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Rabino Joseph A. Edelheit
cuidar de pessoas com Hiv/aids e abrigá-las: uma questão judaica!
rabino joseph a. edelheit
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Em dezembro de 1985 conheci Richard. Ele tinha acabado de sair do hospital, depois de ter passado mais de uma semana na Unidade de Terapia Intensiva, acometido por grave pneumonia pneumocística, a pneumonia relacionada à Aids. Sua irmã me pediu que o visitasse, porque o rabino da família o rejeitara por causa da doença e por ele ser gay! Lendo isto mais de 17 anos depois, ainda me sinto chocado pelo fato de o rabino que havia oficiado o bar-mitzvá de Richard ter dito que “não há lugar no judaísmo para a Aids”.
Eu levei a menorá de Chanuká e algumas velas ao seu apartamento e passei cerca de uma hora com ele, período após o qual sua fadiga me mostrou que seria melhor ir embora. Prometi voltar e, quando ele entregou meu sobretudo, à porta, estendeu sua mão, em sinal de gratidão. Por um milissegundo, que durou uma eternidade, eu simplesmente fiquei ali parado. Mas Richard era verdadeiramente um “Malach” – Mensageiro das Alturas – e ele simplesmente manteve a mão estendida, aproximando-a um pouco mais de mim. Finalmente eu apertei sua mão e sai, aterrorizado com o meu comportamento.
Fiquei sentado no meu carro durante muito tempo, chorando e amaldiçoando em voz alta minha completa falta de compaixão. Jurei que nunca mais hesitaria novamente em tocar uma pessoa com HIV/Aids. Seis meses depois, segurei a mão de Richard enquanto dizia o Shemá por ele, e ele faleceu serenamente, com sua mãe e irmã ao pé de sua cama. 17 anos depois, ainda me sinto chocado pelo fato de o rabino que havia oficiado o bar-mitzvá de Richard ter dito que “não há lugar no judaísmo para a Aids”. Sua irmã me pediu que o visitasse, porque o rabino da família o rejeitara por causa da doença e por ele ser gay.
Desde nosso primeiro encontro eu venho contando essa história como meu próprio ato de teshuvá – arrependimento – pela minha chocante recusa, mesmo que fosse por aquele milissegundo, em aceitar a mão de Richard. Eu costumo contar essa história quando tento dar uma aparência humana à pandemia global de HIV/Aids. Atualmente, mais de 30 anos depois do primeiro caso conhecido de morte por HIV/Aids, as pessoas ainda me perguntam: “Rabino, a Aids é realmente um problema judaico? Quantos judeus podem estar infectados? A Aids ainda é uma questão para a comunidade judaica – mesmo hoje?”
Eu não tenho a menor ideia de quantos judeus estão vivendo com HIV/Aids ou quantos judeus já morreram por doenças relacionadas à Aids. Mesmo no auge da crise da Aids nos EUA, no final da década de 1980 e durante a década de 1990, eu nunca vi nem computei estatísticas dos judeus afetados pelo vírus e por suas devastadoras consequências. Sim, houve judeus que morreram do vírus e das doenças que ele causou, mas também houve judeus profissionais da área de saúde que prestaram assistência aos infectados e aos doentes e judeus que eram ativistas sociais e lideraram a luta política contra a discriminação e, ainda, líderes comunitários que ajudaram a trazer à tona o assunto, desconhecido até então, nas reuniões e comissões pertinentes das federações e dos centros comunitários judaicos.
