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Como vota o Brasil numa seleção de três dos 23 tópicos listados no UNWATCH/database

Finlândia estejam no comitê, precisamos dos outros países para que eles possam aprender e aprimorar” [Hillel ri de novo]. Como se Venezuela, China ou Rússia fossem aprender e se aprimorar apenas por estar no Comitê de Direitos Humanos! – Ah sim, é claro! Esses países são ditaduras porque não sabem como construir uma democracia. Eles almejam ser democráticos, mas apenas não sabem como chegar lá…

A propósito, isso é apenas o que eles falam em público. O Ministro do Exterior da Bélgica declarou “precisamos construir uma big tent [ou seja, incluir todos]”. Entrementes, ficamos sabendo que a mensagem que o representante da Bélgica recebeu de Bruxelas dizia “vote na Arábia Saudita para o Comitê do Status da Mulher e, ao mesmo tempo, diga expressamente aos sauditas que nós votamos neles”.

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Ou seja, talvez o voto não se baseia apenas em questões de direito e justiça, e sim em outros interesses.

Isto não derrota o propósito original da ONU que era o de reunir apenas as democracias?

A carta da ONU diz mais ou menos isso, ela diz que o país-membro tem que ser “um país que ama a paz”. Contudo, a prática nunca foi de reunir apenas as democracias. Desde o princípio, a Rússia sob Stalin teve um assento não apenas na ONU, como também no Conselho de Segurança. Ou seja, sempre houve um ajuste entre os ideais e a “Realpolitik” [política ou diplomacia baseada principalmente em considerações práticas, em detrimento de noções ideológicas].

Então a ONU vai ser assim para sempre. Ela não vai mudar?

Ela reflete o mundo como ele é. Claro que eu espero que Putin desapareça do cenário, que o atual regime do Irã caia. As coisas podem mudar. Mas a ONU reflete o mundo que temos hoje. Não há responsabilidade democrática. E é por isso que a UN Watch é tão importante, pois promove a responsabilidade democrática. Exige, pelo menos, um pouco de responsabilidade democrática.

Não há a menor dúvida que o trabalho da UN Watch é muito importante. Muito obrigado pelo seu tempo, pelo lindo banco de dados unwatch.org/database e pela entrevista inspiradora. Precisamos de mais pessoas como você no mundo. Muito obrigado a vocês.

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