Jornal No Meio de Nós - Edição 227 - julho de 2017

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 19 | Edição 227 | Julho de 2017

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Fiéis se reúnem para Corpus Christi Foto: Érica Montilha | Pascom | Diocese de Marília

Papa Francisco nomeia bispos ligados a Marília Nos meses de maio e junho, o Papa Francisco nomeou dois novos bispos para o Brasil ligados à Diocese de Marília: Monsenhor Luiz Antônio Lopes Ricci, diretor da Faculdade cuja mantenedora é composta pelos bispos da Província Eclesiástica de Botucatu, e Monsenhor Amilton Manoel da Silva, missionário passionista, natural de Osvaldo Cruz. As ordenações estão marcadas, respectivamente, para os dias 16 de julho e 19 de agosto. Ambas as nomeações receberam a cobertura da Rede de Comunicação NO MEIO DE NÓS. Página 7

Santificação Sacerdotal é celebrada em Adamantina

Em Marília, bispo Dom Luiz Antonio Cipolini presidiu a celebração em frente à Catedral Basílica de São Bento

No dia 15 de junho, fiéis católicos se reuniram em todas as cidades da Diocese de Marília para celebrar o Corpus Christi, a Festa do Corpo de Cristo, que objetiva celebrar o mistério da Eucaristia. Em Marília, como de costume, a solenidade reuniu o clero de todas as paróquias. A missa foi presidida pelo bispo diocesano,

Dom Luiz Antonio Cipolini na praça da Catedral Basílica de São Bento. Em seguida, os milhares de fiéis seguiram em procissão até o Santuário Nossa Senhora da Glória, onde houve a bênção do Santíssimo Sacramento. Em algumas cidades da diocese, ainda se mantém a tradição de enfeitar as ruas com materiais

como serragem colorida, pó, cal e areia. Algumas cidades aproveitam o Corpus Christi para refletir sobre a solidariedade, confeccionando tapetes feitos de retalhos e também pedindo a doação de fraldas geriátricas. Páginas 8 e 9

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

Dom Abade Matthias Tolentino Braga, de São Paulo, fala sobre o exemplo de São Bento, o pai do monaquismo

A ação evangelizadora da Catedral Basílica de São Bento é bordada pelo organista Geraldo L. de Campos

O abade do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, Dom Filipe escreve sobre vida do pai da Ordem Beneditina

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Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Momento de espiritualidade foi conduzido pelo Pe. Angelo

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ENFOQUE

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O clero diocesano esteve reunido em 23 de junho, para celebrar o Dia de Santificação Sacerdotal. A data escolhida para a celebração é o Dia do Sagrado Coração de Jesus. Os sacerdotes participaram da palestra do Pe. Angelo Fornari e tiveram momento de adoração ao Santíssimo Sacramento na Casa Pastoral Diocesana, em Adamantina.

Cáritas entrega R$ 134 mil a 21 projetos sociais Parte dos recursos obtidos durante a Coleta da Solidariedade foram distribuídos a 21 projetos sociais desenvolvidos por paróquias e entidades católicas. A solenidade de entrega dos cheques ocorreu no dia 24 de junho, em Marília.

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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

Julho de 2017

Editorial

Oremos e trabalhemos... No final de semana em que o Informativo NO MEIO DE NÓS chega a vossas mãos, celebramos a Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo! Para nós, da Diocese de Marília, esta celebração ganha tons ainda mais especiais, pois São Pedro, o “Príncipe dos Apóstolos”, como escrevera nosso primeiro bispo diocesano, Dom Hugo

Bressane de Araújo, ao declará-lo nosso patrono, está presente nas três Regiões Pastorais! Com os fiéis de Garça, Tupã, Paulicéia, e de todas as cidades, cantamos que nosso padroeiro é a “Pedra Forte”, exemplo de Pastor e Apóstolo que o próprio Cristo nos deu como intercessor. No mês de julho, nossa atenção se volta também para nossa igre-

ja-mãe: a Catedral Basílica Menor de São Bento Abade. No dia 11, celebraremos o patrono de nossa sede episcopal! Motivo de júbilo e orgulho para todos nós, pois o pai dos beneditinos leva seu nome em mosteiros, igrejas, universidades e escolas no mundo inteiro, contudo, em Marília, temos a única Catedral Basílica dedicada a ele.

Roguemos a Deus para que seu exemplo de oração e trabalho ajude-nos no seguimento de Jesus Cristo. Como as noites de inverno se tornam cada vez mais frias, lembremo-nos, com carinho, de tantos irmãos que passam frio! Que consigamos assisti-los com nossas orações e, sobretudo, com o nosso trabalho.

Enfoque

O Pai do monaquismo Ilustração: Jorge Armando Pereira

DOM ABADE MATTHIAS TOLENTINO BRAGA

São Bento, pai do monarquismo ocidental, é um santo católico que viveu como monge há uns 1.500 anos. Fundou inúmeros mosteiros. Ele escreveu uma Regra de vida que orientasse seus confrades “a verdadeiramente buscar a Deus”. Nesta Regra, ele nos apresenta o mosteiro como “a escola do serviço do senhor”, lugar em que os monges, através do mútuo cuidado fraterno, podem seguramente dar uma resposta ao convite de perfeição evangélica: “sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito”.

A beleza da vida deste santo, marcada por milagres e testemunhos, é narrada por São Gregório Magno em seu Segundo Livro dos Diálogos. Já os ensinamentos de São Bento podem ser aprendidos diretamente de sua Regra. A novidade da doutrina de São Bento foi apresentar a sabedoria monástica como proveitosa não só para os monges, mas também como testemunho cristão para qualquer pessoa. Antes de São Bento, enfatizava-se como essência do monaquismo a prática de rigorosos jejuns e de longas vigílias de oração associados às inúmeras mortificações. Sem desprezar estes instrumentos de aper-

feiçoamento cristão, São Bento faz notar que “a meta do monge de buscar continuamente a Deus” coincide necessariamente com o aperfeiçoar-se no trato com nosso semelhante. Ensina, pois, que o convívio fraterno é o lugar necessário à santificação do discípulo de Jesus, pois somente aí se pode praticar o mandamento novo do amor ao próximo. Em síntese, São Bento nos mostra que a santidade está ao alcance de todos e pode ser vivida em qualquer lugar que estejamos. Dom Abade Matthias Tolentino Braga, O.S.B., é Abade do Mosteiro de São Bento, de São Paulo.

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CÚRIA DIOCESANA: Av. Nelson Spielmann, 521 - Marília/SP - CEP 17500-970 - Fone/fax: (14) 3401-2360 - E-mail: curia@diocesedemarilia.org.br | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMAÇÃO: Danilo Cordeiro Silva | REVISÃO: Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Ademilson Luiz Ferreira | CONSELHO EDITORIAL: Tiago Barbosa e Márcia Welter | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.org.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA - Fone: (14) 3223-2844 | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes | Envie notícias para o Informativo (jornalnomeiodenos@yahoo.com.br) e para o Portal (pascom.marilia@gmail.com).


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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo

Oração pelo Brasil “Reconhecemos a necessidade de rezar constantemente pela paz, porque a oração protege o mundo e o ilumina. A paz é o nome de Deus” (Papa Francisco).

Amados Irmãos e Irmãs, o Conselho Episcopal de Pastoral (Consep), em sua última reunião, mais uma vez, refletiu sobre o momento religioso, político, econômico e social vivido por nosso país. À conclusão, foi solicitado que a Presidência da CNBB enviasse aos irmãos bispos uma sugestão de oração pelo Brasil, juntamente com o pedido de que, em todas as nossas comunidades, os fiéis se unissem em prece nessa intenção. Como o Santo Padre pediu que rezássemos pela paz no mundo, poderíamos pedir às nossas comunidades que rezem também pelo Brasil. Diante de tanta incerteza, corrupção, violência, injustiça, dirijamos nossa oração a Deus, para que dê a paz ao Brasil e ao mundo inteiro. A VERDADEIRA PAZ COMEÇA NO SEU CORAÇÃO Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Vivemos um momento triste, marcado

Dom Luiz visita Adamantina De 29 de junho a 2 de julho, o bispo Dom Luiz Antonio Cipolini, estará na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Adamantina. Durante a visita pastoral, ele conhecerá entidades, como Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e o Lar Cristão, Colégio Madre Clélia e Santa Casa. Dom Luiz também fará reuniões com o Conselho Pastoral Paroquial (CPP) e Conselho de Assuntos Econômicos Paroquial (Caep). Foto: Paróquia Nossa Senhora de Fátima | Adamantina

Dom Luiz presidirá missas, fará visitas e terá reuniões

DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

por injustiças e violência. Necessitamos muito do vosso amor misericordioso, que nunca se cansa de perdoar, para nos ajudar a construir a justiça e a paz, em nosso país. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Estamos indignados, diante de tanta corrupção e violência que espalham morte e insegurança. Pedimos perdão e conversão. Cremos no vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer as causas dos graves problemas do país: injustiça e desigualdade, ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejam atentos às necessidades das pessoas mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os conflitos! Que as barreiras sejam superadas por

meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos! Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Vosso Filho, Jesus, nos ensinou: “Pedi e recebereis”. Por isso, nós vos pedimos confiantes: fazei que nós, brasileiros e brasileiras, sejamos artesãos da paz, iluminados pela Palavra e alimentados pela Eucaristia. Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil! Vosso filho Jesus está no meio de nós, no Santíssimo Sacramento, trazendo-nos esperança e força para caminhar. A comunhão eucarística seja fonte de comunhão fraterna e de paz, em nossas comunidades, nas famílias e nas ruas. Seguindo o exemplo de Maria, queremos permanecer unidos a Jesus Cristo, que convosco vive, na unidade do Espírito Santo. Amém!

