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Haim Harari

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Gabriel Mordoch

Gabriel Mordoch

o instituto Weizmann de ciências: 60 anos de realizações

Palestra proferida em encontro comemorativo do 60o aniversário do Instituto Weizmann em Paris, França, em 4 de maio de 2009

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haim harari

Senhoras e Senhores, Prezados Amigos.

No mundo científico, há o costume de celebrar o 60o aniversário dos cientistas proeminentes. A praxe é organizar um simpósio científico, onde os colegas, os alunos e às vezes até o orientador da tese de doutorado do “barmitzvando” sessentão falam sobre os sucessos alcançados no decorrer da vida do cientista homenageado.

Na medida em que eu vou envelhecendo, venho participando cada vez mais de eventos deste tipo, com frequência sendo convidado a fazer uso da palavra. Desenvolvi a minha própria fórmula especial sobre o que dizer nessas ocasiões, uma mistura de 30% de fatos, 30% de admiração, 30% de nostalgia e 10% de historinhas. Na maioria das vezes funciona bem. Hoje o aniversariante não é um cientista: é o Instituto Weizmann e seu precursor, o Instituto Daniel Sieff, mas mesmo assim vou usar a minha fórmula.

Ao olharmos para trás, é da maior importância compreendermos o pano de fundo de onde se desenvolveu a nossa história. O nosso não é um instituto normal, em um país normal, em uma época normal. Permitam-me começar com uma breve cápsula de quase 200 anos de história, que serviu de guia no passado e acompanha até hoje o Instituto Weizmann de Ciências. Farei isto de modo muito pessoal, relacionando os acontecimentos à minha própria história familiar e à minha associação com o instituto. Em 1921, na cidade de Rehovot, num pedacinho do terreno que hoje é propriedade do Instituto Weizmann, a comunidade judaica fundou uma estação de pesquisa agrícola, que foi o primeiro estabelecimento de pesquisa científica do país. O Technion, a universidade técnica em Haifa, foi fundada um ano depois e três anos depois Chaim Weizmann iniciou a Universidade Hebraica em Jerusalém.

Meus primeiros ancestrais que chegaram à Terra Santa o fizeram por volta de 1820, na época de Napoleão. Em 1860 viviam em Jerusalém, que já contava com maioria de população judia. Em 1870 um grupo de judeus franceses fundava a primeira escola secundária agrícola, Mikve Israel, onde mais tarde estudou meu avô Haim Harari. Em 1890, um pequeno grupo de judeus liderados por um certo Aharon Eisenberg, que vem a ser meu bisavô, fundou a cidade de Rehovot, onde fica o Instituto Weizmann. Em 1897 desembarcou sozinho em Jaffa o último membro de minha família a chegar em Israel: meu avô Haim Harari, então com 13 anos. Em 1903 estabeleceu-se o primeiro sindicato na Terra Santa: o sindicato dos professores de hebraico, que tinha entre seus fundadores minha avó Yehudit, filha do citado Eisenberg, que se casou com Haim Harari três anos mais tarde. Neste ínterim, Chaim Weizmann visitou Israel pela primeira vez e, quando esteve em Rehovot, passou uma noite na casa de Eisenberg.

Em 1909, há exatos 100 anos, Tel-Aviv foi fundada em um areal por 66 famílias: uma delas foi a dos meus avós maternos, a família que chegara no tempo de Napoleão, e uma outra foi a dos meus avós paternos, a família Harari. Em 1912, meu avô Haim Harari deixou a cidadezinha de Tel-Aviv e foi para Paris estudar na Sorbonne com o objetivo de conseguir um doutorado em literatura e, como vocês podem imaginar, o Dr. Haim Harari e sua família eram cidadãos turcos porque a área que hoje constitui Israel, Jordânia, Síria e Líbano fazia parte do Império TurcoOtomano. Durante a Primeira Guerra Mundial eles passaram a ser cidadãos inimigos da França, porque a Turquia, como sabem, estava do lado da Alemanha. Conseguiram fugir para a Suíça e voltaram para a Terra Santa em 1917, quando a Grã-Bretanha conquistou o país. Foi em 2 de novembro daquele ano que Chaim Weizmann obteve em Londres, de Lord Balfour, a famosa declaração do estabelecimento de uma pátria judaica.

