Santos Dumont foi um aeronauta, esportista, autodidata e inventor brasileiro Nascido em 20 de julho de 1873 em Santa Luzia do Rio das Velhas, hoje cidade de Santos Dumont, Minas Gerais, faleceu em 23 de julho de 1932, no Guarujá, São Paulo, aos 59 anos. Ficou marcado na história brasileira por seus grandes feitos na área da aviação. Ele foi um cientista com grande engenhosidade e capacidade para inventar objetos. Nasceu em uma família muito rica porque seus pais eram donos de plantações de café. Dedicou sua vida à aeronáutica e à aviação e passou seus últimos anos deprimido por ver o avião ser usado na guerra.
Hoje, comemorando o 151º aniversário de Alberto Santos Dumont e, nesta data, a Embraer saúda seu legado e pioneirismo na aviação. O trabalho de sua vida e seu espírito inovador nos inspiram hoje a fornecer nossos produtos e soluções para o mundo. Saiba mais sobre o legado de Santos Dumont e celebre seu aniversário conosco nesta homenagem especial produzida pela Embraer na comemoração dos 150 anos do inventor: https://www.youtube. com/watch?v=X_3uwab0QZo
Diário da Cuesta
Santos Dumont: Herói Brasileiro!
Um mártir da causa paulista no maior conflito militar – verdadeira Guerra Civil! – que abalou o país? No dia 14 de julho, ele redigiu um apelo pela concórdia entre os litigantes. O trecho em que disse que “somente pela lei magna” os problemas nacionais poderiam ser resolvidos foi interpretado como apoio à causa paulista. Verdadeiramente, SANTOS
DUMONT ( nascido em Palmira/MG em 23/07/1873 e falecido no Guarujá 23/07/1932 – há 140 Anos! -, fez de sua morte no mesmo dia de seu aniversário um SIMBOLISMO de sua insatisfação e frustração pelo rumo tomado por sua invenção
SIM, ELE É O PAI DA AVIAÇÃO!!!
“Em 23 de outubro de 1906, em Paris, mais de mil pessoas – entre elas jornalistas de todo o mundo – assistiram pela primeira vez na história alguém erguer-se do solo, com recursos de um aparelho mais pesado que o ar, realizando um vôo planado. A bordo do 14 Bis estava o brasileiro Alberto Santos Dumont, que tornou-se o homem mais popular da Euro-
EXPEDIENTE
pa na primeira década do século 20. Foi celebrado no mundo inteiro, inclusive por personalidades como o Príncipe Albert 1º, de Mônaco, o inventor Thomas Edison, o presidente norte-americano Theodore Roosevelt. Depois de 100 anos, o herói brasileiro ainda é festejado e o centenário do primeiro vôo mereceu inúmeras comemorações em todo o mundo. Aqui no sul da Flórida, uma pesquisadora brasileira prepara um livro sobre a vida de Dumont e sobre a polêmica envolvendo a invenção do avião, que os norte-americanos teimam em dizer que pertence aos irmãos Wright...” Marília Lemos
O Brasil se acomodou com a “realidade histórica” construída e divulgada pelos Estados Unidos (atribuindo aos Irmãos Wright a invenção do avião) e deixou de fazer um trabalho junto à mídia francesa e dos demais países europeus na defesa do brasileiro SANTOS DUMONT – o PAI DA AVIAÇÃO!
Foi um “senhor do seu tempo”, viveu na França, em Paris, convivendo com as grandes personalidades da época A seu pedido, o já famoso joalheiro, Louis Cartier, adaptou o maior relógio de pulso feminino, colocando pulseira de couro, para que Santos Dumont pudesse ter uma maior facilidade em seus vôos no balonismo, quando tinha que ocupar ambas as mãos. Santos Dumont ficou responsável pela popularização do relógio de pulso para os homens
No ano de 1932, Santos Dumont morre no Guarujá Frustrado por ver sua invenção ser utilizada na guerra e não para ajudar os homens a conhecerem outros países com facilidade, legando à humanidade
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
um importante meio de transporte. Nas palavras de Roberto Pompeu de Toledo, o registro de seus últimos momentos:
Dias depois do 9 de julho, Santos Dumont se suicida “Em terra, por falar em aviões, encontrava-se Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação. Com a saúde física e mental abalada, fora alojado pela família numa casa alugada no então sossegado balneário do Guarujá. No dia 14 de julho, ele redigiu um apelo pela concórdia entre os litigantes. O trecho em que disse que “somente pela lei magna” os problemas nacionais poderiam ser resolvidos foi interpretado como apoio à causa paulista.
Pode ser. No dia 23 de julho, burlando a vigilância do sobrinho que o acompanhava, refugiou-se no banheiro e enforcou-se com uma gravata. Dizem que não aguentou o ronco dos aviões que rondavam o Porto de Santos, ali perto. Pode ser”. (Veja – Roberto Pompeu de Toledo –13/06/2012)
Um mártir da causa paulista no maior conflito militar – verdadeira Guerra Civil! –que abalou o país?
