cidade, e identificar situações de violência; e desenvolver a capacidade de diálogo ecumênico. Gerson Luiz Alves Pinheiro é coordenador da Campanha da Fraternidade da Sub-região Botucatu


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Teologia e Pastoral O Amor que é Exigente ALICE ROSA DA SILVA RODRIGUES

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partir do meu chamado e da minha missão, sou uma leiga que busca participar ativamente da Igreja: Cursilho de Cristandade, Encontro de Casais com Cristo (ECC), Movimento Familiar Cristão (MFC), entre outros. Sou casada e tenho quatro filhos. Criei os três primeiros orientando-os com disciplina na vida eclesial. Com o filho caçula foi diferente: mais regalias, colégio particular, brinquedos melhores, menos exigências. Na adolescência, tínhamos apenas reclamações do meu filho mais novo, a ponto de precisarmos mudá-lo de colégio. Assim é a vida: ela é feita de escolhas e o que se planta também se colhe! Quando não há limites em casa, os filhos

tropeçam, se machucam, não têm responsabilidades e se tornam egoístas. Por esta experiência eu reconheci: o amor é exigente! Passei noites em claro, aflita, rezando e chorando. Quando meu filho chegava em casa, contava mentiras e eu me calava, agradecendo a Deus porque ele havia chegado. Naquele momento, pela bênção de Deus, o Amor Exigente chegou em minha vida. Com este movimento reconheci que amar é exigir e, assim, percebi que na adolescência de meu filho caçula eu não poderia ter feito aquilo que era seu dever realizar. Fiquei mais preocupada em proporcionar todas as coisas a ele e me esqueci de corrigi-lo quando era necessário. Com o Amor Exigente, aprendi a não choramingar diante das situações, a não

ter pena da realidade, mas sempre buscar a solução: quando cair, ajudar a levantar, lutar e ter fé, pois Deus está junto daqueles que lutam. É importante lembrar que o Amor Exigente se baseia na ação! Não basta refletir e repensar se não colocarmos em prática os ensinamentos que aprendemos. Deixar as decisões para depois não vai trazer nenhum resultado; é preciso começar a mudar nosso comportamento a partir da realidade. Todo amor que é exigente nos ajuda! No meio em que vivemos, infelizmente são muito grandes os apelos ao individualismo: as ilusões de felicidade material e sem esforço, a violência, o ceticismo, a insegurança, a relativização do que é ético e o desrespeito às leis. Trazemos em nossas vidas aquilo que aprendemos com nossa família, com nossos

Deus em nossa busca e nós em busca de Deus PE. MARCELO HENRIQUE GONZALES DIAS

Nós precisamos nos encontrar com Deus, pois inquieto está o nosso coração enquanto não repousar n’Ele, segundo a clássica afirmação de Santo Agostinho (354-430). Pois bem, isto acontece porque Deus “nos amou primeiro” (1Jo 4,19) e veio ao nosso encontro, criando-nos e nos chamando a participar de Sua graça e amizade. Buscamos a Deus porque Ele nos busca; precisamos de Deus porque sem Ele nada podemos fazer (Cf. Jo 15,5). Como identificar, na história humana, o caminho do encontro entre o homem e Deus? Podemos encontrar dois níveis: 1) a criação e a lei moral, colocada por Deus no coração de todo homem; 2) a Revelação sobrenatural em suas duas fases (Antigo e Novo Testamento).

O primeiro nível é comum a todos os seres humanos, pois Deus dá testemunho de Si mesmo perante a humanidade inteira. Sua graça trabalha nos corações de modo misterioso, a fim de conduzir todos a uma vida santa e ao reconhecimento explícito da graça e da verdade que estão em Cristo Jesus. A Revelação consiste na autocomunicação de Deus a nós: o Senhor, por meio dos patriarcas e profetas, se apresenta como o Deus uno e todo-poderoso, criador e cheio de bondade, que escolhe Israel para conduzi-lo em Seus caminhos. O centro da Revelação é Nosso Senhor Jesus Cristo, que por meio de Sua Vida, Paixão, Morte e Ressurreição, nos salva por dentro, ou seja, não apenas como Deus, mas também como Homem. A partir da Encarnação, do “sim” da Virgem Maria, Deus e a humanidade estão unidos de modo

amigos e com a sociedade. Assim, cabe a cada um de nós avaliar o que queremos absorver de bom e o que devemos tentar mudar. A partir de minha experiência, concluo que a educação e o respeito começam em casa. Não se pode confiar essa responsabilidade apenas à escola ou à catequese. Precisamos ensinar nossos filhos a valorização da casa de Deus: lugar de silêncio, respeito, amor e contemplação. A partir do auxílio que recebi do Amor Exigente, tento ajudar aqueles que precisam. Luto, rezo, participo, aprendo e acredito que o Amor Exigente foi o jeito que Deus achou para que eu ficasse mais perto dele. Alice Rosa da Silva Rodrigues faz parte do Amor Exigente de Tupã

ANIVERSARIANTES indestrutível em Jesus Cristo. Ele é nosso “lugar” do encontro com Deus, é o verdadeiro Templo. Nos encontros e diálogos que trava com as pessoas, o Senhor Jesus mostra a que extremo chega a bondade de um Deus que, para nos arrancar do poder das trevas, nos ama até o fim, escolhendo se fazer carne, ter necessidades humanas, sofrer, morrer, ser sepultado. Pedro, André, Tiago, João, Zaqueu, Maria Madalena, Paulo, Francisco de Assis, Catarina de Sena, Teresinha do Menino Jesus e tantos outros se encontraram com o Senhor e foram totalmente transformados. Pelo Santo Espírito e pelo ministério da Igreja, o Senhor continua nos chamando e nos santificando: façamos nós também o encontro com Ele! Pe. Marcelo Henrique Gonzales Dias é vigário paroquial em Pauliceia e Santa Mercedes.

ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 06/02 - Pe. Antônio Padula - Marília; 09/02 - Pe. Marcelo Antonio dos Santos - Adamantina; 11/02 - Pe. Manoel Carlos Nery de Souza; 15/02 - Pe. Paulo Joaquim de Souza - Adamantina; 27/02 - Pe. Francisco José del Barrio Tosantos, SM - Marília; 28/02 - Frei José Luís Viana, OFMCap - Dracena. ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO 02/02 - Pe. Manoel Carlos Nery de Souza; 02/02 - Pe. Mauricio Pereira Sevilha - Marília; 02/02 - Pe. Roger Herminio Souza Rodrigues - Uso da Ordem; 02/02 - Pe. Wagner Antonio Montoz - Pacaembu; 03/02 - Pe. Adriano Alves Pereira - Marília; 06/02 - Cônego Valdemiro Cândido do Símbolo - Rinópolis; 07/02 - Pe. Ângelo José Biffi - Dracena; 07/02 - Pe. José Gilmar Moreira, RSV – Marília; 07/02 - Pe. Márcio Roberto Rios Martins - Pompeia; 07/02 – Pe. Rogério de Lima Mendes, CP – Osvaldo Cruz/ Sagres/Salmourão; 10/02 - Pe. Edson de Oliveira Lima - Quintana; 15/02 - Pe. Anderson Messina Perini - Garça; 15/02 - Pe. Tony Funabashi Takuno - Garça/Álvaro de Carvalho; 17/02 - Pe. Carlos Roberto dos Santos - Tupã; 20/02 - Pe. Willians Roque de Brito - Marília; 22/02 - Pe. José Orandi da Silva - Marília; 22/02 - Pe. Nelson Bernardino Lopes - Parapuã; 25/02 - Pe. Valdemar Cardoso - Tupi Paulista; 27/02 - Pe. José Carlos Vicentin - Marília; 27/02 - Pe. Sérgio Luiz Roncon - Bastos.


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ERA UMA VEZ...

