Jornal No Meio de Nós - Edição 226 - junho de 2017

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NO MEIO DE NÓS INFORMATIVO DA DIOCESE DE MARÍLIA Ano 19 | Edição 226 | Junho de 2017

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Marcelo Henrique é ordenado padre Foto: Milton Ura | No Click com o Senhor

Retiro do Clero reúne 71 pessoas em Agudos O Seminário Santo Antônio, de Agudos, sediou o Retiro do Clero da Diocese de Marília do dia 22 ao dia 26 de maio. Bispos, sacerdotes e diáconos, em um total de 71 pessoas, participaram do evento, que teve como assessor o arcebispo metropolitano de Sorocaba. Dom Júlio Akamine tratou da experiência de Deus e revelou que aproveitou o retiro para “descansar no Senhor”. “Foram dias de oração, silêncio e meditação. Voltei revigorado e descansado”, afirmou ele, em entrevista ao NO MEIO DE NÓS. Página 10

Ministros participam de eventos do Ano Mariano Nos dias 27 e 28 de maio, centenas de Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão estiveram reunidos nas cidades de Oriente, Rinópolis e Dracena. Ao todo, foram 1.300 pessoas, que fizeram a peregrinação por ocasião do Ano Mariano. Todas as paróquias que sediaram o evento têm Nossa Senhora Aparecida como padroeira.

Marcelo Henrique mostra suas mãos ungidas ao povo, reunido na paróquia de Pacaembu

A Diocese de Marília deu, no dia 2 de junho, as boas-vindas a o seu mais novo presbítero. Marcelo Henrique Gonzales Dias foi ordenado pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Como é natural de Pacaembu, a cerimônia ocorreu na Paróquia Nossa Senhora das Graças, onde estiveram reunidos sacerdotes,

diáconos, seminaristas, amigos e familiares do novo padre. Ele revelou que foi uma grande alegria ver todos participando da celebração. “Agradeco a Deus a todo o momento por ter me concedido a graça do sacerdócio, que me foi conferido numa cerimônia tranquila e orante”, disse. Os momentos da ordenação

foram o propósito do eleito, prece litânica, imposição das mãos e das vestes sacerdotais, unção das mãos, entrega do cálice e da patena e, enfim, o ósculo da paz. Marcelo Henrique escolheu como lema de seu sacerdócio “Sei em quem coloquei a minha fé (2Tm 2,12)”. Página 8

ESPIRITUALIDADE

FORMAÇÃO

Dom Luiz Knupp fala sobre São Pedro, a quem Jesus confiou a missão de perpetuar seus ensinamentos e sua mensagem

A figura do Padroeiro da Diocese de Marília, São Pedro, na Bíblia, é abordada pelo Pe. Willians Roque de Brito

O Vigário Episcopal da Região II escreve sobre o Corpus Christi e Maria, que sempre engrandeceu seu Filho

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Mesc da Região II reunidos com imagem de N.Sra. Aparecida

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ENFOQUE

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Foto: Divulgação

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Três religiosas Clarissas professam votos perpétuos O “sim” definitivo foi dados pelas jovens em cerimônias no Mosteiro Maria Imaculada, em Marília. A primeira foi a Irmã Maria Chiara da Sagrada Paixão; a segunda Irmã Maria Vitória de Jesus Crucificado; e a terceira profissão perpétua foi da Irmã Maria Nicole da Hóstia Santa Página 14


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| Ao Leitor |

NO MEIO DE NÓS

Junho de 2017

Editorial

Sejamos presença de amor! Neste mês junho, celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Oportunidade ímpar de lembrarmos o amor misericordioso que Deus tem por nós; Ele é amor, sendo assim, nós, seus filhos, devemos manifestá-Lo em gestos concretos de amor. Na certeza de que Jesus está no meio de nós e, em seu Coração sacerdotal, cuida de todos, rezemos

para que tenhamos um coração manso e humilde semelhante ao d´Ele. A Festa do Sagrado Coração é também dia de oração pela santificação do clero; lembremos, então, com carinho, de nossos bispos, presbíteros e diáconos, e, neste mês, de maneira particular, do Pe. Marcelo Henrique Gonzalez Dias, que, no último dia 2, foi ordena-

do sacerdote pela imposição das mãos e oração consecratória de nosso bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Em 2017, junho também é marcado pelas Solenidades de Pentecostes e de Corpus Christi: com a liturgia de Pentecostes, somos impulsionados pelo Espírito Santo a levar a Palavra de Deus e o anúncio de Seu Reino até os

confins da terra e, na Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, ao sairmos com a Eucaristia pelas ruas de nossas cidades, em procissão, evidenciamos que Cristo está presente na nossa vida e caminha conosco. Sejamos, então, caros leitores, homens e mulheres de Deus; que nossa presença seja sempre de amor!

Enfoque

O Papa e o Primado Petrino Ilustração: Jorge Armando Pereira

T

DOM LUIZ KNUPP

u és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja (Cf. Mt 16,18). Após a instituição da Santa Eucaristia, Jesus confiou a Pedro a missão de perpetuar para sempre os seus ensinamentos e sua mensagem de amor e paz. Mais de dois mil anos se passaram e por mais dificuldades que a Santa Igreja Romana tenha enfrentado, se fortaleceu sobre a história se manteve viva e, assim, continuará por muitos séculos, graças a ação do Espírito Santo. Percebemos, no entanto, que às vezes se faz necessária a inter-

venção Divina para recolocar a função pastoral da Igreja no caminho correto. Por isso, é inevitável reconhecer que o Papa Francisco faz parte deste redirecionamento da Santa Igreja nos caminhos da simplicidade, do contato com os fiéis, da observância das necessidades dos irmãos mais atingidos pelas misérias humanas como a fome, a doença, o desemprego, guerras e atentados contra a vida e contra a fé. Ao olharmos para o trabalho que o Papa Francisco faz e de mostrá-lo ao mundo todo, vemos que é possível olhar para o irmã o sem interesse, sem arrogância e

prepotência, típicos daqueles que detém o poder e que poderiam, a exemplo do Santo Padre e do próprio São Pedro, fazer mais por quem necessita de ajuda. “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos” (Ef. 2,10). O Papa Francisco é o exemplo de que é possível amar o irmão e perpetuar o ministério instituído a Pedro por Jesus Cristo. Cabe a nós, fiéis, ajudarmos o Papa a colocar em prática tudo aquilo que o Senhor pediu. Dom Luiz Knupp é bispo diocesano de Três Lagoas (MS)

EXPEDIENTE BISPO DIOCESANO: Dom Luiz Antonio Cipolini | BISPO EMÉRITO: Dom Osvaldo Giuntini | CÚRIA DIOCESANA: Av. Nelson Spielmann, 521 - Marília/SP - CEP 17500-970 - Fone/fax: (14) 3401-2360 - E-mail: curia@diocesedemarilia.org.br | CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL: R. José Bonifácio, 380 - Marília/SP - CEP 17509-004 - Fone/fax: (14) 3413-3124 - E-mail: cdp@diocesedemarilia.org.br | JORNALISTA RESPONSÁVEL: Márcia Welter - MTB n° 35.160-DRT-SP - Fone: (14) 99195-5452 (MW Editora) - E-mail: jornalnomeiodenos@yahoo.com.br | DIAGRAMAÇÃO: Danilo Cordeiro Silva | REVISÃO: Tiago Barbosa - MTB n° 79971/SP | ORIENTAÇÃO PASTORAL: Pe. Ademilson Luiz Ferreira | CONSELHO EDITORIAL: Tiago Barbosa e Márcia Welter | VERSÃO ELETRÔNICA: www.diocesedemarilia.org.br | IMPRESSÃO: Jornal da Cidade de Bauru LTDA - Fone: (14) 3223-2844 | TIRAGEM: 13.000 exemplares | AUTORIZAÇÃO: Permite-se a reprodução de matérias desta edição, desde que sejam mencionadas as fontes | Envie notícias para o Informativo (jornalnomeiodenos@yahoo.com.br) e para o Portal (pascom.marilia@gmail.com).


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| Nosso Pastor |

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Palavra do Bispo

Corpus Christi DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

“Quando deres uma festa convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos” (Lc 14,14). Uma das formas de compreensão da pessoa de Jesus é a relação d’Ele com a mesa da refeição. Em todos os encontros de Jesus com os empobrecidos, Ele sempre os inclui em suas refeições. Essa foi a sua atitude que mais causou espanto e escândalo: a partilha nas mesas com os pobres e pecadores. Para Jesus, a mesa é para ser compartilhada com todos; a partilha do pão com publicanos e pecadores fazia parte das práticas de Jesus. Nosso Senhor revela grande liberdade ao transitar por diferentes mesas: mesas escandalosas que o faziam próximo dos pecadores, pobres e excluídos. Ele não só passou por tantas mesas, mas instituiu a grande mesa para a festa, a intimidade, a memória: a mesa da Ceia Pascal. A partir do

Candidatos recebem admissão No dia 28 de maio, a Escola Diaconal São Lourenço promoveu um encontro dos seus 54 alunos juntamente com suas esposas. Eles estiveram reunidos na Casa Pastoral Diocesana Dom Osvaldo Giuntini, em Adamantina. A formação bíblica foi conduzida pelo bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, que concedeu aos candidatos o Rito de Admissão às Ordens Sacras, que é o primeiro passo rumo à Ordenação Diaconal. Foto: Escola Diaconal São Lourenço

Rito de admissão às Ordens Sacras ocorreu no encontro

compromisso de Jesus com a mesa da vida, nossa refeição à mesa nunca mais foi a mesma, pois Ele elevou e plenificou de sentido a mesa de refeição. “Quando chegou a hora, Jesus se pôs à mesa com seus apóstolos” (Lc 22, 14). Com Jesus a humanidade descobriu junto à mesa o melhor jeito de se encontrar para celebrar a vida, reconstruir relações mais saudáveis, romper as distâncias e superar as desigualdades. A mesa funciona, então, como oportunidade ou lugar privilegiado, onde se elabora e se vive um encontro de profundidade. A mesa faz a família, reforça a fraternidade, intensifica a amizade. Mas a mesa pode ser corrompida e tornar-se o lugar de injustiças, de rupturas e frieza. A mesa que funciona como posição social, se torna pobre de sentido, dissimulada, falsa e artificial. Há

mesas para tudo, até para a exploração... tudo o que envolve interesse, seduções e vaidades... Há uma verdadeira profanação da mesa ao ser transformada em lugar de conchavos, corrupção, negociatas interesseiras, tramas maldosas. Nós que acreditamos em Jesus nos aproximamos da mesa como quem está diante de um território sagrado, porque sagrado é o alimento e quem dele se alimenta. Este Pão nos fortalece para sermos capazes de partilhar, de viver nossas alegrias, conquistas, sonhos, mas também nossas dores, desânimos e cansaços. Buscamos, junto à mesa, alimento para a vida; mas temos fome de Alguém para além do pão da mesa. Temos fome deste Senhor manso e humilde de coração que por seu Corpo doado numa cruz e seu Sangue derramado até a última gota nos ensina a partilhar o nosso pão e nos dá o perdão e a salvação eterna.