AGENDA DO BISPO 01 a 02/07 – Visita Pastoral à Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Adamantina. 03 a 07/07 – Pregação do Retiro Espiritual para os Oblatos de Cristo Sacerdote. 09/07 – Encontro Diocesano das Pastorais Sociais, em Tupã, na Paróquia São Judas Tadeu. 10/07 – Missa na Catedral, às 7h15. 11/07 – São Bento, Abade. Missa na Catedral, às 19h30. 12/07 – Pregação na Novena a Nossa Senhora do Carmo, na Catedral de Jaboticabal. 13/07 – Terço no Lar São Vicente de Paulo, às 15h. Missa na Pró-Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística. 14/07 – Missa na Catedral, às 7h15. 16/07 – Ordenação Episcopal do Monsenhor Luiz Antônio Lopes Ricci, em Bauru. 17/07 – Missa na Catedral, às 7h15. 18/07 – Missa na Catedral, às 7h15. 19/07 – Missa na Catedral, às 7h15. 20 a 23/07 – Visita Pastoral à Paróquia São José, em Panorama. 24/07 – Abertura da Semana de Formação Catequética na Paróquia São Miguel. 29/07 – Confraternização com seminaristas no Seminário São Pio X - Propedêutico | Admissão e Ministérios na Catedral, às 19h30. 30/07 – Missa no IV Encontro Estadual da Infância e Adolescência Missionária, às 10h30, na Paróquia Santo Antônio, em Marília.


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Assessoria Litúrgica Espiritualidade Nossa Senhora do Carmo PE. ANDERSON MESSINA PERINI

A festa de Nossa Senhora do Carmo ocorre em 16 de julho. No calendário litúrgico romano geral é celebrado no grau de memória facultativa. Entretanto, no Brasil, em vista de ser uma devoção desde o tempo colonial, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediu e obteve da Santa Sé a faculdade de celebrar em grau de festa. A devoção a Virgem Maria como Nossa Senhora do Carmo remonta a origem da Ordem Carmelitana. A devoção está relacionada ao Monte Carmelo, que se encontra na Palestina, lugar de grandes acontecimentos do Antigo Testamento. Esta montanha remonta a história do profeta Elias, que enquanto suplicava a Deus para que pusesse fim a uma longa seca, avistou uma nuvenzinha branca sobre o Monte Carmelo. Naquela nuvem semelhante “à palma da mão de um homem” (1 Rs 18,44), que surgiu do mar e logo recobriu o céu de grossas nuvens carregadas de chuvas, reconheceu-se a figura da Virgem Maria. Ela, ao dar ao mundo o Salvador, foi portadora da vivificante água da graça. “Nuvens, chovei o justo” (Is. 45,8) canta a Igreja no Advento. A Virgem é bendita, toda santa e cheia de graça desde o primeiro momento de sua Imaculada Conceição, a mística nuvem que deu ao mundo o Salvador. Apliquemos a Nossa Senhora do Carmo, como na Liturgia, o cântico do profeta: “Exulto de alegria no Senhor e minh’alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes de salvação, envolveu-me com o manto da justiça” (Is 61,10). Tais palavras são prelúdio do Cântico de Maria e expressão a gratidão da Virgem pelos seus privilégios com que a ornou Deus, preparando-a para ser Mãe de seu Filho. Pois como um jardim faz “germinar a justiça” (Is 61,11), isto é, de Maria nasceu Jesus bendito “tornado para nós justiça, santificação e redenção” (1Cor 1,30). Segundo a tradição, durante a Idade Média, uma comunidade eremita que vivia no Monte Carmelo foi perseguida violentamente pelos sarracenos. São

Simão Stock, seu sexto superior geral da Ordem, suplicou a Virgem Santíssima um sinal particular de sua proteção. Em 16 de julho de 1251, a Virgem Maria lhe indicou o escapulário como sinal especial de seu amor maternal. Deste fato, houve a ligação da devoção a Nossa Senhora do Carmo e o escapulário, tornando-se, assim, também, um sinal distintivo da Ordem dos Carmelitas. O significado do escapulário é visto como sinal dos dons que a Virgem Maria foi enriquecida por Deus e que reparte com todos os homens. E qual grande dom que Maria reparte conosco? É o próprio Cristo, seu Filho, que a todos quer revestir com as “vestes de salvação”, com seu “manto de justiça”, ou seja, com a graça e a santidades merecidas pelo Filho. É Jesus, a sua graça, nosso grande escudo de Salvação. Por fim, usar o escapulário e a devoção a Nossa Senhora do Monte Carmelo nos deve levar a imitação da vida de Maria, que conduz a seu Filho. Participar desta devoção nos deve favorecer uma vida profunda de oração, atenta escuta da Palavra de Deus, dedicação discreta as necessidades do próximo, união íntima com Deus e vida de testemunho. Tudo isso fará realizar a promessa do privilégio sabatino, segundo o qual, os portadores do escapulário da Virgem serão libertos das penas do purgatório no sábado a seguir de sua morte.

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

Da igreja de madeira à Catedral Basílica GERALDO LÁSARO DE CAMPOS

Sob o nome de capela São Bento, foi lançada a pedra fundamental no dia 1º de maio de 1928. Foi a segunda igrejinha da nascente aldeia do Alto Cafezal, pois, já em 1924, fora construída uma capelinha de madeira, em louvor de Santo Antônio, devoção do pioneiro Antônio Pereira. Mais tarde, no mesmo lugar da Av. Santo Antônio, nasceria a majestosa matriz, sede de futura paróquia, a segunda desta região e cidade. A igreja de São Bento foi, portanto, a primeira paróquia da cidade. Tinha sob sua jurisdição as capelas de Pompeia, Quintana, Herculândia, Parnaso, Tupã, e outras. Em 1928, jurisdição episcopal desta região era Botucatu, que administrava a recém-criada diocese de Cafelândia. Já em fevereiro de 1929 tomava posse o primeiro vigário, Pe. Antônio da Graça Cristina, ainda antes da criação oficial da paróquia. O que aconteceu em 15 de junho do mesmo ano por decreto de Dom Ático Euzébio da Rocha, então bispo de Cafelândia. Mesmo antes de ser erigida canonicamente como paróquia, a capelinha de madeira tinha grande movimento religioso e muitas atividades. Em março de 1929, houve a primeira turma de primeira comunhão, e uma Semana Santa piedosa e muito concorrida. Imediatamente começaram a atuar vários grupos de apostolado, como Marianos, Filhas de Maria, Apostolado da Oração (este já contava com 390 membros ativos!), Associação de São José, Roupeiro Santa Rita e Vicentinos. A Paróquia logo conseguiu criar o Asilo São Vicente, o Albergue Noturno e a Creche Juventude Católica. Em 1934, as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus fundaram o atual Colégio Sagrado. Na década de 1930, foi construída atual igreja de alvenaria, no estilo barroco mineiro, a pedido do fundador da cidade, Bento de Abreu Sampaio Vidal. Os restos mortais de Bento de Abreu e de sua esposa, Dona Maria Isabel, jazem no recinto da catedral em um cofre

de parede, perto do jazigo onde repousam os nossos falecidos bispos Dom Hugo Bressane de Araújo e Dom Daniel Tomasella. Os vigários, curas e párocos, cujas fotos podem ser vistas nas instalações do fundo da igreja foram: Pe. Antônio da Graça Cristina, Mons. Adauto Casemiro da Rocha, Pe. Luís Paseto, Mons. Luiz Octavio Bicudo de Almeida, Mons. Manuel Gonzales, Mons. Geraldo Magela do Amaral Teixeira, Pe. Abdias Lopes da Silva, Côn. Antônio Flumignam, Pe. Wagner Antônio Montoz, Pe. Clécio Ribeiro, e o atual, Pe. José Orandi da Silva. A matriz de São Bento foi elevada a catedral, isto é, à condição de igrejamãe de um bispado, quando criada a Diocese de Marília pelo Papa Pio XII, com a Bula Ad Episcoporum Munus, de 16 de fevereiro de 1952. O primeiro bispo foi Dom Hugo Bressane de Araújo, que já fora bispo de Bonfim (BA); de Guaxupé (MG), e arcebispo coadjutor de Belo Horizonte (MG). Tomou posse como bispo de Marília em 1954. Em 1969 Dom Hugo conseguiu um bispo auxiliar, Dom Daniel Tomasella, que assumiu como bispo titular em 1975, com a renúncia de Dom Hugo. Em 1974, foram solenemente consagrados pelos bispos, Dom Hugo e Dom Daniel, o altar e a igreja, no dia 15 de agosto, Festa da Assunção da Virgem Maria. No mesmo ano, Dom Hugo pediu ao Papa Paulo VI a elevação da Catedral à condição de Basílica. O que foi concedido por sua santidade, no dia 7 de dezembro de 1975. Hoje a nossa ex-humilde capelinha de madeira pode ostentar os brasões de Basílica Menor. Em 2009, a Catedral Basílica de São Bento foi escolhida como ícone representativo da cidade de Marília. Há pelo mundo muitas igrejas cujo orago é o patriarca do Ocidente e padroeiro da Europa, São Bento de Núrsia. Mas na cidade de Marília, de todo o mundo, é a única Catedral Basílica cujo patrono é o grande São Bento. Professor Geraldo Lásaro de Campos é organista da Catedral Basílica de São Bento


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Teologia e Pastoral São Bento: o trabalho, a oração e a atualidade DOM ABADE FILIPE DA SILVA

Foto: sacrificiovivoesanto.wordpress.com

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ento pelo nome e pela graça, homem radiante que brilhou na escuridão de um tempo difícil – e que continua brilhando ainda hoje, pois deixou para o mundo uma mensagem viva e sempre atual. São Bento deixou a casa paterna ainda jovem para estudar em Roma. Logo a deixou retirando-se para os montes Sabinos, e numa gruta em Subiaco passou a viver em profunda solidão, consigo mesmo, durante três anos, sob o olhar de Deus. De Subiaco foi para Monte Cassino (529), onde fundou o mosteiro berço da nossa Ordem, onde escreveu sua Regra, notável pelo equilíbrio, discernimento e grande amor a Jesus Cristo. Seu ideal de vida escondido em Deus espalhou-se através dos mosteiros que foram se multiplicando, inicialmente pela Europa e depois em outras partes do mundo. Dotado de impressionante senso da presença de Deus e de profunda sensibilidade humana, nosso pai aponta em especial para o valor do silêncio e do re-