Verdadeiramente, SANTOS DUMONT (nascido em Palmira/ MG em 23/07/1873 e falecido no Guarujá 23/07/1932), fez de sua morte no mesmo dia de seu aniversário um SIMBOLISMO de sua insatisfação e frustração pelo rumo tomado por sua invenção (AMD)
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Diário da Cuesta 3
“Dia perfeito”
Maria De Lourdes Camilo Souza
Pedrinho acordou cedo sem que sua mãe o viesse acordar como sempre acontecia.
Já tinha sua mochila pronta para o dia.
Correu lavar o rostinho e escovar os dentes e já entrou embaixo do chuveiro cantando, enquanto se lavava.
Estava animado.
Passara toda a semana com o Vô Zico fazendo o papagaio que iam soltar lá no campinho da vila, onde era descampado e seus amiguinhos gostavam de jogar futebol.
Foram procurar as varetas, o papel, a cola.
Cortaram as folhas em pedaços triangulares co loridos passando a cola com o pincel, com cuidado para não estragar o desenho bonito, colaram as varetas, recobrindo-as com finas tiras de papel.
Depois veio a parte divertida da coisa, fizeram anéis coloridos de papel e formando elos, fizeram um grande rabo e colaram na ponta inferior do papagaio.
“Pedrinho! Vamos!“
Escutou sua voz rascante e alta lá da cozinha, enquanto engolia seu último naco de pão com manteiga e bebia o último gole do café com leite morninho.
Levantou-se arrastando a cadeira e limpando as migalhas de pão da camiseta verde.
E saiu correndo e gritando: - “Estou pronto Vovô!”
Pegou as alças da mochila, colocando-a nas costas, foi buscar o papagaio que pegou com muito cuidado para não amassar e o seu cãozinho poodle Nicky não morder o rabo, estragando tudo
Fizeram alguns pedaços longos e colaram nas partes laterais como longas franjas.
Ansiosamente e a toda hora ia lá ver se a obra prima estava seca, e já imaginava aquele portento levantando voo, enquanto dava linha do carretel para que aproveitando o vento se elevasse no céu azul.
Vô Zico chegou no seu fusca branco para buscá-lo. Estacionou em frente a casa e saiu já chamando.
Correu para fora junto com todos da família: papai, mamãe que levava o bebê no colo que batia palmas. Todos cumprimentaram o Vô Zico e eles entraram no carro.
Saíram se despedindo animados.
Pedrinho tinha colocado a mochila e o papagaio no banco traseiro do fusca, ao lado dos apetrechos de pescaria do avô.
Perto do campinho tinha um riacho, ali iam pescar um pouco.
Pedrinho já tinha arrumado, junto com o avô, umas minhocas de isca que estavam cuidadosamente armazenadas numa latinha
Os anzóis apoiados no banco traseiro junto com o bornal. Chegaram ao riacho depois de uma viagem de meia hora.
O sol já estava quente, e Pedrinho já estava com seu boné
Vô Zico também trazia em sua cabeça branca o chapéu de palha.
Ficaram ali sentados na beira do rio, pescando até a hora do almoço.
Depois comeram uns sanduíches de frango desfiado no molho, que Vó Carola tinha preparado e bebericaram o suco de frutas gelado da garrafa que trouxeram no isopor.
Guardaram os peixinhos na frasqueira térmica .
Descansaram um pouco sob a sombra de uma árvore. Pedrinho ficou olhando as nuvens no céu, comparando-as com formatos de bichos.
Vô Zico tirou uma soneca.
Já eram duas da tarde quando seguiram a pé para o campinho ao lado levando o papagaio.
Pedrinho viu feliz que ele primeiro revoluteou e dançou ao sabor de um vento leve.
Subiu e subiu até tocar as nuvenzinhas em forma de anjinhos lá no céu cor de anil, onde brincava de esconde-esconde.
Ficaram ali em estado de êxtase olhando as idas e vindas da pipa colorida.
Voltaram para casa cantando uma daquelas modas de viola que o Vô gostava tanto.
Pedrinho entrou em casa cansado.
Caiu exausto no sofá, adormecendo em seguida.
A mãe e o pai despediram-se do Vô Zico, agradecendo os peixinhos frescos, produto da pescaria de Vô e neto.
Esperaram o fusca virar a esquina acenando.
Pedrinho sonhava com aquele dia perfeito.