Comunidade católica consagra Marília a Nossa Senhora

O sabonete “Fazei tudo de coração, como se fosse para o Senhor e não para homens, sabendo que o Senhor vos recompensará...” (Cl 3,23- 24) Era uma vez um garoto pobre, com cerca de 12 anos de idade, vestido e calçado de forma humilde, que entra na loja, escolhe um sabonete comum e pede ao proprietário que embrulhe para presente. — É para minha mãe — diz com orgulho. O dono da loja ficou comovido diante da singeleza daquele presente. Olhou com piedade para o seu freguês e, sentindo uma grande compaixão, teve vontade de ajudá-lo. Pensou que poderia embrulhar, junto com o sabonete comum, algum artigo mais significativo. Entretanto, ficou indeciso: ora olhava para o garoto, ora para os artigos que tinha em sua loja. Devia ou não fazer? O coração dizia sim, a mente dizia não. O garoto, notando a indecisão do homem, pensou que ele estivesse duvidando de sua capacidade de pagar. Colocou a mão no bolso, retirou as moedinhas que dispunha e as colocou sobre o balcão. O homem ficou ainda mais comovido quando viu as moedas, de valor tão insignificante. Continuava seu conflito mental. Em sua intimidade concluíra que, se o garoto pudesse, ele compraria algo bem melhor para sua mãe. Lembrou de sua própria mãe. Fora pobre e muitas vezes, em sua infância e adolescência, também desejara presentear sua mãe. Quando conseguiu emprego, ela já havia partido para o mundo espiritual. O garoto, com aquele gesto, estava mexendo nas profundezas dos seus sentimentos. Do outro lado do balcão, o menino começou a ficar ansioso. Alguma coisa parecia estar errada. Por que o homem não embrulhava logo o sabonete? Ele já escolhera, pe-

Diocese

dira para embrulhar e até tinha mostrado as moedas para o pagamento. Por que a demora? Qual o problema? No campo da emoção, dois sentimentos se entreolhavam: a compaixão do lado do homem, a desconfiança por parte do garoto. Impaciente, ele perguntou: — Moço, está faltando alguma coisa? — Não — respondeu o proprietário da loja. É que de repente me lembrei de minha mãe. Ela morreu quando eu ainda era muito jovem. Sempre quis dar um presente para ela, mas, desempregado, nunca consegui comprar nada. Na espontaneidade de seus 12 anos, perguntou o menino: — Nem um sabonete? O homem se calou. Refletiu um pouco e desistiu da ide ia de melhorar o presente do garoto. Embrulhou o sabonete com o melhor papel que tinha na loja, colocou uma fita e despachou o freguês sem responder mais nada. A sós, pôs-se a pensar. Como é que nunca pensara em dar algo pequeno e simples para sua mãe? Sempre entendera que presente tinha que ser alguma coisa significativa, tanto assim que, minutos antes, sentira piedade da singela compra e pensara em melhorar o presente adquirido. Comovido, entendeu que naquele dia tinha recebido uma grande lição. Junto com o sabonete do menino, seguia algo muito mais importante e grandioso, o melhor de todos os presentes: o gesto de amor!

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m encontro ocorrido no primeiro dia do ano de 2018, a cidade de Marília foi consagrada a Nossa Senhora. Nesse dia, foi celebrada a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus. A iniciativa foi dos líderes das Células Católicas da Comunidade Católica Colo de Deus. Os grupos são chamados “Yeshiva” ou “Yeshivá”, que em hebraico significa “assento”. “Este é o nome dado às instituições que fazem o estudo dos textos religiosos tradicionais”, comentou Samuel Barros, vocacionado da Comunidade Católica Colo de Deus e um dos organizadores do momento. Os fiéis se reuniram na praça em frente à Catedral Basílica Menor de São Bento Abade, em Marília, para o encontro, que objetivou consagrar a cidade de Marília a Deus, pelas mãos de Nossa Senhora. “Fizemos a recitação do Santo Terço e o Veni Creator, oração oficial ao Espírito Santo, reconhecida pela Igreja, visto que no primeiro dia do ano recebem-se as indulgências ao fazer a oração e também rezar pelas intenções do Santo Padre, o Papa Francisco”, explicou Samuel. Todos os participantes levaram 1kg de alimento e, ao final, tudo foi encaminhado aos Vicentinos. INDULGÊNCIA A indulgência plenária lucrada pelos jovens naquele dia significa que

obtiveram, diante de Deus, a remissão da pena temporal, devida pelos pecados já perdoados. O chanceler da Cúria, Pe. Mauricio Pereira Sevilha, explicou que o tema das indulgências é tratado no Catecismo da Igreja Católica do número 1471 a 1479. COLO DE DEUS A Comunidade Católica Colo de Deus nasceu de pequenos grupos que se reuniam nas casas para oração e partilha. Seu carisma é “trazer de volta ao seio da Igreja aqueles que estão afastados da fé”. Segundo Samuel, o ambiente dos pequenos grupos é propício para promover o encontro pessoal com Jesus. “Fazemos isso de maneira simples e eficaz, por meio da vivência na oração e vida fraterna. Sendo assim, os pequenos grupos surgem como um instrumento de auxílio à paróquia, a fim de alcançar aqueles que estão afastados da fé e trazê-los de volta para o seio da Igreja na realidade paroquial”. Nenhum membro da comunidade atua sem a autorização expressa de seu pároco e os encontros ocorrem com grupos limitados de cinco a 12 pessoas. Em setembro de 2015, o Vaticano aprovou os estatutos com o reconhecimento oficial da Igreja dessas células de evangelização. Em Marília, a Comunidade começou em dezembro de 2016 e, atualmente, existem quatro grupos na cidade e um no distrito de Rosália. Foto: Comunidade Católica Colo de Deus

REFLEXÃO Invista no amor. Ele é o mais poderoso meio de tornar as pessoas felizes. Em qualquer circunstância, em qualquer data especial para determinadas comemorações, o mais importante não é o que se dá, mas como se dá. Pense nisso. Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis

Jovens se reuniram em frente à Catedral Basílica para momento da consagração


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Informativo Diocesano tem novo ilustrador da coluna Enfoque

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m setembro de 2016, quando o informativo NO MEIO DE NÓS passou por uma reestruturação, a coluna Enfoque, que fica na página 2, passou a ter ilustrações mensais, que tiveram a autoria de Jorge Armando. Suas artes foram publicadas até dezembro de 2017 e, a partir de então, quem assumiu essa função foi Alex Augusto Manoel de Souza. Ambos os artistas são seminaristas e pertencem à Arquidiocese de Botucatu. Jorge, que tem 32 anos e é natural de São Manoel, comentou que sempre trabalhou com arte sacra. “Meu trabalho foi traduzir as palavras do Evangelho em traços. Foi uma oportunidade ímpar de colaborar com o informativo diocesano. Foi um trabalho muito feliz. Acredito que o resultado foi

bom, apesar de não ter tido contato com leitores e sacerdotes da Diocese de Marília, para obter um feedback”, disse ele que já concluiu o curso de Teologia e se formou em dezembro do ano passado, com outros seminaristas da Província de Botucatu. Antes do Informativo Diocesano, Jorge foi o ilustrador da capa do jornal da Paróquia Nossa Senhora Consolata, sua comunidade de origem, na cidade de São Manuel. MISSÃO NO PARÁ Neste ano de 2018, Jorge e mais alguns seminaristas de Botucatu foram designados para viver seu ano pastoral, um ano de missão antes da ordenação. Esse período é parte integrante da formação para os seminaristas da Arquidiocese de Botucatu.