São Bento conciliou oração e trabalho

colhimento, condições essenciais para o cultivo da oração. Nosso pai São Bento tem muito a dizer ao nosso tempo – tempo de barulho, correria, agitação. Habitando por três anos na solidão de uma gruta, olhando para dentro de si, descobriu que o mistério da vida só pode ser compreendido quando colocado sob o olhar de Deus. O lema de nosso pai São Bento – ora

et labora, reza e trabalha – tem muito a dizer ao nosso tempo. Esta é a síntese espiritual que ele deixou para seus monges e, como consequência, para a humanidade. Rezar e trabalhar – quanta simplicidade, profundidade e sabedoria! Por que rezar e trabalhar? Nosso pai intuiu que pela oração a criatura vai ao encontro da razão de sua existência, o Criador. E através do trabalho, a criatura aperfeiçoa a obra da criação iniciada pelo Criador, e ao mesmo tempo serve aos seus irmãos. Como se vê, nosso pai atingiu, séculos antes, um dos dramas do nosso tempo, conciliar oração e trabalho. Vivemos num mundo que não descansa, nem mesmo no domingo – o Dia do Senhor –, mundo que não sabe fazer silêncio, que perde cada vez mais a dimensão da oração e o sentido do sagrado, mesmo tendo tanta falta destes valores. Sabemos que não é fácil harmonizar estas duas especiais ações no nosso dia. Já que a oração dificilmente pode ocupar a maior parte das 24 horas do dia, basta intercalar, dentro das horas de trabalho e de repouso, espaços de oração! Em

A formação moral do indivíduo e a RCC EDSON BARBOSA DA SILVA

Em 1967, há 50 anos, surgia no seio da Igreja o Movimento Carismático Pentecostal, conhecido, hoje, como Renovação Carismática Católica (RCC), consequência do desenvolvimento do Concilio Vaticano II (1962) com a proposta de idealizar um “novo Pentecostes” na vida eclesial em todas as suas dimensões, principalmente em dar um novo perfil à atuação do leigo na Igreja e no mundo. No ano de 1969 alcançou as terras brasileiras. Mas foi em 1990 que o Movimento ganhou destaque, de modo especial, no campo de evangelização, atingindo as mí-

dias de rádio e televisão, propagando ainda mais a essência de sua espiritualidade e identidade desenvolvida nos grupos de oração a partir da experiência do “batismo ou efusão no Espírito Santo”. A RCC é reconhecida pela hierarquia, em especial, pelos sumos pontífices que acompanharam seu desenvolvimento. Por exemplo, São João Paulo II define a atuação da RCC, com base pensamento do Cardeal Suenens (1904-1996), como “corrente de graça destinada a toda a Igreja”. A RCC tem, então, a missão de tornar o Espírito Santo conhecido e amado, tal como desejou e propagou Beata Elena Guerra (1835-1914). Mas vale ainda lembrar que

a base teológica do Movimento Carismático é trinitária. Contudo, vivenciando uma “época de mudanças”, permeada por um exacerbado relativismo, crise esta que tem raiz humana, é urgente a busca pela formação da consciência moral do indivíduo para uma melhor organização social em todos os âmbitos. Para tanto, sendo o Espírito Santo, fonte e origem da vida moral cristã, a espiritualidade da RCC bem desenvolvida, oferece o verdadeiro sentido de vida, guia da consciência humana e da Igreja que provém do próprio Deus. Edson Barbosa da Silva é seminarista do quarto ano de Teologia da Diocese de Marília

outras palavras, saibamos rezar como se tudo dependesse de Deus e trabalhar como se tudo dependesse de nós. Nem rezar apenas, nem somente trabalhar, mas conjugar com equilíbrio estas duas necessidades em nossa vida. Eis, a partir de nosso pai, uma arte necessária à nossa vida interior: trabalhar rezando! E não precisamos rezar muito, mas, sempre! Pequenos instantes de oração ao longo do nosso dia, sob o olhar de Deus, fazem a diferença numa vida que deseja perseverar até o fim! Sigamos as pegadas de nosso pai São Bento renovando neste seu dia o amor ao Filho de Deus, como ele pede em sua Regra: nada antepor ao amor de Cristo (RB 4,21). Que nosso pai São Bento interceda por um futuro melhor para todos nós, em especial por você, sua família seus amigos. E não tenhamos medo do presente nem do futuro. Nosso pai São Bento será sempre nosso (seu) fiel intercessor! Dom Abade Filipe da Silva, O.S.B., é Abade do Mosteiro de São Bento, do Rio de Janeiro, e Presidente da Congregação Beneditina do Brasil

ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 03/07 – Pe. Jacinto Sebastião da Silva - Marília; 05/07 – Pe. José Orandi da Silva - Marília; 05/07 – Pe. Valdemar Cardoso - Tupi Paulista; 08/07 – Dom Luiz Antonio Cipolini - Marília; 14/07 – Pe. José Ferreira Domingos - Panorama; 17/07 – Pe. Hélio Alves de Oliveira, CP - Osvaldo Cruz; 21/07 – Pe. Adriano dos Santos Andrade - Irapuru; 27/07 – Pe. Rafael Octávio Garcia - Iacri; 28/07 – José Ribeiro da Silva - Flórida Paulista. ORDENAÇÃO PRESBITERAL 06/07 – Pe. Sidnei de Paula Santos - Oriente; 07/07 – Pe. Veríssimo Mânfio - Adamantina; 11/07 – Pe. José Luís Dias Barbosa, CP - Osvaldo Cruz; 28/07 – Frei Joaquim Camilo Alves, OFM - Marília. ORDENAÇÃO EPISCOPAL 07/07 – Dom Luiz Antonio Cipolini - Marília.


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ERA UMA VEZ... O que tenho de melhor é para ti “..Submetei-vos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres estejam sujeitas aos seus maridos... Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela...” (Ef 5,21-22.25) Era uma vez... um casal pobre. A esposa ficava na porta de sua choupana, pensando no marido. Todos os homens que passavam, ficavam encantados com a beleza de seus cabelos castanhos, longos como fios brilhantes que saiam de sua roca. Ele ia todos os dias ao mercado, vender algumas frutas. Sentava-se à sombra de uma árvore para esperar, tendo entre os dentes um cachimbo vazio. O dinheiro não dava para comprar nem uma pitada de fumo. O dia do aniversário do casamento deles se aproximava e ela se perguntava o que poderia oferecer como presente a seu marido. E além do mais, com que dinheiro? Uma idéia surgiu na sua cabeça. Arrepiou-se pensando naquilo, mas depois tomou a decisão, todo o seu corpo estremeceu de prazer: venderia seus cabelos para comprar fumo. Até podia imaginar seu marido diante das frutas, tirando longas baforadas de seu cachimbo: perfumes de incenso e jasmim dariam ao pobre vendedor a solenidade e o prestígio de um verdadeiro comerciante. Obteve por seus cabelos alguns tostões, mas escolheu com cuidadosa atenção o mais fino estojo de tabaco. O perfume das folhas amassadas compensava largamente o sacrifício de seus cabelos. Quando chegou a noite, seu marido voltou. Caminhava cantando. Trazia na mão um pacotinho: eram alguns pentes para os cabelos de sua mulher, que comprara após ter vendido seu velho cachimbo...

Diocese Alunos dos Cursos de Teologia participam de Semanas Intensivas O primeiro semestre do ano de 2017 se encerra com as Semanas Intensivas de Estudo do Curso de Teologia para Leigos e Consagrados nas três Regiões da Diocese de Marília. Na Região I, cerca de 100 pessoas se reuniram, de 5 a 9 de junho, no Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos, em Marília, para refletir o tema “Espiritualidade e Dogma Mariano”. Para tratar do assunto, foram convidados cinco assessores: Alan da Cruz Joaquim falou sobre o tema “A Bem-Aventurada Virgem Maria, mãe de Deus, no mistério de Cristo e da Igreja: a compreensão do Concílio Vaticano II”; Tiago Barbosa tratou das “Aparições marianas: o encontro da imagem, e sua relação com o depósito da Fé revelada”; o diácono Frei Lucas Lisi Rodrigues, OFM, abordou “O encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no contexto do Brasil colônia”; o Pe. Marcelo Henrique Gonzales Dias expôs o tema “Maria a partir da Exortação Apostólica Marialis Cultus do Papa Beato Paulo VI”; e, no último dia, o convidado foi Rafael Lopes Ciuffa, que enfocou “A devoção popular mariana como chave teológica no Pontificado de Francisco”. Alan, Tiago e Rafael são seminaristas do quarto ano de teologia. A apresentação dos cinco assessores agradou os participantes. A aluna Sandra Mara Ferreira Marcandelli, da Paróquia Sagrada Família, de Marília, considerou o evento maravilhoso. “Nós já temos, no curso, a disciplina Mariologia, mas essa Semana Intensiva acrescentou muito. A disciplina foi fechada com chave de ouro”, considerou ela, que está no terceiro e último ano de estudos. Na Região II, 170 alunos se reuniram em Parapuã, onde refletiram o tema “Mariologia - 300 anos de Aparecida”, de 6 a 8 de junho. As duas turmas

de leigos foram assessoradas pelo diácono Guilherme Massoca. “Ministrar este estudo foi uma grande alegria; primeiramente, por poder partilhar o conhecimento adquirido nos anos de formação; depois, pela participação ativa dos alunos, que se mostraram imensamente interessados pela temática e contribuíram com colocações pertinentes”, comentou. E na Região III, com o tema “Escritos Joaninos”, os estudos tiveram como assessor o diácono Marcelo Feltri. A participação foi de 90 pessoas, entre alunos do curso, alunos da Escola Diaconal São Lourenço e leigos. Eles se reuniram no Santuário Nossa Senhora de Fátima, de Dracena, de 20 a 22 de junho. “Os estudos tiveram boa participação e o tema muito bem abordado pelo diácono Marcelo”, considerou o coordenador do curso, Osmar Omodei. Fotos: Divulgação

REFLEXÃO Que este belo exemplo possa cair no coração dos cônjuges e ser seguido. Que cada um possa dar o que tem de melhor para o cônjuge: o tempo, o amor, o carinho, a atenção, os dons, os talentos. Deus abençoe todos os lares. Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis No alto, Semana Intensiva na Região I; acima, à esquerda, evento na Região II, e à direita, na Região Pastoral III


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Padres ligados à Diocese de Marília são nomeados bispos TIAGO BARBOSA Nos meses de maio e junho, o Papa Francisco nomeou dois novos bispos ligados à Diocese de Marília. No dia 10 de maio, ocorreu a nomeação do Monsenhor Luiz Antônio Lopes Ricci como bispo auxiliar da Arquidiocese de Niterói (RJ). Cerca de um mês depois, no dia 7 de junho, a Santa Sé anunciou a nomeação do Monsenhor Amilton Manoel da Silva como bispo auxiliar de Curitiba (PR). Monsenhor Ricci era diretor da Faculdade João Paulo II (Fajopa), de Marília, cuja mantenedora é composta pelos bispos da Província Eclesiástica de Botucatu. Enquanto Monsenhor Luiz Antonio cursou os estudos iniciais e, como padre, foi professor, reitor de seminário e diretor de faculdade na cidade de Marí-

ORDENAÇÕES A ordenação episcopal do Monsenhor Luiz Antônio Lopes Ricci acontecerá no dia 16 de julho, às 15h, em Bauru, no Santuário Sagrado Coração de Jesus. No dia 19 de agosto, na igreja São José, em Osvaldo Cruz, às 17h, será a vez da ordenação episcopal do Monsenhor Amilton Manoel da Silva.