Em 1921, na cidade de Rehovot, num pedacinho do terreno que hoje é propriedade do Instituto Weizmann, a comunidade judaica fundou uma estação de pesquisa agrícola, que foi o primeiro estabelecimento de pesquisa cien-

Não me ocorre nenhum tífica do país. O Technion, a universidade outro instituto de pesquisa no mundo que técnica em Haifa, foi fundada um ano depois e três anos depois Chaim Weizmann iniciou a Universidade Hebraica em Jerucubra todos os campos salém. Assim, ao despontar da década de da ciência em um 30 já existiam muitas cidades e aldeias jumesmo campus, tenha dias, incluindo Rehovot e Tel-Aviv, duas seus próprios cursos universidades, um instituto de pesquisa agrícola, teatros, sindicatos, kibutzim, esde pós-graduação, colas secundárias de língua hebraica, e hanão ofereça cursos de viam acontecido as primeiras duas intifagraduação e se dedique das, em 1921 e 1929. à pesquisa básica. O próximo evento, geralmente ignorado pelos livros de história, foi uma disputa bastante desagradável entre os líderes da recém-formada Universidade Hebraica e o Dr. Weizmann, em realidade o fundador visionário da Universidade. Este conflito, direta ou indiretamente, educadamente ou não, fez com que ele estabelecesse, em separado, o seu próprio instituto científico perto da estação de pesquisa agrícola em Rehovot. Ele comprou um terreno nas proximidades e ali construiu sua casa usando os frutos da propriedade intelectual que granjeou com sua invenção relativa à acetona. E quem lhe vendeu o tal terreno? Minha avó Yehudit, a filha de Eisenberg, que tinha um vinhedo perto da Estação de Pesquisa Agrícola! Casa pronta, ele convenceu a família Sieff, de Londres, a ajudá-lo financeiramente e estabeleceu o Instituto Daniel Sieff em 1934. Assim, foi o trabalho científico de Chaim Weizmann e seus frutos comerciais que indiretamente permitiu que meus avós, Yehudit e Haim Harari, construíssem sua casa em Tel-Aviv. Jean Marie Le Pen na extrema direita, Hugo Chávez na extrema esquerda e Mahmoud Ahmadinejad lá no fundo andam dizendo a todo mundo que o Holocausto nunca aconteceu. Também andam dizendo que, como consequência do Holocausto que nunca aconteceu, os judeus chegaram e roubaram a terra de seus habitantes. Mas como vocês perceberam na história que estou contando, chegamos em 1934 com duas universidades, dois institutos de pesquisa, teatros, sindicatos, escolas secundárias em hebraico, jornais em hebraico, todos judeus. Nada equivalente a isto foi feito por mais ninguém no país. A mentira sobre o Holocausto por si só não é muito perigosa porque muito poucos acreditam nela, e se refere inteiramente ao

passado. Mas a mentira de que toda esta comunidade florescente só se desenvolveu depois do Holocausto, esta sim, é a maior e mais perigosa mentira. Muitas pessoas desinformadas crêem nesta segunda mentira e isto é da maior relevância para o presente e para o futuro.

No mês passado o Instituto Sieff, estabelecido em 1934, celebrou seu 75o aniversário. Ele serviu de refúgio para muitos cientistas judeus alemães que conseguiram escapar de Hitler, mas era um instituto muito pequeno, apenas um edifício, mais tarde dois, dedicado a um único campo da ciência. Em 1944, quando Chaim Weizmann completou 70 anos, seus admiradores e amigos americanos entram em cena pela primeira vez e, liderados por Meyer Weisgal e Dewy Stone, decidem estabelecer o Instituto Weizmann, para isto expandindo o Instituto Sieff. A família Sieff, em um gesto da maior nobreza, concordou em mudar o nome do Instituto de Sieff para Weizmann, mantendo o primeiro edifício construído no campus com o nome de Edifício Daniel Sieff.

