Diário da Cuesta
NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU
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24/07/1870 – 11/07/1969
Combatente na Revolução Constitucionalista de 1932 e exilado em Portugal, após o final da luta, foi homenageado com a Medalha da Constituição, instituída pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Sua obra maior de amor a São Paulo foi seu poema Nossa Bandeira , além do Hino dos Bandeirantes - oficializado como letra do Hino do Estado de São Paulo - e da letra do hino da Força Publica (atual Polícia Militar do Estado de São Paulo). É proclamado “O poeta da Revolução de 32”.
Em 1958, foi coroado o quarto “Príncipe dos Poetas Brasileiros” (depois de Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano, sendo sucedido por Paulo Bomfim).
Autor da letra do Hino da Televisão Brasileira, executado quando da primeira trans-
O Hospital foi estruturado para atender, exclusivamente, pacientes do município, oferecendo procedimentos de baixa e média complexidade. Desde o início das atividades, a unidade tem atuado para reduzir a demanda reprimida por cirurgias eletivas, estimada em cerca de 4 mil procedimentos.
Esse resultado é fruto de uma força-tarefa iniciada ainda em fevereiro, com a capacitação de mais de 50 profissionais de saúde. A equipe passou por treinamentos técnicos nas áreas de ética e manejo de pacientes, segurança do trabalhador, plano de gerenciamento de resíduos, higiene hospitalar, cuidados pré e pós-operatórios, assistência farmacêutica e boas práticas de saúde estabelecidas pela Anvisa (RDC 15).
Com gestão realizada pela OSS Pirangi, em convênio com a Prefeitura de Botucatu, o Hospital do Bairro vem se consolidando como um importante equipamento de apoio à rede municipal de saúde. O foco é garantir mais agilidade, qualidade e segurança no atendimento ao cidadão, ao mesmo tempo em que desafoga a fila por procedimentos cirúrgicos.
Especialidades com maior volume de cirurgias realizadas: . Gastroenterologia: 37%; . Oftalmologia: 31%; . Urologia: 15%; . Dermatologia: 11%; . Vascular: 4%. (FONTE: TRIBUNA DE BOTUCATU)
missão da Rede Tupi de Televisão, realizada por mérito de seu concunhado, o jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo. Dedicou-se ainda a outras artes e atividades, além da literatura e da poesia: desenhista amador, cultivou também a heráldica, tendo criado o brasão das cidades de São Paulo, Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP).
Foi presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo.
Encontra-se sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, ao lado de Ibrahim de Almeida Nobre, o “Tribuno de 32”. Leia nas páginas internas
A Arquidiocese de Botucatu está celebrando os 25 anos de episcopado do nosso Arcebispo. A celebração será realizada durante a Solenidade de Sant’Anna, Padroeira da Arquidiocese.
Um dos homens mais lembrados da história da Revolução de 1932 é o famoso Guilherme de Andrade Almeida, o “Poeta da Revolução”.
Filho de Estevam de Almeida, famoso jurista e professor de direito, Guilherme estudou nos ginásios de Culto à Ciência, de Campinas, e São Bento e Nossa Senhora do Carmo, na cidade de São Paulo. Sua formação foi em direito, pela Faculdade de Direito de São Paulo, no ano de 1912.
Além de exercer a advocacia, Guilherme de Almeida também foi um competente jornalista, sendo redator do “O Estado de São Paulo”, diretor da “Folha da Manhã” e da “Folha da Noite”, fundador do “Jornal de São Paulo” e redator do “Diário de São Paulo”.
No ano de 1917, ele publicou seu livro de poesias, “Nós”. Anos depois, em 1922, foi um participante assíduo da Semana de Arte Moderna e seu escritório serviu de redação para os fundadores da revista “Klaxon”, mania da época.
Após auxiliar nesse processo de desenvolvimento artístico e intelectual de São Paulo, Almeida percorreu o país difundindo suas ideias de renovação. Seus livros “Meu” e “Raça”, ambos de 1925, são fiéis à temática brasileira e ao sentimento nacional.
