Botucatu recebe Festival da Cultura
Tanabata Matsuri nos dias 19 e 20 de julho
Evento gratuito terá danças, apresentações musicais, concurso de cosplay, culinária típica e feira de artesanato. Página 3
Carlos Teixeira e Luiz Carlos Vulcano recebem título de Professor Emérito da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
Título honorífico é concedido a um professor universitário aposentado que se destacou por suas contribuições significativas para o ensino, pesquisa e extensão em sua área de atuação Foi realizado no auditório Casa da Arte, uma sessão solene da Congregação da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, para a outorga do título de Professor Emérito aos professores Carlos Roberto Teixeira e Luiz Carlos Vulcano pela contribuição significativa que deram para o desenvolvimento da Faculdade.
O título honorífico de Professor Emérito é concedido a um professor universitário aposentado que se destacou por suas contribuições significativas para o ensino, pesquisa e extensão em sua área de atuação. É uma forma de reconhecimento e valorização do trabalho de um docente que deixou um legado importante na instituição e na comunidade acadêmica.
A solenidade contou com a presença dos professores Mario de Beni Arrigoni e Alexandre Secorun Borges, respectivamente diretor e vice-diretor da FMVZ. Também estiveram presentes os Professores Eméritos da FMVZ, Armen Thomassian e Paulo Iamaguti; professor Caio Carbonari, diretor da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp; professora Percília Giaquinto, diretora do Instituto de Biociências; professor Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção, diretor da Faculdade de Medicina; o vereador Lelo Pagani e o senhor Zohair Saliem Sayegh, representando a Academia Paulista de Medicina Veterinária.
Após a condução dos professores Carlos Roberto Teixeira e Luiz Carlos Vulcano por uma Comissão de Honra formada pelos seus colegas Professores Eméritos Armen Thomassian e Paulo Iamaguti, aconteceu uma apresentação da Orquestra de Viola e Violão do Instituto de Biociências da Unesp.
Na sequência, a professora Sheila Canevese Rahal saudou o professor Teixeira em nome da comunidade universitária. Ilustrando sua fala com histórias, ela destacou diversos aspectos da personalidade e da trajetória do professor, como seu perfil agregador e conciliador e sua abertura para novas ideias e iniciativas. A professora lembrou a importância do sítio do professor como um ambiente de reunião, acolhimento, confraternização e integração com os alunos, além de espaço frequentemente cedido para a realização de aulas práticas.
Sheila Rahal destacou as ações do professor Teixeira para a criação do Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens (Cempas), para ampliação e modernização de sua estrutura e também para a criação do Programa de Pós-graduação em Animais Selvagens, além da sua integração com a Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo, oferecendo inclusive capacita-
ção aos agentes. “É possível falar horas sobre as contribuições do professor Teixeira. Seu sonho de trabalhar com os animais silvestres revolucionou nossa unidade no ensino, na pesquisa e na extensão. Ele teve a visão que muitos não tiveram para essa área. Essa homenagem é muito merecida”.
A professora Maria Jaqueline Mamprim fez o discurso de saudação ao professor Luiz Carlos Vulcano, lembrando também vários fatos da sua trajetória acadêmica, especialmente a contribuição para o desenvolvimento da área de Radiologia Veterinária na Faculdade. A professora também elencou conquistas do professor Vulcano como gestor, dirigindo a Faculdade em dois mandatos.
“A atuação e as contribuições do professor Luiz Carlos Vulcano para a FMVZ sempre foram marcantes. Ele sempre falou em “vestir a camisa”, “arregaçar as mangas” e trabalhar para levar o nome da FMVZ adiante. Essa filosofia se refletiu em seu comprometimento para que a FMVZ crescesse e se destacasse cada vez mais. Ao longo dos anos sempre defendeu suas ideias e conquistou espaços. Seu trabalho incansável o levou à direção da escola, onde lutou incessantemente pelos interesses da FMVZ. Seu espírito contagiante e sua visão para o desenvolvimento da unidade o levaram a um segundo mandato. Em seus períodos de gestão testemunhamos grandes avanços que favoreceram a unidade. O título de Professor Emérito é uma validação do impacto que o professor Vulcano teve em nossa instituição e na Medicina Veterinária como um todo”.