AGENDA DO BISPO 02/06 – Ordenação Presbiteral do Diácono Marcelo Henrique, em Pacaembu. 03/06 – Reunião do Conselho Diocesano de Pastoral, em Tupã. 06 a 08/06 – 80ª Assembleia do Regional Sul 1, em Aparecida. 09/06 – Escola Diaconal, em Adamantina. 10/06 – Crisma na Paróquia Santa Cecília, em Monte Castelo. 11/06 – Crisma na Paróquia São Luiz, em Iacri. 13/06 – Missa na Paróquia Santo Antônio, de Marília, às 19h30. 15/06 – Corpus Christi | Missa às 17h em frente à Catedral e procissão até a Igreja N. Sra. Glória. 16/06 – Visita dos Propedêutas à Residência Episcopal. 18/06 – Crismas em Osvaldo Cruz, Sagres e Salmourão. 20/06 – Reunião do Conselho de Presbíteros, em Tupã. 21/06 – Reunião da Coordenação Diocesana de Pastoral, em Adamantina. 22/06 – Terço Junino no Lar São Vicente, em Marília, às 15h. 23/06 – Dia de Santificação do Clero em Adamantina | Missa na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Marília. 24/06 – Encontro com Representantes das Entidades na Cáritas Diocesana, às 9h | Missa no Encontro de Casais com Cristo em Marília. 29/06 – Procissão e Missa na Paróquia São Pedro em Garça. 29/06 a 02/07 – Visita Pastoral à Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Adamantina.


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| Vida Cristã |

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Assessoria Litúrgica Espiritualidade Imaculado Coração de Maria PE. ANDERSON MESSINA PERINI

A memória do Imaculado Coração de Maria foi instituída pelo Papa Pio XII e sua celebração fora fixada em 22 de agosto, na oitava da Assunção de Maria. Depois da reforma do Concílio Vaticano II, 22 de agosto passou a celebrar a festa de Nossa Senhora Rainha, e a memória do Imaculado Coração foi colocada convenientemente ao lado da solenidade do Sagrado Coração de Jesus, no sábado após o segundo domingo depois de Pentecostes. A devoção ao Imaculado Coração de Maria surgiu no século XVII, propagada por São João Eudes, ao lado da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Esta memória convida a meditar o mistério de Cristo e de sua Mãe, Maria, na sua interioridade e profundidade. A expressão “Coração de Maria” é interpretada no sentido bíblico: remete a pessoa de Maria, seu íntimo e sua identidade profunda, do seu entendimento e memória, de sua vontade e amor, do coração que amou a Deus e aos irmãos e doou-se totalmente à obra redentora de seu Filho. A Liturgia desta festa celebra a misericórdia de Deus: como o Coração de Jesus deu testemunho de seu amor à Igreja no mistério pascal, assim Deus apresentou aos olhos desta mesma Igreja o Coração de Maria como modelo e sua imagem, do “coração novo” da nova Aliança, que ouve e testemunha a mensagem de Jesus. Este coração novo é, pois, morada do Espírito, sede de sabedoria. No interior do Coração de Maria, segundo o Evangelho de São Lucas (2,19), conservava as palavras e os fatos da vida de Jesus e os meditava. O Coração de Maria, que acolheu o Verbo Divino, o Deus Filho, cheia de fé e de amor é chamado com vários títulos: Casa do Verbo e Sacrário do Espírito Santo, pois o Verbo e o Espírito habitam nesse coração continuamente; Imaculado, isto é, isento de pecado; sábio, porque conserva nele as lembranças das palavras e atos do Senhor; dócil,

porque sempre aceitou os mandamentos de Deus; novo, como na profecia de Ezequiel (18,31; 36,26), revestido da graça merecida por Cristo; manso, como a de seu Filho, que aconselha: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11,29); simples, contrário a falsidade e cheio de verdade; puro, ou segundo a bem-aventurança do Senhor, porque é capaz de ver a Deus (Mt 5,8); firme, pois mesmo diante da perseguição e morte de seu Filho foi capaz de abraçar a vontade de Deus sem murmuração, como foi dito na profecia de Simeão: “Quanto a você, uma espada há de atravessar-lhe a alma” (Lc 2,35); vigilante, porque, mesmo sabendo que seu Filho havia morrido e estava no sepulcro, à maneira da esposa do livro de Cânticos (5,2), esteve em vigília, esperando a ressurreição de Cristo. Assim sendo, festejamos o Ano Mariano buscando colocar o nosso coração no ritmo de Maria, a qual, como vemos, meditava no seu coração a Palavra de Deus e os atos de Cristo. Deixemos que Cristo e o Espírito Santo habitem em nosso coração para que ele se torne imaculado, sábio, dócil, novo, manso, simples, puro, firme e vigilante. Se nosso coração entrar no ritmo de Maria, estaremos batendo o nosso coração no mesmo ritmo de seu Filho Jesus. Imaculado Coração de Maria, sede a nossa salvação!

Pe. Anderson Messina Perini é assessor diocesano da Pastoral Litúrgica

Pedro: uma vida conduzida por Cristo PE. WILLIANS ROQUE DE BRITO

Desde os primeiros séculos, a figura de Pedro suscitou nos cristãos grande admiração. Já na comunidade dos apóstolos ele despontava como o líder que confirmava todas as ações da Igreja. Antes da morte e ressurreição, vemos que o Senhor Jesus nutria por ele uma amizade e uma confiança peculiar. Mas sua vida não foi unicamente cercada pelas marcas da virtude. Segundo tradição muito antiga, Pedro teria nascido em Betsaida e, quando o Senhor o encontrou, morava em Cafarnaum com a sua família. Era pescador e, talvez, tivesse uma pequena sociedade nas suas pescas. Encontrar com Jesus naquela praia do Lago de Genesaré (ou Mar de Tiberíades) foi um fator determinante que mudou completamente a sua vida. Não apenas a sua vida, mas o seu sim generoso foi capaz de colocar em prática a continuação do anúncio que Jesus tivera iniciado nas terras da Galileia. “Jesus, fixando nele o seu olhar, disse: ‘Tu és Simão, filho de Jonas, Chamar-te-ás Cefas, que quer dizer Pedro’” (Jo 1,42). Seu encontro com Jesus tivera sido tão impressionante que, mesmo depois de muitas décadas (aproximadamente sete décadas), os discípulos ainda eram capazes de recordar, com detalhes, daquela tarde em que o pescador de peixes foi chamado a ser pescador de homens. Fez do pescador, naquele dia, a pedra de segurança de sua Igreja. Mas Pedro não estava pronto para a missão ainda. Era preciso que aprendesse muita coisa para viver bem a fé naquele novo que veio ao seu encontro. Mas o Senhor Jesus lhe ensinou muito pelo caminho. Muitas foram as vezes que Jesus precisou corrigi-lo. Mas “Pedro é sincero. Sua retidão, franqueza e generosidade conquistam imediatamente a nossa simpatia (...) Talvez seja mesmo as suas imperfeições que o torna tão amável: sentimo-lo tão veraz, tão espontâneo!” (Chevrot). Ele joga luz nos métodos que tem o nosso salvador, que aproveita as ocasiões para educar o

temperamento de Pedro, que ao talhar seus defeitos, abre portas para as suas qualidades. Na hora da cruz Pedro O renega, porém, mais uma vez se encontra com o olhar que o fitou na praia, ainda na Galileia. Ao ser perguntado se amava o ressuscitado, fez a experiência de não O amar com todas as suas forças (Cf. Jo 21,17), mas jamais o abandonou. Continuou a confiar em Cristo apesar das próprias fraquezas e infidelidades. Por fim, sua vida acaba com um Martírio, em Roma (± 66 d.C.). Morre por causa de Cristo. Não se julgando digno de ser crucificado como Jesus, pede para seus executores que o façam de cabeça para baixo. Cumpria-se o que Jesus lhe tivera predito: “quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir” (Jo 21,18). O mais antigo testemunho de seu martírio diz: “Coloquemos diante de nossos olhos o bom Apóstolo São Pedro, o qual foi submetido a um tratamento injusto e cruel, sofrendo numerosas misérias, e assim, tendo dado testemunho do Senhor, foi martirizado, e entrou no lugar merecido da glória” (São Clemente Romano). Nos ensina o Papa Francisco acerca de Pedro: “E então, depois de toda uma vida servindo ao Senhor acabou como o Senhor: na cruz. Mas não se vangloria: ‘Termino como meu Senhor!’. Não, pede ele: ‘Por favor, me coloquem na cruz com a cabeça para baixo, para que pelo menos vejam que não sou o Senhor, sou o servo’. Isto é o que nós podemos tirar deste diálogo, deste diálogo tão bonito, tão sereno, tão amigável (...)”. A vida de Pedro é a prova concreta de tudo o que o Senhor é capaz de fazer a todos aqueles que depositam nEle a sua confiança e colocam o controle das ações em suas mãos. Pe. Willians Roque de Brito é professor da área bíblica no Curso de Teologia para Leigos e Consagrados da Região Pastoral I e vigário paroquial da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília


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Teologia e Pastoral Maria e a Solene Festa de Corpus Christi

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Foto: timblindim.wordpress.com

PE. MARCOS ROBERTO CESÁRIO DA SILVA

este mês de junho, celebramos a Solenidade de Corpus Christi. Momento em que, de forma pública, nós, cristãos católicos, manifestamos nossa fé na Santa Eucaristia, sacramento do Corpo e Sangue do Senhor, mistério pascal instituído na última ceia, quando Jesus se reuniu com seus apóstolos. A Eucaristia é o ápice de nossa fé, de toda nossa vida cristã, grande tesouro deixado por Cristo para a humanidade, memorial de sua Paixão. Nela, vemos a ação pela qual o próprio Deus santifica o mundo. Tendo amado os seus, Jesus amou-os até às últimas consequências, sendo pregado no madeiro. Deus quer se revelar a todos. Desde o princípio, Jesus desejou levar ao coração da humanidade tudo o que o Altíssimo sonhou para o homem. A transformação do pão em Corpo e do vinho em Sangue é o princípio desta nova e indissolúvel aliança de amor. Deus, sendo Onipotente, poderia, de