Ele vai a Belém do Pará, e atuará, de fevereiro a outubro, na Diocese de Óbidos. Lá, os seminaristas farão trabalhos como no período formativo, com palestras, cursos, formações e celebrações da Palavra. Serão ao todo quatro seminaristas e cada um trabalhará em uma região daquela diocese. “Como não terei a facilidade de comunicação lá no Pará e isso poderia atrasar meus trabalhos e meu compromisso com o jornal, abri mão da função de continuar fazendo as ilustrações”, comentou o seminarista. Depois da missão no Norte do país, Jorge poderá pedir sua ordenação diaconal e, depois, ser ordenado sacerdote. NOVO ILUSTRADOR Já Alex, que assumiu a função de fazer as ilustrações, está no terceiro ano de

Teologia e revelou que sempre gostou de fazer artes no computador. “Aceitei esse trabalho pois sempre achei interessante a interação entre as dioceses”, comentou. O artista, de 26 anos de idade, começou na edição de janeiro de 2018 e já tem prontas três ilustrações. “Reflito, penso e rezo para que de fato saia de acordo com a vontade de Deus, para que consiga transmitir a verdadeira mensagem proposta”, disse ele, que comentou já ter feito alguns brasões. “Esse trabalho é novo para mim também. É mais moderno, contemporâneo, pois é abstrato. Estou acostumado com traços medievais e sacros e já fiz brasões para vários padres, paróquias e também uma catedral”, finalizou. Alex foi convidado a produzir as ilustrações até a edição de dezembro de 2018.


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Fevereiro de 2018

Destaques Pauliceia acolhe Semana Missionária em seu ano jubilar No ano em que comemora seus 60 anos de criação, a Paróquia São Pedro, de Pauliceia, recebeu cerca de 40 missionários, entre seminaristas e alunos da Escola Diaconal São Lourenço. A Semana Missionária 2018 também contou com a participação do bispo diocesano, que visitou as casas e conversou com os fiéis.

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erca de 40 missionários, dentre eles 28 seminaristas da Diocese de Marília, estiveram visitando as residências e bairros de Pauliceia. A cidade sediou a quarta edição da Semana Missionária, uma iniciativa que movimenta o mês de férias dos futuros padres que cursam Filosofia e Teologia. A Semana Missionária em Pauliceia ocorreu do dia 15 ao dia 21 de janeiro e contou com o apoio e participação ativa do pároco, Pe. José Afonso Maniscalco, que solicitou a presença dos seminaristas neste ano em que a paróquia completa 60 anos de criação. Também acompanhou de perto as atividades missionárias o recém-ordenado e vigário paroquial, Pe. Marcelo Henrique Gonzalez Dias. A abertura do evento ocorreu com uma missa presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e concelebrada pelo bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini e por diversos padres diocesanos. “Na missa de abertura, pude perceber que a missão não depende tanto de grandes programas e estruturas, mas de pessoas que desejem ser discípulos de Jesus Cristo e missionários de Seu Reino”, comentou Dom Luiz. Durante a semana, os seminaristas, junto de leigos missionários, saíram em grupos, e visitaram casa por casa para levar a Palavra de Deus aos fiéis do município. O bispo diocesano também esteve no município e participou de algumas visitas. “Para mim, a Semana Missionária foi uma experiência de encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo”, comentou Dom Luiz. Ele se disse admirado e profundamente agradecido a Deus pela acolhida que ele e os missionários receberam em Pauliceia, sobretudo dos padres, dos leigos e dos jovens da comunidade. Pauliceia fica em um dos extremos da Diocese de Marília e é conhecida por ter três assentamentos — Santo Antônio, Regência e Buritis — e dois acampamentos de sem-terras, onde, ao todo, residem aproximadamente 150 famílias. Todas que aceitaram a presença dos missionários, em um senso realizado antes da Semana Missionária, foram visitadas pelos seminaristas e pelos leigos. “Nos assentamentos, conhecemos mais de perto o projeto ‘Sementes

Crioulas’, e fomos bem acolhidos pelas famílias. Estive na casa de uma leiga chamada Zelinda, engajada na Pastoral da Saúde e na paróquia, e pude aprender, com sua história de vida, o valor e o poder da fé”, recordou Dom Luiz. “A presença do bispo foi muito importante”, considerou Caio Rodolfo da Silva Pereira, que está no 2º ano de Teologia. Ele esteve nos assentamentos e afirmou que poder conversar e participar da vida dos fiéis de Pauliceia foi muito gratificante. A Semana Missionária também teve oração do Terço Luminoso, missas e momentos especiais, como o da noite da quarta, dia 17, quando os seminaristas conduziram uma formação para os agentes de pastoral. Na oportunidade, eles falaram sobre o Ano do Laicato. A primeira edição da Semana Missionária ocorreu no ano de 2015, quando os seminaristas trabalharam nas paróquias Imaculada Conceição, de Mariápolis, e Santa Luzia, de Pracinha. No ano seguinte, o projeto missionário ocorreu na Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília, e em 2017, os seminaristas estiveram em Herculândia, na Paróquia Sant’Ana. Esta edição da Semana Missionária teve uma mudança em relação aos anos anteriores. Os seminaristas tiveram o auxílio de dez alunos da Escola Diaconal São Lourenço, que se dispuseram a ir até Pauliceia para auxiliar no trabalho de visitas e também de animação, oração e formação. Na avaliação do pároco, a presença dos seminaristas e dos candidatos ao diaconato permanente é uma experiência positiva, “pois os futuros ministros ordenados têm a oportunidade de conhecer uma realidade simples que vai ajudá-los a como realizar o seu ministério na Igreja”. Para o Pe. Afonso, a Semana Missionária ajudou a despertar a importância da missão permanente. “Na pré-missão, nossos agentes já perceberam como é fundamental estar atento aos que chegam; bem como não se acomodar em nossos pequenos grupos de Igreja e de amigos”, comentou. “Com todas as experiências somadas, podemos concluir que a Igreja é chamada a repensar e a relançar, com fidelidade e audácia, sua missão, na realidade de hoje”, finalizou Dom Luiz.

Fotos: Paróquia São Pedro, de Pauliceia | Pascom Diocese de Marília

Semana Missionária movimentou paróquia e suas comunidades


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Grupo conhece a nova Igreja-Irmã de Marília Cinco sacerdotes, um seminarista e quatro leigos da Diocese de Marília estiveram no Estado do Amazonas, visitando a Diocese de Coari, por 10 dias. Lá, eles conheceram a realidade local, bem diferente da diocese mariliense, e participaram de eventos com as comunidades cristãs. Fotos: Tiago Barbosa e Romildo Melato | Pascom | Diocese de Marília

Missionários da Diocese conheceram a realidade do Amazonas

D

ez representantes da Diocese de Marília tiveram uma experiência inédita neste início de ano. Eles viajaram para a distante Diocese de Coari, no coração do Estado do Amazonas. Ela é, há pouco mais de um ano, a nova Igreja-Irmã da Diocese de Marília. A iniciativa surgiu a partir de um acordo entre o bispo dioesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, e o bispo de Coari, Dom Marcos Piatek, CSsR. O grupo que viajou para o Amazonas foi formado por sacerdotes, leigos e um seminarista. Eles partiram no dia 23 de janeiro e retornariam no dia 2 de fevereiro (após o fechamento desta edição). Além do Pe. Willians Roque de Brito, administrador da Paróquia Santa Antonieta, de Marília, e assessor diocesano da Urgência Pastoral I, “Igreja em estado permanente de missão”, também estiveram em Coari os padres Anderson Messina Perini, de Garça; Marcos Roberto Cesário da Silva, de Tupã; Claudinei de Almeida Lima, de Panorama; e José Valdir Grisante, de Inúbia Paulista; o seminarista Tiago Barbosa; o casal Júlio e Zelina Cirino, de Marília; e os estudantes da Escola Diaconal, Romildo Melato, de Marília, e Eduardo Caparroz, de Garça. Quando chegaram em Manaus, com fuso horário de duas horas a menos, o grupo se dividiu em três menores, que foram para Coari, sede da Diocese, e também para as cidades de Beruri e Cadajas. O grupo que viajou para Coari — formado pelos padres Willians, Anderson e o seminarista Tiago —, fez o trajeto de lancha e levou nove horas para chegar ao destino. No retorno, combinaram de se encontrar em Coari e seguir de barco até Manaus, desta vez em uma viagem de 19 horas. As grandes distâncias entre uma localidade e outra e a falta de rodovias, apenas vias pluviais, foi um dos contrastes observados entre as dioceses de Marília e Coari. “A locomoção aqui é basicamente por barcos e também motocicletas. Existem poucos carros, pois a pavimentação também é precária. Tem asfalto somente no centro de Coari e no centro dos bairros. O restante são estradas de terra”, contou o Pe. Willians, em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS, diretamente da residência episcopal de Dom Piatek. Outros contrastes encontrados, além do fuso horário, são o clima, considerado quente, embora para a população de lá seja atualmente