IAM: Marília sediará encontro estadual missionário A Infância e Adolescência Missionária (IAM) da Diocese de Marília se prepara para acolher o Encontro Regional da Infância e Adolescência Missionária (Eriam), marcado para os dias 28, 29 e 30 de julho. O evento ocorrerá na Paróquia Santo Antônio, em Marília, e tem a finalidade de reunir todas as dioceses do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que possuem grupos de IAM, para a troca de experiências, partilhas e aprendizados. O Eriam é coordenado e conduzido pela equipe estadual da IAM, por meio da coordenadora Maria das Graças Mendes. Com o objetivo de preparar o encontro, alguns membros da coordenação estadual já estiveram reunidos com o Pe. Ademilson Luiz Ferreira, coordenador de pastoral da Diocese de Marília, e a Irmã Maria Apparecida Dias, assessora diocesana. O tema escolhido para o Eriam 2017 está sem consonância com a Campanha da Fraternidade deste ano, “Biomas brasileiros e defesa da vida”, e o lema “Cultivar a criação”. A programação do encontro já foi definida e terá vários momentos de oração, partilha e integração entre as crianças e

Foto: Tiago Barbosa | Pascom | Diocese de Marília

lia, Monsenhor Amilton Manoel da Silva é filho da Diocese. Nascido em Osvaldo Cruz, ingressou na Congregação da Paixão de Jesus Cristo (Passionistas) em 1991 e, como missionário, auxiliou seus confrades e trabalhou na assessoria da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). Ambas as nomeações receberam a cobertura completa da Rede de Comunicação NO MEIO DE NÓS.

adolescentes. Para o domingo, último dia do encontro, será celebrada uma missa, que deverá ser presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Ele dará a benção do envio aos missionários. “Os integrantes da IAM da nossa Diocese serão responsáveis pela liturgia desse dia”, informou Rodinei Célio Andrade. Ele garantiu que tudo está sendo preparado com muito carinho, amor e dedicação pela equipe local composta pelos assessores da IAM das paróquias da cidade de Marília, que já se reuniram diversas vezes, e ainda se reunirão, para acertar detalhes finais do encontro. “Queremos acolher bem nossos visitantes, que virão de várias partes do Estado de São Paulo”, complementou Rodinei. O evento em Marília também deverá contar com a presença do diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), Pe. Maurício da Silva Jardim, que vem de Brasília (DF). “A expectativa do encontro é reunir em torno de 300 participantes, dentre elas crianças, adolescentes, assessores e lideranças da IAM de todo o Regional Sul 1”, finalizou a Irmã Maria Apparecida.

Dom Luiz saúda Monsenhor Luiz Antônio Ricci, no dia seguinte à sua nomeação

Pascom

Comunicar desapegado

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PE. VALDEMAR CARDOSO

qui na existência o ser humano está envolvido com a jornada da vida, fazendo uma grande e fantástica viagem. Ora, se a jornada da vida é uma grande viagem, logo tudo passa e tudo está em movimento. Portanto, a arte de desapegar-se é fundamental para que o viajante avance e evolua. A viagem exige mudança. Evolução. Às vezes até exige mudanças na mudança. Ficar parado, vira poste. Pode apostar. Viajar na vida requer sair. Sem a saída a vida fica sem saída. A evolução da viagem na vida vai do conhecido ao desconhecido, para torná-lo conhecido. Na maioria das vezes o rumo é ir sem rumo. Arrumar. E o resultado é conhecimento. E o resultado do resultado é evolução. Para que isso aconteça é preciso pegarse no desapegar-se. Soltar para saltar nos grandes saltos que a vida dá. Todo mundo sabe que é desconfortável deixar o conforto. Eis o que desconforta. Porém, não importa. Mesmo quando o sair não é preciso, é preciso sair. A viagem na vida é feita de andanças nas mudanças. Eis o

fluxo que flui. É com a certeza nas águas das incertezas que se navega na direção certa de uma certa plenitude que se deseja chegar. Nessa jornada, o ser humano é chamado a carregar nada. Apenas nada. Isso é tudo. Saber desaprender-se para aprender a caminhar nas asas da liberdade e ser comunicador desapegado.

Pe. Valdemar Cardoso é membro da Pascom diocesana


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Julho de 2017

Destaque Fiéis celebram o Corpus Christi em todas as cidades Solenidade objetiva celebrar o Sacramento do Corpo e do Sague de Jesus Cristo. Em muitas cidades, como Marília, a cerimônia reuniu todas as paróquias e seus sacerdotes. Algumas ainda mantém a tradição da confecção de tapetes enfeitados, por onde passa o Santíssimo Sacramento.

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atólicos de todas as cidades da Diocese de Marília se reuniram, no dia 15 de junho, para celebrar a Festa do Corpus Christi, que, em latim, significa “Corpo de Cristo”. A festa objetiva celebrar solenemente o mistério da Eucaristia — o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. A celebração ocorre todos anos na quinta-feira para fazer memória à instituição deste sacramento, que foi na Quinta-feira Santa, quando, na última ceia com seus discípulos, Jesus se entregou no pão e no vinho e pediu que repetíssemos em sua memória aquilo que Ele fez. Na sede da Diocese de Marília, a celebração do Corpus Christi reuniu todas as 17 paróquias e a pró-paróquia e seus sacerdotes e diáconos. Milhares de pessoas se reuniram na Praça da Catedral Basílica de São Bento Abade, onde foi celebrada a missa campal. A cerimônia foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e também teve a participação de dezenas de religiosos e religiosas de todas as regiões da cidade. Dom Luiz iniciou sua homilia falando que na Solenidade do Corpo de Cristo se recorda o desejo mais profundo de Jesus para com seus discípulos. “‘Permanecei no meu amor (Jo 15,9)’. Este desejo de Jesus é fonte de vida, porque, como Ele vive pelo Pai, do mesmo modo quem O recebe como alimento viverá por Ele. Jesus quer que todos nós tenhamos vida nele. Por isso se faz Pão Vivo. Pão que vivifica. Pão da Vida”, afirmou Dom Luiz. Em suas palavras, o bispo também lembrou da situação pela qual se encontra o país, um pedido feito a todos os bispos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para o Corpus Christi deste ano. “O partir do pão abre nossos olhos para a comunhão de

bens, para uma nova ordem social e econômica. Enquanto força de transformação, a Eucaristia transforma o pão em Corpo de Cristo, fiel em discípulo, a Igreja em comunhão dos Santos, a sociedade em solidariedade”, afirmou. Da praça, os fiéis seguiram em procissão, juntamente com Jesus Eucarístico, pelas avenidas Pedro Toledo, 9 de Julho e Sampaio Vidal, até chegarem ao Santuário Nossa Senhora da Glória. Antes do trajeto, no entanto, Dom Luiz lembrou que “Jesus nos quer construtores da paz”. “Jesus é o Caminho pelo qual caminhamos juntos, como na procissão. Andamos devagar, sentindo a presença dos outros, cantando, olhando aqueles que estão à nossa volta, olhando para o céu, rezando por aqueles que não caminham conosco”, afirmou o bispo, para em seguida chamar a atenção dos fiéis para a beleza das ruas da cidade, que, durante a semana, possui um ritmo acelerado. “Com a presença real do Senhor Jesus na Eucaristia, estas ruas recebem um nome novo: são ruas do Reino, caminho real da Cidade Santa. E olharemos à frente e caminharemos imaginando nossas crianças, adolescentes e jovens, desejando que eles caminhem nestas ruas com justiça e paz, fraternidade e solidariedade”, afirmou, atendendo novamente o pedido da CNBB. No Santuário, os milhares de fiéis se reuniram na rua em frente ao templo e receberam, das escadarias, a bênção do Santíssimo Sacramento. Antes do encerramento da cerimônia, todos foram convidados a fazer a oração pela realidade política e social do país. OUTRAS CIDADES Na Solenidade de Corpus Christi, muitas ruas recebem adornos para a passagem de Jesus Eucarístico. Em muitas cidades esta ain-

da é uma tradição do povo católico. Exemplo dessa dedicação está na vizinha cidade de Vera Cruz, onde os tapetes — de serragem colorida, materiais recicláveis, retalhos de tecido, areia, pó, cal, entre outros materiais — foram confeccionados de forma artesanal. Os tapetes ocuparam toda a extensão horizontal da rua em frente ao Santuário Sagrado Coração de Jesus. Segundo a paróquia, a tradição de confeccionar tapetes em Vera Cruz já ocorre há 80 anos e envolve pastorais, Comunidade São José, comércio e também prefeitura, sempre sob a coordenação do pároco e reitor, Pe. Marcos Roberto Marques Ortega. Neste Ano Mariano, Nossa Senhora teve destaque nos tapetes e muitos trouxeram estampada a imagem da Padroeira do Brasil. Em Tupã, as quatro paróquias se reuniram para uma missa campal, defronte à igreja Nossa Senhora Auxiliadora. A celebração foi presidida pelo Pe. Jurandir Fernando Noronha, pároco da Paróquia São Judas, e concelebrada pelos demais padres da cidade. Após a missa, os fiéis saíram em procissão até a Matriz de São Pedro Apóstolo, onde a cerimônia foi encerrada com a Benção do Santíssimo Sacramento. De acordo com o vigário episcopal da Região II, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, que também é pároco da São José Operário, Tupã não teve enfeites na rua. Já em Pacaembu, na Região Pastoral III, a missa solene foi iniciada no final da tarde e, em seguida, os fiéis saíram em procissão pelas ruas enfeitadas. Diferentemente de Vera Cruz, a Paróquia Nossa Senhora das Graças confeccionou tapetes de retalhos. “Eles foram confeccionados pelos setores missionários e paroquianos”, informou a secretária paroquial e integrante da Ordem das Virgens, Lucilene Melo. Segundo ela, os fiéis de Pacaembu também participaram do gesto concreto das fraldas geriátricas e a arrecadação foi grande. “Nosso povo é muito bom e solidário”, complementou. A missa solene foi celebrada pelo Pe. Wagner Antônio Montoz e concelebrada pelo Pe. Marcelo Henrique Gonzalez Dias. “Foi uma tarde linda, reservada para este momento tão sublime, no qual o Santíssimo Sacramento passou pelas ruas para torná-las morada de Deus”, concluiu Lucilene