Figura de Nossa Senhora também se faz presente nos tapetes de Corpus Christi

várias formas, ter dado um novo norte na história da salvação, podendo conduzir de forma incruenta o resgate da humanidade. Contudo, vemos nitidamente que, em todos os sinais revelados ao ser humano, não houve ausência de humildade. Deus, que se faz homem, se oferta em sacrifício e oferece seu Corpo e Sangue pelo resgate da humanidade. Em todo o período que Cristo esteve presente fisicamente na Terra, mostrouSe como nosso modelo. Ele é o homem perfeito que nos convida ao pleno seguimento de suas palavras e obras: rebai-

xou-se à condição humana dando-nos um exemplo a ser imitado. Se Ele, de forma livre, abraçou o despojamento, esvaziou-se de si e aceitou as perseguições, quanto mais nós deveremos fazê-lo! Ao adorar a Eucaristia, não podemos deixar de pensar com reconhecimento na Virgem Maria. A humildade de Maria é tão grande, que suas ações não se referiam a si mesma, mas sempre nos apontaram para o seu Filho Jesus Cristo. Em toda a sua vida, Maria exaltou a Deus e engrandeceu a imagem de seu Filho diante do povo. Devido à sua hu-

A heresia que nega a divindade de Cristo DENISMAR RODRIGO ANDRÉ

No início do século IV, um presbítero de Alexandria, no Egito, chamado Ário, considerado um grande estudioso em Sagrada Escritura e que se destacava pelas suas homilias, iniciou uma das maiores controvérsias que a Igreja Católica experimentou em sua história. Em sua pregação, Ário negava a eterna filiação divina de Jesus e sua igualdade essencial com o Pai. Para ele, somente o Pai é Deus e o Filho é a Sua obra mais perfeita, criada por Ele e, portanto, não é Deus. Além disso, afirmava que Deus, para a criação do universo, precisou do Verbo

como intermediário; portanto, o Filho é um instrumento do qual se serviu o Pai. Mas, se Jesus Cristo não é Deus, o cristianismo é uma farsa, isto é, a doutrina cristã é falsa, uma vez que fica esvaziada sua substância, pois se o Verbo não é Deus e se não foi o Verbo divino quem encarnou no seio da Virgem Maria, não há a Redenção alcançada por Ele por sua Paixão, Morte e Ressurreição. Isso é muito perigoso e causou muitos problemas para a Igreja Católica, tanto que tal doutrina foi combatida e duramente refutada por diversos teólogos e bispos ao longo dos séculos, especialmente por Atanásio de Alexandria. Assim, foi preciso a reali-

zação de dois Concílios, Niceia (325) e Constantinopla (381), para condenar definitivamente o arianismo e afirmar categoricamente a divindade de Jesus Cristo, o Filho Eterno do Pai, por meio do símbolo de fé, conhecido atualmente como Credo Niceno-Constantinopolitano. Entretanto, esse não foi o fim dos seguidores de Ário, uma vez que resistiram e se espalharam pela a Europa por meio da conversão de diversos povos bárbaros que, posteriormente, passaram ao cristianismo católico. Além disso, resquícios do arianismo chegam até os dias atuais. Denismar Rodrigo André é seminarista do quarto ano de Teologia da Diocese de Marília

mildade e pequenez, Deus a exaltou. Uma vez que Maria esteve em pé diante da Paixão de seu Filho Jesus, Deus a associou também à sua glorificação. Sendo assim, ela é considerada mãe de Deus e de toda a humanidade, vivendo no céu com seu Filho que, de toda a humanidade, é redentor. O Concílio Vaticano II, por meio da Constituição Dogmática Lumen Gentium, nos ensina que Maria é a primeira criatura humana a participar plenamente do destino redentor de Seu Filho e a penetrar no mistério de sua glória. Assim, Maria é uma mulher de humildade profunda que soube reconhecerse como serva e, sem prepotência alguma, oferece a Deus os louvores que para ela são dirigidos. Nesta Solene Festa do Corpo e Sangue do Senhor no Ano Nacional Mariano, dirijamos nossas preces confiantes a Nossa Senhora para que aprendamos dela a intimidade com seu Filho Jesus, nosso Salvador. Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva é vigário episcopal da Região II

ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO NATALÍCIO

07/06 – Pe. Miguel João Borro – Tupã; 08/06 – Pe. Clécio Ribeiro – Marília; 09/06 – Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza – Junqueirópolis; 09/06 – Pe. Mauricio Pereira Sevilha – Marília.

ORDENAÇÃO PRESBITERAL 08/06 – Pe. Marcos Roberto Marques Ortega – Vera Cruz; 15/06 – Pe. Danilo Nobre dos Santos – Marília; 19/06 – Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza – Junqueirópolis; 20/06 – Pe. Claudinei de Almeida Lima – Paulópolis/ Quintana 24/06 – Pe. Gabriel Fortier, RSV – Marília; 27/06 – Pio Milpacher, CJS – Marília 29/06 – Pe. Fernando Canomanuel Abárzuza, SM - Marília 30/06 – Côn. João Carlos Batista – Marília.


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ERA UMA VEZ...

Festa motiva devoção à Divina Misericórdia na Diocese

Lenço branco “...era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado” (Lc 15,32). “Imagino a raiva que têm de mim. Sim, fui muito ingrata com vocês. Larguei os estudos, tornei-me viciada, desapareci. Vim para São Paulo com um amigo e, aqui, passei a viver de pequenos expedientes. Na verdade, afundei-me na lama. O fato é que, agora, estou na pior. Peguei Aids. O que temo não é a morte. Ela é inevitável para todos nós. Tenho medo é de ficar sozinha. Preciso de vocês. Mas também sei que os maltratei muito e posso entender que queiram manter distância de mim. Cada uma na sua. É muito cinismo da minha parte vir, agora, pedir socorro. Mas alguma coisa dentro de mim dá forças para que eu escreva esta carta. Nem que seja para saberem que estou no início do fim. Um dia qualquer, passarei aí em frente de casa, só para dar um último adeus com o olhar. Se por acaso tiverem interesse que eu entre, numa boa, prendam, à goiabeira do jardim, um pano de prato branco ou uma toalha de rosto. Então, pode ser que eu crie coragem e dê um alô. Caso contrário, entendo que vocês têm todo o direito de não querer carregar essa mala pesada e sem alça na qual me transformei. Irei em frente, sem bater à porta, esperando, em Deus, que um dia, a gente se reencontre no outro lado da vida. Beijos da filha ingrata, mas que ainda guarda, no fundo do coração, muito amor. Clara.” Três semanas depois, antes das cinco horas da manhã, Clara desembarca na rodoviária e toma um ônibus para a Praia do Canto. É quinta-feira, e o vento

Diocese

sul começa a aplacar o calor, encapelando o mar e eivando entre prédios e janelas. Clara desce na esquina e caminha, temerosa, pelo outro lado da rua. Sabe que, a essa hora, seus pais e as duas irmãs costumam estar dormindo. Ao decifrar a ponta do telhado, seu coração acelera. Olha o portão de ferro esmaltado de preto, as grades em lança que marcam o limite entre a casa e a calçada. Vislumbra o cume da goiabeira. Seus olhos ficam marejados. De repente, uma coisa branca quebra o antigo cenário. Não é uma tolha nem um pano de prato. É um lençol, com pequenos furos no meio, tremulando entre a árvore e o muro da garagem. Em prantos, Clara atravessa a rua e corre para casa. (Extraído do romance de Fr. Betto: O Vencedor, Ed. Ática,1995. In: Manual da CF 2001 – CNBB, nº 60) REFLEXÃO Que também tomemos esta atitude: voltar aos braços do Pai após nossos erros e ter uma atitude de acolhida e misericórdia em relação aos nossos irmãos que erram. É a atitude do filho e do Pai misericordioso na Parábola do Filho Pródigo. Pense nisso!

Pe. Valdo Bartolomeu Santana é pároco da Paróquia Santo Antônio, de Junqueirópolis

No dia 23 de abril, primeiro domingo após a Páscoa, a Igreja Católica celebrou a Festa da Misericórdia, instituída pelo Santo Papa João Paulo II e motivada pela devoção à Divina Misericórdia, presente nas revelações de Jesus Cristo a Santa Faustina. Na Diocese, os fiéis celebraram a Festa da Misericórdia em Dracena, no Centro de Evangelização da Sociedade Irmãos da Misericórdia (SIM). A pregadora foi Neide de Fátima Boiczuk Gerber, de Capanema (PR). O evento ocorreu no sábado e no domingo, sendo que a missa de abertura foi presidida pelo Pe. Diego Luiz Carvalho de Souza, de Junqueirópolis, e a missa de encerramento foi presidida pelo Pe. José Ribeiro da Silva, de Flórida Paulista, e concelebrada pelos padres Wilson Luís Ramos, de Dracena, e Ivã Luiz Baisso, de São João do Pau D’Alho. Em 2008, a SIM realizou sua primeira Festa da Misericórdia. “Todos os anos, o Senhor derrama sua graça”, disse Lara Denise, da Central de Comunicação da SIM. Segundo ela, os participantes puderam receber o sacramento da confissão a fim de serem merecedoras de indulgências, conforme recomenda a Igreja. MONGES Na Diocese de Marília, existe o Mosteiro

da Divina Misericórdia e, anualmente, a Festa da Misericórdia também reúne centenas de fiéis em Lucélia. Este ano, porém, a festa não foi realizada, pois dois dos monges viajaram à Itália, onde fizeram os votos perpétuos. A cerimônia ocorreu no dia 21 de abril e foi presidida pelo Cardeal Gualtiero Bassetti, de Perugia. Ele é responsável pela Fraternidade dos Irmãos de Jesus Misericordioso. Os votos perpétuos do fundador do Mosteiro, Pe. Estêvão da Divina Misericórdia (anteriormente chamado Pe. Vanderlei Gomes de Mendonça) e do Irmão Gabriel (cujo nome de batismo é Rafael Bortolo) foram acolhidos no Santuário Madona de Grondici. O ramo apostólico está na Itália, contemplativo no Brasil e os leigos estão também em países como Polônia, Estados Unidos, Canadá, Venezuela, Argentina e Paraguai. “Após um período de discernimento, compreendemos que era chegado o momento de unir estes três ramos — vida contemplativa, comunidade de vida apostólica e leigos ou oblatos — e formarmos uma única família, completando, desta forma, a inspiração de Santa Faustina Kowalska, a santa polonesa a quem Jesus Misericordioso proporcionou grandes graças”, compartilhou o Pe. Estêvão, que fundou o mosteiro em 5 de janeiro de 2009. Fotos: Divulgação

Grupo faz oração no encontro da SIM (esquerda) e Pe. Estêvão e Irmão Gabriel, na Itália (direita)


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ENS realizam “Meditando com Maria” e Retiro Anual A Paróquia Sagrada Família, de Marília, sediou, no dia 12 de maio, o “Meditando com Maria”, evento promovido pelas Equipes de Nossa Senhora (ENS). Foi um momento de formação, devoção e reflexão, segundo informou o casal responsável pelo Setor B, Cícero Félix e Elza Messias. O colegiado das ENS realizou esse encontro em agradecimento aos 67 anos do movimento no Brasil e os 57 anos das ENS na cidade de Marília, além de celebrar os 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal. A meditação teve como referência Maria e atualizou os fiéis na fé e na observância dos preceitos cristãos. “O encontro foi maravilhoso”, avaliou Cícero. A participação foi de 25 casais. Uma semana depois, de 19 a 21 de maio, 95 casais das ENS se reuniram no Instituto Teológico Rainha dos Apósto-

los (Itra), também em Marília, onde foi realizado o Retiro Anual do movimento. “Colocamo-nos a cada ano ante o Senhor, como casal, para refletir e planejar a vida em Sua presença. Um momento privilegiado de oração e meditação”, afirmou Cícero. O pregador do retiro foi o Pe. Edson de Oliveira Lima, atual Conselheiro Espiritual do Setor A. Ele refletiu o tema “Pontes Sim, Muros Não”, que abrangeu, entre outras questões a vocação matrimonial, fidelidade, fragilidade do casal e da família, educação para a Fé e valor social do casamento e da família. “A presença das ENS na vida do casal e da família é fundamental, pela fé, pela paciência e pela troca de experiências”, comentou o casal Cecília e Reinaldo Ramos, da Paróquia Santa Isabel, de Marília, que participou dos dois eventos.