chamado clima fresco, e a dificuldade de comunicação, tanto via telefone quanto internet. “Só nas cidades é possível se comunicar”, disse. Quando recebeu os missionários da Diocese de Marília, o bispo de Coari deu as boas vindas e falou da realidade da Igreja local. Dom Piatek se disse muito feliz em acolher os visitantes da Igreja-Irmã e lembrou que sua Igreja é simples, pobre, porém estava de braços abertos para os acolher. “Ele também nos falou sobre a história da sua Diocese, que antes de 2013, era chamada prelazia, e apresentou dados geográficos, demográficos e sociais”, relatou o Pe. Willians. A cidade de Coari tem 80 mil habitantes, sendo que até 40% da população é ribeirinha. O nível das águas, aliás, comanda a população, que constroi casas pelo sistema de palafitas, para evitar a inundação em épocas de cheia. Ao todo, a Diocese de Coari, que tem extensão territorial de 117.235 metros quadrados, é formada por 10 paróquias e existem atualmente 14 padres. Algumas paróquias chegam a ter até 120 comunidades, atendidas por dois sacerdotes. “O padre chega a visitar a comunidade duas vezes por ano, uma para ministrar os sacramentos e outra para formações. A comunidade se volta em torno da Catequese e da celebração da palavra, realizada pelos próprios leigos. Os leigos, aliás, são praticamente que conduzem a Diocese e tem presença significativa e fundamental”, comentou o sacerdote de Marília. Além das distâncias geográficas e da falta de recursos financeiros, outras dificuldades enfrentadas pela população são o tráfico de drogas, assaltos e mortes violentas. Durante o período em que estiveram no Amazonas, os dez missionários tiveram atividades diversas, sempre com o acompanhamento das lideranças locais. Eles participaram de celebrações, missas e também promoveram encontros com crianças e jovens. Segundo o Pe. Willians, a visita à Diocese de Coari tem o objetivo de despertar a consciência missionária nos cristãos da diocese paulista. “Tem sido uma experiência diversa. Descobrimos uma Igreja que faz opção preferencial pelos pobres. Uma Igreja que tem um povo simples e muito acolhedor”, comentou o Pe. Willians, ainda em Coari. Na véspera da viagem de retorno, o grupo se reuniria para fazer uma avaliação da experiência, juntamente com as lideranças da diocese do Amazonas.


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Coleta da Evangelização arrecada R$ 107 mil na Diocese

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Centro Diocesano de Pastoral (CDP) divulgou, em janeiro, o resultado da Coleta para a Evangelização, realizada no 3º Domingo do Advento, em 17 de dezembro. A arrecadação nas paróquias da Diocese de Marília foi de R$ 107.019,00, sendo que 45% dos re-

cursos ficarão na Diocese, 20% serão enviados ao Regional Sul I, e 35% serão destinados à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Neste ano, o tema da Campanha para a Evangelização foi “Cristãos leigos e leigas comprometidos com a Evangelização” e o lema “Sal da Terra e Luz do Mundo (Mt 5, 13-14)”.

Retiros de Carnaval animam três Regiões Pastorais no Carnaval Em todo período de Carnaval, os fiéis católicos têm tido a opção de participar de eventos voltados à evangelização e ao louvor a Deus. São os Retiros de Carnaval, promovidos pela Renovação Carismática Católica (RCC), que têm sido realizados nas três Regiões Pastorais da Diocese de Marília. As paróquias da Região Pastoral I poderão se reunir na sede da Diocese do dia 10 ao dia 13 de fevereiro. O Rebanhão de Carnaval ocorrerá no Espaço Elena Guerra, na Avenida Benedito Alves Delfino, 2327, no Distrito Industrial de Marília. No sábado e no domingo, o evento começa às 14h, na segunda às 19h e na terça de Carnaval, as atividades se iniciarão às 8h. Quem assessorará o encontro serão Kal Tedesco, da Comunidade Obra da Imaculada, e Hélio Maria, da Comunidade Missionária Mariana. O tema escolhido este ano, “Re-

tornai ao Primeiro Amor (Ap 2,4)” e o lema “Eis que estou à porta e bato (Ap 320a)”, foram os mesmos escolhidos pela RCC da Região I e também pela Região Pastoral II. Em Tupã, o Rebanhão com Cristo será realizado na Emef Prof. João Geraldo Iori, na Rua Ângelo Servilha Romeiro, no Jardim Aritana, do dia 10 ao dia 13 de fevereiro. A animação ficará por conta do Grupo de Oração Vida Nova, de Herculândia. Já na Região III, os fiéis terão a opção de se reunirem no Centro de Evangelização Mãe da Divina Misericórdia, em Dracena. O Retiro de Carnaval será um encontro de Cura e Libertação e ocorrerá nos dias 10 e 11, sempre com início às 14h. O tema escolhido para o encontro deste ano foi “Feitos à imagem e semelhança de Deus” e quem fará as pregações será Cristiano Bortolotti. O Ministério Reflexo de Deus fará a animação do evento. Foto: Arquivo

Retiros de Carnaval têm momentos de oração e serão realizados nas três Regiões

CIDADE | PARÓQUIA

VALOR

Adamantina | Santo Antônio de Pádua Adamantina | Nossa Senhora de Fátima Álvaro de Carvalho | Santa Cecília Arco-Íris | Senhor Bom Jesus Avencas | Nossa Senhora Auxiliadora Bastos | São Francisco Xavier Dracena | Nossa Senhora de Fátima Dracena | Nossa Senhora Aparecida Dracena | São Francisco de Assis Flora Rica | São José Flórida Paulista | Nossa Senhora Aparecida Garça | São Pedro Apóstolo Garça | Nossa Senhora de Lourdes Herculândia | Sant’Ana Iacri | São Luiz Gonzaga Inúbia Paulista | Imaculado Coração de Maria Irapuru | Santa Genoveva Junqueirópolis | Santo Antônio Lucélia | Sagrada Família Mariápolis | Imaculada Conceição Marília | São Judas Tadeu Marília | Maria Mãe da Igreja Marília | São Bento Marília | Nossa Senhora da Glória Marília | Santo Antônio Marília | Nossa Senhora de Fátima Marília | Santa Isabel Marília | São Sebastião Marília | São Miguel Arcanjo Marília | Sagrada Família Marília | Santa Rita de Cássia Marília | Nossa Senhora de Guadalupe Marília | Santa Antonieta Marília | Sagrado Coração de Jesus Marília | Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Marília | São João Batista Marília | Nossa Senhora de Fátima (Jóquei) Monte Castelo | Santa Cecília Nova Guataporanga | Nossa Senhora Aparecida Oriente | Nossa Senhora Aparecida Osvaldo Cruz | São José Ouro Verde | Nossa Senhora Aparecida Pacaembu | Nossa Senhora das Graças Panorama | São José Parapuã | Imaculada Conceição Paulicéia | São Pedro Apóstolo Paulópolis | Nossa Senhora Aparecida Pompéia | Nossa Senhora do Rosário Pracinha | Santa Luzia Queiroz | Nossa Senhora Aparecida Quintana | Nossa Senhora Aparecida Rinópolis | Nossa Senhora Aparecida São João do Pau D'Alho | São João Batista Sagres | São Benedito Salmourão | São João Batista Santa Mercedes | Nossa Senhora das Mercês Tupã | São Pedro Apóstolo Tupã | São Judas Tadeu Tupã | Nossa Senhora Auxiliadora Tupã | São José Operário Tupi Paulista | Nossa Senhora da Glória Vera Cruz | Sagrado Coração de Jesus