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Confira imagens do Corpus Christi pela Diocese

Marília

Vera Cruz

Garça

Oriente

Bastos

Inúbia Paulista

Queiroz

Tupã

Dracena

Flórida Paulista

Junqueirópolis

Monte Castelo


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Julho de 2017

Panib celebra aniversário de imigração e seus 50 anos A comunidade da Pastoral Nipo-Brasileira (Panib) da Diocese de Marília celebrou, no dia 25 de junho, os 109 anos da imigração japonesa no Brasil. A missa em ação de graças foi celebrada em Marília, na sede do Círculo Católico Estrela da Manhã, sob a presidência do Pe. Elizio Pereira da Anunciação Filho, pároco da Paróquia Santo Antônio, de Marília. Estiveram presentes cerca de 80 pessoas de diversas cidades. Na oportunidade, os descendentes lembraram que a emigração do Japão foi estimulada em razão do aumento da densidade populacional no país. Os primeiros japoneses, em um número de 786 pessoas, pisaram em solo brasileiro no dia 8 de junho de 1908, no Porto de Santos. Nas duas décadas seguintes, outros cerca de 60 mil cidadãos japoneses desembarcavam no país. Cento e nove anos depois, existem aqui, mais de um milhão e duzentos mil (1.200.000) descendentes, radicados e totalmente integrados à sociedade brasileira. A missa em ação de graças também destacou o surgimento do Círculo Ca-

Foto: Panib

Missa do dia 25 de julho celebrou os 109 anos da imigração japonesa no Brasil

tólico Estrela da Manhã, em 1953, há 64 anos, em Presidente Prudente, e, em 1958, há 59 anos, em Marília e em muitas outras cidades dos Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso. “O movimento circulista, atuando e desenvolvendo principalmente entre jovens, continua existindo em várias cidades e graças à sua atuação, conseguiu trazer milhares de pessoas à Igreja Católica”, afirmou

seu integrante, Pedro Onichi. O pioneiro no trabalho missionário foi o Monsenhor Domingos Nakamura, que deu início à Missão Japonesa no Brasil, que depois passou a ser chamada Panib. Trabalhando com a evangelização dos cidadãos de origem japonesa, a Panib foi instalada em julho de 1967 e neste ano completa 50 anos de existência. Atualmente, dois eventos se desta-

cam no calendário de atividades da Panib. A cada dois anos, no primeiro domingo de agosto, integrantes da Panib participam de uma missa na Basílica Nacional, em Aparecida (SP). E anualmente, no segundo domingo de março, a Panib promove sua romaria a Álvares Machado (SP), onde está sepultado o Monsenhor Domingos Nakamura. “Depois de longos anos de incansável trabalho, no dia 14 de março de 1940, faleceu com a fama de santidade, deixando exemplo de trabalho, humildade e pobreza. O processo de beatificação foi instaurado em 9 de março de 2009, na Diocese de Presidente Prudente. A fase diocesana do processo foi concluída, aguardando o início do processamento na Congregação dos Santos no Vaticano”, lembrou Onichi durante a celebração. Neste ano, para celebrar o Jubileu de Ouro, será realizado o 55º Congresso Nacional da Panib. O evento terá a presença da Diocese de Marília e ocorrerá de 7 a 13 de julho em Londrina (PR). O palestrante será Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio (PR).

Pastoral do Surdo comemora 28 anos de criação em Marília Há 28 anos, no dia 18 de junho de 1989, foi celebrada a primeira missa de uma nova comunidade da Diocese de Marília. A Pastoral do Surdo celebrou sua primeira missa na Catedral Basílica de São Bento, com a presidência do então pároco, Cônego Antônio Flumignan. Posteriormente, o grupo de portadores de deficiencia auditiva começou a se reunir na capela das Irmãs de São José de Cluny, na Rua Paraíba, em Marília. Todo esse resgate histórico foi apresentado durante a missa em ação de graças, celebrada no dia 17 de junho, na Capela São Vicente de Paulo, da Paróquia Santa Isabel, onde a Pastoral do Surdo se reúne atualmente. “Agradecemos imensamente aos Vicentinos, que cedem o espaço para a nossa comunidade”, disse Ione de Fátima Francisco, que coordena a Pastoral do Surdo. Durante esses 28 anos de existência, o grupo se reunia acompanhado de religiosas e religiosos estigmatinos e marianistas. Alguns sacerdotes, inclusive, já faleceram e são lembrados com carinho pelos surdos. Os religiosos marianistas, da Companhia de Maria, têm acompa-

nhado a comunidade nos últimos anos. “Devemos muito a essa grande maravilhosa família!”, afirmou Ione. No dia 18, os surdos e intérpretes de libras (Linguagem Brasileira de Sinais) se reuniram na casa dos religiosos marianistas, em Marília, onde houve uma confraternização. “Recebemos o carinho de todos os marianistas e um abraço especial do Pe. Fernando Canomanuel Abárzuza, que esteve ausente da missa por motivos de saúde. Fizemos a recitação do terço e finalizamos o encontro com o parabéns para as crianças da comunidade”, contou Ione. Além dos deficientes auditivos, a Pastoral do Surdo também conta com a participação dos intérpretes. Segundo Ione, a comunidade tem, atualmente, sete intérpretes: Bianca Yonemotu, Érica Porto, Lena Brito, Márcia Araújo, Miraldo Brito, Salete Motta e Vânia Bertuccini. “Nosso trabalho não se resume a interpretar a missa para a comunidade. Fazemos tudo em conjunto, sempre com o aval e opinião dos padres”, disse Bianca, revelando que a equipe atua também na parte litúrgica, com leituras e cantos,

e que conta com a participação efetiva dos surdos durante as celebrações. Os intérpretes atuam nas missas e também auxiliam quando os surdos precisam, em situações cotidianas, como idas ao médico, realização de exames, visitas ao banco. “Tentamos fazer o que é necessário e isso vai além dos muros da Igreja. Mas é um tra balho gratificante e que nos engrandece a alma!”, garantiu Bianca.

A Pastoral do Surdo, embora exista apenas em Marília, tem ampla estrutura. Segundo Ione, o grupo tem uma equipe de casais surdos, chamada Nossa Senhora Mãe do Silêncio, orientada por Célia Parra. “Essa Equipe de Nossa Senhora é a única existente no mundo e se reúne mensalmente”, alegrou-se Ione. Os surdos também criaram um grupo de terço, chamado Mãos que Rezam, que se reúne semanalmente. Foto: Pastoral do Surdo

Grupo da Pastoral do Surdo, reunido após a missa em comemoração aos 28 anos


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Projetos sociais recebem recursos de coleta da CF 2017 Entrega dos cheques ocorreu na sede da Cáritas, em Marília, e contou com a presença do bispo diocesano. Antes de receberem os recursos, representantes dos projetos sociais falaram sobre o trabalho realizado. Neste ano, o Fundo Diocesano de Solidariedade distribuiu R$ 134.516,17.

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A sede da Cáritas sediou, na manhã de 24 de junho, a cerimônia de entrega dos che-

ques aos projetos sociais contemplados neste ano pelo Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS). Os recursos foram obtidos na Foto: Cáritas Diocesana

Pe. Afonso, José Luiz das Chagas (coordenador do Projeto Sementes Crioulas) e bispo Dom Luiz, durante a entrega dos recursos do FDS

Sementes Crioulas (Paróquia de Pauliceia)

R$ 15.000,00

Aquisição de Televisores (Asilo S. Vicente - Tupi Paulista)

R$ 5.970,00

Aquisição de Materiais (Sociedade Casa da Criança Tupi Paulista)

R$ 3.000,00

Padaria Artesanal (Serv. Social Paroq. de Tupi Paulista)

R$ 2.004,00

Projeto Construindo Sonhos (Associação São Francisco de Assis - Dracena)

R$ 5.375,11

Mãos que fazem fraldas com amor e doação (Paróquia de Pacaembu)

R$ 9.760,00

Biblioteca e Jardim (Paróquia de Sagres )

R$ 3.000,00

Equipando para melhor atender (Lar São Vicente de Paulo - Osvaldo Cruz)

R$ 10.000,00

Substituindo Equipamentos (Ativistas Iacrienses de Combate ao Câncer - Iacri)

R$ 3.254,07

Projeto “O Bom Samaritano” (Associação Leão de Judá - Bastos)

R$ 10.000,00

Bem viver Vicentino - Iluminando e cuidando (Recanto Vicentino - Obra Unida SSVP - Tupã)

R$ 3.443,96

Estruturar para melhor capacitar e transformar (Educandário Bento de Abreu - Obra Unida SSVP - Marília)

R$ 5.000,00

Idosos acamados - Colchões especiais (Lar São Vicente de Paulo - Marília)

R$ 7.337,00

Mãos na Massa (Instituto Salve o Planeta Terra -Marília)

R$ 2.700,00

Projeto Procria (Centro Com. S. Judas Tadeu - Marília)

R$ 2.791,03

Projeto Horta Comunitária (Associação Vinha do Senhor - Marília)

R$ 5.000,00

Projeto Cobertura “Um espaço mais aconchegante” (Patronato Juvenil Garcense - Garça)

R$ 6.000,00

Se o tempo envelhecer seu corpo, mas não envelhecer a sua emoção, você será feliz (Lar dos Velhos “Frederico Ozanan” - Garça)