TV Cristoches lança vídeos para evangelizar crianças Na cidade de Pompeia, foi criado, há 12 anos, o “Projeto Cristoches”, que objetiva evangelizar crianças por meio de músicas e teatro com bonecos. “Os personagens foram desenvolvidos com a missão de evangelizar e levar a mensagem de que é possível ser santo nos dias de hoje, colocando em prática os ensinamentos da Bíblia, de uma forma dinâmica e divertida, transmitindo a importância do amor e da fé”, disse Guilherme Bonfim, idealizador do projeto. Ele é ator e estudante de Publicidade e Propaganda da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “O Cristoches é pioneiro e se tornou referência na evangelização infanto-juvenil católica”, disse. Além de Pompeia, o projeto também é desenvolvido, atualmente, no Santuário Nossa Senhora de Fátima, de Dracena. Os integrantes do projeto sempre estão presentes nas missas das crianças, às 9h30 dos domingos. TV CRISTOCHES Para comemorar os mais de 10 anos de criação, foi lançado, no ano passado, o TV Cristoches no Youtube. Já existem vídeos publicados, mas a ideia é lançar, semanalmente, dois programas:

o “Aprendendo a rezar” e “Aprendendo com as parábolas”. “No primeiro, as crianças poderão acompanhar e aprender as orações. Para o segundo programa, já separei 15 parábolas da Bíblia e escrevi um roteiro trazendo mensagens para a atualidade”, explicou o ator. Sobre o lançamento dos vídeos, ainda não há uma data definida. Mas o Cristoches terá um espaço reservado aqui no NO MEIO DE NÓS. Mensalmente, a equipe publicará estorinhas para crianças, dicas e desafios mensais de evangelização, palavras cruzadas, ligue os pontos, etc. Além de sempre mostrar um pouco do conteúdo publicado na TV Cristoches no Youtube e a participação nas Missas das Crianças. “Cristoches tem o propósito de dar aos pequeninos uma oportunidade de contato com o Sagrado e ajudá-las a viver desde a infância, a grandeza do Mistério e Amor de Cristo, é mergulhá-las no Amor de alguém que tudo realizou por nossa Salvação. Aguardem nossa estreia aqui”, chamou Guilherme Bonfim. Conheça um pouco mais sobre o projeto no Facebook (www.facebook.com/ cristoches) e aguarde o lançamento da coluna do Cristoches no NO MEIO DE NÓS.

Foto: ENS

“Meditando com Maria” foi realizado na Paróquia Sagrada Família e reuniu 25 casais

Pascom

Comunicação e consciência

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PE. VALDEMAR CARDOSO

ser humano possui consciência. Embora seja dotado dessa capacidade, grande parte dos homens e das mulheres parecem ser movidos apenas pelo impulso de comer, beber, atacar, defender-se... Vivem distraídos. Falta-lhes atenção consciente no agir e reagir. Estão na vida, mas desligados da vida que se liga a eles. Desse modo, são levados por uma enxurrada de fatos, acontecimentos, situações que geram sensações e comportamentos que fogem do controle dessa gente distraída, viventes sem rumo e sem direção. Vida não é aquilo que acontece. Vida é o sentimento-resposta que a pessoa dá em cima, ou a partir do que acontece. A pessoa pode não escolher situações e acontecimentos. Mas, ela pode escolher como responder a eles. Esse é o segredo que leva a pessoa a viver bem e equilibrada ou viver mal e perdida. Alguém um dia disse que não importa o que aconteça. O que importa é o que se faz com aquilo que acontece. Para que o ser humano aconteça bem

nos acontecimentos e faça a vida acontecer aí, é necessário ser comunicação consciente. É preciso estar consciente, em primeiro lugar ao que diz respeito ao corpo físico, sua casa humana. O corpo físico está o tempo todo se comunicando com o ser humano. O corpo fala. Dialogar-se com ele é o primeiro passo para a comunicação consciente e vida feliz.

Pe. Valdemar Cardoso é membro da Pascom diocesana


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Destaque Diocese acolhe novo presbítero em Pacaembu Celebração reuniu padres, amigos e familiares do neo-sacerdote que escolheu como lema ‘Sei em quem coloquei a minha fé’ (2Tm 2,12). “Agradeci a Deus a todo o momento por ter me concedido a graça do sacerdócio, que me foi conferido numa celebração tranquila e orante”, ressaltou Pe. Marcelo Henrique. Fotos: Milton Ura | No Click com o Senhor

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Pe. Marcelo Henrique: “agradeci a Deus a todo o momento”

TIAGO BARBOSA

comunidade católica de Pacaembu certamente não esquecerá a noite da última sexta-feira, dia 2, quando o clero da Diocese de Marília se reuniu para a ordenação de seu mais novo presbítero: Pe. Marcelo Henrique Gonzalez Dias, o quarto pacaembuense a se tornar padre diocesano. “A ordenação do Pe. Marcelo foi para nossa comunidade uma alegria. Aguardávamos em clima de expectativa, e oração, intercedendo para que a vontade de Deus se cumprisse, e cumpriu”, afirmou a leiga consagrada à Ordem das Virgens, Lucilene de Melo, que auxiliou nos preparativos da celebração. A missa, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, contou com o propósito do eleito, prece litânica, imposição das mãos e das vestes sacerdotais, unção das mãos, entrega do cálice e da patena e, enfim, o ósculo da paz. Em sua homilia, ao retomar a Liturgia da Palavra, Dom Luiz Antonio evidenciou que é de Jesus que todos os discípulos recebem a missão e que os carismas devem ser utilizados para o bem da comunidade. “A Igreja é a comunidade de homens e mulheres que se encontram com o Ressuscitado. Deste encontro nasce a missão que consiste em transmitir a salvação”, ressaltou o bispo diocesano. Centenas de amigos e familiares do neo-sacerdote, padres de outras dioceses e também Dom Osvaldo Giuntini, bispo emérito de Marília, acompanharam o rito. “Foi uma alegria imensa ver minha família, tantos amigos, seja do clero, seja leigos e religiosos, participando comigo desta celebração. Agradeci a Deus a todo o momento por ter me concedido a graça do sacerdócio, que me foi conferido numa celebração tranquila e orante”, disse o padre recém-ordenado em entrevista ao Informativo NO MEIO DE NÓS. Sobre o dia de sua ordenação, Pe. Marcelo revelou que todo o rito foi marcante, porém, destacou que o momento que mais o impressionou foi quando se aproximou do altar para concelebrar com os bispos e padres. “Quando pronunciei com os demais sacerdotes as pala-

vras da consagração, tremi interiormente, ao perceber que, de fato, agora participava do sacerdócio de Jesus Cristo!” e concluiu: “Peço as orações pelo nosso bispo, pelo bispo emérito e por todos os padres, diáconos e seminaristas”. “Sei em quem coloquei a minha fé” (2Tm 2,12) foi o lema que o Pe. Marcelo escolheu para nortear seu ministério presbiteral, pois, segundo ele, o descobrimento de sua vocação “veio junto com a descoberta da verdade de Cristo, da autenticidade do ensinamento da Igreja, de que a fé nessa verdade é a razão da nossa alegria e nossa salvação”. PE. MARCELO HENRIQUE Nascido em Pacaembu, o filho mais velho de Luiza Gonzalez Dias e Miguel Dias Garcia, trilhou sua formação em Marília. Em 2008, ingressou no Seminário Diocesano São Pio X. Entre 2009 e 2011, residiu no Seminário Provincial Sagrado Coração de Jesus e, de 2012 a 2015, no Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos. Paralelamente às duas últimas etapas da formação, Pe. Marcelo cursou filosofia e depois teologia pela Faculdade João Paulo II (Fajopa). CONTATO COM O POVO Como seminarista, o Pe. Marcelo Henrique exerceu seus estágios pastorais nas paróquias Catedral São Bento, de Marília, São José Operário, de Tupã, Nossa Senhora Aparecida, de Flórida Paulista e Nossa Senhora Aparecida, de Oriente. Questionado sobre a importância do povo de Deus nos anos de estágio pastoral e como a presença das pessoas enriqueceu o seu discernimento vocacional, Pe. Marcelo Henrique destacou que o contato com os fiéis foi fundamental para seu amadurecimento espiritual e humano. “Procurei participar das alegrias e das dores das pessoas e me comovi com os esforços que tantos pais e mães de família, jovens e idosos fazem para tentar ser fiéis ao Evangelho. Sempre me esforcei para ser aberto a todas as pessoas. Com isso, percebi que pouco a pouco meu coração se tornou mais sensível para partilhar as alegrias e tristezas das pessoas e, assim, poder ser a imagem de Cristo Bom Pastor para elas”, disse.


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Igreja celebra centenário de Nossa Senhora de Fátima No dia 13 de maio, os fiéis católicos celebraram os 100 anos da aparição de Nossa Senhora aos pastorzinhos em Portugal. Na oportunidade, o Papa Francisco esteve no país para canonizar dois deles, que faleceram alguns anos depois. Na Diocese de Marília, quatro paróquias tiveram atividades em homenagem à padroeira.