2.302,60 4.762,00 857,25 82,10 117,00 5.806,90 1.242,00 3.200,00 2.263,55 476,25 613,30 5.317,40 400,00 1.250,20 460,00 300,00 1.836,05 5.392,70 2.455,75 491,47 1.733,90 125,00 4.330,60 1.762,00 3.360,60 1.328,00 2.542,60 361,35 2.908,00 1.928,25 2.620,00 1.348,75 2.043,50 1.476,00 1.448,05 892,35 596,85 367,00 100,00 2.729,45 7.267,00 1.025,95 898,05 1.209,95 2.600,00 1.109,55 259,45 2.370,65 52,35 268,90 514,65 720,00 289,00 600,25 329,50 269,00 3.314,00 2.599,35 2.436,00 1.470,00 2.955,13 1.831,50

TOTAL

107.019,00


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Assembleia da PJ define nova Comissão Diocesana Evento reuniu, na cidade de Santa Mercedes, 10 jovens representantes de grupos de toda Diocese de Marília. O principal objetivo do encontro foi a formação da nova Comissão Diocesana da Pastoral da Juventude. Depois, foram escolhidos os eixos de formação e ação, que nortearão os trabalhos em 2018 e 2019.

A na.

Pastoral da Juventude (PJ) realizou, nos dias 13 e 14 de janeiro, sua Assembleia Diocesa-

O evento contou com a participação de 10 pessoas, que estiveram reunidas na Paróquia Nossa

Senhora das Mercês, na cidade de Santa Mercedes. Os participantes foram representantes dos grupos da PJ na Diocese de Marília. O principal objetivo da Assembleia foi a formação da nova Comissão Diocesana da Pastoral da Juventude. Seis eixos de forFotos: Pastoral da Juventude

Cartaz foi fruto de dinâmica que objetivou expressar quem são os jovens

Jovens carregam mala para simbolizar seu comprometimento com a PJ

mação e ação foram eleitos como prioritários. Essas prioridades nortearão as ações da PJ nos anos de 2018 e 2019. A nova comissão é formada por oito jovens, representantes das três Regiões Pastorais da Diocese de Marília. A Região I está representada pelos jovens Alex Silva, Lauriane Ferreira e Pamella Tallini da Silva, todos da cidade de Marília. Já a Região Pastoral II está representada por Amanda Magalhães e Lorena Altero, de Herculândia. E da Região Pastoral III foram escolhidos Leandro Costa e Gabriela Alves, de Santa Mercedes, e Vanessa Pereira, da cidade de Pauliceia. Segundo a coordenação da PJ, a função de cada jovem na Comissão Diocesana e o planejamento para o ano de 2018 serão definidos na primeira reunião, que ainda será agendada. Os eixos de formação e ação foram escolhidos no primeiro dia do encontro. De acordo com os coordenadores, o papel da Comissão Diocesana é desenvolver atividades que supram esses dois eixos. “Contudo, os eixos de articulação, espiritualidade e assessoria não serão deixados de lado”, informou Lauriane Ferreira Barbosa, coordenadora diocesana da PJ. Durante o evento em Santa Mercedes, os jovens tiveram um momento simbólico, que representou o compromisso de cada um com a Pastoral da Juventude. “Carregamos uma mala de viagem, que simbolizou que os jovens se comprometem com a história e o caminhar da PJ na Diocese de Marília. Também fizemos um cartaz, fruto de uma dinâmica que realizamos. O intuito foi expressar, por meio da arte, quem realmente somos, enquanto juventude, sem os rótulos que a sociedade costuma nos colocar”, concluiu Lauriane.

Crianças fazem Campanha dos Pequenos Reis Magos e arrecadam recursos Em outubro do ano passado, em pleno mês missionário, a Pastoral da Criança, em parceria com a Catequese, iniciou uma ação social que foi concluída no início de janeiro. A Campanha dos Pequenos Reis Magos teve seu encerramento no dia 23 de janeiro, quando foi feito o repasse dos recursos financeiros arrecadados em cerimônia presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, no distrito de Rosália, que pertence a Marília. Os “Reis Magos” estão no Evangelho de Mateus (2,11) e são lembrados por terem levado presentes para o Menino Jesus. E assim como os Reis Magos, as crianças que participaram da Campanha foram até as casas, rezaram, abençoaram as residências e pediram doações para as pessoas carentes. No total, 34 casas e famílias de Rosália foram visitadas e R$ 250,00 foi o valor arrecadado pelos voluntários da campanha. Segundo o coordenador diocesano da Pastoral da Criança, Moisés Soudário Inácio, esses recursos financeiros foram encaminhados para o setor internacional da Pastoral da Criança, e serão revertidos em benefícios às crianças de outras nações, especialmente do continente africano. “O intuito foi que crianças missionárias evangelizassem e tivessem ações de fraternidade e caridade com as demais, que estão em situação de miséria no mundo”, afirmou Moisés. Além da Pastoral da Criança e da Catequese, a iniciativa também teve a participação de outros movimentos, como o Terço dos Homens e a equipe de música da Comunidade Senhor Bom Jesus, de Rosália, que pertence à Paróquia Santa Antonieta, de Marília. “Não queríamos que acabasse esta campanha. Foi uma experiência muito boa e feliz para nós. Tantas crianças precisam de ajuda em outros países”, comentou o pequeno Diogo Roberto Martins Moraes, que interpretou o rei Baltazar durante as visitas. Foto: Pastoral da Criança

Crianças se vestiram para participar da Campanha


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Pascom promove encontros regionais de articulação No mês de janeiro, foram realizados encontros regionais da Pastoral da Comunicação (Pascom). O objetivo desses encontros foi articular essa pastoral e fortalecer o vínculo regional, por meio da participação dos agentes paroquiais. O primeiro encontro ocorreu no dia 12, em Dracena, na Região Pastoral III. Vinte e oito pessoas estiveram reunidas no Santuário de Nossa Senhora de Fátima. No dia seguinte, foi a vez de 30 agentes da Pascom da Região II se reunirem em Osvaldo Cruz, no salão da Paróquia São José. E no dia 14, o encontro ocorreu na cidade de Marília, quando 35 pessoas estiveram reunidas na Paróquia Santo Antônio. Na avaliação do coordenador diocesano da Pascom, Gustavo Uriel, os encontros foram excelentes e quase

MFC prepara formação para casais de Tupã O Movimento Familiar Cristão (MFC) promoverá, no dia 17 de fevereiro, um encontro de formação em Tupã. Os casais da cidade estarão reunidos a partir das 20h, na Paróquia São José Operário, e refletirão o tema “Conhecendo, amando e cuidando do MFC”. Os assessores do encontro serão Antônio Carlos Feliciano e Tânia Feliciano, casal do município paulista de Descalvado. Eles apresentarão as palestras “Famílias e suas dificuldades”, “Relacionamento Pais e Filhos”, e também discutirão a importância do Movimento para cada família. “Convidamos todos os casais mefecistas para esta importante noite de formação”, convocou Elaine Aparecida Pacola Miranda e Renato Quiqueto, casal coordenador do MFC. O MFC está presente, na Diocese de Marília, nas cidades de Tupã, com 135 casais, e Bastos, com 30 casais participantes. O movimento também é atuante em outras cidades do Estado de São Paulo e tem quatro frentes de trabalho: Evangelizador, que evangeliza a família; Missionário, que está sempre em missão; Acolhedor, que acolhe a família na sua realidade, completa ou incompleta; e de Espiritualidade, que é oferecida aos seus membros.

