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Diário da Cuesta

O ator Thiago Lacerda no papel de Giuseppe Garibaldi
A atriz Giovanna Antonelli no papel de Anita Garibaldi

A Revolução Farroupilha e a República Catarinense

A República Juliana ou República Catarinense, oficialmente República Catharinense Livre e Independente, foi um Estado revolucionário proclamado na então província de Santa Catarina, do Império do Brasil (1822-1889), que constitui o atual estado brasileiro de Santa Catarina, em 24 de julho de 1839, e que perdurou até 15 de novembro do mesmo ano. Foi uma extensão da Revolução Farroupilha (1835-1845), iniciada na província vizinha do Rio Grande do Sul, onde havia sido proclamada a República Rio-Grandense (1836-1845).

A República Juliana, proclamada por David Canabarro e Giuseppe Garibaldi, formou uma confederação com a república vizinha, porém, sem condições de expandir-se pela província de Santa Catarina, não conquistando a Ilha de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), sede da província. Em novembro do mesmo ano (quatro meses após sua fundação), propiciaram-se condições para que as forças do Império retomassem Laguna, cidade-sede do governo da República Juliana. No planalto catarinense, Lages aderiu à revolução, mas submeteu-se no começo de 1840.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal.

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A TRAJETÓRIA DE GIUSEPPE GARIBALDI

A figura carismática de Giuseppe Garibaldi sempre esteve ligada à presença forte de Anita Garibaldi Na retirada da Laguna, extenuado e abatido, Garibaldi não se deixou vencer pelo pessimismo Com uma reação típica de sua bravura, o grande guerreiro deixou expressa a importância de Anita em sua vida:

“ À testa de alguns homens, resto de tantos combatentes que tinham, com justa razão, merecido o título de bravos, eu ia a cavalo. Orgulhoso do vivos, orgulhoso dos mortos Ao meu lado, a mulher digna de toda a admiração. Que me importava, pois, não possuir senão o que tinha comigo? Que me importava servir uma República pobre, que não pagava ninguém e da qual, ainda que fosse rica, eu não teria aceitado coisa alguma?”

É muito importante relembrarmos que Giuseppe Garibaldi sempre participara das lutas políticas pela unificação da Itália. Pertenceu à “Jovem Itália”, uma sociedade secreta fundada (1831) por Giuseppe Mazzini, que se notabilizou em procurar atrair para a causa da unificação italiana a presença de expressivos segmentos da sociedade Perseguido e exilado político, Garibaldi participou de lutas no Uruguai e no Brasil (Guerra dos Farrapos).

Foi o mais longo movimento de contestação ao Poder Central: era contra os abusivos impostos imperiais e contra as restrições à liberdade. Durou dez anos essa

guerra (1835/1845).

Os revoltosos contaram com o apoio dos camponeses e com o apoio da sociedade maçônica, sob o comando do Coronel Bento Gonçalves e contou com a experiência revolucionária de Giuseppe Garibaldi. No ano de 1845 foi selado um acordo entre os revolucionários e o

Poder Central (Barão de Caxias, futuro Duque, foi o responsável pelo final feliz).

Os soldados rebeldes foram anistiados e incorporados ao Exército Nacional; os escravos que participaram do movimento foram alforriados; e os estancieiros foram anistiados e tiveram reconhecidas as suas lideranças na região. Segundo Érico Veríssimo, a Guerra dos Farrapos terminava “com honra para os dois lados”

AS HOMENAGENS NO BRASIL À

ANITA GARIBALDI

Essa “HEROÍNA DE DOIS MUNDO”, é tema de poesias, romances, novelas e filmes, além de dar nome a ruas, monumentos e cidades. A

genialidade do famoso Joãozinho Trinta , levou para a maior festa popular brasileira – o Carnaval! – a história da “Heroína de Dois Mundos”, pela Escola de Samba Viradouro. A homenagem destacou a sua vida e a sua dedicação na luta pela liberdade empreendida por seu companheiro Giuseppe Garibaldi, no Uruguai, no Brasil e na Itália!