Em pleno Ano Mariano, os fiéis católicos tiveram um motivo a mais para celebrar em maio, o Mês de Maria. No dia 13, o mundo todo celebrou os 100 anos de aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorzinhos Lúcia, Francisco e Jacinta, em Portugal. Na oportunidade, o Papa Francisco esteve no Santuário de Fátima, localizado na cidade com o mesmo nome e que tem cerca de 12 mil habitantes. O local recebeu, durante a celebração do centenário, aproximadamente 40 mil peregrinos, milhares de jornalistas e também membros do clero de Portugal, de toda a Europa e até mesmo de outros continentes. Esses milhares de fiéis também estiveram no Santuário de Fátima para presenciar a canonização de Francisco e Jacinta, que foram beatificados há 17 anos, no mesmo dia 13 de maio, pelo Santo Papa João Paulo II. Naquele ano 2000, a terceira criança, Lúcia, ainda era viva (faleceu em 2005, aos 97 anos) e tinha se tornado freira. Sua beatificação também poderá ocorrer nos próximos anos. Um dos milagres alegados para a canonização dos dois pastores aconteceu com um menino brasileiro, chamado Lucas. Ele teve uma rápida e milagrosa cura após uma grave queda. Em março de 2013, o menino, então com cinco anos de idade, caiu da janela de uma altura de mais de seis metros e sofreu um grave traumatismo craniano, com perda de massa encefálica. Isso aconteceu no interior do Estado do Paraná, na região de Campo Mourão. Seus pais, João Batista e Lucila Yurie, relataram que ele chegou em estado de coma e sofreu duas paradas cardíacas antes de uma cirurgia de emergência. “Os médicos lhe davam poucas chances de sobreviver”, lembrou seu pai. A família de Lucas, que já era devota de Nossa Senhora de Fátima, começou a invocar os pasto-

res. “Dois dias depois, Lucas acordou. Estava bem e começou a falar”, assegurou João. O menino deixou o hospital 12 dias depois do acidente, totalmente recuperado e sem nenhuma sequela. “Os médicos, incluindo os mais céticos, não puderam explicar essa recuperação”, relatou o pai, em entrevista a jornalistas em Portugal. Com esta canonização, Francisco e Jacinta, que faleceram, respectivamente, em 1919 e 1920 — em decorrência da gripe espanhola —, tornaram-se os mais jovens santos da Igreja Católica na história. NA DIOCESE Na Diocese de Marília, existem quatro paróquias dedicadas a Nossa Senhora de Fátima. Duas na cidade de Marília, uma em Adamantina e outra em Dracena. Todas realizaram atividades não somente para celebrar o dia da padroeira, mas também para festejar o centenário de aparição. Em Marília, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, do Fragata, celebrou o centenário

com uma programação religiosa especial, com novena, três missas festivas, sendo a primeira presidida pelo bispo emérito, Dom Osvaldo Giuntini. Os fiéis também participaram de carreata e recitação do Santo Terço. Na Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Jóquei, não foi diferente. Os fiéis também tiveram novena preparatória para a solenidade. No dia 13, a paróquia esteve em oração junto com o santuário de Portugal. “Através do cântico da ladainha dos pastorzinhos, invocamos a sua proteção, junto de Deus e de Nossa Senhora, por nós”, contou o pároco, Pe. Milton Afonso do Nascimento. Em Adamantina, houve a semana missionária e em todos os dias, a imagem da padroeira foi levada às capelas. Quem dirigia o carro de som, que ia à frente da imagem, era o jovem Lucas Robison Pelais, de 28 anos. Em entrevista ao NO MEIO DE NÓS, ele contou uma graça que recebe, por intercessão de Nossa Senhora de Fátima: “sou enfermeiro formado desde 2010 e trabalho na Santa Casa de Adamantina desd e

2011, porém na área administrativa. Desde então, nunca surgiu uma oportunidade de eu trabalhar como enfermeiro. No mês de abril deste ano, participei de um processo seletivo e fui o primeiro colocado. Mesmo assim, optaram pela segunda colocada, pela experiência que tinha. Lembro que fiquei triste, mas minha mãe disse que tinha tempo para tudo”. Lucas disse que o convite para dirigir o carro de som foi providência divina. “Eu sempre olhava pelo retrovisor, via a imagem e pedia a ela um milagre”, emocionou-se. “Três dias depois de 13 de maio, minha chefe me chamou e disse que surgiu uma nova vaga e perguntou se eu queria assumir. Respondi que sim, muito feliz. Fui fiel a Nossa Senhora de Fátima e tenho certeza de que obtive uma graça pela sua intercessão”, garantiu Lucas. Na cidade, ele foi uma das centenas de fiéis que se reuniram no dia da padroeira, quando houve procissão luminosa e a celebração da Santa Missa. Também em Dracena, centenas de pessoas se reuniram para celebrar os 100 anos de aparição da Virgem de Fátima. A missa solene reuniu o pároco, Pe. Wilson Luís Ramos, e o Frei Airton Grigoleto, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, também da cidade. Durante a celebração, um momento de emoção foi quando aproximadamente 45 crianças, de 5 a 15 anos, vestidas de anjo, entoaram cinco músicas a Nossa Senhora de Fátima. Muitos fiéis foram às lágrimas nesse momento e também durante a coroação de Nossa Senhora. A Rede de Comunicação No Meio de Nós também lembrou o centenário e lançou o especial “Fátima 100 anos” no Youtube, com a participação do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e do coral formado pelos seminaristas Alan de Amorim e Raide Passone e da leiga Gisleine Morais Pita.


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Retiro do Clero traz reflexões de Dom Júlio Akamine Setenta e uma pessoas, entre bispos, sacerdotes e diáconos, estiveram reunidas no Seminário Santo Antônio, em Agudos, do dia 22 ao dia 26 de maio. Na oportunidade, foi realizado o Retiro do Clero, que este ano teve como pregador Dom Júlio Akamine. O arcebispo metropolitano de Sorocaba não escolheu um único tema para sua reflexão. Cada palestra teve uma abordagem diferente. “Havia, porém, um fio condutor que deu coerência aos temas das meditações: a experiência de Deus. Ao todo, foram oito conferências, nas quais procurei meditar a experiência de Deus à luz de alguns personagens do Antigo e do Novo Testamento: Abraão, Jó, Jonas, Maria e Filipe. Escolhi esses personagens bíblicos porque a experiência de Deus que eles fizeram tem grande proximidade à vida e ao ministério presbiteral”, lembrou ele, em entrevista ao NO MEIO DE NÓS. Dom Júlio comentou que o retiro não é um curso de teologia; não tem o objetivo de falar sobre a oração. “O retiro serve para orar, buscar Deus, mesmo que tenhamos que sofrer

Foto: Arquivo pessoal

Pregador Dom Júlio, ao centro, entre Dom Osvaldo Giuntini e Dom Luiz Antonio Cipolini

seu silêncio. E no final, o que desejamos é poder também dizer: ‘tinha ouvido falar de Ti, mas agora são meus olhos que Te comtemplam’”, disse ele, fazendo referência à passagem bíblica de Jó. “As pregações de Dom Júlio foram das melhores dos últimos anos”. Foi o que considerou o Pe. Domingos de Jesus, de Monte Castelo. “Ele foi cativante, seguro naquilo que apresentava e

demonstrou uma vivência fundamental do Evangelho. Suas apresentações tiveram muito bom humor. Ele é um homem de conhecimento fantástico, não só do Evangelho mas também é conhecedor de culturas diversas. Um dos melhores pregadores que já vi”, afirmou o sacerdote. Outra avaliação positiva foi feita pelo Pe. Veríssimo Mânfio, sacerdote palotino de 85 anos de idade, um dos mais

idosos do clero da Diocese de Marília. “Achei muito bom o pregador. O clima estava bom e a convivência com os demais padres foi boa. Tudo foi bonito e maravilhoso”, garantiu o sacerdote de Adamantina. “O Retiro do Clero foi excelente. Dom Júlio conduziu as orações e reflexões com grande sabedoria e humildade. Ficou claro que devemos procurar os sinais dos tempos, na Igreja e na Sociedade em que vivemos. Houve, ainda, uma reflexão importante e esclarecedora sobre o que diz a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium sobre o tema ‘O tempo é superior ao espaço’ (EG 222)”, complementou o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini. Já o pregador disse que voltou para casa revigorado. “Foram dias de oração, silêncio e meditação. Voltei revigorado e descansado. Aproveitei o retiro para ‘descansar no Senhor’”, afirmou. Sobre o clero de Marília, Dom Júlio disse: “Gostei muito da participação. Eles tiveram atenção nas conferências, participação em todos os momentos do retiro”.

Federação Mariana reflete 300 anos de bênçãos junto a Maria O Dia Nacional do Congregado Mariano foi celebrado em 21 de maio pelas Congregações Marianas da Diocese de Marília. Este evento ocorre sempre no terceiro domingo de maio em todo o Brasil. Neste ano, os marianos estiveram reunidos na Paróquia São Miguel Arcanjo, em Marília, onde tiveram palestra, participaram de missa e de um momento mariano. O tema do encontro foi “Congregações Marianas: 300 anos de Bênçãos junto a Mãe Aparecida” e o lema: “Maria, ternura de Deus”. Para refletir o assunto foi convidado o congregado mariano e pré-noviço da Companhia de Maria, Gustavo Pollon Sá Freire. Após o almoço, teve “bingo bíblico”, sorteio de brindes, terço encenado, oração e encerramento com o hino oficial mariano. Os 85 participantes estiveram reunidos das 9h às 15h30. Segundo Alessandra de Cássia Montisselli de Carvalho, membro da Federação Mariana da Diocese de Marília, além dos marianos, também participaram marianinhos. De Marília, participaram três paró-

quias: São João Batista, com a “Congregação Mariana Nossa Senhora do Sorriso”, São Miguel Arcanjo, com a “Congregação Mariana Nossa Senhora do Rosário” e Sagrada Família, com a “Congregação Mariana Virgem Santíssima”. De Parapuã, estiveram presentes a “Congregação Mariana e Comunidade de Marianinhos Imaculada Conceição”, da Paróquia Imaculada Conceição. Outras três cidades participantes foram Osvaldo Cruz (“Congregação Mariana Nossa Senhora Aparecida e São José”, da Paróquia São José); Sagres (“Congregação Mariana Nossa Senhora Aparecida e São Benedito” e “Comunidade de Marianinhos Nossa Senhora Aparecida”, da Paróquia São Benedito); e Salmourão (“Comunidade de Marianinhos Nossa Senhora da Luz”, da Paróquia São João Batista). Para a coordenação da Federação, o encontro deste ano foi ótimo, pois houve representação de todas as congregações marianas da Diocese. O vice-presidente da Federação Mariana, Ednilson José da Rocha, considerou que o encontro foi especial, do início ao fim. “Foi um dia

de aprendizado para todos e de confraternização ao lado de nossos irmãos congregados marianos”, afirmou ele, que é de Parapuã. A avaliação também foi positiva por parte dos participantes. Isabel Fátima Freitas Alves, da Paróquia São João Batista, de Marília, disse: “Foi uma bênção, uma maravilha. Foi visível a ação de Nossa Senhora nesse dia de domingo. O Espírito Santo agiu e Nossa Senhora der-

ramou suas bênçãos. A família mariana é mesmo maravilhosa”. “Rezamos, refletimos, confraternizamos, brincamos, celebramos e louvamos a Deus e a Nossa Senhora por mais um ano de caminhada. O dia foi muito proveitoso. Amo fazer parte desse movimento! Parabéns a todos Marianos e Marianinhos que assim como Maria disseram seu ‘sim’ a Deus”, finalizou Alessandra de Cássia Montisselli de Carvalho. Foto: Federação Mariana