Foto: Pascom Diocese de Marília

todas as paróquias enviaram representantes. “Percebemos que todos estão dispostos a atender à proposta da Pascom”, disse o coordenador. Todos os encontros tiveram o mesmo cronograma. Após se apresentar, a coordenação diocesana da Pascom acolheu os novos membros das três Regiões que integrarão a equipe. Ao todo, são seis novos membros, dois de cada Região Pastoral. ESCOLA DE COMUNICAÇÃO No dia 25 de fevereiro, em Osvaldo Cruz, serão entregues os certificados à primeira turma da Escola de Comunicação Paulo Apóstolo. No mesmo dia, as novas turmas iniciarão o curso, que terá como assessor José Eymard, repórter e apresentador da TV Aparecida.

Na Região II, o encontro foi realizado na paróquia de Osvaldo Cruz, em 13 de janeiro

FIQUE DE OLHO CATEQUESE No primeiro mês do ano, a equipe diocesana da Catequese propôs a realização de encontros de formação para os catequistas de todas as paróquias. A proposta foi que os encontros ocorressem do período de 22 a 26 de janeiro, com o estudo das Cartas do Sulão, que têm como tema “Comunicação no Processo de Iniciação à Vida Cristã” e o lema “Senhor, todos te procuram (Mc 1, 37)”. De acordo com a coordenação, as paróquias se organizaram a partir da realidade de cada comunidade, adaptando as datas de uma forma que todos pudessem participar. Segundo Rosa Fernanda Gutierres Castanha, coordenadora diocesana da Catequese, até o fechamento desta edição, 90% das paróquias já haviam concluído a semana de formação proposta. Elas estudaram o tema sugerido e se organizaram tanto em nível paroquial como por micro-região, isso nas três Regiões Pastorais. As demais paróquias, que ainda não realizaram a formação, já agendaram uma nova data para que a formação seja realizada ainda no mês de fevereiro. “Vejo com alegria e entusiasmo o resultado das formações nas três Regiões até agora, pois percebo a participação efetiva dos catequistas, com um mínimo de ausências. De um modo geral, a avaliação feita pelos próprios ca-

tequistas é positiva e estão saindo com maior conhecimento e animados para o ano catequético que se inicia. Agradeço a participação de todos e que estejamos cada vez mais unidos para a missão que o Senhor nos confiou!”, concluiu a coordenadora diocesana. PADRES RELIGIOSOS Neste início de ano, além do remanejamento de alguns sacerdotes diocesanos, duas paróquias também receberam seus novos padres, que são sacerdotes religiosos. É o caso da Paróquia Santa Isabel, que receberá o Pe. José Gilmar Moreira, RSV, natural de Martinópolis (SP). Ele chegará provavelmente depois do Carnaval e será o novo pároco dessa paróquia mariliense que é administrada há anos pelos sacerdotes da Congregação dos Religiosos de São Vicente. Já em Osvaldo Cruz, assumiu como vigário o Pe. José Jailson da Silva, CP, nascido na Paraíba, na cidade de Nova Palmeira. O sacerdote, pertencente à Congregação da Paixão de Jesus Cristo, integrará o grupo de padres passionistas que administram a Paróquia São José desde sua criação. A missa de acolhida do vigário ocorreu no dia 26 de janeiro. ECC Do período de 17 de dezembro de 2017 a 7 de janeiro deste ano, a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de

Marília, recebeu a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora do Desterro. Ela é a padroeira de Jundiaí (SP), que sediará, de 7 a 9 de setembro, o XVII Congresso da Região Sul do Encontro de Casais com Cristo (ECC). A imagem peregrina está percorrendo as 40 dioceses do Estado de São Paulo que têm o ECC implantado. Na Diocese de Marília, o movimento está presente em 14 paróquias e a primeira paróquia a receber a visita na Diocese foi a São José, de Panorama. Diversas atividades envolvendo as famílias foram realizadas durante a estada da imagem na Paróquia Perpétuo. Também foram celebradas missas em todas as comunidades da paróquia, celebradas pelo pároco, Pe. Evandro César Batista Ribeiro. Antes da Paróquia Perpétuo Socorro, a imagem esteve na igreja Sagrada Família e depois foi para a Paróquia Santa Isabel. A peregrinação começou em abril de 2017 e será encerrada em setembro, quando a imagem voltará a Jundiaí. O congresso visa dar continuidade ao serviço que o ECC presta à Igreja e ao aprimoramento de seus dirigentes. ERRATA Na edição passada, foi publicado que o Pe. Evandro César Batista Ribeiro foi ordenado em 29 de dezembro de 2007, porém, a data correta dos 10 anos de sacerdócio foi o dia 28 de dezembro.


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Atualidade 14º Intereclesial discute mundo urbano em Londrina

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proximadamente quatro mil fiéis de todo o país estiveram reunidos em Londrina, no Estado do Paraná, para o 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s). O evento, que ocorre a cada quatro anos, nesta edição refletiu o tema “CEB’s e os desafios no mundo urbano” e o lema “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo (Ex 3,7)”. O 14º Intereclesial ocorreu do dia 23 ao dia 27 de janeiro, no ginásio do Moringão, região central da cidade, e contou com a participação de nove delegados da Diocese de Marília. Foram quatro representantes da Região Pastoral I, um da Região II e quatro fiéis da Região Pastoral III. Um dos participantes foi o Pe. José Afonso Maniscalco, que é assessor diocesano das CEB’s e pároco em Pauliceia e Santa Mercedes. “Os pés pisam as terras vermelhas do norte do Paraná, particularmente da cidade de Londrina que de braços, coração aberto, alma festiva acolhe os delegados, assessores, bis-

Foto: Arquivo Pessoal

Delegados que representaram a Diocese no 14º Intereclesial, realizado em Londrina (PR)

pos, padres, religiosos para, celebrar a festa das comunidades”, afirmou Dom Giovane Pereira de Melo, bispo diocesano de Tocantinópolis (TO) e referencial do Setor CEB’s da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Embora ele não estivesse presente ao evento, pois se recuperava de um acidente automobilistico, sua mensagem de boas vindas foi lida no primeiro dia do Intereclesial.

O evento teve uma extensa programação, com diversas palestras, apresentadas por pessoas de renome no cenário político, social e eclesial. Todas baseadas no método Ver, Julgar e Agir. Antes do encerramento, todas sa reflexões feitas foram expressas na Carta do 14º Intereclesial. Além de fiéis brasileiros, o evento em Londrina também teve a participação de representantes de outros

países, outras Igrejas e dos povos indígenas. Durante o encontro, foi lida a mensagem do Papa Francisco escrita especialmente para o Intereclesial, em que anima a caminhada e a comunhão com toda a Igreja. “Senti muita alegria em ver tanta gente que vive uma Igreja comprometida com os pobres. Na simplicidade da vida, onde os pobres são protagonistas da libertação”, comentou o Pe. Afonso, que participou do seu primeiro Intereclesial. Quem esteve no evento pela segunda vez foi Augustinho Ropero, de Panorama, que é coordenador das CEB’s na Diocese de Marília. Ele considerou o encontro bom e disse que todos foram muito bem acolhidos em Londrina. Em entrevista ao informativo NO MEIO DE NÓS, Augustinho afirmou que as palestras deixaram os participantes animados e entusiasmados para levar as experiências vividas às suas comunidades. “Estamos fazendo partilhas com pessoas de todas as regiões do país”, disse ele, ainda durante o Intereclesial.