Jubileu de Prata Episcopal do Arcebispo D. Maurício Grotto de Camargo

Em missa celebrada dia 26/07/2025, na Catedral de Botucatu, às 10 horas, comemorou-se o Dia de Santana, Santa Padroeira de Botucatu e o Jubileu do querido Arcebispo D. Maurício Grotto de Camargo Grande número de padres da cidade e região estavam presentes apoiando a bela celebração.

O Prefeito Fábio Leite e sua linda e abençoada família participaram do Ofertório sendo abençoados com carinho por D. Maurício.

O Arcebispo contou com a presença de sua família, a Catedral lotada de fiéis, e com a grata presença do Frei

Hanz Stappel e Nelson Giovanelli, fundadores da Fazenda da Esperança, no Brasil.

A Fazenda da Esperança tem várias unidades no Brasil e pelo mundo, dá atendimento e apoio a ex-usuários de drogas, proporcionando-lhes acolhimento com trabalho na fazenda, tratamento e ajudando no seu retorno á sociedade ao fim de sua reabilitação.

A comunidade botucatuense recebeu

com alegria a notícia que em breve terá uma dessas unidades funcionando em nossa cidade.

Ao final após o emocionado discurso de Dom Maurício, o Frei Hans Stappel também se manifestou e deu a benção final da missa, junto ao Arcebispo.

Foi uma belissima celebração, inspiradora do seu início ao fim.

O Coral da Catedral encantou com belíssima interpretação dos hinos elevando ainda mais o já presente espírito de oração.

Após a celebração alguns membros da ABL - Academia Botucatuense de Letras, encabeçados pela sua Presidente, a Dra. Cristina Mattos, foram recebidos com carinho por Dom Maurício e entregaram a ele um presente.

MARIA

Momentos Felizes

LEMBRANÇAS DE UM GUARDA-CHUVA

Da infância ele recordava que na casa do pai, havia um objeto invariavelmente pendurado atrás da porta. Após chuvarada, bastante molhado, ficava aberto deixando escorrer água, muita água pela sala, alimento para os resmungos da mãe. O pai era sempre lembrado. Ele tinha o hábito de carregar o guarda- chuva independentemente de estar chovendo e dizia que sob o sol quente, era sempre uma oportunidade para abrigo, proteger-se da canícula ou afastar de si algum impertinente e ameaçador cachorro vira-lata.

Este objeto têm resistido ao tempo, tanto é verdade que segundo sua história, (*) - desde o século XII aC já era conhecido por Chineses, Egípcios, Romanos e, modernamente pelos Franceses, sendo certo que na Inglaterra Jonas Hanway

Roque Roberto Pires de Carvalho email:roquerpcarvalho@gmail.com

(1712/1786) foi considerado o primeiro homem a desfilar com o guarda-chuva, em concorrência com as sombrinhas que já eram usadas pelas mulheres da época. O problema é que o guarda-chuva não aceitava mudanças, permanecendo como sempre foi, severo e de cor negra exibindo cabo de madeira que, infelizmente, envernizada, com a chuva melava as mãos, momento em que seus fabricantes, em atos domadores, passaram a usar o material plástico, mantendo suas indefectíveis varetas. Como novidade, a indústria passou a fazer a produção com abertura automática ou invertidos com face dupla, tamanhos menores sem esquecer dos tradicionais ou maiores, conhecidos como guarda-sol de praia.

Trata-se de um objeto de grande valor e estima para os dias de chuva ou de sol de verão mas, apesar de sua aparente austeridade, é zombeteiro.

Esconde-se com a maior naturalidade e em muitos lugares simboliza o esquecimento. Perdido no tempo e no espaço, ostenta com alarde, o título de ser o objeto que mais se esconde das vistas de seu dono.

Ainda como recordações da infância, o guarda-chuva era muito usado nos enterros; se o seu dono logo se esquecia do finado, esquecia-se também do guarda-chuva.

Este cronista entende que uma das vantagens da longevidade é parar no tempo, revisar a vida e achar graça, mesmo não tendo nenhuma, em escrever sobre o guarda-chuva. (*) - Fonte: Wikipedia.

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