Após a entrega dos títulos de Professor Emérito, os homenageados fizeram uso da palavra. O professor Teixeira expressou sua gratidão aos seus professores, na pessoa dos Professores Eméritos Armen Thomassian e Paulo Iamaguti, presentes na solenidade. “Aprendi com meus mestres sobre a profissão, mas também lições de como ser um ser humano melhor. Vi a luta de vocês para construírem coisas aqui e o exemplo fez com que eu lutasse para também criar algo na FMVZ na área de Animais Silvestres”. O professor Teixeira fez questão de homenagear o professor Vulcano. “É uma grande pessoa. É uma honra receber esse título ao seu lado”. O professor agradeceu também o apoio de familiares, colegas docentes, servidores técnico-administrativos, orientados, alunos e colaboradores, como a Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O discurso do professor Vulcano também foi repleto de agradecimentos. Começou homenageando seu colega Carlos Teixeira e fez questão de relembrar o apoio dos pais, familiares, colegas, servidores e alunos. “Recebo hoje essa honraria, a maior que um professor pode alcançar na sua vida acadêmica na instituição que serviu. Expresso meu respeito frente a grandeza dessa institui-
ção que me abrigou por tantos anos e pelos meus colegas que partilharam comigo os desafios e as conquistas da docência da pesquisa e da extensão. Respeito pelos alunos, que tanto nos ensinam. Ao longo da minha trajetória nessa casa, procurei sempre honrar os princípios que regem a universidade pública: a dedicação em tempo integral e o compromisso com o respeito e com a ética, atuando com probidade nos cargos administrativos que ocupei”.
No momento de maior emoção da solenidade, os familiares homenagearam os novos Professores Eméritos. O professor Teixeira foi homenageado pela sua neta, Bárbara. “O senhor é tão importante para tanta gente. É base, é força, é chão, é abraço e ombro amigo. O senhor é completo”, disse ela. A homenagem ao professor Vulcano foi feita pela sua filha Camila e seu neto Lucas. “Meu avô nos ensina com ações, muito mais do que com palavras, o valor da integridade, da responsabilidade e do compromisso. Ele é aquele que está sempre um passo à frente. Cobra, orienta, mas também acolhe e ama”, destacou Lucas.
O pronunciamento do professor Alexandre Secorun Borges reafirmou a importância dos novos Professores Eméritos para a Faculdade. “As conquistas de vocês, que hoje celebramos, não vieram sem angústias, embora muitas vezes pareçam ter sido fáceis aos olhos de quem vê apenas os resultados. Superar as dificuldades exigiu coragem, constância e fé no propósito. O tempo presente é fruto de um passado de entrega generosa. Hoje, os professores Teixeira e Vulcano não são apenas homenageados, eles são celebrados por sua entrega, por sua visão e por todo o legado que deixam à comunidade acadêmica, científica e profissional da Medicina Veterinária. Um legado que usufruímos com gratidão e que nos inspira e aumenta a responsabilidade de seguir adiante, com coragem e comprometimento”.
No ato final da solenidade, o professor Mario de Beni Arrigoni, diretor da FMVZ, também saudou os homenageados. “Considera-los Professores Eméritos dessa Faculdade significa colocá-los, simbolicamente, entre aqueles que temos como mais altos em nossa comunidade. Esse título é uma honraria concedida a professores aposentados que contribuíram de forma extraordinária com a nossa instituição. Seus colegas e alunos desfrutaram e ainda disfrutarão do seu legado para com a Faculdade. Como dirigente da FMVZ, represento toda a nossa comunidade no agradecimento e reconhecimento aos professores, pesquisadores e pessoas humanas que vocês são. Professores Carlos Roberto Teixeira e Luiz Carlos Vulcano, manteremos de forma vitalícia na história da FMVZ a história de vocês. Muito obrigado por tudo”.