Superação da violência é refletida em encontros da CF 2018 No mês de janeiro, foram realizados dois dos três encontros de formação previstos para preparar as paróquias da Diocese de Marília para a Campanha da Fraternidade (CF). Em 2018, o tema refletido é “Fraternidade e superação da violência” e o lema é “Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)”. O primeiro encontro ocorreu no dia 21 de janeiro, em Adamantina, na Região II. Cerca de 65 pessoas estiveram reunidas pela manhã na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini. Uma semana depois, foi a vez de os representantes da Região Pastoral III se reunirem em Junqueirópolis, na Paróquia Santo Antônio. Ao todo, 75 pessoas refletiram o tema. Os dois encontros também contaram com a presença de sacerdotes. Segundo o coordenador diocesa-

Foto: Milton Ura | No Cliclk com o Senhor

Na Região II, o encontro preparatório reuniu cerca de 65 pessoas em Adamantina

no da CF, Pe. Adeflor Xavier Pereira Júnior, os encontros seguem a metodologia do Texto-Base da Campanha da Fraternidade, que é o Ver, o Julgar e o Agir. A primeira parte foi apre-

sentada pela leiga Terezinha Souza e Silva, a segunda parte pelo Pe. Adeflor e o Agir pela leiga Alessandra Faria Rossi. O terceiro encontro deverá ocor-

rer em Marília, no dia 9 de fevereiro, das 20h às 22h. A Faculdade João Paulo II (Fajopa) foi o local escolhido para o encontro. Nos três eventos também é motivada da Coleta da Solidariedade, que neste ano ocorrerá no dia 25 de março em todo o Brasil. O coordenador revelou que sua avaliação foi positiva, embora o número de participantes das Regiões II e III tenha diminuído, em comparação aos encontros preparatórios do ano passado. Para as paróquias da Região I, o sacerdote faz um apelo: “lembro da importância do tema da CF, que é muito próximo da realidade das pessoas. Não é possível não se sentir incluído na reflexão dessa temática da violência”, concluiu o Pe. Adeflor, reforçando que os participantes são, a partir de então, agentes multiplicadores.


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NO MEIO DE NÓS

Fevereiro de 2018

Região I Garça celebra 60 anos do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes

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m Garça, o Santuário Nossa Senhora de Lourdes festejará sua padroeira neste mês de fevereiro. Segundo o administrador paroquial, Frei Lucas Lisi Rodrigues, OFM, diversas atividades foram programadas. Nos dias 8, 9 e 10, será realizado um tríduo preparatório e, no primeiro dia, o Frei Luis Fernando Nunes Leite, OFM, refletirá o tema “Maria, esposa do Espírito Santo e mãe do belo amor”. No dia seguinte, o tema “Maria, filha de Deus Pai e amparo da Fé” será apresentado pelo Frei Wagner Gleyson Theodoro, OFM, e no último dia de tríduo, o Frei Teodolino Brás Pereira, OFM, refletirá o tema “Maria, mãe de Jesus Cristo e esperança dos fiéis”. Em 11 de fevereiro, o dia da padroeira começará com uma missa às 7h30, na Comunidade São Vicente. Às 11h30, a imagem da padroeira receberá

Foto: Santuário Nossa Senhora de Lourdes | Garça

Santuário completará 60 anos em março, mas comemoração será no mês da padroeira

a coroa franciscana e os fiéis recitarão o Rosário de Nossa Senhora de Lourdes. Logo em seguida, a imagem da padroeira será levada em carreata pelas ruas da cidade. E à noite, às 19h, terá início uma missa solene, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Em 1955, no dia de Nossa Senhora

de Lourdes, 11 de fevereiro, a segunda paróquia de Garça teve seu decreto de criação assinado pelo primeiro bispo de Marília, Dom Hugo Bressane de Araújo. Desde o princípio, a paróquia foi administrada pelos religiosos da Ordem dos Frades Menores. Três anos depois, em 25 de março, Dom Hugo elevou a paró-

quia a Santuário, sendo o primeiro santuário mariano no território diocesano. Para fazer memória a essas seis décadas, o tema escolhido para as festividades em Garça foi “Nestes 60 anos de Santuário, ajudai-nos a nos aproximar de Jesus!”. No dia 11 de fevereiro, a Igreja Católica também celebra o Dia Mundial dos Enfermos. “Nesse dia, recordamos que Nossa Senhora de Lourdes, em suas aparições para Bernadete, tinha junto de si o objetivo de curar as pessoas de sua maneira de pensar e agir. Ou seja, a cura física, mas sobretudo a cura espiritual”, comentou Frei Lucas. Em 2018, o tema do Dia Mundial dos Enfermos é “‘Eis o teu filho! (…) Eis a tua mãe!’ E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-A como sua (Jo 19, 26-27)”, uma referência às palavras de Jesus ditas, do alto da cruz, à sua mãe.

Região II Religiosos assumem administração de hospital em Adamantina

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Diocese de Marília acolheu, no mês de janeiro, os freis Franciscanos, que chegaram na cidade de Adamantina. Dois religioso, Frei Mateus Alves e o pré-noviço, Henrique de Souza, chegaram na cidade para atuar na Santa Casa de Misericórdia. No dia 16 de janeiro, o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, presidiu, na Paróquia Santo Antônio, missa em ação de graças pela chegada dos franciscanos. Na oportunidade, ele deu as boas-vindas e apresentou os religiosos à comunidade adamantinense. A celebração contou com a presença de cerca de 20 religiosos. A missa foi concelebrada pelo clero local e também alguns dos frades sacerdotes, sendo um deles o fundador da Associação Franciscana, Frei Francisco Belotti. A vinda dos religiosos à cidade foi possível após meses de análises e reuniões, encabeçadas pelos Poderes Exe-

Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Hospital Santa Casa de Misericórdia de Adamantina agora será administrado pelos freis

cutivo e Jurídico e o Ministério Público, com apoio de lideranças da Igreja Católica. Dom Luiz deu aval para a atuação dos freis em Adamantina, já que, sem o sinal positivo, a Associação Franciscana não poderia gerir a Santa Casa. Os religiosos que chegaram a Adamantina fazem parte da Associação Lar

São Francisco de Assis na Providência de Deus, que é uma entidade filantrópica cristã, sem fins lucrativos, dedicada a acolher, cuidar e servir àqueles que mais necessitam. Com sede em Jaci (SP), a entidade atua em diversas cidades dos Estados de Goiás, Minas Gerais, Pará, Rio de Janei-

ro e São Paulo. Os religiosos também estão presentes em Porto Príncipe, Haiti, que desenvolve uma missão de atendimentos de saúde, educação e nutrição. O trabalho da Associação engloba a gestão de hospitais gerais e de cuidados específicos, como para portadores de multideficiências e idosos em fase terminal. Sobre sua vinda para território da Diocese de Marília, Frei Mateus disse que esta é uma terra de pessoas de bom coração. “Adamantina é uma terra diferente, de pessoas de um coração fora do comum. Estar aqui se tornou não só um desafio, mas também um privilégio. Estou no meio deste povo muito acolhedor”, disse o religioso, que veio de Presidente Prudente (SP), onde trabalhou com dependentes químicos. Já Henrique estava em Jaci, onde estava no período de formação. Conheça mais sobre a Associação no site http://www.franciscanosnaprovidencia.org.br.


NO MEIO DE NÓS

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Região III Fiéis de Dracena comemoram 50 anos da Paróquia de Fátima

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o dia 6 de janeiro, há 50 anos, foi criada a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Dracena. Na época, quem assumiu como primeiro pároco foi o Mons. Achiles Pacceli de Oliveira Pinheiro, que reside, há dois anos, na Fundação Santa Cruz, em Campos do Jordão (SP). Segundo relatos da época, o então jovem sacerdote encontrou grandes desafios, mas os superou graças ao seu dinamismo pastoral e devido à ajuda do povo. “Haviam muitas comunidades rurais, como as dos bairros Maquininha, Marrequinha, Jamaica e Jaciporã. O Mons. Achiles trabalhou com grande garra para que a paróquia pudesse ser cada vez mais dinâmica. E por esse motivo, a comunidade achou por bem convidá-lo para presidir a santa missa. Mas infelizmente ele não pôde estar conosco”, comentou o atual pároco, Pe. Wilson Luís Ramos. MISSA FESTIVA A celebração em ação de graças ocorreu no dia 7 de janeiro, às 19h. Na entrada, a comunidade introduziu um círio grande aceso, que ficará em um lugar de destaque no Santuário durante esse ano em que se comemora o Jubileu de Ouro. No final da celebração, os coordenadores das cinco comunidades do Santuário acenderam os círios menores que vão permanecer acesos nas missas mensais, como sinal de unidade com a Paróquia Nossa Senhora de Fátima. A imagem da padroeira foi levada ao altar por Cleusa Rossetto, que a introdu-