Como rabino, minha carreira foi iluminada por e ancorada na pandemia do HIV/Aids. No Estado de Illinois é exigido um teste de anticorpos contra o HIV para obter a certidão de casamento; os órgãos de governo regional e nacional do Judaísmo Reformista e a Conferência Central de Rabinos (Reformistas) Americanos me solicitaram que liderasse a elaboração do programa para a sinagoga e educação para o rabinato. Então, em 1995 fui convidado para servir no Conselho Assessor do Presidente Clinton sobre HIV/Aids. Em todos esses diferentes cargos e contextos costumavam me perguntar: “A Aids é realmente um problema judaico?” O HIV/Aids sempre foi As categorias da justiça profética uma questão judaica, e o Outro porque abrange todas No Brasil há apenas 100 mil judeus as categorias possíveis numa população de 193 milhões e, asde justiça abordadas sim, essa pergunta é ainda mais imprespelos profetas: a viúva, sionante: Quantos judeus podem estar o órfão e o estrangeiro infectados? Como pode o HIV/Aids ser uma questão para os judeus no Brasil em – o Outro –, o homem 2012? A resposta que eu sempre dou é gay, o dependente de que a Aids é um problema judaico, indedrogas injetáveis, a pendentemente dos dados estatísticos de trabalhadora do sexo. hoje em relação ao número de judeus infectados, judeus morrendo, judeus já falecidos, bem como famílias judaicas em luto. O HIV/Aids sempre foi uma questão judaica, porque abrange todas as categorias possíveis de justiça abordadas pelos profetas: a viúva, o órfão e o estrangeiro – o Outro –, o homem gay, o dependente de drogas injetáveis, a trabalhadora do sexo em um país em desenvolvimento, onde a pobreza e o analfabetismo fizeram com que não tivesse outra opção para sustentar sua família. Os antigos profetas hebreus desafiavam, em nome de Deus, os líderes a cuidar dos marginalizados, lembrando que eles, os israelitas, já haviam sido estrangeiros/escravos e agora sua liberdade exigia responsabilidade sobre aqueles que não tinham voz e estavam tão alijados da sociedade que poderiam ser facilmente ignorados. Os profetas hebreus ainda nos desafiam constantemente, dando voz aos mais marginalizados em cada sociedade: a viúva, o órfão e o estrangeiro – o Outro. O texto clássico de Abraham Joshua Heschel sobre os profetas bíblicos é um guia eterno para os judeus sobre a necessidade de nossas obrigações nas comunidades nas quais vivemos e sobre o sofrimento das pessoas que continuam oprimidas. “O profeta está engajado em intensificar a responsabilidade, é impaciente com as desculpas, despreza o fingimento e a autocompaixão” (Abraham Joshua Heschel, The Prophets, 2001, p. 7). “Qual é o bem mais elevado? Três coisas a sociedade da Antiguidade valorizava mais que tudo: sabedoria, riqueza e poder. Para os profetas esta atração era ridícula e idólatra” (p. 8). A pandemia do HIV/Aids é exatamente o tipo de experiência cruel para a qual apontaria a crítica dos profetas. No mundo, esse vírus infectou aqueles
que ignoramos, rejeitamos e inclusive alegamos merecerem esse sofrimento como punição por seus pecados.
O universalismo necessário
Uma vez, enquanto eu estava dizendo o Shemá para um homem depois de semanas de sofrimento, ouvi um jovem que estava parado ao pé da cama do hospital chorar copiosamente. Um pouco depois que o sofrimento havia cessado com a libertação final da morte, me aproximei do amigo e perguntei a ele sobre sua reação em prantos quando ouvia o Shemá. Ele se debulhou em lágrimas e explicou que ele tinha dito ao seu rabino que era gay antes do seu bar-mitzvá e o rabino havia rejeitado sua honestidade e dito a ele que ele acabaria superando isso com a idade. Ele nunca mais voltara à sinagoga e até aquela noite ele nunca havia voltado a falar com um rabino, porém a experiência de ver seu querido amigo falecer de Aids, enquanto um rabino dizia aquelas palavras para ele, havia reacendido uma chama que julgava extinta.
No mundo há literalmente milhões de órfãos, simplesmente aceitos como endêmicos à cultura de extrema pobreza e analfabetismo, contudo aos órfãos da Aids é negado o acesso inclusive aos orfanatos públicos. Nas sociedades que possuem recursos limitados para ajudar aos mais gravemente marginalizados, o HIV/Aids se tornou um trágico denominador comum – eles são o excedente populacional sobre o qual Thomas Malthus advertiu em On Human Population. An Essay on the Principle of Population (Sobre a População Humana. Um Ensaio sobre o Princípio Populacional).