R$ 8.881,00

Projeto “A nova Lavanderia da Creche Nazaré” (Centro Social Mariano - Álvaro de Carvalho)

R$ 6.000,00

Clínica de Repouso Nosso Lar (Paróquia Santo Antônio Adamantina)

R$ 10.000,00

Lar Santa Genoveva (Paróquia de Irapuru)

R$ 10.000,00

Coleta da Solidariedade, considerado o gesto concreto da Campanha a Fraternidade. Neste ano, o total destinado aos 21 projetos sociais foi de R$ 134.516,17. A reunião de entrega dos cheques contou com a presença do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini; do coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira; do presidente da Cáritas Diocesana, Pe. José Carlos Vicentin, além dos demais membros da diretoria. Após a oração inicial, a 2ª secretária, Clara de Almeida Oliveira, falou sobre a missão da Cáritas e do FDS. Antes da entrega dos cheques, cada representante fez uma exposição de seu projeto e do trabalho realizado. Um dos projetos contemplados neste ano foi o Sementes Crioulas, de Pauliceia. Este foi o único trabalho ligado à temática da CF deste ano, que foi “Frateridade: biomas brasileiros e defesa da vida”. O projeto envolve moradores de assentamentos e visa recuperar o plantio original sem agrotóxicos e manipulações tecnológicas. A esse projeto, foram entregues RS 15 mil. Além dos recursos, todos os contemplados receberam placa para ser afixada no local do projeto, que informa o auxílio da Cáritas Diocesana e do FDS. No encerramento da solenidade, Dom Luiz fez um pronunciamento e agradeceu o trabalho de todos os envolvidos. “Nas apresentações, sentimos que os projetos têm pessoas que trabalham com muito boa vontade, em várias categorias, sempre a serviço do ser humano, pela dignidade das pessoas e em nome da fé. Isso é importante”, comentou o presidente da Cáritas. A contemplação dos projetos foi uma decisão tomada pela Cáritas em parceria com as pastorais que formam a Urgência 5 do Plano Diocesano de Pastoral. A escolha dos projetos foi feita em reunião no dia 20 de maio, em Tupã.

Formação sobre Música Litúrgica ocorre em Osvaldo Cruz Seguindo uma ideia surgida na Assembleia Diocesana da Pastoral Litúrgica, a Diocese de Marília promoverá nova Formação sobre Música Litúrgica. O evento ocorrerá no dia 2 de julho, na Matriz de São José, em Osvaldo Cruz. Segundo o assessor diocesano da Pastoral Litúrgica, Pe. Anderson Messina Perini, o encontro trará orientações para cantos do Tempo Comum, para o Ano Mariano e também melodias para os Salmos. A exemplo da primeira formação, que ocorreu em agosto do ano passado em Bastos, a assessora será novamente a Irmã Custódia Maria Cardoso, da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Ela é professora de Música e Liturgia, maestrina do Coral Palestrina de Apucarana (PR), regente do Coral dos Romeiros do Santuário Nacional de Aparecida e membro da Equipe Nacional dos Músicos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A religiosa estará acompanhada de Thiago Pauluk, professor de música, teclado, violão e canto. Ele é musicoterapeuta e integra a Comissão Diocesana de Liturgia e Canto da Diocese de Ponta Grossa (PR). Segundo o Pe. Anderson, são convidados a participar do encontro todos os instrumentistas, os cantores dos corais e todos que participam do Ministério de Música das paróquias da Diocese de Marília. “É uma grande alegria receber a Irmã Custódia novamente aqui. Ela foi muito bem avaliada no encontro do ano passado. Além de ter carisma contagiante, o encontro é um verdadeiro espetáculo. Ensina o que é a música cantando. Ela pede, inclusive, que os participantes levem seus instrumentos para cantar e tocar junto”, informou o sacerdote. No ano passado, a formação reuniu cerca de 600 pessoas e a expectativa é de que seja novamente bem participado. Foto: Arquivo

Irmã Custódia assessorou a formação do ano passado


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Julho de 2017

RCC completa 50 anos com comemoração especial No ano de 2017, a Renovação Carismática Católica (RCC) celebra 50 anos de existência e a comemoração do Jubileu de Ouro tem sido lembrado em todas as paróquias, dioceses, comunidades e grupos de oração ao redor do mundo. No mês de fevereiro, membros da RCC se reuniram em Duquesne, EUA, onde nasceu o movimento. Do Brasil, participaram Monsenhor Jonas Abib, Reinaldo Bezerra, precursores da RCC no Brasil, a presidente do Conselho Nacional da RCC, Katia Roldi Zavaris, e outras pessoas. Neste mesmo período, a RCC da Diocese de Marília também celebrou o Jubileu com diversos eventos. Em junho deste ano, a RCC de todo mundo se reuniu novamente, em Roma, com o Papa Francisco para celebrar o dia

Escola de Comunicação tem novo encontro A segunda aula da Escola de Comunicação Paulo Apóstolo, realizada por polo, ocorreu no dia 17 de junho. Na Região I, 45 alunos estiveram reunidos em Marília, na Faculdade João Paulo II (Fajopa), onde os estudos foram sobre “Produção de Texto”, com a apresentação dos jornalistas Alcyr Netto e Geraldo Laterutta Júnior. Na Região Pastoral II, o segundo encontro reuniu 31 alunos, que tiveram palestra com o Pe. Danilo Nobre dos Santos, de Marília. Ele falou sobre “Pastoral e Comunicação” no local escolhido para ser o polo, que é a Paróquia São José, de Osvaldo Cruz. Por fim, na Região III, a participação foi de 34 pessoas, que se reuniram na Paróquia Santa Genoveva, de Irapuru. O seminarista Tiago Barbosa, que integra a equipe da Rede de Comunicação NO MEIO DE NÓS, falou sobre o “Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil”. A Escola de Comunicação Paulo Apóstolo começou em fevereiro deste ano e objetiva embasar a atuação dos leigos na ação pastoral da comunicação, conforme sugere o Diretório de Comunicação. Ela quer promover uma cultura comunicacional homogênea em toda a Diocese de Marília e tem sua formatura prevista para fevereiro do ano que vem.

Foto: RCC Região Pastoral II

Na Região II, Cenáculo da RCC foi realizado na cidade de Herculândia

de Pentecostes. Segundo o coordenador diocesano da RCC, Ivan Tonini, no Brasil, a comemoração maior será de 28 de junho a 2 de julho, em Cachoeira Paulista (SP), na sede da Canção Nova, e em

Aparecida (SP) “Nossa Diocese estará presente, com uma caravana saindo da cidade de Panorama”, informou Ivan. De acordo com ele, a RCC tem atuação em toda a Diocese, em um total de

102 grupos de oração, com os seguintes ministérios de serviço: pregação, música e artes, crianças, promoção humana, jovens, seminaristas, intercessão, oração por cura e libertação, fé e política, famílias, universidades renovadas, comunicação social e formação. CENÁCULO Em 11 de junho, a RCC realizou o Cenáculo de Pentecostes nas três Regiões Pastorais (Pompeia, Herculândia e Junqueirópolis), tendo como tema “E com eles, estava Maria” e participação de cerca de 4.000 pessoas. Os pregadores foram, respectivamente, os padres Adeflor Xavier Pereira Júnior, Wilson Luís Ramos e Diego Luiz Carvalho de Souza.

FIQUE DE OLHO SEMANA JOVEM Do dia 2 ao dia 8 de julho, todas as paróquias da Diocese de Marília estão convidadas a realizar a Semana Jovem Missionária. O tema de reflexão, “O poderoso fez para mim coisas grandiosas” (Lc 1, 49), está em comunhão com o Ano Mariano e a Jornada Diocesana da Juventude. De acordo com o assessor diocesano do Setor Juventude, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, as paróquias têm a liberdade de realizar a Semana Jovem Missionária em outra data. “Porém, o importante é que se realizem alguma atividade juvenil”, disse. O Setor Juventude propõe como atividades momentos de Adoração ao Santíssimo Sacramento, meditação do Terço, visitas a jovens afastados e visitas em algumas instituições como asilos, creches e hospitais. URGÊNCIA 4 No dia 1º de julho, a equipe da Urgência 4 do Primeiro Plano Diocesano de Pastoral — “Igreja: comunidade de comunidades” — fará uma reunião em Rinópolis. Os membros da equipe se reunirão na chácara da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no período da tarde, e darão andamento aos projetos da Urgência 4, que são a Formação da Equipe para a Animação da Urgência e a Atualização das Normas para os Conselhos Paroquiais de Pastoral

(CPP’s). De acordo como assessor, Pe. Adenilson de Oliveira, CJS, são convidados a participar dessa reunião em Rinópolis os coordenadores diocesanos e alguns membros das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s), Renovação Carismática Católica (RCC), Pastoral Juvenil, Pastoral da Juventude e Pastoral do Surdo. FÉ E POLÍTICA As reuniões do Grupo de Fé e Política foram retomadas e no dia 14 de junho, 15 pessoas se reuniram no Centro Diocesano de Pastoral, em Marília. Dentre elas, esteve o coordenador do Conselho de Leigos da Diocese de Marília/Marcha da Cidadania, Antônio Vieira. “Tratamos do momento político atual e da política local, em vista dos trabalhos que foram realizados no período que antecedeu as eleições municipais, quando houve uma atuação importante de pessoas ligadas à Igreja Católica”, afirmou. “Sentimos a impaciência das pessoas, que têm pressa em ver seus anseios atendidos e, assim como no cenário nacional, a descrença em mudanças é significativa”, complementou. A partir de agora, o grupo deverá se reunir pelo menos uma vez por mês. ANIVERSÁRIOS No mês de julho, o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini,

celebrara duas datas importantes. No dia 7, sua ordenação episcopal, que ocorreu na Diocese de São João da Boa Vista, completará quatro anos. No dia seguinte, será seu aniversário natalício de 55 anos. A Rede de Comunicação NO MEIO DE NÓS deseja felicidades a Dom Luiz e que Deus lhe conceda um episcopado fecundo e abençoado. URGÊNCIA 5 No dia 9 de julho, às 8h30, será realizado, em Tupã, o Encontro Diocesano das Pastorais Sociais. O evento, que ocorrerá na Paróquia São Judas Tadeu, segue orientação do Primeiro Plano Diocesano de Pastoral. São chamadas a participar três pessoas por paróquia, devendo ser pertencentes a grupos e pastorais que integram a “Urgência 5” do PDP (Campanha da Fraternidade, Cáritas Diocesana, Comissão de Justiça e Paz, Conselho Diocesano de Leigos, Pastoral da Criança, Pastoral Carcerária, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Saúde, Pastoral da Sobriedade e Sociedade São Vicente de Paulo). “Queremos abordar os temas do ponto de vista prático: a espiritualidade do agente de pastoral, direitos humanos e sociais e a participação nos conselhos municipais”, informou o assessor diocesano da Urgência 5, Pe. José Carlos Vicentin.