ziu há 50 anos, quando ainda era criança. “Durante a celebração, tivemos 25 casais que foram convidados para um bonito cortejo de rosas no interior da igreja. Eles receberam a imagem de Nossa Senhora de Fátima que fora introduzida na igreja matriz na época da criação. As rosas dos casais foram colocadas aos pés da imagem da padroeira. Ao final da missa, os casais escolheram fiéis de forma aleatória e entregaram botões de rosa, com o objetivo de que quem os recebesse pudesse dar um pouco de si em favor da comunidade”, relatou o sacerdote. A celebração teve diversos momentos especiais como a apresentação do brasão confeccionado especialmente para o Jubileu de Ouro. Ele foi apresentado aos fiéis por um casal da comunidade. No momento do ofertório, 10 jovens colocaram, junto ao brasão, feixes de trigo. Isso significou que a juventude faz parte dessa história de 50 anos. A missa foi animada pela Orquestra de Junqueirópolis. Na ação de graças, foram distribuídos alguns cartões contendo explicação do brasão criado. Após a celebração, os fiéis puderam comemorar o aniversário de 50 anos com a partilha de um grande bolo. Na avaliação do pároco, a festa foi muito alegre. “Todas as pastorais se uniram para que a festa fosse linda e isso aconteceu. Graças à ajuda de todos”, comentou o Pe. Wilson. O sacerdote comunicou que, no decorrer desse ano jubilar, haverá muitas outras atividades que serão realizadas pelos 50 anos de evangelização. Foto: Paróquia Nossa Senhora de Fátima | Dracena

Jovens levam ao altar trigo, para simbolizar presença da juventude nesses 50 anos

Lar Santa Genoveva começa segunda etapa da construção Em Irapuru, a população acompanha, ansiosa, a construção do Lar dos Idosos Santa Genoveva, que abrigará pessoas da terceira idade de diversas cidades da região. A obra já passou pela primeira etapa, que foi do alicerce até a laje. Os trabalhos começaram no mês de abril e o término dessa primeira fase ocorreu em dezembro do ano passado. A obra possui um total de 1.210 metros quadrados. Essa segunda etapa começou ainda em janeiro e objetiva fazer a cobertura da edificação. Segundo os coordenadores da obra, será feita toda a parte de madeiramento e telhado. CONTRIBUIÇÃO DA COMUNIDADE

Desde o início, a população de Irapuru tem se empenhado na construção do Lar dos Idosos, que receberá os moradores do antigo asilo, que encerrou suas atividades por enfrentar algumas dificuldades. Segundo o então pároco, Pe. Adriano dos Santos Andrade, que agora está em Lucélia, a comunidade tem contribuído mensalmente com carnês ou boletos bancários. “O Lar dos Idosos tem 350 contribuintes”, revelou o sacerdote. Além disso, a população também colabora e participa de eventos que angariam fundos, como quermesse, festa junina e a Ação entre Amigos. O Lar dos Idosos foi escolhido pela Diocese de Marília como o Marco da Misericórdia, no final de 2016. Foto: Paróquia Santa Genoveva | Irapuru

A primeira etapa da obra do Lar, que foi do alicerce até da laje, já foi concluída

Comunidade católica de Irapuru festeja padroeira com missa No dia 3 de janeiro, a comunidade católica de Irapuru celebrou o dia de sua padroeira, Santa Genoveva. Uma missa em ação de graças foi o principal evento da festividade. A missa foi presidida pelo pároco, Pe. Adriano dos Santos Andrade, que deixou a cidade dias depois e tomou posse no dia 20 como pároco em Lucélia e em Pracinha. Na missa em honra à padroeira, todas as pastorais e movimentos da paróquia estiveram representadas. Santa Genoveva foi escolhida para ser padroeira da cidade antes mesmo da criação da paróquia, em 1º de maio de

1956. A primeira igreja foi construída em 1948 e a recebeu como padroeira, pois lembrava uma das benfeitoras e mãe de um dos fundadores da cidade, chamada Genoveva. Já a padroeira nasceu em 422 em Nanterre, na França e faleceu por volta do ano 500. De acordo com relatos, tinha apenas sete anos quando prometeu a São Germano de Auxerre abraçar a vida religiosa. Aos 15 anos, fez voto de castidade diante do bispo de Paris, e, até o fim de sua vida, viveu intensamente a penitência, a oração e amor a Jesus Cristo.


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Fevereiro de 2018

Diocese prepara 35º Encontro de Assessores e Agentes

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odo início de ano é marcado por um encontro diocesano muito importante para a caminhada pastoral da Diocese, ainda mais neste Ano Nacional do Laicato. Trata-se do Encontro Diocesano de Assessores e Agentes de Pastoral da Diocese de Marília, que este ano chega à 35ª edição. O evento ocorrerá no dia 18 de fevereiro, em Adamantina, no Centro Universitário de Adamantina (Unifai). Os agentes e assessores estarão reunidos a partir das 8h, quando será oferecido um café da manhã e feita a entrega de crachás. Já o encerramento está previsto para as 15h. Nesse período, eles serão assessorados pelos padres José Carlos Vicentin e Willians Roque de Brito, ambos da cidade de Marília. Dentre os objetivos do encontro diocesano está o estudo do Documento 105 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com as cinco urgências do Plano Diocesano de Pastoral (PDP). A rearticulação do Conselho Nacional do Laicato no Brasil (CNLB) na Diocese de Marília também é uma proposta que será feita durante o encontro em Adamantina. Dentre as reflexões que serão relizadas estão a atuação dos leigos nas pro-

Foto: Arquivo

Encontro de Agentes do ano passado, quando foram aprovadas propostas para o PDP

postas do PDP e também como estimular a ação dos leigos na sociedade. Durante o encontro, cada participante receberá um exemplar do Documento 105 da CNBB. “A ideia é propor que o Documento 105 venha contribuir com aquilo que nós mesmos já definimos no Plano Diocesano de Pastoral. Nossa diocese já tem propostas que contribuem com a participação dos leigos na Igreja”, comentou o Pe. Willians. PARTICIPANTES Segundo o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, são convidados a participar do encontro em Adamantina dois representantes por paróquia, sendo um o coordenador do

Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) e outro membro do Conselho. Também são convidados os assessores eclesiásticos de pastoral em âmbito diocesano, os membros do Conselho Diocesano de Pastoral e os membros da Coordenação Diocesana de Pastoral. Além deles, também deverão participar desse momento de comunhão os religiosos e religiosas, consagrados e consagradas e os seminaristas da Diocese de Marília. CRONOGRAMA Após a chegada dos participantes, será celebrada a Santa Missa, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Para as 9h30, está prevista

a primeira apresentação, feita pelo Pe. Willians. O sacerdote fará a relação do Documento 105 com o Plano Diocesano de Pastoral. Após um breve intervalo, o Pe. Vicentin fará a segunda apresentação, na qual falará sobre as propostas para a celebração do Ano do Laicato na Diocese de Marília. Ainda no período da manhã, haverá uma conversa em grupo sobre as apresentações dos sacerdotes. A proposta é que cada grupo faça uma síntese de no máximo dez linhas. Durante almoço, um pequeno grupo fará a síntese do encontro, com base nos apontamentos feitos pelos leigos. Esse trabalho será coordenado pelo Pe. André Luiz Martins dos Santos, de Marília. Logo após, o coordenador diocesano fará a apresentação do resumo a todos os presentes. “Esse encontro é sempre um momento forte de comunhão para a nossa Diocese e também uma rica troca de experiências. Continuamos a caminhar com nosso Plano Diocesano de Pastoral e, especialmente neste Ano Nacional do Laicato, somos iluminados pelas ideias do Documento 105, que incentiva uma presença mais intensa do leigo na Igreja e na Sociedade”, concluiu o Pe. Ademilson Luiz Ferreira.


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