Por: Sérgio Henrique Santa Rosa. (TRIBUNA DE BOTUCATU)
Botucatu recebe Festival da Cultura Japonesa
Tanabata Matsuri nos dias 19 e 20 de julho
Evento gratuito terá danças, apresentações musicais, concurso de cosplay, culinária típica e feira de artesanato
Botucatu será palco, nos dias 19 e 20 de julho, do Tanabata Matsuri, tradicional festival da cultura japonesa. Com entrada gratuita, o evento será realizado no Espaço Cultural “Dr. Antonio Gabriel Marão” , localizado na Avenida Dom Lúcio, e contará com programação das 10h às 19h em ambos os dias.
Entre as atrações previstas estão apresentações de danças típicas, performances musicais, participação do grupo de taiko de Bauru, concurso de cosplay e a tradicional queima dos tanzakus — pequenos papéis
com desejos escritos, pendurados em galhos de bambu, conforme a tradição japonesa.
O festival também terá uma área de alimentação com comidas típicas orientais e uma feira de artesanato com produtos de artistas locais.
A iniciativa celebra a integração cultural e deve atrair famílias, estudantes e apreciadores da cultura japonesa de toda a região.
Serviço:
Local: Espaço Cultural de Botucatu – Av. Dom Lúcio, Centro
Datas: 19 e 20 de julho
Horário: das 10h às 19h
Informações: (14) 99849-5793.
(LEIA NOTÍCIAS)
Momentos Felizes
“FALTA ALGUÉM
EM NUREMBERG”
Roque Roberto Pires de Carvalho email:roquerpcarvalho@gmail.com
Naquela tarde cinzenta de um ano qualquer ele sentou-se na cadeira de espaldar alto. Mormaço na rua, pequena aragem inundava o ambiente sempre suave como deve ser em todas bibliotecas. Consultava livros, revistas novas e antigas, jornais completos ou páginas recortadas com algum assunto estimulante para sua incorrigível curiosidade. Em dado momento olhou para o calendário e viu tratar-se do dia 20 de novembro, data aparentemente sem nenhum brilho - um dia como outro qualquer e no entanto, ao pesquisar livros antigos deparou-se com a obra escrita por David Nasser (1917-1980). Quando ele escreveu o livro cujo título tomo por empréstimo, (2a Ed. 1948, Editora: Do Povo) o autor esmiuçava a agressiva atuação militar e política de Filinto Strubing Müller (1900-1973 em acidente aéreo em Paris) - um dos mais temidos chefes de polícia durante o período ditatorial iniciado em 1930 acrescido do Estado Novo (1937) até 1945 com as violações dos direitos humanos ocorridas na época. Para o autor, o déspota deveria sentar-se no banco dos réus daquele Tribunal.
O dia marcado pelo calendário e o título do livro eram recorrentes e para esses dois pontos teve seu interesse aguçado. Realmente, no dia 20 de novembro de 1945 instalava-se na cidade de Nuremberg, Alemanha, o Tribunal Militar Internacional encarregado de processar e julgar os principais diri-
gentes/criminosos do nazismo na Segunda Guerra Mundial. Até o final do julgamento em 16 e outubro de 1946 o Tribunal analisou 117 acusações contra os criminosos e dentre eles, generais do alto comando alemão, médicos, juristas, políticos, bem como empresários ligados à indústrias bélicas. Inicialmente com 24 denunciados nos bancos dos réus, desses, 12 condenados à forca, na manhã do dia 16 de outubro de 1946 apenas 10 foram executados. Outras condenações se seguiram, sendo que 3 deles à prisão perpétua e 3 instalados no presídio de Nuremberg; dois dos acusados foram condenados à 20 anos de prisão, um suicidou-se no presídio, três foram absolvidos e um teve sua acusação cancelada. Os fatos antigos e os contemporâneos ensejam reflexões... nomes e calendários quando bem observados mexem com a memória! O entardecer continuava cinzento como esta crônica. O que fazer?
- Se ligar a televisão, se o jornal do dia for revisto ou folhear a última revista irá constatar, acabrunhado, a repetição de tantos e tantos fatos lamentáveis. Lá e cá.
O melhor no seu sentir era fazer as orações da noite, conciliar o sono e amanhã, logo pela manhã no jardim da casa grande, respirar o ar impregnado do perfume das orvalhadas flores e aguardar o sol tingir de ouro o alvacento céu...