BOTUCATU E O SONHO DE ÍCARO
Roque Roberto Pires de Carvalho
Nas lides do magistério, Curso noturno e lecionando Filosofia citava, invariavelmente, a Mitologia Grega e o sonho de Ícaro, assunto que despertava muitas curiosidades. O professor não tinha certeza se os deuses do Olimpo sonhavam com alguma coisa. Narrando o fato, dizia que na Grécia antiga havia uma trama muito forte entre o Rei Minos e o arquiteto Dédalo, notável inventor, que apesar das desavenças, recebeu pedido do Rei para construir um Labirinto com entradas e saídas múltidirecionais, com o objetivo de aprisionar em seu interior o monstro Minotauro (corpo de homem e cabeça de touro) que assustava o povo de Creta. Continuando os aborrecimentos o Rei resolveu aprisionar Dédalo e seu filho Ícaro no tal Labirinto. E agora... como fugir ? – Dédalo com suas criatividades inventou uma asa de cera com penas para si e outra para o filho, desejoso de voar, mas que não se aproximasse muito do Sol que poderia derreter a cera e ele, caindo ao mar encontraria a morte; fato que aconteceu segundo a Mitologia. Se Ícaro morreu afogado, não há provas conclusivas. O que se sabe é que o sonho dele não morreu. – Os alunos ficavam assombrados com qualquer assunto que cuidasse da Mitologia. – Voar como Ícaro pelo mundo, voar sobre a maior ilha grega do mar Egeu ainda povoa o imaginário de muitos jovens. O sonho de Ícaro renasce no Brasil em 1709 com Bartolomeu Lourenço de Gusmão, SJ (1685-1724), chamado de Padre voador, elevando-se às alturas a bordo de seu balão de ar quente; O sonho de Ícaro não termina e prossegue com Alberto Santos Dumont figura humana de 1,52m de altura, inventor do 14BIS que decolou no dia 23 de outubro de 1906 no campo de Bagatele em Paris, voando mais de 60 metros com motor acionado por gasolina e sem necessidade de rampa.
po da Engenharia aeronáutica, progresso da ciência, beneficiando Botucatu de forma excepcional, indelével e que não pode ser esquecida como berço da Indústria de Aviação Nacional. Sim... esses dois expoentes da inteligência brasileira deram início e continuidade da empresa Aeronáutica Neiva no período acima citado quando a Embraer em 1980, adquiriu o controle acionário levando para sua sede em São José dos Campos os projetos dos aviões (Cap.4) Paulistinhas-p.56 logo superados pelos Regente U.42, Elo L.42, Universal T.25 que passaram a ser desenvolvidos no CTA-Centro Técnico Aeroespacial e o ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, para novos tipos de aeronaves. Em 2006 a empresa foi encerrada mas não dispensada da fabricação de aviões, ao contrário, a conhecida NEIVA continuou funcionando em seu primitivo barracão na Vila dos Lavradores passando posteriormente para o hangar da Embraer ao lado do Aeroporto para montagem do avião Ipanema com excelente aceitação nas propriedades agrícolas de todo Brasil. Em suas dependências em Botucatu são desenvolvidos outros projetos aeronáuticos e que são levados ao CTA de São José dos Campos para execução, colocação de motores e homologação.
É considerado até hoje o “Pai da Aviação” por ter sido o primeiro voo homologado pelo Aeroclube francês.
Pergunta: EXISTE ALGUMA LIGAÇÃO DE BOTUCATU COM A MITOLOGIA GREGA ?.... Sim, existem e muitas!
- Vejamos, Revendo fatos e pessoas de Botucatu no período de 1954 até 1975 encontramos duas pessoas notáveis: o Eng. Antônio Araújo Azevedo e o Empresário José Carlos de Barros Neiva que se tornaram personalidades “honoris causa” ao meu sentir, pela contribuição que deram no cam-
A EMBRAER, em 7 de dezembro de 2017 prestou homenagem ao Ilustre Empresário da Indústria Aeronáutica Neiva, inaugurando seu Busto nas dependências da empresa.- José Carlos de Barros Neiva (1924-2013) recebeu da Câmara Municipal de Botucatu o Título de “Cidadão Botucatuense” pelos relevantes serviços prestados à nossa cidade. Decreto Legislativo nº 6 de 9 de abril de 1969.
Para encerrar esta crônica diria também que José Carlos de Barros Neiva, Antônio Araújo Azevedo, Ozires Silva (1931), Joseph Kóvaks (1926-2019) como Pioneiros da incipiente Aviação no Brasil, Botucatu pode se orgulhar uma vez que não deixaram morrer o “Sonho de Ícaro” e hoje a Embraer é uma das maiores Empresas de Aviação do Mundo, cuja Certidão de Nascimento se reporta a nossa Vila dos Lavradores.- Se ainda estivesse no Magistério contaria esta História aos meus alunos que não estivessem dormindo, mas com os olhos bem abertos sonhando com um futuro promissor na Aviação brasileira.
Roque Roberto Pires de Carvalho - email:roquerpcarvalho@gmail.com
FONTE: - Wikipédia, a enciclopédia livre. DELMANTO, Armando Mora-es, “Memórias de Botucatu”, 2ª edição, 1990/1995, editora Vanguarda; GODOY, Laurete e Jorge Henrique Dumont Dodsworth, “Brasileiros Voadores – 300 anos pelos céus do mundo” Blog.DELMANTO,15/Ago/ 2015.