Quem conhece o Edifício Sieff certamente já reparou que ele tem duas alazinhas, uma de cada lado. Estas alas não tinham qualquer função ligada às suas finalidades científicas. O que ocorreu é que o prédio foi projetado por um arquiteto britânico especializado na construção de estações ferroviárias na Índia e nessas estações era obrigatória a existência de uma sala de espera para os muçulmanos e outra para os hindus, e por isso todas as estações eram dotadas de estruturas com aparência de caixotes de cada lado. Da próxima vez que visitarem o Instituto Weizmann não se esqueçam de olhar bem o Edifício Sieff: hoje temos muçulmanos e hindus no campus, só que nenhum deles está esperando um trem!

No ano de 1949, quando Weizmann completou 75 anos, o Instituto Weizmann foi oficialmente inaugurado. Neste meio tempo, em 1948, tivemos a Declaração de Independência e a Guerra da Independência de Israel, assim que a inauguração já aconteceu no Estado de Israel. Tinha cinco novos departamentos, dirigidos por cientistas notáveis de quem falaremos mais tarde, quando mencionarmos alguns dos verdadeiros heróis da nossa história. A data exata do 60o aniversário do Instituto Weizmann é 2 de novembro de 2009, daqui a seis meses, e precisamente 92 anos depois da Declaração de Balfour.

Por ocasião dos simpósios científicos em que celebramos o aniversário de um cientista um pouco mais entrado em anos, costumamos dizer: eu me lembro dele quando tinha tantos ou quantos anos. Pois bem, eu me lembro do Instituto Weizmann quando a instituição tinha 11 anos. Eu tinha 20 anos quando o Instituto Weizmann tinha 11 e vim como candidato a um mestrado em Física. No outono de 2010 espero poder celebrar o 50o aniversário da minha chegada.

Dois meses antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, cheguei a Professor Titular, mas não há qualquer registro escrito nos arquivos do Instituto Weizmann sobre isto. Durante o período de espera anterior à Guerra dos Seis Dias a administração ficou caótica, muitas pessoas foram para o serviço militar e ninguém se lembrou de escrever uma carta formal me informando de que eu tinha uma posição permanente na instituição. Assim que uma das menos importantes consequências da Guerra dos Seis Dias é que, 42 anos mais tarde, eu posso ser despedido do Instituto Weizmann sem grandes problemas. Por sorte, ninguém reparou!

Há 20 anos eu tive a honra de me tornar o oitavo presidente do Instituto Weizmann, o primeiro nascido em Israel e o primeiro mais novo que o Instituto Sieff. Em 2006

Instituto Weizmann nos primeiros anos de sua existência.

Daniel Zajfman tornou-se o décimo presidente do Instituto Weizmann, o primeiro mais novo que o próprio Instituto Weizmann. Ele era um bebê de um ano quando eu cheguei ao instituto. Como vêem, as gerações vão mudando, mas a história continua.

É desnecessário dizer que nesta minha história eu pulei um sem número de acontecimentos, bons, ruins e indiferentes. Mas é importante que se compreenda que todo este desenvolvimento científico vem acontecendo em um cenário de lutas permanentes, que limitou e limita muito a fonte de cientistas em potencial. Estamos falando de uma cadeia interminável de eventos políticos, guerras, tragédias, realizações, triunfos, terror, problemas econômicos, desenvolvimento industrial e o mais que puderem imaginar. Assim, que nunca tivemos a opção de simplesmente escrever uma carta a um cientista promissor na Suécia, ou em Oxford, ou em Los Angeles e dizer: gostaríamos de oferecer-lhe uma posição no Instituto Weizmann. O grupo dos que até talvez considerasse vir trabalhar no Instituto Weizmann sempre foi muito pequeno, e se acrescentarmos a esta limitação o cenário político e estratégico, nos deparamos com dois enormes obstáculos, que nos levam a apreciar ainda mais as realizações do Instituto.