Marianos de seis paróquias se reuniram em Marília, na Paróquia São Miguel Arcanjo


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Ministros participam de peregrinações do Ano Mariano Nos dias 27 e 28 de maio, os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão se reuniram em Oriente, Rinópolis e Dracena, onde existem paróquias dedicadas a Nossa Senhora Aparecida. A avaliação da equipe diocesana da Pastoral Litúrgica para o dia foi positiva. Os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (Mesc) tiveram um momento de espiritualidade nos dias 27 e 28 de maio. Eles se reuniram por Região Pastoral, respectivamente, nas cidades de Oriente, Rinópolis e Dracena. Todas as paróquias que sediaram os eventos têm como

padroeiro Nossa Senhora Aparecida. “Maria e a devoção brasileira a Nossa Senhora Aparecida nos motivaram a irmos às paróquias a ela dedicadas. Levar Cristo na Eucaristia às pessoas, sobretudo aos doentes, é ser como Maria”, afirmou o Pe. Anderson Messina Perini, assessor diocesano da PasFotos: Divulgação

Ministros da Região I fazem procissão com imagem de N. Sra. Aparecida

Ministros da Região seguem em procissão por ruas de Rinópolis

Em Dracena, evento reuniu 400 ministros no dia 28 de maio

toral Litúrgica. A escolha das cidades não foi por acaso. Na oportunidade, os Mesc participaram de peregrinações por ocasião do Ano Mariano. A ideia das peregrinações marianas foi devido à ótima avaliação do Jubileu da Misericórdia do ano passado, à boa participação e espiritualidade dos ministros. “Ficou com gosto de ‘quero mais’”, comentou o Pe. Anderson Segundo ele, a equipe diocesana da Pastoral Litúrgica achou que, devido ao sucesso do Ano Mariano, a proposta da peregrinação seria novamente bem aceita pelos ministros. E a avaliação foi positiva por parte de todos. Na Região I, 400 ministros se reuniram em Oriente no dia 27. O encontro também teve a participação do bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. No mesmo dia, em Rinópolis, a participação foi de 500 pessoas. Um dos participantes foi Alex Benine, coordenador dos Mesc da Paróquia São José Operário, de Tupã. “Eventos como este fortalecem nossa fé”, comentou o ministro extraordinário. No dia 28, na Região III, 400 ministros estiveram reunidos na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Dracena, e foram recebidos pelos freis da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. “Foi um momento de muita alegria recebê-los nesse Ano Mariano. Pudemos colocar em ação de graças o trabalho e o serviço dos ministros na nossa Igreja”, disse o Frei Cláudio Moraes Messias. “Agradeço as paróquias de Oriente, Rinópolis e Dracena pela acolhida do encontro”, finalizou o Pe. Anderson Messina Perini. Durante a tarde, os ministros participaram de procissões e recitação do Terço. Em seguida, os participantes tiveram o Ofício de Nossa Senhora e pregações sobre o Ano Mariano. Os encontros foram encerrados com a Santa Missa, que também celebrou a Festa da Ascensão do Senhor.

Pastoral da Sobriedade reúne coordenadores paroquiais em Marília A Pastoral da Sobriedade da Diocese de Marília marcou, para o dia 4 de junho, seu Encontro Diocesano de Coordenadores. Segundo a coordenadora diocesana, Vanda Leite da Silva Ramos, atualmente são 11 paróquias que trabalham com a sobriedade, uma vez que a Pastoral da Sobriedade foi constituída nos últimos anos. “Nossa expectativa é alavancar ainda mais o nosso trabalho nas paróquias e para isso, convidamos paróquias que ainda não tem a Pastoral da Sobriedade”, comentou Vanda. O local escolhido para o evento foi a Chácara dos Pingueiros no Distrito de Padre Nóbrega, de Marília, e os coordenados se reuniram a partir das 8h30. O evento foi conduzido pela equipe diocesana da Pastoral da Sobriedade e teve a presença da assessora, Irmã Santa Mendes. De acordo com Vanda, durante o encontro houve troca de experiências entre as pastorais, em relação aos avanços e projetos realizados. “Quisemos saber quais as dificuldades que enfrentamos em nossas comunidades em relação à nossa pastoral”, disse. A PASTORAL DA SOBRIEDADE A Pastoral da Sobriedade é uma ação concreta da Igreja que evangeliza pela busca da sobriedade como um modo de vida. Pela Terapia do Amor, trata todo e qualquer tipo de dependência e propõe mudança, valorizando a pessoa humana. Recentemente, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nomeou o bispo de Itumbiara (GO), Dom Antônio Fernando Brochini, como bispo referencial da Pastoral da Sobriedade “O amor gratuito do Pai desperta em nós a solidariedade com o mundo e com a humanidade, fazendo dos excluídos os nossos preferidos”, disse a coordenadora Vanda. Foto: Pastoral da Sobriedade

Irmã Santa Mendes (centro) esteve presente no evento


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Diocese participa do Encontro Estadual Missionário A Diocese de Franca (SP), que tem como bispo diocesano Dom Paulo Roberto Beloto (natural de Adamantina), sediou, do dia 26 ao dia 28 de maio, o 37º Encontro Estadual Missionário. O bispo, inclusive, foi quem presidiu a missa de abertura. O evento reuniu sacerdotes, religiosos, seminaristas e leigos das dioceses do Estado de São Paulo. Da Diocese de Marília, quem viajou para lá foi o Pe. Willians Roque de Brito, assessor da Urgência 1 “Igreja em estado permanente de missão”, do Plano Diocesano de Pastoral (PDP). Também participaram a Irmã Maria Apparecida Dias, assessora diocesana da Infância e Adolescência Missionária (IAM), e os seminaristas Guilherme Ulian e Marcos Maciel, respectivamente do segundo ano

São João Batista também realiza Missões Populares Na edição passada, o informativo NO MEIO DE NÓS trouxe informações sobre as paróquias que realizam as Santas Missões Populares (SMP). Além das paróquias São José Operário, de Tupã, e Sagrado Coração de Jesus e Santa Rita de Cássia, de Marília, outra paróquia da cidade que está em missão é a São João Batista. A semente foi lançada em 2014, quando o desejo de realizar as SMP foi proposto na Assembleia Paroquial pelo pároco, Pe. Mauricio Pereira Sevilha. O primeiro passo foi criar a equipe missionária “Estrela da Evangelização” com a participação de oito integrantes. Atualmente, a equipe conta com 27 pessoas. A paróquia escolheu como tema das Missões “Ser cristão é viver a alegria de ser chamado e enviado por Jesus” e como lema “Vós sois da família de Deus (Cf. EF 2,19). “Após o momento de ‘namoro’, no final de 2016, e de ‘noivado’, no início de 2017, a paróquia está agora está na terceira fase das SMP, que é o ‘casamento’, que começou no mês de março e vai até outubro deste ano”, disse o pároco. Nos dias 27 e 28 de maio, foi realizado o segundo Retiro Missionário, com a participação de cerca de 180 pessoas. Já o terceiro retiro está marcado para o final de julho, dias 29 e 30.

Foto: Arquivo pessoal

Guilherme, Irmã Apparecida, Dom Beloto, Pe. Willians e Marcos, reunidos em Franca

de Filosofia e do quarto ano de Teologia. A participação foi de 152 pessoas, sendo que a Província de Botucatu teve representação de 20 pessoas. Das 41 dioceses do Estado, 38 estiveram repre-

sentadas. O encontro, que foi uma preparação para o 4º Congresso Missionário Nacional, que ocorrerá no Recife (PE), em setembro. Durante os três dias, os participantes refletiram o tema “A ale-

gria do Evangelho para uma Igreja em saída”. “Além de tratar da missionariedade das pastorais, também falamos da necessidade de caminharmos juntos, planejarmos as ações e não sermos isolados. Não sermos iguais, mas termos unidade na diversidade”, comentou o Pe. Willians. O sacerdote considerou o encontro muito produtivo, tanto com relação à formação, quanto à troca de experiências. Outro assunto debatido foi o Projeto Pemba, que está sendo estudado pelos bispos do Regional Sul I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A ideia seria fazer uma parceria, por meio de recursos humanos e financeiros, com a Diocese de Pemba, que fica em Moçambique, no continente africano.

FIQUE DE OLHO ESCOLA DE COMUNICAÇÃO No mês de junho, será realizado o segundo encontro por polo da Escola de Comunicação Paulo Apóstolo. No dia 17, alunos da Região I se reunirão na Faculdade João Paulo II (Fajopa), em Marília, e terão como tema de estudos a “Produção de Texto”. Quem falará a respeito serão Alcyr Netto e Geraldo Laterutta Júnior. “Pastoral e Comunicação” será o tema do segundo encontro do polo da Região II. Os leigos terão a assessoria do Pe. Danilo Nobre na Paróquia São José, em Osvaldo Cruz. E na Região III, o encontro ocorrerá em Irapuru, na Paróquia Santa Genoveva. O tema de estudo será “Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil”, com a assessoria de Tiago Barbosa. SEMANAS INTENSIVAS Os Cursos de Teologia para Leigos e Consagrados das três Regiões Pastorais realizarão, neste mês, suas semanas intensivas de estudo. Na Região I, o evento ocorreria no auditório do Instituto Teológico Rainha dos Apóstolos (Itra), em Marília, do dia 5 ao dia 9 de junho (após o fechamento da edição). O tema escolhido foi “Espiritualidade e Dogma Mariano” e para falar sobre o assunto, foram convidados três seminaristas, um sacerdote e um diácono.