Guilherme de Almeida seria amplamente reconhecido por seu talento com a poesia. Era um grande conhecedor dos versos e da língua portuguesa, sendo, inclusive, um excelente tradutor. Traduziu, entre outros, os poetas Paul Géraldy (“Eu e Você”), Rabindranath Tagore (“O Jardineiro” e “O Gitanjali”), Charles Baudelaire (“Flores das Flores do Mal”), Sófocles (“Antígona”) e Jean Paul Sartre (“Entre Quatro Paredes”).
No ano de 1932, Almeida decidiu que ia ajudar São Paulo como pudesse. Ele desenhou os brasões de armas de várias cidades: São Paulo (SP), Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP). Compôs também um hino a Brasília, quando a cidade foi inaugurada.
Mais do que isso, Almeida foi um combatente da Revolução e, após o fim das batalhas, acabou exilado em Portugal. Anos mais tarde ele seria homenageado com a Medalha da Constituição, instituída pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Sua maior prova de amor ao estado de São Paulo foi o famoso e belo poema conhecido
EXPEDIENTE
como “Nossa Bandeira”. Entre outras homenagens à cidade, existem os poemas “Moeda Paulista” e a linda “Oração Ante a Última Trincheira”. Também escreveu a letra do “Hino Constitucionalista de 1932/MMDC”, O Passo do Soldado, de autoria de Marcelo Tupinambá, com interpretação de Francisco Alves
Foi membro da Academia Paulista de Letras; do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; do Seminário de Estudos Galegos, de Santiago de Compostela; do Instituto de Coimbra e da Academia Brasileira de Letras. Em homenagem aos pracinhas brasileiros, que lutariam na Segunda Guerra Mundial, ele escreveu a famosíssima Canção do Expedicionário, com a música do não menos genial Spartaco Rossi. Ainda em contribuição com São Paulo, Almeida foi presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.
Guilherme faleceu em 11 de julho de 1969, em sua casa da Rua Macapá, no Pacaembu, em São Paulo – a “Casa da Colina” –, onde residia desde 1946. Adquirida pelo Governo do Estado na década de 1970, a residência do poeta tornou-se o Museu Biográfico e Literário Casa Guilherme de Almeida, inaugurado em 1979, que abriga também, hoje, um Centro de Estudos de Tradução Literária
Como uma das grandes homenagens póstumas, ele encontra-se sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no parque do Ibirapuera. Além dele, figuras como Ibrahim de Almeida Nobre, o “Tribuno de 32”; os jovens conhecidos pela sigla M.M.D.C. e do caboclo Paulo Virgínio.
Guilherme de Almeida foi mestre de Ciência Política!
Guilherme de Almeida foi um dos fundadores da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde lecionou Ciência Política
Guilherme de Almeida pertenceu só episodicamente do movimento de 1922. Foi o primeiro “modernista” a entrar para a Academia Brasileira de Letras (1930).
Teve grande destaque na Revolução Constitucionalista de 1932.
Em 1958, foi coroado o quarto “Príncipe dos Poetas Brasileiros”
Entre outras realizações, foi o responsável pela divulgação do poemeto japonês haikai no Brasil
Haikai é uma forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade. Os poemas têm três linhas, contendo na primeira e na última cinco caracteres japoneses (totalizando sempre cinco sílabas), e sete caracteres na segunda linha (sete sílabas). .
Inaugurado em 1979, o museu biográfico e literário Casa Guilherme de Almeida após um período de reestruturação, foi reaberto em 11 de dezembro de 2010.
Paralelamente às atividades museológicas, tem um Centro de Estudos de Tradução Literária, nas áreas de atuação do poeta. Mantém também um Núcleo Educativo preparado para mediar visitas participativas ao museu.
Guilherme de Almeida residiu na Casa desde 1946 até sua morte em 1969. Seus aposentos são mantidos mobiliados e com objetos pessoais do casal Guilherme-Baby Na mansarda (sótão) estão reunidos seus objetos de trabalho de vida ativa (participante da Revolução Constitucionalista de 1932) e épocas de um tempo da História de São Paulo. Contemporâneo do movimento de 1922, era amigo de alguns artistas que lhe deixaram obras compondo a decoração da Casa Guilherme de Almeida Pode-se ver nas paredes, Mulher de Vestido Vermelho (Anita Malfatti), Mulata Nua Adormecida (Di Cavalcanti) Retrato de Baby de Almeida e de Guilherme de Almeida (Lasar Segall), Romance (Tarsila do Amaral) entre outros. E sobre um pedestal a escultura Soror Dolorosa de Brecheret.