O Instituto Weizmann se baseia em uma certa “fórmula”. Se vocês fizerem uma lista de todos os institutos de pesquisa do mundo que apresentem as seguintes quatro características em conjunto: primeiro, que seja um instituto de pesquisa básica; segundo, que cubra todos os campos das ciências naturais em um único campus, com incursões pela engenharia, pela agricultura, pela medicina e por outras tecnologias; terceiro, que tenha seus próprios cursos de pós-graduação; e quarto, que não ofereça cursos de graduação, chegarão a duas conclusões, uma boa e uma má. A boa é que o Instituto Weizmann é o melhor de todos estes

institutos no mundo. A má, é que provavelmente ele é também o pior, por ser o único! Não me ocorre nenhum outro instituto de pesquisa no mundo que cubra todos os campos da ciência em um mesmo campus, tenha seus próprios cursos de pós-graduação, não ofereça cursos de graduação e se dedique à pesquisa básica.

Existem outros institutos famosos, maravilhosos, e alguns podem ser melhores do que o Instituto Weizmann, mas nenhum tem a mesma fórmula. Há a Sociedade Max Planck na Alemanha, mas eles têm 70 ou 80 campi em lugares diferentes, e cada um se dedica a um assunto específico. Há o excelente Instituto Pasteur aqui em Paris, essencialmente dedicado às Ciências da Vida. Há a fantástica Universidade Rockefeller em Nova Iorque, também quase totalmente imersa nas Ciências da Vida. Há a CERN em Genebra, só física, com alguns lampejos de outros tópicos, e não oferece pós-graduação. Não esqueçamos da Caltech na Califórnia, um dos melhores lugares do mundo, mas que conta com cursos de graduação. Assim, bem ou mal, o Instituto Weizmann se baseia em uma fórmula diferenciada e única que é um dos segredos do seu sucesso.

O Instituto Weizmann tem outra característica especial: uma esquizofrenia deliberada e autoinduzida, que é um dos seus “segredos” principais, sendo simultaneamente tão internacional e tão israelense quanto possível. Tudo que o Instituto Weizmann estiver fazendo em ciência é para o mundo todo, quer seja inventando um novo medicamento, quer seja uma nova descoberta em física, ou alguma coisa em informática, ou qualquer outro resultado em pesquisa básica. Não há nada especificamente israelense a respeito de sua ciência. A ciência é verdadeiramente internacional, desconhece bandeiras e fronteiras. É um presente e uma contribuição do Instituto e do país para o mundo. Ao mesmo tempo, o Instituto faz uma contribuição imensa para o Estado de Israel, primeiro e principalmente para sua indústria e economia, e depois para o seu sistema educacional, mas falaremos sobre isto daqui a pouco. Indiretamente contribui também para a sua defesa. O Instituto não conduz pesquisa de defesa, mas alguns de

A ciência é seus líderes têm contribuído enormemenverdadeiramente internacional, te para a defesa de Israel como consultores, conselheiros e ocupando cargos variados. De fato o Instituto contribui com todesconhece bandeiras e das as facetas da vida em Israel, e vou enufronteiras. É um presente merar algumas daqui a pouco. e uma contribuição do Sempre aleguei que se fôssemos apeInstituto e do país para nas internacionais não teríamos o direito de esperar tanto apoio por parte do govero mundo. Ao mesmo no israelense e do povo judeu, mas, se fôstempo, o Instituto semos apenas israelenses jamais teríamos faz uma contribuição a qualidade que gostaríamos de ter e que imensa para o Estado ouso afirmar termos. Pode ser esquizofrede Israel, primeiro e nia ou dualidade, ou um caso de múltipla identidade; escolham o nome. Mas é principalmente para sua a harmonia entre o sabor internacional e indústria e economia, o sabor israelense que faz o Instituto fune depois para o seu cionar. sistema educacional. Hoje em dia, na era da globalização, não é tão difícil ser internacional. No campus fazemos tudo em inglês, o que não é trivial, sobretudo quando se fala disto aqui em Paris, mas também não chega a ser um esforço assim tão grande. Porém, quando eu cheguei ao instituto para trabalhar na minha tese de mestrado e a seguir na minha tese de doutorado, não haviam computadores pessoais, e-mail, telefonemas internacionais baratos e nem mesmo copiadoras. No entanto, mesmo assim, nós, alunos daquela época, ficávamos sabendo de tudo que acontecia no mundo da Física de Partículas, claro que não no mesmo dia e nem no espaço de horas, como é hoje, mas no espaço de uma semana. Nós nos contentávamos com isto. Aqueles eram os dias mais quentes da Física de Partículas, e todo dia havia uma nova e importante descoberta em algum lugar, e no início da década de 60 nós estávamos completamente “conectados” ao cenário internacional. Quando cheguei aos Estados Unidos como candidato ao pós-doutorado, alguns anos mais tarde, e comecei a dar seminários em vários lugares, encontrei ótimas universidades que eram muito mais isoladas do que nós. Foi então que aprendi que o isolamento científico é um estado de espírito e não um fato geográfico. Nós tínhamos uma enorme fome de contato internacional. Em Israel, na década de 50, viajar para o estrangeiro era quase tido como um crime contra o país. Mas o Ins-