O estudo na Região II terá duração de três dias. De 6 a 8 de junho, as duas turmas de leigos se reunirão em Parapuã para refletir o tema “Mariologia - 300 anos de Aparecida”. Quem falará sobre o assunto será o diácono Guilherme Massoca, de Marília. E o Curso de Teologia para Leigos da Região III promoverá o estudo intensivo do dia 20 ao dia 22. O diácono Marcelo Feltri Ribeiro será o assessor e falará sobre o tema “Escritos Joaninos”. O salão paroquial do Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Dracena, foi o local escolhido para reunir os leigos. MFC O Movimento Familiar Cristão (MFC) realizará, do dia 23 ao dia 25 de junho, seu encontro de casais. Eles estarão reunidos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo/Câmpus Avançado, antigo CEI, em Tupã. Além de casais da cidade, o evento também contará com participantes de Marília. Segundo Elaine Pacola Miranda, que coordena o movimento juntamente com seu marido, Eduardo Quiqueto, serão cinco casais de Marília, da capela Santa Edwiges, que pertence à Paróquia Santa Antonieta. Um dos objetivos do encontro será a implantação do MFC em Marília. O grupo teve uma reunião em 18 de maio para acertar os detalhes, segundo informou

Elaine. “E no dia 30 de maio, marcamos uma reunião com o Pe. Sérgio Luiz Roncon, pároco em Bastos, para implantarmos o MFC em sua paróquia também”, informou. Atualmente, o movimento está consolidado somente na cidade de Tupã e o encontro de junho tratará sobre essa ampliação do movimento. TERCEIRO RETIRO MISSIONÁRIO Nos dias 20 e 21 de maio, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Marília, realizou seu terceiro Retiro Missionário Paroquial. Ao todo, participaram 100 missionários, que foram orientados pelo Pe. Willians Roque de Brito, vigário da Paróquia Santa Rita de Cássia, de Marília, e assessor da Urgência 1 (Missionária) da Diocese. Esse retiro preparou os fiéis para as visitas e bênção às famílias e comércios dentro dos limites da paróquia. Ao final do retiro, os participantes receberam o Manual do Missionário, que servirá de apoio para o trabalho. As visitas foram iniciadas após a missa de envio, que ocorreu no domingo seguinte, dia 28 de maio. De acordo com o pároco, Pe. Ademilson Luiz Ferreira, as visitas de bênção das residências e dos estabelecimentos comerciais serão encerradas no início de agosto, quando será realizada a grande Semana Missionária.


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Atualidade Assembleia é encerrada com redação de documento A 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi encerrada em 5 de maio. O encontro, iniciado no dia 26 de abril, foi realizado no Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida, situado no pátio do Santuário Nacional da Padroeira do Brasil, em Aparecida (SP). Ao todo, participaram 308 bispos (cardeais, arcebispos, bispos diocesanos, auxiliares e coadjutores) e 50 bispos eméritos, que já renunciaram ao governo de Igrejas Particulares e se encontram num tempo de descanso. O bispo mais idoso a participar da Assembleia foi Dom José Maria Pires, bispo emérito da Arquidiocese da Paraíba. “Aí está a beleza e a riqueza de nossa Igreja Católica, pois através da Assembleia dos Bispos se percebe como a unidade, deixada como mandamento por Jesus Cristo, é buscada intensamente”, comentou o bispo diocesano de Marília, Dom Luiz An-

Foto: CNBB

Evento em Aparecida reuniu mais de 350 bispos de todo o Brasil

tonio Cipolini, que participou do seu quarto evento junto do episcopado brasileiro. DOCUMENTO FINAL No último dia de encontro, os bispos realizaram uma breve oração de ação de graças pelos trabalhos realizados durante os dez dias de assembleia. O tema central da Assembleia,

“Iniciação à Vida Cristã”, foi trabalhado em diversas sessões do encontro. Houve momentos com estudos de grupos e plenários que, antes do encerramento, votou e aprovou um texto final para ajudar as dioceses e comunidades na caminhada de constante renovação da iniciação à vida cristã de crianças, jovens e adultos. Com a aprovação de todos os bis-

pos, o texto foi assumido como um documento oficial da CNBB. Embora ainda não tenha sido divulgado, o texto do tema central é de profunda qualidade, segundo afirmou a comissão montada especialmente para sua elaboração. O texto busca corresponder aos desafios pastorais identificados pela missão da Igreja e, acima de tudo, procura por em pratica as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, que convoca a ser Igreja: casa da iniciação cristã. Dom Luiz ressaltou a unidade do episcopado no momento da elaboração do documento final. “Os bispos, mesmo com idéias, às vezes, bem diferentes, usaram todos os meios possíveis para manter a unidade. Dessa maneira, a Igreja cresce na unidade, o Evangelho se torna uma realidade comum e o povo de Deus, do qual todos fazemos parte, pela graça do batismo, transforma o mundo”, considerou o bispo diocesano de Marília.

Bispos do Estado de São Paulo se reúnem em Aparecida Do dia 6 ao dia 8 de junho (após o fechamento desta edição), bispos do Estado de São Paulo se reúnem em Aparecida (SP) para a Assembleia do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Esta é a 80ª edição do evento. Diferentemente da Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que se reuniram recentemente nas dependências da Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, a Assembleia do Regional Sul 1 ocorre no Hotel Rainha do Brasil. O Regional Sul 1 da CNBB é formado por seis arquidioceses, 37 dioceses e seis Regiões Episcopais da Arquidiocese de São Paulo. O Estado está dividido em oito Sub-Regiões Pastorais: Aparecida, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto I e II, São Paulo I e II e Sorocaba. A Diocese de Marília pertence à Sub-Região de Botucatu. Segundo os organizadores, a

expectativa é de que participassem 127 pessoas, entre bispos, padres, coordenadores diocesanos de pastoral, padres subsecretários das Sub-Regiões Pastorais e representantes de organismos vinculados à CNBB Regional Sul 1. A Diocese de Marília estaria presente no evento com o bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini, e do coordenador de pastoral, Pe. Ademilson Luiz Ferreira. E representando a Sub-Região Pastoral de Botucatu, também participaria o Pe. Carlos Roberto dos Santos, pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Tupã. Ele atualmente exerce a função de secretário. ASSUNTOS Neste ano, o tema central é “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade: Sal da terra e luz do mundo”. Outros assuntos também foram pautados, como

o Ano do Laicato em 2018 e a apresentação do relatório das Comissões Episcopais de Pastoral. Também é tradição a prestação de contas e as sugestões de tema para a Assembleia das Igrejas Particulares, que ocorre todos os anos em outubro. Na abertura da assembleia, o arcebispo Metropolitano de Campinas e Presidente do Regional Sul 1, Dom Airton José dos Santos, presidiria uma celebração na Capela Externa do Hotel. EXPECTATIVA Para o Pe. Ademilson, que já participa do evento pelo terceiro ano consecutivo, é sempre uma riqueza pode se encontrar com todas as dioceses do Estado de São Paulo e poder vivenciar a comunhão do Regional. “A Assembleia nos ajuda a colocar nossa Diocese em sintonia com a Igreja do Estado de São Paulo e de todo o Brasil”, concluiu.

Foto: Arquivo

Bispos se reúnem na Basílica para missas


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Região I Mosteiro das Clarissas realiza profissão perpétua de três irmãs O Mosteiro Maria Imaculada, localizado em Marília, esteve em festa. As Irmãs Clarissas celebraram a concretização do “sim” definitivo de três jovens, que se consagram perpetuamente a Deus e à Igreja. As três cerimônias ocorreram na capela do mosteiro. A primeira profissão perpétua ocorreu no último dia de abril e foi da Irmã Maria Chiara da Sagrada Paixão. Quem presidiu a celebração foi o Frei Joaquim Camilo, que é capelão das religiosas. No dia 13 de maio, disse seu “sim” a Irmã Maria Vitória de Jesus Crucificado. Quem presidiu a cerimônia foi o Pe. Adeflor Xavier Pereira Júnior. E no dia 27, foi a vez da Irmã Maria Nicole da Hóstia Santa fazer sua profissão perpétua diante do bispo de Lins (SP), Dom Francisco Carlos da Silva. A ORDEM DE SANTA CLARA A Ordem das Clarissas nasceu no século XIII (1212) com Santa Clara e São Francisco de Assis e hoje está presente nos cinco continentes. A ordem nasceu voltada para a contemplação e, além de professar os três conselhos evangélicos — obediência, pobreza e castidade —, professa um quarto voto: o de clausura papal. “A clausura é um jardim fechado onde podemos estar mais em contato com Deus e rezando continuamente por todas as intenções da Santa Igreja e por todo orbe. A oração é uma missão para toda Clarissa, que leva as intenções coti-

dianamente e as deposita diante de Jesus Sacramentado”, explicou a Irmã Maria Virginia do Espírito Santo, que faz parte do Conselho do Mosteiro de Marília. Quando uma jovem vem bater à porta do mosteiro, ela é acolhida no parlatório. “Tudo isso através das grades que separam a parte da clausura e o local destinado a quem nos vem visitar”, revelou. O passo seguinte é o postulantado, onde a candidata é chamada de postulante e ingressa na clausura, ficando aos cuidados da mestra de noviças. Passados dois anos, a postulante que persevera recebe o hábito franciscano. “Neste dia, ela veste-se de noiva e recebe um novo nome. Agora é chamada de irmã na comunidade e se torna noviça”, explicou. O tempo do noviciado é de dois anos e, expirado este tempo, ela professará os votos temporários (quatro a seis anos). E enfim chega-se ao tempo das “núpcias eternas”, a Profissão Solene de Votos Perpétuos em que a jovem se compromete diante da Igreja e dos fiéis em viver em definitivo no mosteiro, servindo a Deus e a Santa Igreja, confiando toda a sua vida ao Senhor. Na Missa da Profissão, a Irmã é consagrada ao Senhor, prostra-se no chão e recebe o crucifixo e a aliança que a desposa a Jesus Cristo, o Filho de Deus. “Ela é ornada pela abadessa com a coroa de espinhos, simbolizando o total compromisso de caminhar com Cristo”, concluiu a religiosa. Foto: Mosteiro Maria Imaculada

Irmãs Vitória, Chiara e Nicole se consagraram perpetuamente a Deus e à Igreja

Setor Juventude da Região I faz vigília de Pentecostes No dia 2 de junho, jovens da Região Pastoral I se reuniram em Marília, para a Vigília de Pentecostes. Segundo o diácono Francisco Antônio dos Anjos Andrade, que acompanha o Setor Juventude, essa vigília surgiu a partir de uma necessidade verificada na Região I. “Percebemos que cada grupo estava fechado em sua realidade e não havia muito diálogo entre eles. Por isso, queremos revitalizar o Setor Juventude”, disse. A data é véspera da Festa de Pentecostes e essa escolha teve uma razão: “O Pentecostes celebra a unidade dos cristãos e nos dá a força necessária para sairmos em missão e para viver em comunidade. Tivemos a ideia de realizar a vigília nesta ocasião como um ato profético”, complementou. A Vigília teve início às 20h30, no salão do Santuário Nossa Senhora da

Glória, de Marília. Em seguida, os jovens fizeram uma pequena procissão até o Santuário, onde houve adoração e a bênção do Santíssimo Sacramento e o envio dos jovens, cada um para a sua realidade. Segundo o diácono, a inspiração foi a vigília realizada pelos jovens na Jornada Mundial da Juventude. “Houve alguns testemunhos e intercalaremos com canções em louvor a Deus”, antecipou. Sobre a unidade dos jovens, Francisco ressaltou que cada um continuará em seu grupo, trabalhando em sua paróquia. “Existem problemas que um grupo já enfrentou e isso pode ajudar outro que está vivenciando a mesma dificuldade. E é pela força do Espírito Santo que viveremos na unidade e vamos lidar com as situações que precisamos enfrentar no mundo”, finalizou o assessor do Setor Juventude. Foto: Nelson Cândido

Momento de vigília dos jovens ocorreu no Santuário Nossa Senhora da Glória

Seminaristas participam dos jogos entre estudantes de Teologia Os seminaristas Tiago Barbosa e Caio Rodolfo, da Diocese de Marília, estiveram em São Paulo, no dia 30 de maio, para participar do II Jocus e Vocare. O evento, que reuniu cerca de 400 pessoas, é promovido pela Comissão de Estudantes de Teologia do Estado de São Paulo (Cetesp) e foi realizado no Instituto São Paulo de Estudos Superiores (Itesp). Além da Faculdade João Paulo II (Fajopa), de Marília, onde estudam, também participaram

as Pontifícias Universidades Católicas de São Paulo e de Campinas, Faculdade São Bento, Unisal Pio XI e Itesp. O evento teve como tema os 500 anos da Reforma Luterana. No período da manhã, os estudantes tiveram duas palestras e uma mesa redonda. As competições de futsal e vôlei ocorreram no período da tarde e a colocação foi a seguinte: Futsal: 1º PUC Campinas; 2º Itesp e 3º Unisal. No vôlei: 1º Unisal; 2º Itesp e 3º PUC Campinas.