Num mundo no qual até as nações em desenvolvimento hoje experimentam uma nova expansão da riqueza, encontramos os poderosos querendo negar inclusive a dignidade humana mais básica a uma quantidade enorme de pessoas entre nós. Heschel nos ensina mais uma vez que todos os judeus têm uma obrigação para com os mais facilmente ignorados:
“Acima de tudo, os profetas nos lembram da estatura moral de um povo: poucos são culpados, mas todos são respon-
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sáveis. Se admitirmos que o indivíduo é, de alguma forma, condicionado ou afetado pelo espírito da sociedade, o crime de um indivíduo revela a corrupção daquela sociedade. Numa comunidade não indiferente ao sofrimento, decididamente impaciente com a crueldade e a falsidade, permanentemente preocupada com Deus e com cada homem, o crime seria pouco frequente ao invés de ser comum” (p. 17).
Quando me perguntam, inclusive agora, se o HIV/ Aids é um problema judaico, imediatamente tenho vontade de responder com as oportunas palavras de Heschel, porém a réplica mais assertiva é de que todos nós somos responsáveis especialmente por aqueles julgados como de menor importância nas nossas comunidades. O HIV/Aids infecta basicamente as pessoas através do contato sexual e do uso de drogas injetáveis: os homossexuais, as trabalhadoras do sexo e os dependentes químicos. Estes são grupos que sempre se viram pressionados em direção às margens mais periféricas da sociedade.
Agora somos forçados a compartilhar com eles nossos sistemas de saúde sobrecarregados e aceitar a responsabilidade pelas esposas que foram infectadas por seus maridos, que frequentam trabalhadoras do sexo na cidade onde precisam ir para conseguir trabalho, e pelas crianças que nasceram com o vírus quando a mãe analfabeta não tinha nenhuma noção do problema.
É fácil e simples demais atribuir a todos esses indivíduos um julgamento moral devastador e assim justificar nossa negativa a conceder-lhes a mais básica dignidade. Se acreditarmos que o vírus HIV, e suas consequentes doenças oportunistas, são um castigo divino, então estaremos vivendo num mundo no qual a destruição de vidas de mulheres e crianças é um dano colateral da ação de um Deus irado que mata hemofílicos “inocentes” juntamente com os viciados em heroína. Não posso aceitar essa teologia no século 21, especialmente como um rabino da Reforma Progressista.
Depois de 25 anos de trabalho na comunidade com HIV/Aids, entendo que a comunidade judaica possa sentir-se confusa a respeito de uma crise mundial de saúde que se encontra basicamente na África e entre os não judeus – como pode esta ser uma questão judaica? Nos primeiros 20 anos da pandemia, especialmente na Améri-
O Messias é aquele que ca do Norte, judeus morriam de Aids, videsenrola as ataduras antigas e enrola as viam com o vírus HIV, lideravam as pesquisas médicas e científicas e erguiam vozes que protestavam contra o estigma e a novas, uma de cada vez, discriminação. Hoje em dia, o HIV/Aids pensando: “Quero estar deixou de ser uma questão para a União pronto no momento em do Judaísmo Reformista ou para a Confeque for chamado”. rência Central dos Rabinos Americanos, ou para a União Mundial pelo Judaísmo Progressista e se transformou, nestes últimos 25 anos, em uma nota de rodapé sobre preocupações das ações sociais pregressas. Mais uma vez, Heschel nos ensina que as preocupações judaicas não podem ser definidas através da quantidade de judeus afetados: “Os olhos do profeta estão dirigidos sobre o cenário contemporâneo; a sociedade e sua conduta são o tema principal de seus discursos... A medida de sua superioridade é aquela do universalismo” (p. 21). Toda questão encontrada no site da UNAids permanece como desafio universal crítico, especialmente o estigma e a discriminação que continuam marginalizando aqueles que vivem com o HIV/Aids. Os judeus precisam permanecer como guardiões observadores em cada sociedade, porque são capazes de ter empatia com todos os vitimados pela detestável discriminação. Não podemos permanecer como transeuntes silenciosos, enquanto em nosso meio lhes são insensivelmente negados dignidade e os direitos básicos, ao passo que, ao mesmo tempo, lembramos ao mundo do silêncio que este manteve quando os nazistas nos negaram tão cruelmente os nossos direitos. Quando tomamos o comportamento dos profetas como o exemplo que esperávamos, mas não recebemos, então temos a base moral para reivindicar, “Nunca mais!” O HIV/Aids hoje e sempre será uma questão judaica, porque os judeus não podem nem se esquivar enquanto à viúva, ao órfão e ao estrangeiro – ao Outro – é negada a dignidade humana básica.