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Atualidade Sul 1: bispos e sacerdotes refletem laicato na Igreja

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bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e o coordenador diocesano de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, estiveram em Aparecida do dia 6 ao dia 8 de junho, quando participaram da 80ª Assembleia dos Bispos do Sul 1. O Pe. Carlos Roberto dos Santos, de Tupã, também participou do evento, pois é secretário da Sub-Região Pastoral de Botucatu. Arcebispos, bispos, secretários, sacerdotes e representantes dos organismos ligados ao Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estiveram reunidos no Hotel Rainha do Brasil e tiveram sessões reservadas e sessões conjuntas, nas quais refletiram o tema central, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade: Sal da terra e luz do mundo (Doc. 105)”. Os participantes também discutiram o Ano do Laicato, em 2018, a recepção e as implicações para as dioceses do Regional Sul 1.

Foto: Renato Papis | Regional Sul 1 da CNBB

Dom Luiz (sentado à direita), juntamente com bispos e padres da Província de Botucatu

O tema central foi introduzido pelo bispo de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipolini (irmão de Dom Luiz), e também por Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). A exposição de Dom Pedro frisou que a ação laical não é suplência, mas nasce do batismo e que o laicato é verdadeiro sujeito eclesial. “O leigo formado e adulto não aceita

ser tarefeiro e, por isso, o leigo, para ser verdadeiro sujeito eclesial, é chamado a ser maduro na fé”, afirmou Dom Pedro. Azevedo disse que o Documento 105 deve ser entendido a partir de outros vários documentos da Igreja, também dedicados aos leigos. Os bispos também tiveram palestras com outros temas, ligados à temática central. O Dr. José Rober-

to Nalini, secretário de Educação do Estado de São Paulo, abordou o tema “Cristãos leigos no mundo da educação” e o deputado estadual Reinaldo de Souza Alguz, acompanhado de sua equipe, discorreu sobre o tema “Cristãos leigos no mundo da política partidária”. Antes do encerramento, houve a apresentação dos relatórios das comissões episcopais e organismos. Os bispos também discutiram o projeto missionário que o Sul 1 assumiu com a Diocese de Pemba, em Moçambique, na África. De acordo com o Pe. Ademilson, o tema central do evento terá continuidade na Assembleia das Igrejas, em outubro, e a Diocese de Marília se preparará para vivenciar o Ano do Laicato. “A Assembleia foi bastante produtiva”, avaliou o Pe. Ademilson. O resumo do evento foi feito pelo sacerdote e enviado à Coordenação de Pastoral e a todas as paróquias da Diocese ainda no mês de junho.

Papa Francisco pediu aos fiéis “Um Minuto pela Paz” Ao final da catequese do dia 7 de junho, o Papa Francisco lançou a todo o mundo um apelo para os fiéis, no dia seguinte: que às 13h do dia 8 de junho, todos interrompessem suas atividades cotidianas, inclinassem suas cabeças, refletissem e orassem pela paz. Ele orientou que todos os povos seguissem suas tradições religiosas, mas que se comprometessem em ser promotores da paz. A proposta foi que cada um, segundo a própria tradição religiosa, de forma individual ou em grupo, fizesse um minuto de silêncio num gesto de comprometimento com a paz no mundo. A iniciativa “Um minuto pela paz” recordou o histórico encontro no Vaticano entre o Papa, o Patriarca Bartolomeu, o presidente de Israel, Shimon Peres (já falecido) e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Abu Mazen. Esse encontro ocorreu há três anos.

“Em nosso tempo, há tanta necessidade de rezar – cristãos, judeus e muçulmanos – pela paz”, argumentou o Papa na ocasião do apelo. A proposta dele foi atendida em vários países e também teve o apoio, em nível internacional, do Fórum Internacional da Ação Católica (Fiac) e pela União Mundial das Organizações Femininas Católicas (UMOFC). No Brasil, o site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma notícia no mesmo dia, convocando os fiéis a aderirem à proposta do Papa Francisco. Para o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, a Igreja no Brasil está unida ao pedido do Santo Padre. “Convido a todos os católicos e pessoas de boa vontade a fazerem o momento de oração ‘um minuto pela paz no mundo’. E nós pediremos também para que haja paz e justiça no Brasil”, enfatizou Dom

Leonardo na ocasião. Embora o pedido tenha sido feito na véspera, os fiéis católicos fizeram um minuto de oração pela paz. Na Diocese de Marília, houve adesão, em sua maioria, de forma individual. Isso ocorreu em decorrência do horário estabelecido pelo Papa. Mas algumas iniciativas reuniram pequenos grupos de fiéis. Foi o que ocorreu no Instituo Teológico Rainha dos Apóstolos (Itra), onde os seminaristas aderiram à proposta de forma conjunta. Os seminaristas tinham uma atividade marcada para as 13h e, antes de começar, reuniram-se, em círculo, embaixo de uma mangueira. Ao todo, foram 39 seminaristas e dois sacerdotes. “Fizemos um minuto de silêncio, pedindo a Deus que tomasse conta das situações de conflito pelo mundo. Depois, fizemos a oração do Pai Nosso”, contou o seminarista João Bonzanini, do segundo ano de Teologia.

Foto: Rádio Vaticano

Papa motivou momento de oração no dia 8


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Julho de 2017

Região I Pe. Sidnei de Paula Santos recebe título de cidadão orientense Em cerimônia ocorrida no dia 9 de junho, o Pe. Sidnei de Paula Santos recebeu o título de cidadão orientense. A entrega ocorreu durante a sessão camarária e o projeto foi de autoria do vereador Rodolfo Móris, que também é presidente da Câmara de Vereadores de Oriente e está em seu segundo mandato. O pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida chegou à cidade em 9 de janeiro de 2013, ou seja, há quatro anos e meio. “Fui muito bem recebido pelo povo”, recordou o Pe. Sidnei, que logo convocou uma assembleia paroquial, onde foi decidido que a igreja passaria por uma reforma. A festa da Dedicação do Altar e da igreja pós-reforma foi no dia 12 de outubro do ano passado. O trabalho do pároco foi reconhecido e o vereador Rodolfo destacou, em entrevista ao NO MEIO DE NÓS, que o Pe.

Sidnei é muito carismático e isso é unanimidade, não só para o povo católico da cidade. Oriente é uma cidade da Região Pastoral I, que tem população de sete mil habitantes, de maioria católica. “Decidi fazer o projeto pelo trabalho que o Pe. Sidnei desenvolveu na cidade. Ele conseguiu unir a Igreja Católica, le-

vou as pessoas à igreja”, afirmou Rodolfo, um dos nove vereadores da cidade. Segundo ele, todos os edis aprovaram a entrega do título ao pároco. A cerimônia também contou com a participação do prefeito e do vice, além de leigos da comunidade. Sobre o título, o Pe. Sidnei reveFoto: Roberto Cezar

Pe. Sidnei, prefeito Carlos Eduardo Boldorini Móris e vereador Rodolfo Móris

lou ter sido uma grande honra, “mas ao mesmo tempo, uma responsabilidade a mais”. “No momento em que recebi o título de cidadão orientense, percebi que devo doar-me ainda mais e é isso que pretendo fazer”, afirmou o pároco. O sacerdote disse que sempre foi muito respeitado em Oriente e que sua forma de trabalhar foi bem acolhida. “Minha maneira de trabalhar é muito simples. Tudo se resume em: atendimento, visita aos doentes, presença nas reuniões das pastorais e em seus momentos de formação e espiritualidade, e também das exéquias — quando não posso ir, uma das religiosas vai. Gosto de receber as pessoas na porta da igreja antes das missas e, ao final, despedir-me de todos, também na porta da igreja. Enfim, são coisas que podem fazer a diferença numa paróquia”, comentou.

Região III Pastoral da Criança promove espiritualidade em Ouro Verde A cidade de Ouro Verde foi escolhida para sediar um encontro de espiritualidade da Pastoral da Criança da Região III. Cerca de 90 líderes estiveram reunidos no dia 11 de junho e refletiram o tema “Saber escutar para cumprir a missão”. A iniciativa de realizar o encontro foi do coordenador da Pastoral da Criança na Região III, Jovani Garcia, de Flórida Paulista. Segundo ele, a importância da

realização do encontro é a necessidade de se viver a unidade na Região. “Trocamos experiências e rezamos juntos pela Pastoral da Criança”, comentou. Além de Jovani, também estiveram presentes o pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Pe. Luiz Henrique de Araújo; o assessor diocesano da Pastoral da Criança, Pe. Murilo Aparecido Dias; o diácono Marcelo Feltri, de PaFoto: Pastoral da Criança | Região III

Espiritualidade reuniu líderes das paróquias da Região III em Ouro Verde

norama; e o coordenador diocesano da Pastoral da Criança, Moisés Soudário Inácio. Após o café da manhã, o Pe. Luiz Henrique presidiu uma missa e na sequência, Santelmo José da Silva, de Presidente Epitácio (SP), proferiu a palestra acerca do tema central. O coordenador Moisés falou aos participantes sobre a importância do testemunho de vida e da visita aos assistidos pela Pastoral. Ele também falou sobre a necessidade de manter a carteira de vacinação em dia, como forma de prevenir doenças como gripes, bronquite e pneumonia nas crianças. Durante o encontro, os líderes aproveitaram para lembrar de pontos que devem ser melhorados, como a atualização dos líderes e coordenadores e da capacitação de todos. Como pontos positvos, foram destacados as visitas, o acompa-

nhamento dos líderes às famílias, e a dedicação às crianças e gestantes. A avaliação do encontro foi considerada positiva pela coordenação e também pelos participantes. Uma das líderes presentes foi Maria Aparecida Correia Kanezawa, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena. “A palestra do Santelmo foi um estimulo a seguir o nosso caminho como líderes. Aprendemos que temos que passar valores e costumes às nossas crianças, pois falta em muitas famílias o testemunho e o bom exemplo. Voltamos renovados de lá”, disse Cida. “Tivemos a oportunidade de rezar juntos e partilhar a missão da pastoral para que todas as crianças tenham vida e vida em abundância”, finalizou o Pe. Murilo, que assumiu recentemente como assessor e teve seu primeiro contato com os líderes da Região Pastoral III.