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Região II Paróquia de Mariápolis realiza Primeiro Louvor Mariano Neste Ano Mariano, em que se comemora o tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba, uma cidade da Diocese de Marília chama a atenção pelo nome. Mariápolis, que significa “Cidade de Maria”, foi emancipada como município em 1955, dias antes de ser criada sua paróquia, que tem como padroeira Imaculada Conceição. Com quase quatro mil habitantes de maioria católica, Mariápolis teve um evento especial no último sábado de maio, dia 27. Naquela data, inúmeros fiéis se reuniram na paróquia para o Primeiro Louvor Mariano. Segundo Marcos Vinícius Gomes Fermiano, do primeiro ano de Filosofia, o evento foi em comemoração aos 300 anos de Nossa Senhora Aparecida e também em razão do Ano Mariano. “O encontro resgatou o amor mariano nos

fiéis. Quisemos levar o amor de Maria a todos os fiéis, de todas as idades, e para toda a nossa Igreja”, disse ele, que, juntamente com o pároco, Pe. Jorge Ricardo Cintra da Silva, idealizou o encontro para o mês de maio. Durante o Primeiro Louvor Mariano, foram introduzidas as imagens de Nossa

Senhora Aparecida e também de Nossa Senhora de Fátima, cujo centenário de aparição foi celebrado dias antes, em 13 de maio. Os 180 participantes também tiveram momentos marianos, de oração, e assistiram a pregações com Danilo Regiani, de Adamantina, sempre em torno da temátiFoto: Marcos Vinícius Gomes Fermiano

Primeiro Louvor Mariano contou com a presença de 180 pessoas em Mariápolis

ca de Maria. Eles também entoaram várias músicas de louvor, todas referentes a Nossa Senhora. “Foi maravilhoso. Muitas vezes as pessoas têm medo de ir ao encontro de Maria. Mas ela está sempre ao nosso lado, intercedendo por nós”, disse Lais Romanini Calori, que participou do evento e ajudou na organização. “A comunidade toda se empenhou e os fiéis demonstraram muita curiosidade antes do evento. E nós conseguimos surpreendê-los”, garantiu Marcos, que conduziu o encontro. “Ao se tratar de Maria, precisamos sempre rezar, agradecer, comemorar e, acima de tudo, fazer memória da Mãe de Jesus. Eu costumo dizer que Maria será sempre a porta da Igreja, a entrada para o Céu. Este foi o primeiro Louvor, mas com certeza não será o único”, finalizou Marcos Vinícius.

Região III Dracena tem licão de solidariedade após forte chuva de granizo Fotos: Lourdes Gomes de Castro

Vidraça quebrada na N. Sra. Aparecida

O município de Dracena, na Região Pastoral III, foi atingido, em 19 de maio, por uma chuva de granizo, que durou cinco minutos (das 16h55 às 17h) e ocasionou avarias em todos os pontos da cidade. Houve danos severos em residências, órgãos públicos, veículos e também igrejas, segundo informou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Dracena. “No próprio dia, a Prefeitura Municipal deu início a uma força tarefa, juntamente com o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Tiro de Guerra, Igrejas e clubes de serviço”, informou a assessora Beatriz Rodrigues. Dezenas de famílias ficaram desabrigadas e imediatamente, através das redes sociais, o município pediu ajuda para doação de mantimentos para as vítimas. A Rede de Comunicação NO MEIO DE NÓS também entrou na campanha de solidariedade. “Foram inúmeras doações de alimentos, roupas, calçados, cobertores, colchões, produtos de

higiene pessoal e limpeza, além de voluntários que apareciam a todo momento para colaborar na ação”, contou Beatriz. O município decretou situação de emergência e as escolas, que também ficaram danificadas, suspenderam as aulas por mais de uma semana. Atualmente, alunos do Pré I e Pré II de uma escola interditada estão tendo aulas nas salas de catequese da Paróquia São Francisco de Assis, que não ficaram tão destruídas. Lá, houve prejuízo na igreja, que teve vidros quebrados, por conta do vento forte durante a chuva de granizo. Na casa paroquial, também houve danos no telhado e em janelas, e em algumas salas de catequese, o forro veio abaixo, por conta dos estragos no telhado. Na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, houve muitas vidraças quebradas na igreja. E a Capela Nossa Senhora das Graças teve de trocar todo o telhado por conta do granizo, segundo informou a

secretária paroquial, Lourdes Gomes de Castro. “Dracena tem um povo bom. De uma tragédia, tiramos uma coisa boa. Todos estão se ajudando”, disse ela. No Santuário Nossa Senhora de Fátima, os maiores estragos ocorreram na Casa Paroquial, que teve o telhado destruído e, em razão disso, tudo ficou molhado. Para o pároco da São Francisco de Assis, Pe. Ângelo José Biffi, situações de sofrimento abrem portas para gestos de solidariedade. “A solidariedade brotou no coração da comunidade ao ver o sofrimento das pessoas. Passados 15 dias, aos poucos, as coisas vão se arrumando, os telhados vão sendo refeitos ou consertados e a vida volta ao normal. O sofrimento vai ficando na história. Mas o que fica e nos dá esperança é a solidariedade e os gestos de partilha. Verdadeiros gestos de amor brotam no sofrimento. São sinal de Deus e de seu amor”, afirmou.


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São Pedro é padroeiro da Diocese e 3 paróquias

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iferentemente de outras dioceses, em que o padroeiro dá nome à catedral, na Diocese de Marília, o padroeiro é São Pedro Apóstolo e a catedral basílica, em Marília, é dedicada a São Bento Abade. Mais uma curiosidade é que existem apenas três paróquias na Diocese que têm o apóstolo como padroeiro, uma em cada uma das três Regiões Pastorais. A curiosidade está no fato de que, quando foi declarado o padroeiro, cinco anos após a criação da Diocese de Marília, a divisão por Região Pastoral ainda não havia sido feita. “Uma grande coincidência termos uma paróquia em cada uma das Regiões Pastorais”, disse o Pe. Tony Funabashi Takuno, responsável por uma extensa pesquisa sobre as congregações religiosas no território diocesano. O resultado dessa pesquisa foi apresentado por ele na Assembleia Diocesana de 2015, o Ano da Vida Consagrada. A criação da Diocese de Marília ocorreu em 1952 e em 1957, o Santo Padre Pio X declarou São Pedro, príncipe dos apóstolos, padroeiro principal da jovem diocese, segundo lembrou o sacerdote, baseado no livro “Jubileu dos 25 anos — Caminhando, construímos”, publicado por ocasião do

Jubileu de Prata. Isso ocorreu no episcopado de Dom Hugo Bressane de Araújo. A razão para a escolha de São Pedro, no entanto, o Pe. Tony não soube precisar. “Uma questão que merece ser pesquisada, quem sabe futuramente”, riu. Segundo ele, o que sabe são especulações. “Já ouvi falar que Marília e Tupã estavam entre as duas cidades que poderiam se tornar a sede da nova diocese. Como foi escolhida Marília, optou-se por escolher o padroeiro de Tupã para ser o padroeiro da Diocese de Marília. Mas não existe embasamento documental para esta informação”, afirmou o Pe. Tony. Tupã, na Região Pastoral II, é uma das três cidades que tem São Pedro Apóstolo como padroeiro. A paróquia mais antiga da cidade foi erigida em 30 de junho de 1936, um dia após a festa de São Pedro. A mais antiga das três, no entanto, está localizada em Garça, na Região I. A Paróquia de São Pedro Apóstolo foi criada em 27 de outubro de 1935 e já completou o jubileu de 80 anos de criação em 2015. E na Região III, a paróquia dedicada ao padroeiro fica em Pauliceia. Sua criação se deu em 1958, no dia 16 de julho.

DIA DO PADROEIRO O dia dedicado a São Pedro Apóstolo é 29 de junho, feriado municipal nestas três cidades. A celebração, no entanto, durará alguns dias e diversas atividades foram programadas. Em Garça, a festividade terá início do domingo, dia 25. Na ocasião, os fiéis participarão da Missa Sertaneja. Nos dias seguintes, haverá, respectivamente, terço luminoso, Missa das Famílias e Adoração ao Santíssimo Sacramento. No dia do padroeiro, haverá procissão às 9h, seguida com uma missa solene, presidida pelo bispo diocesano, Dom Luiz Antonio Cipolini. Na paróquia de Tupã, os fiéis participarão de um tríduo nos dias 26, 27 e 28 de junho. E no feriado do dia do padroeiro, uma procissão será iniciada às 18h, seguida de missa festiva, presidida pelo vigário episcopal da Região Pastoral II, Pe. Marcos Roberto Cesário da Silva. Após a celebração, haverá queima de fogos. E em Paulicéia, a festividade do padroeiro terá atividades durante todo o mês de junho. No primeiro domingo, dia 4, haverá carreata e em seguida a Missa de Abertura do mês comemorativo. No dia 10, os fiéis participarão de

Foto: Arquivo

Papa São Pio X declarou São Pedro Apóstolo o padroeiro da Diocese.

uma quermesse e, uma semana depois, os jovens realizarão um “pedágio” para destacar o tema do meio ambiente. Nos domingos seguintes, haverá missas temáticas, sendo primeiro a Missa dos Pescadores e Piloteiros e, a segunda, a Missa Sertaneja. De 26 a 28 de junho será realizado um tríduo e no dia do padroeiro, haverá procissão às 18h, seguida de uma missa solene.


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