Jornada rumo à Índia
Minha jornada com o HIV/Aids me levou à Índia, onde compartilhei uma experiência extraordinária de fundar uma ONG internacional, a Living India. Ela foi criada para proporcionar educação quanto à prevenção, desen-
volver parcerias inter-religiosas e oferecer assistência aos órfãos da Aids.
Durante a década passada, tive experiências transformadoras com os líderes cristãos indianos, com os quais trabalhei criando programas de educação para os pobres do meio rural sobre as formas de transmissão do HIV/Aids. Aprendi como as pessoas analfabetas em um dentre as centenas de dialetos (aqueles que não têm alfabeto escrito) podem aprender a usar camisinha ou sobre os riscos que correm as trabalhadoras do sexo através de músicas e paródias compartilhadas nas aldeias.
Fiquei chocado quando fiquei sabendo que as camisinhas que o nosso grupo deixou para um grupo de trabalhadoras do sexo foram usadas mais de uma vez, porque não tínhamos explicado a elas que não deveriam lavá-las e reutilizá-las! Eu caí em prantos tentando explicar a uma jovem que ela era HIV positiva, teste esse que hoje é dado automaticamente durante o teste de gravidez. Ela não conseguia entender como ela havia contraído o vírus, muito menos que este infectaria seu bebê ainda em gestação. Tentei explicar, com o auxílio de um tradutor, que seu marido, um motorista de caminhão, deve ter ido a um dos muitos
Cada uma das 32 bordéis que existem ao longo da estrada pessoas que eu enterrei com HIV/Aids me e, assim, deve ter se infectado. Sua simplicidade rural inocente não conseguia apreender o que eu tentava explicar. Dois anos ajudou a experimentar a depois, o marido dela havia falecido e ela esperança messiânica, estava morrendo em uma pequena clínica mesmo em meio ao rural, que tinha uma enfermaria separada caos perturbador. para pacientes com Aids e a mãe e dois filhos infectados dessa pobre moça estavam sentados no chão, acompanhando o fim do seu sofrimento e, finalmente, sua morte. Seus filhos não seriam aceitos novamente na aldeia. Os anciãos da aldeia haviam advertido a avó de que se tentasse trazê-los de volta, sua pequena choupana seria destruída.
Um lar de esperança
Histórias como essa são a fonte de 60 crianças incríveis, todas abandonadas ou sem família e infectadas. O Lar da Esperança da Living India é uma instituição única na Índia, uma coalizão multirreligiosa cuja única finalidade é prestar assistência aos órfãos que vivem com HIV/ Aids. Somos oficialmente reconhecidos pelo governo indiano e todas as crianças agora recebem remédios pediá-
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Rabino Joseph Edelheit joga futebol em atividade da ONG Living India.
tricos contra a Aids e assistência médica. Estamos oferecendo muitos tipos diferentes de educação, de forma que aqueles que puderem frequentar a escola, ou até mesmo a universidade, possam ser bem sucedidos e aos demais oferecemos um programa que os prepara para sobreviver nas aldeias rurais da Índia.