A Casa Guilherme de Almeida é uma instituição da Secretaria de Estado da Cultura e administrada pela Poiesis(Organização Social de Cultura).
Fica no Pacaembu, na rua Macapá187 –Pacaembu
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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Como cicatrizes
DE LOURDES CAMILO SOUZA
“Aquele que ouve
Ecos de vozes proféticas
Ao ler mensagens
Dos grandes pensadores
Que sente gravar-se
Em seu coração
Com caracteres profundos
O seu clamor visionário e divino
Que se extasia contemplando
As supremas criações plásticas
Que sente íntimos calafrios
Em face das obras primas
Acessíveis aos sentidos
E se entregar á vida
Que nelas palpita
E se comove até que seus olhos se encham de lágrimas
E o seu coração irrequieto
Seja arrebatado por febres de emoção
Tem um nobre espírito
E pode alimentar o desejo
De criar coisas tão grandes
Como as que sabe admirar.”
José Ingenieros
Descobri que no dia 25 de Julho se comemora o “Dia Nacional do Escritor”, da mesma forma como de repente me vi escrevendo.
E num desses revival da infância, me vi dizendo menina, a quem me perguntasse:“O que vai ser quando crescer?”
Eu respondia: Escritora.
E em todos os lugares acabava me perdendo nos detalhes, formatos de nuvens, e sentindo presença de anjos nas penas brancas no meu jardim.
Lia e relia os versos prediletos de amor de grandes poetas, copiando em folhas do caderno.
Li inúmeras vezes “O Pequeno Príncipe”,”Terra dos Homens”
Trechos preferidos da Bíblia.
Relendo até as páginas amarelarem e ficarem amarrotadas.
Repetia muitas vezes até decorar.
Andei mesmo escrevendo hai kai em guardanapos.
Entre os livros que tínhamos na estante de casa, tínhamos um caderno em capa de couro e na frente uma pintura de um botão de rosa.
E curiosa o abri, para descobrir que minha mãe, escrevia ali suas poesias quando jovem, com a sua caneta tinteiro e letra bonita.
Sentindo aquela afinidade mãe/filha, e tentando também ter estilo e letra, ali deixei alguns dos meus primeiros versos.
Dia desses busquei esse caderno, mas não encontrei.
Tenho desde março deste ano, quando comecei as “Memórias Pandêmicas “, uma febre diária que me toma logo cedo, como se fosse uma necessidade física.
Penso que já fui um escriba que com sua pena de ganso e tinta extraída de alguma planta, contava a vida daquele tempo imemorial.
Busco imagens, memórias, sons e de repente toma forma e as palavras se juntam às ideias.
Só não imaginava que teria hoje toda essa estrutura que utilizo e que em seguida tenho o feedback do que escrevo, o que é extremamente gratificante.
E mais, me descubro realizada.
Os dias tem objetivo e encanto.
E me pergunto atônita: desde quando me tornei escritora?
Agora posso dizer com certeza.
Quando assinei meu contrato com a Filos Editora, estava lá com todas as letras: escritora
Tenho meu primeiro livro, está aí! Não paro de admirá-lo.
Esses dias falando ao telefone com a minha Tia Lucilla, 88 anos, e contando a ela sobre o meu livro, ela ficou uns segundos quieta e depois me soltou esta:
-”Maria, agora você é escritora! “
Eu respondi: pois é tia, com 74 anos me tornei escritora.
E contei a ela, que Cora Coralina, a querida poetisa goiana, que tanto admiro, também lançou seu primeiro livro com mais de 70 anos.
E vamos ter lançamento do livro.
E quando setembro vier, vamos para a Bienal do Livro no Anhembi, em São Paulo!