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Região II Marianistas levam Oração de Taizé à paróquia de Queiroz Depois de realizar alguns eventos na Casa Marianista, em Marília, a Oração ao Estilo de Taizé ocorreu também na cidade de Queiroz. Foi no dia 11 de junho, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, que 80 pessoas estiveram reunidas com os religiosos marianistas. Eles conduziram a oração. Ao todo, viajaram a Queiroz 14 integrantes da Família Marianista e o coordenador foi o Irmão Victor Augusto Ferreira de Aguiar. “Estiveram lá crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Todos cantando, rezando e no silêncio de sua oração pessoal e da adoração da cruz viveram este momento de interioridade e oração”, contou o religioso. A Família Marianista já tinha ideia de levar a Oração ao Estilo de Taizé a outras paróquias, mas tudo começou quando o pároco, Pe. Luciano Talarico, sentiu a necessidade de fazer algo para movimentar a juventude de sua paróquia. O sacerdote entrou, então, em contato com a jovem Aline Lázaro, que havia participado de uma Oração em Marília, na casa da Família Marianista. “Entrei em contato com o Irmão Victor, que comentou que os religiosos estavam pensando em levar as Orações de Taizé para as comunidades e que precisávamos unir forças nessa missão”, lembrou ela. “Sinto que as ‘coincidências’ que aconteceram demonstraram que, antes

de ser plano nosso, era plano de Deus para as duas comunidades, tanto de levar as orações, quanto de recebê-las”, complementou Aline. “A Equipe de Pastoral da Família Marianista aceitou, já que é também um serviço que desejamos ofertar à Igreja de Marilia”, reforçou o Irmão Victor, que lembrou que o pároco deu todo apoio e também participou do evento. Para Ademilson Pereira Marques, que é coordenador da Liturgia e participou da Oração, este foi um momento ótimo de reflexão que todos estavam precisando. “Foi um momento de interiorização, nesse dia a dia tão corrido. Voltar para dentro de si foi necessário. Como Igreja, olhamos muito para fora. Mas essa experiência de voltar para dentro e ver o seu próprio mundo foi uma experiência muito boa. Participar da Oração foi gratificante”, avaliou o jovem. O marianista Victor finalizou afirmando que sua comunidade está aberta a ir até outras paróquias para levar a Oração ao Estilo de Taizé. “Ao serviço das paróquias e comunidades, desejamos estar abertos a outros convites para ajudar ao Povo de Deus rezar e experienciar a Deus. Sempre pelo convite, pois é Deus que nos envia em missão. Pois a missão no Reino de Deus é recebida e não pode ser escolhida por si mesmo”, concluiu o religioso. Foto:Paróquia Nossa Senhora Aparecida | Queiroz

Momento de oração reuniu crianças, jovens e também adultos da paróquia de Queiroz

Centenas de jovens se reúnem para Jornada Regional A Região Pastoral II realizou, no dia 25 de junho, a Jornada Regional da Juventude. Cerca de 400 jovens estiveram reunidos em Rinópolis. O assessor diocesano do Setor Juventude, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva, lembrou que esta é a primeira vez que a Região realizada a jornada. “A motivação surgiu a partir dos jovens que queriam ter um encontro em nossa Região para uma maior interação entre eles e para trocas de experiências”, disse o sacerdote, que também é vigário episcopal da Região II. O tema trabalhado pelos jovens foi o tema proposto pelo Papa Francisco para a Jornada Diocesana da Juventude, que é um tema mariano: “O poderoso fez para mim coisas grandiosas” (Lc 1, 49). Por ocasião do Ano Mariano, o Setor Juventude optou por fazer da Jornada uma peregrinação até a Pa-

róquia Nossa Senhora Aparecida. Após a chegada e acolhida dos participantes, foi servido um café na praça da igreja matriz. Em seguida, os jovens participaram de uma missa e seguiram em caminhada até o recinto de festas, onde teve momentos de louvor, catequese, almoço e, no período da tarde, apresentação com o DJ Léo Guimarães com a festa das cores. Após a Adoração ao Santíssimo Sacramento, os jovens seguiram para suas casas. Uma das participantes foi Luana Ramos, de Inúbia Paulista. Ela comentou que o evento teve clima de jornada da juventude. “Tivemos momentos de espiritualidade para falar de Maria, momentos de adoração e também balada. Foi muito animada a nossa jornada e envolveu todos. Voltei de lá muito feliz”, garantiu Luana, que foi com um grupo de 60 jovens de sua paróquia. Foto: Paróquia Nossa Senhora Aparecida | Rinópolis

Durante Jornada, jovens também participaram de festa com participação de um DJ

Coroinhas de Bastos visitam Seminário Diocesano São Pio X No dia 11 de junho, coroinhas da Paróquia São Francisco Xavier, de Bastos, estiveram em Marília, onde visitaram o Seminário Diocesano São Pio X. Segundo Maria Gomes da Silva de Oliveira, coordenadora da Pastoral dos Coroinhas, foi uma visita abençoada. “Fomos muito bem recebidos pelos seminaristas e também pelo reitor, Pe. Luciano Pontes. Os coroinhas amaram a visita e ficaram vislumbrados com a beleza e a paz que lá encontraram.

Eles tiveram um momento de bate-papo com os seminaristas e o Pe. Luciano e tiraram dúvidas. “Com certeza, foram plantadas sementinhas no coraçãozinho de cada um. Elas poderão, desde já, ir discernindo sobre suas vocações e deixar o amor de Deus as conduzir”, disse Maria. ¨Foi muito bacana. É um lugar de muita paz e alegria. Temos muito ainda que aprender”, disse coroinha Vinícius de Souza, que esteve no seminário.


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Julho de 2017

Clero celebra o Dia de Santificação Sacerdotal

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m 23 de junho, Dia do Sagrado Coração de Jesus, o clero da Diocese de Marília esteve reunido na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntuni, em Adamantina, para celebrar o Dia de Santificação dos Sacerdotes. Além dos padres e diáconos, também estiveram presentes o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e emérito, Dom Osvaldo Giuntini. Na oportunidade, eles tiveram momentos de oração, deserto, adoração e de reflexão, conduzida pelo Pe. Angelo Fornari, da Congregação de Jesus Sacerdote, que trabalha em Barretos (SP). “O Dia de Oração pela Santificação do Clero foi um momento importante em que nos reunimos em torno de Jesus na Eucaristia. O Pe. Angelo veio para nos ajudar a refletir sobre a mensagem do Papa Francisco aos sacerdotes, por ocasião da Quinta-feira Santa deste ano: ‘O Senhor ungiu-nos em Cristo com o óleo da alegria, e esta unção convida-nos a acolher e cuidar deste grande dom: a Igreja, o júbilo sacerdotal’”, disse Dom Luiz. A ORIGEM A data foi instituída em 1995, pelo Santo Papa João Paulo II. Porém, a ideia foi do fundador da Congregação de Je-

sus Sacerdote, Pe. Mário Venturini. Em 1947, ele observou que se difundiam no mundo datas especiais, como o Dia das Mães. Os sacerdotes, no entanto, já tinham uma data a ser celebrada, que é a Quinta-feira Santa, em que se instituiu a Eucaristia e o Sacramento da Ordem. A ideia do Pe. Venturini, entretanto, era que os padres tivessem um dia de calma, para se reunirem com os bispos e refletirem sobre o amor de Jesus, Sumo Sacerdote. Ele, então, enviou carta a todos os bispos da Itália apresentando a proposta do Dia de Santificação Sacerdotal na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, ao qual ele era devoto. A acolhida dos bispos foi favorável e, com a aprovação do Papa Pio XII, lançou-se a proposta em nível mundial e continuou a renová-la anualmente. Somente em 1995, o então Papa João Paulo II escreveu carta aos sacerdotes, por ocasião da Quinta-feira Santa, e nela instituiu o “Dia pela Santificação dos Sacerdotes”. A proposta é que a celebração ocorra no Dia do Sagrado Coração de Jesus, ou em outra data mais apropriada às exigências e costumes pastorais da diocese. APOSTOLADO DA ORAÇÃO Quem também reza pela santificação

Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Clero teve momento de adoração ao Santíssimo Sacramento na capela da Casa Pastoral

dos sacerdotes na Diocese é o Apostolado da Oração, que tem como assessor diocesano o Pe. Marcos Roberto Marques Ortega. Além da intenção pelos sacerdotes e também religiosos, os membros do Apostolado rezam ainda pelos mais fragilizados no mundo. O movimento auxilia, ainda, com a manutenção do seminário, com uma doação anual. SAGRADO CORAÇÃO “O Coração de Jesus é fonte inesgotável de amor. Sua devoção vem do amor como princípio, que se dirige ao amor como fim, que emprega o amor como meio’, afirmou o Pe. Marcos. Ainda segundo o sacerdote, os devotos do Sagrado Coração já experimentaram, em suas vidas, o amor acolhedor e transfor-

mador de Jesus. “Celebrar o dia do Sagrado Coração de Jesus é fazer memória a este grande amor. É reviver as graças concedidas pelo amor misericordioso de Jesus”, disse. Um momento alto de devoção ao Sagrado Coração na Diocese de Marília é a Romaria Interdiocesana do Apostolado da Oração. Milhares de romeiros de diversos Estados se reúnem, em setembro, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, em Vera Cruz. “Neste dia, muitos fiéis passam pelo Santuário agradecendo, pedindo, buscando a misericórdia de Jesus”, comentou o Pe. Marcos. Além do Santuário em Vera Cruz, outra paróquia dedicada ao Sagrado Coração de Jesus fica em Marília. Ambas programaram atividades especiais em celebração ao dia do padroeiro.


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