Convido o leitor a participar dos sorrisos destas crianças maravilhosas, visitando o site www.livingindia.org, para conhecer como esses órfãos indianos abandonados confirmam que o HIV/Aids continua sendo uma questão judaica. Quando os visito e me sento no chão com eles para ler, ou me vejo tentando jogar futebol em um campo de terra seca, lembro-me da profunda história do Talmud sobre Elias, o profeta.
Rabi Yehoshua fez a Elias outra pergunta sobre o futuro: “Quando chegará o Messias?” Elias respondeu: “Vá e pergunte você mesmo a ele.” Yehoshua se espantou: “Quer dizer que eu posso encontrá-lo e falar com ele agora? Onde está ele?” Elias disse: ”Você o encontrará nas portas de Roma”. “Como vou reconhecê-lo nas portas de Roma?”, perguntou Rabi Yehoshua. Elias lhe disse: “Lá ele se senta entre os leprosos que você encontrará trocando ataduras. O Messias é aquele que desenrola as ataduras antigas e enrola as novas, uma de cada vez, pensando: ‘Quero estar pronto no momento em que for chamado’.”
Rabi Yehoshua viajou da caverna de Rabi Shimon Bar Yochai até Roma – uma jornada que lhe pareceu ser de apenas alguns passos. Nem as fortes portas do inimigo nem as condições miseráveis dos leprosos o assustaram. Manteve na cabeça o conselho de Elias sobre como reconhecer o Messias, no lugar mais improvável, entre as pessoas destroçadas, e rapidamente percebeu o pobre sofredor que estava desenrolando e enrolando uma ferida de cada vez.
Aproximou-se Rabi Yehoshua e disse: “A paz esteja contigo, meu professor e mestre.” O leproso olhou para ele com reconhecimento e respondeu: “A paz esteja contigo, filho de Levi.” Rabi Yehoshua perguntou: “Quando meu mestre irá chegar?” “Hoje”, respondeu o leproso.
Rabi Yehoshua retornou a Elias num piscar de olhos. Elias lhe perguntou: “O que o Messias te disse?” Rabi Yehoshua respondeu: “Ele disse: ‘A paz esteja contigo, filho de Levi’, mas ele mentiu para mim ao dizer: ‘Hoje eu virei’ por que ele não veio”.
Disse Elias: “Não, ele não estava dizendo que viria ‘hoje’. Ele estava citando para você o verso: ‘Hoje – se você tão somente ouvir a Sua voz (Salmo 95:7).” (Talmud da Babilônia, tratado Sanhedrin 98a).
Richard, de abençoada memória, foi meu professor. Eu tive a rara e maravilhosa oportunidade de tê-lo tido como fonte de uma compreensão que inspirou minha jornada nos últimos 25 anos. Da mesma forma que Elias, cada uma das 32 pessoas que eu enterrei com HIV/Aids me ajudou a experimentar a esperança messiânica, mesmo em meio ao caos perturbador. Novamente e especialmente entre os 60 órfãos que estão no Lar da Esperança de Living India, minha esperança num futuro em que a decência comum dos seres humanos seja reafirmada – independentemente do grau de crueldade que nossas comunidades parecem ter –, os seres humanos têm, de fato, a capacidade de desenrolar as ataduras dos leprosos que sempre foram mantidos fora dos muros da cidade. Eu não sei quando a Era Messiânica virá, mas se todos tratarmos os menos favorecidos entre nós – aqueles que vivem com o HIV/Aids – com o respeito básico com que todos esperamos ser tratados, então talvez já não nos importemos mais com o fato de ainda estarmos esperando!
O Rabino Joseph A. Edelheit é diretor de Estudos Judaicos e Religiosos na Universidade Estadual de St. Cloud, Minnesota, EUA, e diretor fundador da Living India.
Traduzido do inglês por Beatriz Torres Gorenstin, da Biagoren Eventos e Forma e Sentido Traduções. Membro da AIIC-Associação Internacional de Intérpretes de Conferências, da Apic – Associação Profissional de Intérpretes de Conferências e do Sintra – Sindicato Nacional de Tradutores.