tituto Weizmann tinha consciência da importância de trazer numerosos visitantes estrangeiros ao campus e de viajar com frequência a congressos, porque compreendíamos que é impossível fazer parte dos times internacionais sem jogar em casa e fora de casa contra ou com seus competidores/associados científicos internacionais.

É simplesmente impossível competir sem estar presente o tempo todo e sem estabelecer laços fortes com a ciência americana, com a ciência francesa e posteriormente com a ciência alemã, e todas estas conexões foram desenvolvidas muito cedo. Praticamente não há um país científico no mundo hoje que não colabore conosco, e em algum momento, recentemente, a estatística era que 35% de todos os estudos publicados por cientistas do Weizmann tem pelo menos um coautor de uma instituição de outro país! Trata-se de uma porcentagem enorme sob qualquer perspectiva, mas ainda maior para uma ilhazinha isolada como Israel, que fica a três horas de avião do nível de ciência aceitável mais próximo. Assim, estamos falando de um verdadeiro sucesso desde os primórdios. Hoje, não é grande coisa. Temos e-mail, telefonemas baratos e videoconferências, mas na época em que o Instituto foi fundado era muito importante.

Quem, acima de qualquer outro, criou o Instituto Weizmann foi, é claro, Meyer Weisgal, o braço direi-

Sempre aleguei que to de Chaim Weizmann. Weisgal foi um se fôssemos apenas internacionais não grande empreendedor, líder de campanhas financeiras, contador de histórias e “schnorer”1, uma pessoa que falava vários teríamos o direito idiomas, todos em iídiche, e não tinha de esperar tanto absolutamente nenhum conhecimento apoio por parte do de ciência. Uma das histórias que Weisgoverno israelense e gal sempre contava era que, antes de via jar para o estrangeiro em campanha fi do povo judeu, mas, nanceira, ele reunia os cientistas do Insse fôssemos apenas tituto e dizia: “Vou viajar e contar um israelenses jamais monte de mentiras sobre vocês. Quando teríamos a qualidade que eu voltar, quero que todas estas mentiras gostaríamos de ter e que tenham se transformado em verdades”. Neste contexto, permitam-me contar ouso afirmar termos. É a outra história que ouvi recentemente soharmonia entre o sabor bre mentiras, esta talvez um pouco mais internacional e o sabor profunda. Diz assim: “Se não conheceisraelense que faz o Instituto funcionar. mos a verdade, fica muito difícil mentir”. Neste espírito proponho que, antes de mais nada, nos certifiquemos de que sabemos a verdade sobre o Instituto Weizmann, e só depois consideremos a possibilidade de começar a contar mentiras. Traduzido por Teresa Roth. A segunda parte do discurso, onde aprenderemos os pilares sobre os quais se baseia o Instituto Weizmann, será publicado no próximo número de Devarim.

Notas

1. Iídiche para “pedinte”, “mendigo”. Usado atualmente para denominar de forma jocosa as pessoas que arrecadam fundos para as instituições judaicas (n.t.).

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